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Marca Bahia Notícias

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À frente da Cidade da Música, Gringo Cardia fará Casa das Ialorixás a pedido de Mãe Stella

À frente da Cidade da Música, Gringo Cardia fará Casa das Ialorixás a pedido de Mãe Stella
Foto: Divulgação

Multifacetado, Gringo Cardia acumula experiência de décadas como designer, artista gráfico, cenógrafo, arquiteto, diretor artístico, diretor de vídeos, teatro, ópera, moda, além de criador de shows, tendo trabalhado em projetos de nomes como Cirque du Soleil, Deborah Colker, Carlinhos Brown, Maria Bethânia, Daniela Mercury, Novos Baianos, Tom Jobim, Marisa Monte, Gilberto Gil e Chico Buarque. 

 

Depois de ter assinado a curadoria de equipamentos culturais como a Casa do Rio Vermelho e a Casa do Carnaval da Bahia, em Salvador, seu mais recente trabalho na capital baiana foi a implementação da Cidade da Música (saiba mais). Instalado no Casarão de Azulejos Azuis, localizado na Praça Cayru, no bairro do Comércio, o museu estava previsto para ser inaugurado em março deste ano, mas foi adiado por causa da pandemia da Covid-19 (relembre). “Foi o pior mês da pandemia inteira, então não tinha cabimento se comemorar nada no momento em que o Brasil estava mais de luto, e ainda continua. Provavelmente ela deve abrir em julho, mas bem devagar. Porque não é uma comemoração festiva, é um tributo”, conta o artista, em entrevista ao Bahia Notícias, revelando que teve que se mudar do Rio de Janeiro para Salvador durante seis meses para tocar o projeto.

 

Ele, que no fim do ano passado teve o título de cidadão soteropolitano aprovado pela Câmara Municipal (clique aqui), revelou que sua relação com a cidade e a Bahia, como um todo, é “visceral”, construída, sobretudo, a partir da música. “Sempre trabalhei com música e quando você trabalha com música vai na fonte, que é a Bahia. Sempre a Bahia me puxou pra trabalhar lá. O primeiro trabalho que fiz, não sei se foi Daniela, Brown ou Bethânia, enfim, pessoas que foram me chamando pra trabalhar e na verdade eu fui entendendo um pouco da Bahia através do trabalho delas”, lembra o artista, que classifica a oportunidade de liderar a Cidade da Música como uma oportunidade maravilhosa. “Ela coroa toda essa história que eu tive com a Bahia. De conhecer as profundezas da Bahia com Jorge Amado, com o Carnaval. E, na verdade, quando você vai falar de um museu da música, vai falar da música como um todo, de todas as partes invisíveis, que estão presentes ali, mas as pessoas não conhecem”, afirma o artista.

 

Na entrevista, Gringo Cardia comentou ainda sobre sua participação na ideia de implantar um polo audiovisual em Salvador. Meta da nova gestão do presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro (clique aqui), e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador, hoje comandada por Fábio Mota (clique aqui), o projeto funcionaria em anexo à Cidade da Música. De olho no potencial artístico da capital baiana, a proposta prevê a criação de uma escola para técnicos na área de entretenimento, aos moldes da Spectaculu, escola mantida por ele junto a Marisa Orth, Vik Muniz, Giovanni Bianco e a Malu Barreto, no Rio de Janeiro. “Salvador precisa demais ter isso, na verdade, Salvador já tem muitos projetos na área de música e artes, mas a área técnica, da infraestrutura do entretenimento, do Carnaval, dos eventos, do show, não tem aqui”, pontua.

 

Por fim, o experiente artista revelou outros dois projetos nos quais está envolvido na Bahia. Um deles, que está em andamento, consiste em transformar a aldeia hippie de Arembepe em um parque ecológico e museu vivo. O outro, ainda no papel, é a criação da Casa das Ialorixás, atendendo um pedido pessoal de Mãe Stella de Oxóssi, líder religiosa que faleceu em 2018, aos 93 anos (clique aqui). “Ela achava importante ter a história das Ialorixás, das grandes mães da Bahia”, conta Gringo, sobre o equipamento que contará a história do Candomblé e ficará situado no Pelourinho, no local de nascimento de Mãe Stella. Veja a entrevista completa na coluna Cultura (clique aqui).