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Diretor do Hospital Municipal diz que corredores 'vazios' são fruto de organização

Por Renata Farias

Diretor do Hospital Municipal diz que corredores 'vazios' são fruto de organização
Foto: Renata Farias / Bahia Notícias

O Hospital Municipal de Salvador foi alvo de diversas críticas da oposição nos últimos dias e chegou a ser classificado como “hospital fantasma” e “elefante branco” (relembre). Para checar a situação, o Bahia Notícias visitou a unidade na última sexta-feira (8), na companhia de diretores do equipamento. De acordo com os dados fornecidos, havia 28 pacientes na Emergência (17 aguardando regulação), 72 na Enfermaria e 10 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Foram observados não só os números, mas os leitos dos principais setores: quase a totalidade ocupada por pacientes em tratamento. Ao lembrar as críticas que ressaltavam corredores vazios, o diretor-geral Adalberto Bezerra afirmou que essa é a realidade de uma unidade de saúde organizada. “Comparando com outra área, imagina o que é entrar em um banco organizado, com um ambiente super tranquilo, e entrar em um banco com uma confusão na porta. Talvez parte da população tenha essa expectativa: se é para atender a todo mundo, vai estar aquela bagunça. Só que esse é um hospital com projeto, com plano assistencial bem definido, com regras, classificação de risco, contenção de fluxo de pessoas... É isso que a gente se propõe a fazer”, ressaltou. Localizado na região de Boca da Mata, o hospital teve investimento de R$ 120 milhões para construção e equipamentos. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Luiz Galvão, o custeio gira em torno de R$ 8 milhões por mês (veja aqui). Desde sua inauguração, no início de abril (saiba mais), o Hospital Municipal realizou mais de 3 mil atendimentos e 300 cirurgias. Os números são referentes não apenas à demanda espontânea, mas também à transferência de pacientes de Unidades de Pronto Atendimento (Upas), de outros municípios e da rede estadual. “Nós funcionamos com demanda da emergência com porta aberta. Todo paciente que desejar atendimento no hospital chega pela emergência e passa pela classificação de risco - um protocolo internacional que classifica o paciente pela gravidade - ou ele é trazido por um serviço de remoção, seja Samu, ambulâncias das Upas, Graer, Corpo de Bombeiros, Salvamar, Polícia Militar... ”, explicou Bezerra. A unidade está disponível não só para atendimento de emergência, mas também para realização de exames de imagem, que podem ser agendados por meio do sistema Vida, junto à prefeitura. A sala de espera “vazia” do setor foi inclusive mostrada em vídeo publicado pelo vereador José Trindade (Podemos). Para os gestores, o que foi criticado é, na verdade, um motivo de orgulho. “A gente atende tanto ao internado, quanto uma agenda externa. Como temos a organização de uma agenda, não temos uma espera com 50 pessoas que chegaram às 4h da manhã. A gente consegue organizar a demanda pelo sistema de marcação da prefeitura”, argumentou a diretora-médica Thayse Barreto. Na avaliação do diretor-geral do Hospital Municipal de Salvador, o projeto é digno de ser copiado por qualquer estado e qualquer país, por seguir padrões “de excelência”.