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A atual secretária de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Larissa Moraes, filiada ao MDB, pode ser candidata a deputada estadual nas eleições de 2026. Embora tenha sido especulada como postulante a uma cadeira na Câmara dos Deputados, informações obtidas pelo Bahia Notícias indicam que a disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) é o cenário mais provável no momento.
Conforme apuração da reportagem com filiados do MDB, Larissa enxerga a disputa na AL-BA como "tão difícil quanto a Câmara", mas avalia que ela possui mais chances no legislativo estadual. Segundo as fontes, a possível candidata tem criado laços pelo interior do estado ao cumprir agendas com a SIHS, o que pode facilitar o lançamento de seu nome à Assembleia.
O recuo da intenção de disputar a Câmara ocorre também após o presidente do MDB-BA, Jayme Vieira Lima, se colocar como candidato ao legislativo federal nas eleições de 2026. Atualmente, além de presidir o partido, ele é presidente da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb).
Atualmente, o MDB possui duas cadeiras na AL-BA, sendo ocupadas por Rogério Andrade e Matheus Ferreira, filho do vice-governador Geraldo Jr. (MDB). Tendo como base as eleições de 2022, a titular da SIHS precisaria de mais de 60 mil votos para poder se eleger.
Como "trunfo", Larissa é apadrinhada política do ex-deputado federal e um dos caciques do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima. O presidente de honra dos emedebistas deve ter papel decisivo na articulação da campanha da secretária, que já chegou a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Salvador em 2016, mas acabou ficando na segunda suplência ao receber 6.500 votos.
Ao Bahia Notícias, durante o cortejo do 2 de Julho, a secretária colocou seu nome à disposição para disputar uma cadeira nas eleições do ano que vem, mas ressaltou que a decisão cabe ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).
"Eu sou um soldado. Que o partido decida, que o nosso governador decida também. Hoje eu estou como secretária, continuo lutando. Mas se o ano que vem a coisa mudar, também vou ser um soldado e continuar lutando pela Bahia com mais força ainda."
Além de Larissa, outra secretária de Jerônimo pode vir a ser candidata à AL-BA nas eleições de 2026. O nome da vez seria a titular da pasta de Educação (SEC), Rowenna Brito, já filiada ao PT. A articulação está em etapas iniciais e ainda existe uma possibilidade dela ser lançada à Câmara dos Deputados.
O movimento de união partidária que tem ficado cada vez mais comum pode colocar duas legendas de direções opostas lado a lado. Com o debate ficando mais afunilado, o MDB e o Republicanos devem formar mais uma federação partidária, porém com um entrave direto na Bahia: o comando do grupo. Apesar do debate, para o deputado federal e presidente estadual dos Republicanos Márcio Marinho o comando fica com quem tiver mais representação parlamentar em Brasília.
Em contato com o Bahia Notícias, o deputado reforçou que a federação é “um negócio sério”. “Você tem vários problemas, além de realidades diferentes nos estados. Não é da noite para o dia que se resolve, apesar das federações serem importantes. Os partidos [MDB e Republicanos] estão se organizando. O Republicanos tem essa conversa com o MDB para federalizar, visando as eleições no estado e nacionais. As conversas estão acontecendo, mas sem martelo batido. O que vai resolver serão as conversas nacionalmente. O Marcos Pereira [presidente nacional dos Republicanos], o Baleia Rossi [presidente nacional do MDB], analisando detalhe por detalhe”, apontou.
Marinho comentou ainda que a união deve ser regida pela regra utilizada por outras federações, tendo a chancela da nacional, o partido com mais deputados federais comanda a federação. “Tenho procurado não falar muito para aguardar a decisão nacional. Vejo matérias sobre quem terá controle e a regra é essa. O partido que tem mais deputado nos estados, detém o controle da federação. Se isso acontecer com o MDB, não vamos abrir não de ter o controle da federação no estado. E com o controle, a nossa tendência é nos mantermos onde nos estamos atualmente”, disse.
“Na centro-direita, com os partidos da base de Bruno Reis e ACM Neto. Nosso perfil dos nossos parlamentares tem esse perfil, de centro-direita. Com todos os repeito que temos pelos deputados do MDB, estaremos nos posicionando para ter o controle. Essa federação é importante para todo mundo”, completou Marinho.
Ao BN, Marinho ainda deixou o caminho aberto para o diálogo com lideranças do MDB na Bahia, pensando em montar uma federação forte e proveitosa para ambos partidos. “Tenho maior respeito por Lucio [Vieira Lima], Geddel [Vieira Lima], Geraldo [Jr.]. Se dependente de mim, o espaço está sempre aberto. Sou do diálogo. Mas sempre nos posicionando que o partido tem a maioria”, finalizou.
O debate para o desfecho da federação ocorre centrado em Brasília, com as lideranças partidárias ainda tentando equalizar pendências estaduais. Na Bahia, alguns interlocutores do MDB apontam que existe uma convergência de interesses para que as lideranças do partido fiquem com o comando da federação. Apesar disso, o novo grupo político ainda deve passar por algumas mudanças para conseguir contemplar os interesses diversos.
O desfecho da negociação deve ser visto ainda em 2025, com impacto direto na Bahia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a julgar as investigações envolvendo Geddel Vieira Lima, de suspeitas de rachadinha no gabinete de Lúcio Vieira Lima (irmão do ex-parlamentar) na Câmara e outra, suposta lavagem de dinheiro por meio de vendas fictícias de gado e simulação de contratos de aluguel de maquinário agrícola, que haviam sido enviadas para a primeira instância. Após mudança no entendimento da Corte sobre o foro privilegiado, os casos retornam para o STF.
Segundo o Globo, em março, os ministros mudaram a extensão do foro privilegiado e estabeleceram que o julgamento de crimes relacionados ao cargo continua na Corte mesmo depois do fim do mandato, por 7 votos a 4.
Antes, casos envolvendo o presidente da República, ministros, senadores e deputados ficavam no STF somente enquanto durasse o mandato ou a autoridade estivesse na função. A nova norma prevê o envio à Corte inclusive de inquéritos ou ações penais iniciadas após o fim do mandato, desde que estejam relacionados ao exercício da função.
Além de Geddel, outras figuras terão os processos enviados ao STF novamente. Na lista estão casos envolvendo políticos como o ex-ministro Ricardo Salles, Deltan Dallagnol, ex-deputado, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Fotos: José Cruz / Marcelo Camargo / Agência Brasil / Zeca Camargo / Câmara dos Deputados
A investigação contra Salles, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, é sobre um suposto favorecimento a madeireiras. O caso havia sido remetido para a Justiça de Altamira, no Pará, após sua saída do cargo. Ele nega irregularidade e, pelas redes sociais, chamou a acusação de “falácia”.
Já em relação a Deltan, o STF vai analisar uma queixa-crime feita pelo ministro Flávio Dino em 2023, quando ele ainda não havia sido indicado à Corte, por crimes de calúnia, difamação e racismo. Na ocasião, o ex-procurador afirmou que o então ministro da Justiça fechou acordo com o crime organizado para viabilizar uma visita ao Complexo da Maré, no Rio.
Os ex-ministros de Michel Temer: Gilberto Kassab, que comandou a pasta de Ciência e Tecnologia, e Geddel Vieira Lima, da hoje extinta Secretaria de Governo, também serão julgados pela suprema corte.
O presidente de honra do MDB-BA, Lúcio Vieira Lima, anunciou que irá se ausentar das convenções partidárias em municípios no interior do estado. Em vídeo publicado nesta sexta-feira (2), o ex-deputado federal afirmou que está enfrentando uma pneumonia e recebeu recomendações médicas para permanecer em repouso.
“O médico disse que eu precisava ter repouso, boa alimentação, não falar nada e disse ainda que já estou com 61 anos. Então eu suspendi as minhas viagens, estou comunicando aqui agora. Tudo que você imaginar eu estou tomando, mas é difícil você se dedicar e repousar”, afirmou o cacique em vídeo.
Apesar de sinalizar sua ausência em viagens, Lúcio não chega a citar se faltará a convenção que deve oficializar a candidatura de Geraldo Júnior (MDB) à prefeitura de Salvador. O evento está marcado para ocorrer neste domingo (4).
No final do vídeo, o presidente de honra do MDB chega a dizer que pode comparecer a “meia convenção” caso se recupere parcialmente ou tenha tempo para estar presente no evento.
“Desculpa a todos. Ainda vou continuar, porque se sobrar tempo, recuperação, nem que seja meia convenção de algum lugar, eu estarei presente. Mas vocês saibam que a convenção não é o momento mais importante de uma campanha”, disse Lúcio.
Confira:
O MDB busca tornar ainda mais disputada as eleições que prometem ser acirradas em Camaçari. O presidente de honra do partido na Bahia, Lúcio Vieira Lima, garantiu que Oswaldinho Marcolino vai manter a pré-candidatura a prefeito do município.
“Em Camaçari nós temos um candidato que é Oswaldinho. Lá é uma eleição em dois turnos, o que facilita muito. A tendência é o MDB passar para o segundo turno e Caetano vim apoiar. Se Caetano passar para o segundo turno, Osvaldinho vai apoiar Caetano. É simples, não tem muito o que conversar”, disse ao Bahia Notícias na tarde desta quinta-feira (16) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) durante entrega da Comenda Dois Julho ao deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).
Com o segundo maior PIB [Produto Interno Bruto] da Bahia e quarta cidade do estado em população, com 300,3 mil habitantes, o município localizado na Região Metropolitana de Salvador (RMS) projeta ter uma eleição polarizada entre o atual presidente da Câmara de Vereadores, Flávio Matos (União), que é apoiado pelo prefeito Antônio Elinaldo (União), e o ex-secretário de Relações Institucionais do estado, Luiz Caetano (PT). O servidor público Cleiton dos Santos (Novo) também está com a pré-candidatura posta.
Neste ano, Camaçari entrou para o grupo de cidades com direito a ter segundo turno. Pelos cálculos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o município registrou 201,2 mil eleitores. A condição assegura a disputa em dois momentos caso o candidato mais votado não tenha mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno.
VITÓRIA DA CONQUISTA
Por parte do MDB, as candidaturas em Vitória da Conquista já se encaminham para uma definição. Nesta quinta o partido lançou a pré-candidatura da vereadora Lúcia Rocha à prefeitura do município do Sudoeste baiano, com o Podemos e PRTB já garantidos na aliança.
Por lá, o PT mantém o deputado federal Waldenor Pereira na corrida pelo Executivo local. O presidente de honra do MDB agora espera que a federação liderada pelo PT apoie Lúcia em um eventual segundo turno.
“Nonô [Waldenor] perdeu a oportunidade de ser vice de Lúcia, porque demorou a se decidir. Mas vamos aguardar seu apoio no segundo turno. Não depende de nós mais, agora depende do PT, da Federação, apoiar Lúcia. Infelizmente não temos mais a vice para oferecer”, provocou.
“Todo mundo sabe que o MDB é um partido que tem palavra. Como o Podemos já ocupou a vice, estamos começando a campanha. E enquanto isso, os dois outros candidatos não têm nem vice ainda. Ficaram a dizer que Lúcia não tinha apoio político, que Lúcia não tinha estrutura, que Lúcia não seria candidata. Tudo que disseram e que eu dizia que era fake news, ocorreu o que eu disse. Lúcia é candidata”, pontuou.
O presidente de honra do MDB Bahia, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, anunciou, nesta terça-feira (20), a expulsão de três vereadores de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, por “indisciplina partidária”. A ação foi movida pela Comissão de Ética do MDB da Bahia contra os parlamentares Adinilson Pereira, Edjaime Rosa de Carvalho e Luis Carlos Dude.
Em uma publicação nas redes sociais, Lúcio escreveu a seguinte declaração: “A Comissão de Ética do MDB da Bahia, reunida hj julgou procedente a Representação com sanção de expulsão, por indisciplina partidária ao descumprir as orientações e posições políticas da legenda no Município de Vitória da Conquista, dos vereadores @vereadoradinilsonpereira @bibiavereador e @luiscarlosdude que agora não precisam esperar a janela para procurar outro partido para perderem a eleição !”
Os vereadores, por sua vez, não se manifestaram sobre o caso. O “descumprimento das posições políticas”, sugerido pelo representante do partido, diz respeito a aproximação dos edis com a atual prefeita do município e pré-candidata a reeleição, Sheila Lemos (UB). Em outubro, Sheila deve disputar com outros 5 pré-candidatos a gestão municipal, incluindo a vereadora Lúcia Rocha, nome escolhido pelo MDB.
Angariando apoio político em Feira de Santana, no Centro-norte baiano, durante sua 5ª “cruzada” na tentativa de assumir a prefeitura da cidade, o deputado federal Zé Neto (PT-BA) não vê constrangimento após o encontro, desta segunda-feira (18), com o presidente de honra do MDB baiano, Lúcio Vieira Lima, e Geddel Vieira Lima, correligionários do atual prefeito de Feira, Colbert Martins.
Após o encontro, Zé Neto postou uma foto nas redes sociais com os irmãos, com a legenda: "Com Geddel e Lúcio Vieira Lima, direção do MDB Baiano, construindo uma aliança política para 2024, para alavancar um novo projeto de desenvolvimento para nossa Princesa do Sertão". Confira:
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Geddel e Lúcio Vieira Lima por lavagem de dinheiro e associação criminosa, no caso do “Bunker” com R$ 51 milhões encontrados em um apartamento de Salvador, em 2017.
Durante entrevista ao Podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (18), Zé Neto afirmou que Geddel respondeu na justiça e que os irmãos, quer queira quer não, têm relevância na política baiana.
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“Geddel pagou o preço que tinha de pagar. Respondeu na justiça. A gente não pode polemizar a política e tem que lembrar que, na semana passada, quem estava lá era meu adversário [Zé Ronaldo] e toda a imprensa publicou. Eles [os irmãos Vieira Lima] têm importância política na Bahia. Se teve alguma coisa errada, já teve o processo penal, mas ninguém pode dizer que o MDB e que a família Vieira Lima não teve nenhuma importância no processo político desse Estado e que não foi importante, inclusive, para nossa vitória”, afirmou o deputado federal destacando que ambos se colocaram à disposição para participar do projeto político em Feira. Confira o trecho:
Ainda de acordo com Zé Neto, as articulações em Feira de Santana junto ao MDB vêm sendo capitaneadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) iniciou, nesta segunda-feira (28), uma rodada de conversas com partidos da base aliada sobre 2024. Os primeiros “convocados” foram representantes de PT, PSB e MDB e, por enquanto, há a expectativa de que uma reunião do conselho político seja finalmente convocada para os primeiros dias de setembro.
Em publicações nas redes sociais, os presidentes do PT, Éden Valadares, e do PSB, Lídice da Mata, indicaram que o assunto dos encontros com Jerônimo foi a disputa eleitoral do próximo ano. Apesar de terem acontecido no mesmo dia, as conversas foram individualizadas - em um primeiro momento, essa estratégia teria sido traçada pelo governador e pelo entorno dele, formado essencialmente pelo chefe de gabinete, Adolpho Loyola, e pelo secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano.
Reunião com Lídice da Mata e Rodrigo Hita, do PSB
Enquanto o PT apresentou, na última sexta (25), o nome do deputado estadual Robinson Almeida para disputar a prefeitura da capital baiana, o PSB possui nomes como o da própria Lídice, do vereador Silvio Humberto e do presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), José Trindade.
Reunião com Geddel e Lúcio Vieira Lima e Alex Futuca, do MDB
Já o MDB, que tem o vice-governador Geraldo Jr. como uma das apostas, não publicou imagens do encontro nas redes sociais. O partido tem adotado uma postura mais discreta nas movimentações políticas que envolvem os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima, apesar de ambos estarem ativos nos debates sobre as relações entre a sigla e o governo baiano. Coube ao próprio Jerônimo publicar registros da reunião com os emedebistas.
CONSELHO POLÍTICO
Esperada desde o mês de junho, a reunião do conselho político da base do governo baiano começa a tomar forma para acontecer no começo de setembro. O deputado federal Bacelar (PV) já havia antecipado a informação durante entrevista ao podcast Projeto Prisma nesta segunda (28) e a movimentação envolvendo PT, PSB e MDB confirma a expectativa.
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, o dia 2 de setembro foi previamente reservado para um café da manhã com representantes de todos os partidos que compõem a base de apoio a Jerônimo. No entanto, o governador indicou que será mantido o encontro apenas se conseguir finalizar as conversas com todos as legendas ao longo da semana.
Dentro as siglas que ainda não teriam tido encontros individualizados com Jerônimo estão o PCdoB, o PSD e o Avante, partidos que possuem pré-candidaturas ou musculatura política para reivindicar espaço na composição tanto na disputa em Salvador quanto em outras cidades-chave na Bahia. O arco de alianças do governo ainda inclui Podemos (que se fundiu com o PSC), Cidadania e PSOL.
O PCdoB apresenta o nome da deputada estadual Olívia Santana e o PSD tenta viabilizar um nome, que pode ser do deputado federal Antonio Brito - todavia, o parlamentar estaria mais focado em se tornar viável como candidato à presidência da Câmara dos Deputados.
Com a disputa interna entre “medalhões” para ser o nome do grupo de Jerônimo Rodrigues (PT) em Juazeiro, o MDB tem posto na mesa um “novo quadro” na política para evitar a reeleição da atual prefeita Suzana Ramos (PSDB) nas eleições de 2024. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, lideranças do MDB, encabeçados pelo presidente de honra do partido, Lúcio Vieira Lima, têm tentado emplacar o nome de Andrei Gonçalves, mais conhecido como “Andrei da Caixa”, para ser o candidato da base de Jerônimo em Juazeiro.
De acordo com as lideranças, pesquisas internas apontaram que os nomes apresentados pelo grupo até então, sendo eles os deputados estaduais Roberto Carlos (PV) e Zó (PCdoB), e o ex-prefeito do município, Isaac Carvalho (PT), possuem uma rejeição “considerável” na cidade. Na avaliação de membros do MDB, a apresentação de um “novo nome” poderia colaborar para que o candidato “fugisse” da rejeição do eleitorado.
Ainda há a possibilidade da própria Suzana Ramos disputar a reeleição sendo o nome da base de Jerônimo Rodrigues, mesmo sendo filiada ao PSDB. Os tucanos têm se aproximado do governador desde a chegada do presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz, e estariam colocando a disputa de Juazeiro “na conta” para uma possível adesão à gestão estadual.
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Andrei foi indicado por Lúcio Vieira Lima e teria o apoio de teria o apoio de empresários, principalmente do ramo de construção civil, onde ele possui empresa no setor, e também de algumas lideranças evangélicas de Juazeiro. Além disso, ele teria “apelo popular” por ser servidor público da Caixa Econômica.
O empresário ganhou notoriedade dentro de Juazeiro após as eleições de 2022, sendo um dos principais organizadores das “Puxadas de Jerônimo”, que visava ganhar votos para o petista durante a disputa para o governo estadual. As manifestações chegaram a reunir mais de 10 mil juazeirenses nas ruas.
Juazeirenses na "Puxada de Jerônimo | Foto: Acervo Pessoal
Andrei da Caixa na "Puxada de Jerônimo" | Foto: Acervo Pessoal
Apesar da indicação e o convite de Lúcio, a filiação partidária de Andrei com o MDB ainda não está concretizada. Contudo, o empresário foi visto em evento da Fundação Ulysses Guimarães, vinculada aos emedebistas, realizado em Salvador na quinta-feira (25) da última semana.
Andrei se reuniu com o presidente municipal do PT de Juazeiro, Luiz Félix, na noite da última sexta-feira (26). Entre as pautas, inclusive, seria articular o lançamento de seu nome como o candidato da base de Jerônimo Rodrigues para a prefeitura do município. Além de Félix, Andrei também já teria conversas com Zó e com Roberto Carlos, demonstrando seu interesse na disputa.
O presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, comentou na noite desta quinta-feira (25), sobre a formação de uma federação tripartite, entre o MDB, PSDB e Cidadania. Para Lúcio, a mudança é normal, principalmente quando se trata de "partidos grandes e menores”.
“Os partidos menores querem se agrupar aos partidos grandes porque é a forma que têm para sobreviverem e logicamente os partidos grandes também têm vantagem no caso de fazer essa federação”, declarou.
Apesar da normalidade para Lúcio, ele esclareceu que até a federação sair existem muitas conversas para se discutir, principalmente por se tratar de um critério no Brasil todo.
O presidente adiantou que já houve uma conversa entre o deputado Baleia Rossi e o presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite.
“Agora o que tem que se fazer é dar rapidez, se é para sair, vai sair, senão fica de mi mi mi pela imprensa e termina desgastando”, declarou Lúcio.
O ex-deputado federal ainda afirmou que cabe agora aos partidos acelerarem para passar para a segunda fase. “É a fase das conversas com diversas diretorias e também para definir critérios. Como é que vai ser divisão de tempo, etc. Aí que muitas vezes a gente chama que ‘a porca torce o rabo’, porque os partidos menores sempre querem, quando fazem a federação, crescer em cima dessa federação e o objetivo não é esse, tem que ser um jogo de ganha e ganha”, disse.
O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, garantiu que "ninguém na Bahia" tem condições de expulsá-lo do MDB. A declaração foi feita durante sua entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (22). Colbert vive uma turbulência dentro da sigla por, sobretudo, ter apoiado ACM Neto (UB) e não Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2022.
O gestor da segunda maior cidade da Bahia também não apoiou a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarando voto para a sua correligionária, Simone Tebet. Geraldo Júnior, eleito vice-governador pelo partido, e o presidente da sigla na Bahia, Lúcio Vieira Lima, defenderam publicamente a expulsão de Colbert.
“É um desrespeito político e pessoal também. Veja, o MDB teve muitas posições diversas nessa eleição. Aqui na Bahia, por exemplo, quem apoiou Simone Tebet foram nós de Feira de Santana e as pessoas do verdadeiro MDB na Bahia. O grupo atual do partido não apoiou Simone Tebet, apoiou Lula. Quer dizer, nessas circunstâncias, nós entendemos que o partido, como em outras cidades e outros estados, também tivesse uma posição. A minha posição foi, no meu entendimento, absolutamente coerente com o partido no ponto de vista nacional”, disse o gestor.
“Do ponto de vista da Bahia, nós temos uma ação diversa do partido, a exemplo do que aconteceu em várias áreas do país. Em nenhum momento nós levantamos quaisquer questões de discussão, até porque não tem condição ninguém aqui na Bahia de me expulsar, ninguém, ninguém tem condição disso”, completou.
O presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, afirmou que o partido defendeu, em reunião com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) na quinta-feira (27), a tese do lançamento de uma única candidatura das siglas da base aliada em Salvador e que a definição do nome seja “para ontem”. Esse será um dos temas em pauta na reunião do conselho político, marcada pelo petista para o próximo dia 4.
“Falamos com o governador, e claro que não no sentido de fazer pressão, mas de mostrar o cenário sob nosso ponto de vista, que Salvador deveria ter uma única candidatura da base aliada. E que esse nome saia logo porque precisamos fortalecer essa candidatura, que precisará de tempo para ganhar musculatura”, disse o emedebista ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias.
Ele afirmou que o MDB colocou o nome do vice-governador Geraldo Júnior (MDB)como opção em Salvador. “Colocamos Geraldinho como uma alternativa forte que pode unir a base, mas, lá na frente, se tiver outro melhor, deixamos claro que o MDB não criará empecilho e estará disposto a fazer a pactuação. Deixamos claro que o governador é o comandante do processo. Afinal, enquanto o ex-governador Jaques Wagner (PT), hoje senador, conquistava a todos pelos belos olhos azuis, Jerônimo faz o mesmo com o sorriso”, brincou Lúcio.
Além de Lúcio, também estiveram com Jerônimo na quinta o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o presidente do MDB da Bahia, Alex Futuca. As eleições dos maiores municípios do interior também entraram na pauta, assim como serão assunto do conselho político.
“O governador nos disse que, quando o assunto for eleição, a prioridade será equacionar a situação em Salvador e nos maiores municípios da Bahia, para depois ir avançando para as demais cidades. A tarefa agora é mapear lideranças e nomes fortes e partir para critérios de escolha. O MDB acha que sempre que for possível deve prevalecer a tese da candidatura única, mas achamos que em Salvador isso é indispensável”, afirmou Lúcio.
“Ele (Jerônimo) considera natural que todos os partidos da base queiram crescer, mas disse que quer fazer o jogo do ‘ganha, ganha’, respeitando a proporção e a história de cada um. Não adianta, por exemplo, colocar um nome por colocar”, acrescentou o emedebista.
O presidente de honra do MDB, Lúcio Vieira Lima indicou que a votação para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) tem que ser "sem partido". Com a possibilidade da indicação da ex-primeira dama da Bahia, Aline Peixoto, mulher do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), o PCdoB reivindicou o espaço (veja mais), que tem o deputado Fabrício Falcão como preferência.
Vieira Lima comentou ainda que, a indicação de familiares para cargos públicos não é "privilégio da esquerda nem direita". "É da consciência de cada um. Tanto que o próprio PCdoB já foi acusado em Juazeiro e Remanso. O MP já o obrigou a demitir o filho. Tem gente de todos os lados que indicam parente. É para isso que tem uma lei e o fiscal. A questão do TCM não vai passar por esquerda ou direita e não deve ser partidarizada. A questão é de competência", disse ao BN.
Lúcio também defendeu a legitimidade da indicação de Aline para o posto. "Se a esposa do governador, a ex-primeira dama for realmente indicada e o presidente da Assembleia já indicou validade, é pedir voto. Como é no STF e no STJ. Não tem questão de partido, cor ou raça", completou.
"A indicação será sempre da Assembleia. Não tem essa história de ser um deputado, é como está a lei. É um deputado com mandato, sem mandato, ex-deputado. O que diz que será a vaga da Assembleia, os deputados irão votar para ver os nomes. Infelicidade é a colocação é que tem que ser de partido A ou B. Critério é partido?", finalizou.
Ao Bahia Notícias, fontes do Partido dos Trabalhadores na Bahia indicaram que há muita resistência interna com a possível candidatura de Aline, tanto na direção da legenda quanto na bancada petista na AL-BA. O fato estaria provocando constrangimento até em grandes lideranças do grupo político, que veem dificuldade em justificar moralmente a escolha, apesar de não haver ilegalidade.
Ainda conforme informações de lideranças petistas, a bancada do PT na Assembleia, incomodada com a situação, já teria fechado questão em sentido contrário: o partido iria apoiar um deputado estadual integrante da federação “Brasil da Esperança”, formada pelos petistas, pelo PCdoB e pelo PV.
LEGITIMIDADE DO ATO
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), apontou para a "legitimidade" para a candidatura da ex-primeira-dama da Bahia, Aline Peixoto para a disputa pela vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
"Eu estou vendo isso pela imprensa, quando o ex-governador se manifestar, eu opino. Eu não tenho essa informação, nem ele, nem ela falaram comigo. É um direito. Se não proíbe, a presidência coloca para votar. É uma coisa para votar, os deputados irão avaliar, caso aconteça", comentou ao Bahia Notícias.
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Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.