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Dois pastores acusados de matar Lucas Terra vão a júri popular

Dois pastores acusados de matar Lucas Terra vão a júri popular
Foto: Reprodução / TV Bahia

Os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva, acusados de assassinar o adolescente Lucas Vargas Terra, em março de 2001, vão a júri popular. A decisão foi tomada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira (17).

 

Na época do crime um adolescente de 14 anos, Terra sofreu abuso e foi queimado vivo em Salvador. Agora, mais de 18 anos depois, o caso pode estar perto de ser concluído, já que não cabe mais recurso. 

 

Em novembro do ano passado, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, chegou a anular o processo contra os pastores por falta de provas, mas a 2ª Turma acolheu o recurso do MPF e decidiu pelo júri popular (saiba mais aqui). Segundo informações do G1, o promotor de Justiça Davi Gallo disse que a data do julgamento será decidida pelo Tribunal de Justiça da Bahia.

 

A mãe do menino, Marion Terra, comemorou a decisão. “Eles vão a júri popular. Acabou, gente, acabou. O Fernando Aparecido da Silva e o Joel Miranda vão sentar no banco dos réus porque a palavra final, a última palavra vem do nosso supremo juiz, o juiz dos juízes, o senhor dos senhores. Enfim a justiça, enfim esses homens vão sentar no banco dos réus. Eu estou muito emocionada, eu acho que vocês, meus amigos, que têm acompanhado essa caminhada, que estão há 18 anos perguntando se houve o júri popular, chegou ao final, eles vão ser julgados”, declarou.

 

O CRIME

Terra começou a ser agredido dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), em março de 2001, no Rio Vermelho. A Promotoria aponta que ele foi abusado sexualmente, colocado em uma caixa de madeira e queimado vivo em um terreno baldio, na Av. Vasco da Gama.

 

O pai de Lucas, José Carlos Terra, que faleceu em fevereiro deste ano, disse que o menino foi morto por ter visto os pastores Joel e Fernando fazendo sexo. De acordo com a publicação, essa versão está embasada no depoimento do terceiro acusado, o também pastor Sílvio Galiza. Ele, inclusive, é o único já condenado. Em liberdade condicional, Galiza responde por homicídio qualificado com motivo torpe e ocultação de cadáver.