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Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) recomendou nesta quarta-feira (13) à Secretaria Municipal de Educação de Contendas do Sincorá, no sudoeste baiano, junto a diretoria da Escola Santa Luzia a instauração de uma sindicância para apurar um caso de suposto racismo de uma professora contra um aluno, ocorrido em abril de 2024.
Na ocasião, ainda em outubro de 2022, o MP-BA ofereceu denúncia contra a professora, que tramita na Vara Criminal da Comarca de Ituaçu. Segundo o documento, no dia 18 de abril de 2024, na Escola Municipal Santa Luzia, a professora injuriou o aluno, chamando-o de "macaco", ofendendo sua dignidade ou decoro em razão de raça.
A vítima estava no palco do colégio, enquanto a professora tirava fotos de vários alunos. O aluno não quis ser fotografado e se escondeu, momento em que a professora teria dito: "Olha aí como está escondido, sai daí seu macaco". O aluno afirmou ter se sentido ofendido com as palavras, pois a professora o xingou de "macaco" com semblante fechado. Além disso, após o ocorrido, outros alunos passaram a chamá-lo da mesma forma.
A recomendação, emitida solicita que sejam ouvidas formalmente a vítima, eventuais testemunhas e a servidora investigada, observando as formalidades legais e encaminhando à Promotoria de Justiça de Ituaçu, no prazo de 30 dias, cópia do ato de instauração do procedimento e informações sobre as providências adotadas.
O MP-BA instaurou o procedimento após receber um relatório do Conselho Tutelar de Contendas do Sincorá, que notificou a suposta prática de racismo da professora contra o aluno.
"A ausência de medidas concretas para apuração formal do caso evidencia um possível racismo institucional, caracterizado pela falha das instituições em prevenir, identificar e corrigir práticas discriminatórias. A inércia administrativa diante de uma denúncia dessa natureza reflete a persistência de uma cultura de tolerância ao preconceito racial, o que compromete a credibilidade da gestão pública e a proteção dos direitos fundamentais", destacou o promotor de justiça Leandro Aguiar.
Uma professora de Língua Portuguesa de Cipó, cidade baiana localizada a 240 km de Salvador, viralizou nas redes sociais após aparecer em um vídeo sendo ovacionada pelos alunos por ter antecipado o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Maria Ivone das Neves dos Santos, uma das pessoas mais comentadas do Brasil atualmente, trabalhou com os alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral Águas Termais de Cipó uma dissertação com o mesmo tema proposto oficialmente, apenas dois dias antes da primeira etapa da prova, realizada no domingo (3).
Maria Ivone revelou em entrevista que seguiu a carreira de educadora por instrução familiar. Foto: Maurício Reis / Acervo Pessoal
O feito, no entanto, não foi um simples golpe de sorte, mas sim o resultado do “Projeto Interdisciplinar Afro-brasileiro: Possibilidades de uma Educação Antirracista”, uma iniciativa que surgiu como ideia no final de 2023. Respaldada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas brasileiras, Mary (como é carinhosamente conhecida) iniciou o programa antirracista com os estudantes em fevereiro deste ano.
Utilizando em sala de aula a perspectiva da autodeclaração étnico-racial, promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a docente comentou, em entrevista ao BN Hall, que percebeu a carência de conhecimento dos alunos sobre sua própria identidade. “Eu percebi que durante essa autodeclaração, a partir de dinâmicas e aulas, que eles [alunos], não se percebiam remanescente de quilombos, nem tão pouco pretos”, declarou Mary, que, logo em seguida, deu início à fase de conscientização.
O município de Cipó conta com três comunidades remanescentes de quilombos: Rua do Jorro, Várzea Grande e Caboge, que também serviram de inspiração para as intervenções propostas no projeto.
Para tanto, a professora recorreu à arte como método de ensino, utilizando a literatura afro-brasileira. Em sala de aula, trabalhou com obras como Úrsula, o primeiro romance escrito por uma mulher negra no Brasil, de Maria Firmina dos Reis. Em seguida, Maria Ivone teve contato com o afrofuturismo, gênero fundamental para dar continuidade à sua ideia. “O afrofuturismo trabalha na perspectiva de um futuro esperançoso para a população preta. Já se sabe que ele [o povo preto] foi violentado, que sofreu muitos castigos. Isso já é conhecido”, disse. “Mostrei, a partir de leituras, que o berço da nossa civilização é africano, não europeu”, completou.
Ampliando o alcance da representatividade, Mary analisou músicas e perfis de artistas negros, revisitando letras do grupo Racionais MC's. Em maio, promoveu sessões de Cine Debate, exibindo Pantera Negra (2018), filme da Marvel que conta a história de Wakanda, um reino fictício, e que fez história ao ser o primeiro filme de herói indicado ao Oscar de Melhor Filme. “Foi feito um cronograma de sessão. Primeiro eu fiz uma motivação em toda a escola com cartazes imensos no banheiro. Pantera Negra é representatividade o tempo todo, [...] eles [os alunos] se sentiram representados. Em Pantera Negra tem afrofuturismo!”.
Foi então que Mary sugeriu a primeira dissertação para as turmas inseridas no projeto. “Pedi um projeto de texto dissertativo cujo tema era ‘A Persistência do Racismo na Sociedade Contemporânea’. Foi a primeira redação, em maio!”.
Em agosto, as atividades continuaram. Os jovens foram incentivados com tarefas dinâmicas e desafiados a identificar espaços sociais onde a presença do negro se faz visível, como clínicas médicas e outros ambientes. Em algumas turmas do colégio, no qual leciona há 11 anos, Maria Ivone propôs a produção de curtas-metragens com situações de racismo cotidiano, vivenciadas por corpos negros, ajudando os estudantes a identificar momentos de discriminação.
Professora Maria Ivone ao lado de alunos que participaram do projeto. Foto: Maurício Reis / Acervo Pessoal
A CONCLUSÃO E O SUCESSO PREMATURO
O projeto tem conclusão marcada para o dia 19 de novembro, com uma programação de apresentações e depoimentos para valorizar a história e cultura afrodescendente, incluindo um sarau, dramaturgia, um jogo autoral e mais. O evento contará com um desfile afrofuturista, com um júri composto por três pessoas negras, entre elas uma cantora local que também se apresentará.
Contudo, Mary não esperava que o ponto alto do projeto acontecesse antes do previsto. Na tarde do domingo (3), dia da primeira etapa do Enem, recebeu inúmeras mensagens de pessoas conhecidas avisando que havia acertado o tema da redação. “Meu celular não parou de encher de mensagens. De professor, de pessoas que viram [a notícia que ela havia acertado o tema]. E aí colocaram: ‘Você acertou o tema da redação’. Foi uma alegria imensa, meu celular não parou”, contou, entusiasmada.
Na terça-feira (5), a professora foi recebida pelos alunos, que sugeriram fazer um vídeo onde ela subia as escadas sendo ovacionada e chamada de “diva”. O momento viralizou nas redes sociais, ganhando proporções nacionais e atenção de diversos veículos de mídia.
Questionada sobre como se sente com o sucesso nacional, Mary afirmou estar feliz, pois se trata de um projeto idealizado por ela e que alcançou o objetivo esperado. “É uma alegria, pois a repercussão é a partir de um projeto que eu idealizei e queria que ganhasse essa visibilidade. E ganhou! Eu atingi o principal objetivo do projeto, que foi conscientizar meus alunos e eles passarem a ter o letramento racial”, expressou, afirmando em seguida que um dos objetivos da intervenção também foi o bem-estar dos discentes. “Eles [alunos] vão saber identificar isso [preconceito] em qualquer circunstância e vão saber se defender. Sem falar que eles hoje têm uma autoestima, [...] que até então não tinham. Se perceberem, se identificarem, e não mais permitir que situações desconfortáveis acabem deixando-os constrangidos”, completou.
Davi Francisco e Marcos Francisco, filho e esposo de Maria Ivone, respectivamente. Foto: Maurício Reis / Acervo Pessoal
QUEM É MARIA IVONE?
De maneira pessoal, Maria Ivone se define como uma pessoa proativa. Moradora de Cipó, Mary é casada há 13 anos com o microempresário Marcos Francisco Dantas de Santana, com quem tem um filho, Davi Francisco. Apaixonada por viagens e sempre em busca de novidades, afirmou não gostar de rotinas, deixando claro que essa personalidade a motivou na criação do projeto.
O desejo de realizar algo inédito a cada ano, aliado à visão da escola como um espaço essencial para a vida, deu origem ao programa idealizado por ela e dedicado aos alunos. “Eu sempre estou querendo fazer o que eu não fiz ainda. Então eu ainda não tinha feito um projeto nessa magnitude. Eu entrego aos meus alunos; foi por eles que eu fiz o projeto”, expressou.
Questionada sobre futuros trabalhos, Maria Ivone revelou ao BN que pretende em breve aproveitar a aposentadoria para descansar. “Esse projeto foi para deixar como legado. Que continue! Eu disse que tinha que sair deixando algo importante”.
“Pra mim, se a escola não tiver um significado para mudança da sociedade, ela não faz sentido pra mim. Perceber, transformá-los [os alunos] em que eles se sintam protagonistas da sua própria história. Principalmente porque para mim, quando um professor conscientiza seus alunos da sua consciência de classe, para mim ele já fez tudo. Ele já deu o recado dele, não precisa fazer mais nada na vida. Então, eu gostaria que todos os meus alunos se tornassem protagonistas de suas próprias histórias, porque eles merecem’’, finalizou a professora.
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Uma professora foi demitida da escola particular Maple Bear Méier, no Rio de Janeiro, após ter sido flagrada amarrando um aluno de cinco anos a uma cadeira com fita adesiva durante atividade em sala de aula. O caso aconteceu no mês de maio, mas a professora só foi desligada nesta quarta-feira (25).
Imagens de câmera de segurança mostram a criança, inicialmente em pé, a manusear um estojo. A docente, então, segura o menino pelos braços e o coloca em uma cadeira, empurrando-o para perto de uma mesa. O menino gesticula estendendo o estojo, e a mulher pega uma fita e o amarra ao encosto da cadeira.
Em seguida, outra funcionária chega à sala, mas não intervém na situação. O estudante tenta levantar, mas a professora o contem com um dos braços e depois vai à frente da rua e continua a sua aula. O garoto se mostra incomodado e tenta se livrar, apenas minutos depois, dois colegas se aproximam e o ajudam a tirar o adesivo.
DESCOBERTA DA FAMÍLIA
A mãe do menino, uma analista financeira de 36 anos, relatou que o filho comentou sobre o ocorrido com a avó ao sair do colégio. Em casa, ao ser solicitado que mostrasse o que aconteceu, a criança pegou a fita e prendeu o pai pela cintura a uma cadeira.
“Ele falou que foi amarrado depois de levantar duas vezes para guardar material e que estava muito triste porque os amigos riram. Disse também que foram os amigos que ajudaram a salvá-lo”, afirmou a mãe ao portal O Globo.
No dia seguinte, a responsável foi à escola e solicitou ver as imagens do ocorrido. Segundo ela, a professora justificou o caso como uma brincadeira infeliz. “A direção, ao invés de demitir a professora, disse ter feito uma advertência verbal”, afirmou a mulher.
SEQUELAS DO OCORRIDO
Segundo a família, o aluno ficou duas semanas sem frequentar o colégio, onde estudava desde que tinha dois anos, mas depois pediu para retornar e os pais permitiram. O menino ficou na instituição até junho, quando relatou que a escola não estaria “legal”.
Conforme a mãe do menino, ele e mais outros nove alunos saíram da turma. “O que mais dói é que a escola foi conivente. Não demitiu a professora”. Atualmente em outra instituição, a família afirma que a criança está bem e faz acompanhamento psicológico.
Os pais do menino decidiram processar o colégio. A professora é alvo de inquérito policial por maus tratos. A rede Maple Bear, em nota ao Globo, afirmou não tolerar “qualquer tipo de tratamento constrangedor ou vexatório por parte de nenhum membro” de suas instituições.
Uma professora, de 51 anos, morreu em um acidente em um trecho da BA-001 de Ilhéus, no Litoral Sul, nesta quinta-feira (6). Segundo a TV Santa Cruz, a vítima foi identificada como Airam de Farias Rocha. A docente deve ser sepultada na tarde desta sexta-feira (7) em Uruçuca, onde ela trabalhava.
A vítima estava em um carro que seguia sentido Ilhéus quando ocorreu a colisão com outro veículo que tentava ultrapassar um ônibus. Ainda segundo a emissora, outras duas pessoas ficaram feridas e precisaram ser levadas pelo Samu ao Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus.
Não há mais informações sobre o estado de saúde delas. Em nota, a prefeitura de Uruçuca lamentou a morte da professora.
Segue hospitalizada a professora de 54 anos que foi vítima de agressões pelo seu próprio filho em Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano.
Segundo o Blog do Anderson, a profissional teria sido esfaqueada dentro de casa e socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ao Hospital Geral de Vitória da Conquista.
Na unidade, ela passou por cirurgia e ficou mantida na Unidade de Terapia Intensiva no final da noite da quinta-feira (13). Informações que chegaram ao site dão conta que a paciente foi transferida para uma unidade hospitalar privada.
O acusado foi detido pela 77ª Companhia Independente de Polícia Militar e conduzido ao Plantão Central da Polícia Civil no Distrito Integrado de Segurança Pública.
Após três anos de imersão na obra do crítico e cineasta Walter da Silveira, a jornalista e professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cyntia Nogueira, lança nesta terça-feira (3) o livro “Walter da Silveira e o Cinema Moderno no Brasil – Críticas, Artigos, Cartas, Documentos”.
A publicação é o primeiro produto desenvolvido a partir do acervo de Walter da Silveira em posse da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O lançamento acontece às 19h, no YouTube da Fundação Cultural do Estado da Bahia (TV Funceb), durante o primeiro dia do Webnário Diálogos Audiovisuais, promovido pela Cinemateca da Bahia (Dimas/Funceb), em parceria com a Edufba, como parte das comemorações dos 50 anos de morte do intelectual considerado um dos mentores do Cinema Novo. O volume conta com fortuna crítica, seis ensaios inéditos, correspondências, fotografias e outros documentos históricos.
Dividido em seis capítulos, o livro apresenta um conjunto de críticas, teses e ensaios publicados por Walter da Silveira sobre o cinema brasileiro e baiano, além de uma seleção de seus artigos teóricos que visa introduzir e contextualizar alguns conceitos e métodos críticos adotados pelo autor.
A publicação também reuniu um conjunto de 50 cartas trocadas com Alex Viany, Paulo Emílio Sales Gomes e Glauber Rocha, fac-símiles de documentos, fortuna crítica, linha do tempo e um dossiê com artigos inéditos sobre ação e pensamento do crítico cinematográfico.
“Além de lançar um olhar sobre sua ação e pensamento, também investigamos, através da obra de Walter, os caminhos traçados pelo cinema no Brasil e na Bahia, que resultam na tentativa de estruturar um cinema moderno no país”, comenta a organizadora do livro, Cyntia Nogueira.
A poeta americana Louise Glück foi anunciada pela Academia Sueca como a vencedora do prêmio Nobel de Literatura, de 2020. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a vitória surpreendeu, pois a escritora era um nome pouco cotado nas apostas pelo troféu este ano.
Aos 77 anos, Glück é professora da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e já venceu outros prêmios importantes em seu país, a exemplo do Pulitzer e a Medalha Nacional de Humanidades.
Com a vitória da poeta americana, ela figura entre as 16 mulheres dos 116 escritores que já receberam o prêmio. Segundo o jornal, o Nobel de Literatura só foi concedido a uma negra, a também americana Toni Morrison, morta no ano passado. E também apenas um homem negro foi premiado, o nigeriano Wole Soyinka, em 1986.
Poeta e doutora em literatura pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), a professora feirense Nívia Maria Vasconcellos lança, nesta terça-feira (7), o projeto Terza Rima – live de poesia. A iniciativa, cuja estreia vai ao ar a partir das 20h, no instagram da própria idealizadora (clique aqui), consiste em encontros poéticos semanais, abertos para a participação espontânea do público, desde poetas iniciantes, passando por admiradores, até artistas consagrados.
O Terza Rima na verdade teve início em 2019, quando Nívia publicava nas redes sociais materiais enviados por seus seguidores todas as terças-feiras, mas o projeto agora ganha outras formas. “Paralelamente, eu participava de saraus e organiza saraus também. Eu, então, uni um projeto ao outro”, lembra a professora.
A diferença mais marcante do projeto inicial para o novo formato é o fato de agora se dar ao vivo. “Eu diria que tinha organizações diferentes... Era o trabalho com videopoema, tinha gravação, seleção, edição. Agora, ele será ao vivo, vai lidar mais com o inesperado, com o imprevisível. Eu não sei quem poderá solicitar participação e o que a pessoa poderá recitar, então o formato agora é mais espontâneo e escapa a meu total controle”, explica Nívia.
Além do novo desafio da transmissão em tempo real, a feirense destaca ainda outro fator importante que lhe serviu de motivação para a iniciativa, que estreia nesta semana e segue à terças, durante todo o mês de julho. “Além de ser poeta, eu sou professora, educadora. Eu tenho a poesia em meu cotidiano tanto pessoal quanto profissional. Utilizo a declamação como meio de difusão do fazer poético e sempre penso em novas formas de poder disseminá-lo. Nesta situação de pandemia, as lives passaram a ser meios que ganharam bastante notoriedade, pensei então em utilizá-la como instrumento para alcançar mais pessoas”, explica a professora, pontuando também a possibilidade de salvar a live como atrativo, já que é possível atingir o público que não estava online durante a transmissão.
CONHEÇA A IDEALIZADORA DO PROJETO
Nívia Maria Vasconcellos é poeta, contista, letrista e declamadora. Publicou os livros “Invisibilidade” (MAC), “Pra não suicidar (Littera/Mondrongo), “Escondedouro do amor” (Prêmio CDL de Literatura 2008), “A Morte da Amada” (Mondrongo) e “A paixão dos suicidas” (Selo João Ubaldo Ribeiro – Ano II/FGM). Ela lançou ainda o disco “A Vênus de Willendorf” (Mousikê).
Ela tem poemas publicados na Coletânea Prêmio Off Flip (Selo Off Flip) e nas antologias “Arcos de Mercúrio” (DiaboA4), “Sétimo Aeon” (Baile Surrealista), “Cantares de Arrumação”, “Tudo no mínimo” e “Estranha Beleza” (Mondrongo). Atualmente, integra o projeto literomusical Mousikê. Além das atividades artísticas, é doutora em Literatura e Cultura pela UFBA e atua como professora.
Morreu, neste domingo (21), em Salvador, a professora e ensaísta baiana Jerusa Pires Ferreira (81). “Uma mulher extraordinária que dedicou sua vida ao estudo e a literatura, deixa seu legado e muitos alunos (orientandos) que se tornaram amigos e admiradores!”, escreveu sua filha, Keko Pires, ao anunciar a morte nas redes sociais.
O velório de Jerusa, que tratava um câncer, foi previsto para as 8h desta segunda-feira (22), no cemitério Jardim da Saudade. A cremação acontece às 16h.
Nascida em Feira de Santana, em 1938, Jerusa Pires Ferreira iniciou sua formação em Salvador e se mudou para São Paulo nos anos 1970, onde concluiu o doutorado em Ciências Sociais, pela Universidade de São Paulo (USP).
Doutora e livre-docente pela USP, ela era professora da Escola de Comunicação e Artes da universidade, além de professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Autora de vários livros e artigos sobre cultura popular e literatura, uma de suas principais obras é “Cavalaria em Cordel: O Passo das Águas Mortas”, de 1979.
Uma professora de Macaé, Sabrina Luz, foi denunciada na ouvidoria da prefeitura por passar um filme, para os seus alunos, que aborda temas sobre a cultura negra. A profissional do Colégio municipal Professora Elza Ibrahim, no bairro Ajuda de Baixo, colocou a obra para os alunos do 6º ano, que tem em média 12 anos, durante a aula de Geografia. De acordo com informações do Extra, a denúncia foi feita no final de maio por um pai de aluno que não se identificou. Sabrina Luz contou que ficou sabendo do processo através da sua diretora e que essa tinha sido a primeira vez que denunciaram anonimamente sua aula. O filme exibido pela professora foi “Besouro”, que fala sobre a vida de Besouro Mangangá, um capoeirista brasileiro da década de 1920. Segundo Sabrina, a obra é baseada em fatos reais sobre um levante no recôncavo baiano liderado pelo capoeirista. A prefeitura não revelou o teor da reclamação do pai do aluno, mas a professora acredita que o problema esteja relacionado ao assunto do longa que aborda as religiões afro brasileiras. Através de um vídeo nas redes sociais, a profissional revelou a denúncia e já conseguiu atingir 47 mil visualizações. A partir da publicação, mobilizações foram realizadas por educadores em prol da defesa do cumprimento da lei que torna o ensino da história e da cultura afro e indígena no Brasil obrigatória. Ainda de acordo com o site, a Prefeitura de Macaé afirmou que não irá abrir um processo contra a professora. Em nota, informou que a secretaria de Educação “cumpre a Lei.10639/2003 que trata da Cultura Afro Brasileira e a 11645/2008 que trata da história e cultura dos povos indígenas, bem como mantém a Coordenação de Diversidade, garantindo a inclusão no currículo oficial da rede e execução de programa de Cultura Afro Brasileira e Indígena”. Além disso, ela alega que “é dever da secretaria também responder aos questionamentos que lhe sejam encaminhados pelos cidadãos, através da Ouvidoria, quanto a práticas pedagógicas, adequação de conteúdos, entre outros”.
O relato de uma professora, durante uma palestra do ator Lázaro Ramos, na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), tem emocionado diversas pessoas nas redes sociais. A fala de Diva Guimarães, mulher negra e pobre, ocorreu nesta sexta-feira (28), se tornou um dos momentos mais emocionantes do festival. "Eu fiquei muito emocionada que você chamou atenção de que estamos em uma plateia de maioria branca. Sou do sul do Paraná, você já pode imaginar... Só sobrevivi porque tive uma mãe que passou por toda humilhação para que os filhos pudessem estudar. Fui para um colégio interno aos cinco anos. Passavam as freiras, as missões pelas cidades recolhendo as crianças como se fosse assim... Em troca de você ir para essa escola estudar, na verdade você ia para trabalhar. Eu trabalhei duro desde os cinco anos. Sou neta de escravos. Aparentemente a gente teve uma libertação que não existe até hoje”, desabafou. Diva ainda falou sobre os preconceitos que sofreu ao longo da vida por ser pobre e negra. Ainda relatou que, aos seis anos, escutou uma história das freias que a marcou por toda a vida. "As freiras contavam que Jesus - eu demorei muito para aceitar o tal de Jesus -, Deus, criou um rio e mandou todos tomar banho na água abençoada daquele maldito rio. Ai, as pessoas que são brancas porque eram trabalhadoras e inteligentes. Nós, como negros, somos preguiçosos. E não é verdade. Esse país só vive hoje porque meus antepassadas deram toda a condição. Então, nós, como negros preguiçosos, chegamos no final dos banhos e no rio só tinha lama. E é por isso que só nossas palmas da mãos e pés são claras. Nós só conseguimos tocar isso”, contou. "Ela contava essa história para mostrar aos brancos como nós éramos preguiçosos. E não é verdade. Porque senão nós não tínhamos sobrevivido”, refletiu. Ela ainda lembrou sobre a importância do estudo na sua vida, e sobre sua mãe. "Eu sou uma sobrevivente pela educação. E pela minha mãe. Ela me pedia: 'Olha bem pra mãe. Se você quiser ser como a mãe, não vá para a escola'. E eu dizia: Não vou ser igual a senhora. Então ela me mandava ir estudar. Eu ia correndo para a aula”. O ator Lázaro Ramos não conteve a emoção e defendeu a valorização da educação pública e de todos os professores no país. O evento termina neste domingo (30) e acontece cidade histórica de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.