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Criado para festejar aniversário, Mãe Malvada pode virar etapa do Brasileiro de Triathlon

Por Leandro Aragão

Criado para festejar aniversário, Mãe Malvada pode virar etapa do Brasileiro de Triathlon
Foto: Arquivo Pessoal

O evento começou em 2018 apenas como forma de comemorar o aniversário da triatleta Ana Augusta, uma apaixonada pelo triathlon, mas tem ganhado proporções cada vez maiores. No ano seguinte, o Mãe Malvada se tornou etapa do Campeonato Baiano e agora está perto de entrar para o calendário do Campeonato Brasileiro de Triathlon. Neste domingo (10), acontece a terceira edição da prova, que vai contar com a presença do presidente da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri), Ernesto Teixeira Pitanga. O dirigente fará avaliações técnicas para incluí-la na briga do título nacional.

 

"Não sei onde me meti!", declarou Ana Augusta, a Mãe Malvada, em entrevista ao Bahia Notícias. "Nunca pensei que tomaria essa proporção. Era só um aniversário com amigos", completou.

Foto: Arquivo Pessoal

 

Além da possibilidade de virar etapa do Campeonato Brasileiro, o Mãe Malvada será mais do que especial, pois uniu as federações da Bahia e de Pernambucano de Triathlon para promovê-la e valerá pontos nos rankings dos dois estados. Os percursos, que serão de 750m a 1500m de natação, 20km e 40km de ciclismo e 5km e 10km de corrida, misturam trechos das cidades de Juazeiro, no território baiano, e Petrolina, em terras pernambucanas, ambas banhadas pelo famoso Rio São Francisco que corta os dois municípios. A novidade despertou interesse de atletas filiados às duas entidades e também de fora.

 

"Eu fico um pouco assustada, porque nunca imaginei nem que quase 400 inscrições acabariam em menos de 36 horas e com lista de espera. É muita gente do Brasil inteiro! Até de outros países. Outra coisa legal é que temos um número altíssimo de mulheres. No triathlon somos muito poucas", disse a homenageada, que também lamentou não poder abrir mais vagas.

 

A largada do Mãe Malvada está prevista para acontecer às 6h30 na categoria sprint, no percuso mais curto, partindo das areias do Velho Chico no lado de Juazeiro, enquanto a standard, a prova principal e mais longa, será às 7h da balsa. As duas disputas serão finalizadas em Petrolina.

Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

 

Vencedora do Mãe Malvada em 2019, Ana Augusta prometeu fazer um esforço extra para competir no evento devido ao cansaço.

 

"Vou participar, porque tem muita gente pedindo. É a única oportunidade dos meus conterrâneos assistirem a prova comigo. Sempre faço provas fora. Vou de forma festiva. Tem muita mulher forte na prova", falou.

 

INCLUSÃO NO BRASILEIRO
O BN entrou em contato com Cleber Castro, presidente da Federação Bahiana de Triathlon (Febatri). Ele explicou os pontos que são levados em conta para que uma prova seja transformada em etapa do Campeonato Brasileiro.

 

"A Bahia hoje tem a terceira maior quantidade de triatletas federados, o que já chama atenção para ter etapa do Brasileiro aqui. Outra questão é do histórico. Temos histórico de participação de campeonatos, de realização de provas. O critério técnico, capacidade de atender os atletas. Número de árbitros, temos bastante árbitros oficiais aqui que já atuaram em Olimpíadas. Todos esses critérios técnicos e históricos são levados em conta", pontuou. "Só de história, não funciona. Mas o contexto de ser uma federação ativa, que busca inovar e uma série de coisas acabam atraindo e facilitando as provas virem para cá", completou.

Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

 

De acordo com Cleber, a Bahia já recebeu provas importantes do cenário nacional e internacional do triathlon, como o Pan-Americano de 2017 realizado em Salvador.

 

"Para a gente é muito importante estar com provas importantíssimas na região e cada vez mais buscarmos ser uma referência. Criar essa região como centro de referência  para o triathlon, para o esporte, para o exemplo de como você pode se transformar através do esporte. Essa é a grande mensagem", comentou.

 

'MÃE BOA'
O leitor do Bahia Notícias já conheceu um pouco da história da triatleta Ana Augusta e a origem do apelido Mãe Malvada (lembre aqui). Referência no âmbito esportivo, ela tem contribuições que extrapolam a natação, o ciclismo e a corrida, ajudando a transformar a vida das pessoas no Vale do São Francisco.

 

"O que fico feliz de verdade é que tudo isso está acontecendo no Sertão, no interior. E que muitas pessoas estão ressignificando suas vidas. São tantas histórias, sabe? Desde adolescentes que poderiam estar nas drogas e bebidas, até autoridades que fizeram dos treinos para o triathlon uma reconstrução da própria vida", comemorou a Mãe Malvada.

Foto: Arquivo Pessoal

 

"Comemorar todas as conquistas, todas as ações que nossa querida Ana Augusta tem feito pelo triathlon, tem transformado a vida de muitas pessoas, e ela tem sido uma referência não só para a região, mas para o Brasil inteiro", elogiou Cleber Castro.