Artigos
Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças
Multimídia
Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
sister nancy
A banda BaianaSystem fez no Afropunk Brasil o que ela faz de melhor: misturar ritmos e exaltar afrolatinidade. O que poderia ser um show comum da banda, que já seria bom demais, se tornou uma festa eletrizante dedicada ao reggae.
Com a participação da artista Sister Nancy, grande ícone do reggae, e Larissa Luz, grande parte do show foi dedicada ao instrumental. Para Russo Passapusso, a exaltação do ritmo latino já é uma marca da banda.

“[O reggae] Simboliza a cultura de paz, identidade, um povo jamaicano que permite que a gente misture as tradições, misture as raízes. A gente nasce aqui - eu sou do interior, Beto é dessa Bahia molhada -, e a gente sabe que a permissão da Jamaica em trabalhar e abrir portas para que a gente possa costurar nossas letras também, do samba, das relações do reggae, é muito importante”, afirmou ao Bahia Notícias.
Segundo ele, a música jamaicana, que já penetrou na cultura e na musicalidade baiana, representa um modelo de “protesto pacífico” em torno de pautas sociais importantes.
“Eu vejo uma mensagem de paz, que é importante nos dias de hoje. Tudo que a gente sabe que sofre, esse reggae que bate e a gente não sente dor, essa mensagem que faz a gente se sentir feliz mesmo sabendo de todos os nossos problemas. Esse protesto de sorriso. A música jamaicana traz isso”, explica.

E para ele, ressaltar a força feminina é ainda mais importante: “A gente está com uma guerreira, mulher, forte. Vocês sempre veem a gente falar de Augustus Pablo, v. Spy, Gregory Isaacs, vão ver a gente falar das mulheres do reggae, Sister Nancy e outras mais. Então aumenta o som e ouve a voz feminina no reggae.”
Mas a passagem da banda pelo Afropunk não parou por aí. Além da mensagem trazida pela banda e um início de show relativamente calmo, a banda transformou o Parque de Exposições em uma grande roda, que com direito a sinalizadores e o saci pererê regendo a curtição do público.
O AFROPUNK Brasil anunciou, nesta quarta-feira (11), mais uma atração para a edição 2025 do evento, que acontece nos dias 8 e 9 de novembro, no Parque de Exposições. A DJ Sister Nancy, referência do dancehall jamaicano, se encontrará no palco com o grupo BaianaSystem.
Pela primeira vez na Bahia, Sister Nancy é uma figura seminal do reggae e primeira mulher a se destacar no dancehall jamaicano, um ícone de resistência em um gênero historicamente dominado por homens. Sua faixa "Bam Bam", amplamente sampleada por artistas como Lauryn Hill, Jay-Z, Kanye West e Run-DMC, é considerada um hino transgeracional e foi eleita pela Pitchfork como a melhor música de dancehall de todos os tempos.
Para o vocalista Russo Passapusso, o show com Sister Nancy é “uma celebração do que nos formou, que nos inspira até hoje. É sobre ancestralidade, mas também sobre o futuro”. Segundo Roberto Barreto, músico responsável pela guitarra baiana contemporânea que marca o som do grupo, “a voz de Sister Nancy sempre esteve conosco, mesmo antes de sabermos. Este show é uma volta ao ponto de partida – e um salto para o que ainda está por vir”.
Confira o line-up confirmado até agora:
Jorja Smith
BK’
Péricles
Liniker
BaianaSystem
Sister Nancy
ÀTTØØXXÁ
Budah
Núbia convida Muzenza
MC Luanna
Os Garotin
DJ Boneka
DJ Umiranda
SERVIÇO
AFROPUNK Brasil 2025
Datas: 8 e 9 de novembro de 2025
Local: Parque de Exposições de Salvador
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".