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Um dos esportes mais antigos do mundo, Tiro Esportivo busca crescer no cenário baiano

Por Gabriel Rios

Um dos esportes mais antigos do mundo, Tiro Esportivo busca crescer no cenário baiano
Foto: Divulgação / Atiro

Um dos esportes olímpicos mais antigos do mundo, o Tiro Esportivo não é tão praticado no Brasil como o futebol e o vôlei, por exemplo. No entanto, após a medalha olímpica conquistada pelo brasileiro Felipe Wu em 2016 (relembre aqui) e a assinatura do decreto que facilita a posse de armas no Brasil (lembre aqui), houve um crescimento na procura (veja aqui), segundo o presidente da Associação Desportiva Atiro, Jodson Gomes.

 

"Foi muito forte [a procura]. Inclusive muitas pessoas não sabiam que existia uma regulamentação de uma prática de tiro formalmente. Não é simplesmente comprar uma arma e ir para o clube, tem que fornecer alguns documentos para dar entrada no CR do exército. Após isso a pessoa poderá praticar o curso e depois estará apto para comprar a arma. Para compra de arma não se exige curso de tiro, o que é exigido é capacidade técnica", explicou.

 

Jodson destacou que o crescimento também aconteceu com o público feminino: "A procura foi grande. Era difícil que mulheres participassem. Atualmente, atingimos 40% de público feminino em alguns cursos".

 

Ainda segundo Jodson, ele afirma que muitas pessoas procuraram a Atiro por conta do decreto, e o retorno tem sido satisfatório. Entretanto, ele explica que não é necessário ir para o clube aprender, mas sim apresentar a documentação técnica necessária ao exército.

Procura aumentou após Rio 2016 | Foto: Divulgação / Atiro

"Estamos aproveitando essa mídia que foi criada em relação ao decreto que deu ênfase. O exército tem melhorado e ajudado bastante a competição. Está tendo um retorno muito grande. Foi bastante impulsionador", salientou.

 

Assim como em 2016, Jodson aposta na Olimpíada de Tóquio, em 2020, para que mais baianos queiram praticar o Tiro Esportivo.

 

"Estamos contando com isso. A Olimpíada está chegando e, com isso, a modalidade irá aparecer mais na mídia. Acreditamos que a procura será intensa pelo nosso esporte”, analisou.

 

Fundada em 1991, a Atiro promove cursos e torneios para seus alunos, além de prepará-los para competições estaduais, regionais e nacionais. Como o Torneio de Tiro Rápido, marcado para este sábado (9), na Sede da Associação, no Rio Vermelho. Questionado sobre disputar certames fora do Brasil, Jodson lamenta a falta de apoio e investimento.

 

"No momento não temos como competir nas internacionais. É caro, tem que ter investimento ou conseguir patrocínio para isso. Foge da nossa esfera", afirmou. Jodson contou que, caso o competidor queira disputar, ele próprio deve se filiar à Federação Baiana de Tiro Esportivo (FBTE) e à Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), e conseguir um patrocínio para arcar com os custos.

Além de cursos, a Atiro promove torneios | Foto: Divulgação

Jodson ainda conta que outras dificuldades são encontradas no país: "Não temos fabricantes no Brasil para armas olímpicas. O aluno ou competidor terá que fazer importação do equipamento com o nome dele".

 

"Temos diversas modalidades, mais de 50 no nosso país. Temos armas no mercado como tiro ao prato, como também a Carabina. Ela custa cerca de R$ 2.000. Temos algumas modalidades a nível internacional, que precisam ser importadas. Isso é um custo elevado por conta dos impostos", completou.

 

O Tiro Esportivo é um esporte que exige muita concentração. De acordo com o presidente da Atiro, a disciplina é muito importante para o praticante.

 

"Ele deve ter um poder de capacidade de observação muito grande. Precisa ser calmo e tranquilo. Em seguida, vem o lado técnico, que é absorvido por instrutores. Exige muita disciplina, pois temos regras de seguranças rígidas", destacou.