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Dois jovens de Ipupiara, na Chapada Diamantina, desenvolveram uma pomada e um xarope à base de aroeira, planta nativa conhecida pelas propriedades medicinais. A iniciativa partiu de Marcos Wesdras e Ana Kaylla, estudantes do Colégio Democrático Estadual Castro Alves, com orientação do professor Edippo Geovanni Dias. A meta visa integrar o saber popular ao conhecimento científico, com foco em soluções naturais e acessíveis para a saúde da população.
Na aroeira – amplamente usada por comunidades tradicionais para tratar inflamações, feridas, queimaduras leves e infecções de pele – tem na casca compostos bioativos com propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas, como explica o professor Edippo Dias.
“Essas características tornam a planta muito útil no tratamento de feridas, queimaduras leves, infecções de pele e irritações, sendo a casca a principal fonte desses compostos bioativos”, disse. Conforme a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a ideia do projeto surgiu a partir da observação de práticas comuns entre os moradores locais, especialmente os mais velhos.
“Nossa principal motivação foi valorizar o saber popular, integrando-o ao conhecimento científico, além de desenvolver um produto natural e acessível que pudesse, futuramente, beneficiar a saúde da população”, afirma a estudante Ana Kaylla. Atualmente, os produtos estão em fase de testes primários.
O projeto conta com o apoio da Secretaria da Educação da Bahia (SEC) e busca ampliar as ações. A próxima etapa do projeto envolve a melhoria das formulações da pomada e do xarope, além da busca por parcerias com universidades e instituições de pesquisa. “Queremos expandir o projeto e desenvolver outros produtos à base de plantas medicinais”, afirma Ana.
Alunas de um colégio de Uruçuca, no Sul baiano, desenvolveram um vinagre artesanal que tem o caldo da cana como matéria-prima. O projeto foi idealizado pelas alunas Mayelen Sena e Lavínia Lívia de Santos, com orientação do professor Valério Araújo, no Colégio Estadual do Campo de Serra Grande.
A iniciativa, que alia saberes ancestrais e geração de renda para a comunidade local, foi divulgada pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). De início, o projeto tem potencial para ser comercializado em pequena escala.
Conforme o Centro Tecnológico de Pesquisa e Produção de Alimentos (CTPPA), o vinagre de caldo de cana oferece benefícios à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, auxílio na digestão e fornecimento de aminoácidos essenciais, nutrientes que não são produzidos pelo organismo e devem ser obtidos por meio da alimentação.
A proposta também tem como base uma receita ancestral. “As receitas ancestrais têm um valor gigante porque fazem parte da nossa história. Aprender com o que os mais velhos faziam é uma forma de manter viva a nossa cultura”, afirma a estudante Mayelen Sena.
Com apoio da Secretaria da Educação do Estado (SEC), o projeto estimula o empreendedorismo jovem e busca contribuir com a autoestima da comunidade.
As colegas já planejam vender o vinagre em eventos regionais e, dependendo da aceitação do produto, pretendem criar uma loja física. “Nosso objetivo é oferecer uma alternativa viável para consumidores e também atrair possíveis investidores”, completou Lavínia Lívia.
Alunos de um colégio de Lamarão, na região sisaleira, usaram sementes de moringa e casca de mandacaru para desenvolver uma técnica alternativa e sustentável para purificação da água. A experiência surgiu no Colégio Estadual Dr. Jairo Azzi, conduzida por Anne Caroline Nogueira e Clara Bispo, sob orientação do professor Djanderson Nascimento.
Segundo a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a iniciativa surgiu da necessidade de encontrar soluções viáveis e acessíveis para o tratamento de água turva em regiões que enfrentam escassez hídrica e têm acesso limitado a tecnologias convencionais.
Foto: Divulgação / Secti
Conforme o professor Djanderson, os testes realizados mostraram que a combinação das sementes apresenta eficiência superior a 90% na remoção da turbidez da água, alcançando resultados comparáveis aos de coagulantes químicos tradicionais, como o sulfato de alumínio.
“A moringa é responsável por reduzir a turbidez, enquanto o mandacaru atua como agente bactericida, inativando microrganismos remanescentes”, explicou Djanderson. O docente também destacou que o método não gera resíduos tóxicos, o que reforça o caráter sustentável da proposta. A motivação para o projeto se apoia em dados do Instituto Trata Brasil, que apontam que, em 2022, cerca de 7,7 milhões de residências no Nordeste não recebiam água tratada diariamente.
“O projeto visa melhorar a qualidade de vida das comunidades do semiárido, onde muitas vezes a única fonte de água são poços e açudes, que costumam conter água barrenta”, afirmou a estudante Anne Caroline.
Além do aspecto científico, a iniciativa tem um forte componente social e educacional. O trabalho foi apresentado na Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), com apoio da Secretaria da Educação do Estado (SEC), e representa um exemplo de como a educação pode gerar impactos positivos na comunidade.
A equipe pretende agora expandir os testes e divulgar a técnica para que possa ser adotada em outras localidades do semiárido baiano. A proposta faz parte da série Bahia Faz Ciência, uma iniciativa da Secti, que destaca semanalmente projetos científicos desenvolvidos por baianos em diversas áreas do conhecimento.
Duas estudantes de um colégio de tempo integral em Andorinha, no Piemonte Norte do Itapicuru, desenvolveram um bioplástico a partir de um cacto da caatinga, o facheiro. A iniciativa é das alunas Ana Clara Moreira e Emiliane Nery, do colégio estadual sob orientação da professora Rebeca Miranda. O fato foi assunto da série de reportagem da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
A escolha do facheiro para a experiência se deve à disponibilidade na região. Além disso, o bioplástico desenvolvido pode gerar emprego e renda. “O projeto tem potencial para fomentar a geração de empregos na comunidade, uma vez que a ampliação do cultivo do facheiro poderá estimular atividades econômicas associadas, promovendo simultaneamente sua valorização e conservação. Em escala global, a iniciativa contribui para a mitigação da geração de resíduos sólidos, favorecendo a preservação ambiental e a sustentabilidade do planeta”, diz a estudante Ana Clara.
O bioplástico, desenvolvido com o apoio da Secretaria da Educação (SEC), foi testado e, de acordo com Ana, apresentou resultados animadores. “Com os testes e as técnicas que usamos na produção, vimos que o resultado é promissor. Conseguimos um produto com bom aspecto, que abre caminho para algo de qualidade ainda melhor. O facheiro, além de resistente, é fácil de encontrar e tem baixo custo. Ao analisar as características do material, percebemos que ele pode substituir plásticos derivados do petróleo, sendo, assim, uma alternativa biodegradável, já que sua decomposição ocorre entre 6 e 12 meses”, afirma.
Em 2022, cada brasileiro gerou, em média, 64 quilos de resíduos plásticos, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos.
Estudantes de um colégio em tempo integral em Guanambi, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, estão criando um produto natural para combater a acne. A experiência – que tem como base o tomate-cereja – foi desenvolvida pelas estudantes Valéria Pereira e Eduarda Diamantino, sob orientação da professora Elizangela Souza, no Colégio Estadual Governador Luiz Viana Filho.
A orientadora do projeto conta que a iniciativa nasceu a partir de uma experiência pessoal vivida em sala de aula. “A ideia surgiu a partir de uma aluna, Valéria, que utilizava o tomate-cereja como esfoliante na pele e para remover cravos, espinhas e excesso de oleosidade.
Então, pensando nisso, ela se organizou com mais uma colega e foram pesquisar, fazer uma busca de artigos que já tivessem feito pesquisas envolvendo o tomate-cereja no tratamento de acne”, explicou a professora. A acne é uma doença inflamatória da pele causada pela obstrução dos folículos pilosos por sebo e células mortas. No país, em torno de 56% da população sofre com acne, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A equipe, que conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC), já finalizou a fase de análise do produto.
“Foram realizados testes com as próprias alunas e mais quatro pessoas, totalizando seis voluntários que utilizaram o creme durante um mês. Os resultados foram positivos, principalmente em relação à redução da oleosidade da pele e no controle da acne”, relata Elizangela. O projeto feito em Guanambi foi divulgado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
A Bahia tem mostrado um trabalho continuo na popularização da ciência desde o ano de 2023, ao investir cerca de R$ 9 milhões por meio de editais lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
Esses investimentos ampliam o acesso ao conhecimento científico, fomentar a pesquisa e a inovação tecnológica, além de promover a aproximação da ciência com a sociedade em geral.
Editais como: “Metaverso no 2 de Julho”, “Apoio à publicações científicas e tecnológicas” e “Apoio a eventos científicos e de popularização das ciências – Eventos/Popciências”, lançados pela Fapesb, são instrumentos importantes para fomentar a ciência e o conhecimento em diversas áreas.
O diretor-geral da Fapesb, Handerson Leite, avalia que a rápida expansão científica e tecnológica tem mudado a vida das pessoas. “A ciência e a tecnologia invadiram o cotidiano e não podem mais ser entendidas apenas pelas elites. Além disso, a população jovem, cada vez mais cedo, precisa se aproximar do mundo científico, pois o desenvolvimento dos países dependerá de pessoas altamente qualificadas. O processo de popularização da ciência é hoje uma importante ação desenvolvida pela Fapesb”, reforçou.
Para Eraldo Medeiros, professor do Programa de Pós-graduação de Ecologia e Evolução da Faculdade Estadual de Feira de Santana (Uefs), contemplado em um edital de popularização da ciência, a existência de editais como o Popciências Eventos, por exemplo, é essencial para garantir que a ciência chegue a todos os cantos da Bahia.
“No meu caso, que coordenei o II Colóquio de Botânica Cultural da Uefs, realizado na primeira semana de setembro, pude ver o brilho nos olhos de jovens e adultos ao ouvirem, de forma prática e informativa, as diversas interações que os seres humanos desenvolveram com o universo das plantas. Esse tipo de apoio é vital para mostrar que a ciência não é uma realidade inacessível e elitizada, mas sim uma ferramenta poderosa que pode ser compreendida e utilizada por todos. Além de inspirar futuras gerações de cientistas, essas ações fortalecem a relação da população com a ciência, promovendo uma visão mais crítica e informada sobre o mundo ao nosso redor”, destacou Medeiros.
Alunos de um colégio estadual de Santa Bárbara, no Portal do Sertão, desenvolveram velas aromáticas a partir de um fruto bem peculiar, o maracujá do mato. A iniciativa leva em conta a procura das pessoas por ingredientes de origem natural para cuidados pessoais.
Um levantamento divulgado pela empresa de pesquisa de mercado, Kantar Worldpanel, apontou que 50% dos consumidores do setor de bem-estar optam por esse tipo de produto. Diante do cenário, Kelly dos Anjos e Maria Clara Oliveira, que estudam no Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, começaram a pesquisa tendo como ingrediente principal o maracujá do mato.
Foto: Carolaine Ferreira Estela / Secti
Também conhecido como maracujá da caatinga, o fruto é abundante na região e popular pelas propriedades medicinais que apresenta. O produto é uma possível alternativa de empreendimento sustentável. “Para este projeto, elaboramos uma solução natural, que, além de evitar o desperdício de uma fruta farta em nossa região, promove o comércio local, já que prezamos pela popularização da receita das velas à base de maracujá do mato”, explica Maria Clara.
Segundo a Secretaria de Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o projeto está integrado à chamada cultura maker, ou "faça você mesmo", que promove práticas artesanais, valorizando a biodiversidade. O maracujá do mato ainda conta com aroma mais suave e fresco do que o maracujá comum, tornando-o componente ideal para um produto que proporciona relaxamento.
O projeto, que integra o Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação, conta com a orientação da professora Hevelynn Martins, responsável por introduzir o curso de velas artesanais na educação das jovens cientistas.
Nesta quinta-feira (26), O edital Incite 2 marcou o encontro entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), o objetivo é o debate que apoie o investimento em pesquisas que impactem de forma positiva os esportes de alto rendimento. A reunião entre os representantes do Conselho Estadual de Esporte e Lazer detalhou as oportunidades do edital da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que tem investimento recorde de R$ 43 milhões para a criação de novos Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Presente na agenda, o chefe de Gabinete da Secti, Marcius Gomes, destaca a importância da diligência do Governo do Estado em discutir políticas públicas que conversem com diversas áreas do conhecimento na implementação de novas tecnologias. “A pauta do esporte ganha importância no sentido de que a gente precisa fortalecer esse grande ecossistema que envolve pesquisadores da área da educação física, nutrição, fisioterapia, área de saúde como um todo, terapeuta ocupacional", lista.
Para o diretor Geral da Sudesb, Vicente Neto, Ações em conjunto com diferentes instâncias de governo servem para garantir participação coligada. “É a orientação do governador Jerônimo Rodrigues, a busca de ações transversais entre as secretarias para otimizar o investimento e garantir a participação coletiva”, diz. Neto ressalta a importância desse primeiro investimento e deixa em aberto a possibilidade de parcerias futuras. “Um edital concretizado dessa forma, na área da alta performance, é a primeira vez. É do interesse do Conselho e dos seus integrantes que essa parceria dê certo e que seja o primeiro de muitos editais”.
Secretário da Setre, Davidson Magalhães, destaca a comunhão entre as pastas. “Agora, a parceria também no esporte para melhorar treinos, indicadores e performance dos nossos atletas. Esse edital é um estímulo a pesquisadores da Bahia para fazerem um esforço no sentido de desenvolver novas tecnologias para o esporte, especialmente o de alto rendimento”.
Cursos de programação acessível para comunidade soteropolitana são a oferta do ProgramAÊ, uma iniciativa que oferece diversas qualificações na área de programação, em diferentes níveis, linguagens e aplicações, construídos com foco em aprendizado e nas práticas do mercado de trabalho.
Os cursos são fruto da parceria entre a Secti (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Digital Innovation One, maior ecossistema de aprendizado de programação do Brasil. Além disso, o projeto visa aumentar vagas de emprego e oportunidade para empreendedores no Brasil e no mundo aprenderem mais sobre o mundo digital. Os cursos vão desde a área de programação básica até inteligência artificial generativa, ofertados em diferentes épocas do ano - é importante acompanhar o calendário divulgado pela Secti para saber quando se inscrever.
São oferecidas oportunidades como "Desenvolvimento de jogos", "Primeiros passos para criação de sites", "Desenvolvimento em Java com IA", entre outras chances de formação para ingressar no mercado de trabalho com conhecimentos importantes para a área de tecnologia. Para iniciar o curso basta acessar o site do ProgramAÊ e selecionar um nível da formação que deseja iniciar.
Pensando na alta dos preços dos produtos e serviços para cabelos cacheados e crespos, as estudantes baianas Stéfane de Souza, Laysa Amaral e Janaína Oliveira desenvolveram um tônico capilar, de baixo custo, a partir da folha goiabeira e do óleo de coco. Pelo projeto inovador, o grupo recebeu a medalha Meninas e Mulheres na Ciência II.
As jovens identificaram que os produtos para cabelos crespos e encaracolados tem um valor acima do estimado, dificultando que o público-alvo mantenha os cabelos naturais. Segundo Stéfane, a escolha dos componentes principais deve-se aos benefícios que eles garantem no cuidado capilar.
“A folha de goiabeira oferece ação antioxidante. Portanto, previne o envelhecimento precoce dos fios, além de proporcionar proteção UV e ajudar no controle da oleosidade. O óleo de coco, por sua vez, possui ação nutritiva, selando as cutículas e promovendo maciez e brilho aos cabelos. A combinação desses ingredientes formula um produto que supre as necessidades específicas dos cabelos crespos e encaracolados”, diz.
Para garantir a qualidade e eficácia do tônico, um processo envolvendo sete etapas é realizado. Primeiramente, ocorre a coleta das folhas de goiabeira e a preparação do extrato desta matéria-prima. Em seguida, é feita a extração do óleo de coco. Entre as últimas etapas, que certificam o produto como orgânico, é preparada a formulação do tônico, para assim acontecer o envasamento, o controle de qualidade e, por fim, a distribuição para comunidade escolar.
As estudantes, do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas, em Ipiaú, no Médio Rio de Contas, fazem parte Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação, e tem orientação da professora Maysa Lobo e o apoio de Antonione Serafim.
Após o sucesso no primeiro desenvolvimento, elas já planejam um novo produto: uma pomada específica para a etapa de finalização dos cabelos, para ajudar a cuidar dos cabelos recém-nascidos, que são mais frágeis, curtos e suscetíveis ao frizz.
Por meio do Edital 2 de Julho no Metaverso, pesquisadores baianos desenvolveram games imersivos que reproduzem, por meio da realidade virtual, episódios da luta pela Independência do Brasil na Bahia. Por meio do projeto, baianos de todas as idades, em especial àqueles que gostam de história e do universo dos games, poderão experimentar os jogos desenvolvidos pelo Edital e vivenciar lutas e batalhas históricas no território baiano.
Os protótipos, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), serão apresentados a um público formado por jovens estudantes, na próxima terça-feira (23). O evento, Bahia: Memórias de Lutas e Liberdade, realizado pela Fundação Pedro Calmon, ocorre a partir das 10h, no Centro Estadual de Educação Profissional em Turismo do Leste Baiano, na cidade de Santo Amaro.
Foto: Divulgação / Secti
Com investimento de R$ 4 milhões, os seis capítulos tratam, em ordem cronológica, de momentos históricos distintos da independência, a começar pelo dia 12 de fevereiro de 1822, com o protótipo que revisita a história da Junta Administrativa. Os outros cinco episódios são: Convento da Lapa, em 19 de fevereiro de 1822; Imersão na História da Independência, em 25 de junho de 1822; A Batalha de Pirajá, em 8 de novembro de 1822; Batalha de Itaparica, em 7 de janeiro de 1823; e Viva a Independência da Bahia, em 2 de julho de 1823.
Rodrigo Rocha, professor do Instituto de Computação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), detalha a perspectiva de viagem ao tempo do game imersivo desenvolvido pelo seu grupo. “Em nosso jogo, você vai controlar um brasileiro que quer interceptar a carta-régia para tentar impedir a posse do português Madeira de Melo como governador de armas”. Já o grupo do professor Marcio Fiais, do Instituto de Humanidades da Ufba, desenvolveu um jogo no qual o usuário viverá a perspectiva de Liberata, uma escrava liberta. “Ela trabalha vendendo doces no Largo da Lapinha nas semanas que antecedem a chegada do exército libertador”.
Há episódios gameficados, mas também em forma de visita, como o criado por pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). “O objetivo é apresentar o 25 de junho, em Cachoeira, um momento histórico na luta pela independência do Brasil. Iremos explorar o episódio na forma de uma visita imersiva a um museu virtual, criado especialmente para mostrar imagens, ilustrações e vídeos”, conta o professor Paulo Ambrósio.
As equipes são multidisciplinares e envolvem não apenas professores e pesquisadores, mas também profissionais que atuam na área de games.
Apresentar as potencialidades da Bahia ao mundo e atrair investimentos para as áreas de ciência, tecnologia e inovação, garantindo ainda mais desenvolvimento econômico para o estado. Esses foram alguns dos objetivos da Missão Europa, na qual o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), André Joazeiro, esteve na Alemanha, Bélgica e Itália.
Durante a viagem, a Secti estabeleceu protocolo com a 3P Technik, empresa alemã do setor de saneamento, anunciou bolsas de estudos para pesquisadores latino-americanos e participou de pautas sobre energias renováveis e produção de placas solares no Brasil.
Na Alemanha, a Secti firmou parceria com a 3P Technik. A empresa irá montar um Hub, junto com outras empresas internacionais que atuam em conjunto na área do saneamento, no Parque Tecnológico da Bahia, para o desenvolvimento de pesquisas. Ainda no país alemão, o secretário visitou o Instituto Fraunhofer e participou de pautas com foco na transição energética.
Já na Bélgica, a pauta focou na atração de investimentos para o setor de hidrogênio verde, com destaque para a agenda com a SIEMEX, que produzirá placas solares no Brasil.
O investimento prevê troca e desenvolvimento de tecnologia com as universidades públicas da Bahia e formação de mais de 1800 profissionais de nível superior, principalmente engenheiros, para ocupar as funções necessárias na mineração e fábrica. A iniciativa é liderada pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), presidida por Henrique Carballal.
Para o secretário André Joazeiro, a Missão Europa trouxe resultados positivos. “A viagem gerou bons frutos, como, por exemplo, a parceria com a 3P Technik para a criação de um Hub para tecnologias de saneamento no Parque Tecnológico da Bahia.
O foco do governo está no desenvolvimento de tecnologias para comunidades desconectadas das redes públicas de saneamento básico. A implantação da SIEMEX também é uma grande entrega, pois oportuniza o desenvolvimento tecnológico, além de empregos de qualidade”, afirma.
Ainda na Itália, a Secti conheceu as pesquisas relacionadas à economia circular, desenvolvidas pelos Institutos de Estudo de Materiais Nanoestruturados (ISMN-CNR) e de Pesquisas sobre Poluição Atmosférica (IIA-CNR). “A pauta da economia circular também recebeu atenção especial, iniciando no IFAT em Munique, com foco em tecnologias que auxiliam os catadores, desdobrando com institutos italianos especializados em resíduos agrícolas", diz Joazeiro.
A Secti se uniu à equipe da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que integra a delegação organizada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), na Itália. A comissão esteve na Organização Internacional Ítalo-Latino Americana (IILA) e anunciou bolsas de estudos para pesquisadores baianos que queiram estudar na Itália. Entre as áreas prioritárias estão agroalimentos e tecnologias alimentares, sustentabilidade ambiental e energias renováveis, ciências e tecnologias espaciais. Mais informações sobre esta oportunidade, que recebe inscrições até 30 de setembro, podem ser obtidas através do site www.iila.org.
O diretor da Fapesb, Handerson Leite, explica como funciona o edital da IILA. “Qualquer pessoa que esteja dentro da universidade pode participar desse edital. O pesquisador vai submeter o projeto. Uma vez aprovado, o IILA entra com essa quantia mensal de € 1.500, sendo a passagem por conta do contemplado. Essa é uma oportunidade muito interessante para o desenvolvimento científico e tecnológico da Bahia. Ao possibilitar esses intercâmbios com a Itália, é possível desenvolver produtos, projetos e iniciativas que muitas vezes necessitam apenas de um pequeno empurrão para serem concluídos”
Uma pesquisa feita na Universidade Federal da Bahia (Ufba) desenvolve uma tinta anticorrosiva para metais ferrosos. A nova tecnologia, que é orgânica, promete oferecer maior proteção a estruturas metálicas em aços de baixo teor de carbono. O material pode ser usado em pontes, viadutos, plataformas de petróleo e navios, por exemplo.
Pela resistência que apresentam, essas construções são feitas à base de aço ou outros metais ferrosos. No entanto, são suscetíveis à corrosão quando expostos a ambientes hostis, como aqueles com umidade e água salgada. O produto é desenvolvido pelo pesquisador Erlon Rabelo, sob orientação de Helinando Oliveira e Marcio Luís Ferreira, e colaboração de Mateus Matiuzzi.
Segundo o orientador da pesquisa, Helinando Oliveira, a tinta apresenta vantagem se comparada a produtos convencionais no mercado. “O nosso objetivo é permitir o uso do produto em ambientes agressivos como em reservatórios de águas residuais ou em água do mar”, disse o orientador.
A nova tecnologia – que teve a patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) à Ufba e à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – está em fase de aprimoramento e busca financiamento para ser implementada no mercado.
“Nosso plano é testar a proteção com diferentes estruturas bacterianas e reduzir os preços de produção, viabilizando a produção em escala industrial”, projeta Helinando.
Segundo a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a pesquisa também conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), entre outras entidades.
Em parceria com a Digital Innovation One (DIO), a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) abriu inscrições para dois novos cursos: Desenvolvimento de Jogos e Programação do Zero. Os interessados têm até o dia 29 de outubro para confirmar participação em um dos cursos.
As bolsas gratuitas são voltadas para profissionais iniciantes ou em transição de carreira, principalmente em situação de vulnerabilidade socioeconômica ou grupos de diversidade – todos devem ter mais de 18 anos. Vale lembrar que o Programaê já alcançou mais de 15 mil pessoas em toda a Bahia com bolsas integrais para cursos 100% online e gratuitos, de alta qualidade na área de tecnologia, sendo responsável pela emissão de mais de 10 mil certificados.
O bootcamp terá duas trilhas. A primeira, chamada “Programação do Zero, é um curso online de 60 horas para fortalecer a base da programação treinando a lógica computacional. Os participantes vão aprender sobre algoritmos e aplicar os novos conhecimentos no desenvolvimento de um software. Já a trilha Desenvolvimento de Jogos ensina Javascript, a partir do desenvolvimento de games nessa linguagem, com duração de cerca de 70 horas. Os participantes poderão criar um jogo, um simulador de piano, dentre outras atividades.
Segundo o gestor do Programaê na Secti, Sócrates Santana, a nova proposta é oferecer cursos online com trilhas e jornadas mais longas, permitindo que os participantes tenham uma imersão no universo tecnológico. “Ao longo desses dois anos, percebemos que os participantes desejavam jornadas mais longas. Por isso, o secretário André Joazeiro pediu para desenhamos trilhas de passo a passo, nas quais os desenvolvedores aprendem habilidades complementares dentro de uma jornada com início, meio e fim”.
As inscrições na trilha de programação de 0 a 100 devem ser feitas através do site oficial. Já os interessados no desenvolvimento de games devem acessar o portal específico do curso.
O bloco informal, composto por oito deputados da base do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), já mostrou que não está para brincadeira. Além de descobrir, com fontes do governo, que o chefe do Palácio de Ondina pode oferecer o comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) ou da Secretaria da Administração (Saeb) ao grupo liderado pelo deputado Nelson Leal (PP), conforme noticiado nesta quarta-feira (4), com exclusividade, pelo Bahia Notícias, a reportagem também descobriu que eles querem “um espaço gigante no governo igual ao PP”.
Além de Leal, o bloco tem como membros Vitor Azevedo e Raimundinho da JR (ambos do PL); Patrick Lopes (Avante); Binho Galinha (Patriota); o presidente do Solidariedade na Bahia (SD), Luciano Araújo; Laerte do Vando (Podemos) e Felipe Duarte, também do PP. Dos oito, apenas Patrick Lopes apoiou Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2022; os demais votaram com ACM Neto ou João Roma.
Um interlocutor revelou ao BN que mesmo tendo rompido com a base de Jerônimo Rodrigues para apoiar o candidato ACM Neto (União) nas eleições de 2022, o PP “tem cargos lá [na Prefeitura de Salvador] e cá [no governo]". "O xis da questão é que o PP tem quatro deputados na AL-BA e o bloco informal, oito. “O PP não ajudou na eleição [de Jerônimo] e tem uma pasta como o Detran. Porque os oito aceitariam menos que isso?”, questionou.
Uma fonte do governo reconheceu que, mesmo não tendo marchado com Jerônimo durante a campanha passada, o “bloco dos oito” tem poder de barganha. “Com certeza, ou ele [Jerônimo] resolve ou perde os oito”, cravou, deixando claro que as duas pastas que estão sendo alvo das especulações ainda não foram ofertadas pelo chefe do Executivo Estadual, mas que há essa possibilidade.
CACIQUE OU ÍNDIO?
Nos bastidores o “tamanho do PP” no governo do Estado tem gerado olho gordo e o “poder” do deputado Niltinho, controvérsias. “O Detran é um órgão importante e que foi dado ao PP, mas quem nomeou todos os cargos foi o deputado Niltinho. Ele continua tendo o mesmo espaço na Prefeitura de Salvador, ele tem cargos lá e cá. Apenas dois deputados do PP não têm cargos nem lá, nem cá, que são Felipe Duarte e Nelson Leal”, alfinetou o interlocutor.
Esse mesmo intermediário reiterou que “o novo bloco é a terceira maior bancada na AL-BA e se não vierem os espaços, o governo vai perder oito deputados de vez e, certamente, isso vai mexer nas estruturas”.
Recém criado e já considerado a terceira maior bancada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o bloco informal, composto por oito deputados estaduais que estão na base do governo, pode abocanhar o comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
O bloco tem como líder o deputado Nelson Leal (PP) e como membros Vitor Azevedo e Raimundinho da JR (ambos do PL), Patrick Lopes (Avante), Binho Galinha (Patriota), o presidente do Solidariedade na Bahia (SD), Luciano Araújo; Laerte do Vando (Podemos) e Felipe Duarte, também do PP. Dos oito, apenas Patrick Lopes apoiou Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2022; os demais votaram com ACM Neto ou João Roma.
Fontes do governo revelaram com exclusividade, ao Bahia Notícias, que um dos espaços que o governador teria a oferecer ao grupo seria a Secti, hoje comandada por André Pinho Joazeiro, considerado um quadro técnico indicado pelo ministro da Casa Civil Rui Costa. A outra pasta seria a Secretaria da Administração (Saeb), que tem Edelvino Góes como titular. “Essas seriam duas possibilidades que o governo poderia negociar ou o grupo poderia pleitear, por serem uma das poucas secretarias onde seria possível mexer”, afirmou.
A reportagem também descobriu que, dentro do recém criado grupo, há um clima de insatisfação, até o momento controlada, com a suposta “pouca importância” que o governador estaria dando aos parlamentares. Um interlocutor revelou que os deputados “não pediram nada”, mas sinalizaram que estão ansiosos por um afago de Jerônimo, pois do contrário “o governador perderá o apoio dos oito deputados de uma vez só”. Ainda de acordo com a fonte, um determinado parlamentar “tinha espaço na Prefeitura de Salvador e a partir do momento que migrou para base, perdeu tudo. Ele não tem nada no governo”, contou.
FATURA ALTA?
Mesmo não sendo um bloco regimentalmente constituído, o apoio da ala informal é de suma importância para que o governo consiga aprovar os projetos enviados à AL-BA.
“Os votos dos oito deputados têm feito a diferença. Se eles não aparecerem para dar quórum, não passa nada do governo, não tem votação. Os [deputados] da base estão insatisfeitos. Os oito não votaram [em 2022], mas são da base e estão dando presença e sustentação”, frisou. A fonte ainda completou que, nos bastidores, corre a boca miúda que tudo o que o governador quiser, ele poderá fazer “assim como tem feito Lula lá em Brasília, que está ‘se virando’ para acomodar seus novos aliados”.
“Ampliar as relações entre pesquisadores paulistas e baianos, de forma que possamos acelerar o desenvolvimento científico e tecnológico em áreas de interesse comum”. É desta maneira que o diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Handerson Leite, resume a nova chamada lançada entre a fundação baiana, que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O anúncio do novo edital foi feito durante o Fórum Nacional Consecti e Confap, que acontece em Santarém, no estado do Pará, até 30 de setembro. O evento reúne presidentes e representantes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), secretários estaduais de CT&I, representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de entidades e agências federais e internacionais de fomento à CT&I.
O objetivo do edital é formar e fortalecer redes de pesquisas colaborativas entre os estados da Bahia e de São Paulo. Fapesb e Fapesp receberão propostas de pesquisa nas áreas que englobam conhecimentos avançados em, ao menos, um dos seguintes temas: Energias Renováveis, Nanotecnologia, Economia Verde e Tecnologia de Alimentos.
O valor total destinado pela Fapesb para a Chamada é de R$3 milhões. A Fapesp fará o aporte necessário para acomodar o número de propostas possíveis dentro do orçamento da Fapesb, permitindo um valor máximo de até R$300 mil por proposta (incluindo Reservas Técnicas, Benefícios Complementares e possíveis bolsas). De acordo com Handerson Leite, essa parceria dobra a capacidade de investimento em setores estratégicos. “Para cada real colocado pela Fapesb, teremos o mesmo valor aportado pela Fundação de São Paulo”, afirma.
Na Fapesb, as propostas deverão ser apresentadas sob a forma de projetos de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, por meio do preenchimento completo do formulário online específico para o edital. A proposta submetida deverá estabelecer parcerias institucionais que envolvam uma Instituição de Ensino Superior ou Pesquisa localizada no estado de São Paulo e, pelo menos, mais uma Instituição de Ensino Superior (IES) ou Instituição Científica e/ou Tecnológica (ICT) localizada no estado da Bahia, diferente daquela de vínculo do proponente, visando à formação e o fortalecimento de redes de pesquisa.
Além de pesquisadores doutores, pessoas denominadas proponentes e que tenham vínculo empregatício permanente com Instituições de Ensino Superior (IESs) ou com Instituições Científicas e/ou Tecnológicas (ICTs), públicas ou privadas sem fins lucrativos, localizadas no Estado da Bahia, também poderão submeter seus projetos.
As propostas serão recebidas até 7 de dezembro de 2023. Clique aqui para conferir o edital com todas as informações.
Com a presença do vice-governador do Estado da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) inaugura, na próxima terça-feira (26), dois espaços do Centro de Inteligência Geográfica e Ciência de Dados (CIGData).
De acordo com a superintendência, o centro se apoia em servidores de alto desempenho, workstations de última geração e até drones para análises geoespaciais e de dados.
Os pontos estão localizados na Biblioteca Rômulo Almeida, no prédio da SEI, que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e no Parque Tecnológico da Bahia, no Trobogy. A inauguração dos equipamentos será às 10h e 11h, respectivamente.
Também vão participar da abertura dos espaços os secretários de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), André Joazeiro, do Planejamento (Seplan), Cláudio Peixoto, e o diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira. No CIGData do Parque Tecnológico, a SEI irá apresentar as plataformas integradas ao CIGData, como SEIGeo, SEIColab e Infovis.
“Este projeto se propõe a ser um marco na paisagem de pesquisa e inovação do estado, utilizando técnicas de Business Intelligence, Big Data e Ciência de Dados, gerando informações valiosas para o setor público e a iniciativa privada. Com a possibilidade de expansão e aprimoramento da infraestrutura existente, será possível ampliar os serviços oferecidos”, destacou o diretor-geral da SEI.
As bolsas de estudo vinculadas à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) devem crescer no estado. De acordo com o secretário André Joazeiro, responsável pela pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a ideia é aumentar em 15% a quantidade de bolsas.
Ao Bahia Notícias, Joazeiro confirmou a manutenção nos valores do auxílio. Em março, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) o reajuste das bolsas de pesquisa concedidas pela Fapesb. O novo valor das bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado acompanha o percentual de reajuste oferecido pelo Governo Federal.
A bolsa de iniciação científica passou a ter o valor de R$ 700, a de mestrado chegou a R$ 2100, a de doutorado foi para R$3100 e a de pós-doutorado de R$ 5200. Além disso, a Fapesb e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) estabeleceram um novo Acordo de Cooperação Técnica para promover mais investimentos na formação de recursos humanos altamente qualificados em áreas prioritárias no âmbito do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG).
O aporte é de, aproximadamente, R$ 15 milhões, sendo R$ 11,7 milhões da Capes e R$ 3,3 milhões da Fapesb. Outro recurso, que está em fase de assinatura, é com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O capital vai financiar o Edital Tecnova III. São 15 milhões de investimento, sendo R$ 11,7 milhões oriundos da Finep e R$ 3,3 milhões da Fapesb.
A secretaria também promoveu um campo de diálogo com a Fapesb, tendo realizar um primeiro encontro, em março, com estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado para ouvir as demandas e propor soluções. Nos últimos meses, a Fapesb trabalhou para atender as solicitações, como a implementação de uma ferramenta para acesso às datas de entregas de relatórios e o ajuste dos pagamentos até o dia 05 de cada mês.
A segunda reunião do ano entre bolsistas e a Fundação foi realizada no começo de agosto e teve a participação de 40 pesquisadores da Fapesb, sendo uma parcela deles através do Youtube da Fundação, que transmitiu ao vivo o encontro.
As inscrições para ser uma startup expositora do Bahia Tech Experience 2023, maior encontro de tecnologia e inovação no estado, que acontece de 28 a 30 de setembro, encerram neste domingo (20). O BTX será sediado no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador.
Na ocasião haverá painéis internacionais, rodadas de matchmaking, área de games, exposição de startups, aquário de podcasts e espaços de experiência. O evento oferecerá conteúdo relevante, conexões globais e acesso a soluções desenvolvidas por empreendimentos inovadores baianos e brasileiros.
As atividades acontecerão das 18h às 22h, no dia 28, e das 8h30 às 22h, nos dias 29 e 30 de setembro. O evento é realizado pelo Sebrae e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI). Para participar é necessário se cadastrar na página oficial do evento.
Popularizar a ciência através do diálogo e fomento à pesquisa e eventos. Diante desse compromisso, nesta quarta-feira (7), no auditório do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) promoveu uma agenda com instituições de ensino superior, setor público e outras entidades do setor privado, para dialogar sobre as estratégias de popularização da ciência e a mobilização da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
O encontro buscou estruturar a atuação cooperada das entidades em relação à implementação, consolidação e fortalecimento de políticas públicas de estímulos e disseminação do conhecimento científico em todos os Territórios de Identidade do Estado. Além disso, procurou mobilizar a participação dos atores do Sistema CT&I na SNCT, que está prevista para ocorrer em outubro deste ano e terá o tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
Para o secretário da Secti, André Joazeiro, a sinergia com o ecossistema de CT&I é imprescindível para a difusão científica. "Não conseguimos dar conta dessa pauta se não trabalharmos em rede com as ICTs e as universidades, que têm capilaridade no interior da Bahia. Elas são as principais parceiras para levar a difusão do conhecimento científico para a semana de ciência e tecnologia. Mas a semana não é uma coisa descolada da agenda de popularização da ciência, faz parte dela. É a partir da difusão que vamos aumentar a quantidade de pessoas interessadas na ciência e aumentar a qualidade dos nossos cientistas. Quantidade e qualidade a partir dessa disseminação", diz.
Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ressaltou o trabalho federal para aproximar a ciência da sociedade. "O presidente Lula quer a nossa academia e os nossos cientistas transferindo tecnologia para o povo. Nossa missão é incentivar os pesquisadores e cientistas brasileiros a fazerem uma liga forte com a sociedade. Esse é o papel da popularização e da educação científica, que vai levar essa ciência para a população do nosso país".
Também presente, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, destacou que a ciência precisa ser democratizada. "As produções científicas precisam ser divulgadas nos espaços sociais, nas comunidades fechadas, como as indígenas, as quilombolas e as tradicionais. Esses conhecimentos precisam ser democratizados. Então, cada uma das entidades tem que se sentir parte do processo. É só assim que será possível o verdadeiro desenvolvimento social na Ciência e Tecnologia da Bahia".
A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e a Green Eletron, gestora de logística reversa de descarte de lixo eletrônico, fecharam parceria para a instalação de mais um coletor na cidade, na sede da instituição, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A partir desta segunda-feira (5), os colaboradores poderão realizar o descarte de segunda a sexta, entre 8h e 18h.
Entre os lixo eletrônico que podem ser recebidos estão aparelhos que não têm mais utilidade, como notebooks, celulares, secadores de cabelo, panelas elétricas, pilhas, entre outros. O recebimento ocorre no Ponto de Entrega Voluntária (PEV) instalado na 5ª Avenida, Plataforma II, B, Térreo – CAB.
A Green Eletron será a responsável pela gestão do processo, garantindo a reciclagem dos materiais, por meio da parceria com empresas homologadas preparadas para o manuseio dos itens, transformando os equipamentos em matéria-prima disponível para a indústria.
“O desenvolvimento científico e tecnológico do Estado perpassa pela capacidade de inovação. E, pensar em inovação para o desenvolvimento é mover-se em direção à sustentabilidade. Essa parceria para coleta de resíduo eletrônico, aberta ao público, é uma ação associada à saúde, bem-estar, geração de renda e prevenção de danos ao meio ambiente, em direção ao desenvolvimento sustentável. Esse é o objetivo da Secti”, diz a diretora de Inovação e Competitividade da pasta, Bárbara Carole.
Segundo a Secti, o lixo eletrônico é o que mais cresce no mundo, cerca de 3 a 4% ao ano.“Só no Brasil, são gerados mais de dois milhões de toneladas desse material e menos de 3% dele é reciclado. Em toda a América Latina, o Brasil é o maior produtor e, no mundo, estamos atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Japão. Por isso, unir forças é fundamental. É uma das melhores maneiras de construir um futuro mais sustentável”, explica Ademir Brescansin, gerente executivo da entidade.
O valor das bolsas dos estudantes de iniciação científica da Bahia está congelado desde 2013, completando 10 anos agora em 2023. Em janeiro do ano passado, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), afirmou que faria um estudo para viabilizar o aumento das bolsas, porém, até o momento, o órgão não deu sinais de um possível reajuste.
Atualmente, os bolsistas da Fapesb recebem R$ 1.500 (mestrado) e R$ 2.200 (doutorado). Em 2013, quando o salário mínimo era R$ 678, as bolsas correspondiam, respectivamente, em média, a dois salários mínimos e a três salários mínimos e meio.
O piso salarial nacional de 2023 foi calculado em R$ 1.302, logo, para que as bolsas acompanhem o avanço elas teriam que chegar a R$ 2.880 (mestrado) e R$ 4.224 (doutorado), sendo um reajuste de 92% nos valores. A inflação acumulada de janeiro de 2013 até janeiro deste ano é de 80,66%.
No dia 10 de fevereiro, o novo diretor-geral da Fapesb, Handerson Leite, afirmou que iria aguardar uma definição das bolsas federais, Capes e CNPq, que também completavam 10 anos de congelamento. Porém, no último dia 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um reajuste de 25% a 200% nos valores das bolsas e, por enquanto, nada foi feito na Bahia.
Em contato com o Bahia Notícias, o coordenador da associação de pós-graduandas e pós-graduandos da UFBA (APG-UFBA), Vinícius Pales, afirmou que, mesmo com o reajuste federal, ainda não há previsão para o impacto da medida na Bahia. Segundo o gestor, a Fapesb tem prometido o aumento desde o ano passado.
“Eu participei de várias reuniões com eles e eles dizem que farão, mas... Ano passado mesmo havia a promessa, eu ressaltei em reunião ao então presidente minha preocupação com a situação, pois teria um limite de tempo antes das eleições e só poderiam retomar depois, eles afirmaram que não seria problema, se não fosse antes, seria após o pleito. Agora já é praticamente março de 2023 e não há nem previsão”, disse Pales.
Os pesquisadores, inclusive, se organizaram para realizar uma manifestação na próxima quarta-feira (1º), em frente à sede da Fapesb, às 9h. O protesto vai abordar justamente a cobrança pelo reajuste na bolsa distribuída pelo órgão.
Em janeiro do ano passado, quando a Fapesb anunciou que iniciaria os estudos, a entidade enviou uma nota afirmando que concedia cerca de três mil bolsas de iniciação científica, tendo um investimento de R$ 44 milhões.
Consultadas pelo Bahia Notícias, a Secti e a Fapesb informaram que ainda estão estudando uma forma de reajustar as bolsas de pesquisa no estado, porém, não estipulou nenhum prazo para a implementação.
"A Secti e a Fapesb informam que seus técnicos estão trabalhando, em conjunto com demais unidades de Governo, para que, com brevidade, possam concretizar o reajuste das bolsas de pesquisa", disseram as entidades em nota.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.