Um advogado denunciou, por meio de redes sociais, um caso de gordofobia estrutural no F&oacute;rum 2 de Julho, do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), em Salvador. Ives Bittencourt relatou que, em uma sala da nova sede do tribunal, foi instalada uma cadeira para pessoas obesas isolada das demais, enquanto os outros assentos estavam dispostos em fileiras laterais.

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Veja v&iacute;deo:

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V&Iacute;DEO: Advogado denuncia gordofobia em f&oacute;rum da Justi&ccedil;a do Trabalho, em Salvador 
 
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&mdash; Bahia Not&iacute;cias (@BahiaNoticias) <a href="https://twitter.com/BahiaNoticias/status/1953479475628253681?ref_src=twsrc%5Etfw">August 7, 2025</a></blockquote>
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Na publica&ccedil;&atilde;o, o advogado descreveu que a cadeira em quest&atilde;o foi posicionada no centro da sala, voltada para frente e diretamente abaixo de um tel&atilde;o. Segundo ele, o arranjo transformaria qualquer pessoa que a utilizasse em um &quot;alvo vis&iacute;vel&quot;, caracterizando o epis&oacute;dio como um exemplo de &quot;gordofobia estrutural com verniz de acessibilidade&quot;. Bittencourt afirmou que a situa&ccedil;&atilde;o, ainda que n&atilde;o intencional, reflete uma abordagem que trata corpos gordos como &quot;um desvio a ser marcado&quot;, em vez de parte da norma.

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Na legenda do v&iacute;deo, o advogado questionou a forma como a acessibilidade foi implementada, argumentando que &quot;oferecer um espa&ccedil;o n&atilde;o basta&quot; e que &eacute; necess&aacute;rio garantir o direito de existir &quot;sem constrangimento&quot;. Ele refor&ccedil;ou que a exclus&atilde;o simb&oacute;lica ocorre quando um mobili&aacute;rio adaptado &eacute; colocado em evid&ecirc;ncia, em vez de integrado ao ambiente. A postagem encerrou com um apelo para que a Justi&ccedil;a do Trabalho reavalie a abordagem, afirmando que &quot;acessibilidade que constrange n&atilde;o &eacute; inclus&atilde;o, &eacute; viol&ecirc;ncia&quot;.

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O TRT-BA, por meio de nota, informou que o Subcomit&ecirc; de Acessibilidade e Inclus&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o realizar&aacute; uma visita ao local no dia 22 de agosto para verificar eventuais barreiras &agrave; acessibilidade e usabilidade. A corte destacou que o objetivo &eacute; assegurar a participa&ccedil;&atilde;o e inclus&atilde;o de todas as pessoas no novo espa&ccedil;o.

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Veja nota na &iacute;ntegra:

O Subcomit&ecirc; de Acessibilidade e Inclus&atilde;o do TRT-BA realizar&aacute; no pr&oacute;ximo dia 22 de agosto visita programada ao F&oacute;rum 2 de Julho, nova sede do Tribunal na Paralela, a fim de verificar eventuais barreiras &agrave; acessibilidade e usabilidade no local. O objetivo &eacute; assegurar a participa&ccedil;&atilde;o e inclus&atilde;o de todas as pessoas no novo espa&ccedil;o do Tribunal.

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O TRT preza pela inclus&atilde;o, acessibilidade e pelo tratamento digno a todas as pessoas, com diversas medidas que s&atilde;o apresentadas no site www.trt5.jus.br (na aba &ldquo;Institucional&rdquo;/ &ldquo;Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclus&atilde;o) e &nbsp;que s&atilde;o levadas em considera&ccedil;&atilde;o nas suas edifica&ccedil;&otilde;es.

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&Eacute; tamb&eacute;m um dos primeiros &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos do pa&iacute;s a disponibilizar cadeiras com configura&ccedil;&atilde;o maior, de forma a atender &agrave; diversidade do p&uacute;blico.

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O Tribunal avalia e executa todas as medidas necess&aacute;rias &agrave; boa recep&ccedil;&atilde;o dos usu&aacute;rios.

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A institui&ccedil;&atilde;o disponibiliza o seu canal oficial (Ouvidoria) no mesmo site para sugest&otilde;es do p&uacute;blico.

O Tribunal Regional do Trabalho da 5&ordf; Regi&atilde;o (TRT-BA) est&aacute; adotando uma tecnologia pioneira no Judici&aacute;rio brasileiro: c&acirc;meras 360&deg;, com reconhecimento facial para grava&ccedil;&atilde;o de audi&ecirc;ncias. O sistema, que substitui o uso tradicional de tr&ecirc;s c&acirc;meras fixas, capta toda a sala e abre janelas din&acirc;micas no v&iacute;deo, acompanhando automaticamente os movimentos e express&otilde;es dos participantes.

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A nova ferramenta garante maior precis&atilde;o no registro das rea&ccedil;&otilde;es e gestos das pessoas durante as sess&otilde;es. &quot;Antigamente, era necess&aacute;rio ajustar manualmente as c&acirc;meras para enquadrar os presentes. Agora, a tecnologia identifica rostos e os acompanha em tempo real. Se algu&eacute;m se levanta ou senta, a c&acirc;mera ajusta o foco automaticamente&quot;, explica o respons&aacute;vel pela tecnologia do TRT-BA.

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Veja v&iacute;deo:

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V&Iacute;DEO: TRT-BA implementa c&acirc;mera 360&deg; com reconhecimento facial para aprimorar audi&ecirc;ncias trabalhistas <a href="https://t.co/xSWo0DQOEt">pic.twitter.com/xSWo0DQOEt</a>
&mdash; Bahia Not&iacute;cias (@BahiaNoticias) <a href="https://twitter.com/BahiaNoticias/status/1939719943844733351?ref_src=twsrc%5Etfw">June 30, 2025</a></blockquote>
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O n&uacute;mero de janelas exibidas varia conforme a quantidade de pessoas na sala. Em uma demonstra&ccedil;&atilde;o, o sistema alternou entre sete e oito telas, mas n&atilde;o h&aacute; um limite pr&eacute;-definido. &quot;Se mais algu&eacute;m entrar, uma nova janela &eacute; aberta. O objetivo &eacute; evitar a perda de informa&ccedil;&otilde;es relevantes para consultas posteriores&quot;, explicou. 

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Funcionamento da C&acirc;mera 360&ordm;. Foto: Aline Gama / Bahia Not&iacute;cias

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De acordo com Adriano Bezerra, titular da 1&ordf; Vara do Trabalho e coordenador da Comiss&atilde;o de Aten&ccedil;&atilde;o Priorit&aacute;ria ao 1&ordm; Grau de Jurisdi&ccedil;&atilde;o, a inova&ccedil;&atilde;o est&aacute; alinhada com a busca por uma presta&ccedil;&atilde;o jurisdicional mais &aacute;gil e eficiente, priorizando a seguran&ccedil;a e o conforto dos envolvidos.

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Adriano Bezerra, titular da 1&ordf; Vara do Trabalho. Foto: Aline Gama / Bahia Not&iacute;cias

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Apesar dos benef&iacute;cios, o magistrado reconhece que mudan&ccedil;as tecnol&oacute;gicas podem gerar resist&ecirc;ncia inicial. &quot;Qualquer novidade assusta. Alguns podem temer a exposi&ccedil;&atilde;o, mas, com o tempo, as d&uacute;vidas s&atilde;o esclarecidas. A tecnologia deve ser usada a favor da sociedade, e essa ferramenta ajuda a assegurar a verdade dos fatos&quot;, destaca. Ele ressalta que a oralidade, caracter&iacute;stica marcante das audi&ecirc;ncias trabalhistas, torna o recurso especialmente valioso. &quot;As pessoas n&atilde;o comunicam apenas com palavras, mas com gestos e express&otilde;es. Ter acesso a esse conjunto de dados auxilia o juiz a tomar decis&otilde;es mais embasadas.&quot;

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&quot;Justi&ccedil;a tardia n&atilde;o &eacute; justi&ccedil;a. Precisamos agir com qualidade, usando a tecnologia como aliada&quot;, conclui Bezerra. A expectativa &eacute; que o sistema, j&aacute; em opera&ccedil;&atilde;o, sirva de modelo para outras unidades do pa&iacute;s.

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Ju&iacute;za auxiliar, Clarissa Oliveira, da 9&ordf;&nbsp;Vara do Trabalho. Foto: Aline Gama / Bahia Not&iacute;cias

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A ju&iacute;za auxiliar, Clarissa Oliveira, da 9&ordf;&nbsp;Vara do Trabalho, afirmou que n&atilde;o h&aacute; reclama&ccedil;&otilde;es acerca da c&acirc;mera, e que as audi&ecirc;ncias est&atilde;o ocorrendo sem intercorr&ecirc;ncia, mesmo ap&oacute;s a mudan&ccedil;a da sede para a Paralela. &quot;N&atilde;o tivemos nenhum coment&aacute;rio [negativo], na verdade, praticamente todas as audi&ecirc;ncias, todo mundo desejou um bom in&iacute;cio, acho que as pessoas est&atilde;o mais curiosas para conhecer o f&oacute;rum do que o formato da audi&ecirc;ncia telepresencial, comentou a magistrada.

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Questionado sobre como o avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico pode contribuir para a celeridade processual, um desembargador do TRT-BA,<a href="https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/72402-trt-ba-inaugura-nova-sede-na-avenida-paralela-com-promessa-de-mais-conforto-e-acessibilidade"> J&eacute;ferson Muricy,&nbsp;destacou os ganhos em qualidade e efici&ecirc;ncia</a>. &quot;Sim, n&oacute;s teremos agora uma audi&ecirc;ncia com mais qualidade. As c&acirc;meras que t&iacute;nhamos, principalmente nessa &eacute;poca em que fazemos muitos atos telepresenciais, n&atilde;o eram de uma qualidade superior. Agora n&atilde;o. Agora todos podem acompanhar em tempo real, com muito mais qualidade, com muito mais visibilidade, todas as pessoas que est&atilde;o na audi&ecirc;ncia e toda a movimenta&ccedil;&atilde;o das pessoas que dela participam. Ent&atilde;o isso d&aacute; uma nova dimens&atilde;o &agrave;s audi&ecirc;ncias que s&atilde;o realizadas, que s&atilde;o gravadas, inclusive as que s&atilde;o realizadas telepresencialmente&quot;, afirmou.

O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) realizar&aacute; no pr&oacute;ximo dia 9 de julho, &agrave;s 9h, uma&nbsp;<abbr lang="pt-br" tabindex="0">audi&ecirc;ncia p&uacute;blica</abbr>&nbsp;na &aacute;rea poliesportiva da Escola Ind&iacute;gena Patax&oacute; da Aldeia M&atilde;e de Barra Velha, em Cara&iacute;va, distrito de Porto Seguro. O evento, que ser&aacute; conduzido pelo presidente do TRT-BA, desembargador J&eacute;ferson Muricy, tem como objetivo discutir, junto &agrave; sociedade civil, autoridades e comunidades ind&iacute;genas, a&ccedil;&otilde;es e propostas voltadas &agrave; melhoria das condi&ccedil;&otilde;es educacionais nas aldeias da regi&atilde;o.

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Segundo o tribunal, <abbr lang="pt-br" tabindex="0">audi&ecirc;ncia</abbr>&nbsp;abordar&aacute; temas como a melhoria da infraestrutura e amplia&ccedil;&atilde;o da unidade escolar, a estadualiza&ccedil;&atilde;o do ensino m&eacute;dio, a contrata&ccedil;&atilde;o de professores ind&iacute;genas e a defini&ccedil;&atilde;o de sua reg&ecirc;ncia de classe, al&eacute;m da regulariza&ccedil;&atilde;o do transporte escolar dos estudantes que vivem nas aldeias.

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O TRT-BA informou que est&atilde;o convidados a participar magistrados, servidores, representantes dos setores p&uacute;blico e privado das esferas federal, estadual e municipal, empresas, entidades civis, associa&ccedil;&otilde;es de classe, acad&ecirc;micos, cidad&atilde;os e jurisdicionados em geral, al&eacute;m da imprensa.

Notícia

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