TRT-BA autoriza promoção de juízas para vagas deixadas por investigados da Operação Injusta Causa
Por Camila São José
Em sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (25), o Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) autorizou a promoção de duas juízas para o cargo de desembargadora no lugar de magistrados investigados pela Operação Injusta Causa, por venda de sentenças. Os então desembargadores foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em maio deste ano (lembre aqui).
A titular da 37ª Vara do Trabalho de Salvador, Viviane Maria Leite de Faria, foi eleita pelo critério de merecimento para o lugar de Washington Gutemberg. Ela figurou pela terceira vez na lista tríplice, que ainda teve os nomes dos juízes Angélica de Melo Ferreira e Cláudio Kelsch Tourinho Costa, e será a primeira desembargadora negra do TRT-BA.
Para a cadeira ocupada antes por Noberto Frerichs, foi eleita a juíza titular da 38ª Vara do Trabalho de Salvador, Tânia Magnani de Abreu Braga. Promovida pelo critério de antiguidade, ela foi a única inscrita na disputa.
Com a aprovação, o TRT-BA passará a contar com 16 mulheres no cargo de desembargadora. O Tribunal Regional baiano é composto por 29 desembargadores e foi reconhecido pelo CNJ como o TRT do país com maior número de mulheres na magistratura (veja aqui).
Os nomes das juízas precisarão ser confirmados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).