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Dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgados pelo Governo Federal apontam que a separação salarial entre homens e mulheres diminuiu na Bahia. Desde a última pesquisa, em setembro de 2024, a diferença caiu em 1,19%. Em 2024, homens recebiam 19,68% a mais. Agora, a defasagem é de 18,49%. De acordo com o relatório, a média salarial de mulheres na Bahia é de R$ 2.739,76, contra R$ 3.361,14 dos homens.
No Brasil, a disparidade ainda é alta: 20,87%, com um aumento de 0,18% desde o último relatório. O fator racial também segue como um dos maiores desafios no diagnóstico nacional. Por exemplo, mulheres negras ganham, em média, R$ 2.864,39 enquanto mulheres não negras recebem R$ 4.661,06, ou seja, 38% a mais. Na Bahia, mulheres negras ganham, em média, R$ 2.564,27, e mulheres não negras recebem R$ 3.533,30. Uma diferença de 27,4%.
Um dado positivo mostrado pelo 3º Relatório de Transparência Salarial é que houve um crescimento de 18,2% na participação das mulheres negras no mercado de trabalho. O número passou de 3,2 milhões para 3,8 milhões de mulheres negras empregadas.
Em relação ao número de estabelecimentos com no máximo 10% de mulheres negras, houve uma queda na comparação com os dados de 2023, saindo de 21.680 estabelecimentos para 20.452 em 2024. Outro ponto positivo é o aumento na quantidade de estabelecimentos em que a diferença é de até 5% nos salários médios e medianos para mulheres e homens.
A porcentagem da massa de todos os rendimentos do trabalho das mulheres, entre 2015 e 2024, variou de 35,7% para 37,4%.
“Essa relativa estabilidade decorre das remunerações menores das mulheres, uma vez que o número delas no mercado de trabalho é crescente”, pontuou Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE.
O número de mulheres ocupadas aumentou de 38,8 milhões em 2015 para 44,8 milhões (6 milhões a mais) em 2024, já o de homens subiu de 53,5 milhões para 59 milhões (5,5 milhões a mais) no mesmo período.
O relatório também aponta que as mulheres diretoras e gerentes recebem 73,2% do salário dos homens, enquanto as profissionais em ocupação de nível superior recebem 68,5% do salário deles. Já as trabalhadoras de serviços administrativos recebem 79,8% dos salários dos homens.
Quanto às unidades da Federação, o relatório revela que as menores desigualdades salariais do país estão em Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%), Piauí (10,04%), Ceará (10,21%) e Alagoas (11,08%). Na outra ponta, estão os estados do Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), Santa Catarina (27,96%) e Rio de Janeiro (27,82%).
A Câmara Municipal de Marabá, no estado do Pará, publicou uma nota de repúdio, nesta quinta-feira (2), criticando as declarações do novo prefeito da cidade, Toni Cunha (PL). O gestor teria se referido às vereadoras mais jovens da casa como ‘musas’, excluindo as mais velhas de sua declaração.
Segundo o Legislativo da cidade, a postura do prefeito foi sexista, desrespeitosa, machista e etarista, além de não condizente com o cargo ocupado por Cunha. “Tais declarações desrespeitam as mulheres que compõem o legislativo e promovem um ambiente de desarmonia entre os poderes”, afirmou a nota.
As suas polêmicas falas se deram durante a cerimônia de posse dos novos secretários municipais. Ao se dirigir à vereadora Priscila Veloso (PSD), Cunha teria afirmado: “Priscila Veloso, que tem um trabalho antigo na cidade de Marabá, já foi vereadora, já esteve na Assistência Social, até antes de ontem. Prazer tê-la conosco. Junto a Maiana Stringari (PDT), são as duas ‘musas’ da Câmara”
Segundo a nota da Casa, após ter sido relatado que haveriam quatro vereadoras e não apenas duas, devido às vereadoras Vanda Américo (União Brasil), de 66 anos e Cristina Mutran (MDN), de 68, o prefeito teria dito: “Quatro não, é duas só. Não exagera! Sou sincero; não é quatro, não. Só tem duas. Como todo o respeito, eu sou sincero”.
Em nota oficial, publicada nos seus canais oficiais, a Casa legislativa manifestou indignação às declarações do prefeito, classificando a postura do gestor como sexista, desrespeitosa, machista e etarista. A casa ainda reafirmou o seu compromisso com “a defesa da igualdade de gênero e do respeito mútuo”, valores que considera “indispensáveis para uma sociedade mais justa e democrática”.
Uma funcionária do banco Bradesco poderá receber R$ 75 mil a título de indenização, após ser vítima de uma conduta discriminatória dentro da agência em que trabalhava na cidade de Jequié, na região do Médio Rio de Contas, interior da Bahia. A decisão, que ainda cabe recurso, é da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA).
O caso aconteceu após o retorno da gerente de contas da licença-maternidade. Quando ela voltou ao trabalho, passou a executar funções auxiliares por meses, como recepção, atendimento no autoatendimento e apoio a diversos setores, diferentes das atividades que exercia anteriormente.
Colegas confirmaram que sete dias depois do afastamento da bancária, outra pessoa foi promovida para ocupar o seu cargo. Segundo a funcionária, o gerente-geral da unidade de Jequié comunicou que o Bradesco estava buscando uma agência em outra cidade para ela trabalhar. Foi então que informou que não queria se mudar, pois tinha um bebê recém-nascido.
A bancária afirmou que essa situação também ocorreu com outras colegas que saíram de licença-maternidade, mas não com funcionários homens que se afastavam por auxílio-doença por períodos de quatro a cinco meses. No caso dos homens, como destacou a trabalhadora, eles sempre retornavam para a mesma função ou carteira.
O Bradesco negou que haja transferência compulsória de mulheres que retornam da licença-maternidade, afirmou que a funcionária não foi transferida e contestou a alegação de machismo estrutural. O banco declarou ainda que ela manteve o mesmo cargo e remuneração, admitindo que houve mudanças temporárias nas tarefas após o retorno.
A relatora do caso na 2ª Turma, desembargadora Maria de Lourdes Linhares, concordou com a análise feita pela juíza Maria Ângela Magnavita, da 1ª Vara do Trabalho de Jequié, que considerou necessário um julgamento com perspectiva de gênero. Para a desembargadora tanto o protocolo quanto decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que a maternidade não pode ser um fardo para as mulheres.
A desembargadora destacou que o banco tratou a empregada, que optou pela maternidade, como incapaz de retomar sua carreira com a mesma dedicação de homens que voltam de outros tipos de afastamento. Ela ainda apontou a persistência de uma política empresarial "estruturalmente machista", já que o Bradesco foi condenado em outras ações semelhantes. As desembargadoras Ana Paola Diniz e Marizete Menezes acompanharam o voto da relatora.
Após derrota para a candidata Marta Bertaiolli (PL) nas eleições municipais de Mogi das Cruzes (São Paulo) do último domingo (6), o atual prefeito da cidade ,Caio Cunha (Podemos), adicionou às suas redes sociais uma postagem que continha a frase “é melhor perder de pé do que ganhar de quatro”.
Em função da frase, a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes publicou uma nota de repúdio assinada pelos vereadores da casa em que afirma que o atual prefeito se utilizou de uma “expressão machista, misógina e totalmente desrespeitosa”.
Segundo o portal Metrópoles, no documento, os parlamentares ainda afirmam que a frase “não desrespeita somente as mulheres, mas também perpetua estereótipos negativos e reforça uma cultura machista”.
Logo em seguida, Caio Cunha publicou um vídeo se desculpando pelo ocorrido e afirmando que a interpretação da Câmara estava equivocada. O atual prefeito se direcionou à futura mandatária dizendo que não teve a intenção de dizer “nada do tipo”. Na legenda do vídeo, Cunha afirmou que se referia à sua própria condição de “perder a eleição sem se submeter às velhas práticas políticas eleitoreiras”.
Conforme o político, a frase postada “expressa a ideia de que é preferível perder com dignidade, mantendo a honra e os princípios, do que vencer de maneira submissa, humilhante ou desonrada”.
Agentes policiais militares do 15º BPM detiveram um homem por violência doméstica, na manhã desta quarta-feira (11), no bairro São Caetano, em Itabuna.
Os policiais realizavam uma patrulha pela região, quando foram acionados para averiguar uma denúncia de agressão contra uma mulher. Quando chegaram no local, a vítima foi encontrada com ferimentos e pedia socorro.
Após o homem se negar a abrir o portão do imóvel, os agentes entraram à força na residência para resgatar a mulher. O agressor e a vítima foram encaminhados à Deam de Itabuna para a tomada das medidas cabíveis
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, teceu duras críticas aos casos de machismo e misoginia registrados no judiciário brasileiro nas últimas semanas, durante a sua palestra na 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, em Salvador, nesta segunda-feira (22).
Cármen Lúcia comentou o caso envolvendo o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Luis Cesar de Paula Espíndola, que no julgamento da manutenção de medida protetiva em favor de uma adolescente de 12 anos que denunciou assédio de um professor de educação física, disse que "as mulheres estão loucas atrás dos homens" e afirmou, ainda, serem os homens vítimas do assédio das mulheres.
“Nós tivemos um dito julgador, porque togado, afirmando que as mulheres é que estão assediando os homens, porque as mulheres estão correndo loucamente atrás, porque está – aspas – “sobrando mulheres”. Mulher não é sobra, mulher não é resto. Mulher é humano como outro qualquer”, disse a ministra.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu reclamação disciplinar contra Espíndola “por manifestações de conteúdo potencialmente preconceituoso e misógino em relação à vítima menor de idade”. Em março do ano passado, Luis César de Paula Espíndola foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) à pena de detenção de quatro meses e 20 dias, em regime aberto, por lesão corporal em contexto de violência doméstica contra a irmã e a mãe. Porém, a maioria da Corte substituiu a pena por prestação de serviços à comunidade e determinou o retorno ao cargo.
A presidente do TSE falava sobre os desafios enfrentados por todas as mulheres, diante das reincidentes violências e destacou ainda os dados do Anuário da Violência. “Uma sociedade que permite que quase 1.500 mulheres sejam assassinadas e vai se perguntar desses assassinos [...], quantos já foram julgados?”, sinalizou. “Essa sociedade é justa e solidária? A República está construindo uma sociedade livre, justa e solidária quando alguns temas das mulheres são proibidos de serem discutidos, sobre o corpo da mulher, sobre a vida da mulher?”, questionou.
“Uma sociedade que permite que seja o menor índice de participação política em cargos do legislativo, nós temos menos de 20% nas Câmaras Municipais com representantes mulheres e nós somos 52% do eleitorado brasileiro”, completou.
As críticas da ministra também se estenderam à ausência de mulheres na presidência do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “A Ordem dos Advogados do Brasil tem mais de 50% de mulheres. Quantas mesmo presidentes nós tivemos nesses 92 anos? Esqueci”, ironizou. “O certo é que os discursos são levados segundo conveniências retóricas de cinismo político”, cravou.
Cármen Lúcia fez a palestra magna de abertura da 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, promovida pela seccional baiana da OAB. O evento vai até esta terça-feira (23) no Centro de Convenções de Salvador.
O desembargador Luis César de Paula Espíndola, presidente da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), protagonizou uma fala polêmica durante sessão de julgamento. Na quarta-feira (3), o magistrado afirmou que "as mulheres estão loucas atrás dos homens".
e diz que “não tinha intenção de menosprezar” pic.twitter.com/pCMC2dCPbp
— BN Justiça (@bnjustica) July 5, 2024
O colegiado da Corte paranaense julgava a manutenção de medida protetiva em favor de uma adolescente de 12 anos que denunciou assédio de um professor de educação física, absolvido na esfera criminal e administrativa. O caso tramita em segredo de justiça.
"Se a vossa Excelência sair na rua, hoje em dia, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens são as mulheres, porque não tem homem. Esse mercado está bem diferente. Hoje em dia, o que existe – essa é a realidade –, as mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos".
"É só sair à noite. Eu não saio muito à noite, mas eu sei, tenho funcionárias, tenho contato com o mundo. Nossa, a mulherada está louca atrás do homem. Muito louca para levar um elogio, uma piscada, uma cantada educada, porque elas é que estão cantando, elas que estão assediando, porque não tem homem. Essa é a nossa realidade hoje em dia, não só aqui no Brasil", seguiu o desembargador.
Durante a sua fala, Espíndola continuou dizendo que "só os cachorrinhos estão sendo os companheiros das mulheres" e que elas estão "loucas para encontrar um companheiro, para conversar, eventualmente para namorar".
O desembargador ainda disse que atualmente são os professores de faculdade que sofrem assédio. "A coisa chegou a um ponto, hoje em dia, que as mulheres é que estão assediando. Não sei se a vossa Excelência sabe, professores de faculdade são assediados. É ou não é, doutora? Quando saio da faculdade, deixo um monte de viúva", afirmou.
Após a fala, Luis César de Paula Espíndola votou contrário à manutenção de medidas protetivas no caso da adolescente. O desembargador argumentou que hoje em dia qualquer coisa é considerada assédio e que prejudicaria a carreira do professor.
A desembargadora Ivanise Maria Tratz Martins questionou o posicionamento do colega de Corte e Espíndola rebateu classificando a declaração dela como um "discurso feminista desatualizado".
Segundo informações da Folha de S. Paulo, na mesma sessão, durante o julgamento de um caso de manutenção de pensão alimentícia para uma mulher após o divórcio, Espíndola votou contra, justificando não haver prova de que ela trabalhava em casa.
Em março do ano passado, Luis César de Paula Espíndola foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) à pena de detenção de quatro meses e 20 dias, em regime aberto, por lesão corporal em contexto de violência doméstica contra a irmã e a mãe. Porém, a maioria da Corte substituiu a pena por prestação de serviços à comunidade e determinou o retorno ao cargo.
POSICIONAMENTOS
Após repercussão do caso, o desembargador, por meio de nota, afirmou que “nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas”. Espíndola ainda disse “sempre” ter defendido “a igualdade entre homens e mulheres, tanto em minha vida pessoal quanto em minhas decisões”.
“Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão”, concluiu o magistrado.
Também por meio de nota pública, o TJ-PR esclarecer não endossar os comentários feitos pelo desembargador. O tribunal afirmou já ter aberto investigação preliminar no âmbito da Corte, com base na Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e deu a Espíndola prazo de 5 dias para se manifestar. “O Tribunal reitera que não compartilha de qualquer opinião que possa ser discriminatória ou depreciativa, como, aliás, é próprio de sua tradição e história de mais de 132 anos”.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Paraná (OAB-PR) publicou nota de repúdio contra o desembargador. "Além de discriminatórias, [as manifestações] expressam elevado grau de desconhecimento sobre o protocolo para julgamento com perspectiva de gênero, de cumprimento obrigatório pelos magistrados e tribunais. Revelam ainda profundo desrespeito para com as mais recorrentes vítimas de todo o tipo de assédio: as meninas e mulheres brasileiras", diz.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sérgio Kukina negou a liminar requerida pela diplomata Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert, que alega estar sendo preterida na carreira em favor de colegas homens e brancos. Com a liminar, ela pretendia suspender a anunciada promoção para ministro de primeira classe – cargo mais alto na carreira do Ministério das Relações Exteriores – de um diplomata que estaria em posição inferior à sua na lista de merecimento e antiguidade da instituição.
A diplomata impetrou mandado de segurança preventivo, com pedido de liminar, contra o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, após uma circular do ministério anunciar que outro diplomata, situado na 61ª posição na lista de antiguidade, seria promovido a ministro de primeira classe – enquanto ela se encontra na 22ª posição.
No mandado de segurança, a defesa de Isabel afirmou que ela vem sofrendo discriminação por ser uma mulher negra. Sustentou que a preterição da diplomata em favor de um colega branco e homem, mesmo quando ela preenche os requisitos legais e regulamentares para se tornar ministra de primeira classe, configura ilegalidade ou abuso de poder e contraria os princípios administrativos e os preceitos constitucionais de promoção da equidade de gênero e raça na administração pública.
Com esses fundamentos, pediu a suspensão da anunciada nomeação do colega e, no julgamento final, seu próprio enquadramento no padrão de ministro de primeira classe da carreira diplomática.
Em sua decisão, o ministro Sérgio Kukina, relator do mandado de segurança, observou que o pedido tem repercussão direta na esfera de interesse do diplomata cuja iminente promoção configuraria a preterição da impetrante.
Dessa forma, segundo o relator, está caracterizada a hipótese de litisconsórcio necessário, nos termos do artigo 114 do Código de Processo Civil (CPC), o que exige a emenda da petição inicial (artigo 321 do CPC) para que o diplomata seja incluído no polo passivo do processo.
Quanto ao pedido de liminar, o ministro destacou que, conforme o artigo 7º, inciso III, da Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009), a concessão de liminar está condicionada à satisfação, cumulativa e simultânea, de três requisitos: a existência de ato administrativo suspensível; a presença de fundamento relevante na exposição dos fatos e do direito; e a possibilidade de ineficácia da medida, se deferida apenas ao final do julgamento da causa.
"Diferentemente do que foi sustentado pela autora, não é possível verificar o risco de ineficácia do provimento jurisdicional final, já que a eventual concessão da ordem resultará na promoção da demandante ao posto ambicionado, inclusive com o indissociável retorno de seu apontado colega de carreira (litisconsorte passivo necessário) ao nível de segunda classe, caso a promoção deste último venha mesmo a se concretizar no curso do processo", concluiu ao indeferir a liminar e determinar a emenda da inicial.
Cerca de 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem, e dentre elas, 76% foram vítimas de violência física. Esses e diversos outros dados estão presentes na 10ª edição da pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, realizada em parceria pelo Instituto DataSenado e o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV).
A pesquisa, realizada a cada dois anos, busca acompanhar a percepção das mulheres brasileiras sobre a violência doméstica e familiar desde 2005. Naquele ano, a primeira edição do levantamento serviu de subsídio para a formulação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006.
A mais nova edição da pesquisa foi divulgada na manhã desta terça-feira (21), em audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Os resultados do levantamento foram apresentados na comissão pela diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Érica Ceolin.
De acordo com os resultados da pesquisa, 64% das mulheres que sofreram violência doméstica ou familiar e que recebem mais de seis salários mínimos declaram ter sofrido violência física. Esse índice, entretanto, chega a 79% entre as vítimas com renda de até dois salários mínimos.
Os dados levantados em entrevistas realizadas entre os dias 21 de agosto e 25 de setembro deste ano mostram queda na percepção feminina de que o Brasil é um país muito machista. A pesquisa revela que 62% das entrevistadas disseram que o Brasil é um país “muito machista” (esse número chegou a 71% nas pesquisas de 2019 e 2021).
Enquanto caiu a porcentagem de pessoas que consideram o Brasil “muito machista”, aumentou o número de mulheres que enxergam o país como “pouco machista”. Esse percentual cresceu de 25% na pesquisa de 2021 para 32% nesse levantamento recente. Outras 4% responderam que o Brasil é um país “nada machista”.
Caiu também na pesquisa do Instituto DataSenado e do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) o índice de brasileiras que acreditam que em geral as mulheres não são tratadas com respeito no Brasil. Enquanto em 2021, a maioria absoluta das cidadãs (54%) percebia que as mulheres não eram tratadas com respeito no país, em 2023 menos da metade da população feminina (46%) pensa o mesmo. É importante notar que o menor índice observado na série foi em 2013 (35%).
Em que pese a rua ainda ser considerada o lugar onde as mulheres são menos respeitadas, observa-se uma inversão nas opiniões sobre o tratamento recebido pela população feminina nos ambientes laborais e familiares. Em 2021, 29% das brasileiras acreditavam que a família era o ambiente em que as mulheres eram menos respeitadas e 17%, o trabalho. Já em 2023, inverte-se para 25% trabalho e 17% família, uma mudança até então inédita na série.
Essa variação é compatível com a queda verificada pela pesquisa na percepção sobre o aumento da violência doméstica nos últimos 12 meses. Enquanto, em 2021, 86% das brasileiras percebiam um aumento da violência no último ano, em 2023 esse índice caiu para 74%.
O levantamento, que ouviu 21.808 brasileiras de 16 anos ou mais e que foram entrevistadas por telefone, mostra que a percepção sobre a incidência da violência doméstica nos últimos 12 meses varia de acordo com a cor/raça da mulher. Mulheres pretas, pardas e indígenas percebem um aumento da violência doméstica e familiar em percentuais maiores que as mulheres brancas ou amarelas.
Outro fator que influencia na percepção feminina sobre a incidência da violência doméstica nos últimos 12 meses é a renda. Segundo a pesquisa, quanto menor a faixa de renda, maior a percepção de que a violência familiar aumentou no Brasil.
Um dado interessante revelado pela pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher diz respeito ao grau de conhecimento das mulheres brasileiras sobre a Lei Maria da Penha. De acordo com os resultados obtidos pelo levantamento, um total de 67% das entrevistadas disse conhecer pouco a lei. Afirmaram conhecer muito a Lei Maria da Penha 24% das brasileiras, enquanto 8% afirmaram não conhecer nada da legislação de proteção à mulher.
Ainda sobre os benefícios da Lei Maria da Penha, 51% das entrevistadas afirmaram que a legislação protege “em parte” as mulheres contra a violência doméstica e familiar. Outras 29% disseram que a Lei Maria da Penha protege as mulheres contra a violência, enquanto 19% acham que as mulheres não são protegidas.
A pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher teve como população-alvo mulheres com 16 anos ou mais residentes no Brasil. As participantes foram selecionadas por meio de amostragem aleatória estratificada nos 26 estados e no Distrito Federal.
Segundo os organizadores do levantamento, realizado por meio de entrevistas telefônicas, por se tratar de tema sensível às entrevistadas, apenas mulheres trabalharam como entrevistadoras durante a coleta de dados. “Dessa forma, buscou-se evitar possíveis constrangimentos às entrevistadas diante de perguntas delicadas”, diz o texto que detalha o método empregado para realização da pesquisa.
Um homem foi preso em flagrante, após colocar um canivete no pescoço da companheira, na noite de sábado (15), em Vitória da Conquista. A prisão foi realizada por equipes da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar.
Os policiais foram acionados por pessoas que presenciaram a discussão entre o agressor e a vítima, na residência do casal, no bairro de Morada Real.
De acordo com o major Vagner Ribeiro Almeida, comandante da 77ª CIPM, o homem colocou um canivete no pescoço da mulher e passou a ameaçá-la de morte. Os policiais controlaram a situação e negociaram a rendição do homem.
O agressor foi conduzido ao Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) da cidade.
Um homem foi preso em flagrante, nesta quinta-feira (13), sob acusação de manter uma mulher em cárcere privado por cerca de oito meses, em uma casa no bairro Serraria Brasil, em Feira de Santana. As informações são do portal Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias.
A mulher de 26 anos de idade foi resgatada pela Ronda Maria da Penha (RMP), da Polícia Militar. Os policiais, sob o comando da Tenente Renata Martins, conduziram o homem até a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), onde foram tomadas as medidas cabíveis.
A Tenente Renata, comandante da RMP, informou que a situação de cárcere foi constatada e que, além disso, o suspeito mantinha uma plantação de maconha em casa.
“Eu recebi a denúncia e eu mesma fui constatar, devido a gravidade da situação. Quando cheguei, constatei. Ele disse que ninguém ia entrar e ela demonstrou que estava muito assustada. Eu falei: ‘a gente vai adentrar de qualquer forma, porque isso aqui é um flagrante’. Aí ele disse que ia ligar para o advogado, e nós entramos e constatamos o cárcere. Inclusive, ele tinha uma plantação de maconha dentro de casa e levamos também para a delegacia”, relatou a tenente.
A mulher apresentava marcas de agressão nas costas e aparência abatida. Segundo a comandante da Ronda Maria da Penha, ela reside em Feira de Santana, mas é natural de Alagoinhas.
Um homem foi preso por policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Brotas), na tarde desta quinta-feira (13) no bairro de Nazaré, em Salvador, após descumprir uma medida protetiva de urgência. Ele não aceitava o fim do relacionamento e tentou atropelar a ex-companheira.
A mulher, que já foi agredida fisicamente com socos, pontapés e ameaçada de morte, registrou uma ocorrência na Deam que solicitou ao judiciário a medida protetiva. Na época, o homem chegou a invadir a casa da vítima e quebrar o aparelho celular dela.
Depois de preso, ele foi encaminhado para a Deam de Brotas, onde foi ouvido e seguirá para o sistema prisional.
Dirigido por Denys Silva, o espetáculo “Manifesto da Diversidade” faz única apresentação online no dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. A montagem vai ao ar a partir das 19h, no Youtube (clique aqui). Antes disto, nesta segunda-feira (10), no mesmo horário, o público poderá participar de um bate-papo sobre o tema, no Instagram do projeto.
A obra teatral poética denuncia a LGBTfobia e traça paralelos com o racismo e o machismo. Para estimular reflexões, a montagem utiliza metáfora do ciclo da borboleta para comparar a trajetória de uma pessoa trans no Brasil que, segundo estatísticas, tem expectativa de vida de 35 anos.
“Fazemos uma relação entre as quatro fases da borboleta e a vida de uma mulher trans. O Ovo que representa o obstáculo do nascimento; a Lagarta que ilustra a fome por autoconhecimento e as dificuldades desde caminhar; o Casulo faz alusão à morte subjetiva e ao processo de transição tão dolorido que leva esta a se fechar para o mundo; e, por fim, a Borboleta que finaliza o ciclo com a saída desse ‘armário’ para se transformar no ser alado pronto para vivenciar a plenitude do seu verdadeiro Eu”, revela Alex Gurunga, que assina o texto e parte do roteiro da obra.
O elenco é composto pelos artistas Alex Gurunga, Denise Rocha, Elivan Nascimento, Kenuu Alves e Tiago Costa, com participação especial de Fabiane Galvão.
O ator e humorista Otávio Muller estrela, neste fim de semana, o espetáculo “Questão de Falha”, que será transmitido pelo Zoom, pelo Catálogo Brasileiro de Teatro. A comédia de autoficção terá duas apresentações, nos dias 19 e 20 de fevereiro, a partir das 21h30, com ingressos gratuitos disponíveis no Sympla (clique aqui).
Em cena, o artista exibe, direto de casa, o processo de desconstrução do machismo e uma autoanálise divertida das suas ações dentro da sociedade patriarcal. Com roteiro de Daniel Belmonte e Fabrício Branco, a montagem tem direção de Gabriel Fontes Paiva.
Adaptando-se ao formato online, a montagem contará com uma plateia virtual, que poderá interferir no espetáculo, opinando, dando sugestões ou até atuando.
SERVIÇO
O QUÊ: Otávio Muller - “Questão de Falha”
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 19 e 20 de fevereiro, às 21h30
ONDE: Plataforma Zoom
VALOR: Gratuito, com ingressos disponíveis no Sympla (clique aqui)
Vocalista da banda Francisco, el Hombre, Juliana Strassacapa criticou uma fala de Carlinhos Brown, durante avaliação da performance da baiana Alissan, que cantou uma canção do grupo no “The Voice Brasil” exibido na terça-feira (27) (saiba mais sobre o programa).
“Tendo em vista essa aparição de Triste, Louca ou Má no The Voice Brasil, quero problematizar umas questões. Para além da interpretação linda da Alissan que me emocionou e espero que ela siga seu sonho e siga encantando a existência com sua presença e voz, houve uma coisa que me incomodou”, comentou a artista, nas redes sociais.
No trecho a que se refere Juliana, o músico comenta a letra da canção e a interpretação da competidora. "Um texto como esse, na sua voz, faz a gente recobrar que o português, enquanto poesia, está bem encontrado com as melódicas que o Brasil propõe. Como é claro o que esse poeta diz. A gente sonha, né, que a casa não nos dê fim, que a carne não nos dê fim, mas todo o final busca um princípio, busca encontrar um algo, e é esse desejo de boas vindas que nós te damos aqui. Que bom saber que você é da Bahia, porque você é do Brasil, mas melhor ainda tê-la no The Voice”, disse o jurado.
Segundo a cantora, a fala de Brown “reflete um comportamento muito enraizado e estrutural do patriarcado, que é generalizar tudo para o masculino. Ou seja, se não se sabe de quem estamos falando num nível pessoal, automaticamente atribui-se o genérico masculino, nesse caso: ‘O poeta’”. A artista então diz que tal discurso traz a “a invisibilização e descrédito de mulheres artistas em todas as áreas ao longo de toda a nossa história” e afirma que a sociedade se acostumou a credibilizar as mulheres por suas criações, arte, opiniões, invenções e falas.
“Isso seguirá sendo alimentado se não olharmos com cuidado para nossas falas, ações e se não escutarmos direito a realidade a nossa volta e os chamados à mudança. A canção em questão claramente fala de uma perspectiva feminista, de um lugar de fala genuíno. Como poderia ser então UM poeta?”, questiona Juliana Strassacapa.
Ela pontua que as mudanças linguísticas podem parecer difíceis e que muitas vezes a sociedade reage com relutância frente ao desconforto diante de algo “intrínseco como a linguagem”, mas destaca que esse movimento é necessário em “muitos aspectos”.
“Para que deixemos de reproduzir tantos ismos e fobias que nunca deveriam ter existido e têm menos cabimento ainda agora. Então ao não saber o gênero da pessoa em questão, ou ao utilizar o plural, utilize a linguagem neutra ou, pelo menos não diga ‘A ou O’, e sim ‘A pessoa que fez tal coisa’”, sugere.
A composição em questão é assinada pela própria Juliana, em parceria com Sebastián Piracés-Ugarte, Andrei Martinez Kozyreff, Mateo Piracés-Ugarte e Rafael Gomes.
Veja o vídeo do programa:
Em Salvador para lançar seu novo livro, "Por que lutamos?", a ex-deputada federal e candidata a vice-presidente da República Manuela d'Ávila (PCdoB) falou sobre a carta aberta que escreveu para a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Na última semana, a comunista usou suas redes sociais para se solidarizar com a parlamentar diante dos ataques que ela vem sofrendo por parte de seus antes apoiadores bolsonaristas.
"É uma carta de sororidade", frisa Manuela. "Mas é de dizer que existem formas de a gente impedir que isso aconteça com outras mulheres porque não existe como ela apagar as mensagens que o filho dela recebeu", acrescenta em conversa com os leitores na livraria Leitura, no Shopping Bela Vista, na noite dessa segunda-feira (11).
Na última terça (5), Joice usou a tribuna da Câmara dos Deputados para desabafar sobre a onda de ataques que passou a atingir até seu filho mais novo. Seus familiares viraram alvo bolsonarista depois que ela decidiu se opor ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) na disputa sobre a liderança do PSL na Casa (saiba mais aqui). Com lágrimas nos olhos, a parlamentar reconheceu que é vítima "do mais sujo machismo" que um dia negou existir e disse que não vai permitir que sua família passe por isso.
Com a repercussão do discurso, Manuela, então, publicou a carta. No texto, ela lembrou as diversas vezes em que sua família foi alvo de fake news e de consequentes agressões verbais, físicas e ameaças.
Um dos episódios relatados pela comunista ocorreu em 2015, quando sua filha Laura, então com 45 dias, levou um tapa durante um show do pai e marido de Manuela, Duca Leindecker. De acordo com a ex-parlamentar, o agressor pensou que a manta que enrolava o bebê havia sido comprada em Miami, com dinheiro público.
Ao relembrar casos como esse, a comunista avaliou, na noite de ontem, que Joice não passou por algo "tão agressivo". "Foi uma montagem do corpo dela. Eu tive que ver o meu enteado sendo usado nas fotos, pelo menos não era do filho dela", compara.
Diante desse quadro, Manuela pediu o apoio da deputada no combate a esses crimes de ódio. "Nós estamos em lados opostos, mas é o seguinte: ‘quer parar com essa baixaria?’. Nós vamos parar juntas, vai pra CPI e fala o que sabe, amiga, porque a sororidade verdadeira não é entre nós duas. Eu já chorei um rio inteiro. Essas lágrimas que ela está chorando, eu choro todas as noites há muito anos", concluiu.
Joice será ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visa investigar as fake news na política, na próxima quarta-feira (20). Além disso, ela conta que vai abrir processos contra seus agressores e levar o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao Conselho de Ética da Câmara.
Túlio Gadêlha, namorado de Fátima Bernardes, foi alvo de críticas, após uma postagem em sua conta no Instagram, neste fim de semana. “Namorada boa é aquela que tá contigo até na hora de ordenhar a vaquinha #eueela #nositio”, escreveu o deputado federal pernambucano, junto com uma foto na qual aparece abraçado com Fátima, com algumas vacas ao fundo. A mensagem desagradou a cantora e compositora Maria Gadu, que acusou o rapaz de ser machista. "Dois casos graves de machismo. Namorada boa é namorada que não se condiciona a especifismo algum. Não existe: namorada boa é a que... bla bla bla”, pontuou a artista, que criticou ainda supostos maus-tratos aos animais. “Vaca é feminino e mexer nas tetas também te coloca numa situação delicada. Sem contar as condições e abusos cruéis. Vamos indo juntos até onde?", questionou a cantora. Quem também se somou entre os críticos foi o ator Dado Dolabella, que agora diz ser vegano: “Deixem os animais em paz!", escreveu.
Uma onda de acusações contra o rapper baiano Baco Exu do Blues tomou conta das redes sociais esta semana. Dentre elas a de que o artista seria “abusador” e “machista". As alegações não são ligadas a nenhuma pessoa específica, mas começaram a viralizar nas redes sociais na última segunda-feira (14). Entre os relatos, estão que "pessoas do meio musical" não gostariam do artista por causa dos supostos casos de abuso. Um outro internauta apontou que em um show Baco teria gritado que "uma mina preta é vagabunda". Há também questionamentos sobre a religião do rapper. Em prints compartilhados no Twitter, não é possível identificar quem foram os autores das declarações.
Após as acusações, nesta terça-feira (15), Baco decidiu se manifestar por meio de suas redes sociais, mesmo, segundo ele, contrariando as orientações de sua equipe. “Questionaram minha fé nos últimos dias, falaram sobre minha luta pelos negros e minorias, me acusaram de ser violento e de ter abusado de alguém, uma mentira que muda de forma, endereço e motivos a todo instante, uma acusação que não tem rosto”, disse o músico, em um storie no Instagram. "Poderia falar que é um boicote a um artista negro em ascensão, que é também sobre racismo institucional, mas isso vocês todos já sabem que acontece, não vou me estender sobre isso”, acrescentou Baco, que disse ter entrado em um “limbo de tristeza” por muitos fãs acreditarem “na onda de notícias falsas”. “Entendo também que mesmo sem fundamento é uma história de acusação caluniosa forte e de fácil credibilidade, já que mesmo sendo negro e minoria também sou homem e sim é muito complicado confiar em homens em situações como essa. Venho pedir senso em apurar os boatos, lembrem-se que estão lidando com uma vida, saibam o quanto uma afirmação a qual você não tem certeza ou prova alguma pode acabar com uma vida”, disse o rapper, informando que “medidas legais estão sendo tomadas”. Atualizado às 15h02.
Confira a resposta de Baco:
Alex Kapranos, vocalista da banda britânica Franz Ferdinand, é mais uma celebridade internacional a aderir ao movimento #EleNão, em oposição ao candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL). “Eu costumava acreditar que músicos deveriam ficar fora da política, mas isso foi antes dessa era da demagogia. Não é mais possível permanecer neutro. Amo o Brasil e não posso ignorar o que está acontecendo. Sim, eu posso irritar alguns fãs, mas tenho que dizer: #EleNão”, publicou o artista em suas redes sociais, nesta terça-feira (16).
Kapranos se soma a uma lista de artistas estrangeiros que se posicionaram contra o candidato e as pautas defendidas por ele. Dentre as adesões ao #EleNão estão Madonna (clique aqui) e Roger Waters (clique aqui); os atores da série Grey'a Anatomy, Stefania Spampinato, Giacomo Gianniotti e Jesse Williams (clique aqui); o ator de Rebelde e Sense8, Alfonso Herrera (clique aqui) e a atriz Ellen Page (clique aqui). Prestes a se apresentar no Brasil, a cantora colombiana Shakira foi orientada pela produção a não se manifestar politicamente durante os shows (clique aqui).
Eu costumava acreditar que músicos deveriam ficar fora da política, mas isso foi antes dessa era da demagogia.
— alex kapranos (@alkapranos) 16 de outubro de 2018
Não é mais possível permanecer neutro.
Amo o Brasil e não posso ignorar o que está acontecendo. Sim, eu posso irritar alguns fãs, mas tenho que dizer:#EleNão https://t.co/TOHs6rCRfr
Depois da grande repercussão causada pela publicação de uma foto na qual uma boneca aparece entre os brinquedos de seu filho Theo, de 4 anos (clique aqui e relembre), Sandy comentou o incidente e minimizou a polêmica, durante uma entrevista para Amaury Jr. “Não imaginamos que pudessem ter tantas reações, como isso fosse uma grande coisa (a gente permitir que nosso filho brinque com uma boneca), sabe? E, se quiser saber mais a fundo, se ele fosse ou virasse gay, não teria nenhum problema com isso também. Somos todos iguais, todos irmãos”, afirmou a cantora.
“Ele brinca com bonecas, bonecos, carrinhos, bola. A gente não coloca nenhuma restrição. Na nossa concepção, não existe isso de brinquedo de menina e menino. A gente tá criando ele para não ser uma pessoa machista, sexista e preconceituosa”, defendeu Sandy.
Uma petição reúne mais de 220 mil assinaturas para impedir o lançamento de "Insatiable", uma nova série da Netflix que estreia nesta sexta-feira (10). Definida pela empresa como uma "comédia de vingança", a atração narra as desventuras de Patty, uma adolescente gorda que é vítima de bullying em uma escola tipicamente americana. A reviravolta se dá quanto ela retorna à escola magra e repaginada, para se vingar.
De acordo com informações do jornal O Globo, a ativista social e autora do abaixo-assinado Florence Given, defende que a série perpetua uma narrativa "que diz que, para ter sucesso ou atrair olhares masculinos, a mulher precisa ser magra". Segundo ela, "o caráter tóxico desta série é maior do que apenas está série em particular. Não é um caso isolado, mas faz parte de um problema maior que, prometo, toda mulher já enfrentou em sua vida, quando baseou seu valor a partir de seus corpos, que deveria ser desejáveis pelo olhar masculino. É exatamente isso o que esta série perpetua. Não apenas o caráter tóxico de uma cultura de dietas, mas a objetificação dos corpos femininos".
Veja o trailer da série:
Acusado de machismo por conta da música “Tua Cantiga”, faixa que integrará seu novo disco (clique aqui), Chico Buarque reacendeu as polêmicas em postagem feita neste domingo (20), nas redes sociais. “'Será que é machismo um homem largar a família para ficar com a amante?' 'Pelo contrário. Machismo é ficar com a família e a amante'. Diálogo entreouvido na fila de um supermercado...”, escreveu o cantor e compositor, no Facebook. A letra da canção em questão fala sobre uma relação extraconjugal e os esforços do eu lírico em reconquistar a amante, custe o que custar. As críticas vieram em cima do que algumas pessoas consideram romantismo ultrapassado, sobretudo pelos versos: “Quando teu coração suplicar/Ou quando teu capricho exigir/Largo mulher e filhos e de joelhos vou te seguir”. “’Largar’ a família significa abandonar os filhos? Interessante o seu conceito de ‘não machismo’. Bastante confortavel para os machistas”, questionou um seguidor.
Confira a canção “Tua Cantiga”:
Nesta quinta-feira (17), um dia após a ex-companheira do músico Felipe Zancanaro denunciar o relacionamento abusivo, que teria envolvido agressões físicas e inúmeras traições, a banda gaúcha “Apanhador Só” anunciou que fará uma pausa. “Lamentamos profundamente tudo o que aconteceu e está acontecendo. Diante dessa difícil situação, resolvemos suspender as atividades da banda por hora. Embora pesarosos, achamos que essa situação pode ser construtiva pra que siga se discutindo questões importantes sobre machismo - que estamos dispostos a rever e modificar cada vez mais em cada um de nós. Assim que for possível, nos pronunciaremos melhor sobre o assunto”, escreveu o grupo, pelo Facebook.
O estopim para que Clara Corleone, ex de Zacarano, resolvesse escrever o relato sobre o relacionamento, que segundo ela teve mais de 40 traições e diversos abusos, se deu após a banda gravar uma música que aborda a luta feminista. “Por isso, senhoras e senhores, é que considero um tapa na minha cara que a banda do Felipe, a Apanhador Só, escreva e toque e grave uma música que se chama "linda, louca e livre", um dos gritos de guerra das feministas. Não há nada de feminista ou de desconstruído nesse músico e, mesmo que não seja ele o autor da canção, acho uma piada de mau gosto imensa que o Felipe fique no palco tocando ela durante os shows. Acho histérico. O felipe teve um relacionamento aberto com uma mulher que acreditava estar vivendo um relacionamento fechado. Foi cruel, irresponsável com os meus sentimentos, desleal, covarde. Usou de todo tipo de artimanha psicológica, eu pensei que estava ficando louca e, de fato, quase enlouqueci. Não pode, agora, a banda tocar uma música que pague de bacana sobre como o homem deixa a mulher livre para ser o que ela quiser dentro duma relação. Pra cima de moi não vai rolar”, escreveu ela, relatando, durante o desabafo, que em uma das brigas entre o casal, ele chegou a quebrar seu dedo. “Eu me sentia culpada e ele trabalhava a todo o vapor para me fazer sentir culpada. Numa festa, sem querer bateu no meu nariz e ele sangrou. Corri pro banheiro, com vergonha, e ele, bêbado, ficou batendo pedindo pra entrar. Eu disse que não, ele aproximou a boca da porta e disse "então vai se foder". Quando eu saí do banheiro, pedi que ele fosse embora pois a festa era de amigos meus do colégio, não eram amigos dele, e ele se recusou. Meu melhor amigo teve que me levar em casa, saí fugida da festa me sentindo mal, quando não tinha feito nada de errado. Em outra ocasião, tive um surto de raiva e comecei a pegar as camisas dele no cabide para colocar pra fora da casa, mandando que ele fosse embora, e ele se recusava. Tentou me segurar, não mediu força e quebrou meu dedo. Eu dormi, farta, machucada, e só no outro dia percebi que estava com o dedo quebrado. Pedi que ele lavasse meu cabelo para que a gente pudesse ir na clínica, mas o gênio da música gaúcha era músico e precisava dormir, como eu me atrevia a pedir que ele levantasse para lavar o meu cabelo? E, depois que saí da clínica com o braço enfaixado, ele me perguntou, frio, fumando um cigarro, o que eu ia dizer. Passou os próximos dias acompanhando eu mentir a mesma história. No trabalho. Pros amigos. pros meus pais. Pros dele”, lembrou Clara.
Ao mesmo tempo em que a banda anunciava parar as atividades, Felipe Zancanaro reconheceu as acusações e resolveu também se pronunciar: “Cometi muitos erros dentro da minha relação com a Clara. Meu comportamento infiel causou muito sofrimento e mágoa, e não há dúvidas de que os sentimentos dela são genuínos. Me arrependo muito pelo meu comportamento na época e entendo o posicionamento da Clara, embora a complexidade de uma relação não caiba em um post de facebook. Hoje, três anos depois do término da relação, num processo que desde então envolveu conversas com várias pessoas e muita reflexão, eu venho fazendo uso dessas drásticas experiências pra buscar não reproduzir mais esse tipo de comportamento”, disse ele, acrescentando que tem feito “luta diária” e “exercício forte de autocrítica”, para melhorar. “Venho buscando desconstruir essas ações e participar cada vez menos das lógicas que acabam perpetuando o machismo na sociedade. Eu sou fruto de uma formação machista. Isso não justifica os meus erros, nem retira a minha responsabilidade sobre meus atos, mas é algo que tenho buscado assumir, enfrentar e mudar. À Clara, por tudo que lhe causou sofrimento e mágoa, peço desculpas, assim como a todas as pessoas que decepcionei. Sigo aprendendo”, concluiu.
Confira as declarações completas de Clara:

Diretor buscou em sua própria história motivação para discutir o machismo | Foto: Divulgação
Mariana Moreno interpreta a "mulher impossível" concebida por Djalma Thürler

Espetáculo é montado em ambiente que remete aos porões da ditadura | Foto: Divulgação
O projeto é inspirado em ações, como a campanha Chega de Fiu Fiu, criada em 2013. A campanha surgiu a partir do resultado de uma pesquisa que mostrou que 99,6% das entrevistadas já foram assediadas, tendo 98% delas sofrido violência nas ruas. O "Tô Na Rua, mas não sou sua" busca potencializar o alcance das vozes femininas através da ocupação do espaço público. Desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso, o projeto pretende ainda gerar a reflexão de que cantada de rua não é elogio nem uma atitude aceitável.
As mensagens do álbum são denúncias ao racismo e machismo, principalmente sofrido por mulheres negras, da periferia. Com 12 canções autorais, Yzalú pretende chamar a atenção para a complexidade desse problema. "A proposta do álbum é mostrar que o universo da mulher negra é um universo real, que ele existe e que não é tão simples, tão fácil. Aí a gente está falando de um universo, de uma carne mais barata no mercado, que tem um sentimento, que tem a arte pura e verdadeira, então esse é o universo da mulher e, sobretudo, da mulher negra", descreve. Na própria capa, inspirada em uma foto icônica de Gal Costa – o registro dos anos 1980 mostra a cantora nua, abraçando um violão –, Yzalú já evidencia o tom de protesto do CD, que também contesta os padrões de beleza. A cantora aparece pela primeira vez com sua prótese na perna direita. "A capa em si foi uma forma de me comunicar de uma forma poética com o público para que eles pudessem entender que foi assim que eu vim ao mundo porque a prótese é só o detalhe da 'Minha Bossa é Treta', além de ser uma forma de protesto, você dizer que a beleza é diversa", defende. Por uma doença congênita, Yzalú usa a prótese desde que nasceu.
Parte de um novo nicho do rap, a cantora atribui a artistas, como Dina Di e Cris SNJ, a responsabilidade pela abertura do estilo para que mais mulheres ganhem espaço na cena. "Eu vejo com muito bons olhos, eu vejo que a cena do rap é crescente, principalmente no que diz respeito à mulher dentro do rap, que lá atrás fizeram uma base para que a gente pudesse hoje estar em grande número. É uma cena gigante que cada vez mais se profissionaliza, mostra a que veio", avalia. Para Yzalú, esse crescimento exige dos artistas mais estudo e profissionalização na música para atender a um público cada vez mais exigente. "O público como um todo quer ouvir boa música, então, a gente entende que o rap não é somente a rima. É a rima, é a consciência, é o pé no chão, é o profissionalismo, a equipe. Eu tenho certeza que daqui a alguns anos o rap vai ser a música brasileira", ressalta. No show, que apresenta neste sábado (30), às 21h, no Largo Pedro Archanjo, ela apresenta o repertório do disco, além de um medley com sucessos do ritmo. Com o intuito de "somar" e "apoiar" os colegas da música, Yzalú recebe ainda as participações de Negro Davi, Verona e do Grupo LDF, todos de Salvador.

Artista sofreu lesão na córnea em decorrência dos três socos desferidos pelo motorista de taxi | Foto: Reprodução / Facebook
A cantora disse ainda que teve dificuldade para encontrar atendimento. “A partir daí iniciamos uma saga buscando atendimento. Não sabíamos se seguíamos pra Delegacia da Mulher, que de início parecia o caminho mais certo, onde teoricamente poderia ser melhor assistida e acolhida. Só que não... Ao chegar por lá fomos atendidas por uma senhora super mau humorada e sem muito trato pra acolher uma vítima de agressão. Ela nos informou que lá só poderiam ser acolhidos casos em que a vítima tivesse alguma relação com seu agressor. Então quer dizer: eu sou mulher, sofro uma agressão por ser mulher, mas não posso ser acolhida na delegacia da mulher?!!!”, indagou Aiace, que registou a ocorrência em uma delegacia comum, onde recebeu os primeiros socorros. Apesar da violência, a artista destacou os malefícios do “machismo, burocracia, preconceito, despreparo” e garantiu que não vai se calar. “Nós somos vítimas desse sistema falocêntrico há anos. Eu não fui a primeira vítima do machismo, mas espero muito que estejamos mais próximas de ver a última. Eles não vão nos calar!! Juntas somos muito mais fortes e não somos obrigadas a nada que a gente não queira! Não sou propriedade de ninguém e não vou aceitar calada. E se pra isso eu tiver que apanhar mais mil vezes, pode vir que eu aguento!”, escreveu.
@ela_isab tem q ser só mulher, abro mão de participar na buena
— xico sá (@xicosa) 29 de junho de 2016
Ariana, que, no passado namorou o rapper Big Sean, constantemente se posiciona contra discursos machistas. "Quando um homem fala sobre as mulheres em suas músicas é tipo 'yeah, são vadias prostitutas!'. Se uma mulher faz uma música sobre um término, dizem 'wow, não acredito que ela fez isso' ou 'que vadia!'", ressaltou.
Confira o teaser:
A primeira pergunta que irritou a cantora foi um questionamento sobre o que ela escolheria se tivesse que usar pela última vez: maquiagem ou celular. “É só nisso que você acha que as meninas pensam?", questionou Ariana.
As perguntas e comentários com teor machista e sexista continuaram. Quando questionada sobre quais emojis gostava de usar, ela citou o unicórnio. Os locutores afirmaram que era por ser uma garota e que eles nunca usariam ou sequer prestaram atenção nos lançamentos “para meninas”. A cantora rebateu dizendo que meninos também podem usar.
Ao final da entrevista, Ariana relatou que racismo, misoginia e sexismo seriam coisas que ela gostaria de mudar no mundo. Ao falar isso, a cantora apontou para um dos apresentadores dizendo que começaria por ele.
Veja vídeo:
Vocês viram a Ariana Grande dando uma verdadeira aula de quebra de padrões em entrevista nesses últimos dias?Uma garota desconstruindo pensamentos machistas de héteros cis <3 <3
Posted by Portal Famosos Brasil on Segunda, 2 de novembro de 2015
Após o episódio, Cortez afirmou, em entrevista ao UOL, que já esperava a repercussão negativa. “Essas junkets [entrevistas com atores para divulgação de séries ou filmes] são muito sérias, nunca tinha feito antes, mas há um certo rigor. Fiz uma piada com elas, elas não entenderam, mas não é culpa delas, não é culpa do Netflix, nem as culpo por não terem achado graça. Nem todas as piadas são boas, nem todas funcionam e eu estou longe de ser o melhor cara do mundo", afirmou, acrescentando que no mesmo programa ele fez outras boas entrevistas. “Me abalo quando sou muito fã de uma pessoa. Nesse mesmo programa apareceu uma entrevista com a Maria Bethânia, de quem sou muito fã, e ficou boa, então estou tranquilo, faz parte do meu trabalho. No mesmo dia fiz várias outras entrevistas de outras séries e foi ótimo", minimizou.
Confira a entrevista:
pois eu não volto pra cozinha, nem o negro pra senzala, nem o gay pro armário. o choro é livre ( e nós também) :))))
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
de xingamentos impublicáveis, a xenofobia, machismo, e "comunista". e olha que eu nem defendo o PT! essa atitude é praticamente um endosso.
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
de xingamentos impublicáveis, a xenofobia, machismo, e "comunista". e olha que eu nem defendo o PT! essa atitude é praticamente um endosso.
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
uau. se vocês vissem nas minhas mentions o jorro de ódio irracional desde ontem… diálogo zero, só ofensas preconceituosas
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
Sandra Annenberg nua pelada por famosasnuas
Após as gravações, em entrevista à coluna de Hugo Gloss, a funqueira afirmou que não houve briga, mas sim um debate saudável. Ela disse ainda que adora Pitty e que quando se tem respeito à opinião o outro o debate ajuda a chegar a evoluções nos pensamentos. "Já estou aqui com meu CD da Pitty curtindo suas obras. Talvez ela tenha me entendido errado ou eu tenha me expressado mal, mas conversas saudáveis assim são sempre bem vindas. Sensacionalismo em cima delas é que não”, disse ao colunista.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.