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produtores rurais
Agricultores bloquearam um trecho da BR-101 em Itamaraju, no Extremo Sul da Bahia nesta sexta-feira (31). O protesto cobra ações do governo estadual diante do aumento da violência no campo e dos conflitos fundiários que envolvem produtores rurais e indígenas na região.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, os participantes usaram tratores, pneus e faixas com frases como “Produtores morrem enquanto o crime organizado lucra” e “Tráfico e invasão não são causa indígena”. O grupo impediu a passagem de veículos nos dois sentidos da rodovia, o que gerou congestionamento e lentidão no tráfego.
De acordo com um panfleto distribuído pelos organizadores, os agricultores afirmam que “vidas estão sendo interrompidas” e que o “governo do Estado tem o dever de agir”. Eles cobram segurança, paz e justiça, alegando que o campo vive sob ameaça constante e que há omissão do poder público diante do avanço de invasões e da atuação de grupos armados.
O bloqueio foi motivado pelo ataque ocorrido na última terça-feira (28), quando um grupo armado invadiu um assentamento na zona rural de Itamaraju e matou dois agricultores, Alberto Carlos dos Santos, de 60 anos, e o filho Amauri Sena dos Santos, de 37. Uma terceira vítima ficou gravemente ferida.
Os manifestantes atribuem a ação a supostos indígenas envolvidos em disputa pela posse de terras na região. O caso aumentou a tensão entre produtores e comunidades indígenas, que já vinham se enfrentando em outras áreas do extremo sul baiano.
O 2º Festival do Queijo Artesanal da Bahia, que ocorre até este sábado (1º), no Mercado do Rio Vermelho, em Salvador, reúne produtores de várias regiões do estado. O evento apresenta ao público os queijos premiados no 1º Concurso do Queijo Artesanal da Bahia, realizado na última terça-feira (30).

Foto: André Frutuôso / CAR
Segundo a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional], a competição contou com 475 inscrições e 372 produtos avaliados, resultando em 307 queijos premiados, sendo 137 medalhas de ouro, 99 de prata e 71 de bronze. A avaliação foi feita por uma banca de especialistas, entre eles a professora Mônica Correia (UFCG) e o professor Sílvio Soglia (UFRB), que analisaram os queijos com base em critérios técnicos e sensoriais.
Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, o festival marca um novo momento para a valorização do queijo artesanal baiano. “Estamos fortalecendo a cadeia produtiva do leite e elevando o queijo artesanal baiano a um novo patamar de reconhecimento e valorização”, afirmou Ribeiro.
PRODUTORES
Entre os destaques da premiação está a produtora Roberta Gusmão, do Laticínios Búfalas Garota, de Itambé, no Médio Sudoeste, que conquistou 25 medalhas. “É uma honra fazer parte desse marco histórico. Essa conquista representa o reconhecimento do nosso trabalho, que nasce no campo e chega à mesa com qualidade e identidade”, comemorou a produtora.
De Ipirá, na Bacia do Jacuípe, Emanoel Ferreira, da Queijaria do Meu Quintal, levou duas medalhas de bronze e uma de prata com seus queijos Meia Cura. “Esse reconhecimento agrega valor, dá visibilidade e fortalece o produtor de queijo artesanal da Bahia. Estou muito feliz e grato por essa conquista”, disse.
Já a produtora Thiana Paes Franco Pinho, da Queijaria Casa Rosa, de Serrinha, na região sisaleira, também celebrou suas três premiações na categoria de queijos maturados. “Estar entre os melhores é um sinal de que estamos no caminho certo. Muitos clientes já vieram ao estande querendo provar os queijos medalhistas”, contou.
O festival reúne os queijos premiados e dezenas de empreendimentos de várias regiões da Bahia. Além das degustações, o público pode participar de oficinas, palestras e experiências gastronômicas, além de comprar produtos diretamente dos produtores.
Fazendas localizados na região do município de São Gonçalo dos Campos têm sido alvo de assaltos violentos recorrentemente, segundo denúncias de moradores. O caso mais recente foi o da Fazenda Círculo Jota, localizada no povoado de Pedrinhas.
A União Agro da Bahia (Unagro) acompanhou o caso e recebeu as denúncias de roubos recorrentes na região, as quais estariam “aterrorizando” o Recôncavo. Além da subtração de pertences, foi constatado também agressão aos produtores rurais.
“Todo final de semana está tendo um assalto com agressão aos fazendeiros. Está uma loucura”, relatou um residente ao Bahia Notícias.
A Unagro informou que participou de uma reunião nesta quinta-feira (26) com membros do Sindicato dos Produtores Rurais, ruralistas e a Polícia Militar. No encontro foi discutido a apuração dos detalhes do incidente em Círculo Jota e formas de acelerar os procedimentos na Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Além disso, a entidade afirmou que está produzindo placas de identificação para monitoramento das propriedades para facilitar uma futura instalação de câmeras de segurança. A intenção é obter imagens das invasões para aumentar a eficácia das ações policiais.
Um protesto de produtores rurais bloqueou um trecho da BR-101 de Itamaraju, no Extremo Sul do estado, nesta segunda-feira (17). O ato durou cerca de cinco horas. Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, os produtores criticam o que consideram invasões de fazendas ocorridas desde 2022 promovidas por indígenas e outros grupos.
Eles relataram que mais de 70 propriedades foram ocupadas, causando prejuízos. No ato, o grupo cobrou a demarcação de terras pelo governo federal, apontando que o impasse tem sido a causa de conflitos, o que aumenta a insegurança na área.
Durante a manifestação, a rodovia ficou interditada nos dois sentidos, causando um congestionamento de veículos. Alguns motoristas utilizaram uma estrada vicinal como alternativa de desvio.
Ainda segundo o site, há 15 dias, quatro propriedades rurais em Pardo foram invadidas por homens armados que expulsaram os proprietários e agrediram os trabalhadores.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mauro Vieira
"Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam".
Disse o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, ao comentar que o governo brasileiro espera, nos próximos dias, a resposta dos Estados Unidos a uma proposta de “mapa do caminho” apresentada por Brasília para orientar as negociações destinadas a solucionar pendências comerciais entre os dois países.