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Sudesb manteve mais de 100 obras durante pandemia, mas Centro de Boxe continua parado

Por Milena Lopes

Sudesb manteve mais de 100 obras durante pandemia, mas Centro de Boxe continua parado
Foto: Bahia Notícias

Mesmo com diversas modalidades esportivas suspensas desde o ano passado, o governo na Bahia manteve as obras de construção e requalificação de equipamentos esportivos, na expectativa de que os eventos possam retornar. Em entrevista ao Bahia Notícias, Vicente Neto, diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), explicou que o governo manteve as 105 obras que foram iniciadas em 2019, que juntas somaram um investimento de R$ 27 milhões nos equipamentos na capital e no interior. 

 

Durante o período de combate à doença, as obras iniciadas em 2019 permaneceram acontecendo durante 2020 e 2021. Dos 105 equipamentos esportivos planejados para serem construídos, reformados ou requalificados, 67 foram entregues e mais 12 serão finalizados até junho. O diretor explicou que, diante do andamento das melhorias, há poucas exceções sobre os projetos da Sudesb que foram listados há dois anos.

 

Uma das promessas que ainda não saiu do papel é o Centro de Boxe de Salvador, que foi garantido pelo governador Rui Costa após a vitória do baiano Robson Conceição na Olimpíada do Rio de Janeiro (relembre aqui). A previsão era de que o local ficaria pronto no início de 2019 (veja aqui), mas entraves burocráticos atrasam a iniciativa. “O Centro de Boxe não foi iniciado porque ainda está em processo de solução de aspectos legais. A apropriação da área está em processo de negociação desde 2019 e, por isso, ainda não temos a obra”, comentou. 

 

ALÉM DE OBRAS, FUTEBOL TAMBÉM NÃO PAROU

Destacando a permanência dos jogos do Campeonato Baiano em 2021, o diretor da Sudesb defendeu o protocolo implementado e contou por que o futebol foi um dos poucos a seguir com suas atividades durante a segunda onda da Covid-19.

 

“O esporte de alto rendimento envolve torcida, tem uma perspectiva de aglomerar pessoas, isso é próprio do esporte. Aqui no Brasil, [o futebol] foi mantido, assim como em todo o mundo, sob um protocolo muito rígido apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Federação Bahiana de Futebol (FBF). Eles apresentaram um protocolo de altíssimo nível que prevê testagens, segurança, utilização de equipamentos para o controle da doença, o transporte dos atletas sempre de forma segura, alimentação, alocação de equipes de outras cidades também de maneira segura... Então é um protocolo bastante rígido”, explicou. 

 

“Apesar de em algumas situações aqui e ali acontecerem contaminações de jogadores, própria FBF decide o que fazer nesses casos, mas foi a única modalidade onde houve um acordo específico”, pontuou Vicente Neto. 

 

Durante a flexibilização, algumas entidades, como a Federação Bahiana dos Desportos Aquáticos (FBDA), voltaram a realizar competições presenciais entre outubro do ano passado e o início deste ano, antes das medidas rígidas voltarem a ser adotadas. Mas segundo ele, as outras federações esportivas do estado da Bahia não estão pressionando para que as competições voltem a acontecer porque entendem o compromisso de manter a segurança dos eventos. 

 

“Eu tenho dialogado com todas as federações esportivas e elas têm tido uma posição muito responsável em relação a esse assunto. Não tem nenhuma pressão das federações, das modalidades, por um retorno imediato dos seus calendários. Pelo contrário: há uma compreensão até acima da média de que os grupos humanos sejam vacinados para que se consiga voltar a ter esse tipo de atividade”, contou o diretor da Sudesb.

 

Vicente Neto ressalta que a vacinação em massa da população será um fator de avanço para que, futuramente, todos os campeonatos esportivos possam retornar. 

 

“A nossa opinião é que aqui no estado há muito esforço para garantir a vacinação em massa. Em contraposição ao que acontece com o governo federal, a Bahia é uma espécie de ilha no esforço pela vacinação”, posicionou. 

 

Atualmente, o estado já vacinou mais de 1,8 milhão de pessoas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e, dentre este grupo, mais de 50% já receberam a segunda aplicação do imunizante. 

 

E QUANDO VOLTAR?

Vicente Neto explicou, durante a entrevista, a importância de manter os investimentos no esporte mesmo enquanto a sociedade ainda não pode aproveitar esses espaços.

 

“Eu participo do Fórum Nacional dos Gestores Públicos de Esporte e Lazer e lá nós temos feito uma avaliação sobre os efeitos da pandemia e ao mesmo tempo da extinção do Ministério do Esporte. e eu tenho visto que Bahia é um dos poucos estados da Federação que tem conseguido manter o ritmo de obras de infraestruturas esportivas. Em relação aos outros estados estamos em ritmo bem acelerado”, comemorou o diretor da Sudesb.

 

Para a permanência das construções, o governador Rui Costa exigiu que as empresas que venceram as licitações para os projetos dos equipamentos esportivos garantissem a segurança dos profissionais durante o período. 

 

“O governador pediu para acelerar o ritmo de inaugurações, mas chamou atenção e eu conversei com cada uma das empresas que venceram as licitações sobre o aspecto da vida, porque as obras são feitas por pessoas”, declarou. “Mesmo com a pandemia, o cuidado com a vida é uma prioridade (...). Então, pedimos que as empresas tivessem cuidado com os trabalhadores e trabalhadoras, que respeitassem distanciamentos, máscaras e todas as regras que entraram no nosso cotidiano durante a pandemia”, destacou. 

 

Por fim, ele opinou sobre a importância de que as obras fossem mantidas no prazo, principalmente para as cidades do interior.  

 

“Quando vou às inaugurações é impressionante. Antes da cerimônia, a gente se reúne com os clubes, ligas esportivas, com associações de várias modalidades e as pessoas ficam em estado eufórico quando o estado inaugura, reinaugura ou constrói um equipamento esportivo”, contou. 

 

“Quem conhece bem o interior da Bahia sabe que esses locais acabam sendo o principal equipamento da cidade. Uma quadra poliesportiva coberta em uma cidade do interior muitas vezes é o clube social da cidade, onde você faz casamentos, formaturas, eventos esportivos, religiosos... Então creio que é um estímulo também para prática esportiva nessas cidades e sala de aula para muitos profissionais da área e da educação física”, finalizou.