Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
/
Tag

Artigos

Italo Almeida
Medicina do Estilo de Vida: A Urgência de Ouvir o Corpo e Integrar Tratamentos
Foto: Juan Troesch/ Divulgação

Medicina do Estilo de Vida: A Urgência de Ouvir o Corpo e Integrar Tratamentos

Vivemos em um tempo em que o ritmo acelerado e a sobrecarga de funções nos afastam de nós mesmos. A pressa e o excesso de informações criam uma desconexão silenciosa com o corpo e, quando percebemos, sinais que poderiam ter sido um aviso se transformam em diagnósticos tardios. O caso recente da cantora Preta Gil ilustra bem essa realidade: sintomas como constipação e sangramentos foram ignorados por meses até que se confirmasse um câncer colorretal. A história dela não é exceção. Muitas pessoas, sem perceber, acostumam-se a conviver com dores, azia, fadiga, alterações de humor ou ansiedade, tratando apenas sintomas, sem investigar a causa.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

tonho materia

Em nova fase, banda Filhos da Bahia anuncia mudança de nome e novo vocalista
Foto: Instagram

A banda Filhos da Bahia, inicialmente criada por Miguel Freitas (Filho de Carlinhos Brown), Zaia (Filho de Reinaldinho) e João Lucas (Filho de Saulo Fernandes), está sob nova direção e com nova cara.

 

Quase quatro anos após o surgimento do projeto, os herdeiros remanescentes, Migga Freitas e João Lucas, junto a Raysson Lima (Filho de Tonho Matéria), anunciaram uma mudança impactante na família.

 

O grupo deixa de se chamar 'Filhos da Bahia' e passa a se chamar 'Filhos do Brasil', com novo vocalista após a saída de Zaia, Pierrinho, filho de Pierre Onassis.

 

 

Segundo Migga, a mudança aconteceu de forma natural e conversa com o propósito do grupo. "Nós somos agora FDB! Filhos do Brasil, uma evolução natural, representando ainda mais a nossa conexão com a diversidade cultural e musical do nosso país", afirmou.

 

Pierrinho já estava se apresentando com o grupo antes mesmo de um grande anúncio oficial. Em fevereiro deste ano, o artista se apresentou como convidado, até ser integrado oficialmente ao grupo. "Fazer parte dessa história que respeita o passado, mas que olha firme pro futuro. Bora junto nessa!", celebrou.

 

A banda ainda prometeu um novo trabalho para o público nesta semana.

"O samba-reggae é um instrumento que sustenta uma cadeia produtiva gigante", afirma Tonho Matéria
Foto: Divulgação

A possibilidade do reconhecimento do samba-reggae como Patrimônio Imaterial de Salvador acende em quem faz a cultura a esperança da propagação da arte. 

 

O projeto de indicação do vereador Silvio Humberto (PSOL), apresentado em 2024, que voltou a ser movimentado na Câmara Municipal de Salvador, pode fazer com que o ritmo, célula importante para a criação do movimento Axé Music e referência para tantos outros estilos musicais da Bahia e do Brasil, seja preservado e assistido pelas autoridades.

 

Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor, músico e capoeirista Tonho Matéria, falou sobre a importância de marcar o estilo como algo feito em Salvador e algo a ser preservado. Para o artista, o reconhecimento como patrimônio imaterial e a possibilidade do título mostra como o ritmo modificou o fazer musical e também teve impacto social.

 

"Isso é um brinde para a cultura percussiva da Bahia. Porque isso não só perpassa pelo Olodum, teve origem com o Neguinho do Samba, Mestre Jackson. Mas são os blocos que dão continuidade, os artistas que dão continuidade, os compositores. O samba-reggae hoje é um instrumento que sustenta uma cadeia produtiva muito gigante. E a gente precisa fortalecer mesmo."

 

 

Para o ex-Olodum e ex-Ara Ketu, que colaborou diretamente para o gênero criado por Neguinho e Mestre Jackson, o título, caso consiga se concretizar, chega para somar aos dias em que o gênero já é lembrado localmente, como o dia 31 de outubro, data da morte de Neguinho, que em 2013 teve uma lei aprovada na Câmara Municipal de Salvador como o Dia do Samba-reggae.

 

"É um título importantíssimo, um momento importantíssimo para concretizar de fato e de direito o samba-reggae enquanto patrimônio nosso, porque hoje o mundo inteiro usa essa clave do samba-reggae. Esse movimento, na verdade, do samba-reggae com suas variações e ritmos criados pelo nosso saudoso Neguinho do Samba é bem lembrado também no dia 31 de outubro. A gente tendo o samba-reggae como patrimônio de Salvador, não vai só fortalecer a cultura de Salvador. Eu acho que deveria ser também [um movimento] da Bahia e do Brasil. Quem sabe, do mundo."

 

 

Tonho ainda alerta para a necessidade de uma movimentação rápida para as pessoas conseguirem entender a origem do objeto antes que ele seja apropriado por outro lugar.

 

"É muito importante para mim, como compositor, que esse gênero seja realmente reconhecido. Porque se a gente não fizer isso daqui a pouco, pessoas vêm, pegam, levam para outros lugares. A gente viu aí o acarajé, a gente está vendo aí tantas coisas que estão pegando nossas e transformando em deles. Não tem um documento que legitime isso, então, eu acho de suma importância o reconhecimento."

 

O artista, que atualmente apresenta diversos shows, entre eles o com a banda Os Autorais, formado por ele, Tenison Del Rey e Jorge Zarath, além dos projetos solos, sugeriu ainda que a capital baiana, que já foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como "Cidade da Música", homenageasse Neguinho do Samba com outros atos, a exemplo de um busto do músico em algum espaço da cidade, além de uma assistência maior aos blocos afro e bandas percussivas na Bahia.

 

 

"Ele realmente foi um instrumento poderoso nesse lugar. Então, é preciso que, além desse reconhecimento do ritmo, mas também tem o reconhecimento da memória dele. A obra, a maior obra que ele deixou é a banda Didá, que não precise estar passando por editais e que precise ter prêmios diariamente. Porque a música que Neguinho do Samba fez, o ritmo que Neguinho do Samba criou potencializou muito as empresas, potencializou como o governo, de todas as esferas, porque esse ritmo mexe o coração do mundo." 

 

Na proposta, apresentada pelo vereador Silvio Humberto (PSOL), caso seja aceita, o samba-reggae terá através do título de Patrimônio Imaterial de Salvador: 

  • A salvaguarda do patrimônio; 
  • O respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos; 
  • A conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco; 
  • E a cooperação e a assistência internacionais.
Tonho Matéria conta fatos inusitados em composição de “Menina Me Dá Seu Amor”, “Durvalino Meu Rei e “Olha o Gandhi Aí”
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

Um dos principais nomes do Axé Music, Tonho Matéria é autor de grandes clássicos do ritmo carnavalesco baiano. Compositor de canções que embalam e marcaram a trajetória de cantores a exemplo de Bell Marques, Durval Lelys, Olodum entre outros, o artista revelou em entrevista à Rádio Antena 1 Salvador alguns fatos pitorescos sobre o processo de composição dessas músicas. 

 

Uma delas é “Olha o Gandhi Aí”, interpretada por Daniela Mercury, e presta homenagens ao bloco Filhos de Gandhy. Segundo Tonho, a ideia de escrever a canção surgiu em casa, quando sua esposa insistiu para que ele fosse assistir o documentário de José Lino de Almeida, que retrata sobre a história do bloco carnavalesco. 

 

“Na televisão estava passando um documentário de Lino Almeida. Minha mulher, me chama e diz: ‘Olha o Gandhy aí’, está aqui na televisão, vem aqui ver. [Falei a ela] que iria ver depois. Ela falou ‘vem logo, olha o Gandhy aqui’. Aí eu saí do quarto ‘Olha o Gandhy aí’, cantando esse trecho. E ela é minha parceira, eu coloquei ela como parceira”, explicou Matéria no programa Bahia Notícias no Ar, apresentado por Rebeca Menezes e Maurício Leiro, na 100.1 FM.

 

O músico ainda contou sobre o processo de construção musical de algumas de suas obras. Conforme Tonho, suas produções nascem dessas narrativas, de forma espontânea, baseada ou inspirada em fatos que ocorreram em sua vida. 

 

“Todas as minhas músicas têm essa narrativa. Eu não sei se eu sempre tava fazendo uma música de qualquer jeito, inventando motivos. 'Vieram Três Pra Bater No Negro' mesmo, que é uma música que hoje virou uma febre das redes sociais, é uma composição de capoeira, que há muitos anos gravei isso. E agora a juventude descobriu”, compartilhou.

 

Outro clássico do vocalista e capoeirista, “Menina Me Dá Seu Amor”, eternizada na voz de Bell, surgiu durante o Carnaval ao compositor ver uma placa levantada para o ex-chicleteiro com a frase ‘Daqui do alto eu te beijo’
 

“Menina Me Dá Seu amor, eu estava em cima de um trio elétrico, e de repente, olhando para cima, o que me chamou a atenção, era que Bell naquela época, estava estourado demais. Olhei para cima, vi várias placas escritas ‘Bell, eu te amo’, e uma dizia assim ‘Daqui do alto eu te beijo’. Aí eu fiquei com aquilo na cabeça comecei a criar em cima do trio algumas ideias e eu tinha um gravador pequeno e registrei algumas coisas. Depois do Carnaval fui para o estúdio de Wesley Rangel e encontro com Bell na escada. Falei com ele que estava com uma ideia para a gente fazer uma música. Cantei e ele disse que era boa e me convidou para fazer essa música e marcamos para irà casa dele. Só que quando cheguei lá estava com outras duas ideias. Uma música pronta era Se me chamar eu vou, que é uma música minha e de Buziga”, comentou. 

 

Ele ainda explicou como nasceu a música “Durvalino Meu Rei”, cantada por Bell em homenagem a Durval Lelys. 

 

“Quando cheguei em Vitória da Conquista, de madrugada para sair para tocar, quando cheguei, vi Durval. Ele começou a ficar conversando e eu querendo ir tocar. Aí pensei, meu irmão, deixe de milonga. Adiante aí e fiquei com aquilo na cabeça. Esse cara vai ser Durvalino, meu rei. E aí escrevi uma ideia e essas duas ideias eu fiz com o Bell. Aí Bel malandramente fez assim, meu irmão eu vou gravar ‘Se me Chamar Eu Vou e Menina Me Dá Seu Amor’ nesse disco aqui. E no próximo disco eu vou colocar Durvalino, meu rei. Eu falei a ele que não, que era para botar as três logo. Mas ele disse que não, que se essas duas fizessem sucesso, eu teria dado mais uma [canção] para o próximo disco, foi uma estratégia dele”

Na Antena 1, Tonho Matéria fala sobre apagamento de artistas nos 40 anos do Axé Music
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

A celebração aos 40 anos do Axé Music no Carnaval de Salvador ligou um alerta para quem é da cena, o apagamento de nomes que ajudaram a construir o movimento responsável pela identidade da folia baiana.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na Antena 1, o cantor e compositor Tonho Matéria falou sobre a importância de reconhecer para além dos nomes que já recebem os holofotes ao longo de todo o ano e mostrar os bastidores da música.

 

"Quem é que tá por trás? Você tem uma cortina, mas alguém tá dando suporte, entendeu? E atrás da cortina você tem músicos, produtores, que é um conjunto de figuras importantes ali. A música é uma cadeira produtiva gigantesca", pontuou o músico.

 

Para o artista, a homenagem ao movimento musical poderia ter sido feita com um pouco mais de cuidado para valorizar todos os agentes do Axé. "Acho que deveria ter 6, 7 meses antes uma curadoria para fazer uma análise assim, quem foram as pessoas que participaram, que deram a contribuição, que construíram um cenário para que a música da Bahia tivesse realmente uma grande relevância".

 

Entre os citados por Tonho estava o cantor Netinho, que ficou de fora do Carnaval de 2025 por questões de saúde, mas antes de ser internado, não tinha fechado nenhuma apresentação em Salvador. "Ele foi quem revolucionou os shows na Bahia, trouxe cenários, trouxe propostas importantíssimas para aquele lugar e fez muitos artistas entenderem que precisariam fazer uma produção, uma luz bonita, um arranjo bom".

 

Tonho ainda fez uma outra crítica ao Carnaval de Salvador. No bate-papo, o músico pontuou a questão do horário de desfile dos artistas na festa, tópico que também foi queixa da cantora Alinne Rosa. Segundo o compositor, em alguns momentos, ele desfilou com o trio apagado.

 

"A gente precisa rever com toda a estrutura do carnaval. Quinta-feira mesmo, a gente faz o Bloco da Capoeira, que está marcado ali, ele saía às 18 horas, e disse, pô, meu horário era muito bom. Aí depois, eu sempre buscava apoio do trio, o trio nunca chegava no horário, então se chega no horário desligado, apagado, isso não é uma culpa minha, A culpa é da gestão do Carnaval, de quem promove o Carnaval. E isso termina nos complicando, desgasta."

Música do Carnaval precisa ser extraída dos trios, afirma Tonho Matéria sobre disputa por hit folia
Foto: Teo Akuma

Receber o título de 'Música do Carnaval' se tornou desejo de muitos artistas que desfilam nos circuitos da folia durante os seis dias de festa na capital baiana. Desde os mais novos, que entendem como uma forma de dar o pontapé na carreira e se inserir de vez no mercado, aos veteranos que pensam no troféu como um reconhecimento de uma longa trajetória na música.

 

Há quem diga que não se importe com o rótulo mesmo disputando o troféu e fazendo campanha por ele, mas uma coisa é certa, na quarta-feira de cinzas, os foliões estão em busca do resultado da enquete: qual é a música do Carnaval.

 

Para o cantor, compositor e capoeirista Tonho Matéria, de 59 anos, a escolha do hit da folia é feita de forma errônea. Responsável por grandes sucessos do Carnaval como 'Menina Me Dá Seu Amor',' Se Me Chamar Eu Vou', 'Dia dos Namorados', o artista acredita que a análise deveria ser feita pelo que toca nas ruas durante os dias de festa e não o que precede os seis dias de folia.

 

"A competição, para mim, é com aquilo que não toca no rádio. Hoje, precisa tocar no rádio para ser música do Carnaval. Mas eu entendo que a música do Carnaval precisa ser daquilo que é extraído de cima dos trios. O pessoal faz sua síntese, suas análises, a memorização dos refrãos e aquilo que é mais tocado é a música do Carnaval", afirma.

 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Tonho explicou a tese. Segundo o artista, foi durante a folia que o público elegeu grandes hinos da festa que acabaram ganhando as rádios de todo o Brasil. Para o músico, a forma de escolher o hit da folia atualmente chega a ser desmotivador para quem compõe.

 

"Se fosse dessa forma, a gente teria muitas boas produções. Porque como é que eu vou fazer uma música do Carnaval pensando no Carnaval se eu já sei que a música de fulano de tal já está recebendo investimento? Não me dá tesão de escrever uma música do Carnaval. Eu acho que a música precisa ser extraída da festa, com o folião pipoca sem conhecer a música. Assim foi 'Avisa Lá', assim foi 'Requebra', assim foi 'Faraó', assim foi com 'Desejo Egotismo', foi com 'Baianidade Nagô', a música do Carnaval é aquela que sai do Carnaval".

 

Foto: Bianca Andrade/ Bahia Notícias

 

Sem participar da disputa para o título de música do carnaval em 2024, o artista irá desfilar no Furdunço no dia 4 de fevereiro, e também vai levar o Bloco da Capoeira para os circuitos oficiais da festa pelo 16º ano. Neste ano, o bloco, que durante a folia emprega 650 pessoas, levará para a avenida o início de tudo através do tema "Nas asas das tecnologias africanas". A ideia do artista é informar para a nova geração a participação de figuras negras em grandes feitos da humanidade.

 

"A gente vai estar contando a história dos grandes criadores negros tanto em África como nas diásporas. Aqui no Brasil nós temos o Ilê Aiyê, Vovô e Apolônio que são os criadores dos blocos afro, temos Neguinho do Samba que é criador do samba reggae, nós temos Nelson Maleiro que foi criador dos tambores que todo mundo toca aí. Vamos estar reverenciando esses criadores em um projeto que vai ser muito lindo. Temos uma cartela de cores baseada no neon para acender a cidade com uma consciência de mostrar quem criou primeiro. Vamos mexer com a consciência dos jovens para eles entenderem que eles podem", conta o artista.

 

 

O capoeirista entende que, além da curtição, há espaço para aprendizado e reflexão durante o Carnaval. "As pessoas precisam entender que dentro da folia também é lugar de estudo. Não é só pular o Carnaval, tem espaço para pesquisar, analisar, entender o que você está cantando e levando para o público que irá ficar para o dia a dia e que tem potencial de transformar comunidades".

 

Contemplado pelo edital Ouro Negro, que neste ano assiste 132 entidades com o apoio financeiro às entidades de matrizes africanas como blocos afro, afoxés, samba, reggae e blocos de índio, para a realização dos seus desfiles durante a folia, Tonho celebra o fato dos blocos afro serem os homenageados tanto pelo Governo quanto pela Prefeitura em 2024, em especial o Ilê Aiyê que completa meio século de história e resistência.

 

Foto: Teo Akuma/ Instagram

 

"Tem uma frase de Buziga que ele fala que a evolução da raça pode abalar o mundo. O que o Ilê provocou durante esse período de existência é nada mais nada menos que dialogar com o Estado brasileiro, com o município, com a Bahia, que bloco afro é o que mais se aproxima da comunidade e quem mais transforma. É daqui que saem grandes profissionais, músicos, engenheiros, médicos, advogados. Então é de grande importância que o estado e o município isso, para proporcionar que o afro salve mais vidas e que as nossas comunidades não fiquem sangrando".

Tonho Matéria faz homenagem ao axé na próxima edição do Culinária Musical
Foto: Divulgação

Idealizado pelo afrochef Jorge Washington, o Culinária Musical realiza sua 59ª edição no dia 9 de fevereiro, a partir das 12h, na Casa do Benin, situada no Pelourinho, em Salvador. No cardápio, a tradicional maxixada de carne seca, carro-chefe do projeto, e a feijoada do Jorge.


Já a música ficará por conta de Tonho Matéria, que fará um show em homenagem ao axé music, com participações especiais de Lucas Di Fiori (Olodum) e Marquinhos Marques (ex-Olodum. No repertório, hits que embalaram a história do carnaval baiano.


O evento contará ainda com um desfile da Afrolook, grife criada por Angela Duarte em 2018, com a proposta de vestir pessoas com identidade africana, além de divulgar a cultura afro-brasileira e as religiões de matriz africana por meio da moda. 


SERVIÇO
O QUÊ:
Culinária Musical
QUANDO: Domingo, 9 de fevereiro, das 12h às 17h30
ONDE: Casa do Benin – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR:  Acesso R$20 (em espécie) | Prato R$ 30 e R$ 15 (meia porção)

Sarau do Culinária Musical recebe Tonho Matéria e Graça Onasilê neste domingo
Foto: Divulgação

O sarau do Culinária Musical realiza no próximo domingo (14) diversas atividades na casa de Castro Alves. O evento será embalado pelo samba do Partido Popular com participações de Tonho Matéria e Graça Onasilê. Para esta edição, o afrochef e anfitrião Jorge Whashington também convidou a grife de roupas Agudá que irá realizar um desfile, além da performance teatral do grupo Caratapa e da exposição da marca de brinquedos afirmativos Amora. A famosa maxixada e o arrumadinho de carne de fumeiro serão os pratos servidos pelo afrochef.

 

O evento ocorre das 12h às 17h no imóvel vizinho à Igreja do Passo, no Carmo. A entrada custa R$15 (em espécie) e o prato individual R$30 (em espécie e no débito). Ao longo da sua existência, a interação dessa troca de energia já foi experimentada, entre outros, por Lazzo Matumbi, Alexandre Leão, Jackson Costa, Roberto Mendes, Magary Lord, Carlos Barros, Fábio Santana, Célia França, Denise Correia, Dão, Firmino de Itapuã, Gerônimo, Mário Ulloa, Jack Elesbão, Lívia Natália e Nelson Maca. A iniciativa também já foi palco para intervenções poéticas, desfile de moda, lançamento de livro e performances de dança.

 

Serviço:
O que:
  Culinária Musical
Quando:  14 de outubro de 2018, das 12h às 17h
Onde: Casa de Castro Alves, Rua do Passo, nº52, Santo Antônio Além do Carmo
Quanto: R$15 (entrada em espécie) e prato R$ 30 (em espécie e no cartão de débito)

Líder em enquete sobre novo vocalista do Araketu, Tonho Matéria dispara: ‘Não morri’
Fotos: Reprodução / Facebook
Tatau ainda não deixou o Araketu, mas o público já pensa em nomes que poderiam substituir o cantor no tradicional grupo afro baiano. E, segundo enquete realizada na coluna Holofote do Bahia Notícias, Tonho Matéria é o mais lembrado para ocupar o posto. No momento o artista, que foi vocalista do 'Ara' na década de 80, continua o trabalho na carreira solo, com shows internacionais e lançamento de CD. Segundo ele, em entrevista ao BN, sua passagem pela banda foi um sucesso e ele não fecha portas para um retorno. "O Araketu foi uma escola, foi onde eu coloquei pela primeira vez a capoeira no palco", lembra o cantor. No entanto, ainda não surgiu um convite para assumir os microfones. "Se o Araketu me fizer um convite, se a gente puder fazer um bom trabalho, é uma entidade pela qual eu tenho um carinho muito grande. Eu e a Vera [Lacerda, fundadora do grupo], nós nunca tivemos problemas, somos amigos e sempre tive as portas abertas para ela. Se isso acontecer, acho bacana, mas hoje não sou simplesmente cantor. Tem muitas coisas que tem que ajeitar, já que eu promovo formação cidadã com música, capoeira...", explicou o músico ao BN.
 

O artista, que acaba sendo lembrado mais recentemente por músicas como "Melô do Tchaco" e "Rum Bragadá", sucessos nos anos 1990, é autor de diversas canções que ganharam o Brasil. O 'Tonho Matéria compositor' tem a autoria de muitas músicas para o Olodum e o Araketu - bandas que já liderou -, além de sucessos em outras vozes. Clássicos como "Arco-Íris Madagascar" (Olodum)"Dia dos Namorados", "Auê" (Cheiro de Amor, com Márcia Freire) "Se Me Chamar Eu Vou", "Reino de Daomé", "Sonho Aventureiro", "Cara ou Coroa", "Encontro dos Orixás", "Araketu Semente da Memória", entre tantas outras. O CD "Cantando História", de dezembro de 2013, conta com regravações desses e de outros sucessos, como "Menina Me Dá O Seu Amor", "Durvalino meu Rei", "Olodum Pra Balançar" e o famoso "Melô do Tchaco".
 

Tonho falou também sobre o momento atual da música afro-baiana. Para ele, os blocos estão perdendo a essência das músicas antigas. "A música da Bahia ficou muito na questão do mexer a mão, mexer bundinha. A música pode fazer uma transformação na sociedade baiana. Eu tenho um projeto de um festival só com samba reggae e músicas antigas dos blocos afro. Cantei músicas do final da década de 70 para o começo de 80, e essa música fica no subconsciente das pessoas, e o Araketu é uma entidade que tem inúmeras canções, e precisa fazer essa releitura. Vera me ligou na semana passada e perguntou se eu tinha alguém para colocar para cantar no Araketu", revelou. Segundo ele, a permanência de Tatau à frente da banda não deve durar muito mais. "Ela me comunicou, dizendo que não dá mais para eles viverem essa parceria. Ela própria não quer mais. Ela não disse que queria que eu fosse, só perguntou se eu sabia de um cantor para indicar", comentou.
 
 
O cantor afirma que tem uma boa relação com Tatau, mas não falou com ele desde a conversa com a produtora e proprietária do grupo e a enquete do Bahia Notícias. "Eu e Tatau, a gente está sempre conversando, ele é um amigo irmão meu, temos uma amizade muito bacana. A gente não se falou desde que eu vi essa enquete, vou deixar para ver o que vai acontecer. Continuo fazendo minhas coisas. Vi que as pessoas, mesmo eu não estando nas TVs ou nas rádios, ainda me admira, gosta do meu trabalho. Vi gente falando mal também. Como disse Nelson Rodrigues, 'toda unanimidade é burra', mas tem muita gente se posicionando bem", afirmou. O artista aproveitou para agradecer pela lembrança do BN. "Achei interessante, porque tem muito tempo que não sou citado, que artistas não me convidam. Isso me comoveu, deu um upgrade na minha possibilidade de continuar. Eu não morri", avisou.
 

E não morreu mesmo: Tonho tem shows programados para Cingapura, China e Estados Unidos, além do lançamento do novo CD, que trará participações de peso como Saulo, Bell Marques, Beto Jamaica, Marcia Freire e Reinaldo do Terrasamba. "Se rolar o Araketu, viro esse repertório para lá, teria que ver como fica", comentou. Ele encerrou a entrevista falando da banda que tanto admira. "Quero que o Araketu volte a ser uma banda de referência. A gente precisa da música do grupo Araketu e se, por acaso, eu retornar, acredito que conseguirei fazer um grupo com posicionamento diferente", concluiu.
Feijoada e música dão o tom da terceira edição do 'Iemanjá Black' no Sunshine Bar
Durante os festejos de celebração a Rainha do Mar, o Rio Vermelho sediará a terceira edição do Iemanjá Black. Promovido pelo ator Jorge Washington, do Bando de Teatro Olodum, e pela estilista Madá (da Negrif), o evento acontece no dia 2 de fevereiro, a partir das 11h, no Sunshine Bar (próximo à Colônia de Pescadores Z1 do Rio Vermelho). No almoço, será servido feijoada.

Nesta edição, a música fica por conta da cantora e atriz Denise Correia com a banda Na Veia da Nêga e do grupo Samborim. Haverá participações do ator Érico Brás (conhecido por personagens como Reginaldo de "Ó paí, Ó" e o Jurandir de "Tapas e Beijos") – que está em cartaz na cidade com o espetáculo 'Orfeu Canta para Vinicius', no Café Teatro Rubi-Sheraton –, Tonho Matéria e Savannah Lima.
 
O kit de acesso (camisa com estampa exclusiva da Negrif com imagem estilizada de Iemanjá e ticket da deliciosa feijoada) está disponível – R$ 50 (individual) e R$ 80 (casadinha até o dia 30) – na Boutique da Negrif, Rua Carlos Gomes Edf. Bariloche, nº 616, Dois de Julho (depois da Central das Bolsas), das 10h às 18h horas. O espaço do evento tem capacidade para 500 pessoas e é climatizado.

Serviço
O QUÊ: Iemanjá Black, 
QUANDO: 2 de fevereiro
QUANTO: R$ 50 (individual) e R$ 80 (casadinha até 30 de janeiro)
ONDE: Sunshine Bar, Rua Guedes Cabral, 20 - Rio Vermelho(próximo à Colônia de Pescadores Z1).

Artistas baianos participam do Brazilian Day

Artistas baianos participam do Brazilian Day
Pepeu Gomes é um dos baianos no Brazilian Day
Os artistas baianos Pepeu Gomes e Tonho Matéria participaram do Brazilian Day, na cidade de San Diego, nos Estados Unidos. Pepeu e Tonho animam o evento neste domingo (18), que além de show, também conta com desfile de alas de capoeira, dança afro, samba reggae e percussão. A festa ainda terá carros alegóricos e comidas tipicamente brasileiras.

O Brazilian Day em San Diego deve reunir 10 mil pessoas, no bairro de Pacific Beach, e também acontece todo ano na cidade de Nova York.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia
O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

Mais Lidas