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O ex-prefeito de Salvador e ex-deputado federal ACM Neto é o único baiano presente no ranking dos 100 políticos mais influentes no Instagram. A análise para medir o alcance do grupo que conquista maior relevância no debate digital foi feita pelas plataformas MonitoraBR e Zeeng com base em publicações postadas entre janeiro e junho deste ano.
ACM Neto aparece na 67ª posição no ranking dos 100 mais influentes. O presidente da Fundação Índigo, do União Brasil, é colocado no estudo como um político de centro.
A análise realizada pelas plataformas MonitoraBR e Zeeng acompanhou os perfis de cerca de 2,6 mil políticos no Instagram, e o resultado do estudo mostrou a dominância de nomes da direita no ranking de interações. No recorte dos 100 mais influentes virtualmente, 56% são nomes da direita, 26% do centro e 18% da esquerda.
Entre os estados dos mais influentes, São Paulo é o que possui a maior quantidade de políticos na lista, com 32. Depois aparecem Rio de Janeiro (15), Rio Grande do Sul (8), Minas Gerais (8), Paraná (6), Santa Catarina (5), Ceará (4), Pernambuco (4), Alagoas (3), Goiás (2), Rio Grande do Norte (2), Distrito Federal (2), Bahia (1), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Espírito Santo (1), Maranhão (1), Sergipe (1), Mato Grosso do Sul (1), Amapá (1) e Roraima (1).
Na separação por partidos, o PL é o campeão disparado da lista dos mais influentes, com 42 políticos entre os 100 com maior alcance. Em segundo lugar aparecem o União Brasil e o PSD, com nove nomes cada. Depois vêm o Psol e o Novo, com seis políticos na lista dos 100 mais.
Na sequência figuram os seguintes partidos: Republicanos (5), PT (5), MDB (3), PDT (2), PSB (2), Podemos (2), Sem Partido (2), Avante (1), PRTB (1), Rede (1), PP (1) e PCdoB (1).
Já a distribuição por espectro político revela uma forte predominância da direita entre os que mais possuem relevância no cenário digital. Com 56% dos políticos mais influentes, a direita se estabelece como a força ideológica dominante no Instagram.
De acordo com o relatório do estudo, esse número expressivo sugere que “políticos alinhados a essa ideologia têm demonstrado uma notável capacidade de mobilizar suas bases e gerar altas taxas de interação”.
Abaixo da direita, aparecem o centro como espectro político dos mais influentes, com 26 nomes, e depois a esquerda, com 18. Esse recorte mostra que a direita parece ter dominado a dinâmica de alcançar maior engajamento de forma mais abrangente, consolidando sua presença e capacidade de influência no Instagram.
O campeão em engajamento, de acordo com os dados, é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), com uma média de 1,5 milhão de interações em cada post que publica. Somente um vídeo publicado pelo parlamentar no mês de janeiro para criticar políticas do governo Lula sobre o Pix, por exemplo, acumulou mais de 300 milhões de visualizações.
Nikolas ultrapassou o político que vinha há alguns anos se mostrando o campeão de influência nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Atualmente impedido de usar suas redes sociais, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Bolsonaro tem uma base maior de seguidores do que a de Nikolas, mas perde no engajamento médio, que é de 237,6K por post.
O terceiro colocado do ranking é o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga, um nome que vem surpreendendo no cenário digital. Combinando carisma, presença constante e um estilo de comunicação direto ao ponto, ele vem conseguindo transformar ações do dia a dia em conteúdo altamente engajável, chegando em 213K de interação média.
Na quarta posição, com 178,7K de engajamento médio por post, aparece a melhor colocada da esquerda, a deputada Erika Hilton (Psol-SP), que vem se firmando como um dos principais nomes da nova geração da política progressista no Brasil. Com uma presença marcante no Instagram, ela vem conseguindo gerar engajamento ao explorar temas como direitos humanos, diversidade, justiça social e representatividade, além de defesas de apelo popular (o maior exemplo é o projeto para mudar a jornada de trabalho 6 x 1).
O presidente Lula, o segundo nome mais forte da esquerda, figura apenas como o oitavo nome da lista dos mais influentes, atrás de André Fernandes (PL-CE) em quinto, Lucas Pavanatto (PL-SP) em sexto e Eduardo Bolsonaro em sétimo (PL-SP). Lula tem um engajamento médio de 97K por post.
A comunicação do presidente da República nas redes é mais sóbria e institucional, mas ainda assim carregada de simbolismo, e nesse ano houve uma mudança de conceito nas postagens, após a entrada do publicitário Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação da Presidência. Lula utiliza o Instagram para mostrar agendas, encontros e posicionamentos políticos, sempre com uma dose de afeto e memória afetiva para buscar mobilizar seguidores fiéis.
Encerram a lista do Top 10 o senador mineiro Cleitinho (Republicanos), na nona posição, com 82,8K de engajamento, e depois o influenciador Fábio Teruel, nome do espectro da direita que alcança 75,5K em suas postagens. Teruel atua no Instagram além da política tradicional, dialogando com uma base que valoriza a fé e os valores cristãos como pilares da vida pública e pessoal.
Entre os nomes que aparecem como possíveis candidatos a presidente em 2026, o mais bem colocado no ranking após Jair Bolsonaro e Lula é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governador está na 11ª posição da lista, e possui um engajamento médio de 65,5K em suas postagens.
Logo depois na lista dos presidenciáveis desponta o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que está na 22ª colocação, com engajamento de 32,6K. O cearense Ciro Gomes, do PDT, que sempre aparece nas pesquisas como potencial candidato, está mais abaixo na lista, na 39ª posição, com engajamento médio de 22,3K.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que vem tentando viabilizar sua candidatura presidencial pelo União Brasil, aparece apenas na 64ª posição no ranking, com engajamento médio de 15,7K. Já o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), nome que vem sendo cotado para a disputa presidencial, não figura entre os 100 mais influentes.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é presidente do PL Mulher, não aparece na lista. Michelle tem seu nome constantemente inserido entre os mais cotados para disputar a presidência em 2026, e possui 7,3 milhões de seguidores no Instagram.
Se Michelle tivesse sido colocada no ranking, poderia melhorar um pouco o desnível na representatividade por gênero. São 75 homens na lista dos 100 mais influentes do Instagram, e apenas 25 mulheres.
Depois da deputada Erika Hilton, a primeira colocada entre as mulheres, aparecem, na sequência, Carla Zambelli (18ª), Zoe Martinez (20ª), Amanda Vettorazzo (25ª), Bia Kicis (27ª) e Thabata Pimenta (37ª).
Para chegar ao resultado do ranking dos 100 mais influentes, as plataformas MonitoraBR e Zeeng analisaram 442 mil publicações e 1,8 bilhão de interações no Instagram de nomes de políticos ou pessoas com atuação na política.
Chamado por internautas de esquerda de “fascista”, “negacionista”, “oportunista”, “misógino”, entre outros adjetivos, o religioso Frei Gilson se tornou um dos assuntos mais comentados na rede X nos últimos dias, após receber apoio de políticos e influenciadores de direita que saíram em sua defesa. O líder católico, de 37 anos, foi apoiado por nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e vem ganhando centenas de milhares de novos seguidores desde o início da polêmica.
Há seis dias, Frei Gilson começou o que chamou de “Campanha da Quaresma”, com lives realizadas de madrugada nas suas redes sociais, e que devem se seguir até a Semana Santa. As lives vem sendo acompanhadas por milhões de pessoas no Instagram e no Youtube, e o religioso passou a ser alvo de críticas e ataques de internautas.
“Um frei fascista da Brasil Paralelo, um negacionista, anticiência, misógino. Pra piorar fica dizendo que não existe mudanças climáticas, um canalha oportunista. Um vagabundo da pior espécie que usa a religião para atrasar a evolução planetária. Se existir o capeta, esse é um discípulo dele”, escreveu uma internauta, durante a realização da live.
Os ataques ao religioso, principalmente por internautas de esquerda, foram criticados pelo deputado André Janones (Avante-MG). De acordo com ele, os ataques podem se traduzir em prejuízo eleitoral para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.
“O cara mete 4 milhões de pessoas em uma live quatro da manhã e representa a maior religião do país, e a gente ao invés de mudar a pauta e conseguir conquistar esses mesmos eleitores por outro flanco, a gente parte pra cima daquele que, gostemos ou não, os representa e tem a admiração dos fiéis, que (olha que surpresa) também são eleitores. Cada dia mais tenho certeza que merecemos o que estamos vivendo. Toda desgraça é pouca pra gente burra e arrogante”, disse o parlamentar.
Sacerdote, cantor e influenciador, Frei Gilson, com a polêmica em torno do seu nome, atingiu nessa semana quase oito milhões de seguidores só no Instagram. O religioso, que pertence à Ordem Carmelita Mensageiras do Espírito Santo, em Nova Almeida (ES), alcançou ainda um total de 6,6 milhões de seguidores no Youtube, o que o coloca entre os canais cristãos mais seguidos no Brasil, superando inclusive o Padre Marcelo Rossi.
Gilson da Silva Pupo Azevedo tem 37 anos e nasceu em São Paulo. Ele foi ordenado sacerdote em 7 de dezembro de 2013 e comandou por nove anos a Paróquia Nossa Senhora do Carmo da Diocese de Santo Amaro, em São Paulo. O pároco retornou à igreja em novembro do ano passado apenas para realizar uma missa especial.
Com o sucesso das lives e a polêmica com grupos de esquerda, Frei Gilson passou a receber apoio de figuras conservadoras. O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, demonstraram solidariedade com o religioso.
Em publicação no último domingo (9), Bolsonaro destacou a mobilização de milhões de pessoas em torno das orações. “Frei Gilson cada vez mais se apresenta como um assunto em oração, juntando milhões pela palavra do Criador. Por isso, cada vez mais, vem sendo atacado pela esquerda”, escreveu o ex-presidente.
Já Michelle Bolsonaro usou os stories da sua conta no Instagram para enviar uma mensagem ao frei: “Que Deus te proteja e o livre do homem mau”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também saiu em defesa de Frei Gilson. No último domingo (9), Tarcísio publicou um vídeo do frade e citou um versículo bíblico para demonstrar seu apoio.
“Se são insultados por causa do nome de Cristo, bem-aventurados assim, por quanto sobre vós relatados o Espírito da glória, o Espírito de Deus. Pedro 4-14”, escreveu o governador. Na sequência, ele reforçou sua solidariedade: “Força Frei Gilson! Estamos com você!”
A live de Frei Gilson realizada nesta madrugada de terça (11) atingiu até o momento o total de três milhões de visualizações, com mais de um milhão de pessoas conectadas simultaneamente, as quatro da manhã. Na madrugada desta segunda (10), o frei não fez qualquer citação aos ataques que sofreu, mas realizou uma oração contra “pensamentos confusos”, de “revolta”, de “vingança” e de “inveja”.
“Dai-nos, Senhor, discernimento, dai-nos, Senhor, sabedoria, que nós possamos separar o que é bom do que é mal, dai-nos, Senhor, discernimento para discernir o que é certo do que é errado”, disse o religioso durante a oração.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve sair do segundo turno, no próximo dia 27, como o partido com a maior quantidade de vitórias nas capitais brasileiras. Levantamento do Bahia Notícias a partir das pesquisas mais recentes divulgadas nesta semana revela que o PL tem chances reais de vencer em quatro cidades, que somadas às duas vitórias no primeiro turno, levaria o partido a fechar a eleição de 2024 com seis capitais conquistadas.
O levantamento mostra um quadro de momento, com a posição dos primeiros colocados até a manhã desta sexta (18). O PL é o partido que tem mais candidatos ainda em disputa no segundo turno, com nove capitais. Das nove o partido presidido por Valdemar Costa Neto tem perspectiva de ganhar em quatro, mas ainda possui pelo menos outras duas cidades em que há empate técnico na disputa.
Em segundo lugar em quantidade de disputas no segundo turno estão o União Brasil e o PT, com quatro capitais cada. Pelas pesquisas atuais, o União pode vir a ganhar duas das quatro e o PT pode acabar com nenhuma vitória entre as quatro que disputa.
Já o MDB, que disputa o segundo turno em três capitais, tem amplas chances de vencer todas as disputas. O mesmo acontece com PSD, PP e Podemos, que possuem candidatos em duas disputas e têm total possibilidade de obter as vitórias. Outros partidos que também tem candidatos são o Avante e o PMB, que mantém chance de vitória, além de PDT e PSOL.
No primeiro turno, os partidos de esquerda conquistaram apenas uma vitória, com João Campos, do PSB, reeleito no Recife (PE). Já no segundo turno, os partidos de esquerda podem acabar obtendo nenhuma vitória, a se levar em conta as pesquisas dessa semana.
Nenhuma mulher venceu nas 11 capitais que tiveram a eleição liquidada no primeiro turno. Para o segundo turno, oito mulheres ainda estão na disputa. De acordo com as pesquisas, Emília Corrêa (PL) em Aracaju e Adriane Lopes, do PP, em Campo Grande, são as que têm mais condições de obter vitórias.
Caso as mulheres saiam com duas vitórias em capitais, seria ainda um tímido avanço em relação a 2020, quando apenas uma mulher venceu: Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas. Mas esse número ainda pode mudar, principalmente pela disputa ainda apertada nas cidades de Curitiba (PR) e Porto Velho (RO).
Quadro de vitórias no 2º turno com pesquisas atuais:
PL - 4
MDB - 3
PSD - 2
PP - 2
União Brasil - 2
Podemos - 2
Projeção partidária das 26 capitais ao final do 2º turno:
PL - 6
PSD - 5
MDB - 5
União Brasil - 4
Podemos - 2
PP - 2
PSB - 1
Republicanos - 1
Pesquisas mais recentes em cada capital até esta sexta (18):
Aracaju (SE)
Emília Corrêa (PL): 52%
Luiz Roberto (PDT): 32%
(Quaest)
Belo Horizonte (MG)
Fuad Noman (PSD): 46%
Bruno Engler (PL): 37%
(Quaest)
Campo Grande (MS)
Adriane Lopes (PP): 42%
Rose Modesto (União Brasil): 39%
(Quaest)
Cuiabá (MT)
Abílio Brunini (PL): 44%
Lúdio Cabral (PT): 41%
(Quaest)
Goiânia (GO)
Sandro Mabel (União Brasil): 46%
Fred Rodrigues (PL): 39%
(Quaest)
João Pessoa (PB)
Cícero Lucena (PP): 58%
Marcelo Queiroga (PL): 31%
(Quaest)
Natal (RN)
Paulinho Freire (União): 45%
Natália Bonavides (PT): 39%
(Quaest)
Palmas (TO)
Eduardo Siqueira Campos (Podemos): 47%
Janad Valcari (PL): 43%
(Quaest)
Porto Alegre (RS)
Sebastião Melo (MDB): 52%
Maria do Rosário (PT): 30%
(Quaest)
São Paulo (SP)
Ricardo Nunes (MDB): 51%
Guilherme Boulos (PSOL): 33%
(Datafolha)
Belém (PR)
Igor Normando (MDB): 56%
Delegado Eder Mauro (PL): 35,8%
(Futura/100% Cidades)
Curitiba (PR)
Eduardo Pimentel (PSD): 49%
Cristina Graeml (PMB): 44,9%
(AtlasIntel)
Manaus (AM)
Capitão Alberto Neto (PL): 49,5%
Davi Almeida (Avante): 48%
(AtlasIntel)
Fortaleza (CE)
André Fernandes (PL): 45%
Evandro Leitão (PT): 43%
(Datafolha)
Porto Velho (RO)
Léo Moraes (Podemos): 50,2%
Mariana Carvalho (União): 39,3%
(Veritá)
Cerca de 80% da população estaria insatisfeita com a democracia praticada no país, mas dois terços dos brasileiros ainda a defendem como melhor forma de governo. Esses foram alguns dos resultados da 21ª edição da pesquisa Panorama Político, do Instituto de Pesquisa DataSenado, divulgada nesta segunda-feira (19).
A pesquisa, realizada entre 5 e 28 de junho de 2024, ouviu 21.808 brasileiros de todas as regiões do país, e buscou oferecer um panorama atualizado sobre temas cruciais para o futuro da democracia do Brasil. O levantamento também apurou qual seria a corrente ideológica com a qual a população mais se identifica.
Segundo o levantamento, quando questionados sobre o seu nível de satisfação com a democracia no Brasil, 47% responderam que estão “pouco satisfeitos”, e 33% disseram estar “nada satisfeitos”. O resultado mostra que 80% dos entrevistados possuem algum nível de insatisfação com a democracia brasileira.
Apenas 16% disseram estar “muito satisfeitos” com a democracia, enquanto 4% afirmaram não ter opinião formada. O relatório do Instituto DataSenado ressalta, a partir desses números, a necessidade do fortalecimento das instituições democráticas no país, “garantindo que o processo eleitoral seja transparente e justo, para restaurar a confiança da população no sistema político”.
No recorte por unidades federativas, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso são os estados que possuem o maior índice de pessoas que se dizem “nada satisfeitos” com a democracia: 40%. O Maranhão foi o estado com o menor índice de insatisfeitos, marcado 24%. A Bahia está mais próxima do patamar mais baixo, com 28% se dizendo “nada satisfeitos” com a democracia brasileira.
Quando solicitados a avaliar “qual frase melhor descreve a sua opinião” em relação à preferência por governos democráticos ou autoritários, dois terços da população brasileira (66%) acreditam que “A democracia é sempre a melhor forma de governo”. Outros 15% escolheram a opção mais autoritária, “Em algumas situações, um governo autoritário é melhor”.
De acordo com o levantamento, apenas 10% dos entrevistados mostram alguma indiferença em sua resposta, optando pela frase “Tanto faz ter um governo democrático ou governo autoritário”. Outros 9% marcaram a opção “Não sei/Prefiro não responder”.
Ao investigar o posicionamento político dos brasileiros entre “Centro”, “Direita”, “Esquerda” ou “Nenhuma das anteriores”, o levantamento detectou que o principal grupo, formado por 40% dos entrevistados, se declaram sem ligação com qualquer lado ideológico. Outros 29% se declararam de “Direita”, 15% “Esquerda” e 11% são mais identificados com o “Centro”, o que revela que a polarização política não atinge a maioria dos brasileiros.
A pesquisa teve como população-alvo cidadãos de 16 anos ou mais, residentes no Brasil. Os participantes foram selecionadas por meio de Amostragem Aleatória Estratificada por unidade da Federação (UF). Os estratos foram definidos como sendo os 26 estados e o Distrito Federal. A alocação foi uniforme por estrato, e a amostra total foi composta por 21.870 entrevistas, com cerca de 810 em cada estrato.
A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas telefônicas via CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Nesse método, o entrevistador segue um roteiro que é disponibilizado em computador e composto por questionário estruturado, com questões objetivas e orientações para a condução da entrevista.
A Federação PT, PC do B e PV reafirmou, nesta terça-feira (10), em reunião na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), uma unidade política por candidatura do grupo que represente o pólo de esquerda e a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa pela prefeitura de Salvador em 2024.
Estavam presentes no encontro os deputados estaduais Robinson Almeida (PT) e Olívia Santana (PC Do B), ambos pré-candidatos ao Palácio Thomé de Souza.
"Reafirmamos os nomes de Robinson Almeida e Olívia Santana para representar o projeto de Lula e Jerônimo em Salvador. Temos presença institucional, força eleitoral, base social e acúmulo programático para unificar nosso grupo e disputar para vencer as eleições na nossa capital e construir uma agenda de crescimento econômico com desenvolvimento e justiça social em Salvador", enfatizou Éden Valadares, presidente da Federação Brasil da Esperança na Bahia.
Robinson Almeida reafirmou a pré-candidatura dele e de Olívia Santana, além da unidade política, defendendo que a candidatura da Federação represente a base do governador Jerônimo, do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), do campo popular e da esquerda.
“Temos um legado social e político de luta na cidade e somos a maior força política também na capital, com 7 vereadores, os deputados estaduais e federais mais votados. Estamos unidos e comprometidos em apresentar uma alternativa para Salvador, que aproveite a janela de oportunidade gerada pelos governos Lula e Jerônimo e retome o protagonismo, a competitividade da nossa cidade, com atração de investimentos que gerem emprego e melhore a qualidade de vida do nosso povo", afirmou Robinson Almeida.
Na mesma linha, Olívia Santana defendeu a unidade das forças políticas democráticas que foram vitoriosas na eleição do governador Jerônimo Rodrigues. “Temos que construir, juntos, um programa pra cidade que enfrente os principais desafios sociais e econômicos da capital baiana, que envolva à população, resgate a esperança a crie um novo projeto de cidade com participação popular na capital baiana. Salvador merece mais", destacou a parlamentar.
Também participaram do encontro os deputados Bobô (PC Do B), Fátima Nunes (PT), Roberto Carlos (PV) e Maria Del Camen (PT), além dos vereadores Tiago Ferreira (PT), Marta Rodrigues (PT), Arnando Lessa (PT), do pré-candidato a vereador, Ademário Costa (PT), da presidente municipal do PC Do B, Aladilce Souza, da secretária de Formação do PV, Vânia, e de dirigentes partidários. Um calendário com agendas de debates e o futuro da capital será definido para percorrer os bairros.
Leur abre processos disciplinares no Conselho de Ética contra seis deputadas de partidos de esquerda
Em uma sessão marcada por contundentes protestos de deputadas e deputados de partidos de esquerda, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado Leur Lomanto (União-BA), instaurou seis novos processos disciplinares contra parlamentares. As representações, enviadas ao Conselho pela Mesa Diretora da Câmara, foram todas assinadas pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que pediu abertura de processo contra as deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP).
Nas representações, o presidente do PL argumenta que as deputadas quebraram o decoro parlamentar durante a votação, em 24/5, do PL 490/2007, que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Segundo diz o texto assinado por Valdemar Costa Neto, as deputadas que sofreram representação teriam proferido ofensas contra os parlamentares que votaram a favor do projeto, especificamente o deputado Zé Trovão (PL-SC), autor do requerimento de urgência para votação no Plenário. As deputadas, segundo o PL, teriam chamado de “assassinos dos povos indígenas” os parlamentares favoráveis ao PL do marco temporal.
“É notório que a motivação para os ataques extrapolou os limites da imunidade parlamentar consoante aos debates da Casa, haja vista que o contexto fatídico se deu após a votação, no momento em que o deputado Zé Trovão proferia agradecimentos a seus pares. A imputação de suposto genocídio e assassinato fere gravemente a honra e reputação não apenas do deputado Zé Trovão, alvo primeiro dos impropérios destilados pelas representadas, mas de outros parlamentares que votaram em desacordo com o que acreditam as representadas”, diz o texto das representações do PL.
Após críticas de deputados sobre eventual pressa no envio, pela Mesa Diretora, das representações contra as parlamentares de partidos de esquerda, em detrimento de outros pedidos de processos disciplinares que estariam aguardando há mais tempo, o presidente do Conselho, Leur Lomanto, disse que não tem controle sobre a ordem de envio das representações para o colegiado. Leur, entretanto, se comprometeu a buscar informações com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre representações apresentadas pelo Psol que não foram ainda encaminhadas ao Conselho.
“As representações que chegam aqui são imediatamente pautadas, independente de ser deste ou daquele partido, de ser sobre homem ou mulher, e exemplifico algumas delas. O deputado Eduardo Bolsonaro, o deputado Nikolas, todas já foram abertas, com relatores designados, então por parte do presidente do Conselho de Ética não vai ter nenhum tipo de diferenciação”, afirmou Leur Lomanto.
Ao final da reunião, o presidente do Conselho informou o nome dos relatores dos processos instaurados no dia 30 de maio contra seis deputados. São eles:
- Ricardo Maia (MDB-BA) vai relatar processo contra Márcio Jerry (PCdoB-MA), acusado de importunação sexual contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC) durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino;
- Alexandre Leite (União-SP) relatará processo contra Nikolas Ferreira (PL-MG), que usou uma peruca loira na tribuna da Câmara em discurso no Dia Internacional da Mulher;
- Albuquerque (Republicanos-RR) foi escolhido relator do processo contra José Medeiros (PL-MT), acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de xingar e agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG) durante sessão do Dia Internacional da Mulher;
- Gabriel Mota (Republicanos-RR) relatará representação contra a deputada Juliana Cardoso (PT-SP), por chamar de “assassinos” os parlamentares favoráveis ao projeto do marco temporal de terras indígenas;
- Rafael Simoes (União-MG) será o relator do processo contra a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), por ter acusado o relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), de fraudar mapas e ter relação com o garimpo;
- Josenildo (PDT-AP) vai relatar representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por desentendimento e ameaças ao deputado Marcon (PT-RS), em reunião da Comissão de Trabalho.
Após três gestores da Fundação Palmares entregarem seus cargos na última semana por insatisfação com o presidente do órgão, Sérgio Camargo, (clique aqui e saiba mais) ele os classificou de “traíras” e os comparou com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que deixou o governo Bolsonaro fazendo uma série de acusações contra o presidente.
“Há uma direita perniciosa, mesquinha e vil. É a direita traíra. Alguns de seus expoentes eram gestores na Fundação Palmares - disfarçados de aliados, crias do Sérgio Moro, o biografado. Foram exonerados! Um verdadeiro livramento para a instituição!”, escreveu Camargo em sua conta no Twitter. "Traíras da 'direita' - mais perniciosos do que a esquerda", acrescentou.
Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, órgão ligado à Secretaria de Cultura do governo federal, publicou em seu perfil no Twitter, nesta quarta-feira (27), uma criação polêmica voltada para pessoas que são acusadas de cometer crimes de racismo.
O selo “Palmares garante, não é racista” visa, segundo ele, “restaurar a reputação de pessoas que injusta e criminosamente foram tachadas de racistas em campanhas de difamação e de execração pública promovidas especialmente pela esquerda”. Com objetivo claro de “limpar a imagem pública das pessoas atingidas”.
Esta é a segunda grande polêmica de Sérgio Camargo em menos de um mês, ligada diretamente às atividades exercidas pela Fundação Palmares. Em 13 de maio, data da Abolição da Escravatura, o portal do órgão foi alimentado com dois artigos sobre Zumbi dos Palmares que o descreviam como gay, figura da esquerda e ficcional (relembre aqui).
Confira:
O selo da Fundação Cultural Palmares pretende restaurar a reputação de pessoas que injusta e criminosamente foram tachadas de RACISTAS em campanhas de difamação e de execração pública promovidas especialmente pela esquerda. Ou seja, limpar a imagem pública das pessoas atingidas. pic.twitter.com/t67RERzJmD
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) May 27, 2020
Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, órgão ligado à Secretaria de Cultura do governo federal, publicou nesta quarta-feira (13), data da Abolição da Escravatura, dois artigos sobre Zumbi dos Palmares que o descrevem como gay, figura da esquerda e ficcional.
No texto intitulado, “A Narrativa Mítica de Zumbi dos Palmares”, da doutora em linguística Mayalu Felix, consta que “depois de degolado, Zumbi foi castrado e teve o pênis enfiado dentro da boca”, como uma “forma antiga de humilhar homossexuais”. Para o fato, segundo ela, “o Movimento Negro faz silêncio sepulcral, pois é conveniente que o mito etnocultural do libertador dos negros seja viril”, citando o artigo “Causas Sagradas”, de Olavo de Carvalho.
Ao longo do texto de sete páginas, a palavra “esquerda” é citada nove vezes. Em um dos trechos, Maylu afirma que “o Movimento Negro precisava de uma figura para representar o ‘povo negro’, essa massa vista como homogênea, uniforme, que deveria ser politicamente configurada à esquerda”.
Em outro trecho diz que Zumbi “foi o mito moderno moldado pela conveniência política da necessidade da esquerda, dona do Movimento Negro”. E em outra passagem afirma que “apesar de não ter nenhuma comprovação histórica real, a narrativa é respeitada entre a esquerda e o Movimento Negro como fidedigna" e que "não passa de ficção”.
No artigo “Zumbi e a Consciência Negra – Existem de verdade?” de Luiz Gustavo dos Santos Chrispino, também disponibilizado no site, há um trecho o qual cita Zumbi como ícone do Movimento Negro “montado” e “introduzido” como tal, graças a deputada federal Benedita da Silva, do PT, ao colocá-lo como “figura no Panteão de Heróis do Brasil”.
Para o autor, o fato de Zumbi ser “representante da suposta Consciência Negra” “pode ser refutado veementemente”. Ele justifica a explicação em “estudos mais atuais” que, segundo ele, Zumbi “é colocado como o assassino ou mandante do assassinato do líder palmarino Ganga Zumba, bem como um dos incentivadores do processo,natural de sua etnia africana, de manter seus inimigos escravizados para conter possíveis levantes destes contra a tribo escravista”. Ao término do parágrafo, Luiz conclui que há distorção sobre o que é ser herói.
A introdução de tais artigos no site da fundação Palmares pode não parecer surpresa, visto que o próprio Sérgio Camargo que é “olavista”, se autointitula nas redes sociais como “negro de direita, antivitimista e inimigo do politicamente correto”. No Twitter, ao repercutir a divulgação de tais artigos, ele afirmou que “Zumbi não é um herói autêntico” e sim “uma construção ideológica da esquerda”, esquerda está classificada por ele como “racialista”.
Com nomeação para assumir a Secretaria Especial da Cultura no dia 4 de março (clique aqui), Regina Duarte rebateu um seguidor nas redes sociais, que a acusou de contratar “pessoas de esquerda” para montar sua equipe.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a futura secretária da Cultura rebateu afirmando que seu time “é composto por servidores públicos e profissionais com larga experiência na gestão pública” e que “tudo isso está muito acima de qualquer ideologia (esquerda/direita)”. Segundo a artistas, tais especulações são “colocações empobrecedoras que não contribuem em nada com os objetivos de fomentar e divulgar nossas expressões culturais”. “Fica tranquila, a cultura brasileira vai estar em boas mãos”, concluiu Regina.
O ex-diretor da Funarte, nomeado há dez dias como Secretário Especial de Cultura pelo presidente Jair Bolsonaro (clique aqui), Roberto Alvim chocou delegações estrangeiras ao proferir um discurso ultraconservador com ataques à classe artística nacional, em na reunião anual da Unesco, realizada em Paris, França, nesta terça-feira (19).
De acordo com informações do Uol, o brasileiro, que ganhou o novo cargo após insultar Fernanda Montenegro (clique aqui e saiba mais) e propor a criação de um banco de dados de artistas conservadores para criar uma “máquina de guerra cultural” (clique aqui), afirmou durante o evento que "nas últimas duas décadas, a arte e a cultura brasileira foram reduzidas a meros veículos de propaganda ideológica, de palanque político, de propagação de uma agenda progressista avessa às bases de nossa civilização e às aspirações da maioria do nosso povo".
Para espanto da plateia, composta por ministros de diversos países, o secretário defendeu ainda que "passamos não mais a produzir e experimentar arte como uma ferramenta para o florescimento do gênio humano" e afirmou que "a arte brasileira transformou-se em um meio para escravizar a mentalidade do povo em nome de um violento projeto de poder esquerdista, um projeto mesquinho que perseguiu e marginalizou a autêntica pluralidade artística de nossa nação".
Subindo ainda mais o tom, Alvim afirmou que "a arte e a cultura no Brasil estavam a serviço da bestialização e da redução do indivíduo a categorias ideológicas, fomentando antagonismos sectários carregados de ódio - palcos, telas, livros, não traziam elaborações simbólicas e experiências sensíveis, mas discursos diretos repletos de jargões do marxismo cultural, cujo único objetivo era manipular as pessoas, usando-as como massa de manobra de um projeto absolutista". Segundo ele, a "ideologia de esquerda perpetrou uma terrível guerra cultural contra todos os que se opuseram ao seu projeto de poder, no qual a arte e a cultura eram instrumentos centrais de doutrinação".
Alvim acusou ainda o movimento progressista de acabar “quase totalidade do teatro, da musica, das artes plásticas, da literatura e do Cinema” e afirmou que isso “não ocorreu de modo espontâneo", mas foi "meticulosamente pensado, orquestrado e executado por lideranças tirânicas para nossa submissão".
Em contraponto, o titular da Cultura afirmou que hoje isso acabou, apesar de ele mesmo ter convocado artistas conservadores para uma cruzada ideológica. Segundo ele, com o governo Bolsonaro "os valores ancestrais de elegância, beleza, transcendência e complexidade encontraram uma nova atmosfera". Ele defendeu também que a nova gestão permitiu “retomar o sonho de libertar a cultura e colocá-la na direção de princípios poéticos sagrados" e que o governo está "envolvido na árdua tarefa de promover um renascimento da arte e da cultura brasileira", além de prometer " promover uma cultura alinhada às grandes realizações de nossa civilização judaica-cristã".
Segundo o Uol, o discurso, cujo encerramento incluiu "para a glória de Deus" e "que Deus os abençoe", foi recebido tão mal pela plateia, que uma das missões estrangeiras encaminhou o texto lido pelo brasileiro, citando o espanto pela guinada ideológica oficial sobre as artes no Brasil. Ainda de acordo com a publicação, após a fala de Alvim, ainda durante o evento, , um governo europeu tomou a palavra para fazer elogios à classe artística brasileira. Outros diplomatas de países vizinhos revelaram ainda que o discurso levou alguns participantes ao riso.
Fora das TVs desde que deixou o programa "Sem Censura", da TV Cultura, a jornalista Leda Nagle ficou surpresa com a repercussão de seu canal após a publicação de uma entrevista com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Foi para ela que o parlamentar disse que "se a esquerda radicalizar", poderá haver uma resposta "via um novo AI-5" (veja aqui).
O Ato Institucional nº 5 remonta ao período mais rigoroso da ditadura militar. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, a medida culminou no fechamento imediato do Congresso Nacional, suspendeu direitos políticos e a garantia de habeas corpus em casos de crimes políticos, além de ter aumentado a ocorrência de atos de tortura, assassinatos e sequestros por parte das forças da ditadura.
À coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela disse que estava na aula de informática quando o seu telefone começou a tocar e não parou mais diante da circulação do vídeo. "Viu só? Um canalzinho de Youtube. Fico feliz que paute vários jornais", destacou. "Faz entender que estou viva". acrescentou a jornalista.
Leda acredita que a força da declaração de Eduardo se deve ao fato de ele estar em posição de poder na Câmara dos Deputados, sendo ainda filho do presidente da República. A declaração dele foi rechaçada por diversas autoridades, como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e entidades da sociedade civil.
Após ser também criticado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, Eduardo voltou atrás em sua fala. Em um novo vídeo, ele se desculpou e disse que não há possibilidade de retorno do AI-5 (saiba mais aqui).
Como crítico de esquerda que publica textos diários em um blog e os repercute através do Facebook, o jornalista e conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão é, cotidianamente, rechaçado na rede social. As ofensas, como apresentou à plateia, vão desde ameaças de morte por meio de comentários na internet até perseguições no supermercado. Com base no seu estudo e experiência, Sakamoto consegue vislumbrar essa guerra de ideias políticas no domínio das mídias digitais no período das eleições de 2016, que ele já classifica como a corrida eleitoral “mais suja do país”, superando a disputa presidencial em 2014. “Eu acredito que as próximas eleições serão cheias de ataques virtuais, de hordas, de perfis falsos programados ou operados simplesmente pra destruir e não pra promover debate”, analisa.
O jornalista explica que a previsão vem do interesse dos financiadores de campanha que, proibidos de realizar suas doações empresariais aos partidos, pretendem financiar consultorias que criam perfis para disseminar informações e militar contra e a favor de partidos. “Foi ótimo ter proibido isso. Contudo, um efeito colateral negativo é que agora muitas empresas já sinalizam que vão financiar exatamente esse trabalho de construção e desconstrução digital de si mesma e dos seus adversários na rede mundial de computadores porque é um dinheiro que não vai ser rastreado, que pode ser alocado, que ninguém vai descobrir”, pondera. Mas, apesar da perspectiva negativa, ele ressalta que este é o momento oportuno para que a esquerda do país deixe de lado o amadorismo nas redes sociais, a fim de produzir ideias coletivamente.
Sua expectativa é de que sejam criadas formas de aproximar a população do processo democrático e, ao mesmo tempo, melhorar o acesso a informação. ”A intenção é criar formas de aproximar a população do processo democrático e, ao mesmo tempo, melhorar o acesso a informação. “A esquerda tem uma chance única de aprofundar a democracia e de construir uma narrativa mais justa que atue na efetivação dos direitos humanos e que considere a dignidade humana e a qualidade de vida nas grandes cidades e nas pequenas cidades e no campo como um norte a ser seguido”, resumiu.
SOMOS DA ESQUERDA, SE VOCÊ É DA DIREITA E COLA NO SHOW, VOCÊ ESTÁ NO LUGAR ERRADO! FIM!
— DEAD FISH (@deadfishoficial) 19 março 2015
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.