VÍDEO: Com homenagem a Preta Gil, Festival Negritudes Globo dá início a edição em Salvador
Por Manuela Meneses
A força da cultura negra e da ancestralidade deu o tom da abertura do Festival Negritudes Globo em Salvador. Ao som potente do Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil, o evento teve início na manhã desta quinta-feira (24), na Casa Baluarte.
Durante a apresentação, a cantora Mariene de Castro subiu ao palco para dividir os vocais em uma emocionante versão de “Preta Pretinha”, em homenagem à cantora Preta Gil. Logo depois, foi a vez de Márcio Victor, da banda Psirico, fazer uma participação especial, aumentando ainda mais a energia da celebração.
De volta ao palco, Mariene entoou “Ponto de Nanã” e, logo depois, uma versão de “Drão”, mantendo a homenagem a Preta Gil. A interpretação ganhou ainda mais força com os batuques do Ilê Aiyê e a sensibilidade da sanfona de Geovane Barbosa. A escolha da canção foi especialmente simbólica: em abril, Preta a cantou ao lado do pai, Gilberto Gil, durante um show da turnê “Tempo Rei”, em São Paulo — naquela que seria sua última apresentação da música ao vivo. Escrita por Gil, “Drão” fala sobre o fim de seu casamento com Sandra Gadelha, mãe de Preta, com quem ele viveu uma união de 21 anos.
A apresentadora Rita Batista, que divide o comando do palco com o jornalista Vanderson Nascimento, anunciou ao público que esta edição do evento será dedicada ao legado de Preta. "Peço também uma saudação em memória desta mulher que acaba de encantar. A alma de Preta Gil é de festa, é de alegria, é uma alma solar. Vamos abrir caminho à sua memória (...). Hoje é dia de festa, mas também de reverenciar as culturas brasileiras e dialogar com nossas potências. Essa energia combina muito com ela, que espalhou a grandiosidade de pensar que podemos ser quem quisermos ser. Essa edição do Festival Negritudes Globo, sim, é dedicada a Preta Gil”, declarou Rita.
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