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parque audiovisual
A Superintendência do Patrimônio da União (SPU) “entrou” no imbróglio envolvendo a área da antiga Fábrica São Braz, que fica localizada no bairro de Plataforma, em Salvador. O local é requisitado pelo governo do estado, para a construção do Parque das Ruínas, no trajeto do VLT do Subúrbio; e pela prefeitura da capital baiana, que visa instalar um polo audiovisual do município na localidade. A situação é: tanto o Executivo estadual quanto o municipal determinaram a desapropriação do local, mas realizaram o ato sem consultar a SPU, que é “dona” do espaço.
Ao Bahia Notícias, a entidade afirmou que a antiga fábrica está em “regimento de aforamento”. Ou seja, é uma espécie de área repartida entre a União e os donos privados. A SPU esclareceu que existem etapas a serem cumpridas para o que o município ou estado tomem posse da área, mas afirmou que o governo da Bahia e a prefeitura de Salvador não chegaram a registrar o pedido de transferência da Fábrica São Braz.
“Em eventual caso de desapropriação ou compra dos imóveis, há diversas etapas que precisam ser cumpridas, incluindo o pagamento do laudêmio, a emissão da Certidão de Autorização para Transferência e a transferência do imóvel em cartório. Nos casos de desapropriação por município ou estado, não há cobrança do laudêmio. Até o momento, não foi registrado nenhum pedido de transferência das áreas junto à Secretaria do Patrimônio da União”, disse a SPU.
A Superintendência informou que os Executivos municipal e estadual podem, sim, adquirir o domínio útil da área, que é de 83% dos 12.933,22m² do local, desde que ocorra da declaração de interesse público. Os 17% restantes ficam sob posse da União.
Em dezembro, o Bahia Notícias publicou sobre a possibilidade da desapropriação da Fábrica São Braz ser embargada pela SPU. Na ocasião, a reportagem publicou justamente a impossibilidade de realizar a ação na área sem a autorização federal.
OS PROJETOS PARA O ESPAÇO
No caso do governo do estado, no planejamento é previsto a construção do "Parque das Ruínas", um espaço projetado para abrigar atividades comerciais no Subúrbio, incluindo bares, restaurantes, um espaço multiúso e um salão. O objetivo é atrair tanto moradores locais quanto turistas.
O espaço seria um dos pontos de parada do VLT do Subúrbio. No dia 3 de janeiro deste ano, o governo da Bahia declarou de utilidade pública a área situada no trecho entre as Ruas Almeida Brandão, Úrsula Catharino, Leandro Gomes e 2ª Travessa Sá Oliveira, referente à área do Parque das Ruínas.
Sobre os planos da prefeitura, o executivo municipal espera construir o maior parque cinematográfico do Brasil fora do eixo Rio-SP. Segundo o prefeito Bruno Reis (União), o espaço poderia ser usados por produtoras de conteúdo que têm conteúdos transmitido por empresas como a Netflix.
No início de 2024, a prefeitura autorizou uma empresa a iniciar os estudos para a construção de estúdios de cinemas no município. O termo permitiu a empresa DGT Serviços de Monitoramento LTDA a desenvolver estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídica necessários para a configuração de uma Parceria Público-Privada (PPP). O prazo para a entrega dos estudos foi de 90 dias.
A prefeitura determinou a desapropriação da área da Fábrica no dia 13 de dezembro do ano passado.
A antiga Fábrica São Braz é um dos prédios mais antigos do Subúrbio, instalado em 1875. A edificação foi desativada na década de 60, e foi tombada no ano de 2002. Atualmente, ela se encontra abandonada.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).