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operacao 18 minutos
A Operação 18 Minutos, da Polícia Federal, resgatou diálogos entre os juízes e advogados indicando uma possível organização criminosa supostamente formada por desembargadores, servidores e advogados no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) durante dez anos. As informações são do Estadão.
Segundo as investigações, a organização tinha como objetivo fraudar na emissão de alvarás contra o Banco do Nordeste com levantamento de valores milionários.
A operação foi desencadeada no dia 14 de agosto de 2024, por ordem do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal deJustiça (STJ). A investigação recebeu esse nome porque 18 minutos foi o tempo entre uma decisão judicial e um saque de R$ 14,1 milhões contra o Banco do Nordeste. Um outro saque foi de R$ 3,4 milhões.
A Procuradoria requereu ao STJ a perda dos cargos públicos de três desembargadores e dois juízes - além da cassação da aposentadoria de um quarto desembargador, acusados de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
A organização criminosa operava em três núcleos:
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Judicial: Desembargadores e servidores direcionavam processos e fraudavam decisões.
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Causídico: Advogados atuavam em conluio com magistrados para garantir sentenças favoráveis.
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Operacional: Responsável pela lavagem de dinheiro, ocultando os valores ilícitos obtidos.
Segundo a denúncia, o advogado Francisco Xavier moveu uma ação contra o BNB em 2000, reivindicando honorários por um suposto trabalho anterior. O banco contestou, alegando fraude na conversão monetária (cruzeiro para cruzeiro real), que inflou o valor da cobrança. Em 2019, a juíza Alice Rocha reconheceu a prescrição do débito, mas Xavier recorreu. O recurso foi parar na 2ª Câmara Cível, com os desembargadores Guerreiro Júnior, Nelma Sarney e Luiz Gonzaga.
De acordo com a promotoria, Luiz Gonzaga, após pedir vista do processo, recebeu em casa Felipe Ramos, filho de Xavier. Mensagens de WhatsApp comprovam o contato direto entre eles, sem formalidades, indicando relação ilícita. Antes do julgamento, Felipe Ramos e um associado sacaram grandes quantias em dinheiro, entregues ao desembargador. Em maio de 2021, Gonzaga recebeu R$ 25 mil em depósitos fracionados. O tribunal derrubou a prescrição e concedeu a Xavier 10% do valor da execução, contrariando o MP.
Foto: Reprodução /MPF
Segundo as investigações, em 2015, a juíza Alice Rocha liberou um alvará de R$ 14,1 milhões para Xavier, ignorando um laudo contábil que apontava saldo de apenas R$ 490 mil. O dinheiro foi transferido para Felipe Ramos, que repassou R$ 12 milhões para sua cunhada, Janaína Lobão. Janaína sacou R$ 10,3 milhões em espécie e emitiu cheques de R$ 1,7 milhão, zerando a conta em seguida.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que os magistrados negociavam votos antes dos julgamentos. Luiz Gonzaga mantinha contatos frequentes com advogados como Carlos Luna, que também o visitava em casa para tratar de processos. Em 2024, novas interceptações mostraram Luna marcando encontros com o desembargador, reforçando os indícios de tráfico de influência.
O Ministério Público Federal denunciou quatro desembargadores, dois juízes do primeiro grau do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) e outros investigados pela Operação 18 minutos, uma investigação da Polícia Federal que desmontou um suposto esquema de corrupção e liberação, em tempo recorde, de alvarás.
De acordo com a Procuradoria do Maranhão, houve um desvio de aproximadamente R$ 50 milhões.
Segundo a denúncia, os desembargadores Antonio Pacheco Guerreiro Júnior, Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves e Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa - cunhada do ex-presidente José Sarney - e os juízes Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Souza operavam suposto esquema de venda de sentenças com o conluio de políticos, servidores e advogados.
Além deles, são acusados treze advogados, três ex-assessores do Tribunal, um ex-deputado federal e o prefeito Fred Campos (PSB) de Paço do Lumiar, município localizado na região metropolitana de São Luís.
Também são acusados os ex-assessores de desembargadores Paulo Martins de Freitas Filho, Lúcio Fernando Penha Ferreira e Zely Reis Brown. Ao todo, são 29 acusados na Operação 18 Minutos.
O documento apontou diversas “movimentações suspeitas” decorrentes de saques de alvará judicial no montante de R$ 14 milhões, expedido no bojo de um processo judicial “possivelmente fraudulento”, envolvendo o grupo de magistrados.
A operação resgatou diálogos entre juízes e advogados que indicam como uma organização criminosa supostamente formada por desembargadores, servidores e advogados no TJ-MA durante dez anos. Segundo as investigações, a organização fraudava emissão de alvarás contra o Banco do Nordeste com levantamento de valores milionários. Os magistrados teriam arrecadado pelo menos R$ 54,7 milhões em propinas.
A Procuradoria requereu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a perda dos cargos públicos de três desembargadores e dois juízes, bem como a cassação da aposentadoria de um quarto desembargador, sob a acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação foi desencadeada no dia 14 de agosto de 2024, por ordem do ministro João Otávio de Noronha, do STJ. A investigação recebeu esse nome porque 18 minutos foi o tempo entre uma decisão judicial e um saque de R$ 14,1 milhões contra o Banco do Nordeste. Um outro saque foi de R$ 3,4 milhões.
As informações são do Estadão.
Deflagrada nesta quarta-feira (14) pela Polícia Federal (PF), a Operação 18 Minutos investiga a atuação de uma organização criminosa dentro do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). São apuradas as supostas práticas dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Outras medidas cautelares também foram cumpridas, como o afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens e monitoramento eletrônico.
Na lista de investigados estão a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney; os desembargadores Marcelino Everton Chaves, Luiz Gonzaga Almeida Filho, e Antônio Pacheco Guerreiro Júnior; os juízes Alice de Sousa Rocha e Cristiano Simas de Sousa; e o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de atuar na manipulação de processos do TJ-MA com o intuito de obter vantagem financeira. Em uma das decisões judiciais investigadas existe a indicação de desvio de R$ 14 milhões.
São investigados os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Maranhão comunica que tem colaborado com a operação, que cumpriu mandados em algumas unidades do prédio-sede da Corte e do Fórum de São Luís. “Com fundamento nos princípios da transparência e da governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF”, confirma a Corte.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.