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O cantor Jamil Chaim Alves, conhecido popularmente como Diumbanda, nome artístico do ex-soldado Zacarias, anunciou a saída da banda Companhia do Pagode.
Por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (21), nas redes sociais, o grupo de pagode, um dos mais tradicionais da música baiana, responsável pelo sucesso 'Boquinha da Garrafa', informou a saída do veterano.
VÍDEO: Diumbanda anuncia saída da Cia do Pagode para seguir carreira solo com novo projeto
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 21, 2025
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"Hoje encerramos um ciclo com muita gratidão. Obrigado Diumbanda! Desejamos muito sucesso em sua caminhada", diz a legenda da postagem.
A última apresentação do artista a frente da banda aconteceu em Paranã, no Tocantins, no último final de semana. Segundo o artista, em sua nova etapa, ele estará nos palcos com um projeto solo de samba de roda.
"Só tive alegrias e vou sair com alegrias. Aprendi muito com a Companhia do Pagode [...] Hoje encerra o meu ciclo aqui, graças a Deus, em paz, venho com um projeto novo, Diumbanda canta samba de roda e aguardo todos vocês. Só agradecer a Deus e aos orixás por poder trabalhar com esse elenco sensacional."
O grupo segue com a agenda de shows tendo Negão Jamaica como vocalista.
Com uma chegada vibrante ao Parque de Exposições, o cantor baiano Tony Salles falou neste sábado (21) sobre o desafio de preparar um repertório variado para o São João, uma festa tradicionalmente marcada pelo forró, mas que também abre espaço para outros ritmos na capital baiana.
Eu tenho certeza de que não só eu, que sou do pagode, mas todos os outros artistas de pagode que passaram, por aqui têm uma gratidão muito grande por termos um espaço como esse, onde podemos mostrar o nosso trabalho mesmo numa época como o São João. Então a gente se prepara… vou falar agora por mim: a gente se dedica muito, prepara o repertório, se preocupa com o figurino, com o look, com tudo que você imaginar, pra poder entregar o melhor dentro desse momento”, conta o ex-vocalista do Parangolé.
Confira momentos do show:Fotos: André Carvalho/ Bahia Notícias
Vivendo seu primeiro São João em carreira solo, Tony Salles fez questão de expressar gratidão e reforçar a forte ligação com a cultura baiana.
“Sou muito grato por tudo que acontece na minha vida, de verdade. Todas as vezes que estive aqui no São João da Bahia foi com muita preocupação e muita verdade, trazendo a minha essência, fazendo muito samba de roda, porque acho que o momento pede. É uma entrega 100%, mesmo. Hoje vai ser incrível, como foram as outras vezes, mas acho que hoje ainda mais, por ser o meu momento em carreira solo”, finaliza o cantor.
O projeto de lei proposto pelo vereador Alexandre Aleluia (PL) para dar fim a contratação de artistas com letras consideradas +18 em eventos financiados com recursos públicos, que vem sendo considerada como “prima da antibaixaria” foi sancionado pelo prefeito Bruno Reis (União).
A lei nº 9.844/2025, publicada no Diário Oficial do Município, que já está em vigor, dispõe sobre a vedação de contratação, pela Prefeitura Municipal de Salvador, de artistas que promovam, em suas produções musicais, conteúdos de teor sexual explícito, apologia a crimes ou incentivo ao consumo de drogas, e dá outras providências.
Conforme a lei, fica sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a avaliação do conteúdo artístico dos contratados para eventos financiados com recursos públicos, além de apurar eventuais descumprimentos da lei.
Em caso de descumprimento, a Prefeitura está autorizada a reter o cachê ou pagamento ainda não efetuado à banda até a conclusão da apuração, reter definitivamente o pagamento do artista ou restituição do valor já pago e impedir a contratação direta ou indireta com recursos públicos pelo prazo de 3 anos.
"Se ficar comprovado que, durante a apresentação que resultou no descumprimento desta Lei, havia menores presentes no local, a proibição de contratação do artista ou banda com a Prefeitura Municipal de Salvador será ampliada para o prazo de 04 (quatro) anos."
Foto: Câmara dos Vereadores
Na proposta apresentada pelo edil no final de 2024, foi citado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a presença de crianças e adolescentes, em eventos públicos, a exemplo do Carnaval de Salvador, como um ponto de atenção dos órgãos competentes para que o desenvolvimento ético, psicológico e social não seja comprometido através dessa expressão artística.
"Este Projeto de Lei promove um alinhamento entre a política cultural do município, o uso responsável dos recursos públicos e o compromisso com a proteção dos direitos dos menores", afirmou na época o autor.
O PL proposto por Aleluia chamou atenção pela semelhança com a lei estadual 12.573/2012, conhecida como Lei Antibaixaria, que sancionada em abril de 2012 pelo então governador do estado, Jaques Wagner.
Na época, a proposta feita pela deputada estadual Luiza Maia (PT) pedia a proibição da contratação de artistas que levassem para os palcos músicas que incentivassem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento, fizessem apologia ao uso de drogas ilícitas, ou tivessem manifestações de homofobia, ou discriminação racial.
Entre os ritmos mais afetados pelas duas leis está o pagode baiano cantado por nomes como La Fúria, Oh Polêmico, O Kannalha, Cirilo Teclas, Rick Ralley, Black Style, Ah Chapa, O Erótico, Malafaia, nomes que configuram entre os mais ouvidos em Salvador no levantamento feito pelo Bahia Notícias através do YouTube Music.
O estilo também é o mais tocado no Carnaval. Neste ano, a Prefeitura de Salvador contratou a banda La Fúria, A Dama, O Poeta, que trazem em suas canções letras consideradas “proibidas” quando aplicada a nova lei.
Para o cantor Igor Kannário, o pagode com letras explícitas se tornou uma porta de entrada para a nova geração no estilo, mas não significa que é um caminho definitivo.
"Acho que tudo é arte, tudo é cultura. Ainda com o esse conteúdo, a gente tem que valorizar e lapidar isso. Até porque todo mundo canta aqui. Todo mundo começa cantando merda, vamos supor assim. A gente vai se melhorando, vai aprimorando as letras. E eu tenho certeza que a galera nova que tá cantando, né, algumas músicas que eles chamam de proibidão, eu tenho na mente que eles estão passando por uma fase de transformação, assim como eu passei também. E daqui a pouco eles vão cantar coisa boa."
Eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro têm um gosto em comum: consideram como seu gênero musical mais apreciado o sertanejo. Essa conclusão pode ser apurada na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).
De acordo com os resultados, para 28% dos entrevistados que dizem ter votado em Lula ou no PT, o sertanejo é o tipo de música mais ouvida. Esse número chega a 30% entre os bolsonaristas.
Entre os eleitores dos dois políticos, há também uma igualdade de gostos no estilo musical que ficou em segundo lugar como o mais apreciado. Enquanto 15% dos que dizem ter votado em Lula têm como segundo gênero mais ouvido a música religiosa, cristã ou gospel, o percentual chega a 23% em meio aos bolsonaristas.
Para os seguidores do líder petista, o forró/piseiro/arrocha empata com o gospel (15% de citações). Já para 9% dos eleitores de Jair Bolsonaro, o gênero forró/piseiro/arrocha teve apenas 9% de menções, mesmo percentual do samba/pagode (que vem em quarto lugar na avaliação de quem diz ter votado em Lula, com 12%).
Na pesquisa agregada, sem distinção de eleitorados específicos de líderes políticos, 26% dos entrevistados afirmam que o sertanejo é o seu gênero musical preferido. Em segundo lugar na lista aparece a música religiosa/golspel/cristã, com 19% das menções.
Em ordem, do terceiro lugar em diante, aparecem os seguintes gêneros musicais: forró/piseiro/arrocha - 9%; samba/pagode - 9%; MPB - 6%; Rock internacional - 4%; Funk - 4%; Pop internacional - 4%; Rock Nacional - 3%; Rap/Hip Hop - 3%; Pop nacional - 3%; Clássica/Erudita - 2%; Outro - 8%.
A pesquisa da Genial/Quaest foi realizada de 27 a 31 de março, com 2.004 pessoas entrevistadas. A margem de erro estimada do levantamento é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A banda Guig e o grupo Pagod’art se uniram em parceria especial no cenário do pagode baiano. Nesta sexta-feira (11), os artistas lançaram o medley "Cabeça de Gelo / Uisminorfay", unindo clássicos em nova faixa do DVD que celebra os 20 anos da Guig.
Liderada por Falcão, a Guig consolidou sua trajetória na cena musical de Salvador, com uma sonoridade vibrante e forte conexão com o público. Já a Pagod’art, comandada por Flavinho, carrega o título de "Carreta Desgovernada" e acumula mais de duas décadas de sucesso nos carnavais da Bahia.
As músicas, já conhecidas pelos fãs, chegam com uma releitura moderna, mantendo a energia característica das bandas e a proposta de embalar festas e paredões pelo país.
“Tenho essa conexão com Flavinho há muito tempo. A banda dele é contemporânea da Guig, e já dividimos muitos palcos ao longo da nossa trajetória. Foi um grande prazer receber a resposta positiva dele. O convite aconteceu no meio de um show que fizemos juntos, e todo o resto está registrado.”, afirmou Falcão.
Flavinho também comentou sobre a parceria: “Estou muito feliz com esse projeto. O Falcão é um amigo de longa data, e essa colaboração já era esperada há um tempo. Desde a primeira vez que fui gravar no Estúdio Verde, ele me fortaleceu, ajudou a gravar back vocals e a alinhar algumas músicas.”.
Assista:
Um dos grandes nomes e compositores da música baiana, o cantor Gerônimo Santana, voltou a avaliar os ritmos e gêneros musicais da Bahia, e analisar as produções rítmicas do estado. O autor e interprete de “É d'Oxum”, celebrou sobre as celebrações acerca dos 40 anos do Axé Music durante entrevista ao Bahia Notícias, nesta sexta-feira (21).
“Repare que Carnaval é sempre uma celebração. E esses 40 anos é um marco para dizer que ainda estamos aqui”, comemorou Santana durante o lançamento da programação carnavalesca da Prefeitura de Salvador.
O músico ainda relembrou à entrevista concedida ao Bahia Notícias, em 2010, quando criticou a linguagem utilizada em algumas músicas de pagode que faziam apologia sexual. Questionado pela reportagem do BN se o posicionamento a respeito do ritmo continua em 2025, o músico apontou que existem pagodes de qualidade, mas que "esse escárnio sempre vai acontecer".
“Olha, tem grandes pagodes, tem pagodes maravilhosos, mas esse escárnio sempre vai acontecer. Talvez não por assim, mas pela educação que a gente precisa, a educação nas escolas, a educação musical. Tudo isso é muito importante, porque nos grandes guetos que existem em Salvador tem grandes poetas. Então, não é só de lá que nascem essas coisas um pouco, vamos dizer, um pouco agradável”, classificou.
Quanto aos 40 anos do Axé, o veterano indicou qual caminho é necessário se seguir para continuar com o Carnaval no topo. Para o artista, é preciso que a festa seja planejada para que o Axé Music se mantenha presente na história da música.
“É [preciso] pensar no próximo Carnaval. Ver, fazer a leitura desse Carnaval aqui. E no Carnaval que vem as pessoas trabalharem logo depois da festa, tudo isso é legal.
RELEMBRE O VÍDEO DA DECLARAÇÃO DE GERÔNIMO
A defesa do cantor John Ghendow de Souza Silva, conhecido como Manno John, atual vocalista do Swing do T10, se pronunciou sobre a prisão de Dudu Martins, ex-vocalista do New Hit, que pode ocasionar na prisão dos outros membros da banda, condenados pelo estupro de duas adolescentes na cidade de Ruy Barbosa, na Bahia, em 2012.
Em entrevista ao Alô Juca, na TV Aratu, o advogado Cleber Andrade, que defende outros seis nomes envolvidos no crime, afirmou que o pagodeiro não estava dentro do ônibus no momento do estupro e foi confundido com outra pessoa.
"A procuradoria pediu a absolvição dele. O John não estava dentro do ônibus, ele foi confundido com outra pessoa. Na época ele fumava cigarro, era percussionista, estava do lado de fora do ônibus, colocando o material no bagageiro do ônibus e como dentro do ônibus não podia fumar cigarro, ele não estava. Ele nem viu essas garotas."
Na época, John chegou a fazer um apelo nas redes sociais pedindo a absolvição às vítimas do caso. "Eu tô pedindo um apelo: Que essas meninas que me acusaram... Deus toque no coração delas. Não faz parte da minha criação fazer coisas desse tipo (...) Eu não fiz nada disso. Sou pai de família. Sou apontado nas ruas, chamado de estuprador. É um apelo. Não posso ficar dez anos encarcerado por algo que não fiz".
O pedido de prisão do cantor foi expedido pela Vara Criminal de Ruy Barbosa no dia 19 de novembro por condenação transitada em julgado. A situação aparece "pendente de cumprimento" e a pena imposta é de 10 anos.
Representante de outros nomes envolvidos no crime, entre eles Weslen (Gagau), Guilherme, Alan, William, Edson e Michel, o advogado afirma que existe um requerimento da defesa sendo apreciado em Ruy Barbosa e um novo pronunciamento será feito após essa decisão.
"Quando foi decretada a prisão, todos se apresentaram espontaneamente e demonstraram que não tem interesse de se eximir da Justiça. Eles não são bandidos, são pessoas que tem uma vida voltado ao trabalho, esse foi o único fato isolado na vida de todos eles, todos procurando sobreviver de maneira lícita, correta. Existe um requerimento nosso, sendo apreciado pelo juízo de Ruy Barbosa."
O advogado ainda citou outros dois nomes que foram absolvidos do crime, Jeferson e Carlos Frederico, que não estavam no ônibus no momento da situação.
A paixão de Saulo Fernandes pelo pagodão rendeu ao artista, considerado pelo público como o 'Príncipe do Axé', um álbum inteiramente dedicado ao gênero. Lançado nesta sexta-feira (22), o projeto 'Quem Me Ensinou, Pt.01' reúne EdCity, Aila Menezes, Nenel, Bambam e Alex Xella, além de uma participação da banda DiDengo.
Em outubro, Saulo contou que estava realizando um grande sonho de gravar um CD de pagodão. O artista já incorporava o gênero em algumas das músicas dele, além de adaptar sucessos do repertório para o pagode baiano. O projeto tem direção de Pierre Onassis, que não é o ex-Olodum, e sim, o produtor musical responsável por trabalhos de Léo Santana, Tony Salles, Papazoni e Guig Ghetto.
Com canções autorais, o artista prezou por um pagode positivista. Nas músicas, Saulo mistura o seu estilo de compor com a percussão forte do pagode e a voz potente de alguns grandes nomes do pagodão, como a voz de Xella e 'E Aí, Bê?'. Todas as composições do projeto são de Saulo e algumas ele conta com parcerias, como em 'Areia Amaralina', que ele colabora com Luciano Calazans.
O projeto já tem um show agendado para o verão baiano. Saulo sobe no palco da Concha Acústica do TCA no dia 31 de janeiro para apresentar o projeto 'Pagodão na Concha', que contará com a participação de todos os artistas presentes no álbum.
Thiaguinho lamenta falta de destaque do samba e pagode: "Não vejo uma comoção do tamanho que merece"
O sucesso da turnê Tardezinha e de eventos voltados para o pagode e o samba pode ser motivo de incômodo para algumas pessoas.
Em entrevista à rádio Nova Brasil FM, o cantor Thiaguinho lamentou o fato do evento, que em 2023 rodou o país e se consagrou como uma das maiores turnês da música brasileira, ser ignorado por algumas pessoas.
"Ano passado a gente viveu a maior turnê da história da música popular brasileira. A gente saía todo fim de semana para fazer shows em estádios no país. Eu senti que várias pessoas fizeram de conta que isso não aconteceu", disse o pagodeiro.
Para o artista, as pessoas ainda tentam podar o samba e o pagode, e por isso o Tardezinha ainda não ocupa espaços como turnês pop costumam ocupar.
"Não explicitamente, mas deixando de falar e de reconhecer a grandeza disso. Não falo isso por mim, não porque eu estava envolvido nisso, mas porque é algo muito grande. Principalmente de onde nossa música saiu e de tudo que a nossa música enfrentou e enfrenta. A nossa música, que eu falo, o pagode, o samba."
Thiaguinho ainda citou o show feito pelo Sorriso Maroto, que já passou por Salvador e terá edição neste ano, como um exemplo da falta de destaque para turnês dedicadas ao samba. "Não só o que a Tardezinha conseguiu, o Sorriso acabou de fazer uma turnê maravilhosa, que é o Sorriso das Antigas, e eu não vejo uma comoção do tamanho que o Sorriso Maroto merece por fazer o que ele faz."
Em 2025 o Tardezinha volta a rodar o país em comemoração aos 10 anos de projeto. Para a nova turnê, Thiaguinho promete um grande show e irá extrapolar as fronteiras, com apresentações nos Estados Unidos, Austrália e na África.
Pagodão petencostal? Um registro do pastor Samuel Eleotério, de 25 anos, se tornou sensação nas redes sociais na última semana e chegou a ganhar um vídeo react do humorista baiano João Pimenta reagindo a canção que se assemelha ao gênero musical sucesso na Bahia e em ascensão no Brasil.
Na música, Samuel canta sobre a peleja do fiel e o swing digno de um baiano fez com que o público cravasse que o artista era da Bahia. "Eu te chamei pra esse comando é pra pelejar... A caminho de casa no vau de jaboque o anjo desceu. A batalha travada, agarrando no anjo vencendo essa guerra não vou te soltar", diz a música.
No entanto, Samuel Eleotério está a pouco mais de 1.700km de Salvador. O pastor nasceu e foi criado na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, e desde os 11 anos faz carreira na igreja Assembleia de Deus Pentecostal (ADEP). Ah, e o estilo que vem sendo chamado de pagode pelo público é, na verdade, o corinho de fogo.
A estudiosa Jaci Maraschin (1983) afirma que o corinho é uma expressão que se tornou popular nas igrejas protestantes de missão para designar os cânticos alternativos, que não constam no hinário oficial da igreja. Atualmente, Samuel Eleoterio, que tem mais de 130 mil ouvintes mensais no Spotify, trabalha com a música 'Espada Afiada', porém a faixa 'Escuta o Barulho', é o maior sucesso do artista com mais de 2 milhões de visualizações.
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De acordo com o estudioso Valderino Albuquerque na dissertação 'Dá gloria e recebe: a expressão mítico-ritual nos 'corinhos de fogo' no culto [neo]pentecostal', de 2014, a expressão musical não é uma novidade nas igrejas e costuma ser presente em determinadas localizações, em especial, nas periferias urbanas.
Outro corinho que viralizou nas redes sociais foi o 'Dá-lhe Bicuda na Cara do Cão', da bispa Luciana Alves, lançada há mais de 10 anos. O fenômeno tem como principais características a cultura afrodiaspórica e traz nas canções elementos marcantes de percussão, por isso, a semelhança ao axé music, samba reggae e o pagode baiano.
O mestrando Nilson dos Santos Soares, que publicou um artigo sobre os corinhos de fogo em Salvador e no Rio de Janeiro durante o Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Enecult), em 2024, citou ainda a diferença entre os corinhos na capital baiana e no Rio de Janeiro, os objetos de estudo dele.
"Enquanto no fenômeno soteropolitano o ritmo acelerado e percussivo se assemelha ao axé music, ao samba-reggae, e ao pagode baiano, o ritmo também acelerado e percussivo do corinho carioca se assemelha ao samba-enredo, ao afoxé, e ao pagode carioca e do samba fundo de quintal."
Entre os hits mais conhecidos do estilo Corinho de Fogo estão: 'Hoje a Terra Vai Tremer' de Valquíria Oliveira, 'Vem Na Marcha', de Zé Carlos e Rejanne, 'Cadê os Pentecostais' e 'Jericó Vai Cair' de Rejanne, 'Jacó Segurou o Anjo', de Edinaldo do Rio, e canções da banda Fogo no Pé'.
Há quem critique as músicas no estilo corinho de fogo por fugirem da adoração, falarem o nome de "demônios" e se misturarem com estilos que são considerados com pecaminosos, como o funk e o pagode, por exemplo. Para outros, o estilo fez com que mais jovens se aproximassem da igreja e outras pessoas passassem a se identificar com o estilo descontraído.
O advento da inteligência artificial proporcionou aos amantes da música sensações especiais e inesperadas, como, por exemplo, a de ouvir a voz daquele artista que já se foi em uma nova gravação.
Mas nem os mais desacreditados da criatividade da mente humana poderiam imaginar que alguém transformaria os maiores sucessos do pagode baiano em música gospel, quase levando o trocadilho "PaGOD" ao pé da letra. Quem diria que um "vai seu derrubado, caguete discarado" daria um bom louvor?
Na última semana versões de alguns dos hits do pagodão caíram nas graças do público ao serem transformados em "louvores". Entre os escolhidos para passarem pelas mãos da Inteligência Artificial estão 'Derrubado' de No Styllo, 'Vaza Canhão' da época que Robyssão era do Black Style, 'Ovo de Avestruz' do Pagodart e 'Lá Vem a Zorra' de Igor Kannário.
Responsável pela peripécia na web, o baiano Arthur Lima, de 23 anos, administrador da página 'O Paí Cêro' no Instagram que já conta com mais de 23 mil seguidores, contou ao Bahia Notícias como surgiu a ideia da brincadeira com as músicas.
"Eu vi nas redes sociais algumas pessoas usando o IA para fazer isso de transformar a música em gospel e pensei 'Rapaz, se colocasse o pagode baiano com as letras que elas têm, ia ficar muito massa'. Quando eu comecei a jogar na IA eu comecei a dar risada e pensei 'Não véi', vou ter que fazer um conteúdo para colocar na página", disse.
O jovem, que não trabalha na área da comunicação nem do humor, disse ter compartilhado a brincadeira sem pretensão de viralizar e se surpreendeu com o resultado. O post foi feito em parceria com outra página de comédia voltada para o cotidiano baiano.
Foto: Instagram
"Eu joguei sem pretensão nenhuma porque pode ser que viralize ou não, mas a galera começou a comentar. Alguns colegas começaram a compartilhar nas redes sociais sem saber que eu tinha feito. Eu sempre foi o ‘palhacinho’ da escola, de ficar fazendo graça. E meus amigos ficavam falando que eu devia criar uma página para ficar postando essas coisas, os memes, as coisas do dia a dia mesmo do soteropolitano, e acabei criando gosto. Criei a página na pandemia, tinha dado uma pausa e voltei agora.”
Para conseguir criar as versões, Arthur recorreu ao aplicativo Suno AI, conhecido como o ChatGPT musical, que transforma textos em músicas a partir dos comandos de quem está administrando. "A IA que eu usei é bem fácil de usar, você pega a letra da música e coloca o estilo que você quer, se quer gospel, se quer pop, rock", conta.
A plataforma foi desenvolvida por músicos e especialistas em IA, que já passaram por grandes empresas como o Meta e TikTok, em uma tentativa de democratizar o processo musical.
Foto: Suno.ai
“Suno está construindo um futuro onde qualquer pessoa poderá fazer boa música. Quer você seja um cantor de chuveiro ou um artista de sucesso, quebramos barreiras entre você e a música que você sonha fazer. Não é necessário nenhum instrumento, apenas imaginação. Da sua mente à música”, diz a descrição do site.
Cada usuário pode "fazer" de forma gratuita até 10 canções por dia. Com o acervo disponibilizado pela plataforma é possível se arriscar nos estilos. Entre as ofertas de gêneros musicais estão Blues, Funk, Rap, Pop, Opera Coreana.
Ao BN, o administrador da página contou que teve o cuidado ao escolher as músicas para não ofender ninguém. Apesar do gospel ser um estilo musical, o gênero está diretamente ligado à crença cristã, e por isso, optou pelas músicas com menos xingamentos para transformar.
“Eu pensei nisso antes de fazer, se eu iria ofender alguma religião com a brincadeira, só que eu fui pesquisar que o gospel não chega a ser tão ligado a religião e tem a ver mais com o estilo. Então eu pesquisei algumas músicas que não tivessem nada muito pejorativo, eu não quis nem criar algo relacionado a igreja ou algo do tipo.”
O PAGODE NO GOSPEL
E a busca de Arthur foi certeira. O estilo da música gospel, que tem a origem ligada a igreja afro-americana e teve as primeiras canções compostas no ritmo do jazz ainda no século XX, foi adotado por artistas de outros ritmos e é possível ver essa interferência no rock e até mesmo no pop.
No Brasil, o gospel chegou a ter um aumento de 46% no número de ouvintes ao longo do último ano no Spotify.
Mas sem Inteligência Artificial, o ‘PaGod’ existe? No pagodão baiano, apesar de diversos artistas seguirem a religião cristã, como O Poeta, por exemplo, e Zé Paredão, não há registros de artistas de destaque que cantem músicas com o ritmo baiano e letras voltadas para a igreja.
Já do outro lado, com o pagode do Sul e Sudeste, o que muita gente entende por samba, é possível encontrar grupos com bons números de ouvintes no Spotify como o Pagode Restaura, a banda Marcados Pagode Gospel, o grupo 100 Preconceito e até o ex-Os Morenos, o cantor Waguinho.
No estilo do “pagode/samba”, alguns dos grandes hits do pagode da banda ‘Só Pra Contrariar’ foram compostos por Regis Danese, dono do sucesso gospel ‘Faz Um Milagre em Mim’. O artista fez parte da banda em 1994, a convite de Alexandre Pires e compôs ‘Te Amar Sem Medo’ e ‘Nosso Sonho Não É Ilusão’. O cantor também compôs a música ‘Eternamente’ para Belo.
IA NA MÚSICA
O uso de Inteligência Artificial na música não é algo, mas já gerou polêmica. Não no caso de Arthur, que pegou canções já existentes e transformou em novas versões com vozes de pessoas desconhecidas.
Mas em 2023, por exemplo, o pai do cantor Gabriel Diniz, Cincinato Diniz, anunciou o lançamento de um álbum inédito do cantor que seria elaborado através da inteligência artificial.
“O Gabriel foi um gigante pioneiro ousado quanto à concretização de várias ideias e muitos projetos inovadores! Agora, com o avanço da Inteligência Artificial, não poderia ser diferente!”, disse Cincinato na época.
A decisão rendeu críticas pela prática, que foi considerada por alguns internautas como um desrespeito a história do cantor, além de ter levantado um debate na web sobre o uso da inteligência artificial em músicas.
Nos Estados Unidos, mais de 200 cantores e compositores assinaram uma carta aberta em alerta aos perigos do uso da IA e reforçando a proibição do uso de seu trabalho para o treinamento de modelos de IA.
“Se não for controlada, a IA desencadeará uma corrida para o fundo do poço que degradará o valor do nosso trabalho e nos impedirá de sermos compensados de forma justa por isso”, diz a carta.
Entre os artistas que assinaram a carta estão Billie Eilish, Katy Perry, Stevie Wonder, Nicki Minaj, Imagine Dragons, Tina Sinatra e Jon Bon Jovi, entre outros.
"Sou fã do pagodão, sou pagodeiro. Vou morrer pagodeiro". A paixão pelo ritmo que fez Léo Santana ganhar espaço não só em Salvador, terra do pagodão, mas em todo o Brasil, vai além do que o artista canta nos palcos.
Para Léo, o pagode baiano representa a cultura local e tem potencial de conversar com diversos outros ritmos, fazendo o "pop baiano", expressão utilizada por veículos de fora da Bahia, crescer. No Spotify, por exemplo, o pagodão domina a playlist de Viral Salvador, e mesmo em um recorte regional, a plataforma tem alcance global, o que ajuda ainda mais a potencializar o ritmo.
Majoritariamente masculino, o gênero tem representantes nacionais conhecidos pelo público, mas ao se falar de mulheres na voz, as cantoras encontram certa dificuldade para encontrar espaços na mídia que façam com que elas tenham o mesmo reconhecimento que os homens.
Foto: Instagram
Ao ser questionado pelo Bahia Notícias sobre o espaço para mulheres no pagodão durante a coletiva do 'Léo & Elas', projeto que teve início no Carnaval de Salvador com nomes como A Dama, Rai Ferreira e Nêssa no trio elétrico, o artista pontuou que vem percebendo um crescimento no cenário, tanto no pagodão quanto no samba, mas confessa que ainda existe um bloqueio.
Léo, então, fez uma análise do cenário do pagode como um todo e afirmou que atualmente é mais fácil ingressar no mercado fonográfico devido às novas tecnologias. "Acho que o bloqueio tem, mas tá muito menor. Acho que também a era digital nos dá essa possibilidade. Eu sou da era do rádio e da TV, que continua sendo atual, mas era um tempo que você aparecia em um programa de TV por um valor X de cachê e quando você saía da apresentação seu cachê triplicava. E hoje, uma tela de celular se torna muito mais forte e faz com que você viralize muito mais rápido. Antes era muito mais difícil ter esse espaço, ou você pagava o jabá ou você não aparecia".
Há mais de 15 anos dando voz a canções de pagode, tempo este dividido entre a banda Parangolé e carreira solo, Léo Santana celebra o crescimento do gênero que se difere do que é cantado pelo É O Tchan, por exemplo, em um guia para quem é de fora e coloca todos no mesmo balaio. No entanto, o crescimento também liga um alerta para o artista: a forma como a imagem do pagodão vem sendo pintada devido às letras.
"Ainda tá difícil, não só para as mulheres, para os homens também tem certa dificuldade. Tem um monte de moleque periférico que também está tentando esse espaço e não está tendo visibilidade. Mas também requer cuidado no que canta, isso é importante ressaltar. Eu estou ouvindo muito pagodão e muita coisa pesada, coisas pesadas essas que acabam sendo um pouco contraditórias com o que quem tá cantando faz. Às vezes você está cantando algo pejorativo e acaba falando em entrevista algo totalmente diferente, eu sou muito isso. Eu canto, na maioria das vezes, o que eu vivo e as pessoas entendem."
Léo, que recentemente gravou uma música com a banda Malafaia Na Voz, que tem como vocalista o baiano Silas Matheus, e tem colaborações com O Poeta, Igor Kannário, La Fúria e A Dama, acredita que é necessário ter mais atenção às canções que estão sendo gravadas, caso a ideia seja ter visibilidade nacional.
"Eu canto empoderando as mulheres porque eu respeito as mulheres o tempo todo, se eu canto música de sair do chão é porque eu vivo isso em casa também, música de sair do chão, cachaça, de resenha. Tem que ter muito cuidado, é claro que espaço tem para todo mundo, mesmo com as dificuldades. Eu acho que tem que ter essa dificuldade, porque eu dou glória a Deus por ter vivido tudo isso. Se é fácil demais, algo de errado não está certo."
O pagodeiro afirma que não faltam músicas de "fuleragem" no repertório, mas sempre com o cuidado para que quem esteja ouvindo não se sinta ofendido. Léo afirma que a busca incansável pelo sucesso pode acabar colocando muito trabalho a perder.
"Sou fã do pagodão, sou pagodeiro. Vou morrer pagodeiro, mas eu tenho muito cuidado com o que eu canto, canto fuleragem, mas é uma fuleragem muito mais fácil de se ouvir. Eu entendo também que as pessoas precisam colocar seu alimento em casa e dá um certo desespero que as coisas aconteçam logo, isso aqui viraliza rápido, isso aqui gera engajamento, isso também está nos deixando mais confusos. Mas tenha um pouco de paciência, quando você trabalha algo positivo a tendência é perdurar muito mais."
Não tem cansaço que interrompa a alegria da galera no Arrastão, realizado nesta quarta-feira (14) de cinzas. Após Bell Marques, o gigante Léo Santana começou o desfile do seu trio levando o pagodão para os foliões.
Leo Santana agita o Arrastão na Barra
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 14, 2024
???? Victor Hernandes/Bahia Notícias pic.twitter.com/ugfToY39MI
Além de Bell e Léo Santana, a última dança do Carnaval de Salvador vai contar com Danniel Vieira, Silvanno Salles e Guga Meira, as bandas Duas Medidas, Lá Fúria e Mambolada; e Carlinhos Brown e convidados.
Foto: Zain Zamec / Bahia Notícias
Mais um dos artistas que desfilam neste domingo (11), no Circuito Dodô (Barra-Ondina), no Carnaval de Salvador, o cantor Xanddy Harmonia falou sobre o impacto do pagode da Bahia a nível mundial. Segundo o artista, o ritmo tem dominado "já faz muitos anos" e a influência musical "faz um grande barulho no planeta".
Xanddy, que hoje puxa o Bloco Daquele Jeito, citou diversas músicas que são pagodes, como "Tá solteiras, mas não tá sozinha" e "Cria da Ivete", de Ivete Sangalo, e as "estouradas" no Carnaval 2024: "Macetando", também de Ivete Sangalo, e "Perna Bamba", de Léo Santana e Tony Sales.
"O pagode tem dominado já faz muitos anos. É o nosso som nacional e eu penso que, para Bahia, ele está em primeiro lugar em representação no mundo. A Ivetinha, dentro da pandemia, já fez um pagode com ‘Tá solteira, mas não tá sozinha' e ganhamos como Música do Carnaval. Ganhamos porque estou na música (risos). Ano passado, com 'Cria da Ivete', que também é um pagode e ela também levou o prêmio. Esse ano ela está com ‘Macetando’ e a gente tem 'Perna bamba', com o Léo e com o Tony, que é incrível: a gente só começa (a música) e o povo canta todo o restante. Temos 'Pimenta Malagueta’ concorrendo. Temos 'Descontrolada' concorrendo. O pagode da Bahia faz um grande barulho no planeta. E eu sinto muito orgulho de poder ser uma peça disso", explicou Xanddy.
Nesta segunda-feira (12), Xanddy Harmonia volta a comandar o Bloco Daquele Jeito.
Depois de cinco trabalhos autorais, Céu lança, nesta sexta-feira (12), seu primeiro disco de releituras. Com produção de seu marido, Pupillo, “Um Gosto de Sol” é resultado do impacto da pandemia na vida da artista.
O álbum tem 14 faixas e participação de artistas como o baiano Russo Passapusso, Emicida e Andreas Kisser, baterista do Sepultura. O repertório, por sua vez, inclui uma vasta gama de ritmos, desde o samba, passando pelo rock e o pop, até a bossa nova e o pagode.
Dentre as regravações registradas por Céu estão faixas como “Chega Mais”, de Rita Lee; “Bom Bom”, de João Gilberto; "Deixa Acontecer", de Carlos Caetano e Alex Freitas, que fez sucesso com o grupo Revelação; "Um Gosto De Sol", de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos; "Pode Esperar", de Roberto Correia e Sylvio Son, conhecida na voz de Alcione; “Teimosa”, de Antonio Carlos & Jocafi; “Ao Romper da Aurora”, de Ismael Silva, Lamartine Babo e Francisco Alves; e "May This Be Love", de Jimi Hendrix.
A banda que acompanhou a cantora e compositora paulista no disco “Um Gosto de Sol” é formada por Pupillo (bateria, percussão e produção do álbum), Andreas Kisser (violão de sete cordas) e Lucas Martins (baixo), além das participações de Hervé Salters e Rodrigo Tavares (teclados), do maestro Jota Moraes (vibrafones) e do DJ Nyack (beats e programações).
Ouça o disco completo:
Integrante do grupo Psirico desde 2013, o guitarrista Jotaerre lançou, nesta quinta-feira (30), seu segundo álbum solo “Tempestade”. Com 13 faixas, entre instrumentais e com vocais, o disco mescla o pagode baiano com outros gêneros, a exemplo do trap, reggaeton e metal.
No trabalho concebido durante o período de isolamento social mais severo da pandemia, o artista buscou “catalisar” sentimentos de revolta e angústia em composições que abordam questões ambientais, como desmatamento, além de problemas políticas e sociais.
Ouça o disco "Tempestade", disponível nas plataformas digitais:
Parangolé e Àttoxxá estão juntos em um novo single: "Molhadinha". Em ritmo de pagode, a nova faixa foi lançada nesta sexta-feira (11) nas principais plataformas digitais.
"Esses caras são grandes pra gente. É uma banda que tem atravessado gerações e uma inspiração pra mim", afirmou o produtor musical Rafa Dias (RDD), integrante do .Àttoxxá
"Em 'Molhadinha' pela primeira vez, contamos com a soma de músicos de outra banda tocando. Realmente ficou com um molho especial. Um encontro para celebrar o groovão da Bahia", comemora Rafa.
"Ela tem a cara do verão, o clima de piscina, sol, praia e além do pagodão traz algumas referências latinas", revela o guitarrista Chibatinha. "É um ano diferente por conta da pandemia, mas creio que a leveza dessa música tenha o papel de ajudar a descontrair um pouco nesse momento", torce.
Projeto ‘Sexta Giramente – Fluindo Diversidade’
Atrações: Banda Giramente
Data: 13 de Maio (sexta-feira)
Local: Casa da Mãe Cultura - Rio Vermelho
Horário: a partir das 22
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.