Fábio Mota aponta "politicagem" da oposição no processo de SAF do Vitória: "Queriam uma candidatura para presidente"
Com a eleição presidencial do Vitória marcada para 13 de dezembro, o clima político no clube anda lado a lado com o debate sobre a SAF. Em entrevista exclusiva ao Bahia Notícias, na última quinta-feira (13), o presidente Fábio Mota falou abertamente sobre o rompimento entre o MVSAF (Movimento Vitória SAF) e a atual diretoria.
Segundo o mandatário rubro-negro, o MVSAF, que integrava o Grupo de Trabalho da SAF ao lado de membros da gestão e que agora apoia a candidatura de Marcone Amaral, acompanhou todas as etapas, teve acesso a documentos e chegou a elogiar o andamento do projeto semanas antes da ruptura. Para Mota, a mudança repentina de postura revela o interesse de ter uma candidatura para presidente.
"O que eles queriam está aí provado: era ter uma candidatura a presidente. O cara (Marcone Amaral) é político profissional, é deputado, quer voto para deputado e quer para aparecer. Eles conviveram aqui com a gente, tiveram acesso a todos os documentos e dados. Entregamos o mandato. Agora tem que perguntar para eles por que eles romperam. Eles romperam porque o que eles queriam era fazer política. Quem tem contato, não espera até dezembro para fazer uma viagem. Eu sempre disse isso: vamos hoje, amanhã, depois", disse Fábio Mota.
Ao comentar a possível aproximação com o QSI, Mota relatou que representantes do fundo estiveram em Salvador, mas procuraram primeiro Guilherme Bellintani. Segundo ele, o MVSAF só soube da visita pela imprensa, e o episódio reforça que a gestão nunca se opôs a negociar, desde que com seriedade e transparência.
"Os diretores do QSI atravessaram o Atlântico para vir para Salvador e procuraram Guilherme Bellintani. Eles só souberam pela imprensa. Liguei para ele e falei que os caras estavam em Salvador, que tentasse conseguir o contato para levar no Vitória. Como é que vou acreditar nessa história de QSI? Não posso acreditar nisso. Nunca fui contra a SAF. Sou a favor de uma SAF séria, comandada por um grupo sério", disse o presidente do Vitória.
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Por fim, Mota também negou que o desenvolvimento da SAF esteja lento e destacou que o trabalho vem sendo feito com acompanhamento técnico e total transparência, citando a atuação do escritório CSMV Advogados, da consultoria FTI Consulting e da empresa Outfield.
"Se a gente não tivesse interesse em fazer a SAF do Vitória não teríamos contratados o melhor escritório do Brasil (CSMV Advogados). A consultoria ( FTI Consulting) do Vitória também é a melhor do Brasil. Os dois escritórios especializados em SAF estão cuidando da SAF do Vitória. Criamos um grupo, tem toda reunião toda semana e essas pessoas (MVSAF) estiveram aqui e há 30 dias fizeram um informativo elogiando, dizendo que estava evoluindo. Isso é politicagem. Não vou entrar no debate da politicagem. O cara que é político profissional ele quer aparecer, quer o voto, não está pensando no Vitória", finalizou Fábio Mota.
Na última quinta-feira (13), Fábio Mota oficializou a candidatura à reeleição com o lançamento da chapa Leão Colossal, que tem Djalma Abreu como vice. A composição inclui ainda o presidente em exercício do Conselho Deliberativo, Nilton Almeida, que tenta a reeleição ao lado de Nilton Sampaio Filho, além de Raimundo Viana e Bruno Torres indicados para o Conselho Fiscal.
Do lado opositor, Marcone Amaral lidera a chapa Aliança Vitória SAF, formada por grupos como a Frente Vitória Popular, o Movimento Vitória SAF e o Movimento Vitória de Verdade.
