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O público jovem que assistir o filme “Meu Nome é Gal” terá a oportunidade de ver “a potência absurda que ela era na juventude e que ninguém sabe, ninguém conhece”. Quem garante isso é a diretora Lô Politi que, em entrevista ao Bahia Notícias, na noite desta segunda-feira (02), durante a pré-estreia do filme no Cine Glauber Rocha, revelou que não houve modificação no roteiro em função da morte da cantora, em novembro de 2022.
De acordo com Lô Politi, que participou do pré-lançamento do longa ao lado da atriz Sophie Charlotte, o ator Luis Lobianco e da também diretora Dandara Ferreira, mesmo que fosse um desejo da equipe, não haveria tempo hábil para mudanças no roteiro original porque “por tratar-se de um filme de ficção, ele não é passível de modificação, mesmo diante de um fato tão grande quanto esse”.
O que as novas gerações verão na tela, ela explica, é a história inspiradora de uma menina de 20 e poucos anos que “transformou uma geração de pessoas, especialmente mulheres, com a presença, com a força da expressão, com o corpo, a voz e com a presença física". "Isso é muito mágico e inspirador quando você é muito jovem”, afirma. “Meu Nome é Gal” retrata os anos de 1966 a 1971, época em que o País vivia sob o regime militar. Gal Costa, junto com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia criou o movimento tropicalista, que revolucionou o cenário cultural brasileiro.
Segundo Lô Politi, escolher esse recorte foi o objetivo desde o princípio, como forma de mostrar o momento do Brasil e do mundo. “A cultura no Brasil estava absolutamente reprimida. Era a repressão aqui, e no mundo era a transformação”. Na opinião da diretora, os mais jovens talvez não se interessassem em conhecer uma Gal Costa com 35, 40 ou 50 anos de idade “mas, sim, uma Gal Costa de 20 e poucos anos porque, desta forma, será possível criar elementos de identificação”.
Nascida em Salvador, Gal Costa era considerada um ícone da música e uma das maiores intérpretes da MPB (Música Popular Brasileira). Com 57 anos de carreira musical, ela gravou mais de 30 álbuns e ganhou prêmios importantes, entre eles, o Grammy Latino.
Sobre a forma como o elenco recebeu a notícia da morte da artista, Lô Politi contou que era desejo de todos homenagear a cantora, mas que o filme é de ficção do começo ao fim. “Então, a gente sentiu a necessidade de alguma maneira homenagear a Gal no filme. A gente voltou para ilha do filme para inserir uma homenagem nossa, mas como uma homenagem fora do corpo do filme porque na dramaturgia não é passível de modificação”, frisou. O longa chega aos cinemas no dia 12 de outubro.
Uma das principais atrações deste fim de semana em Salvador é a Mostra Ecofalante de Cinema, que acontece até o dia 23 de abril no Cine Metha – Glauber Rocha, Sala Walter da Silveira e mais 17 espaços culturais e educacionais na cidade. Todos com entrada Gratuita.
Questões ligadas à negritude e ao racismo estão presentes em diversos títulos que serão exibidos na mostra. Entre eles está o filme “Diálogos com Ruth de Souza”, da diretora Juliana Vicente (de “Racionais: Das Ruas de SP pro Mundo”) - que será exibido sábado às 19h15 no Cine Metha – Glauber Rocha, e refaz a trajetória pioneira dessa atriz que enfrentou o racismo e abriu portas para outras atrizes negras no teatro, televisão e cinema no Brasil, a partir de materiais de arquivo e de conversas com a diretora. Após a sessão terá um bate-papo com a produtora do filme Diana Costa.
Merece destaque também a exibição de dois títulos assinados por Sarah Maldoror, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem na África e considerada “a mãe do cinema africano”, que estão na programação de domingo (16). São eles “Sambizanga” (1972), a obra focaliza a figura de Domingos Xavier, operário angolano e ativista anticolonial que foi preso e torturado até à morte, em 1961, pela polícia política portuguesa, e “Uma Sobremesa para Constance”, produção de 1980, que trata do tema da imigração africana e do racismo em território francês, num momento em que este assunto começava a ganhar amplitude e seu enfrentamento tornava-se incontornável.
Exibindo um total de 33 filmes, representando 16 países, o festival promove ainda projeções em 19 espaços culturais e educacionais da cidade. Três debates completam a grade: “O Futuro da Energia” (em 18/04), “Racismo Ambiental” (19/04) e “Direito à Mãe Terra” (20/04).
Dirigida por Chico Guariba e realizada pela OSC Ecofalante, a Mostra Ecofalante de Cinema já alcançou um público de mais de 880 mil pessoas desde sua primeira edição, em 2012. A 12ª edição do festival acontece de 31 de maio a 14 de junho, em São Paulo.
Confira a programação:
14/04, sexta-feira
Cine Metha – Glauber Rocha
17h30 – “Segredos do Putumayo” (83 min) – Aurélio Michiles
19h00 – “Lavra” (101 min) – Lucas Bambozzi
Sala Walter da Silveira
9h00 – sessão para estudantes
14h00 – sessão para estudantes
17h30 – “O Bem Virá” (80 min) – Uilma Queiroz
19h30 – “The Gig Is Up: O Mundo É uma Plataforma” (89 min) – Shannon Walsh
15/04, sábado
Cine Metha – Glauber Rocha
13h30 – “As Sementes de Vandana Shiva” (88 min) – Camilla Becket e James Becket
15h30 – “O Bem Virá” (80 min) – Uilma Queiroz
17h30 – “Uma História de Ossos” (95 min) – Joseph Curran e Dominic Aubrey de Vere
19h15 – “Diálogos com Ruth de Souza” (107 min) - Juliana Vicente
Sala Walter da Silveira
13h30 – – “Lavra” (101 min) – Lucas Bambozzi
15h30 – “Amianto: Crônica de um Desastre Anunciado” (90 min) – Marie-Anne Mengeot e Nina Toussaint
17h30 – “Delikado” (94 min) – Karl Malakunas
19h30 – “Uma Vez Que Você Sabe” (105 min) – Emmanuel Cappellin
16/04, domingo
Cine Metha – Glauber Rocha
10h00 – "A Viagem do Príncipe" (76 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard
13h30 – “Geração Z” (101 min) – Liz Smith
15h30 – “The Gig Is Up: O Mundo É uma Plataforma” (89 min) – Shannon Walsh
17h30 – “O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas” (87min) – Abigail Disney e Kathleen Hughes
19h00 – “Amor e Luta em Tempos de Capitalismo” (92 min) - Basile Carré-Agostini
Sala Walter da Silveira
10h00 – Sessão Infantil
15h30 – “Xaraasi Xanne – Vozes Cruzadas” 127 min) - Bouba Touré e Raphaël Grisey
17h30 – “Uma Sobremesa para Constance” (61 min) – Sarah Maldoror
19h00 – “Sambizanga” (102 min) – Sarah Maldoror
18/04, terça-feira
Cine Metha – Glauber Rocha
17h00 – “Xaraasi Xanne – Vozes Cruzadas” 127 min) - Bouba Touré e Raphaël Grisey
19h30 – “Exu e o Universo” (93 min) - Thiago Zanato
Sala Walter da Silveira
9h00 – sessão para estudantes
14h00 – sessão para estudantes
16h45 – “Deep Rising – A Última Fronteira” (93 min) – Matthieu Rytz
18h30 – “A Máquina do Petróleo” (82 min) – Emma Davie (seguido do debate “O Futuro da Energia”)
19/04, quarta-feira
Cine Metha – Glauber Rocha
17h00 – “Geração Z” (101 min) – Liz Smith
19h00 – “Vento na Fronteira” (77 min) – Laura Faerman e Marina Weis
Sala Walter da Silveira
9h00 – sessão para estudantes
14h00 – sessão para estudantes
17h00 – “Amazônia, A Nova Minamata?” (76 min) - Jorge Bodanzky
18h30 – “Filhos do Katrina” (79 min) – Edward Buckles Jr. (seguido do debate “Racismo Ambiental”)
20/04, quinta-feira
Cine Metha – Glauber Rocha
17h15 – “Delikado” (94 min) – Karl Malakunas
19h00 – “Deep Rising – A Última Fronteira” (93 min) – Matthieu Rytz
Sala Walter da Silveira
9h00 – sessão para estudantes
14h00 – sessão para estudantes
15h45 – “Nação Lakota Contra os Estados Unidos” (120 min) – Jesse Short Bull e Laura Tomaselli
18h00 – “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (17 min) – J. Moncau, E. Nikou e Coletivo Munduruku Daje Kapap Eypi
"Autodemarcação Já!" (7 min) - Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi
“A Mãe de Todas as Lutas” (84 min) - Susanna Lira (seguido do debate “O Direito à Terra dos Povos Originários”)
21/04, sexta-feira
Cine Metha – Glauber Rocha
14h30 – “Adeus, Capitão” (177 min) – Vincent Carelli e Tatiana “Tita” Almeida
17h30 – “Amor e Luta em Tempos de Capitalismo” (92 min) - Basile Carré-Agostini
19h30 – “Ser Feliz no Vão” (12 min) – Lucas H. Rossi dos Santos
“Rolê - Histórias dos Rolezinhos” (82 min) - Vladimir Seixas
22/04, sábado
Cine Metha – Glauber Rocha
14h00 – “Montanha Dourada” (54 min) – Cassandra Oliveira
15h00 – “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (17 min) – J. Moncau, E. Nikou e Coletivo Munduruku Daje Kapap Eypi
"Autodemarcação Já!” (7 min) – Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi
“A Mãe de Todas as Lutas” (84 min) – Susanna Lira
17h00 – “Escrevendo Com Fogo” (93 min) – Rintu Thomas e Sushmit Ghosh
19h00 – “Nação Lakota Contra os Estados Unidos” (120 min) – Jesse Short Bull e Laura Tomaselli
Sala Walter da Silveira
14h00 – “Ser Feliz no Vão” (12 min) – Lucas H. Rossi dos Santos
“Rolê - Histórias dos Rolezinhos” (82 min) - Vladimir Seixas
16h00 – “Uma História de Ossos” (95 min) – Joseph Curran e Dominic Aubrey de Vere
18h00 – “A Invenção do Outro” (144 min) - Bruno Jorge
23/04, domingo
Cine Metha – Glauber Rocha
10h00 – sessão infantil
13h30 – “Uma Vez Que Você Sabe” (105 min) – Emmanuel Cappellin
15h30 – “Filhos do Katrina” (79 min) – Edward Buckles Jr.
17h30 – “A Máquina do Petróleo” (82 min) – Emma Davie
19h30 – “Amianto: Crônica de um Desastre Anunciado” (90 min) – Marie-Anne Mengeot e Nina Toussaint
Sala Walter da Silveira
10h00 – sessão infantil
13h30 – “Vento na Fronteira” (77 min) – Laura Faerman e Marina Weis
15h30 – “O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas” (87min) – Abigail Disney e Kathleen Hughes
17h30 – “Exu e o Universo” (93 min) - Thiago Zanato
19h30 – “Diálogos com Ruth de Souza” (107 min) - Juliana Vicente
José Manoel Parada, diretor do Grupo Metha, assinou nesta terça-feira (9), às 17h, o acordo com o Cine Glauber Rocha, para reabertura do cinema por mais cinco anos. A cerimônia aconteceu no Restaurante La Pasta Gialla, que funciona no local, e contou com a presença do prefeito Bruno Reis.
“A parceria com a Metha veio em um momento muito oportuno. Vamos continuar a desfrutar da mais plena experiência artística que um cinema com a qualidade do Glauber Rocha pode oferecer”, afirmou Cláudio Marques, sócio do cinema.
Na cerimónia, José conta como ficou sabendo do fechamento do espaço e sobre a felicidade de levar uma empresa baiana para um local de extrema importância para os soteropolitanos.
"Eu estava em São Paulo, indo para uma reunião, quando recebi uma ligação de Antônio Carlos, que perguntou se eu havia visto a notícia sobre o cancelamento do contrato do patrocínio do Cine Glauber Rocha. Logo após pensamos que não poderíamos perder a oportunidade de pôr uma empresa baiana nesse espaço. Como missão dada é missão cumprida, conseguimos entender como poderíamos viabilizar isso tudo, e obviamente conseguimos".
A parceria do espaço com o grupo é também uma iniciativa do Instituto Metha Futuro, que é o braço de investimento social do grupo empresarial.
Os empresários Adhemar Oliveira e Claudio Marques, atuais sócios do cinema Glauber Rocha, informaram através de um comunicado, que darão continuidade à operação do espaço depois de um acordo com o Espaço Itaú de Cinema. Após o anúncio de fechamento (leia aqui), o banco informou que vai ceder todos os atuais equipamentos e instalações.
O cinema passará a operar sem o nome “Espaço Itaú de Cinema” e permanecerá fechado para a mudança da comunicação visual e outros ajustes necessários, mas terá a sua reabertura "o mais breve possível", segundo a nota.
Os sócios prometem ainda que a programação e os eventos "seguirão a busca de diversidade, característica principal de todo o trabalho desenvolvido pelo cinema, dando visibilidade a todos os tipos de filmes, com destaque ao cinema brasileiro". Os projetos especiais, formadores de plateia, como o Clube do Professor e Escola no Cinema, também terão continuidade.
"A esperança de novas parcerias alimenta o espírito dos empresários em buscar atender ainda mais a população soteropolitana. Adhemar e Claudio agradecem a parceria de 13 anos com o Espaço Itaú de Cinema", conclui o texto.
O anúncio de fechamento do espaço deu o que falar nas redes sociais, e nomes como Astrid Fontenelle, Daniela Mercury e o ex-prefeito ACM Neto lamentaram a decisão (leia aqui).
Filha do célebre cineasta baiano Glauber Rocha, a também cineasta Paloma Rocha visitará a sede da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, para vistoriar o acervo do pai depositado no local.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela, que se reuniu no fim de agosto com o secretário Especial da Cultura, Mario Frias, fará a vistoria ainda neste mês.
Ainda segundo a publicação, em conversa com Frias, Paloma conversou também sobre o acervo Tempo Glauber, que está sendo montado no Museu de Arte Moderna da Bahia (saiba mais) e reuniria também materiais que estavam armazenados no depósito da Cinemateca onde houve incêndio em julho deste ano (relembre).
À publicação, Paloma Rocha informou que o depósito continha cerca de 100 caixas com documentos relacionados a Glauber e que 20% do material foi danificado pelo fogo, enquanto 80% ainda está sob escombros. Ela afirmou ainda que aguarda um levantamento mais preciso para avaliar as perdas.
De 16 até 22 de agosto o Canal Brasil promove uma homenagem ao cineasta Glauber Rocha, morto há 40 anos. Intitulada “Mostra Glauber Rocha”, a sessão exibe clássicos do catálogo e obras que têm sua vida e obra como norte.
Estão confirmados entre outros projetos o celebrado “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1985),”O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969) e “Terra em Transe” (1967).
Confira a programação:
Diário de Sintra (2007)
Horário: segunda, dia 16/08, às 11h
Classificação: Livre
Direção: Paula Gaitán
Glauberianas (1967)
Horário: de segunda, dia 16/08, a sábado, dia 21/08, às 12h30
Classificação: Livre
Direção: Simone Zuccolotto
Barravento (1985)
Horário: segunda, dia 16/08, às 16h
Classificação: 12 anos
Direção: Glauber Rocha
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1985)
Horário: terça, dia 17/08, às 16h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha
A Idade da Terra (1980)
Horário: quarta, dia 18/08, às 16h
Classificação: 16 anos
Direção: Glauber Rocha
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969)
Horário: quinta, dia 19/08, às 16h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Terra em Transe (1967)
Horário: sexta, dia 20/08, às 16h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Rocha Que Voa (2001)
Horário: domingo, dia 22/08, às 10h
Classificação: Livre
Direção: Eryk Rocha
O documentário “Antena da Raça”, sobre Glauber Rocha, abre a 16ª edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, nesta quarta-feira (24). Selecionado para o Festival de Cannes de 2020, o longa reúne a produção do cineasta baiano, imagens de 1979 (ano marcado pela Lei da Anistia) e cenas do Brasil de 2018.
Dirigido por Luis Abramo e Paloma Rocha - filha do artista -, o longa-metragem ficará disponível online a partir das 20h e segue acessível por 24 horas. Para assistir a toda a programação, basta se cadastrar no site do festival (xvi-panorama.coisadecinema.com.br).
Também nesta quinta (24), os coordenadores do festival, Cláudio Marques e Marília Hughes, fazem uma breve abertura às 19h, com transmissão no canal do Panorama no Youtube.
Em um futuro próximo, a casa onde o cineasta Glauber Rocha viveu desde o nascimento até os nove anos de idade, em Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano, poderá ser convertida em um equipamento cultural aberto ao público.
Isto porque foi aprovado, nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal, um Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito Herzem Gusmão em outubro deste ano para a aquisição do imóvel, que agora com o aval do Legislativo volta ao Executivo para ser sancionado.
“Vislumbra-se, também, após a sua aquisição, a possibilidade de ampliar as funções da Casa Glauber enquanto centro de memória, agregando valores e realizando parcerias para atividades de formação em cinema, encontros acadêmicos, apresentações artísticas e espaço para exposições de arte e de pesquisas de memória”, diz o projeto.
A iniciativa, que há mais de duas décadas vem sendo discutida, foi possibilitada através de uma permuta na qual o Município cede uma área pública avaliada em cerca de R$ 1,34 milhão, em troca da casa, cujo valor de mercado é de aproximadamente R$ 1,95 milhão. O imóvel, segundo o texto do PL, “integra o espólio do Sr. Hermes Mendes de Andrade, cujo inventariante é o Sr. Hermes Mendes de Andrade Neto”, este último, primo de Glauber. O documento destaca ainda que “todos os herdeiros e seus respectivos cônjuges estão de acordo com a presente permuta”, autorizada por meio de Alvará Judicial.
Glauber teve inspiração para criar o célebre personagem Antônio das Mortes em frente à casa onde viveu durante a infância | Foto: George Neri
Em entrevista ao Bahia Notícias, o Coordenador de Eventos da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Conquista (Sectel), George Neri, explicou que o terreno em questão consiste em uma área verde de propriedade da prefeitura, que atualmente passa por um processo de desafetação. “É uma área maior, só que aí você precisa desafetar essa área verde toda, porque é um lote só. E aí, uma parte da área foi feito um estudo de viabilidade de acordo com o valor venal da casa de Glauber Rocha, que será permutado por um terreno de mesmo valor escolhido pela família”, detalhou.
Quando a casa estiver em posse do Município, Neri diz que os próximos passos são definir exatamente o modelo do equipamento cultural que será implantado, lembrando que já foram idealizados na cidade diversos projetos para este fim, desde um memorial, passando por espaço técnico de formação de produtores de audiovisual, até parte de um polo de cinema no Sudoeste baiano.
“Não foi definida ainda, porque existem projetos que foram realizados um tempo atrás, mas a gente precisa entender direito se eles cabem, se tem recurso para tal. Ou seja, a gente precisa criar primeiro esse alicerce estrutural, o alicerce de dotação, tudo isso para que a casa consiga ter uma vida própria, virar, quem sabe, uma fundação, para até a gente conseguir captar recursos de forma mais independente. A gente está estudando uma forma mais interessante de que a casa tenha mais autonomia, que não vire só um museu, por exemplo. Que seja uma casa que seja um fomento, que seja a partir da Casa Glauber Rocha. A partir dela, que seja fomento para cultura para a cidade inteira”, explica George Neri.
O coordenador da Sectel pontuou ainda que o encaminhamento dependerá também de apoios externos, já que a prefeitura não tem condições de bancar com recursos próprios. Neste sentido, ele comemorou o recente anúncio da criação do Tempo Glauber pelo governo do estado, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador (clique aqui e saiba mais), e defendeu esforços conjuntos para a implementação da Casa Glauber, em Conquista. “Eu acho que a gente vai precisar do governo do estado, com certeza, porque Glauber Rocha não é um cineasta local, ele é internacional. Ele nasceu aqui em Conquista, mas foi pro mundo. É um cara de repercussão internacional, então não tem sentido Conquista ficar sozinha nessa. Acho que vai ter muitos apoiadores, inclusive internacionais”, avaliou.
Vale lembrar que em 2019, após a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, o governador Rui Costa chegou a anunciar a criação da Casa Glauber, em Vitória da Conquista (relembre). O projeto, entretanto, não foi tocado até agora e, segundo declarou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) ao Bahia Notícias, na última quinta-feira (17), “o que ele [Rui] anunciou está em estudo” e “a novidade que temos é o que foi anunciado há alguns dias sobre a transferência do arquivo dele para a Bahia”.
Aeroporto Glauber Rocha foi inaugurado em julho de 2019, em meio a desavenças entre o governador Rui Costa e o presidente Jair Bolsonaro | Foto: Divulgação
TOMBAMENTO
A aprovação do Projeto de Lei, segundo George Neri, poderá ajudar ainda em um passo importante, que é o tombamento da Casa de Glauber. Ele lembrou que em 2018 foi criada uma Comissão de Preservação Material e Imaterial de Vitória da Conquista, por meio da qual foi feito um levantamento de 76 casarios com capacidade de serem tombados, seja por aspectos arquitetônicos, culturais ou históricos.
“A casa de Glauber, naturalmente, está no meio desse estudo, inclusive foi a primeira casa que nós nos debruçamos. Já fizemos um dossiê Casa Glauber Rocha com várias informações, fotografias do imóvel que tem 11 cômodos e tem características de arte nouveau. Enfim, é uma casa bem interessante pra virar o que ela quiser. Um museu, um espaço cultural, um centro de formação técnica”, conta o coordenador, lembrando que “é mais fácil fazer o tombamento” quando o bem é de propriedade da prefeitura.
Ele contou ainda que o imóvel já despertou o interesse do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do governo federal. “A gente recebeu um ofício do Iphan querendo saber informações sobre como está o processo. A gente está em contato e acho que no próximo ano vai dar prosseguimento. Por conta dessa pandemia, muitos serviços ficaram meio atrapalhados, mas a gente já tem o contato com o Iphan, já mandamos o dossiê, então eu acho que vai ser um tombamento tanto federal, quanto municipal e estadual, no caso”, avaliou.
POLO DE TURISMO CULTURAL
Junto com outros equipamentos como o Cristo de autoria do artista plástico Mário Cravo Jr., a prefeitura de Conquista prevê a criação de um polo de turismo cultural na cidade | Foto: Tatiana Azeviche
Como gestor da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, George lembrou ainda que a implementação da Casa Glauber como equipamento cultural, assim como a preservação de equipamentos como o Cristo de Mário Cravo Jr., o Cine Madrigal e o Museu Cajaíba, podem impactar positivamente para atrair visitantes a Vitória da Conquista.
“Além da parte cultural, que não precisa nem dizer, mas a questão turística, o tanto que a cidade pode ganhar.... Nós já temos até um aeroporto chamado Glauber Rocha, imagine só que esse conjunto todo pode ser divulgado de uma forma para atrair turismo, não só como uma cidade comercial, mas como uma cidade cultural, para o pessoal vir e fazer um circuito cultural”, projeta.
O governo da Bahia deu o pontapé inicial do Tempo Glauber Digital, um acervo digital do cineasta baiano que será instalado no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA).
“Hoje vivemos esse primeiro momento, aqui na Dimas, que marca a entrega de três objetos simbólicos: punhal, espada e a câmera usada nos primeiros filmes de Glauber Rocha. O segundo momento será a implantação de uma sala no MAM com equipamentos apropriados, que abrigará cartazes, exposições e instrumentos importantes e específicos para acesso do público. Tanto estudantes da rede pública e quanto pesquisadores, não somente daqui da Bahia, mas do Brasil e do mundo, poderão acessar esse que será o Tempo Glauber Digital”, declarou a secretária de Cultura, Arany Santana, durante encontro para a formalização do projeto, realizado nesta terça-feira (14), na sede da Diretoria de Audiovisual (DIMAS) da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Além da titular da Secult, o evento contou com a presença de Paloma Rocha, filha de Glauber; da diretora da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Renata Dias; do diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), João Carlos Oliveira, além de outras autoridades ligadas ao segmento cultural no estado.
Em sua fala, Paloma Rocha destacou que a ideia é que o acervo do artista esteja no local de origem de Glauber, possibilitando que a população baiana tenha acesso à produção e cumprindo a verdadeira vocação de sua obra, que é o acesso público. “Esse projeto faz parte da política pública do Governo da Bahia, que está investindo na restauração e na preservação da memória. E o Glauber, para além da memória, ele é uma memória viva. É uma memória atual. Os filmes dele dialogam com as ruas do Brasil, hoje”, disse. “É uma das coisas que nos resta nesse momento de desaparecimento total das atividades e das referências culturais. Faço questão de levar esse projeto adiante até o acesso público dele”, completou Paloma, que será curadora do projeto.
Tempo Glauber Digital contará com mais de 50 mil itens, entre projetos, desenhos, fotografias, cartas e todos os filmes de Glauber Rocha. Além do material digitalizado, ficarão expostos no MAM-BA ainda cartazes originais dos filmes, a câmera do cineasta, uma espada e o facão usados nas suas icônicas películas (clique aqui e saiba mais).
A Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) formaliza, nesta terça-feira (8), a transação que prevê a instalação de um acervo digital de Glauber Rocha, na capital baiana. A assinatura do termo será realizada na sede da Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia, com a presença da secretária estadual de Cultura, Arany Santana, e de Paloma Rocha, filha do cineasta.
Idealizada pelo governador Rui Costa, a iniciativa foi anunciada em agosto de 2019, durante o lançamento da exposição “Glauber em Movimento”, que trouxe para a Bahia parte do acervo do artista conquistense.
A mostra foi realizada no recém inaugurado Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, e era composta por 16 totens, remontando a linha do tempo do cineasta, com informações e conteúdo fotográfico, arquivístico e audiovisual, destacando não somente a trajetória profissional de Glauber Rocha, mas também sua dimensão humana e pessoal. A exposição seguiu para o Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, também na cidade natal do artista.
A proposta agora é instalar no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador, o Tempo Glauber Digital, com mais de 50 mil itens entre projetos, desenhos, fotografias, cartas, além de todos os filmes do cineasta baiano.
Além do material digitalizado, ficarão expostos no espaço os cartazes originais dos filmes, a câmera do artista, uma espada e o facão usados nas suas icônicas obras. O espaço terá a curadoria de Paloma Rocha.
Estreia do baiano Wagner Moura como diretor de longa-metragem, "Marighella" será exibido no Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha em plena Semana da Consciência Negra. Oficialmente, o filme sobre o guerrilheiro e político soteropolitano só será lançado em 14 de abril de 2021, então, quem quiser aproveitar as sessões especiais, tem desta quinta (19) até a próxima quarta-feira (25) para garantir um ingresso.
"Marighella" chega ao Brasil após uma longa trajetória por festivais de cinema no exterior. Foram passagens em Berlim, Seattle, Hong Kong, Sydney, Santiago, Havana, Istambul, Atenas entre cerca de 30 exibições em países dos cinco continentes. Produzido pela O2 Filmes, o filme tem coprodução da Globo Filmes e Maria da Fé.
O elenco conta com Seu Jorge no papel principal, além de estrelas globais como Bruno Gagliasso, Adriana Esteves, Herson Capri e Humberto Carrão, só para citar alguns. A história é centrada nos últimos anos de vida de Carlos Marighella, o período em que ele se tornou guerrilheiro, líder de um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil na década de 1960.
O filme mais notório do baiano Glauber Rocha será restaurado em 4K. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" ganhará uma nova versão tocada por Paloma Rocha, filha do cineasta, em parceria com um investidor privado.
Segundo a coluna de Guilherme Amado no site da revista Época, em fevereiro deste ano foi feito o escaneamento 4K do negativo original da imagem do filme. A próxima etapa do processo será o restauro do som.
O cineasta coreano Bong Joon-ho, diretor do filme "Parasita", admitiu acompanhar as produções latino-americanas. Conforme publicou O Globo, o realizador da obra que levou para casa quatro Oscars neste domingo (9), confessou em uma entrevista ao jornal a influência das obras latinas em seu trabalho. Uma em especial chama a sua atenção: “Deus e o diabo na terra do sol”, do baiano Glauber Rocha.
"Sempre que posso, confiro o que estão fazendo os novos diretores chilenos, peruanos, argentinos, brasileiros. Porém, de todos eles, 'Deus e o diabo na terra do sol' (1964), do Glauber Rocha, foi o filme que jamais saiu de minha cabeça. É impressionante, ainda hoje fico de boca aberta ao rever aquela maravilha", declarou Bong Joon-ho ao jornal em 2017.
Além de Glauber, Alfred Hitchcock seria outra inspiração para o processo de concepção de seus filmes. "O hospedeiro" e "Okja" são algumas das obras do seu portfólio.
A cantora Ava Rocha, filha do cineasta Glauber Rocha, se apresenta neste sábado (2), a partir das 20h, no Oliveiras na Laje, no terraço do Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha. A apresentação integra a programação do XV Panorama Internacional Coisa de Cinema. Os ingressos custam R$ 15.
Ava tem mais de 10 anos de carreira na música e é conhecida pelo seu estilo experimental, mas seus últimos trabalhos flertam com sonoridades mais populares, entre elas a MPB. Na ocasião, a artista apresentará um apanhado dos seus três discos: Diurno (2011), Ava Patrya Yndia Yracema (2015) e Trança (2018). Entre os sucessos de Ava estão as canções “Joana Dark”, “Transeunte Coração”, “Maré Erê” e “Auto das bacantes”.
O XV Panorama segue até o dia 6 de novembro, em Salvador e Cachoeira. O festival conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, e do Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual.
A Mostra Cinema Conquista, que acontece a partir deste domingo (1º) até o dia 5 de setembro, anunciou em sua programação a remontagem de parte da exposição da "Mostra Glauber Rocha: Ressuscita o Povo Brasileiro".
As duas Mostras se unem com o objetivo de relembrar a vida e obra de um dos nomes de destaque do cinema nacional, que completaria 80 anos em 2019. Segundo o artista visual Vinícius Gil, que estará presente na Mostra Cinema será um eco da exposição que “tem essa ideia de trazer as misturas e os contrastes barrocos de Glauber”. O conceito presente na montagem perpassa por nuances que levam o público a refletir sobre a constituição da obra do cineasta. Dessa forma, o artista afirma que “assim como a religião é um portal para você transcender, o cinema de Glauber transcende o próprio cinema”.
A remontagem ficará exposta no mezanino e no foyer do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima durante toda a programação da Mostra Cinema Conquista.
O Aeroporto Glauber Rocha, inaugurado no mês de julho em meio a desavenças entre o governador Rui Costa e o presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), abrirá uma exposição em homenagem ao cineasta baiano que dá nome ao equipamento, nesta quinta-feira (22), às 16h.
Em cartaz até 20 de outubro, a mostra é composta por 16 totens que remontam a linha do tempo da trajetória de Glauber Rocha. No espaço, o público poderá conferir informações, fotografias, arquivos e material audiovisual sobre, não somente a carreira profissional do artista conquistense, mas também sua dimensão humana e pessoal.
A exposição é uma pequena mostra do Acervo Glauber Rocha, que levará o Tempo Glauber Digital, de forma permanente, para o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador, além de dispor online o material com 50 mil itens digitalizados. A curadoria é de Paloma Rocha, filha do cineasta.
“Esta ação é a oportunidade de chamar atenção para um grande projeto que será implementado na Bahia. Ela presta homenagem a um filho ilustre da cidade e apresenta um pouco da sua história. É algo dele ali que vai sensibilizar e emocionar quem estiver vendo”, diz Paloma, que na ocasião da inauguração do aeroporto, decidiu cancelar sua participação em protesto à forma como se deu o evento (clique aqui).
O governador Rui Costa anunciou, durante o programa 'Papo Correria' da última terça-feira (23), o lançamento da Casa Glauber Rocha, em Vitória da Conquista. A declaração veio após a visita de Jair Bolsonaro ao estado para inaugurar o aeroporto que recebe o nome do cineasta conquistense, motivo de disputa entre os chefes do executivo estadual e nacional.
Segundo Rui, uma exposição homenageando Glauber irá percorrer municípios da Bahia. “Homenagem especial a Glauber Rocha, um nome internacional, conhecido no mundo inteiro”, declarou o governador.
As informações são do Varela Notícias.
Paloma Rocha, filha de Glauber Rocha, cineasta baiano que dá nome ao novo aeroporto de Vitória da Conquista, decidiu cancelar a participação na inauguração do espaço, nesta terça-feira (23). "Queridos amigos, quero esclarecer que repudio o ato do Presidente Bolsonaro, pois considero um oportunismo político com o uso indevido do nome de meu pai e mais um golpe contra a cultura e o cinema brasileiro que se encontra ameaçado pela censura e pela extinção da Ancine. Esta obra foi idealizada no governo Lula e realizada pelo atual Governo do Estado da Bahia", informou Paloma, por meio de suas redes sociais.
Ela não foi a única a desistir de comparecer ao evento. Em atrito com Jair Bolsonaro (PSL), o governador Rui Costa (PT) anunciou, na segunda-feira (22), que também não iria (clique aqui e saiba mais). Em um vídeo publicado nas redes, ele criticou o presidente por “transformar o evento em uma convenção político-partidária”, tendo optado por um evento fechado, convidando prioritariamente adversários políticos do petista e excluindo a participação do povo.
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista também informou que não enviará representantes para a inauguração. Em nota, a casa criticou a falta de participação popular (clique aqui e entenda).
A montagem de Márcio Meirelles, que estreia no dia 4 de janeiro, às 20h, no Teatro Vila Velha é un musical em que a coreografia de Cristina Castro e a trilha sonora original e identidade visual do Tropical Selvagem (Ronei Jorge/João Meirelles e Lia Cunha/Iansã Negrão) se juntam para criar um painel de encontros, trânsitos, memórias e entraves ideológicos do projeto político de João Goulart, conforme escrito por Glauber Rocha. O texto revive o ex-presidente João Goulart, exilado após o Golpe Militar, e instala na cena um debate contemporâneo sobre o cenário político atual, no mesmo palco em que o Estado brasileiro pediu desculpas e indenizou a família de Glauber pela censura e perseguição criminosa ao cineasta baiano, em 2010. Com um elenco formado por jovens atores da “universidade LIVRE de teatro vila velha” - atuantes nas diversas etapas de construção desse trabalho – o espetáculo se fortalece com as participações especiais dos veteranos: Celso Jr. (ator com mais de 30 anos de carreira), Sergio Laurentino (Bando de Teatro Olodum), de atores formados na LIVRE: Vado Souza e Yan Britto (intérprete de Jango) e do Balé Jovem de Salvador (companhia e programa de formação em dança criado pelo bailarino e coreógrafo Matias Santiago). Além de Jadsa Castro e Caio Terra como músicos da banda ao vivo.
SERVIÇO
O QUÊ: Espetáculo JANGO: UMA TRAGÉDYA
QUANDO: Quinta, 4 de janeiro (até 28 de janeiro), 20h (quinta a sábado) e 19h (domingo)
ONDE: Teatro Vila Velha - Passeio Público, S/N, Campo Grande - Salvador - BA
VALOR: R$ 20 (inteira) / R$ 10,00 (meia) – (preço até 30/12/2017)
Célebre cineasta brasileiro e um dos principais nomes do Cinema Novo, o conquistense Glauber Rocha ganhou uma homenagem em sua terra natal, nesta quinta-feira (21). O tributo se deu após o governador Rui Costa sancionar uma Lei que batiza o novo aeroporto de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, com o nome do artista. “O Governador do Estado da Bahia, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O novo Aeroporto de Vitória da Conquista, situado na cidade de Vitória da Conquista, Estado da Bahia, será denominado Aeroporto de Vitória da Conquista - Glauber de Andrade Rocha”, diz texto da Lei nº 13.812, publicado no Diário Oficial do Estado, nesta sexta-feira (22). Ainda em fase de obras (clique aqui), o novo aeroporto de Conquista deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2018, segundo o próprio governador (clique aqui e saiba mais).
Público baiano poderá conferir show completo do disco "Ava Patrya Yndia Yracema”:
Filha do cineasta baiano Glauber Rocha, a visceral Ava promete levar ao palco sua arte em completude. “O cinema tá na tela da pele, na frente do olho, no plano imagem que vê e não se vê, cinema é pensamento, movimento, som, imagem e invenção”, diz ela. "Meu lado cineasta não existe, sou feita de cinema, cinema água que me percorre e traz e leva os sons, a música, o que seja, tudo é, não precisa de um projetor”, diz a multiartista, para explicar que os fãs baianos “essencialmente verão cinema”.
Irreverente, Ava Rocha lançou o single "Lyngua Loka" no Carnaval de 2016:
A virada conta com mostras, shows, exposições, oficinas e peças de teatro para todos os públicos, como o espetáculo "Macaquinhos", que discute o corpo a partir do ânus, e a peça "Guia Improvável para Corpos Mutantes" para o público infantil. Principal palco do projeto, a Praça Castro Alves recebe shows musicais, a exposição internacional "Standard Time" com o alemão Mark Formanek e ainda uma edição especial d'A Feira da Cidade. “Essa programação foi pensada como intensidade e tempo, como a gente pensa obras e artistas que estão de algum jeito mexendo com isso. Então, Karine Alexandrino e Jaloo, por exemplo, a gente pensou em alguém que, nessa duração da madrugada em um lugar considerado inóspito, escuro, pudesse iluminar essa praça”, pontua o curador, acrescentando ainda a busca por uma programação diversa que se complemente dentro do tema.
Jaloo se apresenta na madrugada deste sábado (20), em show gratuito, na Praça Castro Alves | Foto: Jr Franch
Filme sobre a história de 'Osvaldão', membro da Guerrilha do Araguaia, estreia nesta terça
O público de Salvador também mostrou engajamento com o projeto, financiado coletivamente no Catarse. "Salvador teve uma participação importante na campanha de financiamento, além disso Osvaldão é um herói negro e eu acho que Salvador e a Bahia são lugares no Brasil onde isso é mais forte, onde essa questão é sempre levantada, onde tem uma chama viva sobre essa questão o tempo todo", destaca Anna. Todos os diretores estarão presentes na pré-estreia do longa no Glauber Rocha. "O filme não poderia ser exibido no Brasil todo e não em Salvador", finaliza.
Horário: 21h
O indiano foi um dos principais mestres de Kriya Ioga e o primeiro mestre hindu a trazer para o Ocidente os ensinamentos espirituais da atividade, em 1920. Nos Estados Unidos, ele fundou o "Self-Realization Fellowship", que tinha o objetivo de difundir a yoga para pessoas de todas as raças, culturas e credos. Além de uma biografia não convencional de Yogananda, o documentário explora o universo do yoga moderno e antigo, tanto no Oriente quanto no Ocidente.
Lançamento do filme Gaivotas
Serviço
As questões de mercado, da cidadania, o mensalão. Em tudo ele estaria apontando o dedo acusador, e pode-se supor que viessem surpresas do seu olhar arguto. Glauber foi um furacão que assolou o cinema brasileiro nos anos 1960, sua grande fase. Nascido em Vitória da Conquista, virou chefe de fila - ideólogo, ou teórico - de um movimento que até hoje gera controvérsia. O Cinema Novo nasceu com o objetivo programático de colocar a cara do Brasil na tela. E era revolucionário, feito por artistas que acreditavam na câmera como instrumento para mudar o mundo.
Programação
“Disque M para Matar” – 3 de novembro, às 14h30; 6 de novembro, às 18h30
“Psicose” – 2 de novembro, às 18h55; 5 de novembro, às 15h50
“Um Corpo Que Cai” – 1º de novembro, às 15h25; 4 de novembro, às 18h
“Janela Indiscreta” – 1º de novembro, às 17h40; 5 de novembro, às 17h50
“Os Pássaros” – 2 de novembro, às 15h10; 4 de novembro, às 15h50
Aos 85 anos, o professor Germano Dias Machado é um jovem ainda cheio de sonhos e projetos mesmo diante do muito que já realizou. Fundador do Círculo de Estudo, Pensamento e Ação (Cepa), ele relembra a trajetória do círculo, comenta o momento atual da cultura baiana, fala sobre ecumenismo, política e tece críticas ao livro de Nelson Motta sobre Glauber Rocha. “Eu acho que ele fez aquilo para ganhar dinheiro”, sugeriu. Já ao citar Jorge Amado, ele lembra que, conforme pesquisa do jornalista Geneton Moraes, o escritor colaborou para um jornal nazista, mas desconversa: “não existe homem perfeito." Confira o vídeo do bate-papo com nosso colunista James Martins e leia na íntegra a entrevista na Coluna Entretenimento.
Motta também aproveita para lançar seu novo livro, uma biografia sobre o cineasta Glauber Rocha. “Primavera de Dragão”, com lançamento nacional previsto também para outubro, pela Editora Objetiva, fala dos anos dourados do diretor baiano. Em um dos capítulos de destaque, “Primavera em Paris, Outono no Rio", ele fala dos dias tumultuados que marcaram o país depois do golpe militar de 1964 e passagem de Glauber pelo Festival de Cannes, na França.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Tá igual a mandacaru, que não dá sombra nem encosto".
Disse o senador Jaques Wagner (PT) rebateu as críticas feitas pelo o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.