Artigos
Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças
Multimídia
Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
semana nacional de ciencia e tecnologia
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcius Gomes, destacou nesta quarta-feira (5) a importância da Bahia sediar a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento ocorre no Farol da Barra, em Salvador, e é promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti).
A iniciativa reúne instituições científicas, escolas, pesquisadores, professores, estudantes e turistas, com o objetivo de popularizar a ciência e valorizar a cultura oceânica.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Marcius Gomes lembrou que a SNCT é regulamentada por portaria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o estado vem acompanhando a política nacional de incentivo à ciência.
“Para nós do Estado, que tem mais recentemente no mês de maio, que sancionou uma lei e um decreto falando da popularização da ciência no Estado da Bahia como lei, com intencionalidades, o dia de hoje é de celebração dos investimentos do governo do Estado, que passa aí de investimentos de editais da Fapesb, de investimentos na educação básica, com novos laboratórios, novas escolas. Tem uma série de agendas que apontam justamente o desenvolvimento da ciência no Estado como ponto e como matriz para o desenvolvimento econômico e social também”, declarou.
O titular da Secti também ressaltou a importância de aproximar os jovens das atividades científicas. Segundo ele, a ligação entre ciência e educação é essencial para despertar o interesse estudantil.
“Essa leitura do vínculo com a educação é natural porque quando a gente fala em popularizar a ciência o principal público é a juventude. E a juventude está na escola e a educação já tem um trabalho de mais de 16 anos com a educação científica. A gente está reafirmando esse lugar potencializando com investimentos e com editais", disse.
"Esse lugar da criatividade, das experiências, de resolver problemas sociais, locais, em cada território da Bahia, passa por essa relação com a educação básica. Mas nós temos dito, onde tem ciência, tecnologia e inovação, tem governo do Estado, na segurança pública, na saúde, na educação, na infraestrutura, uma série de agendas de uma pasta que transversaliza suas políticas”, acrescentou.
Com o tema voltado à sustentabilidade e à cultura oceânica, a edição deste ano da SNCT também dialoga com as discussões climáticas da COP30, que será realizada em Belém, no Pará. Marcius Gomes destacou que a programação da Semana foi pensada para estimular reflexões sobre meio ambiente e mudanças climáticas.
“Refletir sobre os três grandes eixos da Semana Nacional, que naturalmente foi direcionado para essa reflexão da COP20. Planeta, água, cultura oceânica e as mudanças climáticas. Então é natural que no dia de hoje nós também estamos atentos, enquanto governo do Estado, enquanto Bahia, para as demandas que estão surgindo com a COP30. E a possibilidade de estar recebendo, por exemplo, aqui hoje o presidente Macron com jovens da África, significa justamente essa necessidade de estabelecer intercâmbios para discutir as questões climáticas, que é uma questão mundial”, pontuou o secretário.
A Bahia sedia, a partir desta terça-feira (22), uma nova edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), uma das principais ações de popularização científica do país. Com o tema “Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, o evento terá atividades em mais de 25 municípios e marca um novo momento da política estadual voltada à difusão da ciência, conforme destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, Marcius Gomes.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário ressaltou que a SNCT 2025 integra uma agenda estratégica do governo federal, articulada à nova lei baiana de popularização da ciência, sancionada em maio deste ano — a primeira do tipo no país. “Há um reconhecimento do atual governo no sentido de valorizar ainda mais as experiências que surgem na escola, nas comunidades tradicionais, na academia e nas universidades. Hoje temos um instrumento normativo que orienta essa política em nível estadual”, explicou Gomes.
A edição baiana foi estruturada em três eixos principais: cultura oceânica, mudanças climáticas e o planeta água. As ações serão distribuídas por cidades de diferentes territórios de identidade, incluindo Juazeiro, Paulo Afonso, Camaçari, Ituberá, Cruz das Almas e Taperoá, entre outras.
Segundo o secretário, a descentralização é uma das prioridades do governo. “Nós temos buscado levar as atividades de ciência e tecnologia para além da capital. É uma estratégia de governo descentralizar essas ações e aproximá-las das realidades locais”, afirmou.
Em Camaçari, por exemplo, a escolha se deu por conta do litoral extenso e dos desafios ambientais da região, enquanto em Juazeiro, no norte do estado, o foco das discussões será a desertificação. “Reconhecemos que a Bahia, entre os estados da federação, tem o maior litoral, o que nos impõe o debate sobre a economia azul — que envolve pesca, transporte, bioeconomia marítima e outros setores. Ao mesmo tempo, precisamos refletir sobre a escassez de água no semiárido, as nascentes e o Rio São Francisco”, pontuou.
A Semana também servirá de palco para a instalação oficial do Comitê de Popularização da Ciência da Bahia, previsto na lei estadual. O ato está programado para ocorrer na quarta-feira (23), no Farol da Barra, com a presença do governador Jerônimo Rodrigues.
“A lei define mecanismos de acompanhamento e desenvolvimento de estratégias de popularização da ciência. Nenhum outro estado possui algo semelhante. Essa é uma conquista que reforça o compromisso da Bahia com a democratização do conhecimento”, destacou o secretário.
Entre as entregas previstas estão o lançamento do selo “Bahia Faz Ciência” e a divulgação de projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Segundo Gomes, os investimentos somam mais de R$ 60 milhões entre 2023 e 2025.
Além de palestras e exposições, a programação inclui oficinas, mostras de robótica, rodas de conversa com pescadores e marisqueiras, experiências imersivas em óculos 3D, e visitas ao Museu Náutico da Bahia, no Farol da Barra.
“O ambiente da ciência é um ambiente de criatividade e curiosidade. A ideia é aproximar as pessoas da pesquisa, mostrar que ela está presente no dia a dia e pode transformar realidades”, resumiu Gomes.
Segundo ele, a SNCT também valoriza o papel das escolas e universidades. “A educação básica tem se destacado na produção científica. São mais de dois mil projetos submetidos anualmente por estudantes e professores, muitos deles voltados a desafios locais. A ciência precisa estar onde o povo está”, concluiu.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".