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“Essa vitória é de todas as mães da Bahia”, afirma mãe de Lucas Terra sobre resultado do júri

Por Camila São José / Lula Bonfim

Carlos Terra Filho, Marion Terra e Felipe Terra
Carlos, Marion e Felipe | Foto: Camila São José / Bahia Notícias

A mãe do garoto Lucas Terra, Marion Terra, comemorou o resultado do júri popular que condenou os pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda pelo assassinato do seu filho, de apenas 14 anos de idade, em 2001. Ela aproveitou para agradecer a cobertura que a imprensa fez do caso desde o desaparecimento do adolescente.

 

“Lucas era meu filhinho. Até que enfim! Depois de 22 anos, essa justiça que eu tanto esperava. Eu queria vê-los condenados e hoje foi o dia da minha vitória. Eu quero agradecer a todos vocês da imprensa, que incansavelmente nunca se calaram, nunca foram omissos, sempre foram a nossa voz”, disse Marion.

 

Para ela, a condenação dos pastores da Igreja Universal do Reino de Deus foi uma vitória não apenas dela, mas de todas as mães da Bahia, e demonstrou que pessoas economicamente poderosas também podem se submeter à Justiça.

 

“Essa vitória não é só minha, não é só do Carlos, não é só do Lucas. Essa vitória é de todas as mães da Bahia, de todos os jornalistas, de todas as famílias, que perdem seus filhos e muitas vezes se deparam com poderosos economicamente e levam 22 anos, como nós levamos. Às vezes, nem têm direito à justiça. Mas a justiça hoje prevaleceu”, avaliou.

 

Assim como seus filhos Carlos e Felipe, Marion também deu uma demonstração de que sua fé se mantém inabalada, mesmo após o crime cruel que vitimou seu filho Lucas.

 

“Eu agradeço a Deus, porque Ele vive. Eu posso crer no amanhã, porque meu Senhor Jesus Cristo vive. Eu tenho certeza que eles vão pagar na prisão pelo que eles fizeram”, concluiu Marion.

 

Acusados de assassinar o garoto Lucas Terra em 2001, os pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda, ambos da Igreja Universal do Reino de Deus, foram condenados nesta quinta a 21 anos de reclusão. Ao fim do júri popular, a família vibrou e gritou "assassinos" para os acusados.