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Marca Bahia Notícias

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Produtores e cineastas fazem manifesto de repúdio ao ‘desmonte’ da EBC

Produtores e cineastas fazem manifesto de repúdio ao ‘desmonte’ da EBC
Um dos motivos é a demissão do jornalista Ricardo Melo | Foto: Divulgação
Mais de 70 produtores e realizadores audiovisuais de todo país, que estiveram reunidos em Salvador durante o NordesteLab, assinaram um documento em repúdio ao que chamam de desmonte da Empresa Brasil de Comunicação (EB). “Manifestamos nosso veemente e indignado repúdio à situação criminosa de perseguição político-ideológica e de desmonte das estruturas da Comunicação Pública promovida pelo governo provisório, ilegítimo em todos os aspectos”, diz o texto, em referência à gestão do órgão após a posse do presidente interino Michel Temer. “Vemos com preocupação alarmante o desrespeito continuado às leis que regem a gestão pública, oriundas do intenso debate promovido pela sociedade nas últimas décadas. A regulamentação da Comunicação Pública no país foi construída de modo firme, porém lento, porque responde às demandas da sociedade organizada, respeitando princípios da democracia e da diversidade de opiniões em discussões amplas, efetivadas em espaços legítimos e consolidados. Contudo, sua destruição é realizada de modo rápido e violento, denunciando que os promotores do golpe de Estado não confiam em condições civilizadas de disputa de ideias”, afirmam os produtores, explicando que a estrutura administrativa da empresa “prevê a existência do Conselho Curador como órgão de controle social para a política de comunicação pública. Os mandatos de 04 anos do diretor presidente e de 03 anos do diretor geral propositalmente não coincidem com os mandatos dos chefes do poder executivo federal para garantir a independência e autonomia da empresa e evitar uma descontinuidade na política de comunicação pública por ingerências indevidas nas trocas de governo”. “O que ocorre atualmente é exatamente o desmonte desta estrutura com o fim de aumentar o controle do governo sobre a comunicação pública. Portanto repudiamos vigorosamente toda esta situação autoritária e criminosa a qual a nação brasileira vem sendo exposta”, afirmam, elencando razões como ‘exonerações ilegais por perseguição ideológica” e “perseguição política”. Confira o documento.