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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teceu críticas aos seus antecessores no cargo, durante seu discurso no evento que formalizou a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, nesta quinta-feira (18), na unidade do Senai Cimatec de Salvador.
"Eu peguei o país devastado por uma praga de gafanhoto que destruiu quase tudo que a gente tinha feito em 13 anos de evolução. A gente não tinha mais Ministério da Cultura, a gente não tinha mais Ministério da Pesca, a gente nunca teve Ministério do Povo Indígena. A gente foi acabando não apenas com os ministérios, mas a gente foi acabando com as políticas públicas", disparou Lula, sem citar nomes.
"Só para você ter ideia, fazia exatamente quase sete anos que não tinha reajuste na merenda escolar de 47 milhões de crianças nesse país. A Luciana [ministra da Ciência e Tecnologia] sabe, que em apenas um ano ela teve que colocar de investimento na Ciência e Tecnologia, no pagamento de bolsa, muito mais do que tinha sido feito em quatro anos anteriores, porque praticamente foi destruído qualquer possibilidade de investimento nesse país", continuou o presidente.
Para Lula, o país "retrocedeu" após a saída das gestões do PT do poder e criticou os rumos da Petrobras e a privatização da Eletrobras.
"Esse país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há muito tempo, mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. O que fizeram com a nossa Petrobrás? E a privatização da Eletrobrás? As pessoas não gostam que fale, mas foi um escárnio o que se fez num setor estratégico como setor de energia desse país", avaliou.
O PARQUE
O Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia será instalado, futuramente, na Base Aérea de Salvador — em área cedida pela União ao Senai Cimatec, que será a instituição responsável pela gestão da unidade. O Parque Tecnológico será um ambiente dedicado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no campo aeroespacial.
Após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, no final de outubro passado, foi estabelecida uma comissão de estudo, composta por representantes do Ministério da Defesa, do Comando da Aeronáutica, do Governo da Bahia e do Senai Cimatec. Em 60 dias o grupo se dedicou à avaliação de viabilidade da implementação do novo centro. O relatório do trabalho, assinado em dezembro, concluiu que não há impedimento jurídico ou normativo à instalação do Parque em Salvador.
O ex-presidente Michel Temer decidiu surfar na tendência da Barbie, com o lançamento do filme na última quinta-feira (20), e postou neste sábado (22) um vídeo nas suas redes sociais vestido de ‘Ken’.
“Barbie-me-ei!!!”, escreveu Temer na legenda. Na publicação, ele aparece em montagens, vestido de rosa e convidando a Barbie para um passeio, como se fosse o próprio boneco.
A trilha sonora é uma paródia da música “Barbie Girl”, da cantora Kelly Key. “"Oi, Temer. Oi, Barbie. Oi, Ken. Vamos dar uma volta? Ah, só por que cê tá de carro? Fala sério. Até a próxima, Temer", diz o vídeo.
Barbie-me-ei!!!#micheltemer #kentemer #barbie #ken pic.twitter.com/okDaaiSpfu
— Michel Temer (@MichelTemer) July 22, 2023
Neto do ex-deputado Luís Eduardo Magalhães, Luiz Eduardo Magalhães Guinle participou de um almoço com o ex-presidente Michel Temer (PSDB), o ex-prefeito de Salvador e ex-ministro, Antonio Imbassahy, além do ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ministro do TCU Augusto Nardes.
O encontro marcou o encerramento do Conexidades, evento sediado em Jundiaí. O evento debateu a importância da aplicação da governança no setor público.
Pelas redes sociais, Luiz Eduardo, que nunca disputou uma eleição, disse que teve a chance de compartilhar histórias do avô com o ex-presidente Temer, que sucedeu Luís Eduardo Magalhães na presidência da Câmara dos Deputados no ano de 1997.
“Grande almoço na casa do amigo e prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. Compartilhamos boas histórias do meu avô Luís Eduardo”, disse.
Em um livro lançado em outubro, Michel Temer (MDB) conta sua versão do período em que ocupou a presidência do Brasil e os bastidores da política que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. A obra foi escrita a partir de entrevistas concedidas pelo ex-presidente ao filósofo Denis Rosenfild.
De acordo com informações do Estadão, na obra “A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil” Temer revela que manteve contato com militares, como o general Eduardo Villas Boas, e o chefe do Estado Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, entre entre 2015 e 2016, antes do afastamento da petista da presidência.
O livro revela que os militares temiam que Dilma tentasse modificar a Lei da Anistia e outros temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009, e também tinham receio de que o PT mudasse os trâmites para o acesso de oficiais ao generalato e a formação dos militares nas academias. Diante destes temores, os militares teriam se aproximado e participado de vários encontros com Temer, enquanto ele ainda era vice da petista.
Na obra, o ex-presidente volta a rechaçar a alcunha de golpista, negando ter conspirado para derrubar Dilma. Segundo ele, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), foi o responsável pelo impeachment, pelo fato do PT ter lhe negado apoio. “O que aconteceu é que o PT agrediu muito o presidente da Câmara e, em face dessa agressão, ele não teve outra alternativa”, afirmou.
Além de negar ter tramado para ocupar a presidência, ele disse ter buscado conciliação nacional ao assumir o cargo. “Chamei os partidos logo que as coisas aconteceram e disse: ‘Vocês me indiquem nomes que eu vou examiná-los para verificar se eu os aprovo ou não’. Pretendo forma uma espécie de quase semi-presidencialismo”, disse.
O filme sobre a história do ex-presidente Michel Temer, filmado pelo marqueteiro Elsinho Mouco e o cineasta Bruno Barreto já tem seu título definido. De acordo com informações da coluna Painel, na Folha de S. Paulo, a obra vai se chamar “Trama contra a Democracia”.
Ainda segundo a publicação, o longa-metragem vai se contrapor “Democracia em Vertigem”, documentário de Petra Costa indicado ao Oscar (clique aqui). O novo filme, que contará com produção do próprio Temer, deve contar a versão da história do impeachment de Dilma Rousseff sob a ótica do ex-presidente e aliados, que atribuem parte da responsabilidade pela queda ao PT.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) terá sua história contada em um documentário, com produção do próprio político.
De acordo com informações da coluna Radar, na revista Veja, o longa-metragem está sendo filmado pelo marqueteiro Elsinho Mouco e o cineasta Bruno Barreto, e tem previsão de lançamento para o primeiro semestre deste ano.
O presidente Michel Temer realizou uma reunião nesta quarta-feira (5), no Palácio do Planalto, com presidentes de bancos públicos e privados e representantes de entidades para tentar obter apoio financeiro das instituições para ajudar na reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
De acordo com informações do site G1, Temer informou no inicio da reunião que o governo está trabalhando com a hipótese de criar fundos privados, cujos recursos iriam ser destinados à recuperação do Museu Nacional e também a investimentos em outros museus do país. Cerca de 90% do acervo do museu, com 20 milhões de peças, foi consumido pelo fogo. O incêndio destruiu a parte interior do palácio.
"Decidimos a hipótese da constituição de um fundo voltado inicialmente para a recuperação da obra física do Museu Nacional, mas de igual maneira à recuperação do acervo do Museu Nacional", relatou Temer aos banqueiros.
Durante a reunião desta quarta, Temer disse aos banqueiros que o incêndio do Museu Nacional foi uma “tragédia” para a história do Brasil e “para a museologia em geral”. Além disso, o presidente destacou que o acontecimento teve “repercussão internacional” e que alguns países se colocaram à disposição para ajudar a recompor o acervo do Museu Nacional.
“Devo registrar que este lamentável evento teve repercussão internacional. E não foram poucos os países e autoridades que se comunicaram com nosso governo dispostos a colaborar até com a remessa de peças do próprio acervo, para substituir o acervo que foi destruído”, declarou.
Na reunião Temer chegou a convidar as empresas e entidades a ingressarem no comitê criado pelo governo para acompanhar a recuperação do Museu.
A sequência do filme “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, com direção de Marcelo Antunez e produção de Tomislav Blazic, começará a ser filmada no fim deste ano, partindo da delação de Joesley Batista na operação Lava Jato. De acordo com informações da Coluna do Estadão, o segundo longa-metragem terá ainda a cena em que o empresário da HBS grava conversas com o presidente Michel Temer e Aécio Neves, e encerra com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo informações levantadas por Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o roteiro da continuação deve retratar também as prisões do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do ex-deputado federal Eduardo Cunha, do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman. De acordo com a coluna, o filme deve mostrar ainda o caso do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que foi flagrado por uma operação da Polícia Federal recebendo de um executivo da J&F uma mala com R$ 500 mil.
Em plena campanha para as eleições presidenciais, os candidatos não tardaram para se manifestar após o incêndio que atinge o Museu Nacional, no Rio de Janeiro (clique aqui e saiba mais). “Muito triste o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, atingindo 20 milhões de itens da nossa história. Os cortes criminosos de Temer em recursos da Cultura e em investimentos estão condenando nosso futuro e destruindo nosso passado”, criticou Guilherme Boulos (Psol), através do Twitter.
O comentário do candidato parece ter irritado o jornalista e apresentador Marcelo Tas, que respondeu ao comentário energicamente. “Desculpe, não dá para me manter em silêncio. Este patrimônio de 200 anos sofre negligência do governo Temer? Tem certeza que escreveu isso?”, questionou o ex-integrante do CQC, emendando: “Você é um tremendo cara de pau, um enganador. Que alívio saber que apenas 1% dos eleitores cai no seu blablablá, impostor!”.
Boulos, por sua vez, se defendeu das acusações. “Se informe antes de atacar de forma gratuita e violenta. O orçamento do Museu Nacional neste ano foi o menor da última década, resultado da política de corte de investimentos do governo Temer. O abandono e o descaso evidentemente aumentam o risco de tragédias como a de hoje”, afirmou o candidato do Psol.
O presidente Michel Temer, citado tanto por Boulos, quanto por Tas, também comentou o incêndio. “Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Foram perdidos 200 anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros”.
Foto: Vitor Abdala/Agência Brasil / MF Press Global
Confira os comentários de outros presidenciáveis sobre o incêndio no Museu Nacional:
Fernando Haddad
“Ninguém me tira da cabeça que se o Lula for registrado ele ganha no primeiro turno. Falo como cientista político. A prisão dele é inconstitucional. Há uma compreensão profunda do povo brasileiro sobre o que está acontecendo”.
Geraldo Alckmin
“O incêndio de grandes proporções que atinge o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, agride a identidade nacional e entristece todo o país. Neste momento de profunda perda, quero me solidarizar não apenas com os cariocas, mas com todos os cidadãos brasileiros.
Ainda sobre o incêndio no Museu Nacional, diante da perda irreparável do maior acervo museológico brasileiro, devemos resgatar o compromisso de zelar permanentemente, com consciência e investimento, pela preservação do patrimônio e da memória do país”.
Marina Silva
"A catástrofe que ainda atinge o Museu Nacional neste domingo equivale a uma lobotomia na memória brasileira.
O acervo da Quinta da Boa Vista contém objetos que ajudaram a definir a identidade nacional, e que agora estão virando cinza.
Infelizmente, dado o estado de penúria financeira da UFRJ e das demais universidades públicas nos últimos três anos, esta era uma tragédia anunciada".
Jair Bolsonaro e Ciro Gomes não se manifestaram até então.
Depois de uma publicação nas redes sociais, na qual Caetano Veloso diz que Ciro Gomes tem “vitalidade”, enquanto Michel Temer é um “morto-vivo” (clique aqui e relembre), o presidente decidiu responder ao baiano por meio de uma carta. De acordo com informações levantadas por Andrea Sadi, no G1, no documento, o emedebista pede para registrar um “contraponto” às declarações de Caetano, que chegou a dizer que "Temer é dissimulado, cria conchavos, não pensa no povo e é do passado. E Ciro fala com coragem e Temer cala com astúcia". Em resposta, o presidente afirma que ''nunca fugiu de embates" e que "em política, não há conchavos na prática do presidente, mas articulação". Reforçando sua capacidade de articulação política, Temer disse ainda que a Lei da Ficha Limpa foi aprovada quando ele era presidente da Câmara dos Deputados, apesar de "grande resistência interna". Michel Temer aproveitou a oportunidade ainda para atacar Ciro Gomes, lembrando que tem processos na Justiça contra o ex-ministro de Lula, a quem classificou como “pigmeu político".
"Michel Temer nunca fugiu de embates, seja como secretário de Segurança Pública, onde dialogou com grevistas, estudantes e policiais em greves ou manifestações – sempre de peito aberto e ouvido atento às reivindicações. Ou debateu publicamente com outros políticos muito temidos, admirados ou respeitados em Brasília. Basta procurar em jornais do passado. No presente, os atores são menores: há ações nos tribunais contra Ciro Gomes, a quem o presidente classificou de pigmeu político", diz trecho da carta enviada pela assessoria de Temer a Caetano.
A dois meses das próximas eleições, o presidente Michel Temer (MDB) conseguiu uma folga na agenda para colocar a leitura em dia. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, neste fim de semana ele confidenciou aos amigos que agora tem tido mais tempo ocioso e que tem ficado sozinho no Palácio do Jaburu, lendo um livro sobre a vida de Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira que foi morto, esquartejado e exposto em via pública.
Após pressão interna no governo e na sociedade civil, o presidente Michel Temer deve desistir de desviar recursos da cultura, esporte e educação para o recém-criado Sistema Único de Segurança Pública (Susp). De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Temer deve apresentar nesta quinta-feira (12) a ministros uma Medida Provisória que desfaz os cortes. A transferência de recursos foi considerada “equivocada” pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que chegou a cogitar pedir demissão do cargo (clique aqui e saiba mais), já que para ele reduzir o orçamento da política cultural é “um incentivo à criminalidade, e não o oposto”.
Após apontar como “equívoco” a decisão do governo de transferir recursos da Cultura para o recém-criado Sistema Único de Segurança Pública (clique aqui e saiba mais), o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão decidiu manter uma reunião com o presidente Michel Temer na próxima semana, para pedir que ele volte atrás em sua decisão. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o ministro pretende apresentar uma minuta de projeto de lei que cria editais da Caixa Econômica Federal para direcionar 3% da arrecadação das loterias federais a projetos culturais. Tal investimento já era previsto em lei, mas não vinha acontecendo porque a verba acabava se perdendo. A insatisfação de Sá Leitão aumentou na última terça-feira (12), após o anúncio da criação do Sistema Único de Segurança Pública, quando Temer assinou uma medida provisória que poderá reduzir o percentual de investimento para a Cultura para 0,5%. Durante a reunião, o ministro da Cultura irá pedir que o presidente mantenha o valor anterior do investimento na pasta.
Com a popularidade em baixa, segundo Ibope batendo os 5% de aprovação e 72% de rejeição, Michel Temer e sua equipe de comunicação miram no público jovem para reverter este quadro. Em uma espécie de entrevista para as redes sociais, o presidente comentou sobre suas preferências de entretenimento nas horas vagas. “Quando o senhor não está trabalhando, o que o senhor faz? O senhor gosta de maratonar série, ler livros, o que o senhor faz?”, perguntou a repórter do “Drops do Planalto”, iniciativa criada para divulgar as ações do governo na internet. “Eu leio muito, mas vejo muitas séries. Você sabe que recentemente eu vi uma série sobre o [Donald] Trump, a vida do Trump, é interessante, quatro capítulos. Assim como aquele A Casa de Papel, né...”, revelou o emedebista. “E [vejo] outras séries ao longo do tempo. A Segunda Guerra Mundial, por exemplo, tem um documentário maravilhoso. Informativo, é bom, vale a pena olhar. Mesmo porque você fica tendo contato com fatos reais, vendo uma série, que é uma coisa que eu vejo muito. E eu leio muito, eu leio muito”, explicou Temer. Para finalizar, a repórter pede que o presidente mande uma mensagem direta ao público jovem: "Otimismo, otimismo especialmente da juventude. Nós dependemos muito da juventude. Eu estou dizendo uma coisa que é muito óbvia, mas é verdadeira. Quando eu era muito jovem eu acreditava muito no futuro. Eu quero que vocês acreditem no futuro, especialmente no futuro do Brasil, porque o Brasil depende de vocês", declara Michel Temer.
Eita eita. Quem imaginaria que o nosso presidente @MichelTemer, mesmo com todo o corre que o cargo exige, ainda arruma um tempo pra assistir série e, olha só, ainda indica umas pra gente! Arrasou! pic.twitter.com/6aMekpJDTw
— Governo do Brasil (@governodobrasil) 15 de maio de 2018
Um dos personagens que teve mais destaque no carnaval do Rio de Janeiro este ano, o “Vampirão Neoliberalista” do Paraíso do Tuiuti, saiu sem sua faixa presidencial durante o Desfile das Campeãs, realizado entre a noite de sábado (17) e a madrugada deste domingo (18). “Acho que vou [usar a faixa]. Eu não sei se vou usar porque a escola é uma instituição e eu preciso que eles me autorizem a usar. Se eles me autorizarem eu vou usar de boa”, disse o professor de história Leonardo Moraes, que interpretou o personagem, em entrevista à imprensa local, antes do desfile. Acontece que ele acabou saindo mesmo sem a faixa, alimentando conjecturas sobre uma possível proibição por parte da Presidência da República. As suposições acontecem porque a imagem do “vampirão” tem sido associada a Michel Temer, embora o ator negue. “Não tenho medo, mas é erradamente. Como eu estava falando antes, é um vampiro com faixa presidencial, mas que simboliza um sistema”, defende o ator. “Eu já me posicionei, eu sou completamente contra o impeachment, eu sou fora, Temer, mas o personagem não tem nada a ver com o presidente diretamente”, destacou. Uma maquiadora da Tuiuti revelou ainda que a escola chegou a cogitar a não saída do “vampirão” no Desfile das Campeãs. “A notícia que a gente tinha é que o vampiro não ia sair mais, mas ai depois alguém voltou atrás e tal, ai foi permitido para ele sair”, disse ela, que não soube dizer de quem teria sido a ordem. “Ai disseram ‘ele não vai mais’ e duas horas depois disseram 'ele pode sim, desde que seja sem a faixa presidencial’”, acrescentou a maquiadora. Um tempo depois da primeira entrevista na Sapucaí, o ator Leonardo Moraes voltou a ser questionado sobre o uso do assessório durante o desfile das campeãs, desta vez ele apresentou uma versão diferente, o que aumentou as suspeitas de pressões políticas em cima do personagem. "Eu perdi a faixa na dispersão da semana passada. Alguém pegou a minha faixa na hora que eu estava trocando minha roupa e ai desapareceu. Como o tempo foi curto, não deu tempo de fazer outra”, disse ele.
O presidente Michel Temer sancionou, nesta segunda-feira (8), o Projeto de Lei da Câmara 33, que prorroga, até 31 de dezembro de 2019, o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine) e os artigos 1º e 1º A da Lei do Audiovisual. Alegando inconsistência jurídica e incompatibilidade com a política fiscal, a Presidência vetou, entretanto, a inclusão de benefícios fiscais para jogos eletrônicos independentes e música, dentro da Lei de Audiovisual, além do aumento do teto de R$ 3 milhões para R$ 6 milhões. Na avaliação do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o aumento do teto representaria um importante impulso para a produção de cinema no Brasil. O valor é o mesmo desde 2001 e contribui para limitar o orçamento dos filmes brasileiros, reduzindo sua competitividade no mercado nacional e internacional. O PLC tem como principal ponto a prorrogação da vigência do Recine, regime que permite a suspensão da cobrança do PIS, da Cofins, do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializado na importação de equipamentos destinados ao setor.
Os agraciados com a Ordem do Mérito Cultural 2017 serão anunciados, nesta terça-feira (19), pelo presidente Michel Temer e o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. A divulgação da principal homenagem pública da Cultura brasileira acontecerá às 17h30, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, serão condecoradas 32 personalidades e instituições que contribuíram para a cultura nacional. Este ano, o evento tem como tema “Cultura, Inovação e Empreendedorismo”.
Depois de ver que o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) parodiou a letra de "Tudo está no seu lugar" na Câmara dos Deputados, o músico Benito di Paula divulgou um vídeo em que reclama da apropriação. Ele conta que escreveu a música para sua mãe, uma mulher de origem humilde, que vivia numa casa com goteiras, sem a estrutura necessária para cuidar de seus dois irmãos. "Agora o cara pega minha música, que eu fiz pra minha mãe, e vai cantar 'Tudo está no seu lugar' porque o cara ganhou. Isso não é musica de politico, não, rapaz, isso é musica de família! Eu sou um homem de família", brada Benito no vídeo.
Marun resolveu cantar a paródia da canção na última quarta-feira (25), diante do arquivamento da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB). A acusação, que abrange também os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, é dos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Em resposta a Benito, Marun também compartilhou um vídeo em que diz estar "triste" e "decepcionado" com a atitude do músico fluminense. "Me confesso como fã do compositor que ele foi, tinha costume de, em momentos de felicidade, cantarolar suas músicas, que repito, admiro muito. Mas vou dizer que daqui pra frente, ele pode ficar tranquilo que não mais farei, já que recebi a ordem do dono das músicas", respondeu o parlamentar.
Apesar disso, o deputado alfinetou a censura do músico, pontuando que espera não se lembrar das palavras de Benito quando voltar a ouvir as composições dele. Para Marun, a postura do músico foi "completamente desprezível". "Não cabe dizer, censurar, quase que por um novo AI-5 a partir daí definir o que os outros podem cantar", atacou. Também conhecido por músicas como "Mulher brasileira" e "Charlie Brown", Benito gravou "Tudo está no seu lugar" no seu LP de 1976.
O carioca Sérgio Sá Leitão, que nesta terça-feira (25) toma posse como novo ministro da Cultura, se reunirá com as lideranças da Liga das Escolas de Samba (Liesa) e das seis agremiações mais bem colocadas para discutir o apoio ao carnaval do Rio de Janeiro. De acordo com informações do jornal O Globo, com dificuldade de apoio do prefeito Marcelo Crivella (clique aqui e saiba mais), a Liesa pleiteia ao menos R$ 6 milhões de verba federal. Ainda segundo a publicação, Sá Leitão acena positivamente para a demanda e, após assumir o ministério, pretende se reunir com Crivella para entender os motivos dos cortes municipais. “O Ministério da Cultura estará à disposição para ajudar, para que a gente possa ter um carnaval com a mesma força de sempre”, disse Sérgio Sá, destacando a importância da festa para a economia brasileira. “O carnaval do Rio é uma das iniciativas mais importantes do país na área da economia criativa, em geração de renda e emprego, então obviamente a importância é muito grande. É bastante razoável que o Ministério da Cultura se preocupe e se dedique a esta questão, como inclusive já fez no passado”, explicou, sem confirmar valores. “Nesse momento é cedo para dizer alguma coisa, quero primeiro tomar pé da situação e então refletir, com a equipe do ministério, a melhor forma de ajudar o Rio”, ponderou. Interlocutores do presidente Michel Temer avaliam o posicionamento do novo ministro como positivo para o governo. “O Sérgio mostrou total disponibilidade em ajudar o carnaval do Rio. Queremos pelo menos a cobertura do que o bispo tirou do Rio. Já conversei com o Sérgio, [o valor pleiteado pela Liesa] é muito pouco para o governo federal, fácil de conseguir”, afirmou o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), responsável por marcar o encontro entre o ministro e os representantes das escolas de samba. Ele disse ainda que a ajuda ao carnaval carioca “é uma agenda super simpática” para Temer, que depende dos deputados para barrar as investigações sobre a acusação de corrupção passiva, feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Depois de chamar de “vagabundos da Lei Rouanet” os artistas que se manifestam para pressionar os parlamentares a aprovarem a investigação do presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), o controverso deputado Wladimir Costa (SD-PA), atacou novamente. Em sua ofensiva contra a classe artística, ele, que já acusou os opositores do governo de “Temer homofobia”, disse ao Estadão que pretende lançar uma campanha para que o cantor e compositor Lobão – conhecidamente antipetista – seja o novo titular do Ministério da Cultura. “Vou falar com o presidente Michel Temer e fazer uma campanha nas redes sociais. Ele é o único que pode enfrentar esses artistas que enriqueceram mamando na lei Rouanet”, disse o paraense à publicação. Wladimir Costa, que teve o mandato cassado há um ano pelo TRE do Pará, por ter usado dinheiro de caixa 2 em sua campanha, reiteradas vezes expôs sua fidelidade a Temer, a quem chamou de “nobre, auspicioso, correto, ético, transparente e honesto”, durante a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Depois de reunir “mortadelas” e “coxinhas” no início do mês (clique aqui e saiba mais), a casa de Caetano Veloso e Paula Lavigne foi mais uma vez local de encontro de artistas contrários ao presidente Michel Temer. Em um novo encontro, na última semana, nomes como os atores Lúcio Mauro Filho e Letícia Sabatella e os músicos Mosquito e Xande de Pilares se juntaram para cantar e tocar, e acabaram compondo um samba para pedir as eleições diretas. “Vampirão ficou maluco, se segura no poder / Ele não vai me enganar / nem vai enganar você / Então vamos gritar / Xô, vampirão / vamos faturar / xô, vampirão / é nas diretas já / xô, vampirão/ Vampirão foi lá pra Rússia / Mas ninguém deu atenção / Vladmir ficou Putin / E gritou xô, vampirão", diz parte da música, que chama Temer de vampiro e satiriza sua recente viagem à Rússia, quando não foi recepcionado pelo presidente Vladmir Putin no aeroporto.
Confira a música "Xô, vampirão":
Durante o encontro nasceu também um novo pagode, “513, fora Temer é o assunto”, que além de criticar Temer, faz campanha em favor do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também presente na ocasião. “Eu saí da minha casa para vir para a reunião / Todo mundo se liga na minha reivindicação / Olha, Xande de Pilares, porque eu sou apartidário / Presidente criminoso não vai me fazer de otário”, diz trecho da música. “Mas preste atenção no que eu vou falar/ To fechado com esse malandro, que vem lá do Amapá / 513, fora Temer é o assunto”, diz outra parte.
Após a recusa da senadora Marta Suplicy (PMDB) de comandar o Ministério da Cultura (clique aqui), Michel Temer pretende insistir no convite. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, quando voltar ao Brasil, o presidente, que está em viagem à Noruega, fará uma ofensiva para convencer a ex-petista. Ainda segundo a publicação, Temer escalou ministros e assessores para dialogar com a senadora, que tem resistido por considerar que não vale a pena voltar a assumir o cargo – Marta foi ministra da Cultura entre 2012 e 2014, na presidência de Dilma Rousseff, quando ainda era filiada ao PT -, por um período de no máximo um ano e meio de governo. Segundo a Folha, caso ela siga resistindo, Temer cogita se reunir pessoalmente com ela. A escolha de Marta tem como objetivo agradar a classe artística e, ao mesmo tempo, contemplar a bancada de senadores do PMDB, que não está coesa no apoio às reformas trabalhista e da previdência. Reforçando o interesse de nomear Marta Suplicy para assumir a pasta, está o fato de ter o aval dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Caso ela rejeite o cargo, Temer pode escolher entre três nomes: os deputados federais Laura Carneiro (PMDB-RJ) e André Amaral (PMDB-PI) ou o ator Jorge Coutinho, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Rio de Janeiro (Sated-RJ). A intenção do Palácio do Planalto é anunciar na semana que vem o novo ministro. No início deste mês, o interino João Batista Andrade foi o terceiro Ministro da Cultura a pedir demissão do governo Temer (clique aqui).
Por meio de suas redes sociais, Gisele Bündchen agradeceu ao presidente Michel Temer pelo velo às Medidas Provisórias (MPs) que previam a ampliação da área de desmatamento na Amazônia (clique aqui e saiba mais). “Obrigada por vetar as MPs Exmo Sr. Presidente Michel Temer, mas continuamos de olho!”, escreveu a uber model, no Twitter, nesta terça-feira (20). Na publicação ela postou ainda uma imagem com o seguinte texto: “Embora o veto das Medidas Provisórias (MPs) tenha sido uma vitória e tenha evitado a redução de florestas na Amazônia e Mata Atlântica nesse momento, o risco ainda poderá voltar na forma de Projeto de Lei (PL). Não podemos aceitar retrocessos nas políticas socioambientais do nosso país, seja em forma de MPs ou PL. Pois a nossa vida depende da saúde do nosso planeta!”.
Obrigada por vetar as MPs Exmo Sr. Presidente @micheltemer, mas continuamos de olho! https://t.co/DcKTFjzjHX pic.twitter.com/gl3NvQa9hC
— Gisele Bündchen (@giseleofficial) 20 de junho de 2017
O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, ironizou nas redes sociais, após o empresário Joesley Batista afirmar que Geddel Vieira Lima era “o mensageiro” de Michel Temer. No ano passado, Calero pediu demissão do cargo justamente por não acatar pressões do baiano para que o Iphan liberasse a construção de um prédio no qual possui um apartamento, em Salvador (clique aqui). “Entenderam agora as ‘dificuldades operacionais’ a que Temer se referiu quando reclamou que não atendi ao pleito de Geddel?”, ironizou Calero, através do Twitter. De acordo com entrevista concedida pelo empresário à revista Época, Geddel era responsável por informar ao presidente os pagamentos feitos para silenciar Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro. "Geddel [era o mensageiro]. De 15 em 15 dias era uma agonia terrível. Sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, se eu estava cuidando dos dois. O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de manter Eduardo e Lúcio calmos era eu", contou Joesley. "Eu informava o presidente por meio do Geddel. E ele sabia que eu estava pagando o Lúcio e o Eduardo. Quando o Geddel caiu, deixei de ter interlocução com o Planalto por um tempo. Até por precaução", acrescentou. "O Temer é o chefe da Orcrim [sigla para organização criminosa] da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique [Alves], [Eliseu] Padilha e Moreira [Franco]. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles", destacou.
Entenderam agora as "dificuldades operacionais" a que Temer se referiu qdo reclamou que não atendi ao pleito de Geddel? https://t.co/q6Kh1pPM46
— Marcelo Calero (@caleromarcelo) 17 de junho de 2017
Forte crítico, após sair do governo, Calero comentou ainda a queda do terceiro ministro da Cultura da 'era' Temer:
Enquanto a Cultura continuar sendo tratada de maneira vil, seguiremos trilhando o caminho do subdesenvolvimento e da corrupção. https://t.co/AgojEn5gCl
— Marcelo Calero (@caleromarcelo) 16 de junho de 2017
João Batista de Andrade, que ocupou interinamente o Ministério da Cultura, após a saída de Roberto Freire do governo de Michel Temer (clique aqui), decidiu também pedir demissão do cargo, nesta sexta-feira (16). Em depoimento à Folha de S. Paulo, Andrade explicou que a motivação para deixar a pasta se dá pelo corte de 43% do orçamento da Cultura e por polêmicas na nomeação do presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine). À publicação, o ex-ministro afirmou que Debora Ivanov deveria ocupar o cargo, tendo inclusive apoio de Freire e da classe artística, mas que Temer preferiu outro nome. "O que acontece é que o presidente tem direito de fazer isso, mas não é a boa política desautorizar o Ministério da Cultura", João Batista de Andrade, destacando que sua pasta se tornou “inviável” após os cortes orçamentários. "Era um ministério que já estava deficiente. O Fundo Nacional de Cultura, que já teve R$ 500 milhões na época áurea, hoje tem zero de recurso. É um ministério inviável tratado de forma a inviabilizá-lo ainda mais", afirmou, ressaltando que o Brasil vive hoje um "quadro desfavorável para a política cultural". Ele não quis, no entanto, opinar sobre o próximo nome a ocupar o cargo de titular do Ministério da Cultura, que durante a gestão Temer já passou por três mãos: Marcelo Callero, Roberto Freire e o próprio João Batista de Andrade. "Não quero participar desse sorteio de quem será ministro. Eu me recuso a participar disso. Deixo o governo livre para indicar quem quiser. Pesa muito a incapacidade enorme de superar essa crise", reiterou.
Gisele Bündchen desembarcou no Brasil na manhã desta terça-feira (13) e aproveitou para fazer um pedido para o presidente da República. Nas redes sociais, ela fez um pedido a Michel Temer: “É nosso trabalho proteger nossa Mãe Terra. Michel Temer, diga não para reduzir a proteção na Amazônia”, escreveu no Twitter.
É nosso trabalho proteger nossa Mãe Terra. @MichelTemer, diga NÃO para reduzir a proteção na Amazônia! https://t.co/KkKF4MrhGg
— Gisele Bündchen (@giseleofficial) 13 de junho de 2017
Na segunda-feira (12), a top brasileira havia mandado recado parecido para o presidente usando o microblog. “Michel Temer, veto às propostas que ameaçariam 600k de hectares de área protegida na Amazônia brasileira”. Os textos escritos em português, com versões em inglês, remetem ao site WWF Brasil, que pede o veto integral de medidas provisórias que reduzem a proteção de 597 mil hectares de áreas protegidas na Amazônia, o equivalente a quatro municípios de São Paulo.
.@MichelTemer, veto as propostas que ameaçariam 600k de hectares de área protegida na Amazônia brasileira. https://t.co/KkKF4MrhGg
— Gisele Bündchen (@giseleofficial) 12 de junho de 2017
Em tempos de polarização, parte da classe artística brasileira finalmente entrou em consenso. Reunidos nesta quinta-feira (1º), na casa de Paula Lavigne, no Rio de Janeiro, “mortadelas” e “coxinhas” deixaram de lado as diferenças políticas para reivindicar a cassação do presidente Michel Temer, que é investigado em inquérito por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça, após divulgação de áudio de conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. “Mesmo com todas as nossas diferenças de pensamentos, provamos que podemos dialogar e nos respeitar uns aos outros. Isso é democracia. Saímos desse encontro com o desejo em comum de ver Temer cassado no próximo dia 6 para que possamos dar os próximos passos”, escreveu Letícia Sabatella, em sua conta no Instagram, agregando a nova hashtag #TemerJamais, que une os desejos tanto dos artistas do #MoroBloco, quanto os do #NãoVaiTerGolpe.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o encontro foi articulado pelo baiano Wagner Moura e Tico Santa Cruz, que pediram à mulher de Caetano Veloso para ceder seu apartamento. “Um registro emblemático de nosso encontro entre pessoas que adotaram posicionamentos políticos diferentes, mas que são capazes de dialogar, de debater, de quebrar essa briga superficial ‘coxinhas’ X ‘mortadelas’ - o Brasil é muito maior que isso e política muito mais complexa. Hora de acolher, dialogar, olhar nos olhos, deixar o amor vencer o medo, o ódio! Não precisa concordar, basta que nos respeitemos!”, escreveu o vocalista da banda Detonautas. Além dos organizadores, estiveram presentes na reunião nomes como Camila Pitanga, Márcio Garcia, Leoni, Marcelo Serrado, Elisa Lucinda, Cristiane Torloni, Taina Muller, Glória Pires, Dira Paes, Monica Iozzi, Leona Cavalli e Caetano.
Artistas e celebridades se manifestaram publicamente, após o vazamento de gravações feitas pelo presidente da JBS, Joesley Batista, ocorrido nesta quarta-feira (17). Em uma das gravações, o presidente Michel Temer é flagrado dando aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (clique aqui). Em outra, o senador Aécio Neves pede R$ 2 milhões ao empresário (clique aqui). Lázaro Ramos, Xico Sá, Roger, Alexandre Frota, Leandra Leal, Ana Cañas, Otávio Muller e Laerte são alguns dos que se manifestaram das redes sociais. Enquanto um grupo pede eleições diretas com saída de Temer, além de sustentar a narrativa de golpe empreendido por ele para afastar Dilma Rousseff, outros famosos responsabilizam o PT pela ascensão do ex-vice e ironizam o discurso petista de que a operação Lava Jata trata-se de perseguição política.
Confira as manifestações:
Vá reformar sua vida no inferno e deixe a Nação em paz, Michel Temer
— xico sá (@xicosa) 18 de maio de 2017
O acordão nacional golpista foi pro brejo. Com STF, com tudo. E agora, profeta Jucá?
— xico sá (@xicosa) 18 de maio de 2017
— Leandra Leal (@leandraleal) 18 de maio de 2017
— Ana Cañas (@anacanas) 18 de maio de 2017
Vagabundos canalhas corruptos cadeira elétrica p vcs ladrões propineiros prisão perpétua é pouco pic.twitter.com/0KERrFFOrJ
— Alexandre Frota (@alefrotabrasil) 18 de maio de 2017
Temer canalha tapete de Dilma aprontou bem heinnn vai se consolar com a babá gostosa ,(nossa o Frota e machista ) chamou a babá de gostosa
— Alexandre Frota (@alefrotabrasil) 18 de maio de 2017
Esses caras da Friboi Eike ,Temer ,Lula ,Dilma Aécio Renan tinham que pegar perpétua vagabundos
— Alexandre Frota (@alefrotabrasil) 18 de maio de 2017
Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio Cunha // Pronto. O principal argumento dos PTs caiu. https://t.co/koAsHhiJZM
— Roger Rocha Moreira (@roxmo) 17 de maio de 2017
Petista é xarope mesmo, né? Acham que um culpado "inimigo" anula a culpa do Lula...
— Roger Rocha Moreira (@roxmo) 18 de maio de 2017
— Roger Rocha Moreira (@roxmo) 18 de maio de 2017
Em um artigo publicado nesta terça-feira (21), na Folha de S. Paulo, o ator baiano Wagner Moura criticou os ataques feitos a ele pelo governo Temer. “Artistas são seres políticos. Pergunte aos gregos, a Shakespeare, a Brecht, a Ibsen, a Shaw e companhia - todos lhe dirão para não estranhar a participação de artistas na política. A natureza da arte é política pura. Numa democracia saudável, artistas são parte fundamental de qualquer debate. No Brasil de Michel Temer, são considerados vagabundos, vendidos, hipócritas, desprezíveis ladrões da Lei Rouanet”, contextualiza o artista, atacando o que considera “tamanha estupidez”. “Por que esses caras têm tanto medo de artistas, a ponto de ainda precisarem desqualificá-los dessa maneira?”, indaga. O ator afirmou também que ao longo da história, o “medo manifestado pelo status quo” fez com que artistas fossem censurados, torturados e assassinados. “Os gulags de Stálin estavam cheios de artistas; o macarthismo em Hollywood também destruiu a vida de muitos outros. A galera incomoda”, pontua Wagner Moura.
Ele lembrou ainda que recentemente uma apresentadora de TV afirmou que “a opinião de um artista não vale merda nenhuma", atribuindo a frase a Kevin Spacey, “possivelmente dita no contexto de seu papel de presidente dos EUA na série ‘House of Cards’”. “Certo. Vale a opinião de quem mesmo? Invariavelmente essas pessoas utilizam o chamado argumento ‘ad hominem’ para desqualificar os que discordam de suas opiniões. É a clássica falácia sofista: eu não consigo destruir o que você pensa, portanto tento destruir você pessoalmente. Um estratagema ignóbil, mas muito eficaz, de fácil impacto retórico. Mais triste ainda tem sido ver a criminalização da cultura e de seus mecanismos de fomento, cruciais para o desenvolvimento do país”, rebate, acrescentando que “todos os projetos sérios de Brasil” partiram de perspectiva histórico-cultural, de intelectuais como Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.
Veja o vídeo no qual o artista fala sobre a reforma:
Wagner Moura criticou o comportamento do ministro da Cultura, Roberto Freire, que segundo ele deu “um ataque” diante do discurso feito pelo escritor Raduan Nassar em uma premiação. Tal atitude, segundo o artista, o faz pensar “que há algo mesmo de podre no castelo do conde Drácula”. Ele afirma ainda que, embora acostumado à hostilidade, ficou espantado ao saber que o ataque feito a ele “partiu de uma peça publicitária oficial da República Federativa do Brasil”, em virtude de um vídeo produzido pelo MTST, no qual o artista rebate a proposta de reforma da Previdência do governo de Temer. “Sempre estive em sintonia com a causa do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); fiz com eles um vídeo que tentava explicitar o absurdo dessa proposta de reforma da Previdência. O governo ficou incomodado e lançou outro vídeo, feito com dinheiro público, no qual me chama de mentiroso e diz que eu fui ‘contratado’ - ou seja, que recebi dinheiro dos sem-teto brasileiros para dar minha opinião”, defendeu-se, lembrando que o vídeo, assim como a campanha publicitária em defesa da reforma foi suspenso pela Justiça. “Um governo atacar com mentiras um artista, em propaganda oficial, é, até onde sei, inédito na história, considerando inclusive o período da ditadura militar”, avalia, afirmando ainda que “se o governo enfrentasse a sonegação das empresas, as isenções tributárias descabidas e não fosse vassalo dos credores da dívida pública, poderíamos discutir melhor o que alardeiam como rombo da Previdência” (clique aqui e confira o artigo na íntegra).
O ator baiano Wagner Moura se manifestou, após ser acusado pelo governo federal de ter sido contratado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para gravar um vídeo no qual critica reforma da previdência proposta por Michel Temer. Em nota, a assessoria do artista afirma que “diferentemente do que foi dito no vídeo publicado pelo governo federal em suas redes sociais no dia 14 de março, ele não foi contratado pelo MTST para vídeo contra a proposta”. O comunicado informa ainda que Wagner participou voluntariamente da mobilização. “Ao contrario do que diz o vídeo do governo, [Wagner Moura] acredita que essa reforma representa mais um enorme prejuízo aos direitos dos trabalhadores brasileiros”, conclui a nota.
Confira o vídeo gravado por Wagner Moura:
Veja o vídeo com a acusação do governo Temer:
Foto: Reprodução / Instagram Regina Duarte
De acordo com o UOL, quando os artistas ainda estavam no topo das escadas, o diretor do festival, Thierry Fremaux, pediu para que a equipe do evento filmasse os cartazes. Em entrevista à agência AFP antes da premiação, Sônia comentou a situação política do Brasil. "Eu moro nos Estados Unidos, mas também no Brasil, tenho família e amigos lá e penso que o que está acontecendo, a manipulação da tomada do poder, tem que ser exposto ao mundo inteiro", afirmou. A atriz vive a protagonista de "Aquarius" no papel de uma crítica de música aposentada que briga com um empresário que quer demolir seu prédio para construir um novo empreendimento.
Presente no festival no domingo (15), o cineasta pernambucano Fellipe Fernandes também criticou o afastamento da presidente, chamando o ato de golpe. "Falei que um golpe de Estado havia acabado de se concretizar no Brasil e que quando voltássemos para casa estaria no poder um governo ilegítimo, machista e elitista. E que nesse momento o cinema era uma de nossas armas de resistência e que nós iríamos resistir", declarou Fernandes à EBC. O cineasta foi representa o filme "O Delírio é A Redenção dos Aflitos" que integrou a mostra Semana da Crítica (leia mais aqui).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Henrique Carballal
"A Bahia tem uma malha ferroviária decadente que foi feita para não funcionar".
Disse o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, ao fazer duras críticas às linhas, em especial à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).