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Faroeste: Mandados de prisão atingem desembargadoras Lígia Ramos e Ilona Reis

Por Cláudia Cardozo / Ailma Teixeira / Bruno Luiz

Faroeste: Mandados de prisão atingem desembargadoras Lígia Ramos e Ilona Reis
Foto: Cláudia Cardozo/ Bahia Notícias

As desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis, foram presas na manhã desta segunda-feira (14). Os mandados de prisão temporária, determinados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, são cumpridos pela Polícia Federal (PF) no âmbito das 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, que apura um esquema criminoso de venda de sentenças em meio à disputa de terras no Oeste baiano.

 

Fotos: Ag. Haack (Ilona Márcia) / Ascom TJBA (Lígia Maria) | Montagem BN

 

Além delas, também foi determinada a prisão preventiva de Ronilson Pires, operador do juiz Sérgio Humberto Quadros, e o afastamento do cargo e função de todos os servidores envolvidos nestas fases, o que inclui o secretário de Segurança do estado, Maurício Barbosa, e a ex-chefe do Ministério Público estadual, Ediene Lousado (veja aqui e aqui). O Bahia Notícias apurou que alguns dos alvos dos 36 mandados de busca e apreensão são os advogados Rui Barata Lima Filho, Arthur Gabriel Barata, Marcelo Junqueira Ayres Filho, Diego Ribeiro e Ivanilton Santos da Silva Júnior, filho do desembargador Ivanilton Santos da Silva. O gabinete do pai no TJ-BA também é alvo dessas medidas. As ações da PF ocorrem não apenas em Salvador, mas nas cidades baianas de Barreiras, Catu e Uibaí e em Brasília (DF).

 

DESDOBRAMENTOS DA FAROESTE

Em março deste ano, a desembargadora Ilona já havia sido alvo de uma investigação interna por conta da Faroeste. Na época, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a composição de uma comissão para apurar a atuação dela em relação à disputa de terras no Oeste baiano (saiba mais aqui).

 

O caso começou a vir à tona meses antes, em novembro de 2019, com a instauração do Inquérito 1.258/DF. Os primeiros alvos da operação foram os desembargadores Gesivaldo Britto (então presidente da Corte), Maria do Socorro Barreto Santiago (ex-presidente da Corte), Olegário Monção Caldas e Maria da Graça Pimentel. Supostamente criado por Adailton Maturino dos Santos, chamado de "quase cônsul", o esquema criminoso consistia na legalização de terras griladas no Oeste do estado (saiba mais aqui). (Atualizada às 11h22)