Fábio Mota critica opositores e diz que “na Série C ninguém era filho do Vitória”
Em entrevista exclusiva ao Bahia Notícias, concedida na última quinta-feira (13), o presidente do Vitória, Fábio Mota, que busca a reeleição no pleito do próximo dia 13 de dezembro, abordou o clima eleitoral que tomou conta do clube. A principal movimentação envolve a candidatura do deputado estadual Marcone Amaral, ex-jogador do Vitória, que concorre pela chapa Aliança Vitória SAF.
Mota afirmou que respeita qualquer candidatura, mas lembrou o período mais turbulento da instituição, quando o Vitória ainda brigava para sair da Série C, e citou que "agora que a gente arrumou tudo, aparece cidadão dizendo que sempre foi Vitória".
“Qualquer candidatura é legítima. A gente vive em uma democracia. Eu briguei pelas eleições diretas. O problema é o que se fala, o que se propõe e o que se promete na candidatura. Ninguém queria jogar mais no Vitória. Depois que a gente arrumou tudo, como se diz, agora que o pavão está bonito aparece cidadão dizendo que sempre foi Vitória, ‘sou filho do Vitória’, e quando nós estávamos na Série C essas pessoas estavam aonde, que não vieram nos ajudar? Na Série C ninguém era filho do Vitória, todo mundo estava cuidando das suas vidas”, disse Mota.
O dirigente reforçou ainda a própria dedicação ao clube ao longo dos últimos quatro anos. Ele citou presença constante em viagens e participação ativa nas discussões nacionais sobre o futebol, além do esforço para valorizar a marca Vitória. Segundo Mota, o interesse de opositores pela presidência só aparece agora que o clube vive momento mais estável.
“Eu passei quatro anos dando o meu melhor para o Vitória, indo para todas as viagens do clube. Quando não estou aqui, estou na CBF discutindo os interesses do Vitória, estou na Libra, na LFU. A marca Vitória hoje vale infinitamente mais do que quando eu recebi. Agora é muito fácil o cidadão dizer que quer ser presidente do Vitória. Deveria ter se candidatado quando a gente estava na Série C, teve eleição, mas não apareceu para nada.”
Na última quinta-feira (13), Mota oficializou a candidatura à reeleição com o lançamento da chapa Leão Colossal, que tem Djalma Abreu como vice. A composição inclui ainda o presidente em exercício do Conselho Deliberativo, Nilton Almeida, que tenta a reeleição ao lado de Nilton Sampaio Filho, além de Raimundo Viana e Bruno Torres indicados para o Conselho Fiscal.
Do lado opositor, Marcone Amaral lidera a chapa Aliança Vitória SAF, formada por grupos como a Frente Vitória Popular, o Movimento Vitória SAF e o Movimento Vitória de Verdade. Filiado ao PSD e aliado do governador Jerônimo Rodrigues, Marcone é visto como o candidato que representa o campo governista na disputa rubro-negra.