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A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) negou que haja um registro de surto de infecções por HIV/Aids entre os jovens baianos. O posicionamento estadual foi divulgado neste sábado (24), em resposta a divulgação de perfis nas redes sociais de que o estado estaria vivendo um “surto” de Aids entre os jovens de 14 a 19 anos.
Em nota, a Sesab alegou que “não há um surto de HIV/Aids entre jovens de 14 a 19 anos na Bahia conforme alguns veículos de comunicação / perfis em redes sociais publicaram de forma irresponsável”. Nas redes sociais, as publicações afirmam registrados cerca de 11 mil casos da infecção nesta faixa etária, enquanto, a gestão estadual de Saúde reportou 93 casos de HIV/Aids em pessoas de 14 a 19 anos, entre janeiro e agosto de 2025.
Segundo a política nacional de saúde, o “surto” de uma infecção ou doença se dá quando ocorre um aumento repentino do número de casos em uma região específica, acima do projetado pelas autoridades. A Sesab explica porque não há um surto da doença na faixa etária em questão: “Na Bahia, no ano de 2025, até o início de agosto, foram notificados 93 casos de HIV/Aids na faixa etária de 14 a 19 anos. Em 2024, nesta mesma faixa etária, foram 184 casos. No ano de 2023 foram 158 registros. Em 2022 o número chegou a 137”, escreveu o órgão.
A gestão ainda apontou que os números de 11 mil diagnósticos de HIV/Aids dizem respeito a todos os diagnósticos registrados entre 2023 e 2025, considerando todas as idades. “Na Bahia, de janeiro de 2023 a 02 de agosto de 2025 foram diagnosticados 11.187 casos de HIV e Aids, 8.005 (72%) no gênero masculino, 3.164 (28%) no gênero feminino e 18 casos com gênero ignorado.”, destaca a entidade estadual.
Ainda sobre os dados, a faixa etária mais afetada seria entre pessoas de 20 e 34 anos, com 5.212 casos registrados; seguida pela faixa de 35 e 49 anos, que registrou 3.664 casos. Entre 10 a 19 anos foram 168 casos, 1.517 registros foram entre pessoas de 50 a 64 anos e 345 casos em pessoas com mais de 65 anos.
Por fim, a Sesab aponta que “vem intensificando as ações de educação em saúde, prevenção combinada e ampliação do acesso ao diagnóstico, especialmente nos serviços voltados ao público adolescente e jovem”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta segunda-feira (14), o uso de lenacapavir injetável duas vezes ao ano como uma ferramenta de prevenção contra o HIV. O medicamento seria uma opção adicional de profilaxia pré-exposição (PrEP).
A medida é uma ação política histórica que pode ajudar a reformular a resposta global ao HIV. As diretrizes foram divulgadas na 13ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids sobre Ciência do HIV, em Kigali, Ruanda.
Segundo O GLOBO, o lenacapavir é a primeira terapia PrEP injetável semestral. Atualmente, o esquema de PrEP, disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017, conta com comprimidos orais que precisam ser tomados diariamente.
De acordo com a reportagem, eles reduzem o risco de uma infecção a quase zero. No entanto, por ser um tratamento diário, existe um entrave para a adesão.
“Embora uma vacina contra o HIV ainda seja incerta, o lenacapavir é a melhor opção: um antirretroviral de ação prolongada que, em ensaios clínicos, demonstrou prevenir quase todas as infecções por HIV entre pessoas em risco”, explicou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.
“O lançamento das novas diretrizes da OMS, juntamente com a recente aprovação da FDA, marca um passo crucial na expansão do acesso a essa poderosa ferramenta. A OMS está comprometida em trabalhar com países e parceiros para garantir que essa inovação chegue às comunidades o mais rápido e seguro possível”, completou.
O lenacapavir é uma injeção para prevenir uma doença infecciosa, mas não é uma vacina. Semelhante a PrEP em comprimidos, o produto não leva o sistema imunológico a produzir defesas contra o HIV. Ele atua como um antiviral bloqueando os "caminhos" que o vírus utiliza para se replicar, necessitando permanecer em constante circulação no organismo.
O intuito é fazer com que a droga fique em circulação no sangue, fazendo com que caso a pessoa entre em contato com o vírus, ele seja atacado de forma rápida, antes mesmo de se instalar e gerar a infecção no organismo.
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro firmou, nesta ultima terça-feira (8) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o estado do Rio de Janeiro, a Fundação Saúde e o Laboratório Patologia Clínica Dr. Saleme LTDA, por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital. O acordo feito garante reparação às vítimas de transplantes de órgãos contaminados com o vírus HIV realizados pela rede pública estadual.
O pacto foi feito após investigação iniciada pelo MP onde foi denunciado que seis pacientes foram infectados pelo HIV.
A contaminação ocorreu devido a uma falha de exames realizados pelo laboratório contratado pela Fundação Saúde, a qual resultou em transplantes de orgãos vindo de pacientes soropositivos, que haviam sido classificados como negativos.
Além do valor que as vítimas receberão, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro ofertará um programa gratuito e contínuo de acompanhamento médico, psicológico e social para os contaminados e seus familiares.
Três pessoas tiveram testes positivos para HIV e 22 pessoas para sífilis, durante os festejos de São João, no Parque de Exposições, em Salvador, na última quarta-feira (18).
A confirmação aconteceu durante testagem feita no evento.
Segunda a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Dos 22 que tiveram exame reagente para sífilis, 20 optaram por iniciar o tratamento no próprio posto.
“Além do encaminhamento, damos a oportunidade para queles que queiram, receber a medicação aqui na nossa unidade”, afirma a coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Eleuzina Falcão.
Na estrutura montada pela Sesab no Parque de Exposições, além do posto de testagem, há uma unidade para atendimento de emergência, que funciona em parceria com Secretaria Municipal de Salvador.
O governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou um dos mais promissores programas de pesquisa científica voltado ao desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. A iniciativa, liderada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), envolvia investimentos de US$ 258 milhões e colaboração entre diversas universidades e centros de pesquisa internacionais.
O projeto era conduzido pelas universidades Duke e Scripps Research Institute, com foco em anticorpos amplamente neutralizantes — estratégia considerada uma das mais promissoras na busca por uma vacina eficaz contra o HIV. Os estudos também apresentavam potencial de aplicação em outras áreas, como no combate à Covid-19, doenças autoimunes e desenvolvimento de antídotos para venenos de cobra.
Mesmo com os avanços, o NIH optou por não renovar o financiamento e alegou que os recursos seriam realocados para estratégias já existentes de eliminação do HIV, como tratamentos antivirais e terapias de prevenção.
A decisão gerou críticas de cientistas e profissionais da saúde pública, que classificaram o encerramento do programa como um retrocesso no enfrentamento da epidemia global de HIV/AIDS.
Além da pesquisa, iniciativas de prevenção também foram atingidas. O governo reduziu drasticamente o financiamento de programas de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e suspendeu repasses federais para estados e condados, afetando equipes técnicas e ações comunitárias.
No cenário internacional, o impacto chegou ao PEPFAR, plano de emergência dos EUA para o combate à AIDS em países em desenvolvimento, especialmente na África. O programa, com orçamento de US$ 7,5 bilhões, sustentava o tratamento de milhões de pessoas. Parte dos recursos foi liberada posteriormente, mas verbas destinadas a ações preventivas seguem bloqueadas.
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV se tornou uma das principais estratégias de prevenção combinada adotadas pelo Ministério da Saúde no país para combater a doença e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Segundo números do Ministério da Saúde, a quantidade de usuários do medicamento no país mais que dobrou em 2023, passando de cerca de 50 mil em 2022 para 107.795 no ano passado.
Já na Bahia, conforme o Relatório de Monitoramento de Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV 2023, foi obtido uma crescente expressiva de 82,1% na adesão à PrEP. O estado conta atualmente com 3.642 usuários, contra cerca de 2 mil em 2022. Salvador concentra 1.796 desses usuários, que acessam a medicação em cinco unidades municipais e duas estaduais.
A oferta do produto ainda permanece desigual, e muitos grupos prioritários continuam com acesso limitado. O perfil dos usuários baianos mostra predominância de homens homossexuais cis (84,5%) e majoritariamente das faixas etárias entre 25 e 39 anos.
A PrEP consiste na utilização diária de medicamentos antirretrovirais por pessoas não infectadas, mas expostas a alto risco de contaminação, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários com múltiplos parceiros. Apesar do avanço, o acesso à PrEP ainda enfrenta barreiras regionais e sociais.
A estratégia está disponível gratuitamente no SUS, mas sua distribuição é concentrada em grandes centros urbanos. A ampliação da PrEP é fundamental para reduzir em até 90% as novas infecções, objetivo alinhado à estratégia global de enfrentamento da epidemia.
O Ministério da Saúde atualizou a embalagem do autoteste de HIV em formato menor e mais discreto. A atualização, que deve estar disponível nos serviços públicos de saúde de todo o país nos próximos meses, visa ampliar o diagnóstico da infecção, garantindo o tratamento no tempo certo, e eliminando consequentemente a transmissão.
“Essa mudança não se limita a um simples ajuste estético, acreditamos que a embalagem menor facilitará o transporte do autoteste, tornando-o mais discreto e acessível”, afirma o coordenador-geral de Vigilância de HIV e Aids, Artur Kalichman a Agência Brasil.
A nova embalagem também traz uma tarja vermelha indicando que sua venda é proibida e o número gratuito de suporte do fornecedor, com funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana. O autoteste para HIV tem distribuição gratuita em todo o território nacional e as unidades onde há distribuição podem ser consultadas pela internet.
O exame utiliza amostra de fluido oral e seu resultado é obtido em 20 minutos. Cada embalagem contém um tubo com solução diluente, um swab (espécie de cotonete) para coleta da amostra, um cartão de resultado, uma tira-teste que indicará o resultado, um guia do usuário e um cartão com instruções, além de um saco para descarte. Antes de testar, é necessário ficar 30 minutos sem beber, comer, fumar ou fazer higiene oral. As instruções completas de uso estão no guia do usuário e também estão disponíveis em vídeo, na internet.
O autoteste é recomendado pelo Ministério da Saúde às pessoas expostas ao risco de contágio por relação sexual desprotegida, inclusive rompimento de camisinha; violência sexual; e acidente de trabalho com objetos perfurocortantes. Em caso de resultado positivo, o autoteste não é considerado um diagnóstico definitivo, ainda sendo necessários exames complementares para confirmação da infecção e início da profilaxia pós-exposição (PrEP), que podem ser realizadas no próprio Sistema Único de Saúde (SUS). As informações são da Agência Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (23) o indulto natalino de 2024. Na edição deste ano, publicada em edição extra do Diário Oficial, foram priorizadas pessoas condenadas que pertencem a grupos que estão em situação vulnerável, como idosos, gestantes, pessoas com deficiência ou doenças graves, como apenados com HIV ou em estágio terminal.
O perdão da pena vai beneficiar gestantes com gravidez de alto risco e mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência que conseguirem comprovar que são essenciais para garantir o cuidado de crianças de até 12 anos.
O indulto também poderá ser concedido para detentos com transtorno do espectro autista severo e presos que são paraplégicos, tetraplégicos e cegos.
O decreto do presidente Lula não vale para condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito (como os atos golpistas de 8 de janeiro), por crimes hediondos, tortura, terrorismo, racismo, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, violência contra a mulher, crianças e adolescentes.
Integrantes de facções criminosas, pessoas condenadas por abuso de autoridade e que assinaram acordos de delação premiada também estão excluídas do indulto.
As regras do decreto foram elaboradas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e validadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
De acordo com a Constituição, o presidente da República tem a atribuição de editar o indulto. As regras são revisadas todos os anos.
Dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgados nesta semana, indicaram que em 2023 foi registrado um crescimento de 4,5% nos casos de HIV, em comparação ao ano de 2022. A constatação, segundo a pasta, aponta que houve um aumento na capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde brasileiros.
Mesmo com o aumento da detecção de casos relacionado ao fato de algumas pessoas se testarem pela primeira vez, a taxa de mortalidade caiu e registrou cerca de 3,9 óbitos, sendo a menor desde 2013. O levantamento apontou que 70,7% das notificações ocorreram em pessoas do sexo masculino, 63,2% ocorreram em pessoas pretas e pardas, e que 53,6% em homens que fazem sexo com outros homens. A razão de sexos é de 2,7 casos em pessoas do sexo masculino para cada caso do sexo feminino.
Já a faixa etária com mais casos, 37,1%, é a de 20 a 29 anos de idade, sendo que, no sexo masculino, a mesma faixa etária concentra 41% dos casos. De acordo com o órgão, os números mostraram a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações-chave esquecidas pelas políticas públicas no último governo.
O ministério tem uma meta de eliminar como problemas de saúde pública: malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV). Também o cumprimento das metas da OMS para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão da tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV e aids.
A Bahia foi destaque na cerimônia que marcou a certificação do Ministério da Saúde (MS) para estados e municípios que contribuem para a eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B.
A transmissão vertical se dá da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou o aleitamento. Para evitar esse tipo de transmissão, as gestantes devem fazer o pré-natal, com todos os testes e cuidados disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), que dispõe de insumos para prevenção, diagnóstico e tratamento, como preservativos, testes rápidos e laboratoriais, fórmula láctea, antibióticos e antirretrovirais.
Este ano, a Bahia tem cinco municípios contemplados pelas boas práticas voltadas para a eliminação da sífilis e do HIV. Alagoinhas recebeu Selo Prata Rumo a eliminação da sífilis; Eunápolis e Teixeira de Freitas conquistaram Selo Prata Rumo a eliminação do HIV; Santo Antônio de Jesus, ganhou Selo Prata Rumo a eliminação da sífilis e do HIV; e Luís Eduardo Magalhães foi contemplado com Certificado de Eliminação da Transmissão Vertical da sífilis e do HIV.
Presente na cerimônia, em Brasília, coordenadora do Programa Estadual de HIV, Aids e outras ISTs da Bahia, Eleuzina Falcão, destacou a importância da certificação do governo federal e afirmou que a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) tem trabalhado alinhada à Agenda 2030 da ONU, com 50% dos municípios com população igual ou maior que 100 mil certificados.
“Essa experiência proporciona maior integração entre a vigilância, atenção básica, assistência e rede laboratorial nos municípios, além do reconhecimento do papel do controle social para a melhoria na qualidade do pré-natal, parto e puerpério com vistas à prevenção da transmissão vertical do HIV, sífilis e Hepatite B”, enfatizou.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, pontua que o trabalho do estado em parceria com os municípios é fundamental para o sucesso de ações de eliminação da transmissão vertical desses agravos. “É essencial a união de todos os entes para conseguirmos bons resultados nas diversas áreas”, afirmou.
No ano passado, municípios baianos também se destacaram. Vitória da Conquista recebeu o certificado de eliminação de HIV e o Selo Prata Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da sífilis; Jequié recebeu o Selo Prata tanto para HIV quanto para sífilis; Barreiras foi reconhecida com o Selo Prata HIV e com o Selo Bronze Sífilis. Porto Seguro e Santo Antônio de Jesus, por sua vez, receberam o Selo Prata HIV.
Desde 2017, o Ministério da Saúde tem usado a estratégia da certificação subnacional da eliminação da transmissão vertical e concessão de selos de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical, adaptada de iniciativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis publicou este ano um novo Guia e seu Suplemento com diretrizes adequadas à realidade brasileira para orientar os estados e municípios brasileiros com 100 mil habitantes ou mais no processo de certificação.
Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos que resultaram na contaminação por HIV de pelo menos seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro, foi presa neste domingo (20) por policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon) em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Ela foi apontada como a responsável por dar a ordem para economizar no controle de qualidade dos testes, como relatou em depoimento à polícia o técnico de laboratório Ivanilson Santos, preso na segunda-feira (14). As informações são do g1.
As investigações constataram que com o objetivo de diminuir os custos, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes. Com isso, a análise das amostras deixou de ser realizada diariamente e se tornou semanal.
O delegado Wellington Pereira, responsável pelas investigações, afirmou que Adriana negou as acusações.
Na chegada à a Decon, na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio, Adriana foi questionada por jornalistas sobre a falha dos exames e ela apenas respondeu: "Humana". Indagada sobre de quem seria a responsabilidade, disse que: “Quem realizou o exame já está sendo punido”.
Outras duas pessoas também foram levadas para a Decon para prestar depoimento, sendo uma delas o ex-sócio do Laboratório PCS. Eles foram ouvidos e liberados.
OPERAÇÃO VERUM
A segunda fase da Operação Verum cumpriu, ao todo, um mandado de prisão e oito de buscas e apreensão. A ação conta com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirma que os investigados e o Laborório PCS Saleme já emitiram dezenas de resultados com falso positivo e falso negativo para HIV, inclusive em exames de crianças. De acordo com o MP-RJ, eles estão respondendo a inúmeras ações indenizatórias por danos morais e materiais, de forma que a reiteração dessa conduta demonstra total indiferença com a vida de seus clientes e da população como um todo.
Com o avançar das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) desmembrou o procedimento que apura os falsos laudos emitidos pelo Laboratório PCS Saleme e instaurou novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa.
O biólogo Cleber de Oliveira dos Santos, técnico de laboratório contratado pelo PCS Lab Saleme, foi preso pela Polícia Civil nesta quarta-feira (16), ao desembarcar de um avião no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O técnico, que era o último foragido, atuava na análise clínica no material que chegava da Central Estadual de Transplantes e teve a prisão decretada na segunda-feira (14).
Cleber teria liberado os órgãos que infectaram seis pacientes transplantados com HIV, segundo as investigações. Após a prisão de um dos sócios do PCS Saleme e outro técnico, na segunda-feira (14), ele era o último dos foragidos. No Aeroporto do Galeão, na Zona Norte, ele foi preso no local e levado para a Delegacia do Consumidor (Decom).
Segundo informações do g1, a defesa do técnico informou que ele estaria de férias no Nordeste e por isso demorou para se apresentar na delegacia. Na terça-feira (15), o Conselho Regional de Biologia (CRBio-02) informou que Cleber teve o registro de biólogo cancelado, não podendo atuar como biólogo.
Além de Cleber e os outros dois envolvidos presos na segunda-feira, uma terceira técnica de laboratório, Jacqueline Iris Bacellar de Assis, também foi presa, após se entregar à polícia.
O Ministério da Saúde definiu e atualizou os valores que serão repassados para os estados aplicarem em ações de vigilância, prevenção e controle de algumas doenças. Entre as enfermidades listadas estão HIV / Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (30), estabeleceu que a Bahia receberá a quantia de R$ 11.600.000,00 destinados a iniciativas de combate a ISTs, Hepatites virais, HIV e AIDS. Já para o combate da tuberculose, o estado receberá um valor de R$ 5.428.700, 00, conforme a publicação do DOU.
Ainda de acordo com a medida, o total de recursos por UF na Bahia foi de R$ 17.028.700,00. Na publicação, tanto a Bahia quanto outros estados brasileiros ficaram aptos ao recebimento do incentivo financeiro às ações de vigilância, prevenção e controle do vírus da imunodeficiência humana e síndrome da imunodeficiência adquirida.
O ato determinou que as unidades federativas encaminhem “no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de publicação desta Portaria, a resolução da respectiva Comissão Intergestores Biparlte - CIB, com a definição dos valores a serem repassados ao estado e seus municípios". "O Ministro de Estado da Saúde, considerando a resolução da CIB, editará portaria de habilitação com indicação dos estados e municípios aptos ao recebimento do incentivo financeiro e os respectivos valores a serem repassados, na modalidade fundo a fundo, em 12 (doze) parcelas mensais, de idêntico valor, com pagamento retroativo a partir de janeiro de 2024”.
Com a norma, será editada uma “portaria específica com o conjunto de indicadores para fins de monitoramento das ações de IST, HIV/Aids, hepatites virais e tuberculose executadas com recursos do incentivo financeiro às ações de vigilância, prevenção e controle do HIV/Aids, da tuberculose, das hepatites virais e das IST”.
Além da Bahia, outro estado que vai receber os recursos é São Paulo com R$ 73.082.300,00 no total, seguido do Rio de Janeiro com R$ 33.207.400,00 e Rio Grande do Sul, com R$ 20.543.800,00
LISTA DOS ESTADOS
Os municípios baianos só ficam atrás no recebimento de recursos das cidades paulistas cujo somatório foi de R$ 73.082.300,00 no total, cidades do Rio de Janeiro, com R$ 33.207.400,00 no geral, e municípios gaúchos com R$ 20.543.800,00 no total respectivamente. Com isso, o estado é o terceiro que vai receber mais recursos destinados pelo órgão federal.
A Bahia fica na frente de outros estados nordestinos, a exemplo de Alagoas que terá R$ 3.782.000,00 nos recursos, do Ceará com R$ 10.706.400,00; Maranhão R$ 8.979.000,00; Paraíba (R$ 5.582.700,00); Piaui (R $3.310.800,00); Rio Grande do Norte ( R$ 4.471.000,00) e Sergipe (R$ 3.568.400,00).
A farmacêutica Gilead Sciences confirmou nesta quarta-feira(24), que um novo medicamento injetável conseguiu prevenir 100% das infecções pelo HIV na fase 3, a última, de um dos testes clínicos. Isso, caso a injeção seja aplicada duas vezes ao ano. Os resultados foram publicados oficialmente na revista científica The New England Journal of Medicine.
As informações também foram apresentadas na 25ª Conferência Internacional de Aids, que acontece em Munique, na Alemanha. De acordo com publicação do O GLOBO, o medicamento já é comercializado no país com o nome comercial de Sunlenca e já tem aval das agências reguladoras, porém para o tratamento de casos de HIV multirresistentes, e não como estratégia de prevenção.
Segundo a reportagem, o novo levantamento avaliou o uso do lenacapavir como uma profilaxia pré-exposição (PrEP), ou seja, uma terapia destinada a pessoas em maior risco de contato com o HIV para evitar que sejam contaminadas caso expostas ao vírus.
A estratégia de PrEP para o HIV é realizada através de comprimidos que são tomados diariamente, antes de um possível contato com o vírus da doença ou depois. A medida tem uma alta eficácia, que chega a ser superior a 90%, e está inclusive no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017.
Pela primeira vez na história, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal criaram uma Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às IST/HIV/Aids e Hepatites Virais. As deputadas petistas Ana Pimentel (MG) e Erika Kokay (DF), e a deputada Daiana (PCdoB-RS) compõem a coordenação da Frente, instalada nesta quarta-feira (10).
O evento de lançamento contou com a presença de diversos parlamentares que participam da frente, movimentos sociais engajados na luta contra as infecções sexualmente transmissíveis, além do apoio do Movimento Brasileiro de Luta contra a Aids e Hepatites Virais, o UNAIDS Brasil e o Diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Draurio Barreira Cravo Neto.
POLÍTICAS PÚBLICAS
A Frente é um espaço fundamental para a formulação de políticas que promovam a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, além de contribuir para reduzir o estigma e a discriminação associados a essas enfermidades. Para a deputada Ana Pimentel, “a união entre poder público, sociedade civil e especialistas cria um ambiente propício para a discussão aberta e produtiva de estratégias eficazes para enfrentar esses desafios de saúde pública”.
A iniciativa busca unir forças entre os poderes legislativo e os segmentos sociais mais diretamente impactados pelas IST/HIV/Aids e Hepatites Virais e tem o objetivo de impulsionar a conscientização, a prevenção e a promoção de políticas públicas voltadas para o combate a essas infecções que afetam significativamente a saúde pública e a qualidade de vida da população.
A atuação conjunta entre parlamentares, organizações da sociedade civil, movimentos de base e especialistas da área de saúde busca não apenas ampliar o conhecimento sobre as IST/HIV/Aids e Hepatites Virais, mas também fortalecer as estratégias de enfrentamento, garantindo acesso universal a tratamentos eficazes e apoio às pessoas que vivem com essas condições.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a decisão que condena o DF a indenizar, por danos morais, um bombeiro militar excluído de curso de aperfeiçoamento de classe por ser soropositivo. Na sentença de segunda instância, o Estado foi condenado a pagar R$ 30 mil ao autor da ação judicial e declarar a regularidade da aprovação dele no concurso da corporação.
O militar é soldado de segunda classe e, em agosto de 2019, iniciou o Curso de Formação de Praças, para ser promovido à primeira. Ele precisou ficar afastado das funções por 58 dias, devido a um quadro depressivo. Diante da situação, a Junta de Inspeção de Saúde do CBMDF — que não tem psiquiatra na equipe, segundo o bombeiro —, manteve o afastamento do servidor público “em razão da medicação que ele usava”, o que o impediu de concluir o curso e de continuar na corporação.
O bombeiro acabou desligado das atividades de aperfeiçoamento, sem consideração ao relatório da médica que o acompanhava e a atestado de capacidade emitido pela perícia do CBMDF. Na ação judicial, o militar acrescentou que a junta médica exigiu uma série de exames ilegais e decretou afastamento dele por seis meses. As informações são da Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
O servidor público argumentou que o real motivo do afastamento dele do concurso era o fato de ser diagnosticado com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). No processo, o Distrito Federal alegou que “não houve nenhum ato ilícito praticado pelo CBMDF ao excluir o autor do Curso de Formação de Praças e da própria corporação militar”.
Para o Estado, “a Junta Médica Oficial do órgão emitiu parecer conclusivo” ao determinar que uma condição que acomete o bombeiro — o transtorno afetivo bipolar — é incompatível com o curso de formação operacional”. O DF também pontuou que, “em decorrência das especificidades da atividade, é razoável e proporcional que o órgão de segurança pública exija boas condições de saúde física e mental dos militares”.
Na decisão, a desembargadora relatora do processo entendeu que “a exclusão do autor do Curso de Formação de Praças e da própria corporação correspondeu a ato ilícito e arbitrário, pois o autor [do processo, o bombeiro] conseguiu comprovar plena capacidade laborativa e o caráter discriminatório da decisão tomada pela junta médica do Corpo de Bombeiros do DF”.
“Os inúmeros relatórios médicos apresentados pelo demandante e a posição da banca examinadora em considerá-lo apto ao exercício do serviço militar foram reforçados pela perícia médica-judicial, a qual atestou, de forma clara e precisa, a capacidade do periciado de exercer regularmente as atividades inerentes à profissão [dele]”, ressaltou a magistrada.
A 3ª Turma Cível do TJDFT concluiu que “o afastamento discriminatório do serviço militar” decorreu da “condição de portador do vírus HIV e que a ausência de atribuição de sigilo aos documentos que atestam esse quadro clínico justificam a responsabilidade civil do DF, que deve reparar a vítima pelos danos morais sofridos por ela, que teve violados direitos da personalidade relacionados à dignidade da pessoa humana, intimidade, vida privada e imagem”.
Dessa forma, a 3ª Turma manteve a condenação da unidade da Federação e exigiu a retirada do pedido de parecer de infectologista; a regularidade da aprovação dele no concurso; e que o Distrito Federal se abstenha de revisar ato admissional do militar. Além disso, determinou a correção do documento que apresenta informações sobre a saúde psicológica do autor e cobrou uma declaração de que o militar está apto para o serviço do CBMDF.
O DF também deve garantir a matrícula do bombeiro no 1º Curso de Formação de Praças, para promoção dele ao cargo de soldado de primeira classe, e proibir a exclusão do militar da corporação antes da conclusão das atividades ou por motivo de saúde relativo a transtorno bipolar.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de medicamento Cabotegravir, injetável utilizado contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV). O remédio é uma profilaxia pré-exposição (PrEP), ou seja, é utilizado para prevenir infecções.
A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última segunda-feira (5). O medicamento será comercializado pela farmacêutica britânica GSK, que apresentou o pedido, mas ainda não há previsão para chegar ao mercado.
O Cabotegravir será comercializado sob o nome Apretude. Para que seja disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), é necessário que o remédio seja aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão colegiado do Ministério da Saúde.
O medicamento já foi aprovado em 2021 pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. No ano passado, o Cabotegravir também foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Atualmente, a PrEP está disponível no SUS de forma oral, com comprimidos de uso diário. A nova injeção é vista como mais efetiva na prevenção, uma vez que requer duas aplicações no início do tratamento e reforço depois de dois meses. As informações são do portal Metrópoles.
Decisão da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho na Bahia (TRT-BA) determina que um bancário de Salvador seja reintegrado ao emprego e indenizado em R$ 50 mil, após ter sido dispensado de forma discriminatória por conviver com o vírus HIV. A decisão ainda cabe recurso.
O homem trabalhava no Banco Bradesco e, conforme o TRT-BA, Ficou comprovado que a empresa tinha conhecimento da condição do empregado, uma vez que ele precisou informar a existência da comorbidade no período da pandemia de covid-19.
O bancário alega que quatro meses após informar ao sistema Viva Bem do Banco Bradesco a sua condição sorológica, foi dispensado da sua função. Segundo ele, apesar de não ter vivenciado nenhuma situação de discriminação na agência ao longo de mais de 30 anos de trabalho, depois de revelar a sua situação, ele foi dispensado sem qualquer fato que pudesse justificar. “Vinha trabalhando no banco há 35 anos, com cumprimento de metas e objetivos”, afirmou.
O Bradesco reconheceu que orientou os empregados que tivessem comorbidades a informar o estado de saúde, mas alegou que mantém sigilo sobre esses dados.
A juíza do Trabalho responsável por analisar o caso em 1º Grau determinou a reintegração do bancário ao trabalho por entender que a dispensa foi discriminatória. A magistrada decidiu também pelo pagamento dos salários vencidos entre a despedida e a reintegração, observando todos os direitos e vantagens conferidos por lei e normas coletivas da categoria durante o período de afastamento, e ainda por uma indenização no valor de R$ 15 mil por danos morais.
Ambas as partes interpuseram recurso junto ao TRT-BA. A empresa pedia a exclusão da reintegração, da manutenção do plano de saúde e da indenização por danos morais. Já o funcionário pedia a majoração do valor relativo ao dano moral.
O desembargador Renato Simões, relator do processo, afirmou que ficou comprovada a dispensa discriminatória, uma vez que a empregadora tinha conhecimento da comorbidade do bancário, e manteve a reintegração. Quanto ao valor da indenização por dano moral, prevaleceu o entendimento da desembargadora Ana Paola Diniz, que considerava o montante arbitrado modesto diante da “discriminação relativa a sua condição de saúde, portador de doença que traz, ainda estigma preocupante e repudiável”. Por esse motivo, a indenização foi aumentada para R$ 50 mil.
Mais uma pessoa entrou em remissão do HIV após transplante de medula óssea para tratar um quadro de leucemia de um doador com genética resistente ao vírus. O paciente se submeteu ao transplante em 2013 e, cinco anos depois, suspendeu o tratamento com antiviral para HIV - sob acompanhamento médico. O estudo do acompanhamento foi publicado nesta segunda-feira (20) pela revista Nature.
De acordo com o jornal O Globo, o “paciente de Düsseldorf”, numa alusão ao Hospital Universitário de Düsseldorf, na Alemanha, onde aconteceu o procedimento, tem 53 anos e foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda (LMA) seis meses após dar início ao tratamento para o HIV. Para o transplante, a equipe médica buscaram um doador com genética resistente ao vírus, uma mutação rara no receptor das células que o HIV utiliza para atacar o sistema imunológico, o CCR5.
"Desde o início, o objetivo do transplante era controlar tanto a leucemia quanto o vírus HIV", disse o médico Guido Kobbe, que realizou o transplante, em comunicado. Apesar da notícia confirmar uma perspectiva otimista no enfrentamento da doença, esse tratamento não é recomendável para escalonamento entre pacientes com HIV.
"Embora o transplante usando doadores com uma mutação CCR5Δ32/Δ32 não seja um procedimento de baixo risco nem facilmente escalonável, sua relevância para estratégias de cura é destacada por relatos recentes de remissão bem-sucedida do HIV-1 a longo prazo (...) A expansão dessa abordagem para introduzir a mutação CCR5Δ32 em enxertos de células-tronco de tipo selvagem usando terapia gênica em combinação com novas estratégias de redução de reservatório pode manter a promessa de uma cura para o HIV-1 fora das malignidades hematológicas (como a leucemia) com risco de vida", escreveram os pesquisadores no estudo.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) investiu mais de R$ 3 milhões para executar as ações para atender os foliões no Carnaval 2023. No primeiro balanço da pasta, divulgado nesta sexta-feira (17), registrou nove ocorrências nos circuitos da folia em Salvador. Destas, oito foram encaminhadas ao Hospital Geral do Estado (HGE) e uma para o Hospital do Subúrbio.
Além de manter seu setor de urgência e emergência em pleno funcionamento, o HGE possui o Centro de Atendimento de Múltiplas Vítimas, que pode ser acionado em caso de desastres ou emergência com múltiplas vítimas, e transforma o estacionamento coberto da unidade em uma imensa emergência hospitalar. O centro está apto para receber e tratar mais de 25 vítimas simultaneamente e é equipado com toda a infraestrutura de oxigênio, rede elétrica e demais características para o primeiro atendimento.
Violência contra a mulher
A Sesab não registrou ocorrências de violência sexual contra mulher no primeiro dia oficial de Carnaval, ocorrido na quinta-feira (16). O Serviço de Atendimento às Mulheres Expostas à Violência Sexual, localizado no Hospital da Mulher, no Largo de Roma, em Salvador, acolhe mulheres, adolescentes e trans a partir de 12 anos expostas a situações de abusos e violência sexual. Composto por equipe multiprofissional, o serviço é formado por médicos ginecologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogas e farmacêuticas, de prontidão 24 horas, todos os dias do Carnaval.
No primeiro dia da folia, o posto de testagem da Avenida Milton Santos, em Ondina, iniciou os atendimentos às 18h e atendeu 118 foliões, sendo 62 homens e 56 mulheres. Dentre os testes realizados, 02 positivaram para HIV e foram encaminhados para Profilaxia Pós Exposição (PEP) e 13 resultados foram positivos para sífilis. No local, foram distribuídos 720 preservativos masculinos, 60 preservativos femininos e 500 unidades de gel lubrificante. Nesta sexta-feira, todos os postos de Salvador e Porto Seguro iniciam os atendimentos às 16h.
Depois de sua primeira incursão solo pela música com o espetáculo #ComproVendoTrocoAMOR, o ator, dramaturgo, diretor teatral e agora “cantador” baiano Luiz Antônio Sena Jr., rebatizado de Lui, lança o projeto musical #ÉSóAmor. A direção artística é assinada por de Fred Soares.
A iniciativa é composta por músicas cujas letras e melodias afirmam o amor homoafetivo, descortinando preconceitos e estigmas, além de discutir a sorofobia a partir de reflexões sobre o HIV. A primeira faixa, “Comigo Ninguém Pode”, de autoria de Lui em parceria com Thiago Pugah, chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (28), pela Candyall Music, selo e editora de Carlinhos Brown.
“Swingado pelos sons dessa Bahia que fazem meu corpo remexer, e ao mesmo tempo urgente por tratativas diante dos preconceitos que atravessam meu caminhar pelas ruas dessa cidade que diz Salva-dor, nasce esse single. Das folhas do terreiro às árvores do quintal de vó, encontro na planta Comigo Ninguém Pode a metáfora do que sou na lida diária de afirmação do meu existir gay: cheio de amor pra dar, mas também pronto para atacar caso seja ferido, maldito, maltratado”, define Lui.
O single “Comigo Ninguém Pode” ganhará também um videoclipe, lançado no Youtube. As gravações ocorreram no set de filmagens do espetáculo seriado PARA-ÍSO, no qual a faixa foi música tema. O projeto #ÉSóAMOR prevê outros quatro lançamentos ao longo dos próximos meses, com participações de Hiran e Márcia Castro, além da regravação de “Preciso Dizer Que Te Amo”, canção de Cazuza e Bebel Gilberto.
O espetáculo teatral “Para-Iso”, do Corre Coletivo Cênico, estreia neste sábado (10), no Youtube. Com a proposta de gerar reflexões sobre como o HIV e a Covid-19 têm atingido os gays, a montagem é dividida em oito episódios lançados diariamente.
A narrativa da peça remonta a trajetória de um homem gay que vem a óbito, a partir da visão de cinco pessoas que têm suas vidas atravessadas por “Ele”. Interpretados por Anderson Danttas, Igor Nascimento, Luiz Antônio Sena Jr, Marcus Lobo e Rafael Brito, as personagens Leka, Tito, Miguel, Rogério e Paul se encontram na Casa Para-Iso, em que “Ele” morava, na noite de seu velório. Em meio ao vazio, à dor do luto e observando mensagens subliminares, o grupo resgata memórias.
A peça é um convite para que o público enxergue e vá além dos estigmas criados em torno dos vírus, uma vez que estimula o pensamento sobre o Brasil e sua colonialidade cisgênero, hétero e branca. Ao correlacionar as epidemias, a montagem mira para os modos como ambas foram e são abordadas, sobretudo a partir da ideia de culpabilização dos “grupos de risco”.
A dramaturgia escrita por Luiz Antônio Sena Jr., que também assina a direção, traz ainda o ideal da comunidade imune que acaba por escolher quem deve morrer em virtude da "imunidade", relegando àqueles que não estão no padrão ideal, ou seja, a necropolítica.
"Nos baseamos nesses marcadores para entender o vírus social que afeta e mata muito mais. É importante mudar o foco do olhar, perceber os preconceitos estabelecidos e como podemos quebrá-los, usando as estratégias desse tempo, mas sempre se inspirando nas narrativas deixadas por aqueles e aquelas que vieram antes de nós", reforça Marcus Lobo, co-diretor do espetáculo.
O cantor, produtor, compositor e guitarrista Roberto Frejat gravou uma participação - de forma remota - no programa #Provoca, TV Cultura, que vai ao ar na próxima terça-feira (20), às 22h15. Na edição inédita, ele narrou detalhes emocionantes sobre sua relação e parceria com Cazuza, como a primeira e a última vez em que encontrou o amigo. "Foi na casa dele, fui visitá-lo e ele já estava muito doente, muito fraco. Eu falei: 'Meu Deus, isso não é vida. Ninguém merece passar por isso...' E ele foi uns 3, 4 dias depois”, contou.
Cazuza e Frejat | Foto: Reprodução / Globo
Para quem não sabe, Cazuza morreu aos 32 anos, no dia 7 de julho de 1990, por complicações causadas pela HIV. Ele foi a primeira personalidade pública a falar abertamente sobre o assunto na mídia. O músico descobriu a doença em 1987 e, naquela época, pouco ainda se sabia sobre opções de tratamento.
Frejat, que acompanhou de perto as batalhas enfrentadas por Cazuza, também confessou a Marcelo Tas que aprendeu muito com a coragem dele. "Se tem uma coisa que o Cazuza me ensinou é brigar até o fim. Acho que essa foi a grande lição que ele deixou. Eu tenho muito orgulho dele por isso. Ele foi um cara que só largou a briga quando já não tinha mais condição de brigar. Eu mesmo pedi que isso acontecesse em algum momento, porque a última vez que me encontrei com ele foi muito pesado, sabe?", declarou.
Uma missa será feita nesta terça-feira (7) em homenagem aos 30 anos de morte cantor e compositor Cazuza. Realizada na Paróquia da Ressureição, no Rio, a celebração será transmitida virtualmente pelo Facebook da igreja às 19h.
Cazuza morreu em 1990, em decorrência de complicações causadas pela AIDS. O convite para a missa é da mãe do artista, Lucinha Araújo, que fundou e lidera a Sociedade Viva Cazuza, ONG destinada a assistência e prevenção do HIV/AIDS.
Em uma participação no programa "Bright Minded”, transmissão ao vivo da cantora Miley Cirus, no Instagram, Elton John revelou temer que as pessoas com HIV possam ser negligenciadas durante a pandemia do novo coronavírus e anunciou doação milionária para a causa.
"Minha preocupação com esse problema do coronavírus é que as pessoas que precisam do remédio contra a Aids não estão recebendo o tratamento de que precisam, porque podem ser passadas para trás de pessoas que precisam de tratamento urgente por causa do coronavírus", alertou o músico.
Na live, o cantor disse ainda que sua fundação estará empenhada nos próximos três meses para que as pessoas com Aids possam ter tratamento e medicamentos que necessitam. Para isso, ele vai doar US$ 1 milhão, o que equivale a cerca de R$ 5,3 milhões, para esta causa.
"As pessoas com outras doenças infecciosas também sofrerão, então teremos um golpe duplo. Vou manter minhas armas na fundação contra a Aids e garantir que as pessoas que sofrem por outra pandemia global não sejam esquecidas ", destacou o artista, acrescentando que este é seu foco principal.
Wanessa integra o grupo formado por artistas, como Victoria Beckham, Annie Lennox, Naomi Watts e os brasileiros Mateus Solano e David Luiz. A cantora será uma das convidadas de honra para a inauguração da exposição fotográfica nacional "Positivo na Lata: Revelando a Vida", organizada pelo Instituto Bogea, um dos parceiros da Unaids no evento. A exposição reúne cerca de 30 fotos feitas por jovens soropositivos durante oficinas de fotografia do projeto.
De acordo com o comunicado divulgado pela ONU, uma das principais atribuições de Wanessa será "levar ao público jovem mensagens sobre prevenção, cuidados com a saúde e a necessidade de construção de um mundo livre de preconceito e discriminação". "Será muito importante contar com o apoio da Wanessa nesse desafio porque ela está em contato direto com este público, conhece a linguagem e os anseios deles, além, é claro, de ter se mostrado muito empenhada no cumprimento de sua missão como Embaixadora", afirma a diretora do Unaids, Georgiana Braga-Orillard.
Não é a primeira vez que Wanessa demonstra engajamento com a causa. Em 2003, a cantora participou de uma campanha de incentivo ao teste de HIV. "Estou muito honrada com esta missão e me sinto muito feliz de exercer esta função de Embaixadora ao lado de pessoas que admiro tanto, como o Mateus Solano”, declara a cantora.
“Vou me empenhar para levar as mensagens do UNAIDS aos meus fãs e seguidores, seja nos shows, seja pela TV ou pelas mídias sociais. Eu falo sobre o fim do preconceito e da discriminação em relação ao HIV porque, só assim, conseguiremos vencer o vírus", finaliza. Ao longo de sua carreira, Wanessa também já foi defensora da Mata Atlântica e participou de campanhas do Ministério da Saúde sobre amamentação e doação de sangue. Em São Paulo, ela estampou uma campanha de incentivo à leitura.
Na visita à Brasília, Wanessa já se reúne com o coordenador residente do Sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic, e com integrantes do curso de Formação de Jovens Lideranças, na Casa da ONU. Na quarta (2), a cantora aproveita para visitar uma das brinquedotecas da ONG Amigos da Vida, que acolhe crianças portadoras do vírus HIV e em tratamento para outras doenças crônicas.
"I'm here to admit that I am in fact HIV Positive." -@CharlieSheen https://t.co/OVqVMKUGET https://t.co/10Ca6WRqt4
— TODAY (@TODAYshow) 17 novembro 2015
O site americano Radar Online publicou uma reportagem denunciando que o ator chegou a pagar U$S 5 milhões de dólares para garantir que ninguém fale sobre sua doença. Mulheres que já se envolveram com o ator, incluindo sua ex-esposa, Brooke Mueller, o acusam de “potencialmente" ter lhes infectado com o vírus.
“Sexo é muito importante para mim, assim como para toda a minha geração”, disse Gaga. “Eu espero que as jovens saibam que sexo é um grande passo e que elas não precisam começar tão cedo. Os homens respeitam muito mais as mulheres que não cedem logo de cara e eu sou uma delas”.
Porta-voz de campanha que alerta sobre o risco do vírus HIV, Lady Gaga revelou ainda que não dá a mínima para quem não aprecia seu trabalho. “A coisa mais importante na vida é fazer suas próprias escolhas. Eu não me importo com as pessoas que não gostam do que eu faço ou falo, o importante é que eu mando no meu próprio nariz”, argumentou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Fernando Haddad
"Penso que vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Acredito que vamos terminar o mandato com a menor inflação de um mandato desde o plano real. Um crescimento médio próximo de 3%".
Disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao declarar que a economia do Brasil deve caminhar para uma redução da taxa básica de juros e que o governo, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode encerrar o mandato com a menor inflação de um período presidencial desde o Plano Real, iniciado em 1994.