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O escritor soteropolitano Itamar Vieira Júnior venceu o Prêmio Jabuti de melhor romance literário pela obra “Salvar o fogo”. A cerimônia da 66ª edição da premiação ocorreu na noite da última terça-feira (19), no auditório do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Itamar já havia sido premiado na mesma categoria pelo livro “Torto Arado”, no ano de 2020.
Se tornando uma marca registrada de Itamar, Salvar o Fogo adota uma narrativa para tratar da violência colonial e dos conflitos no campo. A obra, dividida em quatro partes, conta a história da família de Maria Cabocla, trazendo as disputas por terra e as dinâmicas de poder do campo assentadas, dialogando com o passado colonial.
Neste ano, o livro de Itamar concorria com os seguintes autores:
- Título: Jogo de armar | Autor(a): Edgard Telles Ribeiro
- Título: Mata doce | Autor(a): Luciany Aparecida
- Título: Meu irmão, eu mesmo | Autor(a): João Silvério Trevisan
- Título: Nunca vou te perdoar por ter me obrigado a te esquecer | Autor(a): Jacques Fux
Salvar o Fogo foi o primeiro livro lançado por Itamar após Torto Arado, lançado em 2019 e se tornou sensação entre os amantes da leitura. A obra recebeu uma versão de teatro musical e também está caminhando para o lançamento de uma série na HBO.
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou, nesta quinta-feira (24), a lista com os 10 semifinalistas de cada categoria da 66ª edição do Prêmio Jabuti. Os autores Itamar Vieira Jr, de Salvador, com o livro “Salvar o Fogo”, e Luciany Aparecida, do Vale do Rio Jiquiriçá, com “Mata Doce”, concorrem na categoria Romance Literário.
Além desta categoria, outros baianos tornaram-se semifinalistas na edição deste ano. A autora Jô Freitas, de Paulo Afonso, concorre na categoria “Conto” com o livro “Goela Seca”. Na categoria “Poesia”, dois baianos concorrem ao prêmio. São eles: o autor soteropolitano Ruy Espinheira Filho com o livro “A invenção da poesia & outros poemas” e o autor Rodrigo Lobo Damasceno, de Feira de Santana, com o livro “Limalha”. Já na categoria "Educação", a baiana Bárbara Carine concorre com o livro "Como ser um educador antirracista".
Ao todo são 22 categorias que abrangem os eixos de Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, além do Livro do Ano. Os vencedores serão divulgados em uma cerimônia de premiação em São Paulo, no próximo dia 19 de novembro. A lista completa dos semifinalistas está disponível no site da premiação.
A escritora baiana Emília Nunez e a ilustradora Anna Cunha venceram o Prêmio Jabuti na categoria infantil, com a obra "Doçura", lançada em 2022 pela editora Tibi. A cerimônia de premiação foi realizada na última terça-feira (5) no Theatro Municipal de São Paulo.
Nas redes sociais, Emília celebrou a conquista: "Esse livro é uma homenagem às mães e às professoras que semeiam o amor pelos livros e pela leitura", escreveu.
O livro premiado trata da importância da formação leitora na infância e destaca o afeto e a dedicação para a criação de uma nova geração de leitores.
Baiana, natural de Salvador, Emília é sócia da Tibi Livros e se apaixonou pela escrita infantil após o nascimento dos dois filhos. Em 2016, a escritora deu início a transição de carreira e passou a se dedicar integralmente ao universo infantil. Atualmente, Emília tem mais de 15 livros publicados, entre eles "A Menina da Cabeça Quadrada", um dos livros mais vendidos da escritora.
A dupla responsável pela obra é formada ainda por Anna Cunha, graduada em Artes Plásticas e ilustradora. Entre as características mais marcantes das produções de Anna são a presença de elementos da natureza e a predominância de mulheres negras mesmo em obras em que a negritude não é um tema.
O escritor baiano Ian Fraser destacou-se como um dos 10 semifinalistas do Prêmio Jabuti, maior premiação literária do Brasil. O dramaturgo está concorrendo na categoria Romance de Entretenimento, com a sua mais recente obra intitulada “A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê”.
Lançado pela editora intrínseca, traz inspirações da cultura pop e da ficção científica, misturando obras conhecidas, como o “Auto da Compadecida” e “Star Wars”, contando com símbolos e elementos da cultura nordestina e baiana, especialmente de Salvador.
Além da semifinal do Prêmio Jabuti, o dramaturgo já acumula diversas premiações, incluindo dois Prêmios Braskem de Teatro. Atualmente, Ian possui seis livros lançados no mercado e celebra a visibilidade nacional que vai colocar historias de Salvador em destque para todo o Brasil.
“Severino é fruto do axé. Ter um romance espacial nordestino, que coloca Salvador no centro de uma trama galáctica, com nosso sotaque e nossas cores, sendo finalista do Jabuti é algo que me enche de orgulho (...) Estamos acostumados com produções estadunidenses e europeias que constroem a história com a identidade deles. Eu quis dialogar com esse gênero literário, mas trazendo signos regionais do nosso imaginário popular”, destacou Ian.
A edição ainda conta com ilustração de capa e projeto gráfico inspirados em clássicos da ficção científica e pela estética do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna.
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Maior premiação literária do Brasil, o Prêmio Jabuti abriu, nesta quinta-feira (6), as inscrições para sua 63ª edição. O prazo para os interessados submeterem seus trabalhos encerra às 18h do dia 1º de julho. Este ano, o editor e tradutor Marcos Marcionilo assume a curadoria.
Por causa da pandemia, nesta edição, excepcionalmente, haverá um desconto de 10% no valor das inscrições realizadas até as 23h59 do dia 4 de junho. A promoção é válida para todos os participantes, autores independentes, editoras, editores, associados e não associados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), e também para todos os tipos de inscrição, obra individual ou coleção.
Em 2021, o Eixo Ensaios passa a se chamar Eixo Não Ficção, e o Eixo Livro torna-se Eixo Produção Editorial. Dessa maneira, as categorias do 63º Prêmio Jabuti ficam organizadas nos 4 eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.
Os vencedores de cada categoria recebem, além da estatueta, o prêmio de R$ 5 mil, já o vencedor da categoria Livro do Ano leva o troféu e R$ 100 mil. O escritor e geógrafo baiano Itamar Vieira Júnior foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti em 2020 (clique aqui).
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou o nome do editor e tradutor Marcos Marcionilo como novo curador do Prêmio Jabuti, maior premiação da literatura brasileira, que este ano realiza sua 63ª edição. No ano passado, o evento ficou sem curador, após Pedro Almeida renunciar depois de ter sido duramente criticado por texto que minimizava as mortes na pandemia e condenava o distanciamento social.
"Ao conhecer por dentro o Prêmio Jabuti em três edições consecutivas - 2018 a 2020 -, dou-me conta de seu lugar e peso nas várias esferas de nossa cultura. Sessentão já, o Jabuti vem se transformando em um instantâneo anual das questões que movem o Brasil", comenta Marcionilo, que acumula experiência de 42 anos no mercado editorial, tendo atuado na escrita, edição, ensino de línguas, linguagem e linguística.
Marcos Marcionilo é graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e tem também larga experiência em tradução, com cerca de 80 obras traduzidas do francês, do inglês, do italiano e do espanhol.
O escritor e geógrafo baiano Itamar Vieira Júnior foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2020. Na cerimônia realizada na noite dessa quinta-feira (26), seu livro "Torto Arado" foi anunciado como o primeiro colocado na categoria Romance Literário.
A trama retrata o sertão baiano, por meio do realismo mágico, com uma "história de vida e morte, de combate e redenção". O enredo venceu as obras de Maria Valéria Rezende (Carta à rainha louca), Paulo Scott (Marrom e amarelo), Adriana Lisboa (Todos os santos) e do músico Chico Buarque (Essa gente), que concorriam na mesma categoria. Antes do Jabuti, “Torto Arado” também rendeu a Vieira Júnior o Prêmio LeYa, concedido a autores lusófonos.
Montagem: Reprodução/ UAI
Além dele, outros premiados foram Raphael Montes, com "Uma Mulher no Escuro" na categoria Romance de Entretenimento, Carla Bessa, com "Urubus" na categoria Conto, Laurentino Gomes, com "Escravidão, Vol. I - do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares" na categoria Biografia, Documentário e Reportagem, e Cida Pedrosa, com "Solo para vialejo" na categoria Poesia.
Esse título, inclusive, foi escolhido como "Livro do Ano". Lançado em outubro de 2019 pela Cepe Editora, o poema 'épico-lírico' faz uma viagem do mar para o sertão, com memórias pessoais.
Confira a lista com todos os premiado:
Eixo: Literatura
Conto
1º Lugar - Título: Urubus | Autor(a): Carla Bessa | Editora(s): Confraria do Vento
Crônica
1º Lugar - Título: Uma furtiva lágrima | Autor(a): Nélida Piñon | Editora(s): Record
Histórias em Quadrinhos
1º Lugar - Título: Silvestre | Autor(a): Wagner Willian Menezes de Araújo | Editora(s): Darkside
Infantil
1º Lugar - Título: Da Minha Janela | Autor(a): Otávio Júnior | Editora(s): Companhia das Letrinhas (Companhia das Letras)
Juvenil
1º Lugar - Título: Palmares de Zumbi | Autor(a): Leonardo Chalub | Editora(s): Editora Nemo
Poesia
1º Lugar - Título: Solo para vialejo | Autor(a): Cida Pedrosa | Editora(s): Cepe Editora
Romance de Entretenimento
1º Lugar - Título: Uma Mulher no Escuro | Autor(a): Raphael Montes | Editora(s): Companhia das Letras
Romance Literário
1º Lugar - Título: Torto arado | Autor(a): Itamar Vieira Junior | Editora(s): Editora Todavia
Eixo: Ensaios
Artes
1º Lugar - Título: AI-5 50 ANOS - Ainda não terminou de acabar | Autor(a): PAULO CESAR GOMES, Pedro Borges, PAULO MIYADA, GALCIANI NEVES, CAROLINA DE ANGELIS, ALEXANDRE PEDRO DE MEDEIROS, THEO MONTEIRO, GABRIEL ZACARIAS, IZABELA PUCU, CAROLINE SCHROEDER, LUISE MALMACEDA, PRISCYLA GOMES | Editora(s): Instituto Tomie Ohtake
Biografia, Documentário e Reportagem
1º Lugar - Título: Escravidão, Vol. I – do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares | Autor(a): Laurentino Gomes | Editora(s): Globo Livros
Ciências
1º Lugar - Título: Futuro presente: o mundo movido à tecnologia | Autor(a): Guy Perelmuter | Editora(s): Companhia Editora Nacional
Ciências Humanas
1º Lugar - Título: Pequeno manual antirracista | Autor(a): Djamila Ribeiro | Editora(s): Companhia das Letras
Ciências Sociais
1º Lugar - Título: 130 anos: Em busca da República | Autor(a): José Murilo de Carvalho, Simon Schwartzman, Pedro Malan, Joaquim Falcão, Edmar Bacha, Marcelo Trindade | Editora(s): Intrínseca
Economia Criativa
1º Lugar - Título: Ecochefs: parceiros do agricultor | Autor(a): Instituto Maniva | Editora(s): Editora Senac Rio
Eixo: Livro
Capa
1º Lugar - Título: Penitentes - Dos Ritos de Sangue à Fascinação do Fim do Mundo | Capista: Isabel Santana Terron, Beatriz Matuck, Luisa Malzoni | Editora(s): Editora Tempo d'Imagem
Ilustração
1º Lugar - Título: Cadê o livro que estava aqui? | Ilustrador(a): Jana Glatt Rozenbaum | Editora(s): Ftd Educação
Projeto Gráfico
1º Lugar - Título: Arquiteturas contemporâneas no Paraguai | Responsável: Christian Salmeron, Maria Cau Levy, Ana David, André Stefanini | Editora(s): Romano Guerra Editora, Editora Escola da Cidade
Tradução
1º Lugar - Título: Bertolt Brecht: Poesia | Tradutor(a): André Vallias | Editora(s): Editora Perspectiva
Eixo: Inovação
Fomento à Leitura
1º Lugar - Título: FLUP - Festa Literária das Periferias | Responsável: Julio Ludemir | Editora(s): Julio Ludemir
Livro Brasileiro Publicado no Exterior
1º Lugar - Título: Lorde | Autor(a): João Gilberto Noll | Editora(s): Two Lines Press, Grupo Editorial Record
Inspirado nas estrelas e apoiado no desejo de humanizar a ciência, o professor baiano Alan Alves Brito é um dos autores do livro “Astrofísica para a Educação Básica: A Origem dos Elementos Químicos no Universo”, um dos finalistas da 62ª edição do Prêmio Jabuti, na categoria “Ciências” (clique aqui). A obra foi escrita em parceria com Neusa Teresinha Massoni, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, onde ele também leciona, desde 2014.
“A gente trabalha a astrofísica na perspectiva da física moderna e contemporânea, mas também trazendo aspectos de história, filosofia, ciências e diversidade. Na verdade, a gente traz os leitores para essa reflexão do que é ciência como construção humana e quem são as pessoas que estão na ciência. Então, nessas reflexões a gente também traz as questões de gênero, raça, mas, sobretudo, do papel da ciência como um processo, uma construção coletiva”, explica o baiano, que nasceu em Vitória da Conquista, mas cresceu em Feira de Santana, onde concluiu o bacharelado em Física, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Vindo de família pobre e sem acesso à educação formal, ele foi o primeiro em gerações a cursar o ensino superior, tendo hoje no currículo pós-doutorados na área de Astrofísica na Austrália e no Chile. Por idealismo e também por causa de sua trajetória, ele conta, empolgado, que a ideia de escrever a obra vem de inquietações antigas e no anseio de democratizar o conhecimento. “A narrativa principal é explicar como é que os elementos químicos da tabela periódica se formam no universo. Porque o ferro do nosso sangue, o cálcio dos nossos ossos, o oxigênio que a gente respira, esses elementos químicos são formados nas estrelas”, explica, lembrando que tal perspectiva sempre foi pouco explorada.
“Quando estudei a tabela periódica, nunca ninguém me disse que os elementos químicos são formados nas estrelas. Então, muitas vezes a gente aprende o carbono na aula de biologia, fala do carbono na aula de história, na aula de geografia, na de química, mas não há uma conexão. Parece que esses carbonos são diferentes (risos)”, lembra, destacando como a ciência pode ser trabalhada de forma interdisciplinar e atrativa aos alunos.
A publicação finalista do Prêmio Jabuti, segundo o autor, também vem preencher uma lacuna do ensino básico no país: a formação dos docentes. “É um dado numérico importante para a gente ter em mente: menos de 20% dos professores de física do Brasil são licenciados em Física. Então, quem são os professores que estão trabalhando com educação e ciências, que estão falando de física ou de ciência de maneira geral? No geral, eles não têm formação em Física. São professores de biologia, matemática e até da área de humanas”, pontua, expondo a fragilidade do ensino no país.
Diante do contexto, Alan Alves aponta a obra como um importante suporte pedagógico, com imagens coloridas, propostas didáticas e texto agradável. “Quando a gente escreve esse livro tem também essa intenção, de que qualquer professor da educação básica, independentemente da formação inicial - que muitas vezes não é física - pudesse ler esse livro e se empoderar”, explica.”É um livro que traz física, astrofísica, astronomia, química, física atômica e molecular, física de partículas, que são temas que estão aí e muitas vezes a gente acha que isso não poderá chegar aos professores da educação básica”, acrescenta.
Obra foi escrita por Alan Alves em parceria com a professora Neusa Teresinha Massoni | Foto: Divulgação
CIÊNCIA DEMOCRÁTICA COMO CONTRAPONTO À DESINFORMAÇÃO
Além da importância dentro das escolas, o astrofísico baiano lembra que a democratização da ciência explorada através da linguagem literária é uma importante ferramenta para combater a desinformação, sobretudo em um momento em que crescem os movimentos negacionistas.
“A gente precisa dialogar, precisa trabalhar a ciência nesse diálogo com outras narrativas. E a narrativa literária é muito potente”, diz o professor, defendendo que as duas são muito parecidas, já que literatura e ciência trabalham com a imaginação e a criatividade. “Acredito que a leitura nos fortalece, no sentido de fomentar o pensamento crítico que a gente precisa nesse momento de negacionismo da ciência, nesse momento que a gente precisa entender que, de fato, a gente vive num país estruturalmente racista, misógino, LGBTfóbico, muito baseado na política de morte. Todos nós, em sociedade, precisamos entender que a leitura é uma tecnologia fundamental pra que a gente faça esses contrapontos e possa realmente construir uma outra realidade. E o meu compromisso como cientista é esse”, declara Alan, lembrando que os acadêmicos costumam escrever para os pares e não para a sociedade.
Neste contexto, ele faz uma crítica à inacessibilidade da produção científica e reforça a importância de investir em uma comunicação mais popular. “Todos nós precisamos criar uma nova subjetividade, a gente precisa ocupar as mídias sociais, Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, a gente precisa escrever livros, nós precisamos ir às escolas, ocupar rádios, TVs, é muito importante que as pessoas tenham acesso a esse discurso. E esse discurso não pode ser autoritário”, explica o baiano, defendendo que esse diálogo deve possibilitar que os cidadãos tenham ferramentas para entender o que é ciência, pseudociência, religião, filosofia, conhecimentos e saberes. “As pessoas precisam ter acesso a lugares de checagem de informação. Se nós cientistas simplesmente ficamos no nosso canto, nos nossos olimpos ou nossas torres de marfim, aí fica difícil. Eu acredito que esse é o grande papel da universidade e cada um de nós que estamos na universidade. Nós temos que dialogar e explicar para as pessoas o que a gente faz”, pondera.
Observação de eclipse em Porto Alegre, com a participação da comunidade local | Foto: Arquivo Pessoal
POLÍTICAS PÚBLICAS E CONHECIMENTO
Outro ponto destacado pelo baiano indicado ao Prêmio Jabuti é o papel fundamental das políticas públicas voltadas para democratizar o conhecimento. O professor classificou como “absurda” a proposta do governo federal de taxar os livros e condenou a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribuiu ao livro o caráter de produto voltado para as elites (saiba mais).
“Esse discurso de que pobre não lê ou não deveria ler é elitista, classista, está enraizado e faz parte desse nosso processo histórico de fortalecimento de desigualdades, de naturalização das desigualdades”, diz Alan, lembrando que a falta de acessibilidade não se dá apenas com os livros, mas também em relação à cultura, em geral, já que os mais pobres geralmente estão excluídos de espaços como museus, cinemas e teatros. “O discurso do ministro e essas tentativas de taxar o livro pra mim fazem parte desse pacote histórico de aprofundamento de desigualdades”, avalia, afirmando que os livros precisam ser ainda mais baratos, para que não sejam apenas “reservados às pessoas bem nascidas”.
“Temos que garantir que todas as pessoas do brasil possam ter acesso à cultura, educação, divulgação em ciência, algo que chamo de espaços de poder. Porque esses lugares também são lugares de aprendizagem, também são lugares de conexão com o mundo, de empoderamento e fortalecimento do pensamento crítico”, reitera.
Ao comentar uma pesquisa recente na qual a região Nordeste e as classes sociais mais baixas se destacaram no ranking de leitura no Brasil (clique aqui), ele confirma seu ponto. “Eu não vi a pesquisa em detalhes, mas tenho certeza que se a gente for avaliar vai ver que isso é produto de políticas públicas. Você só transforma uma estrutura como essa com políticas públicas. Não tenho dúvida de que faz parte de um processo longo de investimento em livros, bibliotecas, em acesso à educação diferenciada”, conclui o professor, lembrando que o destaque do Nordeste foi celebrado e chegou como surpresa, por causa do preconceito. “No imaginário coletivo social, os nordestinos não pensam, são incapazes. E eu como nordestino vivendo no Sul passo por tudo isso diariamente, porque isso faz parte do processo histórico racista”, afirma.
Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil | Foto: Divulgação
O PRÊMIO JABUTI
Resgatando o largo caminho percorrido até conquistar o espaço que hoje ocupa - desde o bacharelado em Feira de Santana, passando pelo mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo (USP), os pós-doutorados na Swinburne University, na Australian National University e na Pontificia Universidad Católica de Chile, até a nomeação como professor concursado da UFRGS -, Alan Alves Brito diz estar “extremamente feliz” com a indicação ao Jabuti, independente do resultado final. “Estar entre os cinco finalistas do maior prêmio do livro brasileiro, na categoria de ‘Ciências’, concorrendo com nomes como Marcelo Gleiser, Sidarta Ribeiro, o Leon Kossovitch, que são pesquisadores brancos, bem nascidos, divulgadores de ciências que estão aí há anos, que têm essas grandes editoras e as mídias, pra mim já é um grande acontecimento”, garante o baiano.
“Pra mim, num país como o nosso, significa muito esse prêmio, esse reconhecimento, estar entre os cinco finalistas, diante de todas essas condições e levando em conta que eu venho do Brasil profundo. É muito significativo, eu estou muito feliz, não só eu, como mainha e painho, que também estão muito orgulhosos, e isso para mim já é muita coisa”, diz, acrescentando que o prêmio também tem dado mais visibilidade ao trabalho, que é o objetivo de todos os escritores: serem lidos. “O meu maior sonho é que o livro chegue mesmo em todos os lugares e que mais pessoas, como eu, consigam se encantar, se apaixonar pela ciência”, conclui.
A jornalista da TV Globo, Maju Coutinho, será a apresentadora responsável por anunciar os vencedores do Prêmio Jabuti. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Este ano, em sua 62ª edição, a cerimônia de premiação será realizada no dia 26 de novembro, em ambiente virtual, por causa da pandemia do novo coronavírus. O evento será transmitido no Facebook e no Youtube da Câmara Brasileira do Livro.
Dentre os finalistas deste que é um dos prêmios literários mais importantes do Brasil, estão alguns baianos: o livro “Pequena Coleção de Insignificâncias” (2019), de Thiago Cohen, TANTO - criações compartilhadas e Neto Machado, na categoria "Infantil" (clique aqui); “Astrofísica para a Educação Básica: A Origem dos Elementos Químicos no Universo”, do professor feirense Alan Alves Brito em parceria com a colega Neusa Teresinha Massoni, concorrendo na categoria “Ciências” (clique aqui); e "Contos dos orixás", de Hugo Canuto, na categoria "Histórias em Quadrinhos".
O livro baiano “Pequena Coleção de Insignificâncias” (2019), de Thiago Cohen, TANTO - criações compartilhadas e Neto Machado, é finalista do 62º Prêmio Jabuti, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). A cerimônia deste, que é o maior prêmio literário do Brasil, acontece no dia 26 de novembro. Também concorrem ao Jabuti deste ano nomes como Chico Buarque, Martinho da Vila e Nélida Piñon (saiba mais).
Editada pela Conexões Criativas, braço editorial da Dimenti Produções Culturais, a obra baiana concorre na categoria “Infantil”. O livro é formado por várias pequenas partes que se relacionam: cartas-poemas que podem espalhar palavras ao vento; uma caixinha especial para guardar as palavras soltas e o que mais interessar; uma caixinha hermeticamente fechada para guardar qualquer segredo; e uma caixinha cheia de pequenas proposições de experiências colecionáveis.
“Pequena Coleção de Insignificâncias” é resultante do projeto “Coreografias de Papel”, uma coleção que transpõe criações coreográficas da Bahia para livros-objetos voltados para a infância e juventude. Sua concepção acessa o solo de dança “Demolições (La Petite Mort)”, de Thiago Cohen, que trata dos momentos em que uma pessoa precisa romper para construir, acabar algo para começar outra vez.
Depois de ser duramente criticado por publicar em suas redes sociais um texto no qual minimizava a gravidade do novo coronavírus, o professor Pedro Almeida renunciou à curadoria do Prêmio Jabuti, nesta quarta-feira (27).
De acordo com informações do jornal O globo, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), responsável pelo prêmio, confirmou ter recebido e acatado a carta de renûncia enviada por ele. Em nota, a entidade agradeceu a Pedro pela contribuição na última edição do Jabuti, "em uma atuação reconhecida por todos".
"A entidade seguirá trabalhando para levar melhores serviços aos associados, enfrentando de forma responsável os enormes desafios que nossa sociedade ainda tem adiante e reafirmando seu compromisso permanente com a defesa dos princípios democráticos e valorização do livro e leitura", acrescentou, no comunicado.
A situação ficou insustentável para Pedro Almeida após a postagem contrária ao isolamento social, na qual afirmava que os brasileiros estavam sendo “enganados” sobre os casos de morte pelo novo coronavírus. Um dia depois, mais de 100 pessoas no meio literário e jornalistas assinaram um manifesto repudiando as declarações e pedindo a saída do ex-curador do Jabuti (clique aqui e saiba mais).
Nesta segunda-feira (25) ele tentou contornar a situação, através de outra publicação: "Fiz um post com dados incorretos; errei por acreditar que eram corretos. Assim que amigos me avisaram disso, apaguei o post. Não desejava colocar inverdades e, como jornalista, sempre confiro antes de divulgar. Mas apostei na fonte".
A escritora, atriz, roteirista e apresentadora de TV Fernanda Young, morta em agosto deste ano (clique aqui), recebeu um troféu póstumo na 61.ª edição do Prêmio Jabuti, maior premiação literária do Brasil.
Os vencedores foram anunciados na noite desta quinta-feira (28), em uma cerimônia realizada no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, em São Paulo, com a presença de Estela May, filha de da escritora, que recebeu o prêmio pela mãe. Fernanda Young se destacou na categoria “Crônica”, pelo livro “Pós-F: para além do masculino e do feminino” (2018).
Confira a lista completa de vencedores:
Eixo: Literatura
Conto
1º Lugar – Título: Um beijo por mês | Autor(a): Vilma Arêas | Editora(s): Luna Parque
Crônica
1º Lugar – Título: Pós-F: para além do masculino e do feminino | Autor(a): Fernanda Young | Editora(s): LeYa
Histórias em Quadrinhos
1º Lugar – Título: Graphic MSP – Jeremias: Pele | Autor(a): Rafael Calça, Jefferson Costa | Editora(s): Mauricio de Sousa, Panini
Infantil
1º Lugar – Título: A Avó Amarela | Autor(a): Júlia Medeiros, Elisa Carareto | Editora(s): Ôzé Editora
Juvenil
1º Lugar – Título: Histórias guardadas pelo rio | Autor(a): Lucia Hiratsuka | Editora(s): Edições SM
Poesia
1º Lugar – Título: Nuvens | Autor(a): Hilda Machado | Editora(s): Editora 34
Romance
1º Lugar – Título: O pai da menina morta | Autor(a): Tiago Ferro | Editora(s): Todavia
Eixo: Ensaios
Artes
1º Lugar – Título: Arte popular brasileira: olhares contemporâneos | Autor(a): Germana Monte-Mór, Vilma Eid | Editora(s): Editora WMF Martins Fontes, Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro
Biografia, Documentário e Reportagem
1º Lugar – Título: Jorge Amado: uma biografia | Autor(a): Joselia Aguiar | Editora(s): Todavia
Ciências
1º Lugar – Título: A caminho de Marte: a incrível jornada de um cientista brasileiro até a NASA | Autor(a): Ivair Gontijo | Editora(s): Editora Sextante
Economia Criativa
1º Lugar – Título: 101 dias com ações mais sustentáveis para mudar o mundo | Autor(a): Marcus Nakagawa | Editora(s): Editora Labrador
Humanidades
1º Lugar – Título: Uma história da desigualdade: a concentração de renda entre os ricos no Brasil 1926 – 2013 | Autor(a): Pedro H. G. Ferreira de Souza | Editora(s): Hucitec Editora Ltda
Eixo: Livro
Capa
1º Lugar – Título: Revela-te, Chico: uma fotobiografia | Capista: Augusto Lins Soares | Editora(s): Bem-Te-Vi Produções Literárias
Ilustração
1º Lugar – Título: Chão de peixes | Ilustrador(a): Lúcia Hiratsuka | Editora(s): Pequena Zahar
Impressão
1º Lugar – Título: Roberto Landell de Moura, o precursor do rádio | Responsável: Rodrigo Moura Visoni | Editora(s): Tamanduá
Projeto Gráfico
1º Lugar – Título: Clarice | Responsável: Felipe Cavalcante | Editora(s): Global Editora
Tradução
1º Lugar – Título: Sobre isto | Tradutor(a): Leticia Mei | Editora(s): Editora 34
Eixo: Inovação
Fomento à Leitura
1º Lugar – Título: Leia para uma Criança | Responsável: Dianne Cristine Rodrigues Melo | Editora(s): Itaú Social
Livro Brasileiro Publicado no Exterior
1º Lugar – Título: A resistência | Autor(a): Julián Fuks | Editora(s): Companhia das Letras, Charco Press
O Prêmio Jabuti, uma das principais premiações literárias do Brasil, divulgou nesta quinta-feira (31), os cinco finalistas de suas 19 categorias. Elas são divididas em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação.
Os vencedores serão revelados em cerimônia no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 28 de novembro. No evento também será anunciado o vencedor do Livro do Ano, que ganha R$ 100 mil. O primeiro colocado de cada categoria ganha R$ 5 mil e o tradicional troféu do Jabuti.
Entre os finalistas da 61ª edição do Prêmio Jabuti estão Jô Soares, Fernanda Young, Míriam Leitão, Ruy Castro e Geovani Martins. Conheça todos os finalistas no site da premiação (acesse aqui).
O livro “A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam”, escrito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos finalistas da primeira fase do Prêmio Jabuti 2019, na categoria de Livro Brasileiro Publicado no Exterior. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (3) e os cinco indicados para a segunda fase serão informados no dia 31 de outubro.
A obra disputa o prêmio com outros sete títulos: “A resistência”, de Julián Fuks; “Brasil: Uma biografia”, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel; “Gente de cor, cor de gente”, de Mauricio; “Meia-noite e vinte”; de Daniel Galera; “Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro de Vasconcelos; “Simpatia pelo demônio”, de Bernardo Carvalho e “Terapia financeira: realize seus sonhos com educação financeira”, de Reinaldo Domingos.
Livro de Lula conta com imagens históricas do ex-presidente desde os tempos de sindicalistas até as caravanas pelo país | Foto: Divulgação
Publicado pela Boitempo Editorial, o livro “A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam” tem como base as entrevistas concedidas por Lula aos jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, ao professor de relações internacionais Gilberto Maringoni e à editora Ivana Jinkings.
Com 216 páginas, segundo a sinopse, a obra tem como destaque “a análise inédita do ex-presidente sobre os bastidores políticos dos últimos anos e o que levou o Partido dos Trabalhadores a perder o poder após a reeleição de Dilma Rousseff”. O livro aborda ainda as eleições de 2018, além das perspectivas de Lula para o futuro do país.
Organizado por Ivana Jinkings, com a colaboração de Gilberto Maringoni, Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, o livro traz ainda textos de Eric Nepomuceno, Luis Fernando Verissimo, Luis Felipe Miguel e Rafael Valim. O livro tem ainda uma cronologia da vida do petista, organizada pelo jornalista Camilo Vannuchi, fotos históricas desde os tempos de sindicalista, passando pela presidência e as caravanas e manifestações realizadas por Lula pelo Brasil. O texto de capa é assinado pelo historiador Luiz Felipe de Alencastro.
PRÊMIO JABUTI 2019
Os ganhadores de cada categoria do Prêmio Jabuti receberão R$ 5 mil cada, enquanto o vencedor do Livro do Ano levará R$ 100 mil. Além dos prêmios em dinheiro, cada autor receberá uma estatueta. A lista completa dos finalistas está disponível no site do Jabuti (clique aqui).
A diretoria da Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou, nesta segunda-feira (16), a data de divulgação dos escritores finalistas na 61ª edição do Prêmio Jabuti. Anúncio ocorrerá em duas etapas e corpo de jurados será revelado antes da cerimônia de premiação.
A primeira, quando serão conhecidos os 10 finalistas, acontece em 3 de outubro. A segunda, na qual serão definidos os 5, acontece no dia 31 de outubro. Ambas serão tornadas públicas a partir de 12h no site do prêmio.
Os vencedores de cada uma das 19 categorias e o ganhador do Livro do Ano serão conhecidos apenas no dia 28 de novembro, em cerimônia realizada no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, em São Paulo.
Os ganhadores de cada categoria receberão R$ 5 mil cada, enquanto o vencedor do Livro do Ano levará R$ 100 mil. Além dos prêmios em dinheiro, cada autor receberá uma estatueta, que também será entregue às editoras dos livros selecionados.
Mesmo com os protestos da classe artística, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, informou por meio de carta que não irá alterar o novo regulamento implementado na edição 2018 (clique aqui e saiba mais). “O Prêmio Jabuti seguirá conforme idealizado, preservando a integridade do sistema operacional e, principalmente, em respeito às obras já inscritas mediante o aceite dos participantes ao regulamento anunciado em maio de 2018”, diz a carta enviada pelo presidente da CDL, Luís Antonio Torelli, a escritores, ilustradores, especialistas e promotores do segmento. Uma das principais críticas à nova regulamentação é o fato de terem reduzido a quantidade de categorias do troféu literário, passando de 39 para 18. Segundo Torelli, a alteração das novas regras é inviável, já que este ano o Jabuti conta com uma plataforma digital para receber as inscrições, organizada a partir do regulamento atual.
Com a ilustração de uma cena de violência praticada por um policial militar contra um garoto, a capa de “Castanha do Pará” - livro que rendeu o Prêmio Jabuti de melhor história em quadrinhos a Gidalti Moura Jr. -, foi retirada de uma exposição em um shopping de Belém (PA), nesta segunda-feira (16). A remoção da obra se deu após um comentário de um PM, que disse ter se ofendido com a imagem, ter viralizado na internet. O quadrinista, por sua vez, criticou os ataques e o fato do shopping excluir seu trabalho sem nem mesmo comunica-lo. “Sobre censura à capa de meu livro em exposição em Belém, gostaria de declarar total repúdio aos conceitos arbitrários que classificaram a imagem como uma ofensa à polícia militar”, escreveu Gidalti, em suas redes sociais. Segundo ele, a retirada é um gesto que contraria valores fundamentais defendidos por ele, como a liberdade de expressão. “A obra é ficcional, tem caráter lúdico e expõe situações rotineiras nas metrópoles brasileiras. Quem a compreendeu como apologia ao crime e/ou a desmoralização da polícia militar, o faz de forma leviana e sem ao menos ler o livro ‘Castanha do Pará’”, acrescenta o artista, declarando ainda que “a retirada da imagem da exposição é uma vitória parcial da ignorância, do medo e de forças antagônicas à liberdade”.
Capa de "Castanha do Pará" foi retirada da exposição | Foto: Reprodução / Facebook
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou, durante cerimônia realizada no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, na noite desta quinta-feira (30), os vencedores da 59ª edição do Prêmio Jabuti. Este ano, os vencedores foram os escritores Magda Soares e Silviano Santiago, que levaram a estatueta nas categorias Livro do Ano Não Ficção e Ficção, respectivamente. Magda foi premiada pela obra "Alfabetização: A Questão dos Métodos", da Editora Contexto; enquanto Silviano se destacou pelo livro "Machado", da Companhia das Letras. Os vencedores foram definidos através de votação por profissionais do mercado editorial e contemplados com o prêmio de R$ 35 mil por categoria, além da estatueta. Clique aqui para conferir a lista completa de vencedores.
Estão abertas as inscrições para a 59ª edição do Prêmio Jabuti, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Podem participar do concurso literário, obras publicadas em primeira edição, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2016. Este, que é o principal prêmio da literatura brasileira, contempla 29 categorias: Adaptação; Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia; Capa; Biografia; Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática; Ciências Humanas; Ciências da Saúde; Comunicação; Contos e Crônicas; Didático e Paradidático; Direito; Educação e Pedagogia; Economia, Administração, Negócios, Turismo, Hotelaria e Lazer; Engenharias, Tecnologias e Informática; Gastronomia; História em Quadrinhos; Ilustração; Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil; Infantil; Infantil Digital; Juvenil; Livro Brasileiro Publicado no Exterior; Poesia; Projeto Gráfico; Psicologia, Psicanálise e Comportamento; Reportagem e Documentário; Romance; Teoria/Crítica Literária, Dicionários e Gramáticas; e Tradução. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Prêmio Jabuti, onde também está disponível o regulamento (clique aqui).
O Prêmio Jabuti, um dos principais da literatura brasileira, trará duas novas categorias em 2017. História em Quadrinhos e Livro Brasileiro Publicado no Exterior serão incluídas na disputada, segundo anuncio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), divulgada nesta quarta-feira (3). Com a novidade, o Jabuti passa a contar com 29 categorias ao todo. Antes da mudança, HQs eram contempladas pela categoria chamada Adaptação, que continua existindo, mas sem incluir os quadrinhos. Segundo as regras, na nova categoria para HQs podem concorrer “livros compostos por histórias originais ou adaptadas, contadas por meio de desenhos sequenciais, definidas pela união de cor, mensagem e imagem”. Já em Livro Brasileiro Publicado no Exterior podem concorrer "livros de autor(es) brasileiro(s) nato(s)/naturalizado(s) publicado no exterior em primeira edição no período entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016, em qualquer gênero, ficção ou não ficção".
Os títulos selecionados pelo júri especial serão anunciados nesta sexta-feira (21) no site da Amazon. Além do prêmio, os autores dos livros que tiverem as melhores avaliações nessas categorias levarão também um Kindle. O anúncio dos vencedores acontece no dia 24 de novembro.
O fato, no entanto, não deve prejudicá-lo no Portugal Telecom, do qual é finalista. Segundo a curadora Selma Caetano, Sant'Anna não poderia participar se o conto tivesse saído em uma obra de sua autoria mas, no caso, houve uma organizadora. Se ganhar o Portugal Telecom, o autor leva R$ 50 mil e tem a chance de concorrer a outros R$ 50 mil, caso seu livro seja escolhido como o melhor do ano. Pelo Jabuti, ganharia R$ 3,5 mil e, da mesma forma, concorreria ao grande prêmio do ano, no valor de R$ 35 mil.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.