Eleição do Quinto: Candidato, Márcio Duarte protocola pedido de adiamento de votação

Um dos candidatos à vaga de desembargador pelo quinto constitucional da advocacia aberta pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Márcio Duarte protocolou na segunda-feira (21) um pedido de adiamento da votação, remarcada para os dias 20 e 21 de fevereiro. No pedido feito à comissão responsável pelo pleito, Duarte ainda alerta sobre outros riscos que podem ocorrer durante a escolha pelos advogados baianos.

A eleição da lista sêxtupla estava prevista para o dia 19 de dezembro de 2018, mas foi cancelada após uma instabilidade no sistema de votação impedir a participação dos advogados em todo o estado (leia mais aqui). Por causa do problema, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA) convocou os candidatos para discutir sobre o sistema de votação no próximo dia 25 de janeiro (veja aqui). Porém, decidiu usar o mesmo sistema utilizado em dezembro, e conduzir o pleito em dois dias ao invés de apenas um. A OAB-BA informou que caso houvesse problema com a votação eletrônica, ela ocorreria apenas no dia 21 de fevereiro, com cédulas de papel (entenda aqui).

No pedido feito por Márcio Duarte à comissão responsável pela eleição do Quinto são citados alguns dos problemas que ocorreram em dezembro. Entre eles, a informação de que se tratava de "site não seguro", a impossibilidade de acessar o site e o redirecionamento para domínios aleatórios. Além disso, diz que em alguns casos não apareciam as fotos de alguns candidatos e que a página fechava antes da validação do voto.

O candidato ainda questiona a nova data escolhida pela OAB-BA. O edital prevê que a eleição ocorrerá "em data que permita a participação do maior número de advogados e advogadas inscritos". O pedido alerta, contudo, que é comum que muitos escritórios concedam férias a advogados em janeiro e fevereiro, e que as datas escolhidas são "muito próximas" do Carnaval, "oportunidade em que muitos de fato viajam com suas famílias para descansar ou simplesmente fugir da festa momesca". O documento diz ainda que "não há qualquer notícia de eleições que se processem por mais de um dia", e sugere que um eventual vazamento dos resultados do primeiro dia, ou a criação de uma "notícia falsa" de vazamento, poderia beneficiar ou prejudicar algum candidato.

Por isso, Duarte solicita à comissão o adiamento do pleito para depois do Carnaval, e que ele seja realizado em apenas um dia.

Em entrevista ao Bahia Notícias, o candidato critica o fato de ter sido avisado pela imprensa sobre o cancelamento da primeira eleição, e pede o adiamento em pelo menos 30 dias e que a OAB-BA garanta a lisura do processo e da empresa responsável pelo sistema utilizado. "Não é que ela vá fazer algo de errado, mas quanto à segurança que ela pode dar para a gente. Eu também me insurgi para saber o resultado da eleição, eu quero saber qual foi o desempenho dos candidatos em todas as 34 subseções. Então a gente protocolou ontem às 16h e espera que o pleito seja atendido", avaliou.

Duarte explicou que não conversou pessoalmente com os outros candidatos, mas que há uma "insatisfação generalizada".