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O governo de Israel aprovou o acordo assinado com o grupo terrorista Hamas para encerra a guerra na Faixa de Gaza. O acordo sugerido pelos Estados Unidos pode colocar um fim no conflito após dois anos e dois dias, a partir desta quinta-feira (9). Em Gaza, Hamas afirmou ter recebido garantias dos Estados Unidos e dos mediadores Turquia, Qatar e Egito de que o conflito oficialmente acabou.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está prestes a conseguir o retorno dos reféns ainda em poder do Hamas. "Lutamos por dois anos para atingir nossos objetivos de guerra", afirmou o premiê, em inglês, em reunião de gabinete ao lado de Steve Witkoff e Jared Kushner, enviados do presidente Donald Trump que participaram da reunião. "Um desses objetivos era a volta dos reféns, todos eles, vivos e mortos. E estamos prestes a atingir esse objetivo."
Com a aprovação do acordo, um cessar-fogo no território palestino entrou imediatamente em vigor. Nesta quinta, relatos de bombardeios israelenses contra Gaza foram registrados pelas agências de notícias e por palestinos no território, mas a expectativa é de que Exército de Israel inicie sua retirada de Gaza nas primeiras 24 horas após o anúncio, possibilitando que o Hamas reúna todos os reféns.
De 48 horas a 72 horas depois do anúncio, provavelmente entre sábado e domingo, todos os sequestrados ainda vivos devem ser libertos pelo Hamas. Não há clareza se os corpos dos reféns mortos também serão recuperados. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a facção e Tel Aviv precisam ainda negociar a lista de prisioneiros palestinos que serão libertados por Israel —o Hamas diz que todas as mulheres e crianças presas serão soltas.
O Exército israelense afirmou, em comunicado, que já iniciou "preparações operacionais" para a primeira fase do acordo. O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, instruiu as tropas a permanecerem em suas posições enquanto o pacto era discutido. A segunda fase, ainda a ser debatida a partir das diretrizes do plano anunciado por Trump, prevê o recuo para uma segunda linha de retirada ainda dentro de Gaza apenas após o estabelecimento de uma força internacional transitória de estabilização do território palestino.
Com o acordo eventualmente concluído, Israel ainda manterá uma zona-tampão por todo o perímetro de Gaza. Ou seja, na prática, a previsão é de que Tel Aviv mantenha o controle da fronteira de Gaza com o Egito, ainda que o plano do presidente americano proponha a entrada de ajuda humanitária no território palestino sem interferências.
Outro ponto ainda sem resolução, e que ameaça derrubar o acordo em próximas fases, é o desarmamento do Hamas. O grupo disse que não aceitará entregar suas armas e por isso, especialistas israelenses ouvidos pela Folha apontam que Tel Aviv pode ter que aceitar um desarmamento parcial, assim como o Hamas terá que aceitar uma retirada parcial de tropas israelenses de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Israel e o Hamas aprovaram a primeira fase do acordo de paz proposto por Washington para o conflito em curso na Faixa de Gaza. Em pronunciamento na noite desta quarta (8), o presidente americano diz que o entendimento prevê a libertação de todos os reféns israelenses pelo grupo terrorista e a retirada das tropas de Tel Aviv para uma linha previamente acordada.
"Estou muito orgulhoso em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso plano de paz", escreveu Trump na rede social Truth Social. "Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve, e que Israel retirará suas tropas até uma linha combinada como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e permanente".
Após o anúncio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu ao anúncio. "Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa", disse em uma breve declaração. O Hamas também publicou um comunicado em que confirma o acordo e apela a Trump e outros Estados para que garantam que Tel Aviv cumpra os termos negociados. As informações são da Folha de S. Paulo.
Em seu anúncio, Trump ainda agradeceu "aos mediadores do Qatar, Egito e Turquia", que trabalharam "para que este evento histórico e sem precedentes acontecesse". Mais cedo nesta quarta, o Hamas havia entregado uma lista de reféns e prisioneiros palestinos que poderiam ser trocados em uma permuta e disse estar otimista quanto às conversas em Sharm el-Sheikh, no Egito, para uma trégua.
A expectativa nesta quarta girava em torno dos pontos de discórdia: Israel exige que o Hamas entregue as armas para encerrar a guerra. Nos próximos dias, autoridades das outras partes envolvidas nas conversas devem começar a chegar à cidade turística egípcia.
O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou, nesta terça-feira (7), que o Hamas “deve ser exterminado”, durante sessão solene do Senado em homenagem às vítimas dos ataques de 7 de outubro de 2023, em Israel. A declaração foi proferida no plenário durante o ato em memória das vítimas; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não compareceu à solenidade.
Em seu discurso, Wagner, que é judeu, qualificou os ataques de 2023 como “covardes” e ressaltou a importância de não confundir o Estado de Israel com as opções políticas de seu governo. “O Hamas tem que ser exterminado, mas o governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro”, declarou o senador.
Wagner também criticou a condução do governo de Benjamin Netanyahu e defendeu que o valor da vida humana não pode ser hierarquizado por crença religiosa. Segundo o parlamentar, parte da população israelense também discorda das escolhas da atual liderança do país.
Ao final, o senador defendeu o diálogo e a busca por um cessar-fogo, afirmando que “o acordo de paz só existe quando as partes beligerantes concordam em encontrá-la”. (Atualizado às 16h14 para adicionar que o senador Jaques Wagner é judeu)
A delegação diplomática brasileira deixou o plenário da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26), durante discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em seu discurso na Assembleia, foi boicotado por diversas delegações e vaiado durante a apresentação.
O grupo brasileiro compareceu ao plenário com lenços típicos palestinos, o Keffiiyeh, mas deixou a sessão no momento em que o líder israelense subiu no púlpito. Outras delegações também deixaram o plenário, como Coreia do Sul, Líbano, Austrália, Venezuela, Sri Lanka, Tunísia e Senegal. As comitivas diplomáticas de países diretamente atacados por Israel, como as delegações diplomáticas da Turquia, Arábia Saudita, Irã e Qatar fizeram o mesmo.
Foto: Reprodução/Felippe Coaglio/g1
No local, Netanyahu foi aplaudido e vaiado por alguns presentes. Ao Uol, o assessor especial da presidência, Celso Amorim, afirmou que o protesto foi uma mensagem a Israel. “Sempre lembrando que isso não tem relação com o povo judeu, que tanto admiramos", ressaltou. "E nem com o Estado de Israel, cuja existência não discutimos. Isso tem uma relação com o respeito à população palestina", completa Amorim.
Em sua fala, Netanyahu se opôs ao reconhecimento do Estado da Palestina, tema que Lula defendeu na abertura da Assembleia. O Brasil já reconhece o Estado da Palestina desde 2010. O protesto contra o discurso do Estado de Israel também não ocorreram apenas na sede das Nações Unidas. Em frente ao prédio, as avenidas de Nova York foram tomadas por protestantes a favor da Palestina. As informações são do Uol e g1.
Durante discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) efetuou uma série de críticas aos ataques de Israel na Faixa de Gaza.
Em sua declaração, o líder brasileiro se referiu e afirmou que não há justificativas para o que chamou de “genocidio” no local.
“Nada justifica o genocídio em curso em Gaza. [...] Quero expressar minha admiração aos judeus que dentro e fora de Israel se opõem a essa punição coletiva. O povo palestino corre o risco de desaparecer. Só sobreviverá como estado independente integrado à comunidade internacional. Essa é a solução defendida por mais de 150 membros da ONU e afirmada ontem aqui, neste mesmo plenário, mas obstruída por um único veto”, afirmou.
“É lamentável que o presidente tenha sido impedido de ocupar a bancada da Palestina neste momento histórico.”
Lula ainda comentou e tratou sobre crises climáticas. Segundo ele, a COP30, que vai ocorrer em Belém, servirá como um momento para que os chefes das nações realizem seriedade de compromisso com o planeta. Ele ainda alfinetou o uso de bombas e armas nucleares para o combate de problemas climáticos.
“Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado. A COP30, em Belém, será a COP da verdade. Será o momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta. Sem ter o quadro completo das Contribuições Nacionalmente Determinadas (as NDCs), caminharemos de olhos vendados para o abismo”, disse Lula.
“O Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% suas emissões, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. Nações em desenvolvimento enfrentam a mudança do clima ao mesmo tempo em que lutam contra outros desafios. Enquanto isso, países ricos usufruem de padrão de vida obtido às custas de duzentos anos de emissões. Exigir maior ambição e maior acesso a recursos e tecnologias não é uma questão de caridade, mas de justiça”, complementou.
A ação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”, os atos terroristas realizados pelo Hamas são “inaceitáveis” e é preciso que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) se mobilize para estabelecer a paz na região, concluindo pela criação do Estado da Palestina.
Essas foram algumas das declarações dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao participar, nesta segunda-feira (22), de uma conferência na sede da ONU, em Nova York, para a busca de uma solução de dois Estados, que visa a coexistência pacífica entre um Estado palestino e o Estado israelense.
Na sua fala durante a conferência, o presidente Lula afirmou que a única palavra que poderia descrever o que ocorre atualmente na Faixa de Gaza é “genocídio”.
“Como apontou a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados [grupo da ONU], não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”, criticou Lula.
O presidente brasileiro também condenou o que chamou de “atos terroristas” liderados pelo grupo Hamas contra Israel, fazendo referência aos ataques ocorridos em 7 de outubro de 2023, que deram início ao conflito que dura até os dias atuais.
“Os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis. O Brasil foi enfático ao condená-los. Mas o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”, acrescentou o brasileiro.
Lula reforçou que apesar do ataque do Hamas, o direito à defesa de Israel não autoriza a “matança indiscriminada de civis”.
“O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas tentativa de aniquilamento do seu sonho de nação”, comentou.
O evento em prol da Palestina ocorre em paralelo à assembleia-geral, que terá sua abertura na manhã desta terça (23), com discurso inaugural feito pelo presidente Lula. A 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados foi convocada pela França e Arábia Saudita.
Na sua declaração, Lula voltou a defender a criação do Estado da Palestina e criticou novamente o Conselho de Segurança da ONU.
“Tanto Israel, quanto a Palestina têm o direito de existir. Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz. Saudamos os países que reconheceram a Palestina, como o Brasil fez em 2010. Já somos a imensa maioria dos 193 membros da ONU”, destacou.
“Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade”, completou Lula.
O exército de Israel realizou, nesta terça-feira (9), um bombardeio contra a sede do escritório político do Hamas em Doha, no Catar. Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel classificaram a ofensiva como um ataque “preciso”, direcionado à liderança da organização.
VÍDEO: Israel ataca Catar com bombardeio aéreo e diz que alvo foi escritório do Hamas em Doha
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Segundo o Exército, os alvos “lideraram as atividades terroristas do Hamas por anos e são diretamente responsáveis pelo massacre de 7 de outubro e pela gestão da guerra contra Israel”.
Imagens registradas após a ação mostram uma coluna de fumaça sobre a capital e pessoas correndo nas proximidades do local atingido.
Israel e Itália se enfrentaram pela sexta rodada das Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo 2026 e protagonizaram um jogo de nove gols na tarde desta segunda-feira (8). Em Debrecen, na Hungria, Sandro Tonali marcou nos acréscimos e deu a vitória por 5 a 4 aos italianos.
No Nagyerdei Stadion, apenas 16 minutos foram suficientes para que o placar fosse aberto. Manuel Locatelli desviou contra o próprio patrimônio e Israel passou a frente. Ainda no primeiro tempo, Moise Kean empatou para a Itália.
Na segunda etapa, Dor Peretz balançou as redes e deixou 2 a 1 para os israelitas, mas dois minutos depois, Moise Kean deixou tudo igual novamente. Aos 13’, Matteo Politano colocou a Itália na frente por 3 a 2. Aos 36’, Giacomo Raspadori ampliou para 4 a 2, mas nada estava acabado, porque um novo gol contra, desta vez de Alessandro Bastoni, colocou Israel de volta ao jogo.
Dor Peretz deixou o placar em 4 a 4 aos 44 minutos do segundo tempo, mas Andrea Cambiaso cruzou para Sandro Tonali nos acréscimos e o camisa 8 colocou a Itália na frente pela segunda vez na partida. 5 a 4 para a equipe comandada por Gennaro Gattuso.
Com o resultado, a Itália passou a assumir a segunda colocação do Grupo I com nove pontos somados. Com os mesmos nove pontos conquistados, Israel fica na terceira posição, mas com um jogo a mais que os italianos.
A emissora síria de televisão, Al Jazeera, registrou ao vivo o bombardeio israelense que atingiu o prédio do Ministério da Defesa da Síria nesta quarta-feira (16), na capital Damasco. A explosão no local, que fica próximo ao Palácio Presidencial sírio, atingiu o centro do prédio e deixou destroços e uma grande nuvem de fumaça no local.
? TVs registram ataque aéreo israelense ao Ministério da Defesa da Síria
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Imagens da programação ao vivo mostram o momento em que os repórteres e uma âncora se protegem dos ataques. De acordo com o Ministério da Saúde sírio, os bombardeios aéreos israelenses em Damasco deixaram pelo menos três mortos e 34 feridos. As informações são do g1.
A ofensiva de Israel faz parte de uma nova frente dos conflitos no Oriente Médio. As Forças Armadas de Israel afirmam que é uma resposta a combates que soldados sírios têm travado com drusos, minoria étnica que vive em regiões tanto de Israel quanto da Síria.
Os militares israelenses disseram que "atingiram o portão de entrada do complexo do quartel-general militar do regime sírio" em Damasco e que continuavam "a monitorar os acontecimentos e as ações tomadas contra os civis drusos no sul da Síria".
O Ministério da Defesa da Síria pediu aos moradores da cidade que permanecessem em casa. Alguns moradores que a Reuters conseguiu contatar por telefone disseram que estavam escondidos em casa com medo, sem eletricidade.
Segundo a mídia estatal síria, TV Elekhbariya, os ataques também atingiram Sweida, cidade no oeste da Síria de maioria drusa onde soldados têm atacado a população local.
As tropas do governo sírio foram enviadas para a região de Sweida na segunda-feira (14) para acabar com os combates entre combatentes drusos e homens armados beduínos, mas acabaram entrando em conflito com as próprias milícias drusas.
Pelo menos 27 palestinos morreram neste domingo (13) em novos ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza, informou a Defesa Civil local. O território enfrenta mais de 21 meses de conflito, desde o início da guerra em outubro de 2023.
De acordo com o porta-voz da corporação, Mahmud Basal, as investidas atingiram diferentes áreas da Cidade de Gaza, provocando a morte de civis, entre eles mulheres e crianças.
Um dos bombardeios atingiu uma casa próxima ao campo de refugiados de Nuseirat, no sul da Cidade de Gaza, deixando dez mortos e vários feridos. Outro ataque teve como alvo um ponto de distribuição de água em uma zona onde estão concentrados deslocados, também em Nuseirat, resultando na morte de seis pessoas.
Ainda segundo Basal, três civis morreram no sul da Faixa de Gaza, após bombardeio da Força Aérea israelense contra uma tenda improvisada que servia de abrigo em Al-Mawasi.
O exército de Israel não se pronunciou oficialmente sobre as ações deste domingo até o momento.
Um integrante do alto escalão do governo de Israel afirmou neste sábado (5), sob condição de anonimato, que “nenhuma decisão” foi tomada até o momento em relação à proposta de cessar-fogo aceita na véspera pelo Hamas. O plano, mediado pelos Estados Unidos, com apoio de Egito e Catar, prevê uma trégua de 60 dias nos ataques à Faixa de Gaza.
A expectativa é que o gabinete de segurança de Israel se reúna em breve para deliberar sobre o acordo. A decisão acontece na véspera da viagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Washington, onde ele deve se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (7).
Na sexta (4), o grupo Hamas anunciou que aceita o esboço apresentado pelos mediadores internacionais. Segundo uma fonte palestina envolvida nas negociações, o plano prevê uma trégua de dois meses, durante a qual o Hamas libertaria metade dos reféns israelenses ainda vivos, em troca da libertação de presos palestinos atualmente detidos em Israel.
Também nesta sexta, o Hamas disse estar pronto para “começar imediatamente” a discutir os detalhes da implementação do cessar-fogo. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas em Gaza, declarou apoio às tratativas, mas pediu garantias quanto ao cumprimento do plano.
Em declaração à imprensa, o presidente Donald Trump afirmou não estar ciente da resposta formal do Hamas, mas mostrou otimismo: “Precisamos acabar com isso. É necessário que algo seja feito por Gaza”, disse.
A jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, pediu desculpas neste fim de semana após uma declaração polêmica feita durante a edição de sexta-feira (20) do programa Em Pauta, ao comentar os ataques realizados pelo Irã contra Israel. A fala gerou forte repercussão negativa nas redes sociais e críticas por suposta insensibilidade diante da gravidade do conflito.
Durante o comentário, Cantanhêde afirmou: “Tem uma mortezinha aqui, outra ali. Uns 23 feridos aqui, 40 ali. Feridos! Eu não consigo entender por que o Irã atinge o alvo e não mata ninguém.” O tom e a escolha de palavras foram criticados por internautas, que consideraram a fala insensível e, em alguns casos, antissemita. Houve quem apontasse que a jornalista minimizou o valor de vidas humanas ao questionar o número de vítimas.
No sábado (21), Eliane publicou um esclarecimento nas redes sociais, dizendo que sua intenção era apenas compreender os sistemas de defesa dos países envolvidos. Mais tarde, reconheceu o erro e pediu desculpas. “Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas. A intenção foi fazer uma pergunta técnica sobre armamentos e sistemas de defesa”, escreveu.
Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas. A intenção foi fazer uma pergunta técnica sobre armamentos e sistemas de defesa.
— Eliane Cantanhêde (@ECantanhede) June 22, 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que o país realizou ataques contra três instalações nucleares iranianas. Os ataques acontecem em meio à escalada do conflito entre Irã e Israel, que já enfrentam uma semana de intensos combates aéreos.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 21, 2025
"Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", declarou Trump em uma publicação na rede Truth Social.
De acordo com o presidente norte-americano, Fordow, considerado o principal alvo, foi atingido por uma carga completa de bombas. Ele afirmou ainda que as aeronaves dos EUA já deixaram o espaço aéreo iraniano e retornam em segurança.
“Fordow não existe mais. Este é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo. O Irã agora precisa aceitar o fim desta guerra”, acrescentou.
Trump também parabenizou os militares norte-americanos e declarou: “Não há outro exército no mundo que poderia ter feito isso. Agora é hora de paz!”.
Até o momento, o governo do Irã não se pronunciou oficialmente sobre os ataques. Israel havia iniciado uma operação militar com o objetivo de neutralizar alvos nucleares no Irã, o que motivou uma reação iraniana com mísseis lançados contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
O ataque norte-americano marca uma nova etapa no conflito e reforça o apoio dos EUA a Israel.
Os influenciadores brasileiros Beto Martinne e Murilo Lorran deixaram Tel Aviv, capital de Israel, após passar dias confinados em um hotel devido a conflitos entre Israel e Irã. A dupla estava no país para participar da tradicional Parada LGBTQIAPN+, uma das maiores do Oriente Médio.
Os influenciadores, conhecidos por dublagens e perfomances de coreografias em lugares públicos, utilizaram suas redes sociais para atualizar os seguidores.
“Oi gente, desculpa o sumiço, as coisas por aqui estão bem caóticas e estamos tomando o máximo de cuidado. Estamos bem, nos protegendo, sempre em alerta. Nunca imaginei que fosse vivenciar isso… viemos para absorver as vivências da comunidade LGBTQIAPN+ e isso tudo aconteceu”, escreveu Beto Martinne, em seu perfil no X.
ENTENDA O CONFLITO
Na última sexta-feira (13), Israel lançou a operação Rising Lion, que realizou bombardeios contra instalações militares no Irã. Em resposta, Irã disparou mais de 150 mísseis e drones contra cidades israelenses, incluindo a capital Tel Aviv.
A jornalista Danuza Mattiazzi, repórter da GloboNews, abandonou a tela durante um ao vivo para a emissora direto de Tel Aviv, após receber um alerta para deixar o terraço e se esconder no bunker devido a um ataque aéreo.
No ao vivo, Danuza explicou aos apresentadores do estúdio quais medidas tomaria e continuou com o ao vivo, porém, fora da tela.
Jornalista se abriga em bunker durante ataque em Israel; correspondente relata momentos de tensão durante bombardeio de mísseis iranianos.
— GloboNews (@GloboNews) June 15, 2025
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“Estão ouvindo a sirene. Essa é a sirene que teremos de correr para o safe room. Vou deixar celular ligado e vou conectar com vocês. Tocou meu alarme também. Conecto pelo WhatsApp. Cinco minutos”, relatou.
A câmera em que Danuza aparecia continuou posicionada no terraço e mostrou o ataque.
Um dia antes da situação transmitida ao vivo pela GloboNews, Danuza falou sobre a rotina em Tel Aviv em meio à guerra entre Israel e Irã e falou sobre o desabastecimento dos mercados e de itens considerados essenciais na culinária do Oriente Médio.
“Temos aqui sempre muitas prateleiras cheias de homus, muitos pacotes e marcas e hoje essa parte do supermercado, pelo menos aqui ao lado, que é um grande supermercado, estava vazia [...] também pepino, que é outra coisa muito útil, outro alimento muito utilizado aqui na culinária do Oriente Médio [...] Tomates também, tomate-cereja, esses alimentos que você sabe, que são tradicionais, como o nosso feijão e arroz."
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz um duro alerta ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, diante da escalada nos ataques entre os dois países. Em comunicado neste sábado (14), Katz afirmou que, se os disparos iranianos contra civis israelenses persistirem, Teerã, capital do Irã, "vai queimar".
“O ditador iraniano está tomando os cidadãos iranianos como reféns, criando uma realidade na qual eles, e especialmente os moradores de Teerã, pagarão um alto preço pelos danos flagrantes infligidos aos cidadãos israelenses. Se Khamenei continuar disparando mísseis contra a retaguarda israelense, Teerã vai queimar”, declarou o ministro em comunicado oficial.
A ameaça ocorre em meio ao aumento das tensões na região. Segundo a Magen David Adom, agência de resposta a emergências de Israel, o número de mortos após os últimos ataques do Irã subiu para três. Duas pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas quando mísseis atingiram casas em Rishon Lezion, ao sul de Tel Aviv.
Segundo a CNN, uma terceira vítima foi confirmada após ser atingida por um fragmento de arma em Ramat Gan, a leste da capital israelense. A polícia local informou que a mulher morreu ainda no local.
Diante do cenário, o chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF) declarou que os militares devem retomar os ataques a alvos em Teerã. O conflito representa uma das maiores escaladas diretas entre os dois países, em um contexto já tenso após meses de guerra na Faixa de Gaza.
O Irã, por sua vez, afirma que seus ataques são uma resposta a ações anteriores de Israel. O governo iraniano ainda não comentou oficialmente as declarações de Katz.
A Embaixada de Israel em Brasília e o Consulado-Geral israelense em São Paulo foram fechados para o público nesta sexta-feira (13), sem data para a reabertura. O fechamento das representações ocorre após Israel atacar o Irã na madrugada desta sexta-feira (13), e não há informações oficiais sobre a suspensão dos serviços. As informações são da Agência Brasil.
Em outros países, como na Alemanha, embaixadas israelenses também foram fechadas. Após o ataque desta sexta, Israel alega que o país persa estaria construindo bombas atômicas com potencial de serem usadas contra os israelenses. O Irã nega o desenvolvimento de armas nucleares e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.
O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu responder aos ataques de Israel que vitimaram altos comandantes militares e cientistas do país, e também danificarem instalações nucleares e fábricas de mísseis.
Em nota à imprensa, o governo brasileiro condenou a ofensiva aérea israelense contra o Irã no que chamou de “clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”. O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que acompanha a situação com forte preocupação.
Já a Embaixada do Brasil em Tel Aviv emitiu um alerta consular com orientações à comunidade brasileira em Israel, baseada nas diretrizes do Comando de Segurança Interna (Home Front Command). São elas:
O aplicativo desenvolvido e mantido pelas Forças de Defesa de Israel fornece, em tempo real, alertas, instruções e informações para salvar vidas. Os avisos podem ser personalizados, de acordo com a localização e áreas de interesse do usuário, como a própria casa e de parentes, escola dos filhos e local de trabalho.
Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores nesta sexta-feira (13), o governo Lula condenou os ataques aéreos realizados pelas forças militares de Israel contra alvos no Irã. Logo no começo do dia, Israel utilizou 200 caças em seu ataque, lançando mais de 330 “munições diversas” e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã.
Na nota à imprensa, o Itamaraty afirma que o ataque realizado por Israel viola a soberania iraniana e o direito internacional.
“O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional. Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”, afirma o Itamaraty.
No final do seu comunicado, o Ministério das Relações Exteriores fez um apelo para que “todas as partes envolvidas” adotem postura de “máxima contenção”, além de pedir o “fim imediato das hostilidades”.
Diversos militares iranianos de alto escalão foram mortos nos ataques. Entre eles, está o General Hossein Salami, o poderoso comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã; o Major-General Mohammad Bagheri, o oficial militar de mais alta patente do Irã; e o ex-chefe de segurança nacional do Irã, Ali Shamkhani.
Em resposta aos ataques, o governo do Irã disparou mais de 100 drones em direção ao território israelense. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que atuaram para interceptar os drones.
Logo após os ataques, a missão permanente do Irã junto às Nações Unidas solicitou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para discutir a ofensiva israelense. Após a solicitação do Irã receber apoio de China e Rússia, o Conselho de Segurança decidiu se reunir em caráter de urgência na tarde desta sexta.
As Forças de Defesa de Israel realizaram um ataque contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília.
O bombardeio teve como alvo instalações ligadas ao programa nuclear iraniano, incluindo a usina de Natanz, apontada como um dos principais centros de enriquecimento de urânio do país.
Em pronunciamento divulgado logo após o início da ofensiva, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação visa conter “a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”. Segundo ele, a ação militar terá continuidade. “Os ataques continuarão por quantos dias forem necessários”, declarou o premiê.
A televisão estatal iraniana noticiou que o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, morreram durante os ataques. A emissora informou ainda que dois cientistas nucleares também foram mortos.
Horas após o bombardeio, o governo israelense relatou o lançamento de mais de 100 drones pelo Irã contra seu território. Autoridades de segurança orientaram a população a buscar abrigo e evitar áreas abertas.
Teerã prometeu responder aos ataques.
Em discurso no plenário da Câmara, na sessão desta quarta-feira (11), o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), fez um apelo ao governo federal: que rompa relações diplomáticas com o governo de Israel.
Além do rompimento com a administração do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o deputado baiano pediu ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que articule com outros países para que tomem esse mesmo caminho.
“Já tem um ano e meio o massacre na Faixa de Gaza: mais de 67 mil pessoas assassinadas! É preciso que o governo brasileiro rompa relações com o governo de Israel. Nós não podemos, de forma nenhuma, o mundo não pode ficar assistindo a massacres, a assassinatos de crianças, de mulheres indefesas”, afirmou o deputado.
Segundo afirmou Valmir Assunção, o que se assiste na Faixa de Gaza não seria uma guerra, mas puramente um massacre contra o povo palestino, “que tem direito ao seu território”.
“É preciso dar um basta ao massacre contra o povo palestino! Não podemos observar calados o massacre de toda uma população”, reiterou o deputado do PT da Bahia.
Em entrevista coletiva durante sua viagem à França, o presidente Lula fez declarações na mesma linha do deputado Valmir Assunção. Lula disse que a guerra na Faixa de Gaza é desproporcional, já que é um “exército altamente profissionalizado matando mulher e criança”.
“Nós também criticamos o Hamas quando fez a invasão a Tel Aviv [capital do país]. Agora, o que ninguém responde é como a inteligência de Israel permitiu que alguém de asa delta invadisse Tel Aviv. Sinceramente, tem coisas que meus anos de escolaridade não me permitem compreender”, afirmou.
O presidente Lula disse ainda que fica pasmo com o silêncio do mundo em relação ao que acontece na Faixa de Gaza.
“Parece que não existe mais humanismo nas pessoas. ‘Ah, palestino pode morrer’. Palestino não é ser inferior, palestino é gente como nós. Ele tem o direito de ter o terreno dele”, disse Lula.
O ativista brasileiro Thiago Ávila, preso durante uma interceptação de Israel a uma embarcação humanitária rumo a Gaza, está preso em uma solitária na prisão de Givon, na cidade de Ramla. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11), pela jornalista Giovanna Vial, do Opera Mundi.
Segundo informações cedidas ao jornal pela defesa de Thiago, ele foi transferido para uma cela solitária “escura, pequena, sem ventilação e sem acesso a ninguém”. Desde a segunda-feira (9), o brasileiro tem realizado uma greve de fome.
A defesa afirmou que as autoridades israelenses proferiram ameaças de deixá-lo na cela solitária por uma semana, ainda que sua ordem de deportação tenha sido emitida nesta quarta-feira (11/06). Segundo a defesa do brasileiro, o procedimento adotado pelos israelenses é ilegal.
O Thiago Ávila foi interceptado e detido por agentes israelenses em águas internacionais no mar Mediterrâneo junto aos demais 11 ativistas da Flotilha da Liberdade na madrugada de segunda-feira. O grupo utilizava o veleiro Madleen para levar suprimentos aos palestinos famintos em Gaza, sem passar pelo território israelense.
A esposa de Thiago, Lara Souza, deu uma declaração a reportagem alegando que ‘’Thiago é um preso político, detido ilegalmente por Israel em águas internacionais. Ainda que tivessem passado o limite de águas internacionais, eles (os ativistas) estariam em águas palestinas. A prisão é ilegal de toda forma”, denunciou.
Além do convite à deportação por parte do governo israelense, os ativistas receberam uma sanção de que estão proibidos de entrar em Israel por 100 anos. ‘’Na prática, isso significa que estão impedidos de entrar na Palestina, já que Israel comanda ilegalmente os territórios palestinos’’, afirma.
A influenciadora digital Camila Loures contou, através de suas redes sociais, que teve seu voo para Tel Aviv, em Israel, cancelado após um míssil atingir proximidades de aeroporto israelense. Segundo a youtuber, viajar para Israel aos 30 anos é um desejo antigo.
Segundo a influenciadora, a viagem até a capital israelense seria realizado com conexão em Madrid, mas a viagem foi adiada após os voos serem cancelados na região.
“Na verdade nosso voo é do Brasil para Madrid e de Madrid para Tel Aviv. O que foi cancelado foi o de Madrid para Tel Aviv. Até mais informações, não podemos ir daqui para Madrid. Os dois trechos tem que estar liberados para nós sairmos do Brasil”, explicou Loures.
O voô de Camila Loures para Israel foi adiado pois o aeroporto quase foi atingido por um MÍSSIL. pic.twitter.com/x8F6vHp0Ze
— acervo camila loures (@acervocloures) May 4, 2025
Ao ser questionada por um seguidor sobre o motivo da influenciadora querer viajar ao país atualmente, Loures contou que sempre teve vontade de viajar para Israel aos 30 anos.
“Sempre foi um sonho meu ir para Israel aos 30 anos e aí quando existiu a oportunidade dessa viagem, eu vi que já não tava em guerra mais, aí eu falei: ‘ah, eu vou’”, explicou.
Ugh her mind pic.twitter.com/TWIISfdeKg
— convenhamos (@vegetacil) May 5, 2025
Desde 2023, as forças israelenses estão em conflito com o Hamas e a região da Faixa de Gaza. Apesar de uma trégua realizada em janeiro deste ano, os ataques contra a região da Palestina retornaram em março e o governo de Israel aprovou, nesta segunda-feira (5), um plano de ocupação total da região por tempo indeterminado, segundo a agência de notícias Associated Press.
O cineasta palestino Hamdan Ballal, vencedor do Oscar 2025 de Melhor Documentário, foi liberado após ser sequestrado pelo exército israelense em uma ambulância na última segunda-feira (24). O caso foi divulgado pelo israelense Yuval Abraham, colega de Ballal, através das redes sociais.
Segundo Abraham, o co-diretor de ‘Sem Chão’, documentário que retrata a destruição de Masafer Yatta por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, outros ativistas testemunharam as agressões sofridas por Ballal.
“Depois de passar a noite algemado e ser espancado em uma base militar, Hamdan Ballal agora está livre e prestes a voltar para casa com uma família”, informou Abraham. Em custódia dos Soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF), Ballal e outras duas pessoas teriam sido espancados por soldados e deixados do lado de fora, em baixa temperatura, durante a noite.
O ministério das Relações Exteriores pediu que Israel reverta a decisão de bloquear a entrada de bens, remédios e ajuda internacional no território, condenando a suspensão de ajuda humanitária e classificando a atitude como uma ameaça de cessar-fogo. “O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor, destacou o Itamaraty.
O governo brasileiro relembrou que ação de Israel é uma violação grave de direitos humanitários.
“Ao exortar à imediata reversão da medida, o Brasil recorda que Israel tem obrigação – conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 – de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos. A obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.”, diz em comunicado.
No último domingo (2), o governo de Israel suspendeu a entrada humanitária e de outros bens na Faixa de Gaza.
Em mais uma série de entrevistas para algumas rádios, na manhã desta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom de suas críticas ao mandatário norte-americano Donald Trump, principalmente em relação à intenção de retirar os palestinos da Faixa de Gaza e assumir o controle daquela região. Lula disse que Trump parece fazer questão de “dizer uma anomalia todo dia”.
“Um dia ele quer ocupar o canal do Panamá, outro dia quer anexar a Groenlândia ou o Canadá. Depois, trata o povo palestino como se não fosse ninguém. Ele tem meu respeito para governar os Estados Unidos, mas ele não foi eleito para governar o mundo. Essa é a relação que eu espero que a gente construa”, disse o presidente.
Nesta quinta, Donald Trump, voltou a defender que o território palestino passe para o controle de seu governo ao final da guerra entre Israel e o grupo Hamas. Trump declarou que o seu plano é de assumir o território da Faixa da Gaza, após o reassentamento do povo palestino “em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas” na região do Oriente Médio.
O presidente do Estados Unidos disse ainda que vai transformar a Faixa de Gaza "em um dos maiores desenvolvimentos do tipo na Terra", e garantiu que não usará soldados norte-americanos na operação.
Na entrevista nesta manhã, o presidente Lula classificou a situação na Faixa de Gaza como genocídio e defendeu um posicionamento mais “humanista” na política internacional, especialmente em relação à Palestina.
“O que tem que se fazer na Palestina é cuidar dela como se fosse qualquer outro povo”, declarou Lula, que disse ainda que os Estados Unidos sempre se apresentaram como um símbolo de democracia, mas desde a eleição de Donald Trump, os discursos e ações de governo passaram a destoar desse ideal.
Depois da fala do presidente norte-americano, o ministro da Defesa de Israel ordenou ao exército do seu país que prepare um plano para permitir a “saída voluntária” dos moradores de Gaza. O ministro Israel Katz comemorou o anúncio de Trump de que pretende controlar a Faixa de Gaza e transformar aquele território na “Riviera do Oriente Médio”. Katz disse que o governo israelense vai assegurar opções de saída dos palestinos por meio de passagens terrestres, assim como arranjos especiais para saída por ar e mar.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que Elon Musk, o homem mais rico do mundo, está sendo “falsamente manchado”, em meio às diversas acusações que vem sofrendo de que teria reproduzido um gesto nazista na última segunda-feira (20), após a segunda posse de Donald Trump como presidente dos EUA.
Em um comício que comemorava a posse do republicano, Musk estendeu o braço direito ao próprio peito e depois o estendeu na direção do público, gerando polêmicas devido às semelhanças do gesto com a saudação nazista utilizada por líderes fascistas na Alemanha e na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
Musk rejeitou imediatamente as críticas, afirmando na rede social da qual é dono, o X, antigo Twitter que “o ataque ‘todos são Hitler’ é cansativo”. Em meio a esta controvérsia, nesta quinta-feira, Netanyahu saiu em defesa do fundador da montadora de carros Tesla e da empresa de exploração espacial SpaceX.
“Elon é um grande amigo de Israel. Ele visitou Israel depois do massacre de 7 de outubro, no qual os terroristas do Hamas cometeram a pior atrocidade contra o povo judeu desde o Holocausto. Ele vem, desde então, repetida e fortemente apoiado o direito de Israel de se defender contra os terroristas genocidas e regimes que buscam aniquilar o único estado judeu”, afirmou Netanyahu.
Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar na Antena 1 (100.1 FM), nesta manhã de terça-feira (21), a chef baiana Katia Waxman, que mora em Israel há 38 anos, contou sobre os israelenses sequestrados na Faixa de Gaza e acerca de seu trabalho humanitário no país, que passou por uma guerra com o Hamas, grupo terrorista palestino, que se prolongou por 15 meses e, no último domingo (19), foi firmado um acordo de cessar-fogo.
“Recebemos três dos 99 sequestrados, que foram colocados em túneis debaixo do solo na Faixa de Gaza, destes acredito que entre 37 e 40 estão mortos. A religião judaica diz que quando você salva uma alma acaba salvando um universo. Israel tem cerca de seis mil terroristas presos em seus domínios, eu trocaria todos eles pelos nossos sequestrados. Os três reféns que recebemos são soldados, que eram observadores, 12 foram pegos e seis estão vivos”, disse.
Ela explicou como se dedica a causa da paz intensamente. “Moro em uma barraca de lona, que tem uma estrutura grande, em frente ao parlamento. Toda semana estou com um megafone pedindo a libertação dos sequestrados para os parlamentares e pedindo o fim dessa guerra”.
“Posso dizer que a maior parte da população de Israel quer paz, mas temos um primeiro ministro medroso, covarde, mentiroso, bem ao estilo de Donald Trump. Além disso, queremos uma nova eleição, o direito de escolher nossos políticos, gente que não tenha as mãos sujas de sangue”, acrescentou.
Katia contou sobre o seu trabalho na agricultura para ajudar tanto os soldados israelenses como o povo de Gaza.
“Toda sexta, há um ano e meio, eu vou até a Faixa de Gaza e trabalho na plantação de uma fazenda, porque é necessário alimentar o exército. Eu sou tratorista, planto, colho, faço um pouco de tudo. Somos cinco mulheres nessa fazenda. Nós fornecemos caminhões de comida para os palestinos de gaza, entretanto o Hamas intercepta essa doação e vende para os próprios conterrâneos”, esclareceu.
Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) escapou de um bombardeio de Israel ao Aeroporto Internacional de Sanaa, capital do Iêmen, nesta quinta-feira (26). Segundo o governo iemenita, duas pessoas morreram e onze ficaram feridas no ataque.
O caso foi confirmado pelo próprio Adhanom, que afirmou que o bombardeio ocorreu a poucos metros do saguão em que estava, poucos instantes antes do horário previsto para o embarque. O diretor estava no país para uma missão da organização e estava embarcando para Genebra, na Suíça, lar da sede da instituição.
“Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido”, informou o diretor. “A torre de controle de tráfego aéreo, a sala de embarque – a poucos metros de onde estávamos – e a pista, foram danificadas”, continuou. Ainda segundo o diretor-geral, nem ele, nem ninguém de sua delegação se feriu durante o ataque.
CONFLITO NA REGIÃO
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque foi direcionado a alvos Houthis que estavam no aeroporto. Israel também atacou portos da capital iemenita e uma estação de energia da cidade.
O grupo terrorista dos Houthis, financiado pelo Irã, foi fundado e atual no Iêmen. Dese o começo da guerra em Gaza, os Houthis têm lançado mísseis em direção a Israel, em especial no sul do país, em apoio ao Hamas.
No segundo dia de cessar-fogo no sul do Líbano entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah, ambas as partes se acusaram de violação do acordo de trégua. Tanques israelenses teriam feito duas rodadas de disparos na cidade libanesa de Markaba, durante a manhã desta quinta-feira (28), em resposta, segundo Israel, à movimentação de veículos com suspeitos.
O acordo firmado entre ambas as partes prevê que elas interrompam os conflitos por 60 dias e se retirem do sul do Líbano, onde os confrontos ocorrem. O exército de Israel afirmou que os disparos foram apenas uma reação à descoberta de veículos com suspeitos transitando em diversas áreas do sul do Líbano, o que configuraria uma violação do acordo.
Israel admitiu, também, ter realizado ataques aéreos contra um suposto depósito de foguetes do Hezbollah na região. Ademais, na noite de quarta-feira (27), Israel ainda impôes um toque de recolher a moradores da região, a fim de controlar uma possível movimentação de tropas do grupo terrorista.
CONFLITOS NA REGIÃO
A guerra entre Israel e o Hezbollah ocorre desde setembro deste ano e estourou após as tensões entre as partes aumentarem. A ideia do cessar-fogo é dar um fim gradual ao conflito que, de acordo com o Ministério da Saúde Libanês, já deixou mais de 3.500 civis mortos, a maioria durante os bombardeios de Israel ao sul do país e à capital, Beirute.
Por outro lado, a guerra na Faixa de Gaza, contra forças Palestinas e o grupo terrorista Hamas continua. Na manhã desta quinta-feira, Israel bombou diversas áreas do território ocupadas pelo grupo, deixando 17 mortos, segundo o Ministério da Saúde Local. Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que faria uma nova tentativa de acordo para a região.
Na tarde desta segunda-feira (11), o Atlético de Alagoinhas anunciou a contratação do jogador Israel para o ano de 2025. Todas as contratações anunciadas pelo Carcará até o momento foram voltadas para o setor defensivo da equipe. O atleta de 23 anos já é o oitavo defensor divulgado.
Recentemente, Israel estava no Taquaritinga (SP). O jogador fez dez partidas na equipe, destacando-se por ser titular em uma campanha na Copa Paulista de dez jogos, sete vitórias, dois empates e uma derrota. O time sofreu apenas um gol neste recorte e o defensor marcou um tento para a equipe.
Ao todo, o defensor passou por cinco equipes diferentes. Santa Cruz (RJ), Bangu (RJ), Perilima (PB), Taquaritinga (SP) e Penapolense (SP) foram os times que formam o currículo do jogador que em 2025 estará no Carcará.
Em rede social, o atleta comentou na publicação de anúncio da contratação
"Muito feliz e motivado. Vamos, Carcará", disse Israel.
Confira abaixo o anúncio oficial nas redes oficias do Atlético de Alagoinhas:
Conhecido como “Açougueiro”, o chefe do Hamas, Yahya Sinwar, foi assassinado por soldados israelitas em uma operação na Faixa de Gaza, segundo alegou o Exército judeu nesta quinta-feira (17). O grupo Hamas ainda não confirmou a morte.
Sinwar era o principal alvo na guerra de Israel contra o grupo palestino, mesmo que Netanyahu sempre reitere que o fim do conflito só aconteceria com o fim do grupo. Yahya recebeu o apelido de açougueiro devido à violência de suas ações.
Nascido em Khan Yunis, no sul de Gaza, Sinwar é filho de refugiados palestinos, que foram expulsos de suas terras quando o Estado de Israel foi criado, em 1948. Yahya é um dos responsáveis pela criação do Majd, uma espécie de aparato de segurança interna que perseguia e matava palestinos suspeitos de colaborar com Tel Aviv.
Ele conheceu Ahmed Yassin, fundador do Hamas, enquanto rezava em uma mesquita de Gaza. Posteriormente, participou da Primeira Intifada, os levantes palestinos contra Israel de 1987 a 1993. Capturado por Israel em 1988, foi condenado a quatro prisões perpétuas. Passou 22 anos na cadeia, mas, mesmo preso, continuou a coordenar a perseguição aos colaboradores palestinos.
O carniceiro foi solto em 2011, quando Israel decidiu soltar 1.026 palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, capturado pelo Hamas. Na época, o Hamas sequestrou cerca de 240 pessoas, usadas como moeda de troca nas negociações com Israel. No cessar-fogo do fim de novembro, a facção libertou dezenas delas em troca da soltura de detentos palestinos.
Relatos divulgados após o início do conflito, feitos por pessoas que conviveram com ele, descrevem Sinwar como alguém radical, inflexível e obsessivo.
Sinwar passou a chefiar o Hamas em Gaza em 2017, quando sucedeu Ismail Haniyeh, morto no final de julho em Teerã. Nas últimos meses, foram mortos também Mohammed Deif, líder militar da facção, e Marwan Issa, número dois de Deif, ambos em Gaza.
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, afirmou que o país continuará a atacar “impiedosamente” o grupo extremista libanês Hezbollah, até mesmo em Beirute, capital do Líbano.
A declaração dá sinais de que o governo israelense não prevê parar com os bombardeios contra o estado libanês que já duram quase um mês. “Continuaremos a atacar impiedosamente o Hezbollah, em todas as partes do Líbano, incluindo Beirute. Tudo isso de acordo com considerações operacionais. Nós provamos isso recentemente e continuaremos a provar isso nos próximos dias”, afirmou o premiê.
Israel começou a bombardear o Líbano em 20 de setembro, pouco após anunciar uma nova fase da guerra com foco no norte de Israel, próximo à fronteira com o sul do Líbano. A região é um reduto do Hezbollah, grupo extremista libanês financiado pelo Irã.
Conforme fontes do governo libanês, cerca de 2.000 pessoas já faleceram por conta dos ataques. Israel afirma, no entanto, que os bombardeios não têm como alvo o Líbano, mas sim estruturas específicas do Hezbollah. Contudo, a informação do governo libanês é de que a maioria das baixas são de civis.
Nesta segunda-feira (14), Israel bombardeou Aitou, um reduto de maioria cristão ao norte do Líbano. É a primeira vez que as forças armadas israelenses alvejaram a região desde o início da guerra. Segundo a Cruz Vermelha, 21 pessoas vieram a óbito e 4 ficaram feridas devido ao bombardeio.
Em rechaço, nos últimos dias, o grupo extremista realizou vários lançamentos de mísseis contra Israel. Conforme um comunicado do Hezbollah, no entanto, a informação é de que alguns destes mísseis foram interceptados, enquanto outros caíram em áreas abertas, sem deixar nenhum ferido.
A Federação Francesa de Futebol (FFF), considera mudar o local do jogo diante de Israel, que acontecerá no dia 14 de novembro, para o Parque dos Príncipes, ao invés do Estádio da França. Segundo o jornal L'Equipe, a mudança seria por razões de segurança.
A partida, da fase de grupos da Liga das Nações, estava inicialmente agendada para o Stade de France, em Saint Denis, nos arredores de Paris, casa das seleções francesas de futebol e rugby.
Entretanto, na última sexta-feira (11), ocorreu uma reunião entre diferentes entidades francesas para estudar a possibilidade de levar a partida ao Parc des Princes, estádio municipal onde joga o Paris Saint-Germain, por razões de segurança.
Tendo o conflito no Médio Oriente como pano de fundo, as autoridades francesas acreditam que a gestão do fluxo de multidões e os controlos de segurança de acesso aos estádios serão mais fáceis no Parque. Primeiro, pela diferença de lotação: máximo de 47 mil pessoas no Parque contra 80 mil no Estádio da França.
O L'Equipe também informa que a decisão final das autoridades francesas será divulgada na próxima semana.
Pela primeira vez, o Líbano revidou os ataques feitos por Israel. O ataque aconteceu após um bombardeio em um posto militar do Exército Libanês acabar com a morte de um soldado, nesta quinta-feira (3).
“Um soldado morreu depois que o inimigo israelense atacou um posto militar na área de Bint Jbeil, no sul, e os militares responderam com disparos”, informou o Exército libanês.
Os ataques feitos por Israel aspira combater o grupo xiita Hezbollah. Até o momento, a nação vinha guerreando contra o exército iraniano e o grupo xiita. O Líbano evidenciou que não faz parte do conflito e que os ataques foram efetuados como forma de defesa.
O governo israelense reforçou que os ataques feitos no Líbano não têm como alvo o Estado libanês, mas, sim, estruturas específicas do Hezbollah dentro do país.
O grupo Hamas assumiu, nesta quarta-feira (2), a responsabilidade pelo tiroteio que aconteceu no trem em Jaffa, uma cidade ao lado de Tel Aviv. O ataque matou pelo menos sete pessoas, nesta terça-feira (1).
De acordo com a polícia israelense, dois indivíduos armados saíram do metrô e dispararam contra diversas pessoas na Avenida Yerushalayim. Os atiradores também morreram.
A estação de trem foi atacada minutos antes da primeira onda de mísseis do Irã na capital de Israel. De acordo com a polícia, os terroristas trocaram tiros com as Forças Armadas de Israel (FDI) e morreram no local.
O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada na tarde desta terça-feira (1º), disse que o governo brasileiro vê com "grave preocupação" a realização de operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano. Na nota, o Itamaraty condena o que chamou de "violação ao direito internacional" por parte de Israel, e exigiu que o governo israelense interrompa imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis no Líbano.
Apesar de ter sido divulgado já no meio da tarde, o comunicado do Itamaraty não cita a nova etapa dos conflitos no Oriente Médio, agora com o envolvimento do Irã. Nesta terça, as forças militares do Irã realizaram um ataque com pelos menos 180 mísseis contra Israel, e alguns projéteis causaram impacto direto no sul e centro do país, mas não houve feridos até o momento.
O governo do Irã afirmou que atacou Israel em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Já o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que o ataque iraniano terá consequências. Líderes e representantes de governos de todo o mundo se pronunciaram condenando o ataque e a escalada do conflito no Oriente Médio.
No seu comunicado, o Itamaraty reafirma a defesa do "pleno respeito" à soberania e à integridade territorial do Líbano. Segundo o comunicado, o governo brasileiro faz um apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção e para que alcancem, com urgência, uma situação de cessar-fogo permanente e abrangente.
"Recordamos a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular, o chamado à completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah e ao respeito à Linha Azul, bem como conclama a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito", afirma a nota do Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores afirma ainda que a Embaixada em Beirute continua a monitorar a situação dos brasileiros no Líbano, aos quais continua a prestar assistência consular emergencial. O governo brasileiro também reiterou o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território libanês por meios próprios.
Mais cedo, em rápida entrevista na Cidade do México, ao chegar para a solenidade de posse da nova presidente mexicana Claudia Sheinbaum, o presidente Lula conversou com a imprensa e fez críticas ao governo israelense. O presidente brasileiro disse lamentar profundamente as ações de Israel no Oriente Médio.
"O que eu lamento profundamente é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o Conselho da ONU não tenha autoridade moral de fazer com que Israel sente em uma mesa para conversar ao invés de só saber matar", disse Lula.
Até as 18h10 desta terça, o presidente brasileiro ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o aumento da tensão no Oriente Médio com o ataque do Irã a Israel, e a promessa das forças israelenses de contra-atacar.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizou um discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidades (ONU) nesta sexta-feira e afirmou que o seu país “está vencendo”.
Quando subiu ao palco do plenário das Nações Unidas, um grande número de delegações foi visto saindo do salão, bem como vaias puderam ser escutadas quando o chefe de governo israelense se aproximou do púlpito. A desordem foi tão fora dos padrões da assembleia que o presidente da sessão precisou pedir silêncio às delegações.
Durante a abertura de seu discurso, Netanyahu afirmou que estava indo ali para “esclarecer as coisas” e afirmou que gostaria de se defender das “mentiras e calúnias” que escutou. “Meu país está em guerra, lutando por sua vida. Devemos nos defender desses assassinos selvagens. Nossos inimigos buscam não apenas nos destruir, eles buscam destruir nossa civilização comum e nos devolver a uma era sombria de tirania e terror”, afirmou.
Conforme a CNN Brasil, o primeiro-ministro discursou enquanto o seu país continuava a atacar alvos do Hezbollah, grupo fundamentalista islâmico, no sul do Líbano, em meio a temores de que os ataques pudessem se transformar em uma guerra regional de grandes proporções.
ATAQUES AO IRÃ
Em seu discurso, Netanyahu ainda tentou jogar a culpa pelo conflito no maior inimigo de Israel na região, o Irã. Segundo ele, Israel estava se defendendo contra os iranianos em sete frentes diferentes.
“Não há lugar no Irã que o longo braço de Israel não possa alcançar. E isso é verdade para todo o Oriente Médio. Longe de serem cordeiros levados ao matadouro, os soldados israelenses lutam com uma coragem incrível”, afirmou Netanyahu.
O chefe de governo israelense terminou a sua participação na Assembleia-Geral das Nações Unidas afirmando: “Tenho outra mensagem para esta assembleia e para o mundo fora deste salão: estamos vencendo”.
O Governo Brasileiro, por meio do Ministério de Relações Exteriores, confirmou, nesta sexta-feira (27), a morte de uma adolescente brasileira no Líbano, em meio aos conflitos com Israel. Atualmente o conflito já registra mais de 700 mortes, segundo as autoridades libanesas.
O Itamaraty detalhou que a jovem brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú em Santa Catarina, foi morta no Sul do Líbano após um bombardeio aéreo. Relatos de familiares apontam que a adolescente estava acompanhada do pai, de nacionalidade libanesa, em casa, na última segunda-feira (23).
A adolescente se tornou a segunda vítima brasileira atingida pelos intensos bombardeios aéreos israelenses na região. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência à família da adolescente.
O Governo Brasileiro expressou condolências à família e ressaltou que busca a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades.
Em um discurso de quase 20 minutos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a 79ª Assembleia da Organização das Nações Unidas, em Nova York, com críticas à própria entidade, aos países que fomentam guerras e gastam bilhões nos conflitos, aos que não se comprometem com a reversão da emergência climática mundial e até mesmo, de forma indireta ao bilionário Elon Musk. Durante o discurso de Lula, a transmissão mostrou que na comitiva brasileira estavam a primeira-dama Janja, e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.
Ao abrir a reunião, Lula fez uma saudação especial ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, presente à Assembleia da ONU. O presidente brasileiro falou sobre os confrontos envolvendo Israel, o grupo palestino Hamas e que agora chegaram também ao Hezbollah e ao Líbano. Segundo afirmou Lula, o direito de defesa passou a ser direito de vingança.
"Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, e que agora se expande perigosamente para o Líbano. O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo", afirmou.
Lula também citou a guerra entre Ucrânia e Rússia, e falou da dificuldade de se chegar a um acordo que interrompa o conflito. Neste momento da fala do presidente brasileiro, a transmissão mostrou que o presidente da Ucrânia, Zelensky, acompanhava atentamente o discurso. Lula também falou sobre os gastos com armamentos militares em contraposição ao que é investido para a erradicação da fome no mundo.
"2023 ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Os gastos militares globais cresceram pelo nono ano consecutivo e atingiram 2,4 trilhões de dólares. Mais de 90 bilhões de dólares foram mobilizados com arsenais nucleares. Esses recursos poderiam ter sido utilizados para combater a fome e enfrentar a mudança do clima. O que se vê é o aumento das capacidades bélicas. O uso da força, sem amparo no Direito Internacional, está se tornando a regra. Na Ucrânia, é com pesar que vemos a guerra se estender sem perspectiva de paz. O Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano. Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar. Criar condições para a retomada do diálogo direto entre as partes é crucial neste momento", disse.
A dificuldade da ONU em se impor na solução de conflitos mundiais também esteve presente no discurso de abertura da Assembleia. Lula lembrou do Pacto para o Futuro assinado por líderes mundiais, mas criticou a falta de força política da ONU para transformar o discurso em medidas efetivas.
"Adotamos anteontem, aqui neste mesmo plenário, o Pacto para o Futuro. Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes. Nem mesmo com a tragédia da COVID-19, fomos capazes de nos unir em torno de um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. Precisamos ir muito além e dotar a ONU dos meios necessários para enfrentar as mudanças vertiginosas do panorama internacional", destacou Lula.
Em relação ao problema da emergência climática enfrentada por todo o mundo, o presidente brasileiro cobrou maior compromisso de todos os países no enfrentamento da questão que, segundo ele, já não é mais algo a ser solucionado em um futuro próximo. "O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega", pontuou.
O presidente Lula elencou situações em todo o mundo que mostram o drama das mudanças climáticas, e que evidenciam a necessidade de uma ação urgente e conjunta das nações. Lula não deixou de citar acontecimentos recentes no Brasil, e reconheceu que é preciso fazer muito mais para prevenir as catástrofes ambientes.
"O negacionismo sucumbe ante às evidências do aquecimento global. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. Furacões no Caribe, tufões na Ásia, seca e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de morte e destruição. No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza a responsabilidade e nem abdica da sua soberania. Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais", afirmou o presidente.
Nesse ponto de seu discurso, Lula aproveitou para elencar ações realizadas pelo seu governo para o combate aos crimes ambientais.
"Além de enfrentar o desafio da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigiremos com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e como o crime organizado. Reduzimos o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e vamos erradicá-lo até 2030", disse.
O presidente também fez críticas veladas ao empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X. Lula disse que as plataformas digitais devem se submeter às leis de cada país, e completou dizendo que a liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras".
"O futuro de nossa região passa sobretudo por construir estado sustentável, eficiente, inclusivo e enfrente todas as formas de discriminação. Que não se intimida ante indivíduos, corporações e plataformas digitais que se julgam acima da lei. A liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras. Elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital", colocou o presidente.
Na parte final de seu pronunciamento, em nova estocada na ONU, o presidente brasileiro voltou a defender a necessidade de uma reforma no organismo internacional, e destacou que nunca na história uma mulher ocupou o principal cargo de comando das Nações Unidas.
"Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções. O cargo de Secretário-Geral jamais foi ocupado por uma mulher", criticou Lula.
Uma outra crítica feita por Lula às nações se relacionou ao embargo econômico a Cuba. Para o presidente brasileiro, a população do país é que paga o preço desse bloqueio. "É injustificado manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais, que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis", afirmou o presidente.
Ao final de seu discurso, o presidente Lula voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, exclui países da América Latina e da África. Lula pediu que haja espaço para a discussão mais abrangente de reformas na entidade.
"Não tenho ilusões sobre a complexidade de uma reforma como essa, que enfrentará interesses cristalizados de manutenção do status quo. Exigirá enorme esforço de negociação. Mas essa é a nossa responsabilidade. Não podemos esperar por outra tragédia mundial, como a Segunda Grande Guerra, para só então construir sobre os seus escombros uma nova governança global. A vontade da maioria pode persuadir os que se apegam às expressões cruas dos mecanismos do poder. Neste plenário ecoam as aspirações da humanidade. Aqui travamos os grandes debates do mundo. Neste foro buscamos as respostas para os problemas que afligem o planeta. Recai sobre a Assembleia Geral, expressão maior do multilateralismo, a missão de pavimentar o caminho para o futuro", concluiu o presidente brasileiro.
O Ministério da Saúde do Líbano afirmou que ao menos 356 pessoas foram mortas e mais de 1.246 ficaram feridas nesta segunda-feira (23) após Israel lançar um ataque aéreo amplo contra o país.
Pouco antes dos ataques, as forças de defesa de Israel enviaram alerta à população civil do Líbano para que se afastassem imediatamente de posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.
Ainda conforme a pasta, entre as vítimas dos ataques estão 24 crianças, 42 mulheres e diversos profissionais de saúde. Segundo o governo de Israel, entre as vítimas estava um comandante do alto escalão do Hezbollah, Ali Karaki.
CRONOLOGIA DOS ATAQUES
Durante a manhã, Israel atacou regiões do sul e do leste do Líbano, e mais tarde voltou a bombardear a capital do país, Beirute, que já havia sido alvo de ataques na última sexta-feira, que deixaram 14 mortos.
Com os bombardeios, esta segunda-feira se tornou o dia mais sangrento do país em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah. Segundo os israelenses, cerca de 800 alvos do grupo foram atacados nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro libanês Najib Mikati denunciou um suposto “plano de destruição” executado por Israel. “A agressão persistente de Israel contra o Líbano é uma guerra de extermínio em todos os aspectos de um plano de destruição que pretende pulverizar os vilarejos e cidades libanesas”, afirmou Mikati, em comunicado no qual pede à ONU e a países influentes que tentem dissuadir a agressão.
O Ministério do Interior do Líbano afirmou que o país converterá escolas em abrigos nas cidades afetadas. Já o Ministério da Saúde ordenou que as cirurgias eletivas sejam canceladas, para que as unidades de saúde tenham espaço para receber os feridos nos bombardeios.
O experiente armador norte-americano, Patrick Beverley, de 36 anos, assinou, na última semana, um contrato com o Hapoel Shlomo Tel Aviv, de Israel. Após 12 anos atuando na NBA, o jogador volta à Europa para jogar em um país que está em guerra contra a Palestina. Em seu podcast, “The Pat Bev Podcast”, ele comentou sobre sua decisão de se mudar para o exterior e se juntar ao clube israelense, apesar das preocupações com a segurança devido aos conflitos armados em andamento na região.
"A segurança é importante", disse Beverley. "Se uma bomba explodir, eu vou embora. Mas a maioria dos nossos jogos da EuroCup são disputados na Bulgária".
Apesar das notícias sobre os conflitos, Beverley afirmou desconhecer a insegurança em Tel Aviv. Entretanto, o Hamas (grupo terrorista), afirmou nesta terça-feira (13) que atacou a região com dois foguetes. Berveley já se apresentou ao clube, mas a temporada europeia de basquete ainda não foi iniciada.
"Não tenho conhecimento de nenhum lugar inseguro em Tel Aviv agora. Meu antigo companheiro de equipe me disse que em cada apartamento há uma sala de bombas, e ele a usava para pendurar roupas. Ele ficou lá três ou quatro meses na temporada passada, e nada aconteceu", disse.
Diante das acusações de que teria aceito dinheiro sujo para jogar em Israel, Beverley negou veementemente e afirmou que sua decisão foi baseada exclusivamente em critérios esportivos.
"Houveram comentários de que aceitei dinheiro sujo, isso e aquilo, e quero que as pessoas saibam que minha decisão é sempre baseada no basquete. Tenho familiares e amigos que morrem em Chicago todos os dias e ninguém fala sobre isso, mas quando tomo a decisão de jogar basquete, todos agora são como os especialistas mais inteligentes do que está acontecendo no mundo. É a coisa mais engraçada para mim. Estou falando com um americano que jogou lá; ele diz que é o paraíso. Ele foi à praia todos os dias, seis horas por dia, e não teve nenhuma experiência ruim".
Beverley viajou para a Bulgária para se juntar aos seus novos companheiros de equipe no último sábado, 10 de agosto, para o início do training camp.
O sorteio da categoria até 73kg do judô masculino nas Olimpíadas de Paris 2024 rendeu um momento um pouco diferenciado. O sorteio definiu que o judoca argelino Messaoud Dris iria ser adversário do israelense Tohar Butbul, entretanto, Dris se recusou a lutar.
O fato já tinha acontecido nos Jogos de Tóquio, quando Fethi Nourine, também da Argélia, se recusou a lutar contra Butbul. Na época, Norine se justificou afirmando que "a causa palestina é maior que nós".
"Treinei muito para estar nos Jogos Olímpicos, mas a causa palestina é maior que nós", declarou Fethi.
Nourini foi suspenso por 10 anos pela Federação Internacional de Judô. Messaod Dris diz "estar ciente" da punição que o aguarda .
As manifestações políticas contra Israel podem surgir ao longo de toda a duração dos Jogos Olímpicos, sendo que o judô é um dos principais alvos dessas protestos.
Isso ocorre porque é um dos esportes em que os israelenses têm se destacado bastante: o judô rendeu seis das treze medalhas que o país já conquistou.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou, nesta quarta-feira (22), que ordenou a retirada imediata de seus embaixadores na Irlanda e na Noruega. Esta ação se deu em resposta à decisão dessas nações de reconhecerem formalmente o Estado palestino.
De acordo com o governo palestino, atualmente 146 dos 193 Estados-membros da ONU já expressaram o reconhecimento do Estado. No entanto, analistas da CNN afirmaram que esta não é uma atitude comum quando se trata dos governos do oeste europeu.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que a decisão de reconhecer o Estado palestino minou o direito de Israel à autodefesa e os esforços para liberar os 128 reféns detidos pelo Hamas em Gaza. “Estamos determinados a alcançar os nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos, a remoção do Hamas e o regresso dos reféns”, afirmou Katz.
Também nesta quarta-feira (22), o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez afirmou que o conselho de ministros do país vai reconhecer o Estado independente palestino na próxima terça-feira (28)
A procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu a prisão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, bem como do líder do Hamas Yahya Sinwar. Os juízes do TPI devem agora avaliar os pedidos de prisão relacionados a crimes de guerra.
Além do primeiro-ministro israelense e do líder do Hamas, o ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e duas outras lideranças do Hamas tiveram sua prisão requisitada pela procuradoria. De acordo com Karim Khan, promotor-chefe do tribunal, em entrevista para a CNN, os líderes do Hamas são acusados de “extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e agressão sexual durante a detenção”, enquanto que os líderes israelenses devem responder por “causar extermínio e usar da fome como método de guerra”.
Os pedidos contra os políticos israelenses marcam a primeira vez que o Tribunal tem como alvo o principal líder de um aliado próximo dos EUA. No mês passado, em face de relatos de que o promotor-chefe do TPI estava considerando esta linha de ação, Netanyahu afirmou que qualquer mandado de prisão do TPI contra altos funcionários do governo e militares israelenses seria “um ultraje de proporções históricas”.
Em resposta aos comentários do primeiro-ministro, Khan afirmou que “ninguém está acima da lei”. Israel não é membro do TPI. No entanto, o tribunal afirma ter jurisdição sobre áreas afetadas pela guerra, uma vez que os líderes palestinos concordaram formalmente a formar vínculos com o tribunal em 2015.
Um evento da Igreja da Católica neste sábado (18), em Verona, na Itália, registrou um momento emocionante, quando o Papa Francisco abraçou dois homens, um israelense e um palestino, vítimas da guerra do Oriente-Médio.
O israelense Maoz Inon teve os pais assassinados pelo Hamas e o palestino Aziz Sarah perdeu o irmão, morto pelo exército de Israel. “A nossa dor, o nosso sofrimento nos aproximaram, nos levaram a dialogar para criar um futuro melhor”, contou a dupla ao Papa no palco do evento “Arena da Paz. Justiça e Paz se beijarão”.
Como relata o Vatican News, neste momento o Papa Francisco deixou o discurso de lado. “Creio que diante do sofrimento desses dois irmãos, que é o sofrimento de dois povos, não se possa dizer nada. Eles tiveram a coragem de se abraçar. Por favor, façamos um pequeno momento de silêncio, porque não se pode falar demasiado disto, mas sentir…E olhando o abraço destes dois, cada um, do seu coração, reze ao Senhor pela paz e tome uma decisão interior de fazer algo para acabar com as guerras”.
No evento, o pontífice ouviu testemunhos dos mais variados países e respondeu a perguntas relacionadas ao tema da paz.
Uma assembleia da ONU realizada nesta sexta-feira (10) aprovou uma resolução que reativou a candidatura da Palestina a Estado-membro da organização. O texto votado concede mais direitos e privilégios à região.
O texto foi aprovado com 143 votos a favor, entre eles o do Brasil, nove contra, e 25 abstenções. Entre os votantes contrários à aprovação estavam Argentina, Israel e os Estados Unidos. Essa decisão se dá em meio ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas que já causou cerca de 35 mil mortes e uma crise humanitária em Gaza.
A resolução determina que a Palestina está qualificada para adesão como membro e recomenda que o Conselho de Segurança da ONU seja favorável a essa inclusão. Além disso, a medida também estipula “direitos e privilégios em pé de igualdade com os Estados-membros da ONU”.
O Gabinete de Guerra de Israel vai realizar uma reunião neste domingo (14) para decidir se fará uma resposta ao ataque do Irã. As informações foram divulgadas pela agência Reuters, via G1, citando uma autoridade do governo israelense.
O encontro que deve debater um possível ataque ao Irã está marcado para às 9h30 deste domingo, horário de Brasília.
Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã na noite deste sábado (13), madrugada de domingo pelo horário local. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país.
As Forças de Defesa de Israel informaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. No entanto, a imprensa do Irã comunicou que mísseis conseguiram furar a proteção israelense
O ataque iraniano deste sábado é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria.
Poucas horas após o ataque, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se reuniu com membros do governo do país e das Forças Armadas para discutir o caso. Netanyahu também conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior caso Israel decida contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atacar bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.
A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, marcou uma reunião virtual com os demais membros do grupo neste domingo (14) para discutir o ataque do Irã a Israel. Além dos EUA e da Itália, o grupo ainda inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.
A primeira-ministra italiana afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano "reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel".
Já o Conselho de Segurança da ONU disse que vai se reunir em caráter emergencial neste domingo (14) às 17h (horário de Brasília) para tratar da questão.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil elogiou, em nota publicada neste sábado (30), a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), mais conhecida como Corte de Haia, que determinou que Israel adote medidas adicionais para garantir o fornecimento de serviços básicos e assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.
“O governo brasileiro saúda a adoção, em 28 de março, pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), de novas medidas cautelares, no âmbito do processo instaurado pela África do Sul contra Israel, com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.” A CIJ é o principal órgão jurídico das Nações Unidas (ONU) que julga denúncias de crimes contra Estados. Na última quinta-feira (28), a Corte emitiu decisão, por 14 votos contra dois, exigindo que Israel adote medidas cautelares adicionais para evitar a degradação da vida do povo palestino.
De acordo com informações da Agência Brasil, o Itamaraty recordou que as medidas determinadas pela CIJ têm “caráter vinculante”, o que significa que os países signatários da ONU concordaram em respeitar as decisões do Tribunal.
Ainda segundo o MRE, “o governo brasileiro espera que [as medidas] possam resultar em urgente alívio humanitário para Gaza e em ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de todos os reféns e a retomada de negociações para a solução de dois Estados”.
O governo brasileiro ainda lembrou que a fome instalada em Gaza matou “ao menos 31 pessoas, entre as quais 27 crianças, por má nutrição e desidratação, conforme relatório recente do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários”.
Entre as medidas determinadas pelo Tribunal, está a cooperação plena com a ONU para a prestação desimpedida, e em grande escala, de assistência humanitária e prestação de serviços básicos, aumentando os pontos de passagem terrestre à Gaza, que devem ficar abertos pelo tempo que for necessário.
O órgão ainda exige que os militares israelenses não cometam atos que violem os direitos dos palestinos e que o governo de Israel apresente ao Tribunal um relatório sobre as medidas que adotou para cumprir a ordem da CIJ. A resposta de Israel deve ser apresentada até o dia 28 de abril.
De acordo com a decisão, “as catastróficas condições de vida dos palestinos na Faixa de Gaza deterioraram-se ainda mais, em particular devido à prolongada privação generalizada de alimentos e outras necessidades básicas a que os palestinos em Gaza foram submetidos”. Além disso, a Corte afirmou que “os palestinos em Gaza não enfrentam mais apenas o risco de fome, conforme consta do Despacho de 26 de janeiro de 2024, mas a fome está instalada”.
Mulher é flagrada enquanto furta e rasga bandeira de Israel em agência de turismo no interior baiano
Uma mulher foi flagrada furtando e rasgando uma bandeira de Israel, no portão de uma agência de turismo, em Lençóis, destino turístico na Chapada Diamantina. A ação, que ocorreu no último sábado (16), foi registrada por câmeras de segurança no local.
A Polícia Civil informou que o caso é investigado como furto e discriminação sofrido pelo dono da agência, o israelense Ofer Mauhnoom. Conforme os dados contidos no boletim de ocorrência, a bandeira foi recuperada. As investigações seguem tentando localizar a suspeita.
Os registros da câmera mostram o momento que a mulher chega na frente da agência de turismo, puxa a bandeira, presa no portão do estabelecimento, que acaba rasgando. Em seguida, ela a enrola nos braços e deixa o local.
VÍDEO ?? Mulher é flagrada enquanto furta e rasga bandeira de Israel em agência de turismo no interior baiano
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) March 19, 2024
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Ao G1, Ofer Mauhnoom, relatou que mora no município a cerca de 15 anos, juntamente com a família. Ele conta que já teve que trocar a bandeira três vezes neste ano devido a ataques.
“Os ataques começaram a mais ou menos dois meses. Das outras vezes eu troquei a bandeira e a gente procurou a polícia. Nós nos sentimos abraçados pela comunidade de Lençóis. Temos certeza que não são os moradores que fazem isso”, disse Ofer Mauhnoom.
Ainda segundo ele, nas outras vezes, pintaram a bandeira com tinta vermelha, durante a madrugada, quando a agência de turismo estava fechada.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou de “imoral” e “ilegal” a ação de Israel na Faixa de Gaza. Em discurso na Cisjordânia, o chanceler brasileiro informou que o Brasil manterá a contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
As declarações foram feitas em visita à Cisjordânia, na primeira etapa da visita ao Oriente Médio. Neste domingo (17), Vieira reuniu-se em Ramallah com o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a guerra na Faixa de Gaza.
“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, disse Vieira em discurso na capital da Autoridade Palestina. As informações são da Agência Brasil.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, a utilização da fome e da sede como armas de guerra representa “punição coletiva” e o rastro de destruição e de morte na população inocente não será esquecido. Durante o discurso, Vieira foi aplaudido de pé. Na cerimônia, o chanceler recebeu, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o título de membro honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat.
Para Vieira, a manutenção das contribuições à UNRWA é essencial para manter a ajuda a mais de 5 milhões de refugiados palestinos. O chanceler agradeceu às Nações Unidas pela rapidez na investigação das acusações de que 12 integrantes da agência teriam participado dos ataques terroristas de 7 de outubro, em Israel.
Segundo o Itamaraty, Abbas agradeceu o empenho e a amizade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Palestina. O presidente da Autoridade Palestina também agradeceu a coragem de Lula em assumir papel de referência global em defesa dos palestinos na atual crise e o apoio do governo brasileiro à admissão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante o encontro com Maliki, informou o Itamaraty, o chanceler palestino elogiou a atuação de Lula, ao descrever “a situação como ela é” e destacou que o presidente brasileiro foi um dos primeiros líderes “a agir em defesa dos civis desde a primeira hora”. Maliki manifestou preocupação com os riscos de uma ação militar em Rafah e relatou o aumento da violência de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia.
Em seguida, participou da cerimônia na Fundação Yasser Arafat. Coube ao primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh entregar o título em homenagem ao presidente Lula.
No último compromisso do dia, Vieira e Shtayyeh se reuniram para tratar da crise em Gaza e em outros países do Oriente Médio. Os dois discutiram estratégias conjuntas para tornar a Palestina membro pleno das Nações Unidas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O problema que eu tenho é que eu não gostaria que o Rui deixasse o governo. Mas eu também não tenho o direito de exigir sacrifício do ministro que tem oportunidade de se eleger. Então, quem quiser ser candidato será liberado para ser candidato".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que não gostaria que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deixasse o governo federal, mas ressaltou que não pretende impedir que integrantes de sua equipe concorram nas eleições de 2026.