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O escritor baiano Paulo Emanuel Machado, membro da Academia de Letras do Brasil – Seccional Bahia, lançará o livro "O dia que hoje terminou" em Salvador. O evento acontecerá na próxima sexta-feira (23), na Livraria LDM do Shopping Bela Vista.
O livro é o quinto romance do autor, que também é psicanalista e professor. O baiano é conhecido por uma escrita marcada pela densidade psicológica e reflexões existenciais profundas.
A obra "O dia que hoje terminou" é protagonizada por uma idosa que, entre delírios e memórias, denuncia o abandono e os maus-tratos sofridos por mulheres e idosos em uma sociedade em colapso.
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O escritor Affonso Romano de Sant'Anna, de 87 anos, morre acamado, em sua casa em Ipanema, no Rio de Janeiro. Informações são da família do escritor.
O homem foi diagnosticado em 2017 com Alzheimer e estava de cama ha 4 anos. A esposa e companheira de Affonso, Marina Colasanti, morreu em janeiro de 2025.
O velório de Romano esta para acontecer nesta quarta-feira (5), na Capela Histórica do Cemitério da Penitenciaria, das 11h as 14h.
O falecido nasceu em Belo Horizonte, já foi professor de literatura fora do Brasil, além de ser o encabeçado pelo departamento de letras da PUC-Rio.
Além disso, ele também já foi o presidente da biblioteca nacional, nos anos de 1990. Ele foi o responsável por instituir o Programa Nacional de incentivo à leitura que continua efetivo até os dias atuais. Em sua carreira longeva, o escritor deixou mais de 60 obras.
A Universidade Estadual da Bahia (UNEB) vai inaugurar nesta quinta-feira (05) um Memorial Professor Edivaldo Machado Boaventura, no Campus XIV, em Conceição do Coité. A cerimônia homenageou o escritor, advogado, sociólogo e educador que foi fundamental para a criação da UNEB e seu primeiro reitor, de 1983 a 1984.
O local foi idealizado pela família Boaventura e por professores da UNEB, reúne um rico acervo com livros, documentos, obras de arte e objetos pessoais do homenageado. O espaço busca preservar a memória de Boaventura e oferecer à comunidade acadêmica e ao público a oportunidade de conhecer a trajetória de um dos mais importantes intelectuais baianos.
Edivaldo Boaventura promoveu educação e cultura ao longo da vida, ocupando diversos cargos importantes, como secretário de Educação e Cultura da Bahia e presidente da Academia de Letras da Bahia. Sua visão inovadora e seu compromisso com a formação de cidadãos contribuíram significativamente para o desenvolvimento da educação superior no estado.
Com curadoria dos professores Maurilio Antonio Dias de Sousa e Adriano Eysen, o memorial reunirá títulos da biblioteca particular de Edivaldo Boaventura, assim como obras de arte, condecorações, homenagens, correspondências e livros escritos ou organizados pelo intelectual baiano.
“O Memorial trata-se de uma homenagem a um ser humano que dedicou a sua vida a pensar, sobretudo, a educação e a cultura brasileiras com um olhar crítico e transdisciplinar. Certamente, Boaventura, imbrincado com sua época, transitou pelo aquém e além-mar para imortalizar sonhos, ideais e obras. Portanto, estamos a celebrar a trajetória de um educador prestante que ainda tem muito a nos enriquecer com seus saberes e experiências forjados dentro e fora do universo das academias”, destaca Adriano Eysen.
O acervo do memorial abrange diversas áreas do conhecimento, como Direito, Educação, História e Literatura, refletindo a vasta formação e os múltiplos interesses de Boaventura. Além de livros e documentos, o espaço conta com obras de arte que retratam a trajetória do educador e sua paixão pela cultura baiana.
Para marcar um ano da morte de Jorge Portugal, ocorrida em 3 de agosto de 2020 (relembre), a atriz Bárbara Bela, filha do professor, escritor e ex-secretário de Cultura da Bahia, prestou homenagem ao pai em um texto emocionado nas redes sociais.
“Faz um ano de sua partida hoje meu pai, em meio ao turbilhão de sensações de estar realizando o maior sonho da minha vida, volta e meia me pego chorando, justo no dia de sua partida estou gravando um filme, aceito como um sinal de que está tudo bem por aí”, escreveu Bárbara, que integra o elenco do espetáculo baiano “Na Rédea Curta”, que agora está sendo adaptado para o cinema.
“Quantas noite pai, chorei sentindo sua falta, de tudo, seus conselhos, suas histórias, sua música, sua risada, e suas presepadas quando acordava… Ai meu pai, você está tão vivo em mim, tão presente. Hoje dia de sua passagem, esse dia tão emblemático e misto, eu só queria que o senhor pudesse me ver, o senhor que era tão presente, foi a todas as minhas apresentações e sempre dizia: você é minha estrela, inclusive na nossa última noite juntos, quando nos despedimos, o que me disse foi: ‘te adoro, minha estrela’”, lembrou a artista, que prometeu tentar não chorar muito no dia de hoje. “Acho que o senhor ia ter um orgulho danado de ver sua baby se tornando uma pessoa melhor a cada dia. Obrigada por tudo Joca”, concluiu.
O escritor, tradutor e ilustrador paulista Paulo Schmidt, de 56 anos, teve a morte confirmada na noite de sexta-feira (4), no Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova, em Salvador, em decorrência da Covid-19.
Paulo deu entrada na unidade de saúde no dia 19 de maio. O escritor não tinha comorbidades e após 5 dias de internação, precisou ser intubado. O paulista faleceu na madrugada de sexta.
O corpo do escritor será cremado neste sábado (5), no Cemitério Bosque da Paz.
Paulo Schmidt morava há dois anos em Salvador com a companheira. O escritor, que lançou as obras Guia Politicamente Incorreto dos Presidentes da República, e Jack, O Estripador: A Verdadeira História, primeiro estudo em língua portuguesa sobre o assassino vitoriano, trabalhava em um livro comparando a Bahia ao Egito, e uma biografia sobre Duque de Caxias.
Cinco anos depois de escrever uma obra sobre apocalipse zumbi ambientada na cidade onde mora, Feira de Santana, e inspirada nas vivências durante o curso de Direito, o soteropolitano Flavio Fernandes, de 34 anos, publicou recentemente seu terceiro livro, “Contos de Awnya: Ravel”, que integra a série de fantasia medieval e narra a saga de um mago cujos poderes podem levar à própria morte.
Como na estreia literária, a nova publicação também foi pautada em uma experiência pessoal: a descoberta de uma doença autoimune, a policondrite recidivante. “Cada obra, querendo ou não, sai um pedacinho da gente. Então, esse mesmo de apocalipse zumbi, você pode pensar ‘nossa, o que tem a ver com a realidade?’, mas ele foi escrito no momento que eu fazia faculdade na UEFS, então, teve inspiração na minha vivência de universidade, conflitos. O segundo já não foi tão conectado à minha realidade atual, já o Ravel, teve uma inspiração mais forte”, explica o baiano, que decidiu abandonar a carreira jurídica e se dedicar mais à literatura, conciliando a escrita com uma carga menor de trabalho em um banco para complementar a renda familiar.
O diagnóstico da policondrite veio em 2018, depois de um largo caminho de incertezas e medos que serviram como reflexão, compartilhada agora de forma lúdica através da literatura. “Foi uma experiência bem traumática, porque é uma doença rara, no começo questionavam muito se era chikungunya, dengue, porque atacava as articulações, eu andava curvado, ia e voltava de médico e ninguém sabia o que era, não melhorava. Até que eu me internei no São Rafael e aí descobriram que é a policondrite e iniciei o tratamento”, conta Flavio, que classificou como “desesperadora” a experiência de buscar ajuda médica e não ter respostas. “É de entrar em pânico, foi quase um mês sem saber o que era, com dores”, lembra.
Flavio durante lançamento de seu primeiro livro, "Sangue Entre os Dedos" | Foto: Divulgação
Depois de um ano com a doença, o escritor aprendeu a lidar com ela e percebeu que as crises estavam muito vinculadas ao seu estado emocional. “Se eu não estou bem, estou estressado, estou ruim, ela ataca. Isso me fez ter um estalo, pensando em como nossa cabeça pode fazer tão bem, mas tão mal pra gente. Pode nos puxar tão pra baixo e nos causar um problema tão grave. Então eu pensei: ‘quem é o personagem da fantasia que usa bastante a mente?’. O mago! Aí eu comecei a trabalhar nisso e aí discorri na história. E qual é o problema dele? Magia, que é a sua maior habilidade”, detalha o baiano, sobre o processo de composição do protagonista de seu novo livro. “A história de Ravel é justamente uma jornada de autoconhecimento, é ele entender porque a magia, que é algo que faz tão bem a ele, estava lhe prejudicando”, resume o autor, que busca sensibilizar o público a perceber que o poder da mente tanto é capaz de operar coisas positivas, quanto causar a autodestruição. “Nestes anos com a doença autoimune eu percebi como ela está ligada ao estado psíquico, se você está nervoso ela ataca. E isso pode influenciar direto a mim por ter a doença autoimune, mas pra quem não tem, também tem um reflexo”, pontua.
O autor conta que a narrativa foi construída com base no artifício literário chamado de “ticking clock”, no qual o enredo se desenrola contra o relógio, que, no caso do mago, corre para a morte. “Os sintomas dele vão piorando, e aí o leitor fica sem saber se ele vai morrer, se não vai”, explica Flavio, revelando que a saga de Ravel segue a mesma cronologia das manifestações clínicas de sua doença. “Ele começa o livro com uns sintomas de articulações, depois vão evoluindo para dores na traquéia, dores no esterno, que podem chegar ao coração, inutilizar uma válvula e ele morrer”, detalha o escritor baiano, lembrando que tais fenômenos são reais e podem acontecer na policondrite. “Os sintomas físicos e os medos de Ravel são os mesmos meus”, declara.
Assim como o próprio Flavio, o protagonista desta aventura medieval se vê refém dos poderes da mente, e, em meio à crise, descobre uma possível solução para sua condição. No caminho para o vencer a morte, entretanto, o talentoso mago se depara com muita ação, magia, criaturas míticas e cenários que vão desde florestas, passando por um vasto oceano, até um deserto de areias escaldantes.
PRÓXIMO TRABALHO
Enquanto as dores físicas e emocionais impulsionaram a escrita de “Ravel”, o próximo livro de Flavio Fernandes será inspirado na paternidade. Pai de Arthur, de dois anos, o autor baiano conta que pretende explorar o tema família em sua nova obra, dentro da saga medieval “Contos de Awnya”. “Eu vou continuar trabalhando muito com a cabeça, mas dessa vez eu quero falar sobre família, sobre a valorização de quem está perto da gente, que a gente ama e acaba não dizendo. A gente acaba dizendo que ama pra uma pessoa mais distante, mas pra quem está do lado da gente a gente não fala. Então, o próximo tema vai ser em fantasia, mas com esse tema”, conta.
Diagnosticado em 2018 como portador de policondrite recidivante – doença autoimune que provoca a inflamação das cartilagens -, o escritor baiano Flavio A. S. Fernandes decidiu recorrer à literatura para lidar com sua realidade.
Inspirado em seu drama pessoal, ele lança “Contos de Awnya: RAVEL”, livro que alia o gosto pela escrita e a paixão pelo universo de magos, elfos, feiticeiros e outras criaturas mágicas.
A obra de fantasia medieval, que pode ser classificada também como uma autobiografia ficcional, conta a história de um mago talentoso chamado Rave, quel tem a magia como sua aliada, mas também como maior inimiga.
O protagonista sofre de uma espécie de “alergia” aos poderes mágicos e, todas as vezes que a utiliza, sente as consequências ruins dessa “intolerância”. “As dores que o personagem sente são sintomas da Policondrite Recidivante e o medo dele era também o meu medo quando precisei encarar a doença”, admite Flavio.
Assim como o autor do livro, o grande desejo do protagonista é encontrar a cura. Na trama, o mago entra em uma jornada de autoconhecimento e desafios que o colocam em um caminho que pode ser fatal.
Segundo o baiano, a obra “é sobre confiar em si mesmo e em seu destino, mas acima de tudo, trata do peso gerado por traumas que nos afetam, em uma proporção que, por vezes, não somos capazes de enxergar”.
Residente em Genebra, na Suíça, o escritor carioca Paulo Coelho foi imunizado contra a Covid-19, nesta quarta-feira (24), aos 73 anos.
Nas redes sociais ele publicou uma foto do momento em que recebeu a vacina e aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro e enaltecer os trabalhadores empenhados em combater a pandemia no país.
“Que Deus abençoe o pessoal da linha de frente. Os cientistas e profissionais de saúde. Obrigados a trabalhar até à exaustão por causa de um presidente ignorante. Viva a Ciência!”, escreveu o escritor, que é membro da Academia Brasileira de Letras e autor de obras como “O Alquimista”, um dos livros mais vendidos no mundo.
Eleito em novembro para ocupar a cadeira de número 1 da Academia de Letras da Bahia (ALB), o jornalista, escritor e professor Emiliano José (relembre aqui) toma posse nesta sexta-feira (19), às 19h. O evento ocorre de forma virtual, em decorrência da pandemia de Covid-19. A solenidade será dirigida pelo acadêmico Ordep Serra, recém-eleito presidente da entidade. Depois do discurso de agradecimento, o mais novo imortal será saudado pelo arquiabade do Mosteiro de São Bento, Dom Emanuel D’Able do Amaral, membro da Academia.
À Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Emiliano José falou sobre a honraria de ocupar a cadeira deixada pelo historiador Luís Henrique Dias Tavares, falecido em junho passado. "A minha fala vai tentar traduzir o agradecimento e ao mesmo tempo lembrar os meus antecessores, e de modo muito especial do professor Luís Henrique Dias Tavares, provavelmente o mais importante historiador da vida baiana. Será um momento muito significativo", destaca.
"É um momento muito honroso para mim. Não foi uma luta para chegar à Academia, foi uma generosidade dos acadêmicos e acadêmicas, que me acolheram com imenso carinho", afirma. Segundo ele, o principal esforço foi do arquiabade Dom Emanuel d’Able do Amaral. Aos 74 anos de idade e com 16 livros publicados, Emiliano considera a indicação um reconhecimento de sua trajetória como jornalista e escritor. Ele tinha 28 anos quando chegou como “foca” à redação do jornal Tribuna da Bahia, sua primeira casa, anos depois de deixar a prisão no período da ditadura.
O professor contribuiu para formação de gerações de jornalistas e escritores baianos, por sua atuação de mais de 20 anos na Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom). "Chego à Academia graças ao jornalismo. Agradeço profundamente ao mundo do jornalismo, aos meus colegas e minhas colegas, aqueles que conviveram comigo e me ensinaram, deram o caminho das pedras. Eu fico muito comovido ao lembrar que essa trajetória é devida principalmente aos amigos e amigas jornalistas, que me deram régua e compasso", afirma Emiliano José.
Os relatos sobre os quatro anos que passou sob custódia do Estado - governado na época pelo regime militar -, das torturas sofridas e todo o percurso na clandestinidade política são alguns dos fatos que o autor baiano Emiliano José traz na autobiografia "O Cão Morde a Noite".
"Ele nasceu de uma iniciativa minha de ir, ao dia-dia, durante quase dois anos, publicando nas redes sociais como uma novela. É uma autobiografia que pega da minha infância, até o momento da minha saída da prisão. Cobre desde 1946 a 1974, quando concluí os quatro anos de prisão".
Nas mais de 400 páginas do livro, editado pela EDUFBA, memórias pessoais de um passado não tão distante vêm à tona e se cruzam com a história amigos com quem Emiliano José compartilhou momentos de luta. Alguns destes companheiros, assim como ele, também foram torturados.
"Eu percorro a trajetória, mas esse percurso nunca é solitário. É com muita gente, com circunstância, com a conjuntura, com muitos companheiros que viveram comigo e às vezes mais longamente, como é o caso do Theodomiro Romeiro dos Santos", conta Emiliano, citando o caso do primeiro civil condenado à pena de morte no período republicano Brasileiro, com base na Lei de Segurança Nacional.
"Conto da minha infância com detalhes, da minha juventude, a chegada à luta revolucionária, da minha militância, chego à minha prisão aqui na Bahia, passo pela tortura - essa é a primeira vez que conto em detalhes como foi minha tortura - e depois eu detalho o que foi a Galeria F na penitenciária Lemos de Brito", descreve.
Capa do novo livro de Emiliano José | Foto: Divulgação
Questionado sobre como a escrita pode ter funcionado para ele como uma forma de expôr seus traumas de alguma maneira mais sutil para si mesmo, ele comenta que começou a escrever sobre o tema há cerca de 20 anos, quando, ainda no jornal A Tarde, escrevia relatos sobre a ditadura militar. "Ali eu comecei a falar sobre a tortura."
"Quando li [pela primeira vez], publicado no jornal, o meu relato sobre a minha tortura, levei um choque", conta o escritor. "São feridas, eu costumo dizer isso, que não fecham. Elas estão lá, no nosso corpo e na nossa alma", comenta, dizendo que estas questões se relacionam com a condição humana e suas emoções.
Durante a conversa, por telefone, Emiliano também lembra de autores como Rachel Rosenblum, que falam sobre regimes autoritários e rememoração de momentos traumáticos. "Talvez a minha catarse, meu enfrentamento, seja contar, falar as coisas", revela.
Emiliano também opina sobre atitudes que neguem ou questionem a atuação da mão armada do Estado brasileiro contra opositores do regime instaurado no país com o golpe de 1964, como a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro pôs em dúvida as torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff (entenda aqui).
"Me sinto enojado e indignado. O sujeito [Bolsonaro] simultaneamente é um farsante - ele sabe que ocorreu - e um covarde. Aliás, essa é a marca das ditaduras, elas são constituídas de covardes. Não houve combate, eles mataram centenas e centenas de pessoas na tortura", dispara Emiliano, argumentando que há uma frustração do presidente por não ter atuado diretamente nos atos de tortura de presos políticos. "Estou no combate contra este cidadão", completa.
Emiliano no lançamento da biografia de Waldir Pires | Foto: Divulgação
Aos 74 anos, Emiliano acumula uma história repleta de livros, ocupações e outros rótulos. Ele é autor de outras 15 obras literárias, foi deputado, além de ter atuado como jornalista e professor. Agora ele carrega o título de imortal. Acolhido pela Academia de Letras da Bahia (ALB), a mesma que já prestigiou nomes como João Ubaldo Ribeiro e Rui Barbosa, ele será empossado em março como o ocupante da cadeira de número 1.
"O Cão Morde a Noite" será lançado em fevereiro, através de um evento virtual. O prefácio do livro é do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, e a apresentação é do jornalista baiano Adilson Borges.
O projeto “Escuta! Nelson Rodrigues hoje” promove, nesta sexta-feira (20), às 19h, um ensaio aberto para a realização da leitura dramática de cenas da obra de Nelson Rodrigues “Viúva, porém honesta”. O ensaio será exibido através do canal no YouTube de A última companhia de teatro.
A direção é do ator e diretor artístico Celso Jr. que busca mobilizar novos espectadores da dramaturgia brasileira, em homenagem ao escritor, jornalista, romancista, jornalista e teatrólogo carioca.
“A nossa proposta é selecionar cenas chaves de cada peça por meio do ensaio aberto. Ou seja, o ensaio aberto é uma proposta mais informal, com intervenções do diretor para indicações dos atores. Isso permite ao público que não é do meio artístico o contato do fazer teatral, de como ensaiamos textos que logo depois se tornam espetáculos”, detalha a atriz e produtora Camila Castro.
O escritor português Vítor Aguiar e Silva venceu a 32ª edição do Prêmio Camões, mais importante premiação da língua portuguesa, promovida pelos ministérios da Cultura de Portugal e do Brasil. A iniciativa concede ao vencedor 100 mil euros, divididos entre os dois países.
Aguiar e Silva cursou Letras e licenciou-se em Filologia Românica na Universidade de Coimbra, onde também concluiu o doutorado em Literatura Portuguesa e assumiu a carreira de professor, na Faculdade de Letras, em 1979. Em 1989 ele foi transferido para a Universidade do Minho, onde assumiu o cargo de vice-reitor por 12 anos.
O acadêmico portugues participou como coordenador do grupo de trabalho na proposta de criação do Instituto Camões. Ele coordenou ainda a Comissão Nacional de Língua Portuguesa (CNALP), como Conselho Nacional de Cultura.
Ao outorgar o prêmio a Vitor Aguiar e Silva, o júri reconheceu "a importância transversal da sua obra ensaística e o seu papel ativo relativamente às questões da política da língua portuguesa e ao cânone das literaturas de língua portuguesa".
Chico Buarque foi o vencedor em 2019, mas a vitória do artista brasileiro foi ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou a se recusar a assinar o prêmio (clique aqui e saiba mais).
O jornalista, escritor e cineasta baiano Francisco Luís da Costa Drumond Neto, conhecido como Chico Drumond, morreu no fim da tarde desta quarta-feira (9), aos 86 anos, no Hospital Aliança, em Salvador. A causa da morte não foi informada.
No fim dos anos 1960, Chico Drumond trabalhou no jornal O Estado de São Paulo e, retornando à Bahia, atuou como jornalista no jornal IC. Ele trabalhou ainda no Teatro Castro Alves, no departamento de imagem e som da Fundação Cultural do Estado da Bahia e no Setor de Rádio e Televisão da extinta Embrafimes.
Iniciou a carreira de produtor e cineasta no início dos anos 1970, tendo trabalhado com nomes como Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Júnior, Hugo Carvana, Tizuka Iamazaky, Aguinaldo Siri Azevedo, Tuna Espinheira e Edgar Navarro. Como poeta, Drumond fez a letra do Hino do Sesquicentenário da Bahia, composto com o maestro Carlos Lacerda em 1973.
Filiado ao antigo PCB e fundador do PDT na Bahia, ele Chico também líder sindical na Petrobras e chegou a ser preso em 31 de março de 1964, no início da ditadura militar.
O Sarau Casa da Borracha continua neste final de semana. De quinta-feira à domingo, o evento segue recebendo pesquisadores e artistas de diversos segmentos em lives transmitidas pelo canal do evento no YouTube. Dentre os nomes que integram a programação estão o artista multimídia Zéu Britto e o jornalista e escritor Ricardo Ishmael.
Ricardo Ishmael participa na sexta-feira (28), às 18h30, lançando o seu livro de estreia na literatura infatojuvenil, “A Princesa do Olhinho Preguiçoso”. Nele, o jornalista discute o papel de pais e professores no combate ao bullying. O autor, que também é apresentador do Jornal da Manhã da Rede Bahia de Televisão, já tem um livro de contos publicado.
Mais tarde, às 22h, o cantor, compositor, ator e apresentador, Zéu Britto, se apresenta em uma live musical. O baiano, natural de Jequié, é conhecido por trabalhos exibidos pela Rede Globo, além dos programas “Retalhão” e “Zéu de Estrelas”, ambos no Canal Brasil. No cinema, participou de filmes como “Saneamento Básico” e “Uma Loucura de Mulher”, e também integrou a trilha de “Lisbela e o Prisioneiro”, ganhadora do disco de Ouro. No teatro, destacam-se "Los Catedráticos" e "Decameron". Atualmente, Zéu Britto está em cartaz com o musical infantil "Suelen Nara Ian", o show "Sem Conserto" e prepara um novo álbum de inéditas.
O Sarau Casa da Borracha está na sua segunda edição e acontece até o dia 6 de setembro, de forma virtualizada. O tema deste ano resgata importantes pesquisas sobre a cultura e memória do território de identidade, que compreendia, em meados do século XVII, a área denominada “Sertão dos Maracás”. Atualmente chamado de Vale do Jiquiriçá, o território teria sido ocupado pelos povos indígenas Maracás, o que pode ter dado origem ao nome da atual cidade do interior baiano, localizada há pouco mais de 370 km de Salvador.
Em um desabafo nas redes sociais, a influenciadora digital Suh Riediger relatou dois episódios nos quais sofreu violência física de ex-namorados, sem identificar os agressores. Em um dos casos, ela conta que após uma festa de carnaval, voltou ao local onde se hospedou com com o companheiro - que segundo ela costumava se exceder nas bebidas alcóolicas -, e eles dormiam normalmente, quando ele despertou e começaram as agressões. O namorado em questão era o escritor Fred Elboni, famoso por escrever poesias e outros textos que atraem um grande público feminino.
"Dormi e do nada, não sei se a pessoa sonhou, não sei o que aconteceu, a pessoa acordou me chutando fora da cama, me chutando e me jogando pra lá, me jogando pra cá, e eu assim, demoro muito pra acordar porque tenho um sono muito pesado. Eu tentando entender o que estava acontecendo. Eu não sabia se eu estava sonhando, se eu estava acordada, se aquilo era realidade. Eu saí correndo do quarto, fui pra sala, e a pessoa pegava e me jogava pra lá, me jogava pra cá e eu correndo... É uma cena de filme que não tem explicação. Até que eu consegui ir pro banheiro dessa demi suíte que a gente estava. Eu queria me trancar no banheiro, na verdade, só que a pessoa chegou atrás de mim e me puxou, deixou os meus braços todos machucados. Me puxou tentando me arrancar do banheiro, porque o objetivo da pessoa era me jogar da janela. Assim, ele me chamava de todos os nomes possíveis e queria me jogar da janela, era isso que a pessoa queria fazer. E a janela estava aberta na minha frente”, contou Suh Riediger, revelando que conseguiu se desvencilhar e se trancar no outro quarto do apartamento, aproveitando dos reflexos mais débeis do namorado, que estava muito bêbado.
Segundo a influencer, no dia seguinte o ex “voltou para a realidade” após tentar jogá-la da janela do décimo andar, e eles voltaram para casa. Após o episódio, eles foram para uma terapia de casal para tentar entender o ocorrido, mas na avaliação de Suh, a situação teria sido muito traumática também durante a sessão. "O terapeuta era um homem e ele falou assim pro cara, no caso: 'ah, mas você estava muito estressado, você estava num momento da sua vida de muito estresse. E você bebeu e com certeza ativou algo no seu cérebro que você precisou descontar essa raiva que você estava sentindo, esse estresse, e aí você descontou na Suh, porque era ela a pessoa que estava do seu lado'. Um psicólogo falando isso. E aí eu falei: 'você está falando sério? Está justificando pra um cara que quase me jogou da janela do décimo andar, eu não teria chance alguma de ter sobrevivido, que ele estava estressado e que ele descontou a raiva dele em mim?'”, lembrou.
Ao ver a repercussão do caso, o escritor Fred Elboni decidiu se identificar como um dos personagens da história e foi a público para contar sua versão dos fatos. Segundo ele, Suh lhe havia relatado à época que o incidente envolvia “apenas a um puxão pelo braço” e que os dois decidiram conjuntamente procurar ajuda profissional, além de contar tudo que aconteceu às respectivas famílias. No vídeo, Elboni diz que nunca havia vivido nada do tipo e que quando a namorada relatou o incidente ele ficou assustado com o próprio comportamento, mas disse que depois das quatro sessões de terapia acreditou que o assunto teria sido resolvido entre o casal. Ele disse ainda que se sentiu mais leve e tranquilo pois recebeu o apoio da companheira, com quem permaneceu junto durante mais um ano e meio. Por fim, ele disse ter a consciência muito tranquila, reafirmou que o namoro não acabou imediatamente após o incidente, e pediu desculpas à ex por não ter percebido que para ela o assunto não estava realmente resolvido.
Após o relato do escritor, Suh Riediger mostrou indignação. Ela disse que não o havia identificado, mas como ele teria contado mentiras, teria que expor mais detalhes da situação. Ela então publicou fotos com as marcas das agressões e relatos de outros incidentes do tipo envolvendo Elboni. Com a exposição dos casos, o escritor já perdeu cerca de 40 mil seguidores nas redes sociais e tem recebido críticas de outros colegas de profissão, além de parte de seu público.
RELATOS DE OUTRAS MULHERES
Nas redes sociais, várias mulheres se manifestaram, demonstrando que o episódio violento não foi um caso isolado, mas que ele costumava se exceder na bebida, importunar outras pessoas e assediar de forma insistente as mulheres, mesmo tendo namorada.
“Já ouvi tantas histórias desse cara que já não tem nenhuma opção pra mim de ele ser inocente. Tem agressão com foto até, tem traição, tem abuso psicológico claro. Ficava olhando pras pessoas babando ovo dele. O que eu posso falar por mim é que ele claramente deu em cima de mim quando estava ‘casado’ e eu também estava. Adendo: a mina que eu saiba tava grávida ou com filho pequeno. Fiquei com tanto nojo que fiz a desentendida e parei de seguir”, contou a youtuber Dora Figueiredo.
Após o relato de Suh, outras mulheres lembraram episódios envolvendo o escritor:
A influencer Karen Bachini também relatou um episódio dramático envolvendo Fred Elboni. “Essa história vai ser um pouco louca, e eu nunca pensei que ia precisar contar ela, porque sempre acreditei que foi um surto de uma viagem louca e nunca mais ia acontecer, mas ouvindo os relatos da Suh eu entendi que ia acontecer de novo sim, o cara surtou com ela também. Há um tempo atrás eu fiz uma viagem com outros influencers e era uma viagem basicamente de encher a cara e se divertir! Numa das primeiras noites, a gente ainda estava na primeira parada da viagem, todos nós bebemos muito, nos divertimos muito e cada um foi pro seu quarto de hotel. Eu bebi um pouco menos porque eu tinha um post do blog importante pra terminar, e eu sempre levei o trabalho muito a sério. Lá pelas 2h/3h da manhã esse mesmo cara começou a gritar e bater em todas as portas do hotel que a gente estava”, lembrou.
Ela contou que ficou muito nervosa, comentou o caso pelo WhatsApp com uma amiga que também estava na viagem e decidiu abrir a porta para acalmar Elboni. “Ele já tinha ido fazer escândalo lá na frente da porta dela também. Eu deixei ele entrar, falei vem aqui, fica quietinho aqui, não faz mais bagunça, tá muito tarde. Deixei a porta aberta porque eu não confiava nele e sei lá, me passou uma segurança deixar a porta aberta”, relatou Karen. “Ele tentou me beijar e eu disse que não, que não era por isso que eu tinha aberto a porta (porque afinal quando uma mulher abre a porta prum (sic) cara só pode ser pra transar, né?) e que era pra ele se acalmar e eu queria ajudar ele a ficar bem antes que ele fizesse algo que ia afetar nossa viagem”, detalhou. Segundo a blogueira, mesmo diante dos pedidos, ele seguiu importunando e chegou a morder seu braço. “Eu falei ‘cara, para, isso não é legal, me machucou’. Eu coloquei um travesseiro pra proteger meu braço e pedi pra ele parar. E ele ficou insistindo que tinha um erro de português ali, e me mordeu mais duas vezes na perna. Daí eu falei mais alto e levantei da cama e nessa hora um dos amigos que estava na viagem comigo estava voltando da academia e eu chamei ele pra entrar no quarto e ficar ali com a gente porque a situação tava muito doida e eu não sabia o que fazer”.
Segundo a influencer, nem a presença de um homem fez Fred Elboni parar com a importunação. “Esse menino começou então a querer ‘brincar de lutinha’ com o meu amigo dando golpes e socos, e o meu amigo repetidas vezes pediu para ele parar que aquilo não era legal e ele não parava. Chegou a um momento que o meu amigo não viu outra opção a não ser segurar ele até ele se acalmar, e ele ficou tão doido quando isso aconteceu que quebrou o hack do meu quarto de hotel e machucou o cotovelo do meu amigo de um jeito horrível, ele tem uma cicatriz até hoje. Eu, que nunca tinha passado por nada do tipo, achei que era um surto de uma noite que o cara bebeu MUITO MAIS do que ele deveria e que isso não ia mais acontecer”, lembrou a influenciadora, contando que a organização do evento precisou conversar com o escritor e passou a controlar a bebida de todos para que algo do tipo não voltasse a acontecer.
Mas os casos não param por aí. Outra youtuber, Giovana Fagundes, também relatou uma experiência negativa com o escritor. "Vocês chocados com o Fred Elboni, eu não me surpreendo em NADA. Quando ele ainda namorava veio puxar assunto comigo no Instagram, sugeriu de a gente se conhecer... Eu curtia bastante o trabalho dele, pra mim era um bom networking, eu queria até fazer collab com ele pro YouTube. Achei que seria maneiro e eu tava levando muito de boa pois ele tinha namorada. Mas o papo na internet foi ficando meio estranho... Lembro até que mandei pra um amigo meu perguntando ‘ele tá dando em cima de mim?’. Mas eu sempre dizia pra mim mesma: ‘não, né? É o Fred Elboni, ele não é macho escroto... tô viajando’. Só que quando nos conhecemos ele veio com uns papos muito estranhos, querendo se gabar de coisas de relacionamento, de sexo... Chegou a querer propor pra garçonete do lugar que pedisse demissão e saísse com a gente que ele pagaria uma grana pra ela ‘fugir”????? Isso tudo NAMORANDO. Ele até respondeu a namorada enquanto a gente tava lá, mas disse que ela era muito ciumenta, não sei o quê…’, lembrou Giovana.
Ela contou ainda que o escritor tentou também forçar a barra e assediá-la. “Eu já tinha deixado claro que não iria ficar com ele e mesmo assim ele tentou me beijar e foi EXTREMAMENTE insistente. Nesse dia eu já percebi que o cara dos vídeos e dos livros era só um personagem e que tudo era uma grande mentira. E ainda fiquei pensando: isso que eu não conheci NADA dele. E mesmo assim, a máscara já caiu. Nada no comportamento dele foi condizente com tudo que eu já tinha visto até então, ele construiu um personagem de homem maneiro e desconstruídão porque sabia que ia fazer sucesso com as mulheres. Mas cada vez que descubro mais coisas, tenho certeza que ele é só um grande de um ESCROTO. Não acreditem em tudo que vocês veem. Ainda mais nesse mundo midiático. É muita falsidade”, alertou a youtuber.
Escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Murilo Melo Filho faleceu nesta quarta-feira (27), aos 91 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte, de acordo com o G1, foi falência múltipla de órgãos. Ele integrava a instituição literária como sexto ocupante da cadeira nº 20 desde 1999, quando sucedeu Aurélio de Lyra Tavares.
Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, ele foi para o Rio de Janeiro aos 18 anos. Na capital carioca ele atuou como repórter de polícia e também como datilógrafo do Ministério da Marinha e IBGE.
Entre outros trabalhos da carreira, Melo FIlho também integrou a Tribuna da Imprensa, Jornal do Commercio, Estado de S. Paulo, Manchete e TV Rio. Ele também se formou em Direito, pela Universidade do Rio de Janeiro, e atuou como advogado por sete anos.
Segundo o Acadêmico Marco Lucchesi, Presidente da ABL, “Murilo Melo Filho foi um dos grandes jornalistas brasileiros da segunda metade do século XX. Acompanhou de perto a política nacional, a construção de Brasília e a guerra do Vietnã. Conheceu inúmeros chefes de Estado, a quem dedicou páginas antológicas, dos mais variados espectros políticos. Foi também um acadêmico exemplar, assíduo, com a disposição de emprestar seu talento aos mais diversos cargos e serviços na Academia”.
Luchesi também afirmou que guarda a imagem de um “homem bom” de “alta sensibilidade humana, voltada sobretudo para os mais vulneráveis e desprovidos”. Para ele, a perda de Murilo Melo Filho é “um momento de tristeza”.
Nora de Rubem Fonseca, a atriz Cláudia Abreu homenageou o escritor que completaria, nesta segunda-feira (11), 95 anos. Debaixo de uma árvore que o sogro plantou aos 90 anos, a artista leu um trecho do livro “José”, escrito por ele.
Esposa do cineasta Henrique Fonseca, Abreu lançou uma campanha nas redes sociais para dar continuidade a celebração da vida e da literatura de Rubem. Assim como fez, a atriz pediu aos seguidores e fãs dos livros para postarem um vídeo lendo uma das obras do escritor.
Artistas como Tony Ramos, Paulo Betti, Guilherme Weber, Miguel Falabella, Marcos Palmeira, Renata Sorrah, Rodrigo Santoro, entre outros, divulgaram nas redes sociais homenagens ao escritor.
Considerado um dos maiores escritores do Brasil e um dos mais importantes contistas do século XX, Rubem Fonseca faleceu no dia 15 de abril, aos 94 anos, após sofrer um infarto em seu apartamento (relembre aqui).
A Justiça julgou favorável um pedido do cantor Caetano Veloso contra Olavo de Carvalho. O artista solicitou, em meio a um processo contra o escritor, o pagamento de uma multa de 2,8 milhões após o guru do clã Bolsonaro descumprir ordem judicial para apagar postagens que ofendem o baiano e o relacionam à pedofilia (relembre aqui e aqui).
Segundo o UOL, com base em informações da advogada de Caetano, Simone Kamenetz, a juíza Renata Oliveira e Castro, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, julgou que não procedem as contestações do réu sobre o valor da multa. Olavo, no entanto, ainda pode recorrer, mas assim que esgotar todos os recursos, ele terá prazo para realizar o pagamento.
Olavo de Carvalho realizou postagens em sua rede social associando Caetano Veloso à pedofilia. O conteúdo das mensagens tratava do fato do cantor ter iniciado o namoro com a produtora Paula Lavigne quando ela tinha 13 anos e ele 40. O relacionamento, que dura até hoje começou no final dos anos 1980. Do casamento, os dois tiveram os filhos Tom e Zeca.
O escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza morreu, nesta quinta-feira (16), aos 84 anos. A informação foi publicada em redes sociais pela esposa do artista, a escritora Livia Garcia-Roza, e confirmada pelo jornal O Globo através de sua agente, Lúcia Riff.
Conhecido por seus livros policiais, Garcia-Roza costumava centrar suas obras em um personagem-fetiche, o detetive Espinosa, que chegou a ganhar adaptações para TV e cinema. O agente da lei foi vivido pelo ator Domingos Montagner na série “Romance policial: Espinosa” e será interpretado pelo Lázaro Ramos em filme, ainda inédito, dirigido por Daniel Filho. O longa-metragem será uma adaptação de "O silêncio da chuva", livro que rendeu o prêmio Jabuti a Luiz Alfredo Garcia-Roza e marca a primeira aparição do detetive Espinosa.
Professor universitário, especialista em psicanálise, Garcia-Roza publicou o primeiro romance em 1996, já com 60 anos de idade. Até 2014 ele publicou 11 romances pela Companhia das Letras, dentre eles "Achados e perdidos" (1998), Uma janela em Copacabana (2001), Espinosa sem saída (2006), "Céu de origamis" (2009), "Um lugar perigoso" (2014).
Antes de sua morte o escritor deixou pronto mais um romance, "A última mulher". O livro póstimo tem previsão de lançamento para julho. “Trabalhamos o material junto, foi um processo muito bonito. Ficamos muito amigos nos últimos anos e acabamos nos tornando uma espécie de mentor e discípulo, avô e neto. Ele era imenso. A literatura brasileira ganhou novo sopro com seus romances autenticamente policiais e brasileiros, sem imitações, um estilo único”, contou o editor, Mateus Baldi.
Faleceu no início da tarde desta quarta-feira (15), aos 94 anos, o escritor Rubem Fonseca. Considerado um dos maiores escritores do Brasil e um dos mais importantes contistas do século XX, ele sofreu um infarto em seu apartamento.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do O Globo, Rubem chegou a ser levado com vida de sua casa no Leblon para o Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. O escritor completaria 95 anos no dia 11 de maio.
Entre os trabalhos de destaque de Fonseca estão “A cólera do cão” (1963), “Lucia McCartney” (1967), “Feliz ano novo” (1975), “O Cobrador” (1979), “O Caso Morel” (1973), “A Grande Arte” (1983), “Agosto” (1990), além do mais recente trabalho, o livro de contos “Carne Crua” (2018).
O escritor baiano Wesley Correia lança seu quarto livro de poesias, "laboratório de incertezas", no dia 12 de março, às 19h, na Casa da Mãe, situada no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, com entrada gratuita. O evento prevê um recital de poesia conduzido pela escritora Rita Santana e uma apresentação musical de Gabriel Póvoas, seguidos de sessão de autógrafos. O livro estará à venda no local, por R$ 36.
A obra, publicada pela editora Malê, é uma coletânea de poemas do autor, publicados entre 2006 e 2019, além de alguns textos inéditos. "Grande parte dos meus poemas versam sobre o fazer poético, sobre o ofício de Poeta e sobre as estranhezas do processo criativo. Tudo no poema é a linguagem que o atravessa em sentido abstrato, daí o recurso à metalinguagem como conceito e como ação potente que verte a própria Poesia", explica Wesley Correia, que tem como uma das marcas a luta contra a desigualdade social, ainda que sua produção esteja para além da militância política.
"Evidente que tal dimensão não me escapa, posto que meus poemas têm uma certa intenção de desestabilizar pensamentos mais conservadores a partir da proposição de um olhar que respeite as diferentes maneiras de ser e estar no mundo. Meus versos podem ser amorosos, existencialistas, contemplativos e, com efeito, serão sempre versos escritos por um homem negro, em cuja vida operou-se uma mobilidade socioeconômica, que lhe deu acesso a determinados espaços de prestígio, mas que tem consciência de que essa não é a expectativa para a grande maioria dos homens negros brasileiros para quem restam o subemprego, a fetichização dos seus corpos, a humilhação e a violência de toda espécie", pondera.
SOBRE O AUTOR
Nascido em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano, Wesley Correia publicou sua primeira cônica aos 17 anos, no jornal A Tarde. Desde então, ele se dedica à escrita de textos literários publicados em livros e jornais especializados no Brasil e no exterior.
Além de "laboratório de incertezas" (2020), Correia é autor de “Pausa Para Um Beijo e Outros Poemas” (2006), “Deus é Negro” (2013) e “Íntimo Vesúvio” (2017). Atualmente ele é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, onde ministra aulas na Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Raciais, e outros cursos. Seus poemas foram traduzidos para o inglês, espanhol e romeno.
O escritor baiano de Ubatã, Rodrigo Dias, terá seu livro “Em tempos de e-mails, cartas para Irene” traduzido para espanhol no Chile. O artista esteve em agosto no país vizinho para lançar sua obra (clique aqui).
A tradução será realizado por uma equipe de alunas do curso de Linguística Aplicada Tradução Inglês-Português, formada pelas estudantes Giselle Tapia, Daniela Velásquez e Silvana Velásquez. O trabalho contará com a coordenação da professora Eugênia dos Santos, do Departamento de Linguística e Literatura da Universidade de Santiago do Chile, e será usado também como material didático nas aulas de tradução. "Nem sei mensurar minha felicidade. Filho de trabalhadores rurais aluno de escola pública com livro traduzido por Universidade", disse o escritor ao Bahia Notícias.
Terceiro livro de Rodrigo Dias, “Em tempos de e-mails, cartas para Irene” já ganhou uma versão no idioma italiano (clique aqui).
Depois de percorrer países como Noruega, Itália, França e Angola para divulgar a literatura baiana (clique aqui e saiba mais), o escritor ubatense Rodrigo Dias desembarca no Chile, neste sábado (17).
O autor baiano visitará o Centro Cultural Brasil-Chile, vinculado à Embaixada do Brasil em Santiago, na próxima segunda-feira (17). Na ocasião, Rodrigo fará o lançamento do livro "Em tempos de e-mail, cartas para Irene”, além de participar de uma conversa com o público, incluindo leitura de trechos da obra e sessão de autógrafos de exemplares que serão distribuídos gratuitamente na instituição. "Estou muito ansioso, ainda mais que será no país de Pablo Neruda, um dos maiores escritores do mundo", disse o ubatense ao Bahia Notícias.
Em sua passagem pela capital chilena, Rodrigo também irá aos estúdios da Radio Usach para uma entrevista sobre o livro.
O escritor baiano Davi Boaventura lança seu mais novo livro, “Mônica vai Jantar”, no dia 20 de maio, em Salvador. O evento de lançamento acontece a partir das 18h30, na livraria LDM do Shopping Paseo Itaigara.
“É sexta-feira à noite: Mônica está se arrumando para um evento importante da empresa onde trabalha e acaba de descobrir que seu marido foi flagrado se masturbando dentro de um ônibus. Ela está em choque, mas, ainda assim, não consegue sair de casa. Por quê?”, diz a sinopse da publicação.
“Foram quase cinco anos escrevendo e reescrevendo este texto, minha única meta era conseguir um livro cujo impacto não fosse apenas racional, que fosse um livro feito para mexer até com a respiração da pessoa lendo, em um exercício intenso de alteridade”, diz Boaventura sobre a obra. “Este é um livro que nos faz questionar se é possível conhecer alguém de verdade e, mais do que isso, se é desejável conhecer alguém de verdade. Todo ato de revelação traz consequências e exige coragem. Tememos que a personagem fique para sempre enclausurada nesse instante limite do medo. Mas Mônica vai jantar: o que você faria no lugar dela?”, acrescenta.
O escritor português Valter Hugo Mãe irá participar de uma conversa na quarta-feira (10), no Quadrilátero da Bioblioteca Central do Estado da Bahia (Bceb/Barris), às 19h.
No evento, Valter irá conversar com o escritor Saulo Sourado sobre sua carreira como escritor, poeta, pintor e apresentador de TV em Portugal.
Os livros do escritor são conhecidos por abordarem assuntos como a memória, a linguagem, a morte e a solidão. Em 2007, Valter Hugo conquistou o Prêmio Literário José Saramago com o seu segundo romance "o romorso de baltazar serapião" (tudo em letra minúscula, característica marcante nos seus primeiros quatro romances).
O escritor irá participar da primeira mesa de debates da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece na quinta-feira (11), juntamente com com Aleiton Fonseca e o diretor geral da Fundação Pedro Calmon/SecultBA (FPC), Zulu Araújo.
SERVIÇO
O QUÊ: Conversando com Valter Hugo Mãe
QUANDO: Quarta-feira, 10 de outubro, às 19 horas
ONDE: No Quadrilátero da Biblioteca Central do Estado da Bahia, Barris, Salvador-BA
O cartunista e escritor Ziraldo, 85 anos, continua internado, mas teve melhora no quadro de saúde, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), nesta quarta-feira (26) (veja aqui).
De acordo com informações do Hospital Pró-Cardíaco, onde ele está internado, o paciente permanece no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade, mas em estado estável. O escritor deu entrada na unidade em estado grave.
Um diário até então desconhecido, de autoria de José Saramago, foi encontrado no computador do escritor português oito anos após sua morte. De acordo com informações do jornal O Globo, a viúva, Pilar Del Rio, anunciou que uma edição será publicada em outubro em Portugal e na Espanha. Ainda segundo a publicação, a obra escrita em 1998 é o sexto e último volume da série "Cadernos de Lanzarote", nome que faz referência ao local situado nas ilhas Canárias, onde Saramago residiu até sua morte, em 2010, aos 87 anos. "Eu pensava que tudo já tinha sido publicado. Fiquei perplexa quando me dei conta que ninguém sabia da existência desse livro", contou a viúva, que também chefia a Fundação José Saramago em Lisboa.
O escritor Rodrigo Dias, de Ubatã, desembarcou em mais um país representando a cultura baiana. Desta vez, ele, que passou por Angola, Itália e Noruega (clique aqui), está em Paris, na França, para divulgar seu livro "Em tempos de e-mail, cartas para Irene”. Durante sua passagem pelo país europeu, ele participou de encontro com a embaixada brasileira; concedeu entrevista à Rádio RFI; e a convite do Alter Brasilis - Institut Culturel Franco Brésilien, Rodrigo se prepara para expor seu livro no um encontro literário realizado pela jornalista e autora Mazé Torquato Chotil. Atualmente Rodrigo Dias está desenvolvendo ainda a biografia do canoísta Isaquias Queiroz, baiano que conquistou três medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
Ian McEwan, um dos maiores escritores contemporâneos, tentou ajudar seu filho com as aulas de literatura, mas não obteve muito sucesso. De acordo com O Globo, em entrevista à revista Event, o escritor britânico revelou que há alguns anos orientou o filho Greg, em uma redação que falava sobre o seu livro “Amor sem fim”, de 1997. Só que mesmo com o McEwan informando ao filho quais seriam os aspectos mais importantes para ele escrever na redação, o professor não se convenceu e deu conceito C+ ao aluno (a nota máxima era A). "Eu confesso que dei a ele um tutorial e disse o que ele deveria considerar. Eu não li a redação, mas, no fim das contas, o professor discordava fundamentalmente do que ele tinha dito", contou o escritor. Após o ocorrido, o escritor demostrou uma descrença com relação ao uso dos seus livros como leitura obrigatória nas escolas. “Sempre me sinto um pouco cético quanto às pessoas serem obrigadas a lerem minhas obras”, declarou o autor. McEwan é Vencedor do prêmio Man Booker e autor de obras como "Reparação" e "Na praia". E o best-seller “Desejo e Reparação”, lançado em 2001, teve sua história adaptada para os cinemas e foi indicado a quatro categorias no Oscar 2008 e vencedor de dois prêmios no Globo de Ouro.
Natural de Ubatã, no Sul da Bahia, o escritor Rodrigo Dias, que já passou por Angola, Itália e Noruega (clique aqui), vai carimbar o passaporte em um novo destino para divulgar a literatura brasileira, em maio deste ano. O artista baiano desembarcará em Paris, na França, a convite do Institut Culturel Franco-Brésilien alter'brasilis, para participar de um encontro literário realizado pela jornalista e autora Mazé Torquato Chotil. Na ocasião, Rodrigo Dias irá divulgar sua obra "Em tempos de e-mail, cartas para Irene”. Além de levar a cultura brasileira pelo mundo, o escritor ubatense está envolvido em um novo projeto, a biografia do canoísta Isaquias Queiroz, baiano que conquistou três medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
O escritor ubatense Rodrigo Dias, que já divulgou a literatura baiana na Itália e Angola (clique aqui), participou, neste fim de semana, de um café literário na Embaixada do Brasil em Oslo, na Noruega. Na ocasião, ele apresentou seu mais recente livro “Em tempos de e-mail, cartas para Irene”, que já ganhou uma tradução em italiano (clique aqui). “Apaixonante encontrar brasileiros e comunidade Lusófona, foi de grande aprendizado. Dei entrevista na Rádio Latina Americana para comunidade Latina em Oslo e me reuni com a Cáritas Noruega. Foi um diálogo muito importante para entender melhor o processo de migração na Europa”, conta Rodrigo, que nesta segunda-feira (20) encerra sua passagem pela Noruega, com uma visita à biblioteca da Universidade de Oslo.
Escritor baiano fez a leitura de seu mais novo livro "Em tempos de e-mail, cartas para Irene” | Foto: Arquivo Pessoal
Já no retorno ao Brasil, ele se dedicará a um novo projeto: a biografia do canoísta Isaquias Queiroz, baiano que conquistou três medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. “A biografia de Isaquias quando voltar para Brasil no início de dezembro vou encontrar alguns professores dele para uma entrevista”, conta Rodrigo Dias.
Autor de obras como "Os Vestígios do Dia", "O Gigante Enterrado" e "Não me Abandone Jamais", o escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro foi o vencedor do Nobel de Literatura deste ano. O prêmio foi anunciado na manhã desta quinta-feira (5) pela secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, ao anunciar o prêmio, Sara afirmou que a obra de Ishiguro possui "grande força emocional" e "desvendou o abismo sob nossa sensação ilusória da conexão com o mundo". Antes do Nobel, maior prêmio da literatura mundial, o escritor já havia conquista o "Man Booker Prize" com "Os Vestígios do Dia", em 1989.
Natural de Nagasaki, no Japão, Ishiguro se mudou para o Reino Unido quando tinha apenas cinco anos, em 1960. Com 62 anos, ele é autor de mais de 10 livros, dentre eles "Uma Pálida Visão dos Montes" e "O Inconsolável". O escritor assina também roteiros para cinema.
No ano passado, o Nobel da Literatura foi entregue ao músico norte-americano Bob Dylan, também reconhecido como escritor. No entanto, o título gerou polêmicas por parte de quem não concordou com a vitória do músico na categoria e também pela demora de Dylan em aceitar a honraria (lembre aqui).
Morreu, no último domingo (10), aos 69 anos o quadrinista norte-americano Len Wein, criador de personagens como Wolverine (X-Men) e Monstro do Pântano. A causa da morte não foi divulgada, mas a viúva de Wiein, Christine Valada, revelou na última quinta-feira (7) que o escritor e editor havia passado por uma cirurgia. “O doutor Lala acabou de dar resultados do procedimento de Len Wein. Correu muito bem. No pós-operatório agora. #WolverWein tem mais vidas do que um gato”, escreveu ela em sua conta no Twitter. O ator Hugh Jackman, que viveu Wolverine nos cinemas, prestou sua homenagem ao quadrinista. “Abençoado por ter conhecido Len Wein. Eu o encontrei pela primeira vez em 2008. Disse para ele que de seu coração, de sua mente e de suas mãos nasceu o maior personagem dos quadrinhos”, escreveu ele também nas redes sociais, junto com uma foto ao lado de Wein.
Depois de ter passado pela Itália e Angola divulgando a cultura baiana (clique aqui), o escritor Rodrigo Dias, natural de Ubatã, desembarcará em Oslo, na Noruega, para participar de um Café Literário. Durante o evento, que acontecerá na Embaixada do Brasil no país europeu, no dia 17 de novembro, o baiano seguirá divulgando seu mais recente livro “Em tempos de e-mail, cartas para Irene”. Na ocasião, ele também tem uma entrevista marcada na rádio local Latin-Amarika. E, um dia antes, Rodrigo participará de uma reunião com o projeto social Caritas Norway, fundação da igreja católica que atua na ajuda humanitária voltada para refugiados. “O mundo, apesar da velocidade das informações, ainda sente falta das cartas como algo que toque a vidas das pessoas. Em todo mundo ainda existem pessoas que se emocionam com a leitura de uma carta ou que guardam na memória uma história sobre cartas. Recebi com alegria o apoio institucional da Embaixada do Brasil em Oslo para realização deste evento, que será uma oportunidade da comunidade brasileira e comunidades de língua portuguesa junto com os noruegueses de dialogar sobre literatura e relações afetivas com a escrita. Pois "existem coisas que só podem ser ditas por cartas”, explica Rodrigo Dias, que além de divulgar esta obra, já tem um novo livro pronto, desta vez um infantil. “'As cartas da vovó Irene' conta a história de três netos de Irene, que acha um baú que eles pensam que são tesouros e são cartas”, conta o autor, revelando estar envolvido ainda em um novo trabalho com bastante relevância: “Também estou com o projeto da biografia de Isaquias Queiroz, nosso campeão”.
Em um momento de maior reclusão, e após ter cancelado sua presença em alguns eventos, o escritor Paulo Coelho rechaçou os boatos de que estaria passando por problemas de saúde. “Estou bem, graças a Deus. Apenas enchi o saco e não aceito mais nenhum convite. Quem sabe isso não muda mais adiante? Ir de um lugar para o outro, sem parar, acaba sendo cansativo e repetitivo. Então, resolvi me isolar com minha mulher”, disse ele ao colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Autor de “Os Sertões”, o escritor Euclides da Cunha (1866-1909), será homenageado na segunda edição da Fligê – Feira Literária de Mucugê, que acontece de 10 a 13 de agosto, na Chapada Diamantina. Como parte das comemorações pelos 120 anos da Guerra de Canudos, o evento terá como tema “Somos paisagens dos sertões em rotas de composições”. Na ocasião, vários pontos da cidade receberão atividades, como debates, encontros literários, concertos líteros musicais, lançamentos de livros, leituras guiadas, contação de estórias, oficinas, intervenções artísticas, filmes e shows, com a participação de autores do circuito nacional. Totalmente gratuita, a programação é voltada para o público adulto, mas também terá um espaço para o encontro do público infantil e comunidade estudantil: a Fligezinha, que permitirá aos participantes, experimentações literárias, além de vivências de leitura inclusiva. O evento tem apoio financeiro do Ministério da Cultura (MinC) e do Governo do Estado da Bahia. A programação completa está disponível no site da Flige (clique aqui).
Depois de mais de quatro décadas da morte do poeta Pablo Neruda, peritos de diversos países se reunirão em Santiago, no Chile, em outubro deste ano, para definir se o artista foi assassinado na ditadura ou morreu em decorrência de um câncer de próstata. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a notícia foi divulgada pela família do escritor nesta terça-feira (4). Neruda morreu em setembro de 1973, em uma clínica da capital chilena, pouco depois do golpe de Estado de Augusto Pinochet, mas a causa, no entanto, segue sob investigação da Justiça. Em 2011, a versão do assassinato ganhou força, após um assistente pessoal e motorista do escritor ter afirmado que o estado de saúde de Neruda piorou quando lhe deram uma injeção no abdome. Com a denúncia, o juiz responsável pelo caso, Mario Carroza, ordenou a exumação do corpo, em 2013. Na ocasião não foi possível identificar a presença de veneno no corpo, mas em uma nova análise dos restos mortais foi encontrada a bactéria estafilococo dourado (Staphylococcus aureus), altamente infecciosa e que levar à morte.
O poeta lusitano Manuel Alegre é o vencedor da edição 2017 do Prêmio Camões, principal troféu literário da língua portuguesa, que contempla anualmente um autor lusófono pelo conjunto de sua obra. A escolha se deu nesta quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, após análise de um júri formado pelos escritores Jose Luiz Tavares (Cabo Verde), Lourenço Joaquim da Costa Rosário (Moçambique), Maria João Reynaud (Portugal), Paula Morão (Portugal), José Luís Jobim de Salles Fonseca (Brasil) e Leyla Perrone Moisés (Brasil). Com a vitória de Manuel Alegre, que recebe 100 mil euros como prêmio, Portugal ganha seu 12º troféu e se iguala ao Brasil no hall de vencedores.
O Prêmio Camões de Literatura foi instituído em 1988 com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum. A Menção Internacional foi criada pelo Protocolo Adicional ao Acordo Cultural entre os governos brasileiro e português, representados, respectivamente, pela Fundação Biblioteca Nacional e pela Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/Secretaria de Estado da Cultura de Portugal.
Todos os vencedores
1989 - Miguel Torga, Portugal
1990 - João Cabral de Melo Neto, Brasil
1991 - José Craveirinha, Moçambique
1992 - Vergílio Ferreira, Portugal
1993 - Rachel de Queiroz, Brasil
1994 - Jorge Amado, Brasil
1995 - José Saramago, Portugal
1996 - Eduardo Lourenço, Portugal
1997 - Artur Carlos M. Pestana dos Santos, o Pepetela, Angola
1998 - Antonio Cândido de Melo e Sousa, Brasil
1999 - Sophia de Mello Breyner Andresen, Portugal
2000 - Autran Dourado, Brasil
2001 - Eugênio de Andrade, Portugal
2002 - Maria Velho da Costa, Portugal
2003 - Rubem Fonseca, Brasil
2004 - Agustina Bessa-Luís, Portugal
2005 - Lygia Fagundes Telles, Brasil
2006 - José Luandino Vieira, Angola
2007 - António Lobo Antunes, Portugal
2008 - João Ubaldo Ribeiro, Brasil
2009 - Armênio Vieira, Cabo Verde
2010 - Ferreira Gullar, Brasil
2011 – Manuel António Pina, Portugal
2012 – Dalton Trevisan, Brasil
2013 – Mia Couto, Moçambique
2014 – Alberto da Costa e Silva, Brasil
2015 – Hélia Correia, Portugal
2016 – Raduan Nassar, Brasil
2017 - Manuel Alegre, Portuga
O crítico literário, professor e sociólogo Antonio Candido morreu aos 98 anos, nesta sexta-feira (12). De acordo com o Estadão, a escritora Edla Van Steen informou que ele estava internado no Hospital Alberto Einstein, em São Paulo, com problemas no intestino. Nascido no Rio de Janeiro, ele é um dos maiores intelectuais do Brasil, tendo escrito obras importantes, como “Introdução ao Método Crítico de Silvio Romero” (1944), “Formação da Literatura Brasileira” (1959) e “Literatura e Sociedade” (1965). “Estava muito lúcido, era incrível. A gente conversava sempre. De repente isso aconteceu. A gente perdeu mais do que um amigo, mas o espírito de um tempo. Ele atravessou vários momentos da história, mesmo os sombrios, sem perder nenhum sentido dos valores, de todo o julgamento das coisas. Era de uma sutileza incrível. A dificuldade das coisas que ele escrevia estava nessa simplicidade. Discutia tudo o que estava acontecendo no País. Nunca perdia o fio da história. Ele seguiu o curso do tempo, em todos os momentos do pensamento", contou ao Estadão o filósofo Adauto Novaes, amigo de Antonio Candido.
O escritor gaúcho João Gilberto Noll morreu aos 70 anos, nesta quarta-feira (29), em Porto Alegre (RS). A informação foi confirmada pelo conterrâneo Fabrício Carpinejar: “Morre um dos maiores escritores brasileiros, grande amigo, cantor das palavras, maestro da elegância: Durma em paz João Gilberto Noll!”, escreveu o autor em sua conta no Twitter. Com 18 livros publicados, João Gilberto Noll venceu o Prêmio Jabuti em cinco ocasiões: "O Cego e a Dançarina", 1981; "Harmada", em 1994; “A Céu Aberto”, em 1997; “Mínimos Múltiplos Comuns”, em 2004 e “Lorde”, em 2005.
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Após passar pelas TVs, Rodrigo ministrará palestra no Centro de Cultura Brasil-Angola | Foto: Arquivo Pessoal
Apesar de boa parte do repertório ser composta por canções já muito conhecidas pelo público, o compositor também vai apresentar "Alexandria", parceria sua com Tiago Iorc ainda não gravada em estúdio, e as versões recém-lançadas de "Faz Parte" e "Pra Ficar Legal". Regravações de antigos sucessos da banda gaúcha, as canções foram lançadas em vinil – uma antiga vontade "pessoal e emotiva". "O compacto sempre fez parte da minha vida, não só de música, mas eu me lembro de ouvir alguns compactos com historinhas quando eu era criança, até que eu me dei conta de que nunca tinha lançado um", conta Gessinger, que, satisfeito com o resultado, não dispensa repetir a fórmula. "Eu acho que a gente vive um momento muito rico em que todos os formatos convivem. O pessoal da nossa geração tende a ser meio resmungão quanto às mudanças da tecnologia, mas tem coisas bacanas acontecendo", pontuou. Toda a sua obra também está disponível nas plataformas digitais.
Até lá, o músico segue na estrada, acompanhado por Rafa Bisogno, na bateria e percussão, e Nando Peters, na guitarra e violão. Nos shows no Ária Hall, em Feira de Santana, nesta sexta (23), e na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, no sábado (24), não devem faltar sucessos, como "Pra Ser Sincero", "Refrão de Bolero", "O Papa é Pop" e "Infinita Highway", presente em quase todos os shows desde que foi lançada em 1987. Mas, apesar do repertório repleto de clássicos da trajetória, Gessinger está sempre mexendo na melodia e letra das canções, a fim de renová-las. "Essas mudanças na letra chegam na hora, não é uma coisa que eu tento muito antes. Os músicos de jazz têm essa visão de achar que a música renasce a cada noite e eu sou um pouco assim. Eu deixo ir com a coisa do momento, a reação da galera porque o barato do show é isso: a comunhão do artista com a plateia", explica. Ambas apresentações também devem contar com algumas faixas inéditas.
Serviço:
O quê: Show "Louco pra ficar legal"
Quem: Humberto Gessinger
Quando: 23 de setembro, a partir das 21h
Onde: Ária Hall em Feira de Santana
Valor: Pista - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) / Camarote - R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia)
O quê: Show "Louco pra ficar legal"
Quem: Humberto Gessinger
Quando: 24 de setembro, às 19h
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador
Valor: Plateia - R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) / Camarote - R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)
Sem lançar títulos a quase duas décadas, Nassar tem sua obra publicada em Portugal pela editora Relógio D'Água. O paulistano tem no currículo os romances "Lavoura Arcaica" (1975), "Um copo de cólera" (1978) e a coletânea de contos "Menina a caminho" (1997). Neste ano, o júri foi composto pelo poeta Pedro Mexia, a professora e ensaísta portuguesa Paula Morão, o escritor moçambicano Lourenço do Rosário, os professores e críticos brasileiros Flora Süssekind e Sérgio Alcides do Amaral, e a ensaísta são-tomense Inocência Mata.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.