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Torcida pede e Corinthians cancela empréstimo de atleta processado por agredir mulher

Torcida pede e Corinthians cancela empréstimo de atleta processado por agredir mulher
Juninho (E) | Foto: Williams Aguiar / Sport Club do Recife

O Corinthians voltou atrás e suspendeu o acerto de empréstimo do atacante Juninho, do Sport, depois de uma campanha da torcida. Juninho, de 19 anos, responde a um processo por agressão, ameaça e injúria contra a ex-namorada (leia mais aqui), e a negociação foi confirmada na última terça-feira (7), mesmo dia em que a Lei Maria da Penha completou 12 anos.

 

A “coincidência” gerou a reação da torcida, que pressionou o clube a desistir do negócio. Em nota divulgada nesta quinta-feira (9) em seu site, o Corinthians anunciou que recuou na decisão. No texto, assinado pelo presidente Andrés Sanchez, o clube paulista diz que a negociação com Juninho visava “não só atrair um promissor talento futebolístico, mas também encetar um processo de ressocialização dele”. 


“Sabedor de antecedentes desabonadores no seu passado, acreditamos que um jovem devidamente orientado teria condições de mudar de banda e, em vez de frequentar o grupo dos que tratam como corriqueira a agressão à mulher, pudesse se tornar um exemplo de evolução moral”, diz o texto.


O Timão alega ainda que o episódio representaria um passo avante na bandeira de lutar contra qualquer forma de discriminação e aliar-se “aos mais fracos”. “Entretanto, considerando as inúmeras manifestações de torcedoras e torcedores contrários à eventual contratação de Juninho, informamos que ele não fará parte de nosso quadro de funcionários. O momento exige que o congraçamento de mentes em torno da causa feminista se sobreponha a quaisquer outras considerações”, reforça.

 

O clube ainda promete aumentar o enfrentamento do tema em um ambiente “sabidamente machista” como o futebol. “Atuaremos no sentido de difundir por todas as instâncias do Clube essa doutrina para evitar ocorrências como essa e formaremos parcerias com instituições que também cuidem da ressocialização dos agressores homens para que a violência contra a mulher acabe no Brasil”.