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Fernando Duarte

Artigos

Carlos Brasileiro
O Brasil não pode ser forte lá fora se continua fraco dentro de casa
Foto: Divulgação

O Brasil não pode ser forte lá fora se continua fraco dentro de casa

Ver o Brasil reagindo com firmeza às ameaças de Donald Trump, que tomou a iniciativa de taxar nossa economia por motivações que não lhe dizem respeito, reacende em muitos brasileiros um sentimento quase esquecido: o orgulho nacional. A resposta do governo foi correta. O país precisa, sim, ser respeitado no mundo. Mas a pergunta que fica é: e aqui dentro? Quem vai defender o povo brasileiro das ameaças diárias que enfrenta no próprio quintal?

Multimídia

João Cláudio Bacelar defende permanência da Câmara na Praça Thomé de Souza

João Cláudio Bacelar defende permanência da Câmara na Praça Thomé de Souza
O vereador da Câmara de Salvador, João Cláudio Bacelar (Podemos), defendeu a permanência da Câmara municipal, localizada na Praça Thomé de Souza. Segundo ele, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, trabalhar em um local histórico como aquele é motivo de "muito orgulho".

Entrevistas

Diego Brito indica preocupação com frota e aponta “última milha” como desafio no trânsito de Salvador

Diego Brito indica preocupação com frota e aponta “última milha” como desafio no trânsito de Salvador
Foto: Alana Dias / Bahia Notícias
O superintendente de Trânsito de Salvador (Transalvador), Diego Brito, comentou sobre a preocupação da pasta com o crescimento da frota de veículos na capital baiana. Segundo ele, Salvador já conta com mais de 1,2 milhão de veículos, sem considerar os carros que vêm da região metropolitana e circulam diariamente pela cidade. Para lidar com esse desafio, o prefeito Bruno Reis (União), em parceria com a Transalvador, tem implementado medidas para melhorar a mobilidade urbana.

Equipe

Fernando Duarte

Foto de Fernando Duarte

Jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia. Trabalhou nos jornais Tribuna da Bahia e A Tarde, além do site Bahia Todo Dia e nas rádios Tudo FM e Vida FM. Apresentou ainda o programa "Isso é Bahia", uma parceria entre o Bahia Notícias e o Grupo A Tarde, na rádio A Tarde FM. É colunista político e comanda o podcast "Projeto Prisma".

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Últimas Notícias de Fernando Duarte

Opinião: Bolsonaro: rei posto, rei morto, rei desmoralizado
Foto: Isac Nóbrega/PR

Muitos personagens da história política ultrapassaram a linha que separa o mito da decadência. No Brasil dos dias atuais, ninguém personifica mais essa descrição do que o ex-presidente Jair Bolsonaro. Eleito com aura de herói, acuado pelas chances de se tornar um espólio descartavel, o ex-presidente acabou se desmascarando. Tornou-se em 2022, rei posto, quando perdeu a eleição mesmo com uso ostensivo da máquina. Em 2023, foi morto eleitoralmente com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível. Agora, 2025, às vesperas de ser condenado criminalmente por tentativa de golpe de estado, o "mito" acelerou numa ladeira sem freis para a desmoralização.

 

Os diálogos constantes no inquérito da Polícia Federal mostram um pai que não exerce ascendência - ou merece respeito - pelo próprio filho, um homem de 40 anos cujos interesses personalistas e familiares expuseram Brasil e Estados Unidos a imbróglios diplomáticos nunca vistos na história recente. Eduardo Bolsonaro usou termos de baixo calão para responder ao pai, tal qual se aborda uma figura que merece desprezo. Sendo o pai dele um homem que até bem pouco tempo governava uma das maiores repúblicas da América.

 

O escárnio com que Silas Malafaia trata as instituições brasileiras, em conversas privadas que tratavam iminentemente de interesse público, mostra que, facilmente, o Brasil poderia se tornar uma teocracia para melhor atender os interesses dele. Tudo isso em um contexto limítrofe sobre o funcionamento dos poderes constituídos da República, esgarçados por obras desses três citados, mas também por outros milhares que acreditam na falácia de que tudo foi feito para atender aos melhores interesses da nação.

 

O relatório da PF, ainda que no âmbito de inquéritos cujo personagem a julgar seja um relativamente controverso Alexandre de Moraes, explicita o que há muito se fala: Bolsonaro não é o democrata que se apresenta. É um homem que se perdeu no próprio personagem, que possivelmente ainda encontrará apoio nas hostes aliadas. Porém tendendo a ficar cada vez mais fragilizado pela insustentabilidade de ser o que prometera ser.

 

Rei posto, rei morto, rei desmoralizado.

Opinião: Jerônimo tem prazo para cumprir promessas e deixar de ser somente abraços e afagos
Foto: Thuane Maria/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem até o final de 2025 para se tornar “imbatível” no processo eleitoral do próximo ano. Essa é avaliação de adversários — e até mesmo de aliados —, que identificam uma política de muitas promessas e pouca efetividade por parte do chefe do Executivo baiano. Desde que assumiu o governo, Jerônimo tenta criar uma “marca” e, até aqui, abraços e afagos têm sido o que destacam como comportamento dele.

 

Como há restrições diversas para ações em anos eleitorais, o prazo para que o governador “construa” uma identidade que fuja dos antecessores é mais curto — dado a demora para fazer que apresentou. Conforme informações que circulam nos bastidores, muitos prefeitos saem extremamente satisfeitos das conversas com Jerônimo e seu entorno, porém confessam preocupação com as promessas, especialmente de investimentos e convênios vultosos. Por isso o encurtamento do tempo para ele chegar como “imbatível” ou como “azarão”.

 

Em 2022, quando foi eleito, Jerônimo contou com o efeito Luiz Inácio Lula da Silva como “grande eleitor” e com uma espécie de “ajuda extra” do então governador Rui Costa. Após segurar as contas estaduais por mais de 7 anos, Rui acelerou a liberação de investimentos em municípios, com convênios firmados para pagamentos após o período eleitoral. Não houve nada de ilegal, frise-se. Porém, tal decisão foi crucial para atrair prefeitos e lideranças de cidades menores, decisivos para o resultado das urnas.

 

Com a hipótese de Lula não chegar a 2026 com o mesmo fôlego de quatro anos antes e sem o cofre com a mesma robustez que Rui manteve até abrir as torneiras, Jerônimo vai precisar cumprir ao menos parte das promessas assumidas para se manter favorito na disputa. Caso consiga, no mínimo, honrar com o início desses investimentos e convênios, não haverá adversário capaz de ser competitivo para quem controlar a máquina estadual em pleno ano eleitoral.

 

É claro que a estratégia de Rui de apertar os cintos e liberar tudo o possível naquele ano pode ser replicada. No entanto, diferente daquela oportunidade, Jerônimo tem menos lastro financeiro. Tanto que, até aqui, foram registrados 19 pedidos de autorização de empréstimos à Assembleia Legislativa da Bahia — cujos recursos são carimbados, porém, auxiliam nesse processo de “folga” para liberação de investimentos e convênios.

 

Os aliados, então, torcem para que Jerônimo consiga convencer prefeitos de que os sinais de fumaça dados até agora não são falsas promessas. Por isso o prazo do final de 2025 se torna importante para isso. Começar 2026 sem algo palpável pode tornar o governador bem menos favorito do que o entorno dele prega. E a oposição aproveitaria para se refestelar.

Opinião: Otto peitou baderneiros na CCJ e abriu caminho para fim de sequestro do Congresso
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Há quem discorde, mas o senador Otto Alencar (PSD-BA) deu, na última semana, um exemplo de como reagir às sucessivas tentativas de sequestrar a “agenda setting” pela extrema-direita no Brasil. Enquanto um grupo de baderneiros travestidos de parlamentares ocupavam a Câmara e o Senado para impedir o funcionamento do Congresso Nacional, Otto manteve a sessão da Comissão de Constituição e Justiça para apreciar indicações diversas que estavam pendentes. Conhecido pela posição firme, o senador baiano fez o que precisava ser feito: peitou os próprios pares para trabalhar.

 

Os dias em que bolsonaristas comunicavam como “obstrução” a tentativa de ameaçar o parlamento foram funestos para a história recente do país. Sem entrar no mérito dos protestos em si — os quais considero exagerados e constrangedores diante dos demais problemas brasileiros —, o ato de ocupar as mesas diretoras diminuiu não apenas Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), mas todo o Congresso Nacional, que ficou, temporariamente, acuado como uma presa cercada por predadores irascíveis.

 

Existem formas e formas de fazer protesto. Quando Luiz Inácio Lula da Silva esteve preso em Curitiba (PR), o protesto realizado por alguns petistas foi o “bom dia” do lado externo da carceragem da Polícia Federal. Recentemente, Glauber Braga (PSOL-RJ) fez uma greve de fome e “acampou” na Câmara depois que o Conselho de Ética deu aval para o início de um processo que poderia culminar com a cassação do mandato dele.

 

A própria direita, quando era uma oposição civilizada, sabia fazer protestos. ACM Neto, à época deputado federal pelo PFL, chegava antes de todos na CPI dos Correios para ser o primeiro a perguntar e constranger os governistas no primeiro mandato de Lula na presidência. No processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, houve quem realizasse protestos nas ruas do Brasil, tal qual os caras-pintadas da era Fernando Collor. Tudo dentro das regras do jogo democrático. Mas o Brasil pós-2013 e suas jornadas de junho se tornou apocalíptico demais para seguir uma normalidade palpável.

 

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro é só justificativa para pautas de autopreservação de deputados e senadores, a exemplo do debate sobre a prerrogativa de foro e de limitações à atuação do Supremo Tribunal Federal. Foi a tempestade perfeita para que, em efeito manada, a extrema-direita fizesse a balbúrdia que vimos. Felizmente, houve uma saída negociada para a crise, antes restrita na relação entre os poderes e agora atingindo internamente o Congresso Nacional. E olha que os custos dessa solução não podem ser completamente mensurados ainda.

 

Se Hugo Motta e Davi Alcolumbre demoraram a perceber a gravidade da situação em que foram colocados pelos próprios pares, Otto Alencar foi quem deu a senha de como encarar o caos e fazer o trabalho para o qual foi escolhido pelo povo para fazer. O senador do PSD pode não agradar a todo o eleitorado local, mas deveria ser motivo de orgulho para os baianos que são representados por ele lá. Justamente por fazer o simples: levar à cabo o ditado que “cão que ladra não morde”.

BN/ Paraná Pesquisas: Bruno Reis é aprovado por 78% da população de Salvador
Fotos: Valter Pontes / Secom PMS

A gestão do prefeito Bruno Reis (União) é aprovada por 78% dos eleitores soteropolitanos, conforme levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o Bahia Notícias. Ouvindo 710 pessoas entre os dias 4 e 8 de agosto, a pesquisa aponta que somente 18,7% da população não aprova a administração do prefeito, reeleito em outubro de 2024 – neste cenário, 3,2% não souberam ou não opinaram.

 

O percentual é semelhante ao registrado nas urnas no último ano, quando ele foi reconduzido ao Palácio Thomé de Souza com 78,67% dos votos dos soteropolitanos. Considerando a margem de erro de 3,8%, a diferença está na oscilação possível para o levantamento.

 

 

Na série histórica realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, o somatório das pessoas que consideram a gestão como boa ou ótima atinge o maior número até aqui, com 59,5%, ante o recorde anterior, registrado em outubro de 2024, quando esse número chegou a 57,7%.

 

O detalhamento indica que 27,7% consideram a administração ótima, 31,8% boa, 26,5% regular, 4,4% ruim e 7,7% péssima. Não souberam ou não responderam somente 1,8% dos entrevistados.

 

LEVANTAMENTO POR BAIRROS
O prefeito é aprovado em um percentual ainda maior em bairros considerados populares. Na região de Valéria, esse índice chega 88,9%; no Subúrbio e nas Ilhas a 85,5%; Cabula e Tancredo Neves a 84,4%; e Liberdade e São Caetano a 80,8%.

 

As regiões do Centro e Brotas registram os menores percentuais de aprovação, com 72,4%, e da Barra e Pituba, com 73,2%.

 

O grau de confiança do levantamento é de 95%.

Opinião: Oposição se anima com chance da “muleta Lula” não funcionar tão bem na Bahia em 2026
Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Por mais que os petistas desacreditem pesquisas de opinião na Bahia, os dados trazidos pelo Instituto Paraná Pesquisas deveriam acender um alerta não apenas sobre a corrida eleitoral local. A grande preocupação de Jerônimo Rodrigues e aliados deveria ser a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não apresentar, em 2026, a mesma potência de “grande eleitor” de quatro anos antes. E essa é uma das apostas da oposição para o próximo pleito.

 

Em janeiro de 2022, o entorno de ACM Neto tinha como meta tentar fazer com que Lula não chegasse a 70% dos votos na Bahia. Muitos meses antes, eles sabiam que a eleição com essa configuração seria perdida. Apesar disso – e dos esforços do petismo em associar ACM Neto ao bolsonarismo -, a campanha do ex-prefeito de Salvador não conseguiu o intento. O resultado foi a ascensão meteórica de Jerônimo e quase uma definição do governo da Bahia em primeiro turno.

 

Para a disputa do próximo ano, a expectativa de que Lula não vai reunir as mesmas condições de temperatura e pressão da última disputa serve de alento e motivação para quem enfrenta as máquinas federal e estadual. Ainda que o terceiro governo do petista tenha dado sinais de melhora na avaliação pública após o episódio do tarifaço de Donald Trump e as presepadas do clã Bolsonaro, no longo prazo o resultado econômico vai ser crucial para a decisão do voto. E, até aqui, itens da cesta básica mais caros e acesso a bens e serviços nas mesmas condições tendem a não jogar a favor de uma renovação do governo federal.

 

Isso não quer dizer que Lula e o próprio Jerônimo não apareçam como favoritos no processo eleitoral de 2026. Eles são favoritos. E quem concorrer contra ambos e vencer vai ser considerado azarão. Então há um jogo de responsabilidade para o time que está ganhando, ampliando a pressão para o favoritismo atrapalhar os planos das candidaturas à reeleição. Só que Lula, não chegando com a potência do governo de aliança e reconstrução, diminui o peso para transferir votos para o candidato a governador do 13.

 

No longo prazo, Jerônimo precisa que Lula reverta qualquer posicionamento oscilante da opinião pública contra o governo federal. É uma estratégia arriscada, dado que o morador do Palácio de Ondina insiste nessa muleta enquanto não conseguiu construir, até aqui, uma marca que o torne reconhecido enquanto governador – vide os antecessores Jaques Wagner e Rui Costa, que nos dois primeiros anos de mandato já conseguiam ser identificados como “político de mão cheia” e “gestor de qualidade”, respectivamente. Ser “boa praça” e atrair lideranças de oposição enquanto está sentado no cargo não entrariam como características fundamentais para ganhar nas urnas – mesmo que ajudem.

 

Obviamente, não dá para ignorar a possibilidade que, além de Lula, o governador da Bahia terá ao seu lado os próprios Jaques Wagner e Rui Costa, possivelmente como candidatos a senador. Caso se confirme essa perspectiva, há chance de ruptura na base aliada, o que já é um fator negativo em si, mas nada que a dupla de ex-governadores não consiga reverter. Entretanto, esse virtual trauma, associado a um governo não tão bem avaliado na Bahia e a um Lula menos potente, geram uma soma de fatores que servem para animar adversários.  

 

Para além da superfície, os números do Instituto Paraná Pesquisas são mais favoráveis a ACM Neto do que parecem. Talvez por isso tenha havido mobilização por parte da oposição para celebrar os dados. Mesmo que os petistas insistam em descredibilizar qualquer arranho que possa aparecer nas próprias imagens.

Opinião: Anuário de Segurança Pública expõe, mais uma vez, maior calo do petismo na Bahia
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Mais uma vez, os números do Anuário de Segurança Pública trazem más notícias para os baianos, com o topo de mortes violentas, de mortes por ações da polícia e de mortes de policiais. Um combo de dados que mostram que os esforços firmados até aqui pelo governo da Bahia não deram certo. Trata-se de um cenário pragmático para a oposição fazer uso político-eleitoral de uma guerra não declarada que vivemos.

 

Por mais que haja um discurso de terceirização da violência por parte de agentes públicos, no longo prazo não funciona. De certo, a responsabilidade sobre o tema deve ser compartilhada com outros entes, como a União e os municípios. Mas não apenas. E isso é que gera um incômodo com os quase 20 anos da Bahia sob a égide do PT. É como se, nas sucessivas batalhas contra a violência, temos perdido a guerra. Com a sensação de que já naturalizamos um noticiário funesto e com pitadas de sadismo com sangue alheio - majoritariamente de jovens negros e periféricos (ainda que esse último conceito não se aplique diretamente aos pequenos municípios).

 

Pelo menos desde Rui Costa, as reações do governo da Bahia aos números da violência têm sido pouco eficazes. O atual gestor, Jerônimo Rodrigues, não perdeu a mão com analogias futebolísticas, porém também esteve longe de dar uma resposta eficiente - do ponto de vista discursivo - para tranquilizar os baianos. O máximo que ambos fizeram foi ressaltar os investimentos na área de segurança pública, que não se converteram em sensação de segurança à população. Ou seja, mesmo sob a perspectiva do discurso, estamos a léguas de enfrentar seriamente a violência.

 

Tais dados transformam o tema em um prato cheio para a oposição, que tem reiterado o agendamento do debate público da segurança pública. Logicamente, os apoiadores do governo insistem em minimizar os impactos das críticas, principalmente ao desconsiderarem qualquer discussão sobre a temática. O próprio líder-mor dos adversários, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, tem sido relativamente cortês ao falar sobre o assunto, e todas as vezes a resposta dada foi de que ele não teria envergadura para ser crítico. Ao invés da mensagem ser o foco, o mensageiro é o problema. Um erro que até tem funcionado como estratégia eleitoral, mas que dá sinais de desgastes.

 

Quando chegar em 2026, será compreensível que a segurança pública seja explorada eleitoralmente. O tom, por enquanto, está controlado e sem o alarme que poderia ter. Porém Jerônimo tende a ser jogado nas cordas e, algumas vezes quando provocado, já deu exemplos de uma postura reativa e fora do esperado. Caso ACM Neto saiba como atingi-lo, o calo do tema vai ser o mais dolorido do legado petista até aqui.

Câmara Municipal de Ibicaraí afasta prefeita após condenação por improbidade administrativa
Foto: Reprodução

A Câmara de Vereadores de Ibicaraí decidiu pelo afastamento da prefeita Monalisa Tavares (União), após a confirmação, em segunda instância, da condenação por improbidade administrativa com trânsito em julgado. A decisão pelo afastamento foi tomada na noite desta quarta-feira (16), em sessão presidida pelo vereador Chico do Doce (PSDB).

 

A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, também a condenou a ter seus direitos políticos suspensos por quatro anos. A decisão impôs à gestora a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios e incentivos fiscais ou creditícios, ainda que por meio de empresas das quais seja sócia, pelo prazo de três anos.

 

A medida ocorre em cumprimento a uma solicitação do Ministério Público Federal (MPF), que comunicou oficialmente ao Legislativo municipal a perda dos direitos políticos da gestora, decorrente de condenação no processo por improbidade administrativa.

 

O vice-prefeito Jonathas Soares (Republicanos) deve ser empossado já nesta quinta (17). Com a perda dos direitos políticos, a prefeita se torna inelegível e fica impedida de permanecer no cargo.

 

Segundo a decisão judicial, Monalisa foi responsabilizada por fraudes em licitações e favorecimento indevido à empresa “MIF dos Santos de Ibicaraí”, durante seu mandato anterior. A sentença reconheceu a prática de atos irregulares com violação aos princípios da administração pública, envolvendo simulações de licitações e favorecimento de empresas. Segundo os autos, houve falsificação de documentos e pagamentos indevidos, com "dolo e má-fé" comprovados pela Justiça Federal

 

Na última sexta (11), o legislativo municipal notificou a prefeita para prestar esclarecimentos em relação à condenação. Monalisa também entrou com recurso na Justiça Federal para suspender os efeitos da condenação para se manter no cargo.

ExpoTech 2025 terá espaço 20% maior e vai se expandir para indústrias do Nordeste
Fotos: Darío G. Neto/ ML Comunicação

Em sua sétima edição, a ExpoTech 2025, será realizada em Salvador nos próximos dias 21 e 22 de julho, no SENAI Cimatec. Neste ano, o evento reúne 83 expositores de matérias-primas, equipamentos e insumos voltados para as indústrias de saneantes, cosméticos e tintas. 

 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (16), o diretor da ExpoTech e presidente do Sindicato de Saneantes da Bahia, Juan Rosário Lorenzo, revelou que a iniciativa terá um aumento de 20% em seu espaço disponível. Além disso, a ExpoTech amplia seu alcance em 2025 e vai ser direcionada às indústrias de todo o Nordeste.

 

“Estamos crescendo em espaço disponível 20%. Esperamos um público 30% maior, porque não só as indústrias de saneantes cosméticos e tintas da Bahia e Sergipe, mas também do Nordeste. Então, isso deve começar a haver um fluxo cada vez maior de indústrias do Nordeste. Não necessariamente as micro, mas as pequenas e médias estão tendo uma confirmação de presença importante”, contou.

 

De acordo com o porta-voz, vão participar da nova edição fornecedores de diferentes setores , a exemplo de matéria-prima, embalagens, transporte, entre outros. 

 

“A feira se propõe a trazer todos os fornecedores, ampliar o número de fornecedores, tanto na área de matéria-prima, na área de embalagens, transporte, insumos em geral, tanto na parte de consultoria, quanto de equipamentos. Isso exatamente para poder durante um ano estabelecer contatos e fazer negócios. Junto com esses novos fornecedores, novas tecnologias, novas tendências, ou seja, não só fazer negócio, mas também preparar a indústria para o futuro, o crescimento dela”, comentou. 

 

“O objetivo não é só crescer, é crescer mais, é crescer a participação da indústria baiana no mercado brasileiro. Então, nós estamos preparando, esse é o nosso objetivo, preparar a indústria baiana e a nordestina para ser cada vez melhor e consequentemente maior e mais competitivo”, completou. 

Opinião: Tarifaço de Trump "apaga" crises entre Lula e Congresso, mas é preciso barrar essa pseudo-anistia
Foto: Daniel Torok/ White House

O tarifaço de Donald Trump sobre o Brasil provocou uma consequência pouco comum no país atualmente: uniu pólos distintos em defesa da soberania nacional. Com a esdrúxula justificativa de lidar com caça às bruxas em desfavor de Jair Bolsonaro, Trump o presidente do EUA gerou muito barulho e apagou do noticiário a tensão crescente entre Executivo e Legislativo. Para a sorte do governo Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Até quando, ainda não sabemos.

 

Sem entrar no mérito do resultado econômico das bravatas do clã Bolsonaro e da extrema-direita brasileira, o impacto político foi imediato. Há até quem tente culpar Lula pela loucura trumpista, mas, por enquanto, a responsabilidade tem recaído sobre a articulação pela "anistia geral e irrestrita" defendida inicialmente pelo deputado federal à distância, Eduardo Bolsonaro, e agora incorporado ao discurso antipetista. Felizmente, parece que uma parcela expressiva da população não faz essa conexão ridícula proposta.

 

Só que o Brasil real ainda existe. A batalha pelo reajuste do IOF, todavia, continua existindo. A conciliação agora com a participação do Supremo Tribunal Federal deve acontecer ao longo dessa semana. Mas o efeito Trump distensionou a conturbada relação entre Executivo e Legislativo. Até notas em tons semelhantes foram emitidas por Lula e pelos dirigentes do Congresso Nacional. Ou seja, para quem esperava mais lenha na fogueira, os últimos dias foram bem menos incendiários. Possivelmente, irritando bastante os extremistas que vivem do caos.

 

Ninguém lembra também, por exemplo, que aguarda sanção o aumento do número de deputados federais e que Lula tem sido resistente em fazê-lo. Esse desgaste pode ficar exclusivamente com deputados e senadores. Porém, se for para dissipar um ponto de tensão, não duvide da capacidade do presidente brasileiro de assumir parte do ônus para viabilzar outras matérias, como o reajuste do IOF. Agora, sob efeito Trump, o diálogo foi reconstruído, e o que era improvável se tornou possível. Graças as barbeiragens de quem defende perdoar crimes em troca da soberania do país.

 

Só precisamos ficar atentos para que essa ameaça feita pelo presidente dos EUA não gere precedentes a partir da bajulação exagerada de falsos nacionalistas, a exemplo dessa anistia desnecessária. Como tem quem compare o Japão pós-guerra a um Brasil organizado e com instituições fortes, é bom não perder o foco da capacidade de fazer "a boiada passar", enquanto a caravana passa. Sobreviveremos. É o que espero.

Governo retoma debate e Parque de Exposições pode virar complexo com shopping, hotéis, arena e novo Centro de Convenções
Foto: Divulgação

A construção de hotéis, um shopping center e uma arena de shows na área que atualmente abriga o Parque de Exposições de Salvador voltou a ser discutida por membros do governo do estado. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, a gestão estadual possui um “projeto pronto” para a construção do novo Centro de Convenções da capital baiana na região no bairro de Itapuã, incluindo, também, a incorporação de todo um complexo comercial no espaço.

 

De acordo com fontes da reportagem ligadas ao governo do estado, atualmente o projeto possui aprovação das secretarias responsáveis, mas aguarda a autorização do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Membros da gestão apontaram que o consentimento do petista deve ocorrer ainda no segundo semestre deste ano.

 

Após a possível autorização do governador, o próximo passo será a assinatura do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que será feito em parceria com uma empresa da iniciativa privada. Assim, ainda não há uma previsão exata para o início das obras para a adaptação do Parque de Exposições.

 

Um grupo empresarial, que já teria iniciado interlocução com o governo, chegou a demandar a construção de um complexo viário para melhorar o acesso à região, conectando a Avenida Luiz Viana Filho ao bairro de Itapuã, para além das atuais vias. Esse pedido é uma das questões que está no debate e na mesa do governador, conforme fontes do Bahia Notícias. 

 

Sobre a incorporação do complexo comercial na área além do Centro de Convenções, interlocutores apontaram que o projeto prevê a construção de hotéis de médio/alto padrão, que fariam uma integração com o shopping center o qual deve ser construído no local. Apesar das novas estruturas, a ideia é manter a capacidade de recebimentos de grandes shows, visto como parte “carente de Salvador”, e montar uma Arena para receber artistas renomados.

 

Segundo a Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA), o Parque de Exposições possui uma área total de 450 mil m², o equivalente a cerca de 63 campos profissionais de futebol. Além disso, a SDA aponta que o espaço possui a capacidade atual de receber aproximadamente 100 mil pessoas por dia.

 

IDEIA RETOMADA
Em 2017, o então secretário de Turismo da Bahia (Setur-BA), José Alves contou ao Bahia Notícias sobre a intenção de construir um complexo comercial no Parque de Exposições de Salvador. A ideia, inclusive, também contava com a incorporação de um novo Centro de Convenções no espaço.

 

“O projeto atual que a gente está desenhando vai ter uma torre empresarial, torre de hotéis, o próprio centro, um shopping diferenciado, que não existe no Nordeste. Ainda vamos ter uma arena multiuso, que vai servir para arenas musicais, eventos empresariais. Um show de Paul McCartney não seria em um espaço aberto, mas nesse espaço, que é mais adequado. A gente tem que estar aberto ao novo, não pode ficar pensando no passado”, disse o ex-secretário ao BN em 2017.

 

A antiga proposta previa a construção do Centro de Convenções em uma área de 230 mil m². Para fins de comparação, o Centro da prefeitura de Salvador ocupa um espaço total de 103 mil m² de terreno, sendo 38 mil m² de área construída.

 

Na época, a estimativa total de investimentos girava em torno de R$ 400 milhões. Agora, levando em consideração apenas o antigo valor corrigido pela inflação, o mesmo projeto teria um custo de pelo menos R$ 600 milhões.

 

O ANTIGO CENTRO
O edifício, erguido em 1979 no bairro do Stiep, foi interditado em 2015 por falta de manutenção e estrutura de segurança — quatro anos mais tarde, parte da estrutura metálica desabou, ferindo três pessoas. Desde então, permanece em estado de deterioração, com ferrugem, rachaduras e servindo como rota para criminosos nas proximidades.

 

Após o desabamento de 23 de setembro de 2016, o governo baiano anunciou demolição, mas foi impedido pelo TRT que penhorou o imóvel como garantia de dívidas trabalhistas da Bahiatursa, avaliadas inicialmente em torno de R$ 50 milhões.

 

A penhora foi apenas retirada em meados de 2024, após acordo trabalhista que quitou a maior parte das dívidas, restando apenas um caso de herança, permitindo normalizar a situação judicial e viabilizar a venda do terreno.

 

Em janeiro de 2025, ao Metro1, a Casa Civil confirmou que os trâmites burocráticos, pendências em cartório e definição do modelo de licitação, seriam resolvidos ainda no primeiro semestre, possibilitando que o governo pudesse se desfazer do espaço. Todavia, não há atualizações sobre o cenário atual para a venda do imóvel.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Coronel Card postou um vídeo falando do tamanho da camisa, mas o que todo mundo quer saber mesmo é a cor. Enquanto isso, Zé da Feira tenta correr atrás do prejuízo. Mas prejuízo mesmo quem tem dado são Zoião e Daniel Alves. Pelo menos na verba de alimentação. Mas ainda assim, é melhor do que o climão que Janja deixou pro Cacique. Fã ou hater? Saiba mais

Pérolas do Dia

Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva

"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".

 

Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.

 

 

Podcast

Deputado federal Cláudio Cajado é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira

Deputado federal Cláudio Cajado é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira
O deputado federal Cláudio Cajado (PP) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (16). O programa é transmitido às 16h, ao vivo no Youtube do Bahia Notícias, com apresentação do editor-chefe Fernando Duarte.

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