De reforço gratuito ao sonho verde-amarelo: relembre trajetória de Juba no Bahia
Luciano Batista da Silva Júnior, mais conhecido como Luciano Juba, teve seu nome anunciado pelo italiano Carlo Ancelotti na tarde desta segunda-feira (3) como convocado da Seleção Brasileira para os amistosos contra Senegal e Tunísia, em preparação para o Mundial de 2026, que acontece nos Estados Unidos, México e Canadá.
De jogar pelo Bahia Curado, clube amador criado em 2014 que faz referência ao Tricolor de Aço, do bairro do Curado, no Recife, no início de 2019, até chegar ao Esporte Clube Bahia, em setembro de 2023, Luciano Juba percorreu um longo caminho. Preterido no Sport após ter sido promovido da base, emprestado ao Confiança, retorno ao Leão pernambucano e nova fase atuando no setor ofensivo do Rubro-Negro, o camisa 46 conseguiu, enfim, se provar como profissional. Isso culminou no despertar do interesse do Tricolor baiano.

Na primeira fileira do lado direito, Juba em campo pelo Bahia Curado, em 2019. Foto: Instagram / bahiacuradooficial
A chegada ao Bahia também não foi das mais fáceis. Houve um longo caminho percorrido em tentativas frustradas de negociações entre o Tricolor e o clube pernambucano. 
Após chegar a um acordo por Juba e firmar um pré-contrato com o lateral após grande esforço do Diretor de Futebol do clube, Cadu Santoro, o Tricolor tentou antecipar a vinda do atleta por R$ 4 milhões junto ao Sport, mas recebeu apenas recusas do Leão da Ilha.
Com isso, Luciano Juba chegou em uma transferência sem custos aos cofres do clube baiano. O Esquadrão buscou meios legais e conseguiu não só garantir a chegada do jogador após o fim da janela, como também o registro de Juba no BID e a garantia de que o atleta poderia entrar em campo ainda naquele ano pelo clube, algo que gerou revolta no rival pernambucano.
Vivendo uma fase mágica na carreira após ter se reinventado atuando no setor ofensivo, Juba chegou ao Bahia como artilheiro e maior assistente do Brasil em 2023. Com a troca no comando técnico do Bahia e a chegada de Rogério Ceni, o camisa 46 voltou a jogar na lateral-esquerda, em mais uma reviravolta de sua carreira. Naquela temporada, com apenas 14 jogos pelo Bahia, ele contribuiu com um gol — no jogo que culminou na permanência do Bahia na elite brasileira, na 38ª rodada do Brasileirão 23, frente ao Atlético Mineiro — e duas assistências.

Juba comemora gol marcado contra o Galo, o primeiro dele pelo Bahia. Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia
 
Em 2024, ainda se reacostumando à função de lateral, não era tido como incontestável na posição por parte da mídia e da torcida, que listavam a lateral-esquerda como carente no Tricolor para recomposição no mercado da bola. Ainda assim, Juba foi bancado pelo técnico Rogério Ceni e vive, em 2025, talvez o melhor momento da carreira — não estatisticamente, já que foi artilheiro no Sport, mas sim em influência dentro das quatro linhas. Ele deixou de ser mais um e tornou-se um de um, o grande destaque da posição no país.

Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia.
Nas graças da torcida e da grande mídia em sua posição de origem, Juba chega na Canarinho em uma posição ainda em aberto, podendo brigar por uma vaga entre os convocados do Brasil para o próximo Mundial. Se depender do apoio da torcida tricolor, Luciano Juba “Frete Grátis” estará na Copa.
