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Artigos

Jorge Khoury
Empreender na indústria: oportunidades para fortalecer a Bahia
Foto: Dario Neto, ASN/BA

Empreender na indústria: oportunidades para fortalecer a Bahia

A produção industrial baiana registrou crescimento de 2,1% em janeiro deste ano, em comparação com dezembro de 2023, demarcando seu papel fundamental para a economia do estado. Este crescimento e cenário expandem horizontes para os diversos pequenos negócio do setor. O percentual indica um caminho positivo que pode se confirmar com o perfil inovador da nossa indústria, além da impulsão a toda a cadeia produtiva com a chegada de empreendimentos como a montadora BYD a Camaçari.    

Multimídia

Adolpho Loyola diz que Rui Costa não deve tentar o governo em 2026: “O ministro está com outras tarefas no Governo Federal”

Adolpho Loyola diz que Rui Costa não deve tentar o governo em 2026: “O ministro está com outras tarefas no Governo Federal”
Sobre o cenário de 2026, Adolpho Loyola repercutiu a informação ventilada nos bastidores de que o ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, poderá disputar novamente o governo da Bahia. “É natural que o candidato seja Jerônimo. O ministro está com outras tarefas, com a tarefa de coordenar o governo federal e ele tem feito isso: tem coordenado o PAC, tem puxado para si responsabilidades, ele tem cuidado disso e está limpando a pauta para o presidente Lula”, frisou.

Entrevistas

Zó afirma que seu nome segue no páreo em Juazeiro e dispara: “Eu quero que Roberto Carlos me apoie”

Zó afirma que seu nome segue no páreo em Juazeiro e dispara: “Eu quero que Roberto Carlos me apoie”
Foto: Max Haack / Bahia Notícias
Nascido Crisóstomo Antônio Lima, em Xique-Xique, o deputado estadual Zó (PCdoB) está no 3º mandato na  Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

literatura

Lei que pode mudar completamente o mercado de livros no Brasil avança no Senado
Foto: Agência Senado

A indústria brasileira de literatura pode estar prestes a passar por uma grande mudança. A Lei Cortez, antigo PL 49/2015, reintroduzido pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), avança no Senado Federal. A lei tem como objetivo estabelecer uma política nacional de regulação no preço dos livros, com livrarias conseguindo descontos significativos das editoras.

 

A Lei Cortez objetiva diminuir as desigualdades recentes causadas pelo crescimento do mercado online em detrimento do mercado de livrarias físicas. De acordo com os defensores da lei, nos últimos anos tem existido uma tendência de competição desfavorável a pequenas livrarias que lutam para competir com o mercado digital.

 

Essa luta tem resultado no fechamento não só de livrarias menores, como também de grandes redes, como a Saraiva e a Cultura. A lei é nomeada em homenagem ao editor José Xavier Cortez, fundador da Editora Cortez, nascido no Rio Grande do Norte e falecido em 2021.

 

O projeto de lei propõe um preço fixo para os livros durante o primeiro ano após seu lançamento, dentro do qual o desconto máximo admitido não poderá ultrapassar 10% do valor da obra. Esta restrição diminuiria para 6 meses a partir da segunda edição.

 

De acordo com a Folha de São Paulo, o objetivo é equilibrar o campo de atuação entre grandes e pequenos vendedores, garantindo uma concorrência mais justa e preços mais acessíveis. No mundo, diversos países implementaram leis similares e demonstraram resultados parecidos. Um exemplo é a Lei Lang, na França, implementada em 1981 e que demonstrou resultados positivos.

 

Defensores da lei afirmam que políticas do tipo podem trazer benefícios ao mercado brasileiro, dominado por grandes plataformas, como a Amazon, que oferecem descontos que não podem ser igualados pelas pequenas empresas.

 

Atores do mercado literário receiam que a prática acabe diminuindo a autonomia das editoras e das livrarias de gerir suas próprias estratégias de preços e promoções. No entanto, observando o quadro internacional, é possível observar uma tendência geral de estabilização ou redução nos preços dos livros para os consumidores finais.

 

A previsão é que, com a implementação da lei, as editoras passem a oferecer os livros, desde o seu lançamento, com valores mais baixos, gerando um mercado mais acessível e justo tanto para as livrarias, quanto para as editoras e os consumidores.

Caixa Cultural Salvador apresenta festival focado nas mulheres da literatura
Foto: Divulgação

A Caixa Cultural Salvador traz a primeira edição da "Flimina" - Festa das Mulheres na Literatura, nos próximos dias 8 e 9 de março. O evento destaca-se por sua programação centrada no protagonismo feminino, abordando temas contemporâneos como equidade de gênero, desafios sociais e ambientais, além da produção de conteúdo digital. A iniciativa é patrocinada pela Caixa e pelo Governo Federal, com realização da Bahia Eventos e Mirdad Cultura.

 

A "Flimina" tem como foco a presença da mulher na literatura, abrangendo papéis como autora, professora, pesquisadora, leitora, booktuber, influencer, entre outras profissionais do campo literário. A atriz e escritora Elisa Lucinda, finalista do Prêmio Jabuti 2022 pelo romance "Quem me leva para passear" (Editora Malê, 2021) e participante da novela "Vai na fé" da Rede Globo, é uma das participantes destacadas.

 

Os debates contarão com a presença de nomes como a escritora e ativista baiana Jovina Souza, autora de "O levante da fênix" (2021), a jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum, a artista indígena Yacunã Tuxá, a escritora Aline Bei, autora de "Pequena Coreografia do Adeus" (2021), e Karina Buhr, colunista da revista Continente e autora do livro de poemas "Desperdiçando rima" (Rocco, 2015).

 

A curadoria do evento é responsabilidade da jornalista e pesquisadora Edma de Góis, doutora e mestre em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB), com pesquisas realizadas na Universidade do Minho, em Portugal.
 

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"Caminhos da Liberdade": artista escreve narrativa em cordel sobre Independência do Brasil na Bahia
Foto: Reprodução / Instagram

A Editora Imeph anunciou o lançamento do mais recente livro, "Caminhos da Liberdade", ilustrado por Adélia Oliveira e apresentado por Ricardo Carvalho. A obra, escrita por Maviael Melo, narra a história da Independência do Brasil na Bahia em formato de cordel, destacando um movimento anticolonial impulsionado por diversas comunidades, como mulheres, homens pretos, marisqueiras, estivadores, indígenas, vaqueiros e pessoas do povo.

 

Em conversa com o BN Hall, o autor revelou que a inspiração para o livro surgiu no ano passado, quando foi convidado para participar de um documentário sobre a Independência do Brasil na Bahia. 

 

“Na época precisei pesquisar o tema e fui interagindo com alguns historiadores e com isso descobrindo coisas sobre a história que não conhecia, já naquele momento comecei a pensar numa história voltada para o público infanto juvenil, ainda na mesma época a convite do professor Ricardo Carvalho escrevi textos para fotos sobre o tema para uma exposição na Caixa Cultural, com isso aprofundei um pouco mais sobre o tema e escrevi outras pautas.. com isso veio a ideia de um livro que saiu meio que automático, pois a história já estava viva na ideia”, explicou. 

 

Ainda conforme o escritor, a previsão para o lançamento do livro é no final de março, com local e data a serem anunciados em breve. 



“[A experiência de escrever o livro] foi tranquila e gratificante, entender e reconhecer o papel das mulheres, indígenas, do povo negro, marisqueiras e vaqueiros no processo, ou seja, o povo em sua vontade de fazer a mudança”, destacou Maviael.

 

Em relação aos futuros lançamentos a partir deste projeto, o autor disse não ter planos definidos, mas deixa em aberto a possibilidade, considerando a riqueza de caminhos que a história da Independência oferece e a necessidade de explorar narrativas mais aprofundadas sobre outros personagens relevantes.

 

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Livro “Expresso 2222”, de Ana Oliveira, é vencedor do Prêmio Jabuti 2023
Foto: divulgação

Um ano após o lançamento, o livro-objeto “Expresso 2222”, de Ana Oliveira, conquista o primeiro lugar na categoria Projeto Gráfico do Prêmio Jabuti 2023. A história e os desenhos são inspirados no álbum homônimo de Gilberto Gil.

 

Os vencedores da 65ª edição da maior premiação literária brasileira foram anunciados na noite de terça-feira (05), em cerimônia no Theatro Municipal de São Paulo. Segundo a autora, o projeto gráfico é obra com releituras das faixas do disco de Gil, por meio de diferentes linguagens artísticas.

 

Ele envolve elementos tridimensionais e uma sobrecapa redonda – que se transforma em pôster – em alusão ao layout original da capa do disco. “O design transgredia o padrão quadrado das embalagens de LPs com uma proposta de layout nunca vista na indústria do disco: uma capa circular, concebida pelo designer baiano Edinízio Ribeiro Primo”, conta Ana que desenvolveu o projeto gráfico junto a Paulo Chagas.

 

À época do lançamento do disco, a proposta de embalagem redonda foi recusada pela gravadora, diante dos problemas logísticos que causaria. Edinízio se mantinha aferrado a seu plano, e foi o próprio Gilberto Gil quem encontrou uma solução: as abas arredondadas foram dobradas, permitindo ao mesmo tempo o respeito à proposta do designer e as necessidades industriais e de distribuição da gravadora.

 

O LIVRO

Na publicação “Expresso 2222”, artistas, intelectuais e jornalistas analisaram, faixa a faixa, o álbum de Gilberto Gil. Hermano Vianna, Renata Felinto, Fernanda Torres, Regina Silveira, Micheliny Verunschk, assume vivid astro focus (avaf), Patricia Palumbo, Nino Cais, Moreno Veloso, André Vallias, Cláudio Leal, Vânia Mignone, Arnaldo Antunes, Muti Randolph, Lorena Calábria, Marcela Cantuária, Mila Burns e Merepe desvendam a história por trás de cada canção, recontando-a a partir de diferentes linguagens da arte.

 

Levantamentos em arquivos públicos e privados, notícias e imagens da imprensa, depoimentos e curiosidades que vão da partida de Gil para a Europa, em 1969, até o início da circulação do álbum Expresso 2222 no Brasil, estão presentes no livro.

 

AUTORA

Ana Oliveira é organizadora de outros livros-objeto dedicados à MPB, como Tropicália ou Panis et Circencis e Acabou Chorare. Com Gilberto Gil, publicou, em 2015, Disposições Amoráveis.

 

Ficha técnica:

Título: Expresso 2222

Editora: Iyá Omin Edições

Autora: Ana Oliveira

Idioma: Português/Inglês

Número de páginas: 252

ISBN: 978-85-63909-03-9

Capa: Dura

Encadernação: Miolo costurado, capa dura, sobrecapa/pôster e cinta.

Formato: 30 x 30 cm

Ano: 2022

Patrocínio: Urbia

Contato: [email protected]

Feira Literária de Andaraí traz o centenário do escritor Darcy Ribeiro como tema
Foto: Ilustrativa/Pexels

A 3ª Edição da Feira Literária de Andaraí (FLIAN), que acontece entre os dias 22 e 25 de novembro de 2023, celebra o “Povo Brasileiro e o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia: Identidades e Resistências”.

 

Depois da realização de uma Edição totalmente virtual, por conta da Covid-19, no Canal da TV UNEB-Seabra, no YouTube, em 2021, a Feira volta a acontecer presencialmente no município de Andaraí, na Chapada Diamantina.

 

Com lema contínuo “A leitura faz andar o mundo”, desde a sua 1ª Edição, em 2017, a FLIAN objetiva-se promover o fortalecimento da democratização do acesso ao livro, a prática de leitura e a valorização da memória e do patrimônio histórico e cultural da região.

 

PROGRAMAÇÃO

 

A programação conta com conferências, rodas de conversa, lançamentos de livros, oficinas, contação de histórias, mostras de curtas-metragens, visitas guiadas, homenagem e apresentações artísticas das mais diversas linguagens, com acesso gratuito para a população local, regional e de outras localidades.

 

A Flian receberá nomes como Itamar Aguiar, professor Dr. da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), que compõe a Roda de Conversa “Jarê – A identidade do sagrado na Chapada Diamantina”, a professora Dra. Cristina Pina, também da UESB, que mediará a Roda de Conversa “Maju – Negritude, educação e religiosidade nas Lavras Diamantina”. Na oportunidade, a Feira também recebe o superintendente do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-BA), Hermano Fabrício O. Guanais e Queiroz e a Diretora do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC – SECULT), Luciana Mandelli.

 

A programação ainda conta com discussões sobre “Infâncias, Identidades e Resistências”, “Povos Originários na Chapada Diamantina”, “Literatura, Negritude e Feminismo”, “Vozes e corpos dissidentes na poesia contemporânea da Bahia”, “O que dizer sobre Patrimônio”, “Terra e Soberania Popular”, “Vozes e corpos dissidentes na poesia contemporânea da Bahia” e “Heroínas da Liberdade”, dentre outras.

 

A FLIAN também vai promover uma Feira Popular, com produtos da agricultura familiar, da agroecologia e da economia solidária. Fazem parte dessa programação oficinas sobre os saberes e fazeres tradicionais.

 

O público infantil terá A Flianinha, que vai encantar, contagiar e entreter crianças, jovens e adultos com contação de histórias e muitas canções.

 

Para participar da programação e receber as devidas certificações, os interessados deverão acessar o site www.flian.com.br, a partir de quarta-feira (15), para escolher as atividades que desejam participar.

Poeta baiano Vitor Andrade é finalista no concurso do Festival de Poesia de Lisboa
Foto: Divulgação

O poeta e jornalista baiano Vitor Andrade foi nomeado como finalista no concurso do 8º Festival de Poesia de Lisboa (FPL), um evento que celebra a obra "A vida é mais tempo alegre do que triste", em homenagem à escritora Adélia Prado. Sua seleção para integrar a antologia comemorativa do festival foi o primeiro passo, e agora ele se destaca entre os 23 finalistas de um grupo de 152 poetas inscritos.

 

Em Lisboa para participar desse evento literário, Andrade compartilhou sua alegria. “Não podia estar mais grato e confiante e feliz. Já estava realizado com a publicação da poesia no livro do festival, ser finalista é mais um motivo para comemorar”, declarou.

 

Esta é a terceira vez que o poeta baiano tem sua obra publicada em antologias que reúnem poetas diversos. No livro "Poesia Livre 2023," organizado pela Vivara Editora Nacional, ele se destacou entre 250 poetas selecionados de todo o Brasil no concurso literário Novos Poetas. O livro explora a diversidade da poesia livre, com autores de todas as regiões do país contribuindo para uma obra ambiciosa e ousada que celebra o valor da liberdade republicana na expressão poética.

 

No ano passado, Andrade foi selecionado para a publicação "Poesia Agora" da editora paulista Trevo com seu poema "Pós-Tudo". Na apresentação, a equipe da Trevo destacou que os textos eram uma amostra da produção poética brasileira contemporânea, marcada pela diversidade e liberdade expressiva. “O conjunto de poemas demonstra diálogos com diferentes escolas e vertentes artísticas, ao mesmo passo que esclarece novos horizontes imagéticos e temáticos”, definiu o texto de apresentação do livro.

 

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Autor do fenômeno literário “Torto Arado” fala, no STF, sobre herança colonial, escravidão e conflitos agrários
Foto: Reprodução TV Justiça

O escritor baiano Itamar Vieira Júnior, autor do livro “Torto Arado”, um dos maiores sucessos editoriais do país nas últimas décadas, foi o convidado desta segunda-feira (26/06) do projeto “Diálogos com o Supremo”. Na sede do Supremo Tribunal Federal, o escritor, que é funcionário da Funai na Bahia, disse que jamais pensou que um dia falaria no STF na condição de comunicador, e exaltou o papel da Corte como um dos pilares da democracia brasileira. 

 

“A terra é a grande personagem dessa história, e atravessa de maneira incontornável a vida de todas as outras personagens, primeiro porque esta é narrativa ambientada no chão histórico da Chapada Diamantina, um lugar quase mágico situado na vastidão do que é o Brasil. Um território que como tantos outros, foi brutalizado pelo empreendimento colonial e escravista europeu, marcando definitivamente o nosso presente”, disse Itamar Vieira Júnior, ao falar do seu livro. 

 

O romance Torto Arado foi lançado em 2019 no Brasil, e depois de enorme sucesso de vendas e de críticas, com mais de 700 mil exemplares vendidos, já foi traduzido em mais de 20 países. O livro relata a história das irmãs Bibiana e Belonísia, desde a infância à vida adulta. O enredo se passa no interior da Bahia, na Chapada Diamantina, uma região que recebeu um contingente grande de trabalhadores, submetidos a uma situação degradante de trabalho, análoga à escravidão. 

 

“Torto Arado pretendeu ser uma jornada por corpos e territórios de um povo, pretendeu restituir a possibilidade de uma existência maior, muito além dos dogmas e dos paradigmas que nos foram legados desde um tempo tão remoto, mas que ainda ecoam ferozes em nossas vidas”, disse o escritor. 

 

Itamar Vieira Jr, que é doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia, destacou uma frase do livro que, para ele, resume a sua disposição de escrever Torto Arado: “foi cavalgando seu corpo que senti que o passado nunca nos abandona”. Segundo o escritor, essa frase norteia muito da vida em sociedade do povo brasileiro, das nossas sequelas sociais e históricas que, para ele, ainda impactam a vida de toda a população. 

 

“Compreendo que haveria inúmeras razões para escrever o romance, mas se tivesse que eleger apenas uma: meu objetivo era registrar o amor à terra que vi camponeses declararem ao longo dos anos enquanto trabalhava no campo”, afirmou.

 

O autor disse na sua palestra no STF que sua ideia foi situar o romance “Torto Arado” em cerca de 40 anos, a partir de 1960, mas lembrou que as questões sociais apresentadas no livro ainda persistem no País. Para Itamar Vieira Jr., um modelo de estrutura social forjada na época do Brasil Colônia até hoje se manifesta nos conflitos no campo pela posse da terra, na submissão dos povos indígenas, na discriminação de gênero, que oprime as mulheres, entre outras mazelas que, para ele, ainda são relevantes. 

 

“Desde o começo da narrativa, ganhamos a consciência de que os processos históricos do meio em que vivemos atravessam os nossos corpos, e influem na nossa experiência, que é individual, mas que também é coletiva. A escravidão é um evento remoto no tempo, sequer é assunto de conversas entre vizinhos e parentes, mas parece determinante para compreender a nossa formação social atravessada por eventos duradouros e violentos. O tempo me permitiu compreender que as marcas da história estão inscritas nos nossos corpos. Estão nas nossas trajetórias, nos códigos genéticos e ancestrais, e não nos abandonam ainda que este seja o nosso propósito”, relatou o escritor baiano.

Campanha "Viajando pelos Caminhos da Cultura" levará Flipelô para aeroportos do Brasil
Foto: Divulgação

Com objetivo de promover a realização da  Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), que acontecerá de 3 a 9 de agosto, em Salvador, a CCR Aeroportos leva a passageiros de quatro aeroportos do país um quiosque em formato de livro com conteúdo multimídia a partir do dia 21 de junho. 

 

A ação, que acontece em Curitiba, Foz do Iguaçu, Goiânia e São Luís, faz parte da campanha "Viajando pelos Caminhos da Cultura", que tem como objetivo promover o evento para todo o Brasil.

 

Conforme a empresa, a iniciativa foi desenvolvida para apresentar o projeto e as obras dos escritores baianos Jorge Amado e Mãe Stella de Oxóssi, que é a homenageada desta edição da Flipelô. Os passageiros que passarem pelos aeroportos terão, ainda, a oportunidade de explorar o verso do livro interativo, que será um espaço “instagramável”, onde poderão fazer registros fotográficos com elementos representativos da cultura baiana.

 

"Estamos entusiasmados em apoiar a Flipelô como patrocinadores e trazer essa instalação temática para os aeroportos administrados pela CCR Aeroportos. Acreditamos que é fundamental promover a cultura e a literatura, tornando-as acessíveis a todos os brasileiros. Essa ação é mais uma maneira de cumprirmos nosso compromisso com a comunidade e contribuirmos para o enriquecimento cultural do país", declara Josy Tibério, Gerente Executiva de Comunicação da CCR Aeroportos.

 

Confira a programação:

Curitiba: 21/06 a 30/06
Foz do Iguaçu: 04/07 a 13/07
Goiânia: 18/07 a 27/07
São Luís: 3/08 a 13/08

 

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“Um livro para chamar de meu”: conheça projeto de doação de livros para crianças elaborado pela escritora Márcia Mendes
Fotos: Acervo Pessoal

Ao observar a falta de acesso de crianças e adolescentes à literatura, a escritora baiana Márcia Mendes criou o projeto “Um livro para chamar de meu", visando a distribuição de exemplares para o público infantil e juvenil. Atuando com o projeto desde 2017, em Salvador e outros municípios baianos, a escritora - que também é professora da rede pública e mestre em ensino com foco em leitura e escrita - percebeu a carência do acesso aos livros literários atuando em sala de aula.

 

“O projeto foi tecido para responder ao desejo das crianças que não tinham livros em casa. Ao observar o que estava acontecendo, em 2017 escrevi o projeto cujo objetivo, a priori, era a doação de livros novos para crianças que, preferencialmente, não têm livros de literatura em casa. O livro acolhe a criança e a criança acolhe o livro! Para fortalecer essa troca eu conto histórias como estratégia também para mediar a leitura, foco do meu trabalho ao longo da vida profissional até o mestrado”, compartilhou Márcia Mendes em entrevista ao BN Hall. 

 

 

Com a meta de realizar a doação de mil livros novos por ano, o projeto já doou mais de 1.600 exemplares, sendo 701 somente no ano passado. Apesar da proximidade com o universo literário durante a vida adulta, a autora destaca que não teve acesso aos livros durante a infância: “não cresci entre livros, em casa não havia nenhum. Fez falta esse abraço mesmo tendo acesso às histórias contadas”.

 

“O projeto ainda é pequeno, mas já faz diferença para quem nunca abraçou um livro novo. Quando uma criança é estimulada a amar os livros tem a chance de tomar para si os diferentes mundos que habitam nas histórias”, compartilhou Márcia. 

 

 

Autora de livros como “Maria Felipa: Força e Poesia”, “Histórias de lá e de cá”, “Quem é amora?”, "Dandara, cadê você?”, Márcia Mendes também fomenta a doação de livros a partir da venda de seus exemplares. De acordo com a baiana, a cada livro vendido um novo é doado para o projeto. Para auxiliar na arrecadação de livros, a escritora também conta com a colaboração de outros autores, além da parceria com editoras. 

 

“Quem quiser contribuir pode doar livros novos para o projeto, comprar os livros da autora, pois para  cada livro comprado outro livro novo será doado, divulgar o projeto, convidar a idealizadora para participar de palestras, oficinas e contação de histórias”, contou. 

 

 

Márcia ainda revela que participa de festas literárias, encontros em bibliotecas, escolas, oficinas literárias, prosa com a autora, contação de histórias, palestras, curadorias e outras atividades literárias como parte do processo de divulgação do seu trabalho e fomento da literatura infantil. Para conhecer mais acerca do trabalho realizado por Márcia Mendes ou manter contato com a autora, acesse @escritoramarciamendes.

 

 

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Promoção da saúde mental para pessoas negras ganha evidência em novo livro de pesquisadoras
Foto: Divulgação

O índice de suicídio entre jovens negros é 45% maior do que entre brancos, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Na faixa etária de 10 a 29 anos, a probabilidade chega a 50%. Este dado alarmante é apenas um dos indicativos de que a população preta está mais vulnerável aos sofrimentos psicoemocionais. Como então oferecer ferramentas para entender as origens e lidar com essas angústias que representam o limiar entre a vida e a morte de muitos?

 

Para as pesquisadoras na área de saúde mental de pessoas negras e criadoras dos projetos Pra Preto Ler e Pra Preto Psi, Bárbara Borges e Francinai Gomes, a resposta para tratar do problema está na adoção de estratégias de promoção de autoconhecimento e do fortalecimento do senso de comunidade. Elas discorrem sobre esta busca pelo bem-estar no livro Saber de Mim, lançamento da editora Almedina Brasi.

 

Ao adotarem a “escrevivência”, técnica cunhada pela escritora e linguista Conceição Evaristo para definir um estilo de escrita diretamente relacionado às vivências de quem escreve, as autoras conquistam proximidade com o leitor. Essa conexão aparece especialmente quando exploram temas densos que escancaram as feridas causadas pelas inúmeras formas de perpetuação do racismo.

 

A obra tem como ponto de partida a discussão sobre os prejuízos causados pela alienação racial, estabelecida quando o negro não se reconhece como tal para evitar cargas negativas relacionadas às experiências de ser uma pessoa de cor no Brasil. Segundo Bárbara e Francinai, esse processo alienante é incentivado principalmente pela exaltação da política de democracia racial, falsamente difundida no país.

 

As pesquisadoras destacam também o dilema da fraternidade entre negros, que costuma se dar apenas pela dor e sofrimento causados pelos episódios de preconceito que praticamente todos enfrentam. Para elas, é preciso encontrar outros pontos de conexão que permitam criar uma comunidade que experimente a esperança, coragem e união ao invés da humilhação, vergonha e tristeza.

 

O livro coloca em evidência situações que afligem especificamente pretos e pretas, como o fardo de representar toda a sua raça em cada ação e fala, justamente porque muitas vezes são sujeitos únicos nos lugares que ocupam, seja no ambiente profissional ou na convivência social. Esta imposição é experimentada desde a infância e produz adultos imersos em autocobranças, que dificilmente praticam a auto generosidade e autodeterminação.

 

Outro ponto de tensão que também produz sofrimento para os negros é a “obrigação” de ocupar espaços historicamente negados pelo legado colonial brasileiro. Apesar de extremamente importante, este movimento implica na perda da autonomia para estabelecer propósitos individuais e reconstruir o senso de comunidade. E mesmo no “topo”, ainda é preciso enfrentar as violências que se renovam e nem sempre são facilmente reconhecíveis.

 

No processo para elucidar as origens do desalento mental desta população, Bárbara e Francinai analisam os impactos negativos da romantização do amor e dos relacionamentos. Isso porque a ideia que temos hoje de romance foi construída por meio de um viés de branquitude: coloca os corpos negros no lugar de “não-desejados” ou “não-ideais” e aponta as pessoas brancas como o padrão a ser desejado sexual e romanticamente.

 

Saber de Mim faz ainda uma crítica à maneira como a saúde mental de negros e negras é tratada em clínicas e consultórios. As pesquisadoras defendem que a suposta neutralidade da escuta em psicologia reproduz violência e silenciamento. Para elas, é incabível que profissionais da área mantenham o posicionamento de que “sofrimento não escolhe raça” porque o pertencimento racial é fundamental para a estrutura da subjetividade, linguagem e posição no setting terapêutico.

FlicaTok: Festa Literária de Cachoeira faz edição virtual voltada para a geração Z
Adriel Bispo é um dos convidados | Foto: Reprodução / Instagram

A tradicional Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) realiza uma edição especial voltada para a geração Z, nos dias 13 e 14 de novembro, com transmissão pela internet. 

 

A iniciativa, que recebeu o nome de FlicaTok, visa aproveitar a força do ambiente online entre o público nascido entre 1996 e 2010 para promover a literatura. Para isto, o evento terá bate-papos com dez BookTokers - jovens influenciadores digitais que falam sobre literatura no TikTok - conhecidos da geração Z.

 

Amanda Quesia, Adriel Bispo (saiba mais), Jonas Gabriel, Mariana Vitória, Morgana Lobo, Patrick Torres, Pedro Rhuas, Roger Ferreira, Ruane Jesus e Tiago Valente participam desta edição. Os convidados também criarão conteúdos em suas contas do TikTok para falar sobre o evento. 

 

Apesar de virtual, a FlicaTok terá suas ações em Cachoeira, com transmissão pela internet. “Todos bate-papos serão realizados em locais de destaque da cidade, mas também reunimos um time de artistas locais que vão apresentar poesias, performances e músicas entre um diálogo e outro. A essência do Recôncavo Baiano estará impressa a partir dos seus largos, praças, igrejas e dos criadores de conteúdo da região”, explica o sócio da produtora Cali e coordenador geral da Flica , Jomar Lima. 

 

O Cine-Theatro, a Igreja da Ajuda e a Praça da Aclamação são alguns dos locais de onde a Flicatok será transmitida.  

 

SERVIÇO 
O QUÊ:
Flica 2021 - Edição especial FlicaTok 
QUANDO: 13 e 14 de novembro de 2021, a partir das 14h 
ONDE: Redes sociais da Flica – canal do Youtube, Instagram e Facebook 
VALOR: Grátis

Após Saraiva e Cultura fecharem, Livraria Leitura vai inaugurar 3 lojas em Salvador
Foto: Divulgação

Depois que a capital baiana perdeu a Saraiva e a Cultura, duas gigantes do mercado editorial, a Livraria Leitura anunciou que irá inaugurar mais três lojas em Salvador, ainda no segundo semestre de 2021.

 

As novas unidades estão previstas para funcionar nos shoppings Paralela, Salvador e Shopping da Bahia. Segundo a assessoria da rede, além do vasto estoque de títulos, todas as lojas irão comercializar também materiais de papelaria, escritório e presentes, itens voltados para a área geek e suprimentos de informática.

E-book 'Quem eu sou no mundo' reúne textos de alunos de escolas públicas da Bahia
Foto: Divulgação

Composto por 31 textos produzidos por 24 estudantes de 14 a 18h, provenientes de escolas públicas da Bahia, o e-book “Quem eu sou no mundo - Coletânea de poemas e contos” será lançado nesta terça-feira (29), a partir das 20h, em live no Youtube.

 

Participam da obra, jovens de 18 municípios baianos, exemplo de Salvador, Feira de Santana, Maragogipe, Valença, Vitória da Conquista e Cruz das Almas. Eles foram selecionados no concurso “Quem eu sou no mundo”, realizado durante a I Festa Literária Internacional VivaLivro – Literatura como Acolhimento, que aconteceu em março deste ano. O livro é uma  realização da Solisluna Editora e do Instituto Emília.

 


SERVIÇO
O QUÊ:
Live de lançamento do ebook 'Quem eu sou no mundo - Coletânea de poemas e contos'
QUANDO: Terça-feira (29 de junho), às 20h
ONDE: Canal da Festa Viva Livro no YouTube /festavivalivro
VALOR: Grátis

Inspirado em doença, baiano conta história de mago cujo poder pode levar à autodestruição
Foto: Divulgação

Cinco anos depois de escrever uma obra sobre apocalipse zumbi ambientada na cidade onde mora, Feira de Santana, e inspirada nas vivências durante o curso de Direito, o soteropolitano Flavio Fernandes, de 34 anos, publicou recentemente seu terceiro livro, “Contos de Awnya: Ravel”, que integra a série de fantasia medieval e narra a saga de um mago cujos poderes podem levar à própria morte. 

 

Como na estreia literária, a nova publicação também foi pautada em uma experiência pessoal: a descoberta de uma doença autoimune, a policondrite recidivante. “Cada obra, querendo ou não, sai um pedacinho da gente. Então, esse mesmo de apocalipse zumbi, você pode pensar ‘nossa, o que tem a ver com a realidade?’, mas ele foi escrito no momento que eu fazia faculdade na UEFS, então, teve inspiração na minha vivência de universidade, conflitos. O segundo já não foi tão conectado à minha realidade atual, já o Ravel, teve uma inspiração mais forte”, explica o baiano, que decidiu abandonar a carreira jurídica e se dedicar mais à literatura, conciliando a escrita com uma carga menor de trabalho em um banco para complementar a renda familiar. 

 

O diagnóstico da policondrite veio em 2018, depois de um largo caminho de incertezas e medos que serviram como reflexão, compartilhada agora de forma lúdica através da literatura. “Foi uma experiência bem traumática, porque é uma doença rara, no começo questionavam muito se era chikungunya, dengue, porque atacava as articulações, eu andava curvado, ia e voltava de médico e ninguém sabia o que era, não melhorava. Até que eu me internei no São Rafael e aí descobriram que é a policondrite e iniciei o tratamento”, conta Flavio, que classificou como “desesperadora” a experiência de buscar ajuda médica e não ter respostas. “É de entrar em pânico, foi quase um mês sem saber o que era, com dores”, lembra. 

 


Flavio durante lançamento de seu primeiro livro, "Sangue Entre os Dedos" | Foto: Divulgação

 

Depois de um ano com a doença, o escritor aprendeu a lidar com ela e percebeu que as crises estavam muito vinculadas ao seu estado emocional. “Se eu não estou bem, estou estressado, estou ruim, ela ataca. Isso me fez ter um estalo, pensando em como nossa cabeça pode fazer tão bem, mas tão mal pra gente. Pode nos puxar tão pra baixo e nos causar um problema tão grave. Então eu pensei: ‘quem é o personagem da fantasia que usa bastante a mente?’. O mago! Aí eu comecei a trabalhar nisso e aí discorri na história. E qual é o problema dele? Magia, que é a sua maior habilidade”, detalha o baiano, sobre o processo de composição do protagonista de seu novo livro. “A história de Ravel é justamente uma jornada de autoconhecimento, é ele entender porque a magia, que é algo que faz tão bem a ele, estava lhe prejudicando”, resume o autor, que busca sensibilizar o público a perceber que o poder da mente tanto é capaz de operar coisas positivas, quanto causar a autodestruição. “Nestes anos com a doença autoimune eu percebi como ela está ligada ao estado psíquico, se você está nervoso ela ataca. E isso pode influenciar direto a mim por ter a doença autoimune, mas pra quem não tem, também tem um reflexo”, pontua.

 

O autor conta que a narrativa foi construída com base no artifício literário chamado de “ticking clock”, no qual o enredo se desenrola contra o relógio, que, no caso do mago, corre para a morte. “Os sintomas dele vão piorando, e aí o leitor fica sem saber se ele vai morrer, se não vai”, explica Flavio, revelando que a saga de Ravel segue a mesma cronologia das manifestações clínicas de sua doença. “Ele começa o livro com uns sintomas de articulações, depois vão evoluindo para dores na traquéia, dores no esterno, que podem chegar ao coração, inutilizar uma válvula e ele morrer”, detalha o escritor baiano, lembrando que tais fenômenos são reais e podem acontecer na policondrite. “Os sintomas físicos e os medos de Ravel são os mesmos meus”, declara. 

 

Assim como o próprio Flavio, o protagonista desta aventura medieval se vê refém dos poderes da mente, e, em meio à crise, descobre uma possível solução para sua condição. No caminho para o vencer a morte, entretanto, o talentoso mago se depara com muita ação, magia, criaturas míticas e cenários que vão desde florestas, passando por um vasto oceano, até um deserto de areias escaldantes.

 

PRÓXIMO TRABALHO
Enquanto as dores físicas e emocionais impulsionaram a escrita de “Ravel”, o próximo livro de Flavio Fernandes será inspirado na paternidade. Pai de Arthur, de dois anos, o autor baiano conta que pretende explorar o tema família em sua nova obra, dentro da saga medieval “Contos de Awnya”. “Eu vou continuar trabalhando muito com a cabeça, mas dessa vez eu quero falar sobre família, sobre a valorização de quem está perto da gente, que a gente ama e acaba não dizendo. A gente acaba dizendo que ama pra uma pessoa mais distante, mas pra quem está do lado da gente a gente não fala. Então, o próximo tema vai ser em fantasia, mas com esse tema”, conta.

Paulo Leminski abre o projeto 'Diálogos Atlânticos' no Gabinete Português de Leitura
Foto: Reprodução / Mundo Lusíada

O Gabinete Português de Leitura da Bahia e o jornal Sinal Aberto abrem nesta quinta-feira (27), a série “Diálogos Atlânticos”, uma roda de conversas virtuais sobre autores e obras literárias da língua portuguesa. Neste primeiro encontro, Paulo Leminski e o seu livro “Catatau” serão analisados por especialistas brasileiros e portugueses. A transmissão será exibida às 18h no Brasil e às 22h em Portugal, pelo canal do YouTube do Gabinete Português de Leitura da Bahia.

 

A conversa será moderada pelo professor Sandro Ornellas, do Instituto de Letras da Ufba e tem o professor Osvaldo Silvestre como provocador do debate. Os convidados do bate papo são o professor Pedro Serra e o escritor Breno Fernandes.

 

"Nossa ideia é fazer de novo o Gabinete Português de Leitura um protagonista na movimentação cultural em nosso estado. E essa iniciativa que promove debates literários com amigos de Portugal e da África é um dos nossos primeiros projetos", explica Flávio Novaes, diretor de Cultura do Gabinete Português de Leitura.

 

Os diálogos terão mais cinco edições, distribuídas nos meses de junho, julho, setembro, outubro e novembro. A proposta é trazer uma análise das obras a partir da perspectiva do “estrangeiro”, brasileiros analisam obras e autores portugueses, enquanto portugueses discorrem sobre livros e autores brasileiros. Neste contexto, há também espaço para os autores moçambicanos Luís Bernardo Honwana e Paulina Chiziane, contemplados em julho e em setembro, respectivamente.

 

SERVIÇO
O QUÊ: Projeto Diálogos Atlânticos
QUANDO: 27 maio, 18h no Brasil e 22h em Portugal
ONDE: Canal do YouTube do Gabinete Português de Leitura da Bahia
VALOR: Gratuito

Natalie Portman será protagonista de filme da HBO inspirado em livro de Elena Ferrante
Foto: Reprodução / Instagram

A atriz Natalie Portman será protagonista de um filme da HBO inspirado em “Dia de Abandono”, um dos livros da escritora italiana Elena Ferrante. Segundo informações da Variety, além de atuar, a artista ainda assinará a produção do longa.

 

Esta não é a primeira adaptação da obra literária para o cinema, já que em 2005 foi lançado um filme homônimo, dirigido por Roberto Faenza. O longa da HBO, no entanto, está ainda em fase de pré-produção. Segundo a Folha de S. Paulo, a cineasta americana Maggie Betts assinará roteiro e direção.

 

A obra original da escritora italiana narra a história de Olga, uma mulher que lida com conflitos e incertezas após ser abandonada pelo marido, depois de 15 anos de casamento. O drama da protagonista se intensifica ao perceber que enquanto o esposo construiu uma carreira ao longo dos anos, ela cabaou desistindo de trabalhar com literatura.

Carlos Navarro lança seu terceiro livro: 'Goroba e os amores errantes'
Foto: Reprodução

No isolamento social, o jornalista baiano Carlos Navarro Filho escreveu o "Goroba e os amores errantes", a sequência do primeiro "Goroba", um livro de contos lançado em 2015 cuja história principal dava título à obra. 

 

"Goroba e os amores errantes" é uma história real do irmão mais novo do autor, transformada em uma novela de um herói anti-herói, astucioso, um anarquista que era contra regras e governos, um dentista competentíssimo, e não menos talentoso na arte de caçar perdiz e codorna. 

 

Safado com as mulheres, o personagem sabia como conquista-las e mantê-las enrabichadas  enquanto ele aprontava todas na boemia e nos meretrícios do sertão baiano. Paradoxalmente as respeitava religiosamente e jamais ofendeu mulher.

 

A capa é uma ilustração do também jornalista, músico e artista plástico Borega. O prefácio ficou por conta de Elieser Cesar, jornalista e escritor, que destacou o DNA Amadiano do personagem principal da obra, fazendo referência às semelhanças com Vadinho de "Dona Flor e seus Dois Maridos" e, Quincas Berro D´água de "A Morte de Quincas Berro D´água", obras de Jorge Amado.

 

Carlos Navarro Filho além de escritor é um experiente jornalista que chefiou por quase 30 anos a sucursal do jornal O Estado de S. Paulo em Salvador e foi diretor regional do Grupo Estado no Nordeste. Recebeu os prêmios Esso de Jornalismo, com trabalho em equipe pelo Estadão, em 1976, Rondon (1971), Orixás (1974), Meio Ambiente de Reportagem 1990. Navarro também é autor do romance "Boquira", lançado em 2017.

ALB e ABI promovem I Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura
Foto: Divulgação / ABI

As confluências entre literatura e jornalismo serão debatidas durante o I Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura, evento promovido por meio de uma parceria entre a Academia de Letras da Bahia (ALB) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O evento será online e transmitido pelo canal do YouTube da ALB, nos dias 7, 8 e 9 de abril, das 18h às 20h.

 

“O Simpósio inaugura um esforço de aproximação entre duas entidades historicamente comprometidas com a promoção de cultura e da liberdade, e propõe reflexões importantes sobre os reflexos da conjuntura na vida de quem escreve, seja a escrita jornalística ou literária”, destaca o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI. No dia 7, ao lado do professor, antropólogo e atual presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra, ele realizará a abertura do evento. Na sequência, terá início a mesa “Limites da liberdade de expressão e direitos hoje, no Brasil”. 

 

A Mesa I terá participação do jornalista, escritor, e ex-professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA), Emiliano José, do professor-titular de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Muniz Sodré, e do professor-titular de teoria da comunicação da Facom/UFBA, Wilson Gomes. A mediação ficará com Jussara Maia, pesquisadora e professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). 

 

“Tenho certeza de que vai ser um dos eventos mais importantes do nosso ano cultural. Em primeiro lugar, porque ele consagra a aliança entre essas duas instituições. Em segundo lugar, porque consagra um tema dos mais sérios, a liberdade de imprensa, o valor da produção literária que os veículos de imprensa transmitem para o povo”, ressalta o presidente da ALB, professor Ordep Serra.

 

Segundo o acadêmico, “a história da literatura baiana e brasileira é uma história que envolve a produção de extraordinários jornalistas”. Ele destacou, por outro lado, o feedback contrário. “Nossa literatura penetra nos jornais e volta deles para nós, escritores. Isso é importante no presente momento em que vemos tentativas de retorno a censura e não só tentativas, atos brutais de censura ameaçando os escritores, por isso convido a todos a participar desse Simpósio”, completa o gestor. 

 

A segunda mesa, programada para o dia 8 de abril, conta com a presença do jornalista e vice-presidente da Assembleia Geral da ABI e professor do curso de Jonalismo da UFRB, Sérgio Mattos, da jornalista e professora da Faculdade de Comunicação da UFBA, Malu Fontes, e da escritora Kátia Borges. O tema será “O espaço e conteúdos de cultura nos jornais, televisão, rádio e plataformas digitais”, com mediação da diretora do departamento de divulgação da ABI, a jornalista Simone Ribeiro. 

 

A mesa III, “Jornalismo e Literatura: interfaces”, terá participações do escritor Antônio Torres, escritor, jornalista, membro da ALB e da Academia Brasileira de Letras (ABL), da jornalista e escritora Aline D´Eça e do doutor em ciências da comunicação Edvaldo Pereira Lima. A jornalista e escritora Suzana Varjão assumirá a mediação.

Telinha Literária faz primeira edição com exibição de espetáculo e bate-papo 
Foto: Nathalia Miranda / Divulgação

Idealizado pelo Atelier Artístico Chegança, com o objetivo de fomentar o acesso e divulgação da literatura baiana infantil, o projeto Telinha Literária faz sua primeira edição a partir de 3 de abril, em plataforma digital.

 

A abertura acontece com a exibição da segunda temporada virtual do espetáculo “Histórias do Mundão”, pelo canal do Youtube do Atelier Chegança, nos dias 3, 4, 9 e 10 de abril, sempre às 17h. Com roteiro de Daniel Arcades, Ana Tereza Mendes e Manu Santiago, a narrativa traz a vivência pessoal e profissional do trio, oriundo de diferentes cidades da Bahia. 

 

O evento contará ainda com debates sobre a literatura infantil no estado, com o Telinha Literária Convida. Os bate-papos terão a participação de Gabriela Monteiro, Luiza Meireles, Ana Fátima Santos e Cássia Valle e serão transmitidos pelo Instagram do Atelier Chegança, de 7 a 10 de abril, sempre às 19h.

Festival e Editora Kitembo abrem inscrições para obras afro-brasileiras
Foto: Divulgação

Em parceria, o Festival de Literaturas Negras e a Editora Kitembo abriram inscrições para autores negros interessados em publicar obras afro-brasileiras. A iniciativa receberá, até o dia 31 de março, originais para uma publicação dupla de novelas e romances com 30 mil a 50 mil caracteres. Para se inscrever é preciso preencher formulário online (clique aqui).

 

São elementos avaliados como importantes para a participação a presença e protagonismo negro, a criatividade na construção dos cenários, a valorização das referências históricas e culturais das comunidades africanas e afrobrasileiras e a ausência de estereótipos e linguagem racista. 

Festa Literária Internacional terá nomes como Ailton Krenak e Bel Santos Mayer
Foto: Reprodução / Wikimedia

A "Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento" acontece de 24 a 27 de março, de maneira totalmente online e gratuita. A programação completa, sob a curadoria de Valéria Pergentino e de Dolores Prades, trará nomes como Goya Lopes, a educadora Maria Isabel Gonçalves, a pedagoga Cybele Amado (diretora do Instituto Anísio Teixeira); o pedagogo e escritor José Eduardo Ferreira Santos (Acervo da Laje) e o pensador, escritor e líder indígena Ailton Krenak.

 

Organizado pela Solisluna Design Editora, em parceria com o Instituto Emília, o projeto tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

 

Entre os objetivos do evento estão promover a leitura de obras literárias que abordam temas como migração, diversidade cultural, identidade e outras histórias escritas sobre diferenças, bem como divulgar livros e autores que tratam das questões-chave de visibilidade. 

 

“A Festa Literária VivaLivro nasce da vontade de qualificar as experiências de leitura como espaços para pensar a condição humana e do desejo de criar um lugar de aprendizagem, reflexão e acolhimento de todas as diversidades. É um evento produzido aqui na Bahia, com a marca do nosso povo, mas que abarca sentimentos do mundo todo”, destaca Valéria Pergentino. Dolores Prades completa: “Tem também a questão da formação de leitores críticos, ‘desobedientes’  - como diz Graciela Montes, no livro ‘Buscar Indícios, Construir Sentidos’ -, capazes de saber qual é o seu lugar no mundo. E é isso o que a gente pretende discutir na programação".  

 

Durante quatro dias serão realizadas conversas literárias, oficinas, contação de histórias e lançamentos de livros. Além dos nomes já citados, estão entre os convidados os representantes baianos o nome da professora e escritora Bárbara Carine (Escola Afro-Brasileira Maria Felipa); a psicóloga Claudia Mascarenhas, a jornalista Mira Silva; a cantora e instrumentista Mariana Caribé; a escritora e blogueira Emília Nuñez; e a pedagoga  e escritora Helena Nascimento. Também participam do evento a pedagoga Tereza Cristina Rodrigues Villela (SP); a psicóloga, produtora cultural e escritora Neide Almeida (SP); a coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC-SP), Bel Santos Mayer; a artista plástica e consultora nas áreas de educação e artes, Stela Barbieri (SP); a jornalista e professora Rosane Borges (SP); e o educador, escritor, jornalista, documentarista e etnomúsico Délcio Teobaldo (MG).  

 

Entre os nomes internacionais estão a peruana Issa Watanabe, ilustradora do premiado livro 'Migrantes'; a escritora chilena Sara Bertrand, vencedora do New Horizons Award Raggazi Bologna (2017), com 'A Mulher da Guarda'; o economista equatoriano Alberto Acosta; o escritor e ilustrador argentino radicado na Espanha, Gusti Rosemfet, que em 2016 recebeu o “Bologna Ragazzi Award”, pelo livro 'Mallko y Papá', ganhador na categoria de livros sobre deficiências; e o escritor ganês Ousman Umar, um dos nomes mais representativos da atual literatura africana. 

Livro infantojuvenil apresenta metalinguagem que incentiva a escrita ficcional
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Mais do que construir uma narrativa que atraia o público infantojuvenil para o mundo da literatura, "A Casa da Chácara" traz uma outra abordagem sobre a escrita ficcional, uma metalinguagem que incentiva a produção textual para os jovens em período escolar.

 

Escrito por Márcio Rabelo, que é professor Língua Portuguesa e mestre em Letras, o livro apresenta dois narradores que contam toda a história. Um deles é Jurena, a própria protagonista da obra. 

 

O outro é o Narrador – sim, com o “N” maiúsculo, um narrador comum que ganha personalidade e interage com o leitor. É em meio aos acontecimentos da história que o Narrador explica sobre construção de personagem, elementos de uma narrativa, enredo, clímax... 

 

Já Jurena é quem conta a história da chácara que dá título à obra. É lá que mora uma solitária senhora de 70 anos com várias árvores frutíferas que atraem a atenção da menina e do seu melhor amigo, Davizinho.

 

O interesse dos dois pela chácara é justamente pela animosidade da vizinha: ninguém pode entrar lá. Em uma das invasões secretas dos amigos, eles acabam por desconfiar que existe um prisioneiro, supostamente o ex-marido da senhora, que todos julgavam morto. Intrigados com esse mistério, criam uma estratégia para desvendar o enigma e salvar o suposto prisioneiro.

Festa Literária Internacional da Praia do Forte 2021 acontece de maneira virtual
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A Festa Literária Internacional da Praia do Forte (FLIPF) vai reunir, entre os dias 24 a 28 de fevereiro, autores consagrados e novos talentos da literatura nacional e internacional. Realizado de maneira totalmente virtual, o evento vai contar com mesas temáticas, apresentações artísticas, lançamentos de livros, saraus, contações de histórias, atividades infantis, oficinas diversas e feira virtual de livros.

 

Esta é a segunda edição da FLIPF. Este ano a festa tem a curadoria do escritor e pesquisador Braulio Tavares. Ao todo, dez mesas temáticas envolvendo escritores, pensadores, ilustradores, editores, com enfoque principal na literatura, fomentando a capacidade de discernimento, de reflexão e de criatividade em todo o público interessado. Já os lançamentos de livros, segundo a organização do evento, serão uma oportunidade para os autores divulgarem seus trabalhos, contar um pouco de suas histórias e suas inspirações.

 

Nesta edição, os espaços virtuais que serão exibidos através do canal da FLIPF no YouTube, além das mesas literárias, as programações paralelas, alcançarão o público onde eles estiverem ampliando ainda mais o acesso aos conteúdos e apresentações. As atividades serão intercaladas com conteúdos sobre a Praia do Forte.

 

Serão cerca de 50 horas de programação e mais de 100 atividades com 10 mesas literárias, 40 lançamentos de livros e conversas com autores, 05 saraus literários e batalha de Slam. Apresentações artísticas de música, artes cênicas e manifestações culturais. Para as crianças, contações de histórias, apresentações artísticas, bate-papos com autores. Também foram programadas oficinas de escrita criativa, produção gráfica e de poesia.

Autor baiano lança 'auto ficção' que debate o sacerdócio e romance sobre dona de bordel
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Baiano de Boa Novo, localizado na região centro-sul do estado, Pedro Freire Botelho faz sua estreia na literatura com duas obras inéditas, com lançamento previsto para fevereiro. Apesar de saírem ao mesmo tempo, as obras têm enredos diferentes e foram escritas em momentos distintos.

 

Escrito em primeira pessoa, “Atiraste uma pedra” é um romance intimista que relata os obstáculos de um jovem que aspira o sacerdócio e ao mesmo tempo deseja viver plenamente um amor. 

 

Ao longo da história, o leitor conhece as crises existenciais do protagonista ao entrar no Seminário, já que ele faz questionamentos sobre temas como descoberta da sexualidade, amor, intolerância religiosa e conflitos familiares. 

 

Segundo o autor, que deixou o seminário católico no ano 2000, ele se “submerge na auto ficção para criar um jogo inquietante sobre a descoberta da vida” em “Atiraste uma pedra”.

 

Já no segundo livro, “Quero o Valentim, meu bem”, Pedro Freire Botelho escreve sobre Teodora, uma senhora que vive sozinha em sua terra natal, Valentim, Boa Nova, no interior da Bahia. A personagem convive com memórias de um passado turbulento marcado em seu próprio corpo e nas paredes de casa, um bordel sem amor, que segundo o autor  “esconde os gritos de prazer e a violência machista num jogo de espelhos onde é impossível estabelecer em que tempo estamos”.

 

Imersa no passado cheio de “fantasmas”, Teodora tem a rotina modificada com a chegada do neto, Murilo, que passou a morar com ela. Juntos, eles tentam construir uma relação familiar diante dos ressentimentos e lutam para não perder a casa.

 

Nascido em Lagoão-Valentim, Boa Nova, Pedro Freire Botelho deixou o Seminário, onde estudou Filosofia, em 2000. Ele cursou História e fez pós-graduação em Antropologia na Uesb; fez mestrado em Cultura e Memória na Uneb, e atualmente é professor, escritor e produtor cultural. Em 2020 foi premiado no concurso Jorge Portugal com o texto de dramaturgia “Eu vejo suas cores verdadeiras”.

Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil reúne autores e leitores em formato digital
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Acontece entre os dias 30 de março a 1º de abril, das 9h às 19h, a primeira edição da Arte e Identidade - Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil. Realizado em formato totalmente digital, o evento busca promover e incentivar a literatura negra desde a infância.

 

A festa literária promoverá a difusão da literatura e da leitura infantojuvenil, com obras com protagonismo negro, e bate papos acerca da formação da identidade e desenvolvimento da autoestima da criança e adolescente negro.

 

As atividades são gratuitas e vão participar escritores, artistas, educadores, pais, crianças e adolescentes. Todo o acesso será por meio das redes sociais e do canal do YouTube.

 

Com tradução simultânea em libras, o evento on-line, contará com rodas de conversa e mesas literárias, contação de histórias, atividades lúdicas, apresentações culturais de artes integradas, oficinas, encontro com autor, lançamento de livros e feira de livros e brinquedos afirmativos.

 

A Festa de Arte e Literatura Negra InfantoJuvenil deste ano tem a produção executiva de Cris Santana e a curadoria de Mazé Lúcio, Cássia Valle e Carol Adesewa.

'Literogames' propõe diálogo entre o universo dos jogos e a literatura
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Entre os dias 29 e 31 de janeiro, a primeira edição da Literogames vai misturar o universo da literatura e dos games. Nestes dias, estão programados três workshops. Um ensinará a narrar para os jogos, o outro como criar sentidos quando se estiver narrando e o terceiro trará o nordeste para o game. 

 

A Literogames é um evento imersivo e totalmente online. As inscrições são gratuitas e limitadas e podem ser feitas pelo site. Ao todo serão mais de 50 convidados, divididos em três dias (37 horas de evento), com 21 transmissões e 15 mesas de jogos com inscrições antecipadas. 

 

Entre painéis e workshops virtuais o evento conta com a presença de Jaime Daniel Cancela nos dois primeiros dias do evento. O criador do projeto O Metagamer, no dia 29, a partir das 11 horas apresenta o Workshop “Aventuras instantâneas - criando histórias para agora!”.

 

No dia 30, às 9 horas, Jaime Daniel segue com seu segundo workshop do evento “Cenas & Cenários: Desenvolvendo com todos sentidos, jogos de RPG” em que serão apresentadas ideias de como usar todos os sentidos naturais (ou sobrenaturais) em narrativas de RPG.

 

Diego Azevedo e Silvani Neri apresentam no dia 31, às 9 horas o workshop “Criação de Histórias: Entre o Sertão e o Mar”. 

Livro aborda a negritude e a infância a partir das memórias de um nome curioso: 'Catrapissu'
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"Catrapissu" é um nome que à primeira vista parece curioso. Sem significado definido nos dicionários de língua portuguesa, seja Aurélio ou Houaiss, ele foi escolhido pela escritora e museóloga Joana Flores como o título para o seu mais novo livro, lançado no último dia 20 de dezembro. 

 

Na obra, dedicada ao público infantojuvenil, a expressão toma forma e define o apelido da protagonista. O que acontece depois disso é o que norteia a narrativa central do escrito, que fala sobre questões como ser uma criança negra e querer ser identificada para ser lembrada da maneira como ela é. 

 

"'Catrapissu' é o apelido que uma menina recebeu de seu tio. Foi o nome que ela procurou o tempo inteiro. Enquanto o tio dela existia, ela procurou saber o que era. Esse não era o nome dela, mas o apelido que o tio sempre a chamou", comenta a autora Joana Flores ao falar sobre ter se inspirado em uma história real para escrever a obra.

 


Joana tem mais 2 livros publicados | Foto: Reprodução/Instagram

 

Este é o quarto livro que Joana escreve. O primeiro, com 13 anos, jamais foi publicado e acabou se perdendo em uma das mudanças que fez durante a vida, mas em 2010 publicou o também infantojuvenil "O dia em que as crianças salvaram a Terra", em co-autoria com Cristina Melo. No ano de 2017, ela colocou a mão na massa e pôs nas bancas o acadêmico "Mulheres Negras e Museus de Salvador: Diálogo em Branco e Preto", em que traz para as páginas sua experiência acadêmica e profissional com a memória, a questão racial e os museus.

 

"O primeiro tratava da relação com a natureza e colocava a história de um mundo - que parece até com o que está acontecendo hoje - onde precisavam que as pessoas se unissem em prol do bem maior. Já a relação com mulheres negras em 'Diálogo em Branco e Preto' é a da memória. 'Catrapissu' tem essa questão da memória a partir dessa narrativa que existiu. Ele faz uma relação com os outros dois livros anteriores quando trata de gênero, de pessoas, de raça e identidade", justifica a autora, que tem outros escritos acadêmicos em coletâneas.

 

A tarefa de escrever para o público infantojuvenil, explica Flores, fez com que em "Catrapissu" ela pusesse em prática um lado ainda não visto anteriormente, o da poesia.

 

Ainda sobre o título e o apelido da menina, ela brinca. "Ela realmente existiu. E quem sabe Catrapissu não foi eu? Pode ter sido minha irmã consanguínea ou da irmandade negra. Ela traz uma aproximação muito grande com o universo infantil de uma menina negra", afirma.

 

"Mas tem uma característica que eu acho bacana enfatizar. É que mesmo a criança negra da periferia, com todas as mazelas que sofremos, ainda assim conseguimos construir um universo colorido", destaca Joana ao dissertar sobre o lado lúdico que o livro traz com suas imagens e cores. O projeto gráfico é de autoria de Jonhy Karlo e Alan Alves.

 

"Catrapissu" também ganhou uma música que ainda deverá ser disponibilizada nas plataformas digitais. Os interessados em adquirir o livro poderão fazê-lo através do site (clique aqui).

Professor da UFSB lança livro 'O infindável museu das coisas efêmeras' em live
Fotos: Divulgação

Mineiro radicado na Bahia, o poeta, contista, dramaturgo e professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Éder Rodrigues, lança seu novo livro, “O infindável museu das coisas efêmeras”, em uma live realizada neste sábado (12), com transmissão no Instagram da editora Telucazu, a partir das 19h30. A obra está à venda online por R$ 39 (clique aqui).

 

Segundo André Kondo, editor da obra,  o autor “conseguiu compor um acervo que salvaguarda não apenas a nossa história, mas, sobretudo, revela a extraordinária vida que nunca nos foi contada, porque, antes deste museu, não sabíamos que a tínhamos vivido”. Para Kondo, o livro leva o leitor “a enxergar o todo, a descobrir que somos inteiros, mesmo quando em cacos. O livro faz isso, tem a capacidade de nos reconstruir, com todos os artefatos de nossa até então extinta civilização”.

 

Com carreira literária de mais de 15 anos, Éder Rodrigues já foi laureado com os prêmios Josué Guimarães de Literatura (2009), o OFF FLIP de Literatura (2017 e 2014), o Prêmio Carlos Drummond de Andrade de Poesia SESC/DF (2011 e 2010), o FEMUP e o Prêmio Funarte de Criação Literária (2014 e 2010).

 

Rodrigues integra inúmeras antologias e também se dedica à literatura infantojuvenil, tendo cinco obras publicadas nesse segmento, além de coordenar projetos culturais de cunho literário e no âmbito das artes performáticas.

 

Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais, graduou-se na Faculdade de Belas Artes da UFMG. Atualmente é prof. Adjunto do Centro de Formação em Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Romance resgata a história da ferrovia entre a Bahia e Minas Gerais
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O jornalista e escritor João Roberto Laque está lançando o livro "Marina, as Marias e o Mar". A obra usa das peripécias amorosas da adolescente Marina para contar a história da Ferrovia Bahia&Minas e traçar um panorama do cotidiano nas cidades do extremos-sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais nos anos 1950 e 1960.

 

Inspirado na música "Ponta de Areia", de Milton Nascimento e Fernando Brant, o livro oferece fascinantes viagens pelo trajeto do trem que por 85 anos ligou Minas Gerais ao mar da Bahia.

 

Laque, que também é autor de "Pedro e os Lobos – Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro Urbano" ? livro-reportagem finalista do prêmio Jabuti 2010 ? fala da importância de se resgatar a história da famosa Ferrovia:

 

“Existe hoje um movimento pela volta dos trens de passageiros no Brasil e, mais especificamente, pela ressureição da Bahia&Minas. Afinal, quando esta estrada de ferro foi extinta pelo governo militar em 1966, muitas cidades ao longo de seus 578 quilômetros ficaram estagnadas e permanecem assim até hoje.

 

Além de abordar a ferrovia, o romance traz alguns temas pouco abordado pela historiografia baiana. “Na minha narrativa estão também a batalha entre os Pataxós e os pescadores da Ponta de Corumbau ocorrida em julho de 1951 e o naufrágio do luxuoso paquete italiano Principessa Mafalda nas águas do arquipélago de Abrolhos, em 1937, onde morreram quase trezentas pessoas num dos maiores acidentes náuticos do mundo na época.

Indicado ao Jabuti, astrofísico baiano mira nas estrelas para democratizar a ciência
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Inspirado nas estrelas e apoiado no desejo de humanizar a ciência, o professor baiano Alan Alves Brito é um dos autores do livro “Astrofísica para a Educação Básica: A Origem dos Elementos Químicos no Universo”, um dos finalistas da 62ª edição do Prêmio Jabuti, na categoria “Ciências” (clique aqui). A obra foi escrita em parceria com Neusa Teresinha Massoni, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, onde ele também leciona, desde 2014.

 

“A gente trabalha a astrofísica na perspectiva da física moderna e contemporânea, mas também trazendo aspectos de história, filosofia, ciências e diversidade. Na verdade, a gente traz os leitores para essa reflexão do que é ciência como construção humana e quem são as pessoas que estão na ciência. Então, nessas reflexões a gente também traz as questões de gênero, raça, mas, sobretudo, do papel da ciência como um processo, uma construção coletiva”, explica o baiano, que nasceu em Vitória da Conquista, mas cresceu em Feira de Santana, onde concluiu o bacharelado em Física, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). 

 

Vindo de família pobre e sem acesso à educação formal, ele foi o primeiro em gerações a cursar o ensino superior, tendo hoje no currículo pós-doutorados na área de Astrofísica na Austrália e no Chile. Por idealismo e também por causa de sua trajetória, ele conta, empolgado, que a ideia de escrever a obra vem de inquietações antigas e no anseio de democratizar o conhecimento. “A narrativa principal é explicar como é que os elementos químicos da tabela periódica se formam no universo. Porque o ferro do nosso sangue, o cálcio dos nossos ossos, o oxigênio que a gente respira, esses elementos químicos são formados nas estrelas”, explica, lembrando que tal perspectiva sempre foi pouco explorada.

 

“Quando estudei a tabela periódica, nunca ninguém me disse que os elementos químicos são formados nas estrelas. Então, muitas vezes a gente aprende o carbono na aula de biologia, fala do carbono na aula de história, na aula de geografia, na de química, mas não há uma conexão. Parece que esses carbonos são diferentes (risos)”, lembra, destacando como a ciência pode ser trabalhada de forma interdisciplinar e atrativa aos alunos.

 

A publicação finalista do Prêmio Jabuti, segundo o autor, também vem preencher uma lacuna do ensino básico no país: a formação dos docentes. “É um dado numérico importante para a gente ter em mente: menos de 20% dos professores de física do Brasil são licenciados em Física. Então, quem são os professores que estão trabalhando com educação e ciências, que estão falando de física ou de ciência de maneira geral? No geral, eles não têm formação em Física. São professores de biologia, matemática e até da área de humanas”, pontua, expondo a fragilidade do ensino no país.

 

Diante do contexto, Alan Alves aponta a obra como um importante suporte pedagógico, com imagens coloridas, propostas didáticas e texto agradável. “Quando a gente escreve esse livro tem também essa intenção, de que qualquer professor da educação básica, independentemente da formação inicial - que muitas vezes não é física - pudesse ler esse livro e se empoderar”, explica.”É um livro que traz física, astrofísica, astronomia, química, física atômica e molecular, física de partículas, que são temas que estão aí e muitas vezes a gente acha que isso não poderá chegar aos professores da educação básica”, acrescenta. 

 


Obra foi escrita por Alan Alves em parceria com a professora Neusa Teresinha Massoni | Foto: Divulgação

 

CIÊNCIA DEMOCRÁTICA COMO CONTRAPONTO À DESINFORMAÇÃO

Além da importância dentro das escolas, o astrofísico baiano lembra que a democratização da ciência explorada através da linguagem literária é uma importante ferramenta para combater a desinformação, sobretudo em um momento em que crescem os movimentos negacionistas. 

 

“A gente precisa dialogar, precisa trabalhar a ciência nesse diálogo com outras narrativas. E a narrativa literária é muito potente”, diz o professor, defendendo que as duas são muito parecidas, já que literatura e ciência trabalham com a imaginação e a criatividade. “Acredito que a leitura nos fortalece, no sentido de fomentar o pensamento crítico que a gente precisa nesse momento de negacionismo da ciência, nesse momento que a gente precisa entender que, de fato, a gente vive num país estruturalmente racista, misógino, LGBTfóbico, muito baseado na política de morte. Todos nós, em sociedade, precisamos entender que a leitura é uma tecnologia fundamental pra que a gente faça esses contrapontos e possa realmente construir uma outra realidade. E o meu compromisso como cientista é esse”, declara Alan, lembrando que os acadêmicos costumam escrever para os pares e não para a sociedade.

 

Neste contexto, ele faz uma crítica à inacessibilidade da produção científica e reforça a importância de investir em uma comunicação mais popular. “Todos nós precisamos criar uma nova subjetividade, a gente precisa ocupar as mídias sociais, Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, a gente precisa escrever livros, nós precisamos ir às escolas, ocupar rádios, TVs, é muito importante que as pessoas tenham acesso a esse discurso. E esse discurso não pode ser autoritário”, explica o baiano, defendendo que esse diálogo deve possibilitar que os cidadãos tenham ferramentas para entender o que é ciência, pseudociência, religião, filosofia, conhecimentos e saberes. “As pessoas precisam ter acesso a lugares de checagem de informação. Se nós cientistas simplesmente ficamos no nosso canto, nos nossos olimpos ou nossas torres de marfim, aí fica difícil. Eu acredito que esse é o grande papel da universidade e cada um de nós que estamos na universidade. Nós temos que dialogar e explicar para as pessoas o que a gente faz”, pondera. 

 


Observação de eclipse em Porto Alegre, com a participação da comunidade local | Foto: Arquivo Pessoal

 

POLÍTICAS PÚBLICAS E CONHECIMENTO

Outro ponto destacado pelo baiano indicado ao Prêmio Jabuti é o papel fundamental das políticas públicas voltadas para democratizar o conhecimento. O professor classificou como “absurda” a proposta do governo federal de taxar os livros e condenou a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribuiu ao livro o caráter de produto voltado para as elites (saiba mais).

 

“Esse discurso de que pobre não lê ou não deveria ler é elitista, classista, está enraizado e faz parte desse nosso processo histórico de fortalecimento de desigualdades, de naturalização das desigualdades”, diz Alan, lembrando que a falta de acessibilidade não se dá apenas com os livros, mas também em relação à cultura, em geral, já que os mais pobres geralmente estão excluídos de espaços como museus, cinemas e teatros. “O discurso do ministro e essas tentativas de taxar o livro pra mim fazem parte desse pacote histórico de aprofundamento de desigualdades”, avalia, afirmando que os livros precisam ser ainda mais baratos, para que não sejam apenas “reservados às pessoas bem nascidas”.

 

“Temos que garantir que todas as pessoas do brasil possam ter acesso à cultura, educação, divulgação em ciência, algo que chamo de espaços de poder. Porque esses lugares também são lugares de aprendizagem, também são lugares de conexão com o mundo, de empoderamento e fortalecimento do pensamento crítico”, reitera.

 

Ao comentar uma pesquisa recente na qual a região Nordeste e as classes sociais mais baixas se destacaram no ranking de leitura no Brasil (clique aqui), ele confirma seu ponto. “Eu não vi a pesquisa em detalhes, mas tenho certeza que se a gente for avaliar vai ver que isso é produto de políticas públicas. Você só transforma uma estrutura como essa com políticas públicas. Não tenho dúvida de que faz parte de um processo longo de investimento em livros, bibliotecas, em acesso à educação diferenciada”, conclui o professor, lembrando que o destaque do Nordeste foi celebrado e chegou como surpresa, por causa do preconceito. “No imaginário coletivo social, os nordestinos não pensam, são incapazes. E eu como nordestino vivendo no Sul passo por tudo isso diariamente, porque isso faz parte do processo histórico racista”, afirma.

 

 


Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil | Foto: Divulgação


O PRÊMIO JABUTI

Resgatando o largo caminho percorrido até conquistar o espaço que hoje ocupa - desde o bacharelado em Feira de Santana, passando pelo mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo (USP), os pós-doutorados na Swinburne University, na Australian National University e na Pontificia Universidad Católica de Chile, até a nomeação como professor concursado da UFRGS -, Alan Alves Brito diz estar “extremamente feliz” com a indicação ao Jabuti, independente do resultado final. “Estar entre os cinco finalistas do maior prêmio do livro brasileiro, na categoria de ‘Ciências’, concorrendo com nomes como Marcelo Gleiser, Sidarta Ribeiro, o Leon Kossovitch, que são pesquisadores brancos, bem nascidos, divulgadores de ciências que estão aí há anos, que têm essas grandes editoras e as mídias, pra mim já é um grande acontecimento”, garante o baiano.

 

“Pra mim, num país como o nosso, significa muito esse prêmio, esse reconhecimento, estar entre os cinco finalistas, diante de todas essas condições e levando em conta que eu venho do Brasil profundo. É muito significativo, eu estou muito feliz, não só eu, como mainha e painho, que também estão muito orgulhosos, e isso para mim já é muita coisa”, diz, acrescentando que o prêmio também tem dado mais visibilidade ao trabalho, que é o objetivo de todos os escritores: serem lidos. “O meu maior sonho é que o livro chegue mesmo em todos os lugares e que mais pessoas, como eu, consigam se encantar, se apaixonar pela ciência”, conclui.

Nordeste lidera ranking de leitura no Brasil; Salvador ocupa 9ª colocação entre capitais
VI Parada do Livro, em Salvador | Foto: Divulgação

Contrariando o senso comum e os preconceitos, o Nordeste se destacou em ranking de leitura no Brasil. De acordo com dados da 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pela revista Veja, a região concentra cinco entre as 10 capitais  que mais leram em 2019. 

 

Segundo o levantamento do Instituto pró-livro João Pessoa (PB) é a campeã, com 64% da população considerada leitora. O segundo lugar ficou com Curitiba (PR), com 63%; seguido de Manaus (AM), 62%; 
Belém (PA), 61%; São Paulo (SP), 60%; Teresina (PI), 59%; São Luís (MA), 59%; Aracaju (SE), 58%; Salvador (BA), 57%; e Florianópolis (SC), 56%.

 

Mas não só o estigma regional foi quebrado, os dados também contrariam preconceitos sociais, mostrando que no Brasil a classe C, sozinha, representa 49% dos leitores, contra apenas 4% dos mais ricos. Os números contradizem ainda o ministro Paulo Guedes, que propôs tributar o mercado editorial, ao considerar os livros artigo de luxo, que são consumidos apenas pela classe dominante (clique aqui e saiba mais).

 

A análise da revista pondera, entretanto, que apesar da representatividade baixa da classe rica em comparação aos mais pobres, não quer dizer que ela leia pouco, mas se dá pelo fato da classe A ser minoria em números absolutos. Apesar de ter havido uma queda de 2015 para 2019, 67% da classe A declarou-se leitora, contra 63%, 53% e 38% nas classes B, C e D/E, respectivamente.

 

Para realizar a pesquisa foram consultadas mais de 8 mil pessoas em todos os estados brasileiros, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Foram considerados leitores aqueles que leram ao menos um livro nos três meses que antecederam o levantamento.


Veja o ranking das capitais com mais leitores no Brasil:
João Pessoa (64%)
Curitiba (63%)
Manaus (62%)
Belém (61%)
São Paulo (60%)
Teresina (59%)
São Luís (59%)
Aracaju (58%)
Salvador (57%)
Florianópolis (56%)
Vitória (55%)
Fortaleza (54%)
Belo Horizonte (53%)
Porto Alegre (52%)
Recife (52%)
Cuiabá (52%)
Palmas (52%)
Macapá (51%)
Porto Velho (51%)
Rio Branco (49%)
Natal (48%)
Rio de Janeiro (47%)
Goiânia (42%)
Maceió (37%)
Campo Grande (26%)
Boa Vista (em apuração)

Podcast literário produzido por estudantes da UFRB ganha prêmio
Foto: Reprodução / UFRB

O podcast "De Hoje a Oito" foi o vencedor do 3º Prêmio seLecT de Arte e Educação na categoria Formador. A produção, lançada por estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), teve como propósito a divulgação do primeiro livro da escritora cachoeirana Tianalva Silva, "Entre o Rio e a Praça".

 

O Prêmio seLecT de Arte e Educação é promovido pela revista seLecT desde 2017 com o objetivo de valorizar escolas, instituições de arte, espaços de ensino, projetos artísticos colaborativos e iniciativas inovadoras que favoreçam os diálogos e os vínculos entre arte e educação. 

 

"De Hoje a Oito" contou com 28 eposídios que foram ao ar, de acordo com os idealizadores, priorizando "a literatura fora do eixo geográfico, racial e econômico canonizado pela elite intelectual que consagra sempre as mesmas narrativas de masculinidade, branquitude e classe média urbana".

 

Tudo começou quando as idealizadoras, Eduarda Gama, que é estudante de artes na UFRB, e Andressa dos Prazeres, pesquisadora e roteirista com formação em letras pela USP, juntaram-se também Letícia Catete, formada em letras pela UFRJ, Edelsio Lima, estudante de artes na UFRB, e o designer Danilo Amaral. “Todos nós temos esse fio de relação com a literatura. A gente lê bastante, escreve também e tem episódios, inclusive, em que colocamos escritos nossos”, diz Eduarda.

 

Um dos episódios, dedicado ao escritor David Nunes, contou com a leitura do conto "Um Malê na Vida", uma história de uma família negra e suas estratégias de superação da morte. Outro trouxe as histórias de Orixás contadas pelo artista Bule-Bule em versos de cordel.

 

O nome do projeto se deve à expressão popular na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, para se referir à semana que vem. Inicialmente apenas na rádio-poste, o programa está disponível também no Spotify.

Feira: Literatura de cordel ganha espaço fixo no Mercado de Arte Popular
Foto: Reprodução / PMFS

A literatura de cordel aumentou sua presença no Mercado de Arte Popular (MAP), em Feira de Santana. Representada em folhetos do cordelista Jurivaldo Alves da Silva, que antes era restrita a duas bancas, ganhou um box que foi cedido pela prefeitura para que o artista criasse o Museu do Cordel.

 

O espaço está localizado em área nobre do MAP, mesmo local onde funcionou o Espaço Literário da Academia Feirense de Letras. Jurivaldo Alves diz que ainda está em fase de organização do local. Mas, já é possível ver boa parte do seu acervo.

 

“São cordéis raríssimos, que não vendo e não troco por nada”. Nessa coleção ele reúne histórias de autores reconhecidos na literatura, como a obra “A Donzela Teodora”, de Leandro Gomes de Barros, primeiro escritor brasileiro de cordel. “Ele é considerado o patrono do cordel”, destaca Julivaldo Alves. 

 

O cordelista e folheteiro afirma que o espaço está de portas abertas para outros escritores, sobretudo de Feira de Santana.  “Bule Bule, Zadir Marques Portos, Franklin Machado, entre tantos outros, têm portas abertas aqui”, diz. 

 

ESPAÇO DE DIVULGAÇÃO
Além disso, ele pretende receber no Museu do Cordel outros escritores que queiram divulgar sua obra. Os cordelistas Oleone Coelho e José Bezerra foram os primeiros convidados. Eles vieram a Feira de Santana, nesta quarta-feira, 7, para apresentação dos livros “Lampião a Raposa da Caatinga” e “Lampião na Bahia”, ambos de José Bezerra, e “Antônio Conselheiro, Os Sertões e o Sertão de Sergipe”, de Oleone.    

 

"São meus velhos amigos e duas autoridades da história do cangaço", disse o orgulhoso Jurivaldo Alves, informando que esses livros também estão à venda no local.

Inspirado no Recôncavo, filme baiano resgata afetos e aponta literatura como refúgio
Foto: Reprodução / Facebook

Nascido em Salvador, mas criado na região de Conceição do Almeida e Sapeaçu, o diretor e roteirista Dan Borges buscou inspiração nas lembranças da infância para rodar seu segundo filme, “Retirante Juvenil”, que tem estreia virtual neste domingo (27), a partir das 19h, seguida de um bate-papo com a equipe e o público (clique aqui para reservar ingresso). 

 

O média-metragem conta a história de Luce (Marina Torres), uma menina irrequieta que cresceu em uma fazenda junto com a irmã Dora (Camila Castro) e a mãe (Eliana Assumpção). Insatisfeita com a vida monótona do campo, além de abalada pela desestruturação da família e o abandono do pai, ela encontra refúgio e redenção nos livros apresentados pelo misterioso e sábio andarilho Alberto (Isaac Fiterman). “Ela tem um amigo no filme, que é aquele famoso velho do interior, contador de história. E ele é um cara muito viajado, conhece muito, também gosta de ler filosofia, gosta de poesia, esse tipo de coisa, então o refúgio dessa menininha é com esse senhor. Ela se isenta completamente da casa dela, que é onde tem uns problemas familiares, o pai abandonou, a mãe é meio traumatizada e chocada com o abandono, porque numa cidadezinha uma mulher que é abandonada pelo marido até hoje ainda é vista como uma largada. E aí a irmã mais velha que teve que assumir a casa e por causa desse estresse acaba descontando tudo nessa menininha”, detalha o diretor.

 


O filme é centrado na relação de uma menina com um velho andarilho, que conduz sua pupila pelo mundo da literatura e lhe estimula a ver o mundo por diferentes perspectivas | Foto: Reprodução / Facebook

 

Apesar de usar suas experiências como base para o enredo, o artista conta que a obra não foi inspirada em sua história pessoal, em si, mas no que presenciou e nas relações que mantinha na infância. “Como eu passei a minha juventude toda indo para o interior e passando vários dias na fazenda, eu tive o convívio com muitas pessoas que são de lá, que se você for relacionar, estão como personagens do filme. Não ninguém específico, mas, por exemplo, a menininha que nasceu no interior e detesta aquela vida monótona e queria vir para a cidade, porque lá nada acontece. É basicamente a personagem principal. Mas tem outras pessoas que são do contraponto, de pensar totalmente o oposto, que acham maravilhoso aquela vida calma e jamais iriam querer morar na cidade”, contextualiza Dan Borges.

 

O baiano explicou ainda que o média-metragem filmado nas fazendas e vilarejos da região onde cresceu se passa em uma cidade específica, mas propositalmente não citada de forma explícita na obra. A ideia de não delimitar uma “locação muito palpável”, segundo ele, se deu para que todo o Recôncavo e o interior, de forma geral, se identificassem com a história. Essa ideia de representatividade também pautaria a estreia, que precisou ser readaptada na quarentena. “A pandemia acabou com todos os nossos planos de lançamento, nossos planos físicos. A gente já tinha três sessões fechadas nos interiores, pra começar a exibir basicamente nos interiores. Já tinha uma sessão marcada na cidade da atriz, que é Alagoinhas; na própria cidade de Conceição do Almeida, no auditório da prefeitura; Sapeaçu também, numa escola. Tudo isso foi cancelado por conta da pandemia”, conta o diretor, lembrando que começou a escrever o roteiro no início de 2019 e só em fevereiro deste ano a equipe finalizou a obra, realizada de forma totalmente independente.

 

Apesar da mudança inesperada de rota, Dan avalia que o lançamento virtual não tem apenas pontos negativos. “É diferente, a gente como pessoas de público, de cinema, principalmente os atores que são de teatro e têm a paixão por esse contato com plateia, é um pouco decepcionante. Tem esse lado ruim, que a gente queria estar nesse calor da festa, do lançamento, mas também tem o lado bom, que é a possibilidade de maior alcance, online”, pondera o artista, que mesmo aceitando as imposições do momento, segue otimista quanto ao futuro e diz que pretende retomar a ideia inicial de circular pela Bahia. “A gente pretende fazer uma sessão [física] de alguma forma, ainda não planejamos. Talvez, dependendo até do possível sucesso do filme durante esse período em alguns festivais e no lançamento online, pode ser que a gente consiga fazer em algum momento. Mas está dentro do plano, a gente não desistiu não. Inclusive, essas sessões que a gente já tinha marcado e foram abortadas nos interiores, nós vamos voltar com elas. A gente pretende fazer uma mini turnezinha pelo Recôncavo, porque é um filme que é a cara deles, é a representação deles ali, e acho que vai ser muito bem recebido nessas cidades”, conta.

 


Com um diretor e roteirista que é também artista gráfico, o storyboard do filme se aproxima muito do elenco selecionado | Foto: Reprodução / Facebook

 

Profissional originalmente das áreas de design, ilustração e quadrinhos, Dan Borges revelou ainda que a experiência das artes visuais segue expressa em seu trabalho no audiovisual, iniciado a partir de 2012 com videoclipes de bandas baianas. Um exemplo bem claro dessa influência é a forma pela qual ele faz a escolha dos atores para suas produções, garimpando perfis na internet. “A questão de selecionar elenco, eu tenho um ponto meio louco na minha cabeça que ajuda e dificulta. Porque quando eu crio o personagem, eu já penso exatamente na imagem dele, até a voz já está construída na minha cabeça”, revela, atribuindo o comportamento ao costume dos quadrinhos. “Então, quando eu penso nesses personagens e depois vou procurar pessoas reais para colocar no lugar deles, tem que ser uma pessoa que se encaixe com aquilo que eu imaginei, senão eu não quero (risos). E isso é terrível, porque pra achar uma pessoa bem próxima pelo menos, se não for idêntica ao que eu imaginei, é difícil. Mas também quando eu acho, aí pronto, estou 100% satisfeito, só precisa que a pessoa seja bom ator, boa atriz, e graças a Deus todos foram”, diz o artista, revelando o fato curioso de que para “Retirante Juvenil”, o storyboard foi desenhado antes da seleção do elenco, mas acabou muito parecido com os atores escolhidos.

 

O resultado de tudo isso - memórias de infância, diferentes olhares sobre a vida no campo, além de afetos e reflexões por meio da literatura - poderá ser conferido nesto domingo (27), no Brasil e no mundo, durante a sessão online. 

Pesquisa indica que brasileiros estão lendo menos; bíblia segue como livro mais consumido
Foto: Pexels / Pixabay

A pesquisa “Retratos da Leitura”, divulgada nesta sexta-feira (11), indica que os brasileiros estão lendo menos. De acordo com O Globo, o estudo apontou que o país perdeu 4,6 milhões de leitores em quatro anos. Segundo os dados, em 2019 108,7 milhões de brasileiros (56% da população) disseram ter lido pelo menos um livro, inteiro ou em partes. O número é menor do que de 2015, quando 115,9 milhões de pessoas (62%) leram pelo menos uma obra.

 

Apesar da queda, a média nacional de leitura por ano é de cerca de cinco obras por pessoa, anualmente, sendo metade delas lidas integralmente a outra de forma parcial. A pesquisa indicou também que dois em cada três brasileiros que leem costumam deixar o livro antes de concluir, e 28% dizem ler mais de uma obra ao mesmo tempo.

 

Realizado pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural, o estudo mostrou também que a bíblia é o livro mais lido no país, com 35% da preferência dos brasileiros. Os demais gêneros favoritos no Brasil são contos (22%), livros religiosos (22%), romances (22%) e livros didáticos (16%). 

 

O recorte regional mostrou que o Sudeste teve a maior queda em 2019, passando de 61% em 2015, para 51%. Centro-Oeste e Nordeste também caíram para, respectivamente, 46% e 48% no ano passado. Já o Sul subiu de 50% para 58% e o Norte liderou no percentual de leitura: 63%.

 

A pesquisa considera como leitores pessoas que leram ao menos um livro, inteiro ou partes, nos três meses antes do levantamento dos dados, que ocorreu entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Para o estudo foram feitas 8.076 entrevistas, em 208 municípios de 26 estados.

Flica anuncia cancelamento: 'Não poderemos nos encontrar presencialmente neste ano'
Foto: Divulgação

Diante do cenário de incertezas que atinge os eventos literários na Bahia por causa da pandemia do novo coronavírus (clique aqui e confira o panorama no estado), a tradicional Festa Literária de Cachoeira (Flica) anunciou o cancelamento de sua edição 2020. 

 

“E por falar em realidade, a que vivemos hoje não é de alegria. Não poderemos nos encontrar presencialmente neste ano. Cumprindo nossa responsabilidade diante do atual cenário de pandemia, infelizmente não realizaremos a Flica 2020”, informou a organização do evento, reforçando a necessidade das medidas de prevenção da Covid-19, como usar máscara e evitar aglomerações, e destacando que anunciará em breve novidades sobre o evento para 2021. 

Pandemia traz incertezas para festas literárias e frustra previsão de crescimento do setor 
Foto: Divulgação

Com alguns eventos emblemáticos já consolidados no calendário cultural baiano e a criação recente de novas iniciativas, o cenário para as feiras literárias no estado era dos mais animadores para 2020. A pandemia do novo coronavírus, no entanto, frustrou as perspectivas, levando várias delas a cancelar, adiar ou modificar drasticamente sua configuração diante das incertezas do futuro próximo.

 

Em 2019, a secretária estadual de Cultura, Arany Santana, projetou a realização de 25 eventos para este ano (veja aqui) e a Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secult-BA, anunciou o interesse em apoiar iniciativas de escolas baianas neste sentido (saiba mais). Os esforços, por meio de políticas públicas, parecem ter tido efeito, pois um levantamento da Diretoria do Livro e Leitura da FPC aponta que 30 festas literárias haviam sido catalogadas para 2020, distribuídas em diversos territórios de identidade.

 

 

Sem uma perspectiva concreta a respeito da possibilidade do fim do isolamento social, entretanto, esta conjuntura favorável segue em suspenso. “Com a pandemia, praticamente todas as festas literárias foram suspensas. Algumas delas, em torno de seis ou sete, têm tentado — e digo que está em tentativa porque não há nada consolidado — migrar para o formato virtual”, explica Zulu Araújo, diretor da FPC, órgão responsável pela preservação e divulgação de acervos documentais, além do estímulo e promoção de atividades relacionadas às bibliotecas e arquivos. 

 

“Na verdade, todo mundo está inseguro. Festa literária sem você ter aglomeração, o aconchego, a conversa, o abraço, o diálogo, ainda nós não temos na nossa cabeça. Então, a verdade é que é uma coisa nova para todos nós. Acho que temos que admitir que não sabemos ainda como resolver essa questão, sem que antes tenha uma orientação do campo da ciência”, avalia Zulu, pontuando, por outro lado, que após este período crítico a retomada dos eventos literários deve ser ascendente na Bahia. 

 

Com o objetivo de traçar um panorama do atual cenário, o Bahia Notícias apurou os preparativos de alguns eventos literários realizados no estado nos últimos anos e que estavam programados para ter uma nova edição em 2020. São eles: a Bienal do Livro de Salvador, Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), Festival Literário Nacional (Flin), Feira Literária de Canudos (Flican), Festa Literária de Uauá (Fliu), Festa Literária Internacional da Praia do Forte (FLIPF) e Feira Literária de Mucugê (Fligê).
 

 

FLICA


Foto: Ricardo Prado

 

Entre os eventos mais tradicionais no calendário baiano, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) completaria 10 edições em 2020. Mas com as medidas de distanciamento impostas pela Covid-19, a realização do evento, que tradicionalmente ocorre em outubro, não está definida. O coordenador-geral da Flica, Emmanuel Mirdad, disse que a equipe ainda discute as possibilidades para este ano. A decisão será anunciada até o fim deste mês.

 

 

BIENAL DO LIVRO


Foto: Igor Santos / Secom

 

Realizada pela última vez em 2013, a Bienal do Livro Bahia chegou a ser anunciada pelo prefeito ACM Neto para os dias 4 a 13 de setembro, no Novo Centro de Convenções, em Salvador, como a “maior de todos os tempos em todo Brasil” (relembre). A data estipulada se aproxima, mas a reconfiguração do evento segue em aberto.

 

“A definição da data vai obedecer muito ao comportamento da Covid, com relação ao estágio que ele está, para que nós possamos realmente receber esse evento aqui, que é um evento que vai ter que contar com aglomeração de pessoas, e não pode ser feito neste momento”, explica o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pablo Barrozo. “Fazer esse planejamento com tanta antecedência seria irresponsável da nossa parte. A vontade da prefeitura, a vontade da Secretaria de Cultura e Turismo, a vontade da GL Eventos, que é quem faz a gestão do Centro de Convenções, é que a próxima Bienal do Livro seja em Salvador, mas nós não sabemos a data. Estava para agora no meio do ano, mas foi adiado, e a gente vai adequar ao momento melhor para a bienal”, pondera.

 

Sem confirmar, mas também não descartando a possibilidade de realização em 2020, Barrozo estipula que entre setembro e outubro a prefeitura terá “uma maior clareza” para bater o martelo sobre a data da Bienal do Livro. “Realmente é um evento grande, precisa de planejamento, e a gente está ganhando um tempo”, diz o secretário.

 

 

FLIPELÔ


Foto: Reprodução / Facebook

 

Com a quarta edição programada para o mês de agosto e posteriormente adiada para dezembro, por causa da pandemia, a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) também não tem uma definição.

 

“Normalmente, desde o nascimento da Flipelô, a gente promove em torno do dia 10 de agosto, que é o aniversário de Jorge Amado, mas quando a gente viu esse cenário da pandemia se estabelecer, até pra gente planejar as coisas, a gente acreditou que seria impossível isso acontecer e resolveu adiar para dezembro, de 9 a 13 de dezembro”, explica Angela Fraga de Sá, diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, responsável pela realização do evento.

 

“O nosso sonho é que a gente consiga realizar nos mesmos moldes, tomando as devidas precauções que são necessárias, ocupando os espaços do Pelourinho, fazendo com que as pessoas circulem, porque essa é a verdadeira essência do evento, a gente levar a literatura para o espaço do Pelourinho, para que as pessoas passem a frequentar aquele espaço, que conheçam as instituições que nunca tiveram oportunidade de ir. Mesmo a pessoa que mora na cidade, às vezes, tem o mote da festa para ir visitar, e não só os turistas, que normalmente já vão”, pontua Angela, destacando, no entanto, que os organizadores estão “numa incerteza muito grande” por não saber se haverá condições sanitárias para a realização da festa e lembrando que os próprios convidados estão inseguros em viajar. “Está todo mundo com muito receio disso, então, se a vacina acontecer agora em setembro, a Flipelô acontece igual, mas se não acontecer o que a gente pode pensar é trabalhar de alguma forma virtual pra não perder o calendário do evento”, explica.

 

Caso seja descartada qualquer possibilidade presencial, segundo Angela, a ideia é fazer algo pontual, com menor duração, em dezembro, para marcar a edição 2020. “A gente poderia chamar alguém pra fazer uma live, comemorar aquela data, falar do nosso escritor homenageado, que é Graciliano Ramos, de algum jeito. Agora, obviamente não é o mesmo projeto, seria só uma coisa mesmo simbólica de naquela data a gente estar lembrando da Flipelô, da literatura, de Graciliano e Jorge Amado, mas sem aquela festa do Pelourinho”, detalha, citando ainda a dificuldade de encontrar apoio para uma iniciativa virtual, menos atraente para patrocinadores.

 

 

FLIGÊ


Foto: Reprodução / Facebook

 

Lançada em 2016, na região da Chapada Diamantina, a Feira Literária de Mucugê (Fligê) também viu sua quinta edição — programada para 13 a 16 de agosto — ser impactada pela pandemia do novo coronavírus. A situação levou os organizadores a cancelar a edição presencial este ano, mas ainda sem excluir a possibilidade de uma versão virtual em novembro.

 

“Nós havíamos adiado para novembro, mas a gente tomou a decisão de não realizar presencialmente por causa de todo esse cenário da pandemia e a ausência de segurança sanitária. A Fligê tem um público cativo grande, cada ano se amplia, então na verdade a gente não teve opção, foi uma imposição essa decisão nossa de não realizar presencialmente”, explica a curadora, Ester Figueiredo, lembrando que o evento se desenvolve para além da data pontual da feira e que este ano também se dará nestes moldes. 

 

“A Fligê, desde a primeira edição, não é um evento só localizado na data de culminância, que sempre é em agosto. Ao longo do ano sempre são desenvolvidas atividades no município de Mucugê, no entorno da Chapada Diamantina, de produção do conhecimento literário. Então, em maio nós iniciamos com as tradicionais lives, com a participação de escritores e artistas que participaram de edições anteriores”, detalha o “Fligê na Quarentena”, lembrando que até então ainda havia a perspectiva da feira acontecer presencialmente.

 

Após a decisão de cancelar a versão original, os organizadores criaram mais um projeto, com início em setembro e foco no tema deste ano: “Literatura e Ancestralidade”. “A gente vai voltar novamente todos os contatos que estavam sendo feitos para a realização presencial, com a integração mesmo da literatura com outras artes. Estamos tentando inovar dentro desse cenário virtual, que seria ‘Trilhas Virtuais Fligê’”, conta Ester Figueiredo.

 

Com a expectativa de realizar um evento totalmente online este ano, a curadora lembra que a Fligê já teve algumas pequenas atividades na internet anteriormente, mas destaca a complexidade do novo desafio. “Lá na região de Mucugê existe a limitação de acesso ainda, precisa ter uma política pública para poder universalizar essas questões de acesso à tecnologia”, avalia. Ester pontua que uma programação mais robusta exigiria um aparato tecnológico mais eficiente que os celulares usados no “Fligê na Quarentena” e explica que o novo formato ainda está em fase de estudo, provavelmente concentrado em quatro dias de novembro, só “pra poder ocupar esse espaço já definido na agenda de eventos do estado da Bahia”.

 

 

FLIN


Foto: Reprodução / Facebook

 

A cena registrada em novembro do ano passado, com estudantes e amantes da leitura de todas as idades aglomerados em Cajazeiras, não vai se repetir em 2020. A Fundação Pedro Calmon (FPC) chegou a cogitar uma edição virtual para o Festival Literário Nacional (Flin), mas depois concluiu que isso “fugiria muito do objetivo” e resolveu suspender a segunda edição do evento.

 

“Nossa ideia é que o Flin seja realizado em agosto do próximo ano, no período relativo à celebração do Dia do Estudante, 11 de agosto, então a gente ressaltaria e aumentaria a ênfase do Flin ser um evento voltado para a juventude daquela região ali de Cajazeiras, que tem mais de um milhão de pessoas, mais de 20 escolas estaduais, com mais de 20 mil alunos dessa faixa do objetivo que a gente tem”, estima Zulu Araújo, presidente da FPC.

 

Para este ano, apenas o Pré-Flin está confirmado, intensificando o que foi feito na edição anterior, com uma série de atividades remotas que visam envolver a comunidade local com a literatura. O plano é realizá-lo em novembro, reunindo a produção dos jovens, que este ano, muito influenciada pela conjuntura, aborda também a pandemia do novo coronavírus e as consequências que ela trouxe para a comunidade estudantil e para a cultura, de forma geral.

 

Com isso, o evento principal fica para 2021, subordinado aos protocolos de segurança que venham a ser estabelecidos. Se possível, a FPC espera retomar o projeto original do Flin com espaço infantil, editoras, palco principal e feira de empreendedores.

 

 

FLIPF 


Foto: Mateus Pereira / GOVBA

 

Como outros eventos da Bahia, a Festa Literária Internacional da Praia do Forte (FLIPF) também precisou adiar sua segunda edição, que passou de 29 de abril a 3 de maio,  para o período de 11 a 15 novembro de 2020. O remanejamento, entretanto, não foi suficiente e a data terá que ser alterada outra vez. E há ainda a possibilidade de acontecer apenas online. 

 

“A gente teve recentemente a notícia de que as eleições foram também adiadas para esse final de semana que a gente tinha previsto a realização da FLIPF. Então, estamos estudando algumas possibilidades de pequena mudança de data, ainda para novembro”, explica a produtora Vanessa Vieira, uma das organizadoras da festa, destacando que tem sido levado em consideração também a agenda local, para evitar concorrência entre os eventos da mesma natureza.

 

Vanessa conta que a perspectiva é a realização de uma programação mista, com atividades presenciais e virtuais, mas ressalta que o clima de incertezas ainda é predominante. Ela admite a possibilidade de que em 2020 o evento tenha apenas em uma versão online, o que para a organização não seria o cenário ideal. 

 

“A gente está vendo de que forma conseguiria isso, mas ao mesmo tempo, relacionando a Praia do Forte, porque a gente sabe que o grande charme da Flipf é estar na Praia do Forte. Tem toda essa questão das belezas naturais, da relação com os projetos de conservação ambiental. Estar num evento literário na Praia do Forte é o nosso grande diferencial, então a gente está estudando essas possibilidades de, se acontecendo somente de forma virtual, como a gente fazer para transportar as pessoas para a Praia do Forte, para que elas se sintam mais próximas do local, da cultura, das pessoas, da comunidade, porque são muitas riquezas”, pondera. 

 

 

FLICAN

Foto: Reprodução / FPC

 

A situação da Festa Literária de Canudos também segue indefinida. O professor Luis Paulo Neiva, curador do evento, revelou ao BN que a projeção era de cancelamento até que foi procurado pela Fundação Pedro Calmon (FPC) na semana passada para compartilhar o que vinha sendo produzido e averiguar a possibilidade de realização de forma remota. “Eu imagino que tem alguém tentando fazer alguma coisa, mesmo que não seja algo no formato total, e que sirva de uma animação para o próximo ano”, afirma o professor, que espera conseguir viabilizar uma edição online.

 

Em 2019, primeiro ano da Flican, a festa foi realizada em quatro dias, com homenagens ao líder religioso Antônio Conselheiro e ao escritor Euclides da Cunha (veja aqui). Para este ano, um dos nomes cotados para homenagear foi o escritor paraibano Ariano Suassuna.

 

 

FLIU

Foto: Manuela Cavadas

 

Com as reuniões suspensas para respeitar as regras de distanciamento social durante a pandemia, a organização da Festa Literária de Uauá (Fliu) chegou a desistir da segunda edição do evento, marcada anteriormente para os dias 12, 13 e 14 de novembro. No entanto, uma esperança surgiu depois. 

 

Em mensagem enviada ao BN, o poeta Maviael Melo, curador da Fliu, disse que a equipe vai rever a decisão depois que alguns parceiros demonstraram interesse em apoiar uma versão online. “A gente está tentando ver como é que funciona isso. Até então, a gente tinha suspendido a festa pra fazer só ano que vem, mas surgiu aí a oportunidade de fazer uma festa reduzida, com as mesas importantes”, conta Melo. Para ele, é relevante realizar essa edição para que uma eventual “brecha” no histórico do evento não dificulte a captação de recursos para a Fliu de 2021.

Morre aos 73 anos o professor e historiador baiano Jaime Sodré
Foto: Reprodução / Globoplay

Morreu, nesta quinta-feira (6), o professor e historiador baiano Jaime Sodré. Vítima de um infarto fulminante em sua casa, no bairro da Federação, Jaime tinha 73 anos e também era conhecido pelo seu trabalho como escritor e designer. A informação foi confirmada ao Bahia Notícias pela família. 

 

Professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), Jaime Sodré era doutor em História da Cultura Negra e possui diversos prêmios nos campos das Artes Plásticas e da Música. Ele ainda fez parte do Conselho Consultivo do Olodum no biênio 1998-2000. 

 

No decorrer da carreira como escritor publicou os livros "Da cor da noite", "Manuel Querino: um herói da raça e classe", "A Influência da Religião Afro-Brasileira na Obra Escultórica do Mestre Didi" e "Da diabolização à divinização: a criação do senso comum".

 

O professor deixa dois filhos, Ravi Sodré e Jamile. Seu corpo será sepultado nesta sexta-feira (7), às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. O enterro será reservado apenas à família. (Atualizado às 18h43)

Escritos inéditos de Carolina de Jesus serão publicados em projeto de editora
Foto: Agência Brasil / Reprodução

A escritora Carolina Maria de Jesus, conhecida nacionalmente pela obra “Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada”, ganhará mais espaço na literatura brasileira. 

 

De acordo com o Estadão, um projeto sob comando da editora Companhia das Letras irá lançar uma série de escritos inéditos, entre narrativas curtas, música, romances, memórias, teatro e poesia. 

 

Com o futuro lançamento, o leitor terá uma experiência ainda mais ampla sobre as vivências relatadas pela escritora. Para isso, o projeto, que será iniciado com “Casa de Alvenaria”, da série “Cadernos de Carolina”, ganhará um novo volume com os escritos originais da autora. 

 

A filha de Carolina, Vera Eunice de Jesus, irá integrar um conselho editorial responsável por supervisionar as novas edições das obras. Também integrará a equipe a escritora Conceição Evaristo, além das pesquisadoras Fernanda Miranda, Fernanda Felisberto, Raffaella Fernandez e Amanda Crispim. 

 

O projeto contará, inclusive, com textos críticos. A iniciativa da Companhia das Letras, no entanto, não irá contemplar os livros “Quarto de Despejo” e “Diário de Bitita”, que fazem parte do catálogo das editoras Ática e Sesi, respectivamente. 

Ex acusa Fred Elboni de agressão e outras mulheres relatam mais casos de violência
Foto: Reprodução / Instagram

Em um desabafo nas redes sociais, a influenciadora digital Suh Riediger relatou dois episódios nos quais sofreu violência física de ex-namorados, sem identificar os agressores. Em um dos casos, ela conta que após uma festa de carnaval, voltou ao local onde se hospedou com com o companheiro - que segundo ela costumava se exceder nas bebidas alcóolicas -, e eles dormiam normalmente, quando ele despertou e começaram as agressões. O namorado em questão era o escritor Fred Elboni, famoso por escrever poesias e outros textos que atraem um grande público feminino. 

 

"Dormi e do nada, não sei se a pessoa sonhou, não sei o que aconteceu, a pessoa acordou me chutando fora da cama, me chutando e me jogando pra lá, me jogando pra cá, e eu assim, demoro muito pra acordar porque tenho um sono muito pesado. Eu tentando entender o que estava acontecendo. Eu não sabia se eu estava sonhando, se eu estava acordada, se aquilo era realidade. Eu saí correndo do quarto, fui pra sala, e a pessoa pegava e me jogava pra lá, me jogava pra cá e eu correndo... É uma cena de filme que não tem explicação. Até que eu consegui ir pro banheiro dessa demi suíte que a gente estava. Eu queria me trancar no banheiro, na verdade, só que a pessoa chegou atrás de mim e me puxou, deixou os meus braços todos machucados. Me puxou tentando me arrancar do banheiro, porque o objetivo da pessoa era me jogar da janela. Assim, ele me chamava de todos os nomes possíveis e queria me jogar da janela, era isso que a pessoa queria fazer. E a janela estava aberta na minha frente”, contou Suh Riediger, revelando que conseguiu se desvencilhar e se trancar no outro quarto do apartamento, aproveitando dos reflexos mais débeis do namorado, que estava muito bêbado. 

 

Segundo a influencer, no dia seguinte o ex “voltou para a realidade” após tentar jogá-la da janela do décimo andar, e eles voltaram para casa. Após o episódio, eles foram para uma terapia de casal para tentar entender o ocorrido, mas na avaliação de Suh, a situação teria sido muito traumática também durante a sessão. "O terapeuta era um homem e ele falou assim pro cara, no caso: 'ah, mas você estava muito estressado, você estava num momento da sua vida de muito estresse. E você bebeu e com certeza ativou algo no seu cérebro que você precisou descontar essa raiva que você estava sentindo, esse estresse, e aí você descontou na Suh, porque era ela a pessoa que estava do seu lado'. Um psicólogo falando isso. E aí eu falei: 'você está falando sério? Está justificando pra um cara que quase me jogou da janela do décimo andar, eu não teria chance alguma de ter sobrevivido, que ele estava estressado e que ele descontou a raiva dele em mim?'”, lembrou. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Suh Riediger (@suhriediger) em

 

Ao ver a repercussão do caso, o escritor Fred Elboni decidiu se identificar como um dos personagens da história e foi a público para contar sua versão dos fatos. Segundo ele, Suh lhe havia relatado à época que o incidente envolvia “apenas a um puxão pelo braço” e que os dois decidiram conjuntamente procurar ajuda profissional, além de contar tudo que aconteceu às respectivas famílias. No vídeo, Elboni diz que nunca havia vivido nada do tipo e que quando a namorada relatou o incidente ele ficou assustado com o próprio comportamento, mas disse que depois das quatro sessões de terapia acreditou que o assunto teria sido resolvido entre o casal. Ele disse ainda que se sentiu mais leve e tranquilo pois recebeu o apoio da companheira, com quem permaneceu junto durante mais um ano e meio. Por fim, ele disse ter a consciência muito tranquila, reafirmou que o namoro não acabou imediatamente após o incidente, e pediu desculpas à ex por não ter percebido que para ela o assunto não estava realmente resolvido.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Fred Elboni (@fredelboni) em

 

Após o relato do escritor, Suh Riediger mostrou indignação. Ela disse que não o havia identificado, mas como ele teria contado mentiras, teria que expor mais detalhes da situação. Ela então publicou fotos com as marcas das agressões e relatos de outros incidentes do tipo envolvendo Elboni. Com a exposição dos casos, o escritor já perdeu cerca de 40 mil seguidores nas redes sociais e tem recebido críticas de outros colegas de profissão, além de parte de seu público.


RELATOS DE OUTRAS MULHERES

Nas redes sociais, várias mulheres se manifestaram, demonstrando que o episódio violento não foi um caso isolado, mas que ele costumava se exceder na bebida, importunar outras pessoas e assediar de forma insistente as mulheres, mesmo tendo namorada. 

 

“Já ouvi tantas histórias desse cara que já não tem nenhuma opção pra mim de ele ser inocente. Tem agressão com foto até, tem traição, tem abuso psicológico claro. Ficava olhando pras pessoas babando ovo dele. O que eu posso falar por mim é que ele claramente deu em cima de mim quando estava ‘casado’ e eu também estava. Adendo: a mina que eu saiba tava grávida ou com filho pequeno. Fiquei com tanto nojo que fiz a desentendida e parei de seguir”, contou a youtuber Dora Figueiredo.

 

Após o relato de Suh, outras mulheres lembraram episódios envolvendo o escritor:


 

A influencer Karen Bachini também relatou um episódio dramático envolvendo Fred Elboni. “Essa história vai ser um pouco louca, e eu nunca pensei que ia precisar contar ela, porque sempre acreditei que foi um surto de uma viagem louca e nunca mais ia acontecer, mas ouvindo os relatos da Suh eu entendi que ia acontecer de novo sim, o cara surtou com ela também. Há um tempo atrás eu fiz uma viagem com outros influencers e era uma viagem basicamente de encher a cara e se divertir! Numa das primeiras noites, a gente ainda estava na primeira parada da viagem, todos nós bebemos muito, nos divertimos muito e cada um foi pro seu quarto de hotel. Eu bebi um pouco menos porque eu tinha um post do blog importante pra terminar, e eu sempre levei o trabalho muito a sério. Lá pelas 2h/3h da manhã esse mesmo cara começou a gritar e bater em todas as portas do hotel que a gente estava”, lembrou.

 

Ela contou que ficou muito nervosa, comentou o caso pelo WhatsApp com uma amiga que também estava na viagem e decidiu abrir a porta para acalmar Elboni. “Ele já tinha ido fazer escândalo lá na frente da porta dela também. Eu deixei ele entrar, falei vem aqui, fica quietinho aqui, não faz mais bagunça, tá muito tarde. Deixei a porta aberta porque eu não confiava nele e sei lá, me passou uma segurança deixar a porta aberta”, relatou Karen. “Ele tentou me beijar e eu disse que não, que não era por isso que eu tinha aberto a porta (porque afinal quando uma mulher abre a porta prum (sic) cara só pode ser pra transar, né?) e que era pra ele se acalmar e eu queria ajudar ele a ficar bem antes que ele fizesse algo que ia afetar nossa viagem”, detalhou. Segundo a blogueira, mesmo diante dos pedidos, ele seguiu importunando e chegou a morder seu braço. “Eu falei ‘cara, para, isso não é legal, me machucou’. Eu coloquei um travesseiro pra proteger meu braço e pedi pra ele parar. E ele ficou insistindo que tinha um erro de português ali, e me mordeu mais duas vezes na perna. Daí eu falei mais alto e levantei da cama e nessa hora um dos amigos que estava na viagem comigo estava voltando da academia e eu chamei ele pra entrar no quarto e ficar ali com a gente porque a situação tava muito doida e eu não sabia o que fazer”. 

 

Segundo a influencer, nem a presença de um homem fez Fred Elboni parar com a importunação. “Esse menino começou então a querer ‘brincar de lutinha’ com o meu amigo dando golpes e socos, e o meu amigo repetidas vezes pediu para ele parar que aquilo não era legal e ele não parava. Chegou a um momento que o meu amigo não viu outra opção a não ser segurar ele até ele se acalmar, e ele ficou tão doido quando isso aconteceu que quebrou o hack do meu quarto de hotel e machucou o cotovelo do meu amigo de um jeito horrível, ele tem uma cicatriz até hoje. Eu, que nunca tinha passado por nada do tipo, achei que era um surto de uma noite que o cara bebeu MUITO MAIS do que ele deveria e que isso não ia mais acontecer”, lembrou a influenciadora, contando que a organização do evento precisou conversar com o escritor e passou a controlar a bebida de todos para que algo do tipo não voltasse a acontecer. 

 

Mas os casos não param por aí. Outra youtuber, Giovana Fagundes, também relatou uma experiência negativa com o escritor. "Vocês chocados com o Fred Elboni, eu não me surpreendo em NADA. Quando ele ainda namorava veio puxar assunto comigo no Instagram, sugeriu de a gente se conhecer... Eu curtia bastante o trabalho dele, pra mim era um bom networking, eu queria até fazer collab com ele pro YouTube. Achei que seria maneiro e eu tava levando muito de boa pois ele tinha namorada. Mas o papo na internet foi ficando meio estranho... Lembro até que mandei pra um amigo meu perguntando ‘ele tá dando em cima de mim?’. Mas eu sempre dizia pra mim mesma: ‘não, né? É o Fred Elboni, ele não é macho escroto... tô viajando’. Só que quando nos conhecemos ele veio com uns papos muito estranhos, querendo se gabar de coisas de relacionamento, de sexo... Chegou a querer propor pra garçonete do lugar que pedisse demissão e saísse com a gente que ele pagaria uma grana pra ela ‘fugir”????? Isso tudo NAMORANDO. Ele até respondeu a namorada enquanto a gente tava lá, mas disse que ela era muito ciumenta, não sei o quê…’, lembrou Giovana.


Ela contou ainda que o escritor tentou também forçar a barra e assediá-la. “Eu já tinha deixado claro que não iria ficar com ele e mesmo assim ele tentou me beijar e foi EXTREMAMENTE insistente. Nesse dia eu já percebi que o cara dos vídeos e dos livros era só um personagem e que tudo era uma grande mentira. E ainda fiquei pensando: isso que eu não conheci NADA dele. E mesmo assim, a máscara já caiu. Nada no comportamento dele foi condizente com tudo que eu já tinha visto até então, ele construiu um personagem de homem maneiro e desconstruídão porque sabia que ia fazer sucesso com as mulheres. Mas cada vez que descubro mais coisas, tenho certeza que ele é só um grande de um ESCROTO. Não acreditem em tudo que vocês veem. Ainda mais nesse mundo midiático. É muita falsidade”, alertou a youtuber. 

Baiano de 12 anos dono de perfil sobre livros sofre racismo: 'Orgulho de ser negro'
Foto: Reprodução / Instagram

O jovem Adriel Oliveira, de 12 anos, baiano de Salvador e dono de um perfil sobre literatura no Instagram (clique aqui), ganhou apoio de diversos internautas após sofrer ataques de racismo na internet. O fato, que aconteceu no dia 27 de maio, foi compartilhado na rede social e o pequeno leitor respondeu a altura os insultos. 

 

De acordo com o G1, um perfil que não foi identificado se referiu a Adriel como “porco gordo”. A pessoa por trás da página também disse que “achava que preto era para estar cavando mina, não lendo” e que Adriel “foi criado para ser pobre e preto”. 

 

Após conselho da mãe, a promotora de vendas Deise Oliveira, o garoto expôs o print dos insultos e rebateu: “As vezes penso: ‘Esse mundo não tem salvação’, mas aí eu lembro dos leitores. Pode até me insultar, mas me insulta direito e com as formas adequadas de escrita. Aprende a escrever, cara. Isso não é um insulto, e sim um conselho. E em pleno século 21, pessoas ainda são racistas? Atualizem-se. Insultos acabam com o psicológico de pessoas fracas, esse tipo de coisa não me abala em nenhum ponto. Aliás, tenho orgulho de ser negro". 

 

Adriel que está cursando o 7° ano do ensino fundamental é dono da página “Livros do Drii”, criada em 2019. Por lá, ele compartilha informações sobre os livros que lê, faz resenhas críticas sobre as obras e dá dicas de bons livros para leituras. O perfil, que antes era acompanhado por apenas 250 páginas, já alcançou mais de 417 mil seguidores. 

 

Entre os milhares de seguidores estão famosos como a campeã do “BBB 20”, Thelminha Assis, que mandou uma mensagem de carinho para Adriel: “Meu querido! Que página linda você tem e que orgulho de ter ver transmitindo tanta educação e conhecimento para as pessoas. Esse é o caminho, tá?! Não permita que nenhum tipo de ofensa racista possa te magoar ou atrapalhar os seus objetivos. Somos muito mais fortes do que eles pensam, conte comigo”. 

 

A modelo Gisele Bündchen também marcou presença nas postagens de Adriel e incentivou que ele prossiga com o projeto na internet. “‘O Pequeno Príncipe’ é um dos meus livros favoritos! Adorei sua página! Continue sendo esse menino especial e dividindo cultura com todos nós”, escreveu. 

 

Já Fernanda Paes Leme felicitou o garoto pela iniciativa não só pela paixão pelos livros, como também por dividir seu conhecimento com outras pessoas. “Adriel, que menino especial você é. Ler não ocupa espaço e você ainda divide essa sabedoria! Parabéns!”, disse a atriz. 

 

Entre outros famosos que estão acompanhando o trabalho de Adriel estão o autor de novelas Walcyr Carrasco, os atores Érico Brás, Fabiula Nascimento, Rafael Zulu e Fábio Scalon, além de empresas ligadas a serviço de streaming e venda de livros, como também perfis que são dedicados a literatura. 

 


Adriel sofreu injúria racial após perfil enviar mensagens ofensivas no Instagram | Foto: Reprodução / Instagram

 

Projeto de Lei propõe socorro a editoras e livrarias durante crise do novo coronavírus
Foto: Divulgação

Em virtude da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, um Projeto de Lei do senador Jean Paul Prates (PT/RN), apresentado na quinta-feira 23), propõe alterações na política nacional do livro, com o objetivo de socorrer editoras e livrarias. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o PL atenderia pedidos de editores independentes e entidades da área. 

 

O projeto pretende alterar o artigo 7º da política nacional do livro, sobre formas de financiamento para o meio editorial, para que os bancos públicos e agências de fomento possam oferecer linhas de crédito com juros baixos para empresas do setor, inclusive as inadimplentes. 

 

O projeto contempla ainda a oferta de crédito de até R$ 1 milhão para que pequenas, médias livrarias e sebos, possam adquirir estoque, e o subsídio dos Correios no envio de livros, cobrando apenas R$ 1 por emissão, com um limite de até 100 obras.

Autor de livros policiais, escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza morre aos 84 anos
Foto: Divulgação

O escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza morreu, nesta quinta-feira (16), aos 84 anos. A informação foi publicada em redes sociais pela esposa do artista, a escritora Livia Garcia-Roza, e confirmada pelo jornal O Globo através de sua agente, Lúcia Riff.


Conhecido por seus livros policiais, Garcia-Roza costumava centrar suas obras em um personagem-fetiche, o detetive Espinosa, que chegou a ganhar adaptações para TV e cinema. O agente da lei foi vivido pelo ator Domingos Montagner na série “Romance policial: Espinosa” e será interpretado pelo Lázaro Ramos em filme, ainda inédito, dirigido por Daniel Filho. O longa-metragem será uma adaptação de "O silêncio da chuva", livro que rendeu o prêmio Jabuti a Luiz Alfredo Garcia-Roza e marca a primeira aparição do detetive Espinosa.

Professor universitário, especialista em psicanálise, Garcia-Roza publicou o primeiro romance em 1996, já com 60 anos de idade. Até 2014 ele publicou 11 romances pela Companhia das Letras, dentre eles "Achados e perdidos" (1998), Uma janela em Copacabana (2001), Espinosa sem saída (2006),  "Céu de origamis" (2009), "Um lugar perigoso" (2014).

 

Antes de sua morte o escritor deixou pronto mais um romance, "A última mulher". O livro póstimo tem previsão de lançamento para julho. “Trabalhamos o material junto, foi  um processo muito bonito.  Ficamos muito amigos nos últimos anos e acabamos nos tornando uma espécie de mentor e discípulo, avô e neto. Ele era imenso. A literatura brasileira ganhou novo sopro com seus romances autenticamente policiais e brasileiros, sem imitações, um estilo único”, contou o editor, Mateus Baldi.

Inspirado no 'baianês', Nilson Galvão abre pré-venda do livro '#nibrotas'
Foto: Divulgação

Inspirado na expressão “ni Brotas”, jargão do “baianês”, o poeta e jornalista Nilson Galvão abriu pré-venda do livro “#nibrotas” através da plataforma colaborativa Catarse (clique aqui). Os interessados podem adquirir a obra por meio de apoios de R$ 20 a R$ 80.


Resultado das andanças do autor baiano pelo bairro, para onde se mudou em 2014, a publicação sai pela editora Licuri Livros e reúne fotos e poemas, inéditos ou já publicados, com inspiração em personagens, logradouros ou no próprio espírito de Brotas, descrito pelo autor como o "único subúrbio do mundo localizado no coração da metrópole". Com capa de papelão e costurado a mão, a obra tem tiragem de 100 exemplares numerados e personalizados com o nome do leitor.

Escritor baiano, Wesley Correia lança livro de poesias 'laboratório de incertezas'
Foto: Divulgação

O escritor baiano Wesley Correia lança seu quarto livro de poesias, "laboratório de incertezas", no dia 12 de março, às 19h, na Casa da Mãe, situada no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, com entrada gratuita. O evento prevê um recital de poesia conduzido pela escritora Rita Santana e uma apresentação musical de Gabriel Póvoas, seguidos de sessão de autógrafos. O livro estará à venda no local, por R$ 36.


A obra, publicada pela editora Malê, é uma coletânea de poemas do autor, publicados entre 2006 e 2019, além de alguns textos inéditos. "Grande parte dos meus poemas versam sobre o fazer poético, sobre o ofício de Poeta e sobre as estranhezas do processo criativo. Tudo no poema é a linguagem que o atravessa em sentido abstrato, daí o recurso à metalinguagem como conceito e como ação potente que verte a própria Poesia", explica Wesley Correia, que tem como uma das marcas a luta contra a desigualdade social, ainda que sua produção esteja para além da militância política. 


"Evidente que tal dimensão não me escapa, posto que meus poemas têm uma certa intenção de desestabilizar pensamentos mais conservadores a partir da proposição de um olhar que respeite as diferentes maneiras de ser e estar no mundo. Meus versos podem ser amorosos, existencialistas, contemplativos e, com efeito, serão sempre versos escritos por um homem negro, em cuja vida operou-se uma mobilidade socioeconômica, que lhe deu acesso a determinados espaços de prestígio, mas que tem consciência de que essa não é a expectativa para a grande maioria dos homens negros brasileiros para quem restam o subemprego, a fetichização dos seus corpos, a humilhação e a violência de toda espécie", pondera.

 

SOBRE O AUTOR
Nascido em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano, Wesley Correia publicou sua primeira cônica aos 17 anos, no jornal A Tarde. Desde então, ele se dedica à escrita de textos literários publicados em livros e jornais especializados no Brasil e no exterior. 


Além de "laboratório de incertezas" (2020), Correia é autor de “Pausa Para Um Beijo e Outros Poemas” (2006), “Deus é Negro” (2013) e “Íntimo Vesúvio” (2017). Atualmente ele é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, onde ministra aulas na Pós-Graduação   em   Estudos   Étnicos   e   Raciais,   e   outros   cursos.   Seus   poemas   foram traduzidos para o inglês, espanhol e romeno.

Claudio Tinoco anuncia datas da Bienal do Livro de Salvador
Evento será realizado no novo Centro de Convenções | Foto: Divulgação

Após o prefeito ACM Neto anunciar que “Salvador sediará a Bienal 2020, que será a maior de todos os tempos em todo Brasil” (clique aqui), o secretário de Turismo e Cultura do município, Claudio Tinoco, anunciou as datas do evento: de 4 a 13 de setembro. “A gente não tinha divulgado até então a data, em virtude exatamente do processo todo de negociação”, explicou o gestor, durante a Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (16), lembrando que o anúncio do prefeito aconteceu durante a assinatura do contrato com a concessionária GL, que administrará o novo Centro de Convenções, onde ocorrerá a bienal.


“A gente está avançando muito, porque quer que a bienal aqui tenha uma participação muito intensa dos alunos e dos professores da rede municipal. Inclusive, como a bienal é também uma grande feira do livro, [esperamos que] ela possa servir pra que a gente ofereça aos estudantes e professores a possibilidade da aquisição de livros”, disse Tinoco. “Então é uma série de detalhes, mas acredito que até o final de fevereiro a gente tenha tudo amarrado pra que aí a gente possa apresentar todos os detalhes”, avalia o secretário, que prevê um público de cerca de 100 mil pessoas durante os dias do evento literário, que também será produzido pela GL. “Acho que está tudo muito bem em sintonia e eu tenho certeza que aí sim a população vai passar dias de muita alegria, mas também de muita literatura, estimulo à leitura”, declarou.

Morta em agosto, Fernanda Young vence Prêmio Jabuti 2019
Foto: Divulgação

A escritora, atriz, roteirista e apresentadora de TV Fernanda Young, morta em agosto deste ano (clique aqui), recebeu um troféu póstumo na 61.ª edição do Prêmio Jabuti, maior premiação literária do Brasil.


Os vencedores foram anunciados na noite desta quinta-feira (28), em uma cerimônia realizada no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, em São Paulo, com a presença de Estela May, filha de da escritora, que recebeu o prêmio pela mãe. Fernanda Young se destacou na categoria “Crônica”, pelo livro “Pós-F: para além do masculino e do feminino” (2018).

 

Confira a lista completa de vencedores:

 Eixo: Literatura
Conto

1º Lugar – Título: Um beijo por mês | Autor(a): Vilma Arêas | Editora(s): Luna Parque

Crônica
1º Lugar – Título: Pós-F: para além do masculino e do feminino | Autor(a): Fernanda Young | Editora(s): LeYa

Histórias em Quadrinhos
1º Lugar – Título: Graphic MSP – Jeremias: Pele | Autor(a): Rafael Calça, Jefferson Costa | Editora(s): Mauricio de Sousa, Panini

Infantil
1º Lugar – Título: A Avó Amarela | Autor(a): Júlia Medeiros, Elisa Carareto | Editora(s): Ôzé Editora

Juvenil
1º Lugar – Título: Histórias guardadas pelo rio | Autor(a): Lucia Hiratsuka | Editora(s): Edições SM

Poesia
1º Lugar – Título: Nuvens | Autor(a): Hilda Machado | Editora(s): Editora 34

Romance
1º Lugar – Título: O pai da menina morta | Autor(a): Tiago Ferro | Editora(s): Todavia

 

 

Eixo: Ensaios
Artes

1º Lugar – Título: Arte popular brasileira: olhares contemporâneos | Autor(a): Germana Monte-Mór, Vilma Eid | Editora(s): Editora WMF Martins Fontes, Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro

Biografia, Documentário e Reportagem
1º Lugar – Título: Jorge Amado: uma biografia | Autor(a): Joselia Aguiar | Editora(s): Todavia

Ciências
1º Lugar – Título: A caminho de Marte: a incrível jornada de um cientista brasileiro até a NASA | Autor(a): Ivair Gontijo | Editora(s): Editora Sextante

Economia Criativa
1º Lugar – Título: 101 dias com ações mais sustentáveis para mudar o mundo | Autor(a): Marcus Nakagawa | Editora(s): Editora Labrador

Humanidades
1º Lugar – Título: Uma história da desigualdade: a concentração de renda entre os ricos no Brasil 1926 – 2013 | Autor(a): Pedro H. G. Ferreira de Souza | Editora(s): Hucitec Editora Ltda

 

 

Eixo: Livro
Capa

1º Lugar – Título: Revela-te, Chico: uma fotobiografia | Capista: Augusto Lins Soares | Editora(s): Bem-Te-Vi Produções Literárias

Ilustração
1º Lugar – Título: Chão de peixes | Ilustrador(a): Lúcia Hiratsuka | Editora(s): Pequena Zahar

Impressão
1º Lugar – Título: Roberto Landell de Moura, o precursor do rádio | Responsável: Rodrigo Moura Visoni | Editora(s): Tamanduá

Projeto Gráfico
1º Lugar – Título: Clarice | Responsável: Felipe Cavalcante | Editora(s): Global Editora

Tradução
1º Lugar – Título: Sobre isto | Tradutor(a): Leticia Mei | Editora(s): Editora 34

 

 

Eixo: Inovação
Fomento à Leitura

1º Lugar – Título: Leia para uma Criança | Responsável: Dianne Cristine Rodrigues Melo | Editora(s): Itaú Social

Livro Brasileiro Publicado no Exterior
1º Lugar – Título: A resistência | Autor(a): Julián Fuks | Editora(s): Companhia das Letras, Charco Press

Com quadrinhos, cordel e mesas LGBT+, Flica busca atender antigas demandas do público
Foto: Camila Souza / GOVBA

Tradição no calendário de eventos literários do Brasil, a nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) acontece desta quinta-feira (24) a domingo (27), no Claustro do Convento do Carmo, no município do Recôncavo baiano. Neste ano, as principais novidades do evento gratuito ficam por conta de mesas exclusivamente dedicadas à literatura de cordel, aos quadrinhos e às produções com temática LGBT+.

 

Pela primeira vez à frente da curadoria das mesas, a professora Kátia Borges reconhece que esses eram pleitos antigos do público do evento e ressalta a abertura desse espaço dentro da programação com mais de 50 atrações.

 

"A gente está com mesas que são pioneiras, são inéditas na Flica. Tem uma mesa sobre quadrinhos, com Marcelo D'Salette, Hugo Canuto, uma novidade interessantíssima pra quem é fã de quadrinho. A gente também tem uma mesa de cordel, que é dedicada a toda a população do Recôncavo, uma reivindicação antiga, e uma das principais mesas é com Bráulio Bessa", destaca a curadora.

 

Poeta e cordelista que ganhou maior projeção nacional com sua participação no "Encontro com Fátima Bernardes", nas manhãs de sexta, Bessa se junta ao autor baiano Antônio Barreto na mesa "Pra cada canto que eu olho, vejo um verso se bulindo". O bate-papo com os dois será na manhã de sábado (26), com mediação de Maviael Melo.

 

Já D'Salette e Canuto se apresentam um pouco mais tarde, às 17h, na mesa "Quer que desenhe? Perspectivas negras nos quadrinhos".

 

Além deles, outros nomes de destaque na programação são Lilia Moritz Schwarcz, Antonio Brasileiro, Lande Onawale, Thalita Rebouças e a autora portuguesa Maria do Rosário Pedreira.

 

Como a programação é diversa e a festa não possui um tema central, Katia frisa que “há nomes que se impõem” no momento de pensar a programação. Como exemplo, ela cita o soteropolitano Itamar Vieira Júnior, vencedor do prêmio LeYa e finalista do Prêmio Jabuti 2018. Ele e Marcelo Maluf vão participar da segunda mesa, "Cartografias da subalternidade; a construção do lugar do outro", às 19h de quinta.

 

Ainda assim, a curadora explica que há um "nexo curatorial" que permite trazer coesão para todos os espaços do evento. "Cada curador faz um recorte. Graças a Deus, a gente tem uma literatura contemporânea imensa, com vários autores, gêneros e tal, mas nós buscamos trazer um pouco de reflexão em relação a um fazer literário e em relação a novas vertentes. É uma diversidade não só na temática que está presente, mas também há diversidade de autores", defende.

 

O discurso de Kátia está alinhado ao da "booktuber" e também curadora Barbara Sá. A jovem de 24 anos está à frente da Geração Flica, espaço que será inaugurado nesta nova edição, na Casa do Iphan de Cachoeira. Nele, a ideia é abordar assuntos diretamente ligados à literatura juvenil.

 

A curadora Barbara Sá | Foto: Wellyson Gomes

 

“Eu tive como norte a ideia de apresentar literatura em várias vertentes, então eu queria autores que trabalhassem seus livros de formas diferentes, com adaptações, livros sobre internet e mergulhar nesses aspectos diferentes da literatura baiana”, conta Barbara.

 

Como sua própria base literária foi formada no meio digital e ela hoje trabalha no Youtube, a curadora destaca que a busca pelos autores ocorreu, principalmente, na internet. Para ela, é preciso mostrar a esses leitores que eles têm um canal acessível para compartilhar suas experiências de leitura. O resultado disso foi a escolha de nomes como o escritor e compositor baiano Edgard Abbehusen, que participa da mesa "Literatura de Instagram, arte ou brincadeira?", e do escritor Matheus Rocha.

 

A programação da Geração Flica, que termina mais cedo, no sábado (26), tem ainda nomes como Pam Gonçalves, na mesa "Lives: novos modelos de criação", Clara Alves, para defender que "Video-game é coisa de menina", e de novo Thalita Rebouças, que aqui vai falar sobre as adaptações de seus livros na mesa "Oi, mãe, meu livro foi parar no cinema".

 

FLICA PARA BAIXINHOS

Presente desde 2013, a Fliquinha tem espaço garantido na Festa Literária. Como nas edições anteriores, a programação especial para crianças ocorre no Cine-Teatro Cachoeirano, também de quinta a sábado.

 

Nesta sétima edição, serão 16 autores, entre nomes locais e nacionais, que vão participar de rodas de conversa e oficinas de escritas. Além disso, diversas atrações integram a grade, cujo conceito para a escolha dos participantes visa atender às multilinguagens.

 

Foto: Camila Souza /GOVBA

 

"Se observar a programação da Fliquinha, ela tem os autores locais aqui da Bahia e também autores nacionais. A gente tem apresentações artísticas, várias expressões, como teatro, cinema, mas sempre permeia a literatura. Além disso, a gente tem sempre a representatividade da nossa herança tanto indígena quanto afrobrasileira porque é nossa formação, está no nosso DNA, principalmente aqui no Recôncavo e em Salvador, que tem tanta influência africana", ressalta Mira Silva, curadora da Fliquinha ao lado de Lilia Gramacho.

 

Ela explica que as duas, juntas, todo ano cumprem a missão de levar nomes que possam contribuir para o processo de formação de leitores.

 

Viabilizada por meio do edital Fazcultura, do governo do estado, a Flica é inteiramente gratuita. Além das mesas literárias, a festa conta ainda com apresentações musicais, de dança e oficinas. Confira no site a programação completa (veja aqui).

Uefs inicia décima segunda edição da Feira do Livro de Feira de Santana
Foto: Divulgação

Promovido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), começa nesta terça-feira (24) até o dia 29 de setembro a 12ª edição do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs). O evento, que será realizado na Praça Padre Ovídio, teve solenidade de abertura realizada no Auditório Julieta Carteado, com a presença do reitor da instituição Evandro Nascimento. 

 

Com programação completa disponibilizada pela Uefs (clique aqui), a Flifs vai contar nos seis dias de evento com exibição de filmes, contação de histórias, lançamento de livros e revistas, apresentações teatrais e musicais, bate-papo com autores, saraus, roda de conversas, além de mesas que irão abordar temas como literatura baiana contemporânea, literatura juvenil, pós-verdade e a comunicação das mídias, entre outros temas.

Após ação de Crivella, parlamentares lançam frente contra censura e a favor da leitura
Foto: Divulgação

Deputados e senadores preparam uma ação conjunta contra a censura e com o objetivo de “estimular a leitura desde as primeiras gerações e o acesso a livros”.


Cerca de 200 congressistas vão lançar, nesta terça-feira (10), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, após o prefeito do Rio de Janeiro e pastor evangélico, Marcello Crivela (PRB), tentar censurar uma HQ com um beijo entre dois homens e outras publicações consideradas por ele “obscenas”, durante a Bienal do Livro (clique aqui e saiba mais).


A iniciativa será presidida pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) e pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). A vice-presidência será do deputado Waldenor Pereira (PT-BA) e da senadora Leila Barros (PSB-DF).


“Lutar pela valorização e investimento em bibliotecas públicas, comunitárias e escolares, repensar a baixa prioridade que o nosso país vem dando às políticas de incentivo ao livro e à leitura é urgente, ainda mais diante desse cenário em que o atual governo trata a produção de conhecimento como inimiga, corta verbas da educação e da cultura e propaga a desinformação”, avalia Melchionna.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Enquanto a equipe do Ferragamo se esforça pra deixar a eleição mais acirrada, o Vice ainda busca quem vai ficar na vice. Mas a gente sabe que, no fim, política é quase um esquema de pirâmide. O bom de ano eleitoral é que o povo se anima. O ruim é que o povo se empolga além da conta. Já quem não vai disputar eu tô achando meio fraco. Né, Adolfinho? Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Jaques Wagner

Jaques Wagner
Foto: Maurício Leiro / Bahia Notícias

“Quem colocou ele na cadeira está gostando”.

 

Disse o senador e líder do governo, Jaques Wagner (PT) ao comentar sobre a avaliação do ministro Rui Costa (PT) entre os deputados federais. 

Podcast

Deputado estadual Vitor Azevedo é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira

Deputado estadual Vitor Azevedo é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira
O deputado estadual Vitor Azevedo (PL) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (27). O programa é exibido ao vivo no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h.

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