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O Mapa Segurança Pública de 2025, divulgado em junho deste ano, aponta que cerca de quatro mulheres são assassinadas por dia no Brasil, o equivalente a uma morte a cada 8 horas. É neste contexto, com mais de 1.400 mulheres mortas por feminicídio no Brasil em 2024, que o Levante Mulheres Vivas vem organizando protestos contra a violência de gênero em todo o Brasil. Após uma série de protestos no dia 7 de dezembro, a mobilização busca levar as mulheres baianas às ruas no dia 14 de dezembro, este domingo.
Por meio de publicações nas redes sociais, o grupo responsável pela mobilização, o Levante das Mulheres Vivas na Bahia, mostra os rostos de mulheres comuns, em suas mais diversas áreas de atuação, que se chamam outras colegas, amigas e familiares para o protesto que deve ser iniciado às 10h a partir do Cristo da Barra em direção ao Farol, ponto turístico da capital baiana.
O Bahia Notícias conversou com Sandra Munõz, uma belo-horizontina que vive na Bahia há mais de 37 anos, e adotou a defesa das mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ como sua luta pessoal. Líder estadual do Levante e participante organizadora de outras manifestações nacionais, ela destaca a importância deste momento.
“O que impacta mesmo agora é isso. As mulheres estão cansadas, elas não aguentam mais ver morte, não aguentam ver mais assassinatos. Então, eu acho que quando as mulheres vão para rua, é nesse sentido”, afirma. Para ela, o momento da mobilização também é importante: “É para a gente falar: ‘Ó, nós estamos aqui no processo do Natal, que em vez de a gente estar cuidando, né, das nossas vidas, tirando férias, cuidando da nossa família para o Natal, eu estou no meio da rua pedindo que eu viva até o final do ano, como as outras companheiras não conseguiam viver’”, destaca.

A esquerda, de chapéu vermelho, Sandra Munhõz | Foto: Arquivo pessoal
Ela considera que, apesar da crescente campanha nacional de conscientização sobre o tema, as políticas públicas são insuficientes. Como gestora de uma casa de acolhimento a mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ em Salvador, a Casa de Acolhimento Marielle Franco Brasil, aberta oficialmente em 2023, Sandra narra uma dessas experiências que se tornaram comuns em sua rotina.
“Uma menina estava na Casa da Mulher Brasileira chorando e uma amiga me ligou e falou: ‘Sandra, eu tenho uma amiga minha que ela não tem para onde ir, com quatro crianças’. Na hora, eu pensei: ‘Como assim, quatro crianças não tem para onde ir? A Casa da Mulher Brasileira não é o lugar que indica para ir à casa de acolhimento?’. E ela responde que o marido dela estava na casa dela e ela não tinha medida protetiva. O pessoal ligou para a polícia ir lá tirar ele, e quando chegou, o policial disse que não poderia tirar ele da casa sem a medida protetiva”, relata. “Na delegacia, o delegado pergunta se o marido bateu nela e ela respondeu: ‘Não, hoje não, mas ele tá sempre me batendo’ e ele fala: ‘Ah, mas você não tem marca". Então assim, então as mulheres estão cansadas disso”, conclui.
Apesar de lidar cotidianamente com histórias como essa, Sandra revela ainda que sua relação com a violência começou muitos anos antes. Quando, ainda criança, a violência de gênero atravessou a sua vida e a de sua mãe. “A minha militância começa com 13 anos de idade. Eu era jogadora de futebol em Belo Horizonte, fazia Senai em mecânica e um dia eu cheguei em casa do futebol, meu pai estava batendo nela", relata.
"Eu peguei a mão dele e falei: ‘Nunca mais você bate nela e eu vou te meter porrada’. Claro que ele me bateu, mesmo eu batendo nele, porque ele era mais forte, mas eu falei com a minha mãe: ‘Vamos sair dessa casa, vamos sair dessa vida’. Ela disse: ‘Olha, para mim não tem mais jeito. Eu apanho do seu pai já tem 20 anos e é a primeira vez que eu que ele me bate na sua frente, [é a primeira vez que] você chegou e ele não parou’”, completa.
A ativista conta que esse momento funcionou como uma virada em sua vida. E a influência de sua mãe a tornou “um monstro” contra o patriarcado e em defesa das mulheres: “Ela disse: ‘Mas eu quero que você vire um monstro para salvar as mulheres, que como eu não fui, você consiga ser liberta, salva, eu quero você salva e não quero que você coma reggae de ninguém, eu quero que você seja determinada a salvar as mulheres’”, completa Sandra.
E com esse impulso ela conta que acabou se engajando nacional e internacionalmente movimentos feministas, principalmente contra a violência de gênero. Pedagoga, Sandra Munõz já chegou a comandar a Marcha das Vadias, no Brasil, e a Marcha las Putas, em outros países da América Latina, ambas em protesto pelos direitos das mulheres e liberdade sexual feminina. É essa experiência que ela quer usar neste domingo:
“Na verdade, quando as mulheres me chamam, né, para estar na frente nacionalmente, é porque elas já sabem [dessas experiências]. Então, eu já tenho uma experiência de estar fazendo essa movimentação. Eu estou desde o começo, porque o movimento ele não começa agora”, conta. “Assim, quem tava pegando pesado mesmo é a Casa Marielle Franco e nós começamos a chamar as outras mulheres e de outros movimentos e falar: ‘Olha, é o seguinte, nós vamos fazer sozinhas. Se vocês não quiserem, nós vamos para a rua mesmo assim”.
Reunião de chamada do Levante Mulheres Vivas em Salvador | Foto: Reprodução / Arquivo pessoal.
Sobre as expectativas para a realização da manifestação no domingo, Sandra destaca que o posicionamento segue o mesmo. “Eu não quero saber de quantidade. Eu não quero colocar 1.000 mulheres na rua. Eu quero colocar três que têm consciência do que a gente tá fazendo, entendeu?”, destaca.
Ela explica que é difícil mensurar o impacto de manifestações pelo tamanho, especialmente considerando temas mais sensíveis. Por isso, ela diz que “então, eu não estou preocupada de colocar 5 milhões na rua, colocar 9 milhões”. “Que legal se a gente colocar, mas isso para mim não é importante. Eu quero que a mulher entenda que ela tá lá na rua, porque a irmã dela, a vizinha dela ou ela pode ser a próxima [vítima]”, completa.
Apesar disso, o que se viu nas ruas no último domingo (7) foram milhares de mulheres nas ruas do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG). Na capital paulista, o ato reuniu 9,2 mil pessoas, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a USP.
É pensando nisso que as baianas - de nascimento e de coração - vão iniciar a concentração do Levante às 9h da manhã, no Cristo da Barra, para ecoar as vozes de milhares de mulheres em defesa de suas vidas.
O Brasil é um país fortemente machista, e as mulheres não são tratadas com respeito nem na rua, nem no trabalho e até em suas casas. Esses são alguns dos resultados da 11ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizado pelo DataSenado e pela Nexus, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), do Senado Federal.
O estudo é um dos maiores levantamentos feitos no país sobre o tema da violência contra a mulher, e revela em números o que as brasileiras vivem em seu dia a dia: falta de respeito, agressões, violência e machismo são constantes na vida da mulher.
O levantamento mostra uma quase totalidade na percepção entre as mulheres de que o machismo segue sendo regra no país, e não exceção: 94% das entrevistadas classificam o Brasil como um país “muito machista”.
Em relação à falta de respeito com que são tratadas no dia dia, os resultados mostram que esse desrespeito constante atravessa atravessa todos os espaços da vida das mulheres:
49% acham (pensam/percebem) que as mulheres não são respeitadas nas ruas; 24% acham (pensam/percebem) que as mulheres não são respeitadas no trabalho; 21% acham (pensam/percebem) que as mulheres não são respeitadas em casa, pela família.
Desde 2011, a rua é o ambiente mais mencionado como local de maior desrespeito às mulheres brasileiras. Ainda que a quantidade de mulheres com esta percepção tenha caído 3 pontos percentuais entre 2023 e 2025, quase metade (49%) das entrevistadas ainda afirma que é nas vias públicas que as mulheres ficam mais vulneráveis.
Já a percepção de que o desrespeito é maior dentro de casa aumentou 4 pontos, o que corresponde a cerca de 3,3 milhões de mulheres a mais que passaram a ver o ambiente familiar como o lugar mais inseguro.
Os dados do levantamento mostram que em relação ao ambiente de trabalho, não houve alteração significativa da pesquisa atual em relação às anteriores. O local de trabalho, entretanto, permanece sendo o segundo ambiente em que as mulheres percebem que há menos respeito.
Em relação à violência de gênero, a 11ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher mostra que, desde 2017, cerca de oito em cada dez mulheres acreditam que houve aumento nas agressões domésticas. Em 2025, 79% afirmaram perceber um crescimento da violência.
Quando perguntadas sobre a reação das vítimas: Apenas 11% acreditam que mulheres denunciam “sempre” ou “na maioria das vezes”; 23% dizem que as vítimas não denunciam.
A percepção de que o Brasil é um país machista continua praticamente unânime entre as mulheres. Em 2025, 94% delas afirmam viver em um país machista, mesmo índice de 2023. O que mudou foi a intensidade: o grupo que considera o Brasil muito machista subiu de 62% para 70% em dois anos, o que representa 8 milhões de mulheres a mais com avaliação mais crítica sobre a desigualdade de gênero.
A edição deste ano da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher teve como população-alvo mulheres com 16 anos ou mais, residentes no Brasil. No total, foram 21.641 entrevistas. As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas, permitindo calcular a margem de erro para cada resultado com nível de confiança de 95%.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, abriu a sessão plenária desta quarta-feira (3) com um chamado à ação imediata para enfrentar a escalada da violência contra mulheres e meninas no país. “Não descansaremos enquanto houver uma mulher em risco”, afirmou, definindo um tom de urgência ao tema.
Em seu pronunciamento, Fachin conclamou a sociedade a enfrentar as bases culturais do problema. “É urgente romper o silêncio, enfrentar o preconceito e superar a naturalização do machismo”, disse. Para ele, é indispensável que o Brasil supere os padrões que perpetuam a violência nos lares, nos ambientes de trabalho e nos espaços públicos.
O ministro destacou que a gravidade de episódios recentes, como o feminicídio brutal de uma jovem em Santa Catarina, exige do Poder Judiciário uma atuação firme. “O Judiciário expressa sua solidariedade irrestrita às famílias e às pessoas próximas às vítimas dessas atrocidades. Àquelas que perderam mulheres queridas — mães, filhas, irmãs, companheiras, colegas de trabalho —, oferecemos nosso respeito, compaixão e compromisso de lutar por justiça, reparação e memória”, declarou.
Fachin defendeu que apenas uma ação coordenada pode frear a violência que atinge as mulheres de forma desproporcional. Por isso, conclamou para uma atuação conjunta de autoridades dos três Poderes, profissionais de segurança pública, saúde, assistência social, imprensa e sociedade civil. “A proteção das mulheres exige ação contínua, vigilância institucional e compromisso de toda a sociedade”, afirmou.
DIMENSÃO DO PROBLEMA
Os dados citados pelo ministro têm base no Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, do Ministério das Mulheres, que registrou 1.450 feminicídios em 2024, além de 2.485 homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte contra mulheres. A violência sexual também foi apontada como alarmante: 71.892 casos de estupro no último ano, uma média de 196 por dia, sendo a maioria das vítimas meninas de até 13 anos, agredidas dentro de casa por conhecidos.
Fachin também destacou a dimensão racial da violência. “Entre as mulheres adultas vítimas de violência, mais de 60% são pretas ou pardas. Esses dados demonstram a interseção entre gênero, raça e vulnerabilidade social.”
No âmbito da Justiça, o Painel de Violência contra a Mulher do CNJ contabilizou, em 2024, 6.066 processos de feminicídio julgados em primeiro grau e cerca de 869 mil pedidos de medidas protetivas, com 92% concedidos imediatamente. Para o ministro, esses números, ainda que representem “a face visível de uma realidade marcada pela subnotificação”, evidenciam o esforço do Judiciário.
Ele reiterou que o Poder Judiciário permanecerá mobilizado e que não há espaço para tolerância. “Há um repúdio absoluto a toda e qualquer forma de violência contra a mulher. Não há relativização possível quando vidas são ceifadas e famílias são destruídas.”
INVISIBILIDADE
A ministra Cármen Lúcia, que também se manifestou, ressaltou que o país vive um momento alarmante. “Não se sabe se é um aumento gritante de casos de feminicídio ou se estamos saindo de uma invisibilidade em que isso acontecia de uma maneira silenciosa e, portanto, mais trágica ainda”, ponderou, lembrando que o tema foi recentemente debatido em encontro nacional do Judiciário.
Ela afirmou que a violência de gênero, seja física, política ou econômica, nega a civilidade e a própria humanidade, configurando uma tragédia cotidiana. A ministra reforçou que “não há democracia sem igualdade” e destacou o compromisso do Judiciário de atuar, alertar e contribuir para o combate às diversas formas de agressão.
Uma professora foi encontrada morta ainda na cama na noite deste sábado (22), por volta das 19h, em Salinas da Margarida, no Recôncavo Baiano. A principal linha de investigação aponta para feminicídio, sendo suspeito o marido da vítima, cujo nome não foi divulgado.
Informações do Blog do Valente, parceiro local do Bahia Notícias, confirmam que a professora foi atingida por golpes de faca enquanto dormia. Após o ataque, o principal suspeito teria ingerido uma quantidade elevada de medicamentos. Ele foi socorrido e encaminhado para atendimento médico.
Há relatos divergentes entre vizinhos e pessoas próximas: alguns indicam que ele tentou tirar a própria vida, enquanto outros sugerem que o mal-estar foi provocado por uma condição diabética preexistente. O suspeito permanece sob custódia médica.
Relatos apontam que o crime pode ter sido motivado por ciúmes e um histórico de conflitos no relacionamento do casal. No entanto, as autoridades não confirmaram essa versão publicamente. Conflitos domésticos costumam ser uma característica comum em casos de feminicídios, o interior baiano tem tido um aumento de casos como este nos últimos anos.
A Polícia Civil já deu início às investigações para esclarecer a dinâmica do crime e a motivação exata. A vítima deixa um filho, e o caso causou grande comoção na cidade.
Um idoso, de 68 anos, foi preso por tentativa de feminicídio neste domingo (16) em Mata de São João, no Litoral Norte baiano. O agressor foi identificado como Olavo Gonzaga de Jesus, um ex-candidato a vereador da cidade. Segundo o Mais Região, parceiro do Bahia Notícias, a vítima foi a companheira, Aida Maria Paim de Jesus, de 64 anos.
De acordo com relatos, Olavo teria jogado álcool na esposa após uma discussão e tentou atear fogo nela. A vítima conseguiu impedir que as chamas se acendessem e correu para a varanda, pedindo socorro. Nesse momento, o agressor teria usado uma faca para golpeá-la.
Os gritos foram ouvidos por vizinhos, que arrombaram o portão e retiraram a vítima. Ao entrarem na casa, encontraram Aida caída e Olavo ainda com a faca. Os moradores usaram pedaços de madeira para desarmá-lo e imobilizá-lo.
Em seguida, ambos foram levados ao Hospital Municipal Dr. Eurico Goulart de Freitas. A Polícia Militar (PM-BA) informou que a vítima tinha perfurações no antebraço, no braço e no tórax. Já o agressor apresentava um corte na mão, resultado da tentativa de contê-lo. No hospital, ele recebeu voz de prisão.
Ainda segundo informações, a idosa foi transferida para o Hospital Geral de Camaçari (HGC) por causa da gravidade dos ferimentos. Não há mais informações sobre o estado de saúde dela.
Após ser apresentado na 1ª Delegacia de Mata de São João, o agressor foi encaminhado à Central de Flagrantes de Simões Filho, também na RMS. Ele vai responder por tentativa de feminicídio.
Um homem de 23 anos foi preso nesta quinta-feira (6) por equipes da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), unidade vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele é suspeito de ser coautor do feminicídio de Fabiana Correia Cardoso, ocorrido no dia 11 de setembro.
A ação contou com o apoio do Grupo de Capturas (GCAP).
O investigado foi localizado no bairro de Narandiba, conduzido à sede da DPP, onde foi interrogado, passou pelos exames legais e segue custodiado na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris), à disposição da Justiça.
A prisão representa mais um avanço nas investigações conduzidas pela DPP, que seguem em andamento com o objetivo de esclarecer completamente os fatos e identificar a participação de todos os envolvidos
Um homem, de 51 anos, foi preso em flagrante acusado de matar a companheira, Sirleide da Silva Pinto, de 53 anos, em Guanambi, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano. O crime, investigado como feminicídio, ocorreu na casa onde o acusado morava com a vítima, na região da Lagoa dos Urubus, zona rural do município.
Conforme a Polícia Civil, o homem atacou a vítima com uma faca e, em seguida, fugiu para uma área de mata. Ele foi localizado e preso horas depois por equipes do Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam/Guanambi), com o apoio da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin).
Ainda segundo informações, o acusado já tinha antecedentes criminais e chegou a cumprir pena também de feminicídio no estado de São Paulo. Além disso, a vítima já havia denunciado o agressor por violência doméstica no início do ano.
Na época, foram solicitadas medidas protetivas e decretada a prisão preventiva do homem. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado após audiência de custódia. Após esta nova prisão, o suspeito foi conduzido à sede do Neam de Guanambi, onde foi autuado em flagrante por feminicídio. Ele segue custodiado na 22ª Coorpin, à disposição da Justiça.
“A ação rápida das equipes foi fundamental para garantir a prisão do autor e dar uma resposta imediata à sociedade diante de mais um caso de violência contra a mulher”, afirmou a delegada Ruth Maria, titular do Neam de Guanambi.
A Polícia Civil e militar de Guanambi estão em força-tarefa para capturar um homem acusado de cometer feminicídio contra a ex-companheira, Sirleide Pinto, de 53 anos. O crime ocorreu na última terça-feira (3), na Fazenda Lagoa do Urubu, zona rural de Guanambi, no sudoeste baiano.
A Tenente Coronel Gilmara Santana, comandante do 17º BPM em entrevista ao Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, detalha a vítima foi assassinada pelo ex-parceiro. O relacionamento entre o casal era marcado por abusos, tanto que a vítima possuía uma medida protetiva contra o ex-marido.
A comandante da PM destacou o perfil de alta periculosidade do foragido. Para a Tenente Coronel, é preciso alerta pois o acusado já tem um grave histórico criminal, incluindo uma prisão anterior também pelo crime de feminicídio no estado de São Paulo.
O suspeito estava em liberdade desde fevereiro deste ano, por força de um alvará de soltura. As forças de segurança pedem que qualquer informação que possa levar à localização do foragido seja repassada às autoridades.
Uma mulher, moradora de Palmas de Monte Alto, foi morta na manhã desta quarta-feira (5) na Fazenda Lagoa do Urubu, zona rural de Guanambi, no sudoeste baiano. A mulher apresentava múltiplas lesões cortantes e perfurocortantes na região do pescoço e crânio. Após o ato, o suspeito fugiu do local e segue procurado.
Segundo informações do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM) ao Achei Sudoeste, parceiro local do Bahia Notícias, uma guarnição foi acionada por volta das 7h45 para averiguar uma denúncia de agressão por arma branca na residência do casal.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) esteve no local e constatou que a vítima havia sido morta em um caso de feminicídio, praticado supostamente pelo seu companheiro, um homem de 51 anos.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou o levantamento cadavérico. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Guanambi. Uma ocorrência foi registrada na Delegacia Territorial de Guanambi, e a Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.
O interior da Bahia possui diversos casos de feminicídios registrados crescentemente até 2024, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública até 2024. Só a cidade de Guanambi registrou 4 casos de feminicídios no passado de acordo com Fórum brasileiro de Segurança pública.
Um homem foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira em Amélia Rodrigues, no Portal do Sertão. O júri popular que condenou Gevaneide Gonçalves dos Santos pela morte de Ana Léa dos Santos Menezes ocorreu nesta segunda-feira (3) e durou em torno de seis horas.
Segundo a TV Subaé, o crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2008 e, conforme a acusação, foi motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. A vítima tinha 30 anos quando foi morta. Apesar de se enquadrar na tipificação de feminicídio, a sentença foi enquadrada como homicídio qualificado por motivo fútil, uma vez que femincídio só foi incluído no Código Penal brasileiro em 2015, sete anos após o assassinato.
Atualmente, Gevaneide está preso na Unidade Prisional de Novo Oriente, no Ceará, onde cumpre pena pelo crime. Ele foi capturado em setembro deste ano, na cidade de Tauá (CE), após quase 18 anos foragido. A defesa informou que pretende recorrer da sentença, e ainda não há definição sobre o presídio para onde o condenado será transferido.
O CRIME
De acordo com relatos da família, no dia do crime, Ana Léa estava na casa da mãe e pediu que a filha, de dez anos, fosse até a residência dela, a poucas casas de distância, para buscar uma roupa. Ao chegar no local, a criança encontrou Gevaneide dentro da casa. Ele pediu que ela chamasse a mãe e não contasse a ninguém que estava ali.
Quando Ana Léa entrou no imóvel, foi atingida por um tiro à queima-roupa na cabeça Após o disparo, o acusado fugiu e confessou o crime a uma pessoa de confiança, que teria ajudado na fuga dele.
Parentes da vítima encontraram Ana Léa baleada e a levaram para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, onde ela teve morte cerebral confirmada.
Ainda segundo familiares, Ana Léa viveu um relacionamento conturbado com o agressor por cerca de dois anos, marcado por agressões físicas e ameaças constantes.
Após o término, ele passou a persegui-la, dizendo que “a próxima Eloá da Bahia seria ela”, em referência ao caso da jovem Eloá Pimentel, morta em 2008 pelo ex-namorado após ser feita refém. Na época, os filhos da vítima eram crianças e ficaram sob os cuidados de familiares.
Um homem de 23 anos foi preso após confessar ter matado sua companheira, a cabeleireira Fabiana Correia Cardoso, de 43 anos. A prisão temporária ocorreu na terça-feira (21/10) em Salvador, por equipes da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP). A vítima está desaparecida desde setembro e seu corpo ainda não foi localizado.
Durante o interrogatório, o suspeito admitiu envolvimento no homicídio de Fabiana. As autoridades investigam o caso como feminicídio e trabalham para determinar as circunstâncias exatas e a motivação do crime.
Familiares da vítima comunicaram o desaparecimento às autoridades após perderem contato com ela. Segundo informações fornecidas por eles à polícia, Fabiana foi vista pela última vez no dia 11 de setembro, na companhia do suspeito, na localidade de Areia Branca, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
A investigação indica que o desaparecimento de Fabiana já dura mais de um mês. A diferença de idade entre a vítima e o suspeito é de 20 anos.
Apesar da confissão, os investigadores ainda buscam localizar o corpo de Fabiana Correia Cardoso. As autoridades continuam coletando evidências adicionais para fundamentar o caso enquanto o suspeito permanece à disposição da justiça.
O ex-vereador de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, Valdnei da Silva Caires, vai a júri popular nesta quinta-feira (16). O julgamento ocorre em Brumado, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, e está previsto para começar às 8h30, informou a TV Sudoeste.
Bô, como o réu é conhecido, foi acusado pelo desaparecimento e morte de Beatriz Pires da Silva, de 25 anos. Desde janeiro de 2023, quando ficou desaparecida, o corpo dela, que estava grávida de seis meses, nunca foi encontrado.
Beatriz era mãe de uma criança de dois anos, que também seria do relacionamento com Valdinei. A jovem foi vista pela última vez no dia 11 de janeiro de 2023, entrando em um carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, veículo que era frequentemente utilizado por Valdnei.
Pouco antes do sumiço, Beatriz contou à mãe que viajaria com o pai do filho dela, mas não revelou a identidade dele. Durante as apurações, a polícia confirmou que Beatriz e o então vereador mantinham um relacionamento. Em junho de 2023, Valdnei foi preso preventivamente, acusado de homicídio qualificado. Um mês depois, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o ex-vereador por feminicídio.
Segundo a acusação, o crime teria sido motivado pela tentativa de impedir que Beatriz revelasse a paternidade da gestação, já que o político era uma figura influente na cidade.
Durante as investigações, Valdnei renunciou à presidência da Câmara Municipal após pressão dos colegas, dez vereadores chegaram a protocolar um pedido formal de renúncia. Mesmo assim, ele permaneceu no cargo de vereador até ser preso. O mandato dele foi cassado em sessão extraordinária, por decisão unânime.
O político Edivan de Jesus Santos, conhecido como nas urnas como vereador Morão, voltou a ser alvo de denúncias por agressões contra sua esposa, o mais recente episódio teria ocorrido na manhã do último sábado (11), quando ele supostamente exibiu uma arma para a companheira vizinhos teriam intervindo na confusão e acionado as autoridades em Santo Antonio de Jesus.
Em resposta aos relatos a Polícia Civil agiu prontamente e expediu uma medida protetiva contra o vereador esta medida legal visa o afastamento dele do lar e a proibição de se aproximar da vítima. A Polícia Civil segue investigando detalhadamente o caso.
Em nota enviada ao Bahia Notícias (BN) a Polícia Civil informou que "o Poder Judiciário já deferiu as medidas protetivas que foram solicitadas pela Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus e que diligências investigativas estão sendo feitas para esclarecer todas as circunstâncias do caso", conclui a diligência.
A corporação também acrescentou que mais detalhes não podem ser divulgados nessa fase inicial, para "não atrapalhar o andamento do inquérito policial". As informações foram confirmadas pelo Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias.
É importante lembrar que este não é o primeiro incidente envolvendo o parlamentar em fevereiro deste mesmo ano Morão já havia sido detido sob acusação grave de acusação de tentativa de feminicídio contra a mesma mulher em meio a uma discussão.
Naquela época a Polícia Civil apontou que as agressões incluíram o uso de faca e pedaço de madeira Morão ficou foragido por cerca de duas semanas até ser encontrado e preso na Ilha de Boipeba a aproximadamente 13 km de Salvador, chegando a ser transferido para um presídio de Valença.
No entanto após a prisão anterior a esposa do vereador Michele Costa chegou a fazer uma declaração pública na qual manifestou arrependimento pela denúncia e defendeu a inocência do marido. Logo após isso o vereador se desculpou ainda em tribuna. O BN procurou o acusado, mas até o momento não houve resposta.
Um novo caso de feminicídio foi registado em Alagoas, Maceió. A enfermeira Ketyni Maria Gomes da Silva, foi encontrada sem vida na casa onde vivia, no bairro do São Jorge.
O principal suspeito do crime é o ex-marido de Ketyni, identificado apenas como Jeferson, de 26 anos. Segundo a publicação, Jeferson não aceitava o fim do relacionamento.
De acordo com o g1 Alagoas, Ketyni foi morta asfixiada na frente de um dos filhos. A enfermeira tinha dois filhos com Jeferson, e um deles estava nos braços do pai quando ele se entregou às autoridades, em uma delegacia, horas depois do assassinato.
Após a confissão, o suspeito teria acompanhado os policiais até a residência da vítima, onde o corpo de Ketyni foi encontrado sem vida em cima de uma cama de casal.
Jeferson foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A Polícia Civil efetuou a prisão preventiva de um homem de 44 anos na noite desta segunda-feira (6), na localidade de Portelinha, dentro do município de Gandu, no sul da Bahia. O suspeito é apontado pelas investigações como o autor do feminicídio de sua companheira, ocorrido uma semana anterior a prisão.
A vítima foi identificada como Jaqueline de Jesus, de 24 anos, era parceira do suspeito pelo crime ocorrido no dia 30 de setembro, na residência do casal, localizada no bairro Teotônio Calheira. Segundo a polícia, Jaqueline foi fatalmente atingida por golpes de arma branca.
Apesar de ter sido socorrida e encaminhada a uma unidade de saúde mais próxima, a jovem não resistiu à gravidade dos ferimentos. O mandado de prisão preventiva foi prontamente solicitado e expedido pela Vara Criminal de Gandu.
Policiais da Delegacia Territorial (DT) da cidade investigam o ex-companheiro da vítima como principal suspeito pelo crime de feminicídio. O homem foi localizado e preso na mesma noite em que o mandado foi emitido. Ele foi levado à unidade policial e segue preso.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio da Coordenadoria da Mulher, lançou o 1º Prêmio de Jornalismo “Narrativas que Salvam”. A iniciativa, que integra a programação da 31ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, tem como objetivo central reconhecer e valorizar produções jornalísticas que contribuam para o enfrentamento da violência doméstica e do feminicídio no Brasil. O edital foi publicado nesta sexta-feira (3), e as inscrições, gratuitas, estarão abertas de 3 de outubro a 3 de novembro de 2025.
A desembargadora Nágila Maria Sales Brito, presidente da Coordenadoria da Mulher, justificou a criação do prêmio pela necessidade de destacar o poder da narrativa jornalística como instrumento de resistência, conscientização e transformação social. “O Prêmio ‘Narrativas que Salvam’ representa o reconhecimento ao trabalho jornalístico que salva vidas, ao romper o silêncio, alertar sobre riscos e apontar caminhos para uma sociedade mais justa, igualitária e livre de violência de gênero”, afirma o texto do edital.
Em entrevista ao Bahia Notícias, a desembargadora expressou profunda preocupação com a forma como os casos de violência têm sido noticiados, alertando para um possível “efeito gatilho”. Ela citou casos emblemáticos de extrema crueldade, como a agressão em que a vítima recebeu 61 socos, seguido por um crime similar em Brasília dias depois, e agressões com soda cáustica que causam deformidades permanentes.

Foto: Aline Gama / Bahia Notícias
“A gente tem que procurar saber: como a gente pode salvar essas mulheres? A primeira coisa logo que me preocupa nesses casos que são bem emblemáticos é que sempre tem um gatilho. Essas notícias todos os dias dizendo o modus operandi... acho que incentiva”, declarou a magistrada.
A desembargadora defendeu uma mudança no foco das coberturas. Em vez de detalhar o método do crime, as reportagens deveriam destacar as consequências humanas e sociais, como as crianças órfãs e a responsabilização financeira do agressor. “Quem vai criar suas crianças? E a repercussão dessas crianças, o que vai ser da parte psicológica e da parte material. Quem vai pagar essa conta?”, questionou.
Ela também enfatizou a importância de informar sobre as medidas de responsabilização, como a obrigação do agressor de custear despesas médicas, indenizações e até mesmo o valor da tornozeleira eletrônica. “São notícias que tem que dizer assim, olha, nós não estamos parados, a gente vai tomar providências para não onerar demais a sociedade”, completou.
O prêmio é destinado a jornalistas profissionais e estudantes de jornalismo de toda a Bahia, com trabalhos veiculados entre janeiro de 2024 e setembro de 2025. As categorias profissionais incluem Reportagem Escrita, Audiovisual, em Áudio e Fotojornalismo. Já a categoria universitária aceita artigos, publicações ou Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Cada participante pode inscrever até dois trabalhos por categoria, que serão avaliados por uma comissão julgadora com base em critérios como relevância social, qualidade narrativa, profundidade investigativa e potencial transformador.
A premiação consistirá em troféu, diploma e certificado de reconhecimento. Os finalistas serão divulgados no dia 11 de novembro, e a cerimônia de premiação está marcada para 24 de novembro, no auditório do TJ-BA, no Centro Administrativo da Bahia.
Uma mulher sofreu uma tentativa de feminicídio na noite do último domingo (28) no bairro Pombalzinho, zona leste de Ribeira do Pombal, no nordeste baiano. O principal suspeito é o companheiro da vítima, tentou dar continuidade às agressões dentro do hospital para onde a mulher havia sido socorrida. Até o momento, o suspeito não foi localizado.
Segundo informações do Portal Alerta, parceiro do Bahia Notícias, a polícia militar realiza buscas pelo suspeito, que conseguiu fugir antes da chegada das autoridades. A vítima estava em frente à casa de uma amiga, na Rua do Cruzeiro, quando foi surpreendida pelo seu parceiro.
O homem a teria chamado para ir embora, e diante da recusa, iniciou a agressão. O autor desferiu um golpe de faca que atingiu as costas da mulher. Após isso, ele teria arrastado a vítima pelos cabelos e tentado golpeá-la novamente com o objeto cortante.
O ataque só foi interrompido graças à intervenção rápida de moradores que estavam no local. A mulher foi imediatamente levada para o Hospital Geral Santa Tereza (HGST), onde recebeu atendimento médico. Apesar da gravidade do ataque, o ferimento não colocou sua vida em risco.
ATAQUE NO HOSPITAL
O caso não acabou no hospital, após a vítima ir até unidade de saúde, o suspeito foi até ao HGST em busca da vítima para continuar as agressões, mas foi novamente impedido por pessoas presentes no local. Logo após a chamada da Polícia Militar, o homem fugiu. O paradeiro segue desconhecido, o companheiro é considerado foragido.
A Polícia Civil local deve investigar o caso como tentativa de feminicídio e solicita que qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito seja denunciada anonimamente pelo número 181.
Casos como esse não isolados, nos últimos anos o interior baiano tem tido, infelizmente muitos casos de feminicídios, somente no ano de 2024, o município de Ribeira de Pombal registrou quatro mortes por feminicídio segundo dados do Ministério de Segurança Pública.
Um homem de 34 anos foi preso sob a acusação de tentativa de feminicídio após desferir agressões contra a ex-namorada e, em seguida, lançar o veículo em que ambos estavam nas águas do rio Dourados, em Fátima do Sul (MS). O crime ocorreu no bairro Jardim Pioneiro.
De acordo com o boletim de ocorrência, o casal havia ido a um show em Dourados e, durante o trajeto de volta, uma discussão iniciou. O homem passou a agredir a vítima com socos e puxões de cabelo, além de rasgar parte de suas roupas.
Já próximo ao rio, o suspeito exigiu que a mulher revelasse detalhes sobre relacionamentos passados. Em tom de ameaça, ele declarou: “os dois morreriam juntos caso ela não obedecesse”. Imediatamente após a declaração, ele dirigiu o carro para dentro do rio.
A vítima conseguiu sair do veículo, nadar até a margem e pedir ajuda em residências próximas. Ela foi socorrida por um motociclista, que a transportou até o Batalhão da Polícia Militar. Após o ocorrido, a mulher recebeu atendimento médico no Hospital da Sociedade Integrada de Assistência Social (Sias) e registrou a queixa na Delegacia de Polícia Civil.
A Polícia Militar realizou buscas na região e efetuou a prisão do suspeito. Em seu depoimento, a vítima relatou que já sofria ameaças verbais do ex-companheiro antes do episódio no rio.
As informações são do G1.
Um homem de 30 anos foi preso nesta terça-feira (02) em Feira de Santana, suspeito de ser o autor do feminicídio de Tatiane dos Anjos, de 40 anos. Tatiane foi brutalmente assassinada com mais de 20 facadas na manhã de segunda-feira (01), no distrito de Tiquaruçu quando a mulher retornava para casa e foi atacada.
Informações da Polícia Civil ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, a vítima havia agredida com golpes de madeira e, em seguida, esfaqueada diversas vezes no rosto, costas, pescoço e tórax, o que a deixou desfigurada.
O principal suspeito é o ex-namorado da vítima, que não aceitava o fim do relacionamento. A prisão ocorreu após a Delegacia de Homicídios e a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) cumprirem um mandado de prisão temporária. O suspeito foi detido enquanto prestava depoimento na delegacia sobre um dos inquéritos que já respondia.
Para o delegado Fabrício Linard, o homem já possuía histórico de violência contra Tatiane e era alvo de pelo menos cinco inquéritos policiais na Deam, incluindo casos de violência patrimonial e descumprimento de medida protetiva.
Imagem do delegado Fabrício Linard | Foto: Reprodução / Acorda Cidade
A prisão preventiva do suspeito já havia sido decretada anteriormente, mas foi revogada. O delegado também informou que o homem chegou a ser investigado pelo assassinato do ex-marido de Tatiane em 2022, mas não havia elementos suficientes para sua incriminação na época.
“E esse mesmo ex-companheiro de Tatiane figura como um suspeito, uma pessoa também suspeita de ter sido autor desse crime para manter sozinho essa relação com Tatiane. Mas uma investigação que já vem desde 2022, acredito não ter encontrado elementos suficientes para apontar a autoria contra essa pessoa com tanta convicção”, conta o delegado.
Vale lembrar que casos como esse não são isolados, em 2024 o município de Feira de Santana foi segundo com maior número de casos de feminicídios segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), sendo o campeão na triste marca de mortes de mulheres pela condição de gênero no interior baiano.
Um caso de feminicídio chocou o bairro Top Park, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, ainda na noite deste sábado (30). Letícia Santos Silva, de 28 anos, foi morta por 14 facadas pelo ex-companheiro, Edvanilton, que foi preso horas depois. O suspeito do crime segue preso.
O suspeito chegou de motocicleta, desceu do veículo e atacou a vítima. Letícia ainda tentou fugir, mas caiu na frente de uma casa. Moradores que tentaram intervir foram ameaçados pelo agressor, que fugiu em seguida, abandonando a faca e a camisa no caminho. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, a equipe pôde apenas constatar a morte.
Segundo informações apuradas pelo Blog do Braga, parceiro local do Bahia Notícias, a vítima havia registrado uma ocorrência contra o ex-companheiro na semana anterior e já tinha solicitado uma medida protetiva. Após o crime, o assassino fugiu e buscou abrigo na casa de uma tia. Foi a própria familiar que acionou a Polícia Militar, que prendeu o suspeito em flagrante.
Edvanilton foi levado para a Delegacia de Polícia Civil, onde permanece preso à disposição da Justiça. A motocicleta usada no crime, que pertencia a um amigo do agressor, também foi apreendida.
O homem que matou a companheira a marretadas em um apartamento no Caji, em Lauro de Freitas, teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva nesta quinta-feira (21). Ramon De Jesus Guedes foi preso após desferir golpes com uma marreta contra a companheira, Laina Santana Costa Guedes, no condomínio Greenvile das Artes. Toda ação ocorreu na noite de terça-feira (19), e foi registrada por vizinhos.
O Bahia Notícias teve acesso ao documento da audiência de custódia. Em audiência, o suspeito relatou que agiu motivado por ciúmes e instabilidade psicológica. Segundo ele, o casal, que estava junto há mais de 16 anos com duas filhas, teria tido uma discussão na noite anterior do fato, momento em que a Laina teria revelado um “namoro sem contato” durante o período de nove meses em que eles estiveram separados.
Na noite da terça-feira (21), ele afirmou que “ao chegar ao condomínio, teria visto a companheira passando em um veículo com outra pessoa, acreditando que estava sendo traído, o que afetou ainda mais o seu psicológico; ao chegar à residência, discutiu novamente com Laina”, registra o documento do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em meio ao conflito, Ramom alegou que teria tentado sair de casa, mas foi impedido por Laina e nesse momento as agressões iniciaram.
O acusado relatou ainda que só parou com os golpes quando notou que a companheira estaria desacordada. As filhas, uma adolescente e uma criança de 5 anos, presenciaram as brigas e a agressão.
Ele relatou ainda que sua tentativa de fuga, pulando da varanda do quarto andar do prédio, foi uma tentativa de suicídio, ao perceber que os moradores da comunidade já estariam cercando a porta do apartamento. “Aduz que, após o ato, tentou sair pela porta mas ao ver pessoas e policiais na parte externa, desistiu e pensou em se jogar da varanda do apartamento, situado no quarto andar, com intenção de tirar a própria vida”, diz o registro jurídico.
Após a queda e a posterior prisão em flagrante, o suspeito afirmou que não se lembrava de ter sido socorrido ao Hospital Menandro de Farias e posteriormente levado à delegacia. As autoridades ainda questionaram sobre a tentativa de suicídio do suspeito: “PERGUNTADO se tentou tirar a própria vida ao ver que sua companheira estava desmaiada, [Ramon] RESPONDEU que já havia tentado anteriormente, pois não se encontra bem psicologicamente”.
Uma mulher foi morta a marretadas pelo companheiro em um apartamento no bairro do Caji, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. O crime ocorreu no condomínio Gran Ville das Artes, na noite de terça-feira (19). A vítima, Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, foi golpeada diversas vezes na varanda do apartamento e o caso foi gravado por vizinhos.
VÍDEO: Mulher é morta a marretadas por companheiro em Lauro de Freitas
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O suspeito, que não teve a identidade revelada, também agrediu as filhos do casal e foi preso ao tentar fugir do apartamento pulando a varanda. Segundo informações do Alô Juca, o homem chegou a ser ameaçado pela comunidade na tentativa de fuga, mas a situação foi contida por policiais militares.
Laina chegou a ser socorrida e levada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. As filhas do casal estavam no apartamento durante o crime, e, segundo informações da TV Bahia, uma delas acabou sendo agredida ao tentar defender a mãe.
O agressor também ficou ferido devido a queda durante a fuga e recebeu atendimento no Hospital Menandro de Farias, antes de ser encaminhado para a Delegacia Territorial (DT/Itinga), onde está à disposição da Justiça. (A reportagem foi atualizada ás 08h30)
Uma mulher, de 28 anos, foi morta a tiros em Queimadas, na região sisaleira. A vítima, que estava grávida, foi identificada como Rosimeire da Cruz. Até o início da manhã desta segunda-feira (11) não havia informações sobre o paradeiro do suspeito, companheiro da vítima.

Foto: Reprodução / Notícias de Queimadas e Região
Segundo o Calila Notícias, parceiro do Bahia Notícias, o crime ocorreu no último sábado (9) na Rua Padre Michel, e foi presenciado por um dos filhos [de dois anos] da vítima. Rosimeire da Cruz estava grávida do quarto filho. Ainda segundo informações, o relacionamento dela com o acusado teria sido marcado por idas e vindas.
O caso registrado como feminicídio deve ser apurado pela delegacia local. No local do crime, a polícia encontrou uma motocicleta com adulteração, que foi apreendida.
O Brasil registrou um feminicídio a cada 6 horas em 2024. Os dados do Anuário da Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (24), relevam o perfil das mulheres vitimadas por feminicídio ou mortes violentas no último ano, e o resultado expõe um recorte racial, social e etário neste tipo de violência.
Os números apontam que 1.492 mulheres foram vítimas de feminicídio e outras 3.700 foram vítimas de mortes violentas em 2024. Conforme o Código Penal brasileiro, os feminicídios são um tipo de homicídio (morte) vinculado a motivações de gênero, como a violência doméstica e familiar ou descriminação à condição de mulher. O conceito de mortes violentas intencionais (MVI), incluem uma série de outros tipos de morte, como latrocínio, violência policial e entre outros.
Em casos de feminicídio, a Bahia registrou o 3° maior índice do país, com 111 dos casos. O número é menor que o de 2023, mas a variação ainda foi mínima, de apenas -3,7%. Quando analisamos o perfil das vítimas em todo o país, 63,6% das mulheres eram pretas ou pardas; vítimas declaradas brancas foram 35,7%, indígenas foram 0,6% do total e amarelas eram 0,2%.
No que diz respeito a faixa etária, as mulheres jovens, entre 18 e 24 anos, são as mais vulneráveis a mortes violentas (17,2%), enquanto as mulheres entre 35 e 39 anos são as principais vítimas de feminicídio (15,6%). Em ambos os tipos de crime, a faixa entre 25 e 29 anos se destaca com 13,9% dos feminicídios e 13,8% das MVIs.
O levantamento do Fórum Brasileiro da Segurança Pública ainda segmenta os locais das ocorrências e a relação entre a vítima e o suspeito. Com relação aos locais, se destacam a residência da vítima, em que ocorrem 64,3% dos feminicídios e 46,5% dos motes violentas contra mulheres; e a via pública, onde 36,6% das vítimas foi alvo de mortes violentas e 21,2% foram vítimas de feminicídio.
O indicador da relação entre a vítima e o suspeito corrobora para compreender as circunstâncias do crime. Nos casos de feminicídio, 60% dos suspeitos são companheiros da vítima e 19,1% são ex-companheiros, o que explica a grande taxa de mortes na residência das vítimas. Já para as MVI, os atuais companheiros também se mantém como os principais suspeitos (38,4%), mas os desconhecidos aparecem como o segundo maior grupo (28,5%).
A arma utilizada nos crimes também foi registrada: para os feminicídios, são usados especialmente armas brancas (48,4), como facas, punhais ou canivetes, e depois armas de fogo (23,6%). Nos casos de mortes violentas, o cenário se inverte: armas de fogo são o principal instrumento usado (48,3%), seguido das armas brancas (28,9%). O espancamento também um dos principais métodos usados, especialmente entre feminicídios (12,6%).
A Bahia registrou um crescimento de 35% nos casos de tentativa de feminicídios, entre 2023 a 2024. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, foram obtidas 184 situações do tipo no ano retrasado e 250 episódios no ano passado.
A quantidade de tentativas de homicídio (incluindo tentativas de feminicídio), subiu em 21% no estado, passando de 604 para 732.
De acordo com o levantamento, houve uma crescente também na proporção de feminicídios em relação aos homicídios de mulheres, entre os dois últimos anos Isso significa, que mais pessoas do sexo feminino morreram por feminicídio do que por homicídios.
A prática de feminicídio ocorre em casos de assassinato de mulher ou jovem do sexo feminino motivado por violência doméstica, ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Conforme o estudo, a proporção foi de 26,0% para 28,6% no mesmo período. Em números absolutos, de feminicídio, houve uma queda, que foi de 115 para 111 episódios do tipo.
Já a taxa desses casos se manteve em 1,5, e uma variação de -3,7% na mesma época.
Um homem de 44 anos, foragido da justiça e já condenado a 15 anos de prisão por feminicídio, foi preso no último domingo (20) em Feira de Santana. A captura ocorreu após ele ser acusado de agredir violentamente sua ex-companheira com socos, chutes e pedradas, além de subtrair a motocicleta da vítima.
Segundo informações da Polícia Civil ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, equipes da Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) de Feira de Santana e do Catti-Sertão deram cumprimento a dois mandados de prisão em aberto contra o agressor.
As diligências foram iniciadas na última sexta-feira (18), após a ex-companheira registrar a ocorrência na Deam. A vítima relatou à polícia que o término do relacionamento se deu após ela descobrir que o homem já havia sido condenado a 15 anos de prisão pelo feminicídio de uma ex-companheira na cidade de Salvador.
Durante o atendimento na delegacia, foi constatada a existência de dois mandados de prisão em desfavor do suspeito: um expedido pela Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Lauro de Freitas e outro oriundo da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Salvador.
O foragido foi localizado e preso no bairro Feira V, quando saía da residência onde estava escondido. No momento da prisão, foram apreendidos com ele uma balança de precisão e embalagens comumente utilizadas para o fracionamento e acondicionamento de drogas.
A proprietária do imóvel foi identificada e apresentou o contrato de locação, que, segundo a polícia, foi firmado utilizando documentação em nome de terceiros. A Polícia Civil informou que irá apurar o uso de documentação falsa.
Um crime bárbaro ocorreu na comunidade de Mucugê, na zona rural de Camaçari, próximo à divisa com Mata de São João, nesta quarta-feira (16). Kelly Silva Jesus, de 35 anos, foi assassinada dentro de casa pelo próprio ex-companheiro, Jean Carlos, com quem mantinha um relacionamento há uma década. O homem confessou o assassinato e segue preso.
Segundo informações de Polícia Civil ao Mais Região, parceiro do Bahia Notícias, Jean Carlos se apresentou voluntariamente à 33ª Delegacia Territorial (DT) de Monte Gordo, em Camaçari, onde confessou o homicídio.
Em seu depoimento, o homem relatou que, após deixar os filhos do casal na escola, retornou para casa e, após uma discussão com Kelly, a atacou com golpes de machadinha.
A vítima era filha de Pró Ninha, conhecida na região por ser pré-candidata a vereadora em Mata de São João. Embora a localidade de Mucugê seja geograficamente mais próxima de Mata de São João, ela pertence administrativamente ao município de Camaçari.
Equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foram acionadas para realizar a perícia no local do crime e remover o corpo da vítima. As investigações sobre o caso continuam.
A cidade Ipirá se destacou como o município com o maior número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) na Bacia do Jacuípe durante o primeiro semestre de 2025. Dados da secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) revelam que a cidade registrou nove casos, sendo oito homicídios dolosos e um feminicídio.
O levantamento da SSP-BA que contabilizou 2.069 mortes violentas em toda a Bahia nos seis primeiros meses do ano, aponta que o Território da Bacia do Jacuípe, composto por 15 municípios, somou 38 crimes letais no período. As informações foram confirmadas pelo Calila Notícias, parceiro do Bahia Notícias.
Riachão do Jacuípe aparece em segundo lugar no ranking regional, com sete casos de CVLI, distribuídos em cinco homicídios dolosos, um feminicídio e uma morte por lesão corporal seguida de morte. Capim Grosso e Mairi também apresentaram números expressivos, com seis homicídios dolosos cada.
Em contrapartida, quatro municípios da região não registraram nenhum crime violento letal intencional neste primeiro semestre: Capela do Alto Alegre, Pintadas, Quixabeira e Várzea da Roça.
Confira os números de CVLI por município na Bacia do Jacuípe (1º de janeiro a 30 de junho de 2025):
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Ipirá: 9 (8 homicídios dolosos e 1 feminicídio)
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Riachão do Jacuípe: 7 (5 homicídios dolosos, 1 feminicídio e 1 lesão corporal seguida de morte)
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Capim Grosso: 6 homicídios dolosos
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Mairi: 6 homicídios dolosos
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Pé de Serra: 2 homicídios dolosos
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São José do Jacuípe: 2 homicídios dolosos
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Baixa Grande: 1 homicídio doloso
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Gavião: 1 homicídio doloso
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Nova Fátima: 1 homicídio doloso
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Serra Preta: 1 homicídio doloso
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Várzea do Poço: 1 homicídio doloso
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Capela do Alto Alegre: 0
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Pintadas: 0
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Quixabeira: 0
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Várzea da Roça: 0
Os dados são parte do levantamento oficial da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, que monitora os índices de criminalidade em todo o estado.
A campeã do Big Brother Brasil 21, Juliette Freire, se pronunciou nas redes sociais após a amiga ser assassinada em Fortaleza, na casa onde vivia, pelo ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento.
Descrita por Juliette como uma mulher educada, doce e estudiosa, Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, foi assassinada após um desentendimento com o ex, o gestor ambiental Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, de 26 anos.
VÍDEO: Ex-BBB Juleitte Freire lamenta morte de amiga assassinada por ex que não aceitava término
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 11, 2025
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A jovem era formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e trabalhava no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) como enfermeira neonatal. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o corpo da vítima foi encontrado com sinais de violência dentro do imóvel.
"Convivi com Clarissa, uma menina maravilhosa, era o primeiro namorado dela, estudiosa, educada, doce, enfermeira neonatal, cuidava dos bebezinhos. A gente nunca soube de nada, se era um relacionamento tóxico, nunca teve um indício de violência, nunca teve uma degradação. Simplesmente, hoje acordamos com uma notícia dessa. Ele já foi preso, a polícia está investigando."
Testemunhas afirmam terem ouviram gritos de socorro antes de encontrar enfermeira assassinada. Após o crime, Matheus fugiu do local e foi capturado por policiais civis em um condomínio residencial na Rua Sebastião de Abreu, no Bairro Maraponga, em Fortaleza.
Por meio do Instagram, Juliette fez um alerta as seguidoras sobre a possibilidade de estarem vivendo um relacionamento abusivo. "Eu precisava falar sobre isso porque estava angustiada. Quero alertar todo mundo que esteja vivendo uma relação minimamente semelhante: não deixe isso acontecer, não é brincadeira. Quero deixar meu afeto à família, a todo mundo".
A morte de Clarissa foi lamentada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Ceará e pelo Hospital Geral de Fortaleza. "Toda a categoria do Ceará se une em luto, somando-se às vozes que exigem justiça por Clarissa e por todas as mulheres vítimas de violência”.
Uma mulher identificada como Edilaine de Jesus Silva Luz, de 34 anos foi morta com golpes de punhal na manhã deste sábado (5), na cidade de Planalto, no sudoeste da Bahia.
De acordo com a polícia, o principal suspeito é o ex-companheiro de Edilaine, João Paulo Silva de Sá, que teria perseguido ela e uma amiga de carro enquanto elas estavam em uma motocicleta.
Segundo o g1, testemunhas relataram que João Paulo atingiu a moto com o carro em frente a uma igreja, e saiu do veículo para desferir os golpes em Edilaine. Em seguida, fugiu do local.
A amiga de Edilaine sofreu uma lesão no pé e foi levada para um hospital, enquanto Edilaine, que tinha quebrado a perna, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
De acordo com familiares de Edilaine, o relacionamento dela com João Paulo durou seis meses. O suspeito já havia sido preso por violência doméstica contra a vítima, mas foi solto após pagar fiança.
A vítima tinha uma medida protetiva contra João Paulo e tinha sofrido ameaças do ex nos últimos dias.
O crime está sendo investigado na Delegacia Territorial (DT) de Planalto.
O vereador Edivan de Jesus Santos, conhecido como Morão (União Brasil), em discurso na Câmara Municipal de Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo Baiano, pediu desculpas às mulheres na noite desta segunda-feira (30). O discurso vem logo após à acusação de tentativa de feminicídio contra sua esposa.
Veja momento do discurso:
?? VÍDEO: Vereador Morão pede desculpas a mulheres após acusação de feminicídio
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 1, 2025
Confira ?? pic.twitter.com/Ii7MyxWoWk
"Uso essa tribuna com muita humildade, de cabeça erguida. [...] Venho aqui pedir perdão às mulheres, em nome da vereadora Adriana. Sigo de cabeça erguida. Faço isso em nome da hierarquia que minha família me ensinou, e aqui está presente minha família, tia e mãe. Elas sempre me ensinaram que as mulheres devem ser respeitadas, e aqui eu peço perdão", diz o parlamentar.
O político foi autorizado a retomar o cargo na última semana. Ele havia solicitado o afastamento das atividades na Casa Legislativa em 24 de fevereiro, data em que teve a prisão preventiva decretada. Na ocasião, o pedido de afastamento foi aprovado por unanimidade, e o suplente Sérgio Gordo do Mutum (União Brasil) assumiu o posto.
Um homem foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão pelo feminicídio de sua ex-companheira. A sentença foi proferida após o júri acatar a tese do promotor de Justiça Alex Bacellar, que qualificou o crime com os agravantes de motivo fútil, além de ter sido praticado contra a mulher em razão do seu gênero e em ambiente familiar no município de São Desidério.
O crime ocorreu em 2 de julho de 2023, por volta das 22h, no Povoado de Perdizes, zona rural de São Desidério. João Pereira e Marilene residiam no local há cinco anos.
Segundo a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), no dia do crime, o casal estava em um bar com a irmã da vítima. João Pereira decidiu voltar para casa, enquanto Marilene permaneceu no estabelecimento com a irmã. Ao retornar para casa, os dois discutiram por causa da permanência da vítima no bar, momento em que o réu atirou na cabeça de Marilene, causando sua morte.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar à residência, constatou o óbito da vítima. A perícia criminal da Polícia Civil foi chamada e confirmou que a morte foi causada pelo disparo. João Pereira já estava preso preventivamente e cumprirá a pena em regime inicialmente fechado.
Amanda Almeida, de 31 anos, morta e jogada no Rio Tietê, em São Paulo, pelo ex-marido, participou de um quadro de casais no programa Domingo Legal, no SBT, há menos de um ano.
A vítima estava separada de Carlos Ribeiro há dois meses e desapareceu na última segunda-feira (19), quando retornou para casa em Osasco. O ex-marido foi preso na última quinta-feira (21), após confessar o crime.
O homem revelou que esganou a ex-mulher e teve a ajuda do irmão, Fernando Ribeiro, para ocultar o corpo. Uma câmera de segurança gravou o momento em que os homens saem carregando o que parece ser uma pessoa dentro de um lençol.
A suspeita é que o corpo tenha sido levado até a Barragem Edgard de Souza, na região metropolitana de São Paulo, após ser jogado pelos irmãos no Rio Tietê, entre os municípios de Barueri e Carapicuíba.
Amanda era promotora de eventos e deixou três filhos, de 16, 14 e 7 anos, frutos de seu relacionamento com Carlos. Em novembro de 2024, os dois participaram do quadro culinário "Minha Mulher que Manda", do programa Domingo Legal.
O vereador Edivan de Jesus Santos, conhecido como Morão, foi solto na tarde desta terça-feira (29) após a audiência de instrução e julgamento realizada no Fórum Desembargador Wilde de Lima, em Santo Antônio de Jesus. A sessão ocorreu por videoconferência e contou com a participação do réu e de sua esposa, que também prestou depoimento.
Ao final da audiência, o juiz responsável expediu o alvará de soltura, permitindo que Morão responda ao processo em liberdade. Ele estava preso desde fevereiro, quando teve a prisão preventiva decretada sob acusação de tentativa de feminicídio contra sua esposa, que foi atingida por golpes de faca durante uma discussão.
Em março, a defesa do vereador havia solicitado a revogação da prisão preventiva, obtendo inicialmente um parecer favorável do Ministério Público, que posteriormente foi revisto. A Justiça manteve a prisão na ocasião. As informações foram confirmadas pelo parceiro do Bahia Notícias, o Blog do Valente.
Em nota enviada à imprensa, o advogado José Antonio de Aquino Neto, que representa Morão, declarou que "a defesa técnica sempre acreditou na inocência do Sr. Edivan de Jesus Santos" e reforçou a confiança no Judiciário. "Reafirmamos nosso compromisso em garantir que a verdade prevaleça, confiando na Justiça. No entendimento da defesa, todo julgamento precipitado é arbitrário", afirmou o advogado na nota.
Um homem de 35 anos foi preso em flagrante, nesta quinta-feira (24), suspeito de tentar matar a ex-companheira, de 46 anos, com golpes de arma branca, no bairro do Politeama, em Salvador. A vítima foi socorrida por uma guarnição da Polícia Militar e encaminhada para uma unidade de saúde, com diversas perfurações pelo corpo.
O suspeito foi interceptado dentro de um veículo, em um posto de combustível no município de Feira de Santana. Após o registro da ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), equipes iniciaram diligências e localizaram o suspeito em fuga pela BR-324. Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Civil de Feira de Santana e do Centro Integrado de Comunicações (Cicom).
O suspeito foi conduzido à unidade policial, onde foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio e permanece custodiado à disposição da Justiça.
A Polícia Civil da Bahia prendeu, nesta terça-feira (22), em Santaluz, um homem de 46 anos acusado de feminicídio contra ex-companheira na região sisaleira. A prisão, realizada pela Delegacia Territorial de Queimadas com o apoio da Polícia Militar, cumpriu um mandado de prisão expedido contra o suspeito, que trabalhava como pedreiro e residia em Santaluz.
O crime ocorreu no último domingo (20), na Rua Valter Amorim, bairro Rua da Palha, em Queimadas. A vítima, uma cozinheira conhecida Rosana da Silva Santos, de 46 anos, que era servidora municipal, foi morta por pedradas após uma discussão com o suspeito, com quem mantinha um relacionamento.
Segundo informações da Polícia Civil ao Bahia Notícias, o homem não aceitou o fim da relação e cometeu o feminicídio. Rosana chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A vítima deixa três filhas e dois netos. Ela trabalhava como cozinheira em uma escola da rede municipal de ensino.
Em meio a operação de prisão, a polícia localizou uma arma artesanal calibre 28 na posse do acusado, que também foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Além disso, foi constatado que havia outro mandado de prisão em aberto contra ele por homicídio, expedido pela Comarca de Águas de Lindóia, em Goiás.
Imagem da arma apreendida pela polícia civil | Foto: Divulgação / Ascom da PC-BA
O homem foi submetido aos exames legais e permanece à disposição do Poder Judiciário para as medidas cabíveis. Após o terrível caso, a prefeitura de Queimadas lançou uma campanha sobre violência contra a mulher nas redes sociais.
O corpo de Érica Garcês de Oliveira, de 31 anos, morta pelo companheiro, Idelmário Mercês, foi sepultado nesta quarta-feira (2) em Retirolândia, na região sisaleira. Érica foi assassinada no último sábado (29) na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul (RS).

Idelmário foi preso / Foto: Reprodução / Calila Notícias
Segundo o Calila Notícias, parceiro do Bahia Notícias, o corpo da mulher foi trazido do Rio Grande do Sul após uma campanha de familiares que arrecadaram dinheiro para o traslado e da viagem dos quatro filhos menores da vítima e da irmã, e dos quatro filhos da mesma.
Um dia depois do crime, no domingo (1°), o companheiro da vítima foi preso acusado de feminicídio, quando a vítima é morta pela condição de mulher.
Desde 9 de março de 2015, o Brasil tem registrado um aumento constante nos casos de feminicídio. Na Bahia, 10 anos após a sanção da Lei do Feminicídio, a taxa de feminicídios continua em 0,65 casos por 100 mil habitantes. Embora a Bahia lidere em números absolutos no Nordeste, o Piauí apresenta a maior taxa proporcional da região. No interior do estado, os municípios de Feira de Santana, Juazeiro e Porto Seguro destacam-se com o maior número de casos.
Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) obtidos pelo Bahia Notícias, o Nordeste registrou 3.359 casos de feminicídio nos últimos 10 anos, e a Bahia representa 23,6% desse total, liderando a região em números absolutos.
O número registrado de feminicídios na Bahia variou aproximadamente 44,59%, com oscilações desde 2017. O histórico aponta um crescimento expressivo seguido por uma estabilização nos últimos anos, o interior registra o maior números de casos nos últimos oito anos. Veja os dados compilados:
Em 2025, já foram confirmados 8 casos em janeiro. Os dados de fevereiro e março continuam sendo processados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), e o Bahia Notícias solicitou acesso aos relatórios detalhados para análise, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
Os dados indicam que Salvador, Feira de Santana, Juazeiro e Porto Seguro concentram os maiores índices de feminicídios no estado. A capital baiana apresenta os números mais altos devido à densidade populacional e às dinâmicas urbanas que facilitam situações de vulnerabilidade para as mulheres, embora tenha tido uma relativa queda nos casos recentemente. Veja no mapa:
Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, é outro município com elevados índices de violência de gênero. Em 2025, a cidade atingiu a marca de 28 casos de feminicídios já registrados, ocupando a segunda posição no estado. Já Juazeiro e Porto Seguro seguem na lista com 21 e 20 casos já contabilizados, respectivamente.
LEI DO FEMINICÍDIO
Em março de 2015, foi sancionada a Lei 13.104/2015, conhecida como Lei do Feminicídio, que classificou esse tipo de crime como hediondo e estabeleceu agravantes quando cometido em situações específicas, como durante a gravidez, contra menores de idade, ou na presença de filhos.
As definições dessa lei, embora fundamentais, ainda são alvo de críticas, especialmente no que diz respeito à classificação dos casos e à dificuldade de tipificação em algumas situações. Segundo especialistas, um dos desafios é garantir que todos os crimes de gênero sejam reconhecidos corretamente e que as estatísticas sejam fiéis à realidade.
A lei define feminicídio como o homicídio de mulheres motivado por violência doméstica e familiar ou quando há evidência de desprezo ou discriminação pela condição feminina. Contudo, muitos casos ainda são subnotificados ou classificados inadequadamente, o que mascara a verdadeira extensão do problema.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de investimentos em políticas públicas, ampliação da rede de acolhimento e uma resposta mais rápida e efetiva por parte das instituições de segurança e justiça.
A Bahia diminuiu em 30,2% nos eventos de violência entre 2023 e 2024. O dado foi divulgado pelo boletim da organização “Elas Vivem: um caminho de luta”, divulgado nesta quinta-feira (13). Por meio de uma Rede de Observatórios da Segurança em nove estados, sendo eles Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo, o levantamento aponta que a cada 17 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio nestes estados, em 2024.
Ao total, foram registrados 531 casos de feminicídio nos estados monitorados. A Rede de Observatórios da Segurança é uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) dedicada a acompanhar políticas públicas de segurança, fenômenos de violência e criminalidade em nove estados. O estudo aponta que, ao total, foram registrados 4.181 ocorrências de violência contra a mulher no ano passado. Isso indica que a cada 24 horas, ao menos 13 mulheres foram vítimas de violência em 2024 nos nove estados.
Entre os nove estados observados no levantamento, a Bahia registrou o 7° menor índice de violência em 2024. Em 2023, foram registrados 368 casos de violência, enquanto em 2024 foram registrados 257. Entre os municípios, Salvador foi a cidade que mais registrou eventos, com 68 no ano passado. No que tange a casos de feminicídio, foram observadas 46 ocorrências, enquanto outras 30 mulheres foram vítimas de homicídio - quando a motivação do crime não está relacionada ao gênero da vítima.
No país, em 75,3% dos casos, os crimes foram cometidos por pessoas próximas, sendo que somente parceiros e ex-parceiros, representam de 70% do total. Confira os números por estado:
Amazonas: 604 vítimas de violência e 33 feminicídios
Bahia: 257 vítimas de violência e 46 feminicídios
Ceará: 207 vítimas de violência e 45 feminicídios
Maranhão: 365 vítimas de violência e 54 feminicídios
Pará: 388 vítimas de violência e 41 feminicídios
Pernambuco: 312 vítimas de violência e 69 feminicídios
Piauí: 238 vítimas de violência e 36 feminicídios
Rio de Janeiro: 633 vítimas de violência e 63 feminicídios
São Paulo: 1.177 vítimas de violência e 144 feminicídios
Total: 4.181 vítimas de violência e 531 feminicídios
Com golpes de faca, uma mulher foi assassinada dentro da própria casa no bairro de Cajazeiras 8, em Salvador, na tarde deste sábado (15).
De acordo com apuração do site Alô Juca, se trata de um crime de feminicídio, pois a vítima teria sido esfaqueada pelo atual companheiro.
Guarnições do 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram até o local, isolando a área até a chegada dos departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Polícia Técnica (DPT). O autor do crime está sendo procurado na região pelos agentes de segurança.
A mulher queimada pelo ex-companheiro, identificada como Jéssica Novais de Jesus, de 33 anos, morreu na manhã de domingo (09) no Hospital Geral do Estado, em Salvador, após 13 dias de internação. Ela teve mais de 20% do corpo queimado com gasolina pelo marido em Eunápolis. O ex-companheiro e principal suspeito do assassinato segue foragido.
O crime ocorreu no dia 27 de janeiro, quando Acenildo Gonçalves de Oliveira, de 41 anos, ateou fogo em Jéssica após uma discussão. A vítima conseguiu caminhar até o Hospital Regional, próximo ao local do ataque, onde recebeu os primeiros socorros.
Segundo informações do Radar News, parceiro do Bahia Notícias, por conta da gravidade das queimaduras, Jéssica foi transferida para o Hospital Geral do Estado, em Salvador, onde passou por diversas cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos.
A delegada Amanda Rezeno, do Núcleo Especializado no Atendimento à Mulher (Neam), informou que o caso é investigado como feminicídio, agravado pelo uso de meio cruel. A prisão preventiva de Acenildo Gonçalves já foi solicitada à Justiça, mas ainda não foi decretada.
O corpo de Jéssica chegou a Eunápolis na madrugada de segunda-feira (10) e está sendo velado na casa de uma avó, no bairro Rosa Neto. Ela trabalhava como passadeira em uma lavanderia e deixa três filhos menores, de relacionamentos anteriores.
Segundo a polícia, Acenildo Gonçalves já foi preso diversas vezes por crimes como furtos, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo nas cidades de Teixeira de Freitas, Itamaraju, Eunápolis e Porto Seguro. Ele segue foragido.
A morte de Jéssica Novais de Jesus engrossa as estatísticas de feminicídio na Bahia, que tem apresentado um crescimento preocupante nos últimos anos. De 2017 a 2023, foram registrados 672 casos no estado, o que significa que uma mulher é vítima letal de violência de gênero a cada três dias, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do estado.
Em 2024, a Bahia registrou uma redução de 7,8% dos feminicídios. Em números absolutos,foram contabilizados 106 casos em 2024, contra 115 mortes em 2023. No ano, as ações do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) e do Batalhão Ronda Maria da Penha foram intensificadas em todo o estado.
O Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher (BPPM), responsável pela fiscalização de medidas protetivas, promove também trabalho educativo. “O Batalhão conta com três principais projetos de prevenção contra violência doméstica. O 'Fala Sério', ‘Homens em Diálogo’ e o ‘Guardiões de Maria’, com ações periódicas ao longo do ano", destacou a comandante do BPPM, tenente-coronel Roseli de Santana.
No âmbito das ações de inteligência, a criação em 2023 do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), garantiu o reforço na rede de proteção das vítimas. A diretora do DPMCV, delegada Patrícia Barreto Oliveira, ressaltou a importância da estrutura dedicada à proteção e ao acolhimento das mulheres em situação de vulnerabilidade.
"Nosso trabalho vai além da resposta às violências. Promovemos ações preventivas, fortalecemos redes de apoio e encorajamos as vítimas a romperem ciclos de violência", destacou a delegada.
Uma mulher identificada como Viviana de Carvalho Souza, de 39 anos, natural de Miguel Calmon, foi encontrada morta em sua residência em Luis Eduardo Magalhães na madrugada desta segunda-feira (06). O ex-companheiro de Viviana é o principal suspeito de assassinar a esposa, afinal o mesmo já havia sido preso por agredir Viviana. O homem foi preso.
O crime ocorreu em um conjunto de kitnets na rua América Dourada, bairro Santa Cruz. Vizinhos relataram ter ouvido gritos durante a noite que antecedeu o crime, implicando uma briga entre o casal. Ao encontrarem o corpo da mulher, acionaram a Polícia Militar. A informação foi apurada pelo Blog do Braga, parceiro do Bahia Notícias.
A perícia indicou que Viviana foi vítima de espancamento, com lesões graves. Esse não era o primeiro episódio de violência contra a mulher. Em novembro do ano passado, o suspeito já havia sido preso pela Guarda Civil Municipal após agredir a vítima, causando-lhe diversas lesões, inclusive no rosto.
A Polícia Civil investiga o caso e o suspeito foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento. O corpo de Viviana foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realização de necropsia.
Vale lembrar que a Bahia tem sido um palco vergonhoso no combate aos crimes de feminicídio. Somente entre os anos de 2017 e 2023, o estado registrou 673 assassinatos de mulheres, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Segundo o mesmo levantamento, cerca de 92,6% dos crimes foram cometidos por parceiros íntimos das vítimas (companheiros ou ex-companheiros e namorados), ou seja, a imensa maioria dos casos é registrada por companheiros no âmbito pessoal.
Um homem, identificado como Ronaldo Pereira, esfaqueou sua ex-companheira na presença do filho do casal, na última quinta-feira (2). O caso ocorreu em via pública, na Avenida Edgar Santos, no bairro de Narandiba, em Salvador.
A vítima, de 46 nanos, teve ferimentos no pescoço, costas e tórax e foi conduzida para o Hospital Geral do Estado (HGE). Não é a primeira tentativa de feminicidio do agressor, que já havia atacado a mulher com uma chave de fenda em agosto de 2024, segundo informações do site Alô Juca.
A Polícia Civil tenta capturar o suspeito e investiga o caso.
Raiane Vitória Souza Araújo, de 21 anos, foi morta a facadas na manhã deste domingo (29), no bairro de Caji, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS). De acordo com a Polícia Civil (PC), o principal suspeito do crime é o namorado da vítima, que está sendo procurado. A identidade do homem não foi divulgada.
O corpo de Raiane foi encontrado dentro da casa onde ela morava. Policiais militares isolaram a área até a chegada de peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que realizou exames no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da região para necropsia. Não há informações sobre velório e sepultamento.
O caso foi registrado como feminicídio e está sendo investigado pela 27ª Delegacia Territorial (DT/Itinga). A polícia busca esclarecer as circunstâncias do crime e localizar o suspeito. Até o momento, ele permanece foragido.
Um homem suspeito de feminicídio foi preso na tarde de segunda-feira (23), no povoado de Maracaiá, em Água Fria. A prisão foi realizada por policiais militares da 97ª CIPM na cidade de Irará, após denúncia da comunidade.
De acordo com informações da polícia, o suspeito era procurado pela justiça por um mandado de prisão em aberto. Ele é acusado de assassinar sua companheira no início deste mês de dezembro, na cidade de Irará.
Após receberem a denúncia, os policiais militares se deslocaram até o povoado de Maracaiá e localizaram o suspeito. Ele foi abordado e preso, sendo posteriormente encaminhado para a Delegacia de Polícia de Irará, onde foram tomadas as medidas cabíveis.
Considerado foragido, um homem suspeito de matar a ex-companheira dentro da própria casa no povoado de Caboronga, zona rural de Irará, interior da Bahia, foi preso nesta segunda-feira (23).
O mandado de prisão foi cumprido por policiais da 97ª Companhia Independente de Polícia Militar. Conforme informações do g1, o acusado, que não teve apenas o apelido divulgado, "Nininho", foi encontrado em uma casa abandonada no povoado de Maracaiá, na zona rural do município de Água Fria, a 158 km de Salvador.

Casa onde o suspeito foi encontrado e preso pela polícia. Foto: Polícia Civil
O crime aconteceu no dia 8 de dezembro, quando ele matou Déborah Saraiva dos Santos Campos, de 31 anos, a tiros. A polícia confirma que ao chegar no local a vítima estava ensanguentada, caída no chão, com várias marcas de tiros.
O corpo foi encontrado pelo filho do ex-casal. A arma utilizada na ação foi achada dias depois, no quintal da casa onde Déborah morava.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o ex-marido cometeu o crime porque não se conformava com o fim da relação. Ele foi apresentado na Delegacia Territorial de Irará e permanece à disposição da Justiça.
Em decisão monocrática (individual), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, manteve o afastamento do oficial titular do Tabelionato de Protesto de Títulos da comarca de Feira de Santana, Éden Márcio Lima de Almeida. Ele responde a uma ação por homicídio qualificado cometido contra a bancária Selma Regina Vieira da Silva, em abril de 2019.
Ao rejeitar o recurso do cartorário, Gilmar Mendes validou determinação da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e da Corregedoria Nacional de Justiça para que Éden Márcio permaneça afastado até a conclusão do julgamento do caso de feminicídio, o chamado trânsito em julgado da ação.
Éden Márcio também está proibido de acessar todos os sistemas e contas do cartório. Porém, durante o período de afastamento deverá receber 50% da renda líquida da serventia.
O titular do Tabelionato de Protesto de Títulos de Feira de Santana foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em novembro de 2020. Ele, que na época do crime também ocupava o cargo de presidente do Instituto de Protestos e Títulos do Brasil, seção Bahia, foi absolvido pelo 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, mas o MP-BA recorreu da decisão.
O delegatário e Selma estavam juntos há 24 anos e tinham duas filhas. Segundo a denúncia, Éden mantinha um relacionamento extraconjugal com a estudante Anna Carolina Lacerda Dantas – ré na mesma ação penal – e a situação teria sido aceita por Selma por medo da separação e perda da guarda das crianças. Aos familiares, como relata a peça do MP-BA, Selma já havia revelado situações de agressão física e psicológica, e que era forçada a manter relações a três com outras mulheres para satisfazer os desejos sexuais do seu esposo.
De acordo com o MP, Éden teria se apaixonado pela estudante e a partir daí passaram a viver um triângulo amoroso junto com a vítima.
No dia do crime, conforme o Ministério Público da Bahia, a bancária, o esposo e a estudante foram a uma festa onde usaram entorpecentes e álcool. A denúncia aponta que, horas depois, já na casa do casal, houve uma discussão entre os três. Foi quando a vítima foi “brutalmente” agredida em várias partes do corpo, como cabeça, nádegas, coxas, joelhos, braços e rosto, segundo o laudo cadavérico. Selma Regina veio a óbito três dias depois, em decorrência de hemorragia intracraniana decorrente de trauma crânio encefálico.
“Diante desse quadro, entendo que a decisão ora impugnada privilegiou o interesse público, preservou a credibilidade do Poder Judiciário e favoreceu o correto funcionamento do controle interno dos órgãos públicos em questão, tendo atuado dentro dos limites estabelecidos pela Constituição Federal e pelas normas de regência do Conselho Nacional de Justiça”, pontuou Gilmar Mendes em sua decisão.
Em sua defesa, Éden Márcio Lima de Almeida alega que o julgamento ainda não foi concluído e que foi absolvido em primeira instância. Ele aponta para a violação do princípio da presunção de inocência e considera que a suspensão imposta “configura cerceamento da liberdade de exercício profissional”. A defesa ainda acrescenta que a decisão de afastamento “não possui fundamentação adequada”, sendo ausentes razões suficientes para justificar a “medida extrema”.
Mulher é morta por marido e corpos são encontrados em decomposição; caso ocorreu em Feira de Santana
Uma trágica descoberta chocou Feira de Santana na tarde desta quarta-feira (27). Três corpos foram encontrados em uma residência localizada na Avenida Francisco Manuel da Silva, no conjunto Morada do Bosque, bairro Cidade Nova. A polícia suspeita que o homem matou a sua mulher e filha e depois teria cometido suicídio.
Segundo o delegado Gustavo Coutinho ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, as vítimas são André Luiz Passos de Lacerda, 66 anos, sua esposa Reinilde de Oliveira Lacerda, 68 anos, e a filha do casal, Tabata de Oliveira Lacerda, 35 anos.
As investigações iniciais apontam que André Luiz teria assassinado a esposa e a filha a tiros e, em seguida, tirado a própria vida. Os corpos, que apresentavam ferimentos por arma de fogo na cabeça, estavam em estado de decomposição, indicando que os crimes ocorreram há cerca de 15 dias.
“É realmente uma tragédia que ocorreu aqui, em uma residência de luxo, onde foi encontrado no quarto do casal o proprietário da residência morto no chão. O corpo da esposa estava no chão do banheiro, e o corpo da filha estava sentado em uma poltrona no quarto. Pelo que indica, parece que ele assassinou primeiro a esposa e a filha e depois tirou a própria vida. Inclusive, foi encontrada uma perfuração de bala no teto do quarto, além de muitos respingos de sangue na parede”, informou o delegado.
A polícia foi acionada após vizinhos e familiares notarem o desaparecimento da família e estranharem a ausência de notícias. Ao adentrarem a residência, os agentes encontraram um revólver calibre 38 próximo ao corpo de André Luiz, com quatro munições deflagradas e uma intacta.
O delegado Gustavo Coutinho informou que André Luiz e Reinilde eram naturais de Feira de Santana, enquanto Tabata nasceu em Ruy Barbosa, onde a família possuía propriedades. Ele também revelou haver indícios de que André Luiz sofria de problemas psicológicos, o que pode ter motivado o crime.
As investigações estão em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso. Os corpos foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realização de necropsia.
O Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria das Mulheres (SPM), firmou acordo de Cooperação Técnica com o Ministério das Mulheres (MM), nessa terça-feira (26), durante Encontro de Gestoras Estaduais, que está sendo realizado, até esta quarta-feira (27), em Brasília.
O acordo marca a adesão da Bahia e de outros estados ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e o início da construção dos Planos Estaduais de Prevenção aos Feminicídios, em parceria com o MM, com objetivo de diminuir os casos de feminicídios no país.
O acordo de cooperação técnica foi assinado pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a secretária das Mulheres do Estado da Bahia, Neusa Cadore. “Este é mais momento histórico para o nosso país, quando o Governo Federal, em regime de colaboração com os Estados, busca construir e consolidar ações efetivas voltados ao feminicídio zero. A Bahia se une a este movimento importante que visa preservar a vida das nossas meninas e mulheres, potencializando as ações que já desenvolvemos com foco na prevenção e enfrentamento às violências contra as mulheres”, afirmou a secretária Neusa Cadore.
Instituído em agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto conta com 73 ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades, que têm como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas.
Outro acordo assinado com o MM objetiva estabelecer um fluxo coordenado para envio, recebimento e monitoramento de denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180. O principal objetivo do MM com esses ACTs é fortalecer a rede de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência nos estados, integrando esforços entre governo federal, governos estaduais e Ministério Público, a fim de garantir que as denúncias sejam tratadas com eficiência e que as vítimas recebam o suporte necessário de forma ágil e eficaz.
Nesse sentido, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também firmou acordo de cooperação com o Ministério das Mulheres para assegurar o encaminhamento ágil e eficiente das denúncias às unidades competentes do Ministério Público, garantindo que cada caso receba a devida atenção e encaminhamento adequado. A parceria também busca fortalecer a coordenação e a execução dos acordos regionais, além da ampla divulgação dos canais de atendimento do Ligue 180, destacando a inclusão de recursos acessíveis, como a possibilidade de videochamadas em Libras, ampliando o alcance e a acessibilidade para mulheres com deficiência auditiva.
Ainda em Brasília, durante o encontro de gestoras estaduais de políticas para as mulheres, nesta terça-feira, a SPM participou do debate sobre o orçamento e financiamento de políticas para mulheres.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Ivana Bastos
"Com mulher parece que é tudo mais difícil".
Disse a presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputada Ivana Bastos (PSD) destacou que viveu momentos difíceis à frente da Mesa Diretora. Questionada pelo Bahia Notícias no balanço das atividades da Casa, a presidente evitou citar especificamente o processo de confirmação da prisão do deputado Binho Galinha, em outubro deste ano.