Estudantes de colégio de Andorinha transformam cacto da Caatinga em bioplástico
Por Redação
Duas estudantes de um colégio de tempo integral em Andorinha, no Piemonte Norte do Itapicuru, desenvolveram um bioplástico a partir de um cacto da caatinga, o facheiro. A iniciativa é das alunas Ana Clara Moreira e Emiliane Nery, do colégio estadual sob orientação da professora Rebeca Miranda. O fato foi assunto da série de reportagem da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
A escolha do facheiro para a experiência se deve à disponibilidade na região. Além disso, o bioplástico desenvolvido pode gerar emprego e renda. “O projeto tem potencial para fomentar a geração de empregos na comunidade, uma vez que a ampliação do cultivo do facheiro poderá estimular atividades econômicas associadas, promovendo simultaneamente sua valorização e conservação. Em escala global, a iniciativa contribui para a mitigação da geração de resíduos sólidos, favorecendo a preservação ambiental e a sustentabilidade do planeta”, diz a estudante Ana Clara.
O bioplástico, desenvolvido com o apoio da Secretaria da Educação (SEC), foi testado e, de acordo com Ana, apresentou resultados animadores. “Com os testes e as técnicas que usamos na produção, vimos que o resultado é promissor. Conseguimos um produto com bom aspecto, que abre caminho para algo de qualidade ainda melhor. O facheiro, além de resistente, é fácil de encontrar e tem baixo custo. Ao analisar as características do material, percebemos que ele pode substituir plásticos derivados do petróleo, sendo, assim, uma alternativa biodegradável, já que sua decomposição ocorre entre 6 e 12 meses”, afirma.
Em 2022, cada brasileiro gerou, em média, 64 quilos de resíduos plásticos, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos.