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No JusPod, desembargador afirma que tribunais apostam em IA para blindar eleições de 2026 contra desinformação

Por Aline Gama

No JusPod, desembargador afirma que tribunais apostam em IA para blindar eleições de 2026 contra desinformação
Foto: Reprodução / Youtube / Juspod

Os Tribunais Eleitorais brasileiros já direcionam seus esforços para o grande desafio que representará nas eleições de 2026, como o uso malicioso da tecnologia para disseminar desinformação e fraudar o processo eleitoral. Segundo o desembargador Danilo Costa Luiz, titular do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), em entrevista ao JusPod, podcast do Bahia Notícias, a Justiça Eleitoral utilizará a própria inteligência artificial como principal ferramenta de combate aos usos ilícitos.

 

Segundo o magistrado, a inteligência artificial já é uma realidade incorporada em diversas esferas, citando como exemplo os carros modernos que se atualizam e sugerem rotinas. No entanto, ele alerta que a mesma tecnologia que serve ao bem pode ser desvirtuada. A principal frente de atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos TREs, portanto, tem sido investir massivamente em sistemas de IA capazes de identificar e combater ameaças digitais em tempo hábil. "O TSE tem investido muito na inteligência artificial para combater a própria inteligência artificial que é utilizada para o mal", afirmou. O tema foi um dos destaques do XIII Encontro Nacional do Colégio Permanente de Juristas da Justiça Eleitoral (Copeje), realizado em Salvador no final de outubro.

 

Danilo Luiz destacou que o TRE da Bahia está "muito atento" e tem investido fortemente na capacitação de seus servidores para operar as novas ferramentas e compreender as nuances do ambiente digital. A punição rápida e eficaz para quem burla o sistema é considerada um fator crucial de inibição. "Eu acredito que quem tem feito isso hoje, pensa duas vezes, porque o TRE tá muito atento, a gente consegue alcançar e punir quem tá fazendo isso", declarou o desembargador.

 

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A solução apontada por ele é um ciclo contínuo de investimento em tecnologia e capacitação. O objetivo é garantir que a Justiça Eleitoral não apenas acompanhe a evolução das ameaças, mas se mantenha um passo à frente dos infratores. Como exemplo de aplicação bem sucedida da tecnologia, citou o robô Janus, desenvolvido pelo TRE-BA e premiado, que agiliza trâmites processuais ao trabalhar 24 horas por dia, permitindo que os processos cheguem mais rapidamente à análise dos magistrados.

 

A experiência das eleições de 2024, marcadas pela explosão de deepfakes e notícias falsas, serviu como um teste importante. O desembargador avalia que, graças à preparação prévia, o pleito transcorreu com tranquilidade. A capacidade de analisar liminares rapidamente e cortar a circulação de conteúdos fraudulentos de forma imediata demonstrou a eficácia da estratégia. "Fizemos eleições tranquilas. É porque a gente estava preparado, estava à frente dessa situação", afirmou.

 

Para além dos investimentos em software, Danilo Luiz ressaltou a importância do capital humano e da troca de experiências. Eventos como o XIII Encontro Nacional do Colégio Permanente de Juristas da Justiça Eleitoral (Copeje), que deu origem à entrevista, com discussões informais entre ministros, desembargadores, advogados e técnicos, são considerados vitais para antecipar problemas e refinar procedimentos. Essa combinação de tecnologia de ponta, capacitação constante e colaboração entre os operadores do direito é vista como a blindagem essencial para garantir a integridade do processo eleitoral em 2026, um ano que promete colocar à prova a resiliência das instituições democráticas contra os novos desafios da era digital.

 

Veja entrevista na íntegra:

 

 

APRESENTADORES
Apresentadora do JusPod - Podcast Jurídico do Bahia Notícias - desde a sua criação, em 2023, Karina Calixto é advogada. Mestranda em Direito pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa - IDP, é Especialista em Ciências Criminais pela Faculdade Baiana de Direito; Professora da Fundação Visconde de Cairú (BA); Conselheira Seccional da OAB-BA; e Presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-BA. 

 

Já o co-host convidado, João Lopes de Oliveira Júnior, é advogado regularmente inscritos nos quadros da OAB, seccionais Bahia, Distrito Federal e Maranhão, membro efetivo da Abradep - academia brasileira de direito eleitoral e político, membro da comissão de direito eleitoral da OAB/BA, vice-presidente da comissão de direito eleitoral da OAB/MA, subseção Pedreiras, especialista em direito eleitoral e em direito do estado e coordenador de campanhas eleitorais nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão e Sergipe.