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Artigos

Carlos Pignatari
Conhecimento, Renda e Conexões: O caminho para incluir produtivamente mais brasileiros no mercado
Foto: Divulgação

Conhecimento, Renda e Conexões: O caminho para incluir produtivamente mais brasileiros no mercado

Segundo dados do IBGE de 2022, temos no Brasil mais de 67 milhões de pessoas em situação de pobreza. Um problema que requer ações eficientes em várias frentes, incluindo políticas voltadas para educação e a geração de empregos e renda. De acordo com a ONU, a ODS8 tem o objetivo de promover o desenvolvimento das atividades produtivas que forneçam trabalho digno à população e os dados nos mostram que devemos colocar em pauta a criação de projetos que auxiliem a população, impulsionando o ecossistema para melhores oportunidades de trabalho e renda. 

Multimídia

“A Bahia tem uma malha ferroviária decadente que foi feita para não funcionar”, diz presidente da CBPM

“A Bahia tem uma malha ferroviária decadente que foi feita para não funcionar”, diz presidente da CBPM
Alvo de críticas há anos, a qualidade da malha ferroviária do estado da Bahia voltou à tona nesta segunda-feira (29), quando o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, fez duras críticas às linhas, em especial à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), a classificando como “decadente”.

Entrevistas

Ivanilson Gomes aponta crescimento do PV para disputa eleitoral na Bahia e vê "saldo positivo" na federação com PT e PCdoB

Ivanilson Gomes aponta crescimento do PV para disputa eleitoral na Bahia e vê "saldo positivo" na federação com PT e PCdoB
Foto: Divulgação
Passado o período da janela partidária, as legendas começam a projetar a disputa eleitoral de 2024 com as definições de candidaturas pelos quatro cantos da Bahia. E não é diferente no Partido Verde (PV), comandado no Estado por Ivanilson Gomes. Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente estadual avalia a robustez do partido para a eleição.

israel

Gabinete de Guerra de Israel se reúne para decidir resposta ao Irã neste domingo
Foto: Reprodução CNN

O Gabinete de Guerra de Israel vai realizar uma reunião neste domingo (14) para decidir se fará uma resposta ao ataque do Irã. As informações foram divulgadas pela agência Reuters, via G1, citando uma autoridade do governo israelense.

 

O encontro que deve debater um possível ataque ao Irã está marcado para às 9h30 deste domingo, horário de Brasília.

 

Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã na noite deste sábado (13), madrugada de domingo pelo horário local. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país.

 

As Forças de Defesa de Israel informaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. No entanto, a imprensa do Irã comunicou que mísseis conseguiram furar a proteção israelense

 

O ataque iraniano deste sábado é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria. 

 

 

Poucas horas após o ataque, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se reuniu com membros do governo do país e das Forças Armadas para discutir o caso. Netanyahu também conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

 

Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior caso Israel decida contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atacar bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.

 

A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, marcou uma reunião virtual com os demais membros do grupo neste domingo (14) para discutir o ataque do Irã a Israel. Além dos EUA e da Itália, o grupo ainda inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.

 

A primeira-ministra italiana afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano "reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel".

 

Já o Conselho de Segurança da ONU disse que vai se reunir em caráter emergencial neste domingo (14) às 17h (horário de Brasília) para tratar da questão. 

Brasil elogia Corte de Haia por exigir que Israel forneça assistência humanitária em Gaza
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

 

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil elogiou, em nota publicada neste sábado (30), a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), mais conhecida como Corte de Haia, que determinou que Israel adote medidas adicionais para garantir o fornecimento de serviços básicos e assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.

 

“O governo brasileiro saúda a adoção, em 28 de março, pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), de novas medidas cautelares, no âmbito do processo instaurado pela África do Sul contra Israel, com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.” A CIJ é o principal órgão jurídico das Nações Unidas (ONU) que julga denúncias de crimes contra Estados. Na última quinta-feira (28), a Corte emitiu decisão, por 14 votos contra dois, exigindo que Israel adote medidas cautelares adicionais para evitar a degradação da vida do povo palestino.

 

De acordo com informações da Agência Brasil, o Itamaraty recordou que as medidas determinadas pela CIJ têm “caráter vinculante”, o que significa que os países signatários da ONU concordaram em respeitar as decisões do Tribunal.

 

Ainda segundo o MRE, “o governo brasileiro espera que [as medidas] possam resultar em urgente alívio humanitário para Gaza e em ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de todos os reféns e a retomada de negociações para a solução de dois Estados”.

 

O governo brasileiro ainda lembrou que a fome instalada em Gaza matou “ao menos 31 pessoas, entre as quais 27 crianças, por má nutrição e desidratação, conforme relatório recente do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários”.

 

Entre as medidas determinadas pelo Tribunal, está a cooperação plena com a ONU para a prestação desimpedida, e em grande escala, de assistência humanitária e prestação de serviços básicos, aumentando os pontos de passagem terrestre à Gaza, que devem ficar abertos pelo tempo que for necessário.

 

O órgão ainda exige que os militares israelenses não cometam atos que violem os direitos dos palestinos e que o governo de Israel apresente ao Tribunal um relatório sobre as medidas que adotou para cumprir a ordem da CIJ. A resposta de Israel deve ser apresentada até o dia 28 de abril.

 

De acordo com a decisão, “as catastróficas condições de vida dos palestinos na Faixa de Gaza deterioraram-se ainda mais, em particular devido à prolongada privação generalizada de alimentos e outras necessidades básicas a que os palestinos em Gaza foram submetidos”. Além disso, a Corte afirmou que “os palestinos em Gaza não enfrentam mais apenas o risco de fome, conforme consta do Despacho de 26 de janeiro de 2024, mas a fome está instalada”.

Mulher é flagrada enquanto furta e rasga bandeira de Israel em agência de turismo no interior baiano
Foto: Divulgação / G1

Uma mulher foi flagrada furtando e rasgando uma bandeira de Israel, no portão de uma agência de turismo, em Lençóis, destino turístico na Chapada Diamantina. A ação, que ocorreu no último sábado (16), foi registrada por câmeras de segurança no local. 

 

A Polícia Civil informou que o caso é investigado como furto e discriminação sofrido pelo dono da agência, o israelense Ofer Mauhnoom. Conforme os dados contidos no boletim de ocorrência, a bandeira foi recuperada. As investigações seguem tentando localizar a suspeita. 

 

Os registros da câmera mostram o momento que a mulher chega na frente da agência de turismo, puxa a bandeira, presa no portão do estabelecimento, que acaba rasgando. Em seguida, ela a enrola nos braços e deixa o local.

 


Ao G1, Ofer Mauhnoom, relatou que mora no município a cerca de 15 anos, juntamente com a família. Ele conta que já teve que trocar a bandeira três vezes neste ano devido a ataques.

 

“Os ataques começaram a mais ou menos dois meses. Das outras vezes eu troquei a bandeira e a gente procurou a polícia. Nós nos sentimos abraçados pela comunidade de Lençóis. Temos certeza que não são os moradores que fazem isso”, disse Ofer Mauhnoom.

 

Ainda segundo ele, nas outras vezes, pintaram a bandeira com tinta vermelha, durante a madrugada, quando a agência de turismo estava fechada.

Ministro Mauro Vieira chama de imoral ação de Israel em Gaza
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou de “imoral” e “ilegal” a ação de Israel na Faixa de Gaza. Em discurso na Cisjordânia, o chanceler brasileiro informou que o Brasil manterá a contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

 

As declarações foram feitas em visita à Cisjordânia, na primeira etapa da visita ao Oriente Médio. Neste domingo (17), Vieira reuniu-se em Ramallah com o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a guerra na Faixa de Gaza.

 

“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, disse Vieira em discurso na capital da Autoridade Palestina. As informações são da Agência Brasil.

 

Segundo o ministro das Relações Exteriores, a utilização da fome e da sede como armas de guerra representa “punição coletiva” e o rastro de destruição e de morte na população inocente não será esquecido. Durante o discurso, Vieira foi aplaudido de pé. Na cerimônia, o chanceler recebeu, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o título de membro honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat. 

 

Para Vieira, a manutenção das contribuições à UNRWA é essencial para manter a ajuda a mais de 5 milhões de refugiados palestinos. O chanceler agradeceu às Nações Unidas pela rapidez na investigação das acusações de que 12 integrantes da agência teriam participado dos ataques terroristas de 7 de outubro, em Israel.

 

Segundo o Itamaraty, Abbas agradeceu o empenho e a amizade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Palestina. O presidente da Autoridade Palestina também agradeceu a coragem de Lula em assumir papel de referência global em defesa dos palestinos na atual crise e o apoio do governo brasileiro à admissão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Durante o encontro com Maliki, informou o Itamaraty, o chanceler palestino elogiou a atuação de Lula, ao descrever “a situação como ela é” e destacou que o presidente brasileiro foi um dos primeiros líderes “a agir em defesa dos civis desde a primeira hora”. Maliki manifestou preocupação com os riscos de uma ação militar em Rafah e relatou o aumento da violência de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia.

 

Em seguida, participou da cerimônia na Fundação Yasser Arafat. Coube ao primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh entregar o título em homenagem ao presidente Lula.

 

No último compromisso do dia, Vieira e Shtayyeh se reuniram para tratar da crise em Gaza e em outros países do Oriente Médio. Os dois discutiram estratégias conjuntas para tornar a Palestina membro pleno das Nações Unidas.

Chanceler diz no Senado que comparação da ação de Israel em Gaza com Holocausto foi "fruto da indignação de Lula"
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual comparou a incursão militar do governo de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto promovido pelo nazismo, foi fruto de um contexto de indignação com as mortes causadas pela guerra na região. Quem apresentou essa justificativa foi o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao comparecer nesta quinta-feira (14) à Comissão de Relações Exteriores do Senado. 

 

A comparação feita por Lula, feita durante viagem à Etiópia em fevereiro, teve ampla repercussão no Brasil, e provocou fortes críticas ao presidente. A declaração levou um grupo de 140 deputados a assinar um pedido de impeachment do presidente, e analistas políticos inclusive dizem que a fala de Lula foi uma das causas que levaram à queda de sua aprovação, conforme demonstrado em pesquisas divulgadas nos últimos dias. 

 

“Hoje já são 32 mil mortos e 73 mil feridos em gaza, 70% dos quais mulheres e crianças. Do lado israelense, além dos 1.112 mortos do ataque terrorista do Hamas em outubro, já morreram 251 soldados. Quantas vidas mais serão perdidas até que todos atuem para impedir o morticínio em curso? É nesse contexto de profunda indignação que se inserem as declarações do presidente Lula, são palavras que expressam a sinceridade de quem busca preservar e valorizar o valor supremo que é a vida humana”, disse o chanceler aos senadores da Comissão.

 

Ainda na defesa do posicionamento do presidente Lula, o ministro das Relações Exteriores afirmou no Senado que o governo de Benjamin Netanyahu estaria violando o direito humanitário internacional ao não permitir a entrada de suprimentos e alimentos na Faixa de Gaza. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças estariam morrendo de fome diariamente em Gaza.  

 

“Sem sombra de dúvida, o bloqueio à ajuda humanitária no contexto atual de fome e falta de insumos médicos em Gaza consiste em uma violação do direito internacional”, afirmou o chanceler brasileiro, acrescentando que “o governo do primeiro-ministro de Israel continua dificultando sistematicamente a entrada de caminhões com ajuda humanitária nas fronteiras com Gaza”.  

 

Em sua explanação inicial, o ministro Mauro Vieira afirmou que cerca de 15 mil toneladas de suprimentos de ajuda humanitária internacional aguardam aprovação do governo de Israel para entrar em Gaza, sendo mais da metade dessa carga de alimentos. Vieira confirmou que parte da ajuda humanitária enviada pelo Brasil para Gaza, composta 30 por purificadores de água, foi retida pelas forças israelenses.

 

“O que podemos fazer, e continuaremos a fazer na nossa linha atual, é denunciar a decisão unilateral israelense de bloquear recorrentemente a entrada de ajuda humanitária e seguir trabalhando com os países vizinhos e os organismos internacionais em favor da abertura de corredores humanitários”, declarou.

 

Mauro Vieira compareceu à Comissão de Relações Exteriores atendendo a convite feito pelo presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em resposta a questionamento de Calheiros, o chanceler disse que o Brasil condenou o ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro de 2023, assim como condena a reação militar israelense em Gaza, que considera desproporcional.

 

“Nossa mensagem foi sempre essa: apoio à operação de retirada de brasileiros que desejam retornar; apoio a todas as iniciativas para que não faltasse água, luz, remédios e hospitais em Gaza; apelo por corredor humanitário, pelo cessar fogo, pela retomada das negociações e pela liberação dos reféns. É preciso condenar e repudiar a atrocidade do ataque terrorista sofrido por Israel no dia 7 de outubro. Sim, Israel tem o direito de defender sua população, mas isso tem de ser feito dentro de regras do direito internacional. A cada dia que passa, no entanto, resta claro que a reação de Israel ao ataque sofrido tem sido extremamente desproporcional e não tem como alvo somente aqueles responsáveis pelo ataque, mas todo o povo palestino”, concluiu o ministro.
 

 Bolsonaro revela ter recebido convite de Netanyahu para visitar Israel: “Ele quer que eu vá naquela região do conflito”
Foto: Mauricio Leiro / Bahia Notícias

Cumprindo agenda em Salvador nesta sexta-feira (8), onde se reúne com pré-candidatos do Partido Liberal (PL) e apoiadores na Igreja Batista Caminho das Árvores, na Pituba, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que “a maioria esmagadora do povo brasileiro está com o povo de Israel”. Neste sábado (9), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro receberá a Comenda 2 de Julho em evento no Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio. 

 

Bolsonaro também revelou ter recebido uma carta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao qual ele comemorou a coincidência de também ser capitão do Exército. “Ele me convidou para visitar o seu país. Ele quer que eu vá naquela região do conflito, ou melhor, do massacre, da covardia. A região do terrorismo praticado pelo Hamas contra Israel”, disse. 

 

No discurso, o ex-mandatário da República contou já ter visitado a região do conflito, em 2018, “quando era apenas deputado e duas vezes como presidente”. Bolsonaro também dedicou tempo para contextualizar a situação político-econômica do país do Oriente Médio. 

 

“Se vocês olharem para o Estado de Israel, vocês vão entender que ele só existe por um milagre de Deus. Um pedaço de terra que é menor do que o menor estado brasileiro, que é o estado de Sergipe. Que não tem uma gota de petróleo, não tem terras agricultáveis, não tem água em abundância, não tem um clima aprazível e não chove como chove aqui”, resumiu.  

Após polêmica, Lula volta a dizer que Israel pratica genocídio em Gaza
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

Em evento da Petrobras, nesta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou sua posição sobre a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Lula é crítico a atuação de Israel. Desta vez, no entanto, o presidente não usou a palavra Holocausto, ou fez comparações com o governo nazista da Alemanha na Segunda Guerra.

 


"Eu quero dizer para vocês que eu não troco a minha dignidade pela falsidade. E quero dizer para vocês que eu sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado palestino, viver em harmonia com Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças", disse o presidente.

 


Em um segundo momento, Lula pediu para que as pessoas não tentassem fazer interpretações sobre o que ele disse quando esteve em agenda internacional em Addis Ababa, capital da Etiópia.

 


"Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não está morrendo soldado, está morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", completou Lula.

 


A declaração de Lula foi durante a cerimônia do programa "Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos", no Museu de Arte Moderna do Rio.

 

DECLARAÇÃO DE LULA

 

No domingo passado (18), Lula classificou como "genocídio" e "chacina" a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas no início de outubro. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado.

 


"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula, durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia.

 


Em reação, Israel declarou Lula persona "non grata" no país. O termo é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. Desde então, a fala vem tendo repercussão interna e externamente.
 

Fala de Lula sobre Israel 'pegou mal diplomaticamente', mas não deve impactar relações econômicas, dizem especialistas
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O comércio entre Brasil e Israel cresceu cerca de 130% no período entre 2021 e 2022, com 85% das exportações concentradas em produtos como petróleo, carne bovina, milho e soja, de acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Porém, a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando as ações militares israelenses na Faixa de Gaza à Alemanha nazista gerou um desgaste entre os países.

 

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Com a escalada das tensões entre Tel Aviv e Brasília, o Bahia Notícias procurou especialistas para analisar se a ponte comercial entre Brasil e Israel pode vir a ruir dependendo da intensidade dos tremores gerados pela declaração do presidente, que ecoou por todo o mundo. Na opinião do doutor em Ciências Sociais e especialista em Relações Internacionais, Luís Antônio Costa, a fala de Lula gerou um desgaste do ponto de vista diplomático, mas um rompimento econômico é improvável e, caso ocorra, na queda de braço quem perde é Israel.

 

“Do ponto de vista econômico não há comparação entre Brasil e Israel. O Brasil pode sobreviver, dada sua potência econômica, em meio a um fim das relações diplomáticas evoluindo para o fim das relações comerciais, o que não é automático. Os contratos são válidos e, mesmo caindo as relações diplomáticas, é possível manter as trocas comerciais. Mas caso houvesse o transbordamento para as relações econômicas, o Brasil pode com certeza sobreviver, deixando de comprar os fertilizantes, inseticidas e insumos da indústria química de Israel. O Brasil tem relações econômicas com centenas de países pelo mundo e diversifica os seus mercados consumidores e fornecedores”, afirmou o Luís Antônio, destacando que quem sai perdendo, verdadeiramente, com o fim dessa relação, é a economia israelense que está sofrendo com a guerra.

 

Após a declaração de Lula, ocorrida no último domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou embaixador no Brasil para "uma dura conversa de repreensão". No dia seguinte (19), ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katzdeclarou Lula como “persona non grata”. Ao mesmo tempo, o grupo extremista Hamas agradeceu o presidente brasileiro pela fala contra o governo de Israel. Na visão do economista, doutor em Relações Internacionais e presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Igor Lucena, Tel Aviv já deixou claro que não vai recuar do ponto de vista diplomático. Ele não vê ganhos na postura do Brasil em "bater de frente" com Israel, mas acredita que somente os próximos dias definirão se as relações com o governo isralelense serão, ou não, cortadas.

 

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“Israel é a única democracia do Oriente Médio. Tem ao lado as principais democracias do mundo e, infelizmente, eu não vejo ganhos para o Brasil nesse tipo de conflito. Se a gente vai cortar relações, eu acho que os próximos dias vão mostrar. Mas não acredito que vai normalizar totalmente as relações até que haja algum tipo de pedido de desculpas. E, aparentemente, isso não vai existir no Brasil. Do ponto de vista econômico, as relações do Brasil com Israel são muito pequenas. A gente está falando de entre US$ 600 milhões a 800 milhões anuais, e nós exportamos para Israel basicamente produtos primários”, afirmou o economista.

 

O Brasil comprou US$ 2,1 bilhões de bens e serviços de Israel em 2022, sendo que 54% foram adubos e fertilizantes. Além disso, mesmo com as exportações de petróleo entre as nações terem começado apenas em 2021, já se transformaram no principal item da exportado em 2022, passando de US$ 1 bilhão. O valor equivale a 56,7% dos embarques totais de US$ 1,8 bilhão.

 

Justamente por isso, o doutor em Geografia e Pesquisador Político da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Antônio Lobo, também não acredita que deva ocorrer o rompimento das relações econômicas entre Brasil e Israel, porém, se esse cenário se concretizar, a economia brasileira como um todo não seria afetada, uma vez que a maioria das negociações econômicas empresariais entre os países é feita no âmbito comercial privado.

 

“Esse comércio muito provavelmente não vai ser afetado, porque as empresas israelenses e as empresas brasileiras que têm suas trocas comerciais consolidadas, não vão deixar de manter esses laços comerciais, econômicos e empresariais por conta desse imbróglio diplomático. Então, a tendência é que essas relações comerciais não sejam afetadas. Para se ter uma ideia, em 2023, R$ 2 bilhões em trocas comerciais foram celebradas entre Brasil e Israel, e os israelenses levam vantagem nesse processo. Israel tem um superávit de aproximadamente R$ 1 bilhão nessas trocas comerciais. Então, se houver um rompimento, do ponto de vista econômico comercial, Israel vai ser o mais afetado, e eu não acho que o empresariado e o governo israelenses vão querer um rompimento econômico comercial com o Brasil”, destacou o especialista.

 

AFINAL, O BRASIL PERDE EM ALGO?

A resposta é sim. O Brasil possui uma série de acordos na área tecnológica com Israel. A Força Aérea Brasileira (FAB), por exemplo, possui projetos que dependem de tecnologia israelense e que podem acabar indo “por água abaixo” caso o Tel Aviv rompa laços com Brasília. “O Brasil tem um conjunto grande de acordos de tecnologia com o Israel, de diversos pontos, desde de salinização, sistemas de segurança até alta tecnologia. Se a gente tiver uma queda na relação econômica, esses acordos vão ser desfeitos, transferências de tecnologia vão deixar de existir, e o Brasil fica para trás e sem um grande parceiro na área de desenvolvimento. Somos importadores de produtos de alta tecnologia. Nesse sentido, o Brasil perde muito mais do que Israel. Perderemos um parceiro na área de tecnologia e segurança que, para nós, hoje é fundamental, dado o nível de segurança pública alarmante que o Brasil está”, disse Igor Lucena.

 

De acordo com Antônio Lobo, a crise entre os dois países poderá ter impactos no setor aeronáutico. A exemplo do que ocorreu na Colômbia após entoar crítica à postura de Israel na Faixa de Gaza, e agora não terá mais apoio logístico para a frota de caças Kfir fabricadas pela Israel Aerospace Industries (IAI), o Brasil também pode sofrer uma espécie de retaliação. 

 

“A FAB e a Embraer [Empresa Brasileira de Aviação] desenvolveram um avião de transporte militar chamado KC-390. Uma parte da tecnologia utilizada pela aeronave também é fornecida por empresas de tecnologia militar de Israel. Então, se o governo israelense resolver impedir que essas empresas continuem fornecendo essa tecnologia, isso geraria um problema produtivo para a Embraer conseguir produzir novos aviões de transporte militar. O KC-390 que é uma jóia da coroa que a Embraer tem exportado para vários países do mundo e é uma aeronave muito procurada no mercado”, afirmou o doutor em Geografia.

 

Aeronave KC-390 | Foto: Divulgação / FAB

 

Segundo o portal especializado Aeroin, o principal afetado seria a AEL Sistemas, uma subsidiária da israelense Elbit Systems que tem 25% de participação na Embraer. A empresa fabrica a suíte eletrônica do cargueiro Embraer KC-390 e é responsável por fazer o display do caça Gripen da FAB. Antônio Lobo, completa que, apesar da possível interferência israelense no acordo, diferentemente da Colômbia, o Brasil está mais seguro do ponto de vista contratual.

 

“Uma medida que o Benjamin Netanyahu tomou já há alguns meses foi cortar o fornecimento de equipamentos e de tecnologia militar para a Colômbia. Só que a Colômbia compra diretamente e tem contratos celebrados de forma direta com empresas israelenses. No caso do Brasil e do caça Gripen é diferente, porque o contrato do Brasil é com a Suécia. Porém, a Suécia depende de tecnologia israelense em alguns componentes do caça. A Colômbia estava mais vulnerável. O Brasil não está tanto, mas o Estado de Israel pode sim atrapalhar bastante”, afirmou o especialista.

Árbitro palestino FIFA morre durante bombardeio israelense na Faixa de Gaza
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Mohammed Khattab, árbitro assistente palestino FIFA com participações em importantes competições, foi morto junto com sua esposa e seus quatro filhos em um bombardeio realizado por Israel na cidade natal de Khattab, Deir Al-Balah, no litoral da Faixa de Gaza, na madrugada desta quinta-feira (22).

 

Khattab estava no quadro da FIFA  desde 2022, e era um dos 14 palestinos que possuia o reconhecimento da entidade máxima do futebol. Além da esposa e filhos, mais de 25 pessoas que morreram no bombardeio faziam parte da família de Khattab.

 

Deir Al-Balah é uma das cidades que mais sofreram bombardeios de Israel desde 2001, e também uma das cidades que registrou apoio ao Hamas nas eleições de 2005. Um relatório divulgado pela Federação Palestina de Futebol em dezembro de 2023 apontou que 85 atletas e pessoas do esporte palestino perderam suas vidas durante os ataques sofridos pelo país na guerra. Desses mortos, a maior parte eram futebolistas.

 

Desde o início da guerra, doze países árabes enviaram uma carta à FIFA pedindo a expulsão de Israel. O argumento era exatamente o assassinato de pessoas ligadas ao futebol, como jogadores, treinadores e árbitros: Bahrein, Iraque, Kuwait, Líbano, Omã, Palestina, Catar, Arábia Saudita, Síria, Iêmen e Emirados Árabes Unidos assinam o documento.

 

Vale lembrar que no ano de 1974, em movimento também liderado por países árabes, Israel foi expulso da AFC (Confederação Asiática de Futebol). Desde então o país foi acolhido pela UEFA.

Secretário de Estado dos EUA diz que encontro com Lula foi "ótimo" e evita responder sobre conflito em Gaza
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, eleições nos Estados Unidos, resistência do fenômeno da polarização na política, assuntos bilaterais e cooperação em medidas para aceleração do emprego. Estes foram alguns dos temas presentes no encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Antony Blinken, secretário de Estado do governo Joe Biden nos Estados Unidos.

 

Blinken chegou ao Brasil nesta terça-feira (20) para participar de reuniões dos ministros de países do G20 no Rio de Janeiro. Antes da cúpula do G20, o secretário norte-americano foi ao Palácio do Planalto, nesta quarta (21), para o encontro com Lula. 

 

“Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo. Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos, estamos trabalhando bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade”, disse o secretário Antony Blinken à imprensa, após a reunião com Lula.

 

Questionado sobre o conflito na Faixa de Gaza, Blinken não respondeu questionamentos feitos pela imprensa. Mais cedo, ao chegar no Palácio do Planalto, o secretário foi perguntado sobre a guerra, mas não fez comentários. 

 

O encontro entre Lula e Blinken durou quase duas horas. Participaram da reunião a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim.

 

Na conversa com Lula, o secretário de Estado enfatizou o apoio norte-americano à presidência do Brasil no G20 e a parceria Brasil-EUA pelos direitos dos trabalhadores. Blinken manifestou também suporte à cooperação na transição para a energia limpa e conversou sobre as comemorações do bicentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, completados neste ano de 2024.

 

Durante a sessão de fotos na abertura da reunião, o secretário norte-americano, que veio pela primeira vez ao Brasil, comentou que a “temporada das primárias está bem encaminhada”, ao responder pergunta do presidente brasileiro sobre a disputa entre Biden e Donald Trump.

 

“É um longo caminho”, disse Blinken, explicando que a situação política nos Estados Unidos está muito polarizada, e que “as pessoas já se decidiram”. 

 

Segundo afirmou o secretário a Lula, “dos nossos 50 estados, há apenas seis ou sete que estão realmente em competição. Portanto, você verá que quase toda a campanha provavelmente se concentrará em seis ou sete estados. Estados como a Pensilvânia, como Michigan, como Wisconsin, como Nevada”, disse o diplomata americano.

 

“Há uma batalha por um segmento muito restrito do eleitorado”, completou Blinken.

 

Após o encontro com Lula, Blinken seguiu para o Rio de Janeiro, onde participará da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20. O secretário norte-americano segue depois para Buenos Aires, onde vai se reunir com o presidente argentino Javier Milei para discutir questões bilaterais e globais.
 

Entorno de Lula avalia “esclarecimento” à comunidade judaica no Brasil, após fala sobre Holocausto
Foto: Fernando Frazão / EBC

O entorno de Lula avalia a possibilidade de o presidente prestar um tipo de esclarecimento ao povo judeu no Brasil. O tom, defendem pessoas próximas a Lula, não deve ser de desculpas, mas de explicação da fala em que comparou a atuação de Israel na guerra contra o Hamas ao Holocausto.


De acordo com a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, alguns aliados chegam inclusive a defender que Lula consulte lideranças judaicas no Brasil, assim como fez nas eleições com evangélicos, para avaliar o melhor tom para o esclarecimento.


Lula, entretanto, só irá de fato se explicar caso o assunto não arrefeça nos próximos dias e a pressão no Congresso Nacional aumente.


O pedido de impeachment de Lula chegou a 124 assinaturas, mesmo número de apoiadores que assinaram o pedido de impeachment contra Dilma em 2015. O clima, porém, evidentemente, é outro.

Mendonça critica posição do Brasil no conflito Israel-Hamas: “Maior erro é apoiar grupo terrorista”
Foto: Carlos Moura / SCO / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, criticou a posição adotada pela diplomacia brasileira em relação à guerra entre Israel e Hamas. Durante culto na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo, neste domingo (18), ele afirmou que “o maior erro é apoiar grupo terrorista”. O ministro é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, localizada em Brasília. 

 

A declaração de Mendonça aconteceu horas depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar o conflito Israel-Hamas com o holocausto e as ações do ditador nazista Adolf Hitler contra os judeus. "Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", cravou Lula. 

 

Segundo informações da CNN Brasil, no culto de domingo, Mendonça narrou um encontro que teve com o embaixador do Brasil em Israel. “Eu fiz uma colocação para o embaixador: ‘Embaixador, nossa diplomacia é marcada por uma busca de equilíbrio e imparcialidade. O senhor não acha que se talvez nós caminharmos mais nesse sentido, ao invés de endossarmos uma petição da África do Sul acusando Israel de genocídio, seria o melhor para sermos um agente de paz?”, contou.

 

O ministro então relatou o que ouviu do embaixador: “E ele me respondeu: ‘No mundo de hoje, não há espaço para o cinza. Ou é preto, ou é branco. E o país tomou sua posição.'”

 

Mendonça então acrescentou: “Em resposta [ao embaixador], eu tomei a minha posição: eu defendo a devolução de todos os sequestrados. E acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente. Eu e você, como cristãos, somos chamados a tomar posição em tudo na vida.”

 

André Mendonça chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em julho de 20221. Ele foi qualificado como “terrivelmente evangélico” pelo político. Antes do STF, ocupou o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União no governo Bolsonaro. 

Israel declara Lula como "persona non grata" após comparação com Holocausto: “Não perdoaremos”
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “persona non grata”, por conta das declarações do brasileiro, quando comparou a situação em Gaza ao Holocausto. A fala de Lula aconteceu neste domingo (18), ocasionando uma crise diplomática entre os dois países. 

 

Em uma publicação nas redes sociais, o chanceler isaraelense disse que Israel não vai perdoar e não vai esquecer o que foi dito pelo presidente brasileiro, até que ele peça desculpa pelo o que falou. 

 

"Não perdoaremos e não esqueceremos - em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é "persona non grata" em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras", afirmou em publicação no X, antigo Twitter.

 

A declaração do israelense chega após o governo alterar o protocolo para encontros com diplomatas e representantes de nações estrangeiras. Ainda houve uma reunião com o embaixador do Brasil em Israel, no museu do Holocausto, em Jerusalém. Em outras ocasiões, o encontro aconteceria no Ministério das Relações Exteriores. 

 

“Esta manhã convoquei o embaixador brasileiro em Israel para o Museu do Holocausto, o lugar que testemunha mais do que qualquer outra coisa o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família” , esclareceu o chanceler Israel Kantz.

 

O depoimento de Lula aconteceu durante entrevista coletiva neste domingo, onde comparou as mortes de palestinos em Gaza à matança de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler. Logo depois, o governo de Israel anunciou que iria repreender o embaixador brasileiro em Tel Aviv. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”.

 

"A comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as acções de Hitler e dos nazis, que destruíram 6 milhões de judeus, constitui um grave ataque anti-semita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto", disse o chanceler nas redes.

Principais jornais do país fazem duras críticas a Lula por apoiar denúncia da África do Sul contra Israel
Foto: Reprodução Youtube

Os três principais jornais do país – Folha de S.Paulo, O Globo e Estado de S.Paulo – fizeram duras críticas, nesta sexta-feira (12), ao apoio dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à iniciativa da África do Sul em denunciar Israel no Tribunal de Haia. Na última quarta (10), Lula endossou a denúncia por “genocídio” feita pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça da ONU, além do pedido de investigação de “atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados”.

 

O apoio de Lula à ação da África do Sul ocorreu no mesmo dia em que o presidente se reuniu com o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben. Os três jornais, em seus editoriais, taxaram a decisão do presidente brasileiro de “infeliz”, “lastimável”, fruto de “ignorância ou má-fé”, entre outros adjetivos.

 

O Estadão, por exemplo, afirmou que Lula quer “posar de estadista”, mas, ao decidir endossar formalmente uma acusação “infundada” de genocídio contra Israel, revelaria que lhe falta o básico para governar: “prudência”.

 

“Pouco importa se esse alinhamento decorre de ignorância, cálculo político ou má-fé do presidente Lula da Silva e dos acólitos que o orientam na condução da política externa. O fato é que o Brasil só tem a perder se imiscuindo dessa forma lamentável numa questão muitíssimo complexa – e para a qual não está devidamente apetrechado para exercer qualquer influência relevante”, afirma o jornal paulista.

 

Na mesma linha, o jornal carioca “O Globo”, em um editorial com o título “Endosso de Lula é agressão injusta a Israel”, classifica como “lastimável” a decisão do presidente Lula de aderir à petição apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ). O Globo defende que ao atender ao pedido do embaixador palestino no Brasil, Lula teria violado a tradição de equilíbrio da diplomacia brasileira, além de ter banalizado uma acusação que, segundo o jornal, fortalece vertente insidiosa do antissemitismo contemporâneo. 

 

“Ainda que a CIJ ordene medidas emergenciais, é difícil haver efeito na guerra. O caso em nada ajudará a luta justa – apoiada pelo Brasil – em favor de um Estado palestino ao lado de Israel. Sua única contribuição, ao associar as palavras “genocídio” a Israel, será avivar o paralelo ofensivo entre nazistas e o Estado judeu, obsessão do antissemitismo contemporâneo. Com o aval de Lula”, conclui O Globo.

 

O jornal paulista Folha de S.Paulo também fez fortes críticas à decisão da diplomacia do governo Lula, e considera que o Brasil erra ao deixar de tomar uma posição de equidistância em relação ao Oriente Médio. Em seu editorial, a Folha destaca relatório recente da Human Rights Watch que aponta a oscilação de líderes mundiais quando se trata de condenar violações dos direitos humanos.

 

Segundo a Humans Rights Watch, os líderes tendem a fazer vista grossa quando os perpetradores das violações são governos aliados, assim como carregam nas tintas em casos em que os violadores são adversários. O presidente brasileiro é um dos líderes citados pela organização global como adepto dessa tese.

 

“O documento em que o endosso foi anunciado não explica por que o Brasil considera estar havendo crime com essa caracterização na Faixa de Gaza. Genocídio é a ação deliberada para exterminar um grupo. Genocidas foram os nazistas contra judeus e outras minorias na 2ª Guerra Mundial, o Império Otomano contra armênios em 1915 e 1916 e hutus contra tutsis em Ruanda em 1994. A reação de Israel ao massacre, estupro e sequestro de civis cometido por terroristas do Hamas merece críticas, mas não justifica o abandono da equidistância tradicionalmente abraçada pelo Brasil”, defende a Folha.
 

Em almoço com repatriados de Gaza, Lula diz que situação da guerra “não é humanamente aceitável”
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçou na tarde desta segunda-feira (25) com brasileiros e familiares repatriados da Faixa de Gaza que chegaram em Brasília no último sábado (23). Durante o encontro, Lula afirmou que “não é humanamente possível aceitar” a situação da guerra entre Israel e Hamas em Gaza.

 

 

 

O almoço de Natal aconteceu no hotel de trânsito da Base Aérea da capital federal. Das 30 pessoas resgatadas – 16 brasileiros com dupla nacionalidade e 14 familiares palestinos –, 21 participaram do evento, porque as demais já voltaram para os seus estados de origem. 

Este é o terceiro grupo a ser resgatado de Gaza pelo governo brasileiro. Eles deixaram a região na sexta-feira (22) e embarcaram no dia seguinte do Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito. 

 

De acordo com informações do UOL, o presidente também mostrou indignação com a morte de mulheres e crianças, e a “destruição do patrimônio que foi construído pelo povo palestino”. 

 

Lula assegurou que o governo federal continuará as ações de repatriação daqueles que desejam retornar ao Brasil. “Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para esses casos”, garantiu. 

 

O petista ainda saiu em defesa da criação de um Estado palestino. “Há muito tempo defendo a criação de um Estado palestino e continuamos brigando na ONU para que seja construído o Estado palestino e que os dois povos possam viver em paz”. 

Manifestantes pró-Palestina protestam na Avenida Tancredo Neves nesta quinta-feira
Foto: Thiago Teixeira / Bahia Notícias

Com cartazes de “cessar-fogo” e gritos de “Israel assassino”, um grupo de manifestantes realizou um protesto na tarde desta quinta-feira (23), na Avenida Tancredo Neves, em favor da Palestina e condenado as investidas israelenses contra a região. Não há reflexo de retenção no trânsito e a Polícia Militar (PM) está no local.

 

O líder do Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo Palestino, Humberto Guanaes, destacou ao Bahia Notícias que manisfestação é pacífica e que visa apoiar a comunidade palestina que vem sofrendo o que ele classificou como "massacre".

 

“Desde o início do massacre do povo palestino, nós criamos o comitê. A gente tem feito várias ações. Essa já é a quinta. Fizemos uma ação na Praça Municipal, no início de outubro, depois fizemos uma na Lapa, no Farol da Barra, e hoje estamos fazendo aqui”, afirmou Humberto.

 

Em panfletos entregues durantes as manifestações, eles alegam que o povo da Palestina “resiste à ocupação de sua terra e a violação de seus direitos pelas forças de Israel, que conta com o apoio dos EUA para cometer crimes de guerra contra civis, a exemplo dos recentes bombardeios na Faixa de Gaza”.

 

Humberto ainda destacou que, na próxima semana, outras manifestações em apoio ao povo palestino serão feitas no Pelourinho e no Farol da Barra novamente. “Nós entendemos que está acontecendo um massacre de uma etnia e isso nos torna cúmplices, se nós ficarmos calados, de um genocídio de um aparte grande de um povo que merece liberdade, que merece viver”, declarou o líder do Comitê.

 

O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam, nesta terça-feira (21) o primeiro grande acordo desde o início do conflito, no dia 7 de outubro, para o estabelecimento de uma trégua e a libertação de dezenas de reféns. É o que informa a imprensa israelense. O acordo teve a participação decisiva do Catar, que mediou o diálogo entre as duas partes. 

 

O conflito entre as nações começou após um ataque do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro. A ofensiva deu início à guerra, que já matou ao menos 5 mil pessoas, sendo que a maioria é palestina.

Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo e para libertação de reféns
Foto: Internet divulgação

O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam, nesta terça-feira (21) o primeiro grande acordo desde o início do conflito, no dia 7 de outubro, para o estabelecimento de uma trégua e a libertação de dezenas de reféns. É o que informa a imprensa israelense. O acordo teve a participação decisiva do Catar, que mediou o diálogo entre as duas partes. 

 

A imprensa israelense disse que os primeiros reféns devem ser libertados na quinta-feira (23). De acordo com o governo, mulheres e crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias. Durante este período, o conflito estará em pausa.

 

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia apelado para que seus pares no poder votassem a favor de um acordo com o Hamas que permitiria a libertação de ao menos 50 das cerca de 240 pessoas sequestradas pelo grupo terrorista durante a sua brutal incursão de 7 de outubro. O premiê convocou três reuniões seguidas para tratar do assunto: uma com a cúpula de guerra, outra com nomes ligados à segurança nacional, e, por fim, uma com todo o gabinete instituído a partir do início do conflito, que tem 38 membros.

 

O acordo foi costurado durante semanas de conversas em Doha, no Catar, país que fez a mediação junto com diplomatas dos Estados Unidos. A resolução do cessar-fogo foi aprovada por uma “maioria significativa” do gabinete de guerra do governo, em votação que durou mais de seis horas.

 

O Hamas confirmou o acordo, e afirmou que 150 mulheres e crianças palestinas serão libertadas por Israel. Ainda segundo o grupo radical, o cessar-fogo permitirá que centenas de caminhões com ajuda humanitária, medicamentos e combustíveis entrem em todas as áreas de Gaza. A expectativa é que o cessar-fogo dure cinco dias.

Gleisi Hoffmann abre guerra contra imprensa por críticas às declarações de Lula sobre Israel e o Hamas
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, em postagem nas suas redes no feriado de 15/11, fez duras críticas aos jornais O Globo e Estado de S.Paulo, assim como à imprensa em geral, por conta de editoriais sobre declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da postura de Israel no conflito com o Hamas. Gleisi chamou os jornais de “arrogantes” e “mesquinhos”, e acusou a imprensa de querer “censurar” as declarações do presidente sobre o conflito no Oriente Médio. 

 

“É impressionante a arrogância dos editoriais do Globo e Estadão de hoje. Querem censurar o presidente Lula, determinar as palavras que ele pode ou não pode dizer sobre o massacre da população civil em Gaza. A mesma censura que nos impõem sobre manifestações em solidariedade aos palestinos ao redor do mundo. Precisamos recorrer à mídia estrangeira para saber das marchas de centenas de milhares na Europa e até nos EUA, porque os donos da nossa imprensa não admitem que há dois lados nessa guerra, não apenas o que eles apoiam”, disse a presidente do PT.

 

Os editoriais que irritaram a presidente do PT foram publicados nas edições de O Globo e do “Estadão” nesta quarta (15). O jornal do Rio de Janeiro declarou que o presidente Lula deveria ter mais equilíbrio ao tratar do conflito entre Israel e o Hamas, e que ele teria feito um “paralelo descabido” entre a situação de ambos. 

 

“Lula tem o direito de ir receber brasileiros e palestinos que nada têm a ver com a guerra. Mas, de um líder, exige-se mais comedimento nas palavras – e, sobretudo, mais equilíbrio em um conflito que mobiliza tanta dor e paixão”, afirma o editorial de O Globo.

 

O “Estadão” pesa ainda mais a mão nas críticas. Com o título “Lula e a má-fé da esquerda”, o jornal Estado de S.Paulo diz que Lula, ao chamar de “terrorista” a reação israelense ao massacre promovido pelo Hamas, teria distorcido o cenário de guerra e confirmado o “ranço ideológico da esquerda primitiva”. 

 

O jornal de São Paulo afirma também que desde os tempos de sindicalista, Lula construiu sua mitologia reduzindo tudo a uma luta entre patrão e trabalhador, ou opressor e oprimido, considerando ainda que todos os oprimidos seriam moralmente superiores.

 

“O oprimido da vez é o Hamas, em cuja defesa Lula se empenha com denodo, desprezando cruelmente a dor dos judeus massacrados em Israel – país que, afinal, para muitos esquerdistas, nem deveria existir”, conclui o “Estadão”.

 

Para a deputada Gleisi Hoffmann, os jornais estariam se aferrando a uma “discussão bizantina” sobre o emprego da palavra terrorismo. Segundo a presidente do PT, por trás das críticas da imprensa a Lula estaria uma sanção à retaliação “bárbara e desproporcional” do governo Netanyahu aos condenáveis ataques do Hamas a civis de Israel.

 

“Primitivo é impor a lei do mais forte numa região ocupada por meio da violência. Desequilíbrio é escolher entre seres humanos os que podem ser mortos e aqueles que podem matar. Descabido é proibir Lula de receber um artista como Roger Waters por causa de suas posições políticas. Lula elevou o Brasil a um protagonismo inédito na diplomacia internacional, até por expor corajosamente os limites do sistema unipolar em que vivemos. É isso que incomoda tanto os donos mesquinhos da nossa imprensa”, concluiu a deputada petista.

 

Único jornal que ainda não havia criticado as falas de Lula sobre Israel (e não foi alvo, ainda, da fúria da presidente do PT), a Folha de S.Paulo publicou nesta quinta (16) um editorial na mesma linha de O Globo e o “Estadão”. Com o título “Falsa equivalência”, a Folha é categórica ao afirmar que o presidente brasileiro agrediu Israel e mortos ao comparar a ação do Estado judeu, “passível de críticas”, ao Hamas.

 

Para o jornal paulista, ao “abrir a boca” sobre o conflito, Lula, “como de costume”, teria pronunciando mistificações e impropriedades, incompatíveis com o cargo que ocupa. 

 

“O petista encontrou tempo posteriormente até para passar vergonha científica, associando o uso de bombas à mudança climática. A falsa equivalência de Lula, que agora pode prejudicar novas repatriações, não se sustenta. Em nome de sua vaidosa busca por destaque global e exalando o DNA do PT, ele agrediu não só Israel, mas a memória dos 1200 mortos e 240 reféns vítimas do Hamas”, afirma o editorial da Folha de S.Paulo. 

 

Até o final da manhã desta quinta, a presidente nacional do PT ainda não havia se pronunciado a respeito do editorial da Folha. Em uma postagem na rede X nesta manhã, Gleisi voltou a criticar o “Estadão”, mas desta vez sobre o caso da visita da chamada “Dama do Tráfico” do Amazonas aos ministérios da Justiça e de Direitos Humanos.

 

A deputada petista disse que na cobertura deste caso, o jornal estaria fazendo o jogo da “escória bolsonarista” para desgastar o governo Lula, e novamente criticou o tipo de jornalismo praticado pelo Estado de S.Paulo.

 

“Uma pergunta fica no ar: por que o Estadão logo de cara não deu que a indicação das pessoas é de responsabilidade estadual? O objetivo era criar um auê contra o governo alimentando o bolsonarismo? Acho que o jornal ainda tá preso naquele editorial vergonhoso da escolha difícil e usa métodos sórdidos, como expôr salários de funcionários como se fosse crime ganhar salário do governo. Ultrapassado e enviesado esse jornalismo, hein?!”, afirmou Gleisi.

OMS diz que maior hospital de Gaza encerrou funcionamento
Foto: Maxar Technologies/Handout

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou, nesta segunda-feira (13), que o hospital Al Shifa, o maior da cidade de Gaza, está sem água há três dias e em condições precárias. Em uma publicação nas redes sociais, o diretor afirmou que a unidade de saúde "não está funcionando mais como um hospital".

 

Segundo Tedros, as trocas constantes de tiros e bombardeios na área em torno do hospital "exacerbaram circunstâncias já críticas". De acordo com publicação da Agência Brasil, todos os hospitais no norte da Faixa de Gaza finalizaram o funcionamento. 

 

O governo de Israel negou que seu exército tenha atacado o hospital, mas admitiu que houve confrontos com integrantes do grupo terrorista Hamas na área. O governo disse também que o Hamas teria um centro de comando embaixo do hospital.  A informação foi negada pelo hospital e pelo Hamas. 

 

A OMS apontou que perdeu contato com o Al Shifa e que um outro hospital na capital de Gaza, o Al Quds, não estaria realizando atendimentos por falta de combustível. O Crescente Vermelho Palestino, que realiza operações e instalções disse que forças israelenses estão nas proximidades e que preparativos estão sendo feitos para a retirada de cerca de 6 mil pacientes, médicos e pessoas deslocadas.

 

O diretor-geral dos hospitais na Faixa de Gaza, Mohamed Zaqout, indicou que só no Al Shifa há cerca de 2.500 pessoas, incluindo pessoal médico (entre 200 e 500 pessoas), doentes (cerca de 650 feridos e 36 bebês em incubadoras) e em torno de 1.500 deslocados internos.

 

Os números fornecidos por Zaqout, que integra os quadros do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, foram compartilhados pela OMS. No último  sábado (11), a pasta de Saúde do Hamas disse que havia até 20 mil pessoas no hospital.

 

A agência humanitária Médicos Sem Fronteiras contou que está "extremamente preocupada" com a segurança dos pacientes e da equipe médica no hospital Al Shifa.

Semana de calor intenso tem chegada dos brasileiros repatriados de Gaza e Brasília esvaziada devido ao feriado
Foto: Divulgação MRE

A semana promete ser de altas temperaturas e baixa umidade na capital federal. Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os termômetros em Brasília podem vir a marcar até 35º no feriado de 15 de novembro, dia da Proclamação da República. Apesar do calor e por conta do feriado, a semana promete ser “fria” na agenda dos três poderes. 

 

O feriado, que cai na quarta-feira, promete esvaziar as atividades parlamentares em Brasília. Senado e Câmara devem ter apenas a terça (14) para votações em plenário, e os tribunais superiores programaram julgamentos somente na quinta (16). 

 

Já o Palácio do Planalto vive a expectativa da chegada dos 32 brasileiros que foram resgatados de Gaza neste fim de semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou que irá receber os brasileiros repatriados na Base Aérea de Brasília, na noite desta segunda (13).

 

Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.

 

PODER EXECUTIVO

O governo Lula começa a semana festejando a chegada em Brasília das 32 pessoas (22 brasileiros e 10 palestinos) resgatadas de Gaza. Na noite desta segunda, chegará na Base Aérea de Brasília o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) vindo do Egito com os repatriados, o décimo voo de retorno ao Brasil com pessoas retiradas do cenário de conflito entre Israel e o Hamas.

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo federal irá oferecer o suporte necessário para as 32 pessoas que estão vindo de Gaza para o Brasil. Eles terão acesso a abrigos, documentos, ao SUS (Sistema Único de Saúde) e permissão de trabalho. O presidente Lula estará na Base Aérea para recepcionar os brasileiros e palestinos que chegam por volta das 23h30. No Brasil, os repatriados ficarão em um alojamento da FAB, em Brasília, por duas noites.

 

Antes da recepção aos repatriados, nesta segunda o presidente Lula sanciona o Projeto de Lei nº 5.384/2020, que atualiza a Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência no ensino federal. O novo texto também insere os quilombolas na reserva de vagas em instituições de ensino. A sanção acontece em evento com os ministros Camilo Santana, Silvio de Almeida, Anielle Franco e Sonia Guajajara, no Palácio do Planalto. 

 

E para esta semana de feriado ainda não há previsão se o presidente Lula irá indicar o nome do futuro procurador-geral da República. A PGR já está há quase 50 dias sem um procurador indicado pelo presidente, desde a saída de Augusto Aras do cargo. O maior tempo sem a indicação do procurador-geral havia acontecido no governo Dilma Rousseff, quando a presidente levou quatro dias para indicar Rodrigo Janot a partir do término do mandato de Roberto Gurgel.

 

PODER LEGISLATIVO

Em uma semana esvaziada por conta do feriado de 15 de novembro, a Câmara dos Deputados aguarda a chegada do texto da reforma tributária, aprovada pelo Senado. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que a proposta poderia vir a ser “fatiada”, com a promulgação das regras da reforma que foram chanceladas pelas duas Casas, enquanto os pontos que ainda rendem controvérsia seguiriam tramitando separadamente.

 

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que aguarda a chegada do texto para avaliar se será possível o fatiamento da proposta. Segundo ele, o fatiamento só será possível se não comprometer a estrutura da proposta de emenda à Constituição (PEC). O relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), disse ser contra a ideia do fatiamento. Para Braga, o projeto é muito complexo e seria difícil promulgar apenas uma parte dele.

 

Acaba na próxima quinta (16) o prazo para que parlamentares apresentem emendas ao Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que orienta a elaboração do orçamento federal do próximo ano. O relator da LDO é o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que espera poder votar o projeto na próxima semana.

 

Na agenda do Senado, as comissões devem se reunir ao longo da semana para discutir propostas de emendas para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. As comissões têm prazo até 23 de novembro para apresentar emendas ao projeto da LOA. 

 

Já estão agendadas 13 reuniões de comissões nesta semana. Cada comissão pode aprovar oito emendas à peça orçamentária. Para as emendas de comissão, não existem recursos financeiros previamente reservados.

 

No Plenário, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), programou sessão deliberativa apenas para esta terça (14). Na pauta, o PLP 205/2023, do senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP), que altera a Lei Paulo Gustavo para prorrogar o prazo de execução dos recursos, até 31 de dezembro de 2024, por Estados, Distrito Federal e Municípios. Também deve ser votado o projeto do próprio Pacheco que altera o art. 265 do Código de Processo Penal para extinguir a multa por abandono do processo aplicada sumariamente pelo juiz em desfavor do advogado. Outro projeto em pauta é o PL 5086/2023, da Presidência da República, que altera a Lei nº 12.587/2012, para mudar o prazo de elaboração do Plano de Mobilidade Urbana pelos municípios. 

 

PODER JUDICIÁRIO

A ministra Cármen Lúcia representa o presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso, no seminário “O papel do Supremo nas Democracias”, nesta terça (14) em São Paulo. O evento é realizado pelo jornal Estado de S.Paulo em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

 

A ministra participará da mesa que irá debater o tema do Poder Judiciário como condutor de processos eleitorais. Cármen Lúcia deve falar sobre os desafios do Supremo Tribunal Federal na democracia brasileira.

 

O presidente do STF marcou julgamento no Plenário apenas na quinta (16). Na ocasião, os ministros irão analisar recursos contra o entendimento de que uma decisão em matéria tributária (“coisa julgada”) perde efeito se o Supremo decidir de forma contrária a ela.

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, também marcou sessão para a manhã de quinta (16). Na pauta, alguns poucos julgamentos de recursos eleitorais em pequenos municípios. 
 

Repatriados de Gaza chegam ao Brasil nesta segunda com operação de acolhimento
Foto: Divulgação

Os brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a Faixa de Gaza desembarcam no Brasil nesta segunda-feira (13) . O governo federal já implementou uma operação de acolhimento abrangente para o grupo, incluindo atendimento médico, apoio psicológico e regularização de documentos. As informações são da Agência Brasil.

 

A jornada teve início quando eles cruzaram a fronteira com o Egito pelo Portal de Rafah, nas primeiras horas deste domingo (12), com destino ao Cairo, de onde partirão em um voo com destino a Brasília. A previsão é que a aeronave deixe a capital egípcia às 11h50 (horário local) e pouse em Brasília às 23h30 (horário local), realizando três paradas técnicas em Roma, na Itália; Las Palmas, na Espanha; e na Base Aérea do Recife, já no Brasil.

 

Os repatriados serão submetidos a apoio psicológico, cuidados médicos, imunização e um período de repouso em Brasília, alojados nas instalações da Força Aérea Brasileira (FAB), antes de seguir para outras cidades no Brasil. O Ministério da Saúde informou que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está mobilizada para oferecer os cuidados necessários em saúde assim que chegarem ao Brasil, em Brasília.
 

Brasileiros que deixaram Gaza viveram momentos de tensão e angústia
Foto: MRE/Divulgação

O cruzamento da fronteira de Gaza com o Egito neste domingo (12) representou mais um capítulo na jornada do grupo de 32 pessoas – 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros, três palestinos familiares próximos, 17 crianças, nove mulheres e seis homens – para escapar do conflito entre o Hamas e Israel que já deixou mais de 12 mil mortos, dos quais cerca de 1.200 israelenses e 11 mil palestinos, sendo quase 70% mulheres e crianças.

 

Depois de um mês de agonia, o grupo de 32 pessoas chegou ao Cairo, onde dorme nesta noite. O avião que transportará os brasileiros vai decolar do Cairo às 11h50 (hora local) de amanhã (13). O pouso em Brasília está previsto para as 23h30. Duas pessoas do grupo, que constavam da lista original, desistiram da repatriação e decidiram permanecer em Gaza.

 

A jornada de repatriação, marcada por momentos de tensão, angústia e terror, teve início no dia 7 de outubro, logo após o atentado do Hamas a Israel. Foram dias de espera aguardando a inclusão na lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem de Rafah, o que só ocorreu na sétima lista.

 

Mesmo com a inclusão, os brasileiros ainda tiveram que aguardar, já que a fronteira de Rafah, em Gaza, para o Egito foi fechada no sábado (4) após ataque a ambulâncias, que deixou vários palestinos mortos e feridos.

 

A fronteira permaneceu fechada nos dias seguintes por razões de segurança. Na sexta-feira (10), ataques aéreos de Israel atingiram ao menos três hospitais na Faixa de Gaza e mantiveram a fronteira fechada.

 

Como a saída dos brasileiros e demais estrangeiros está condicionada à transferência dos feridos da Faixa de Gaza ao Egito, os confrontos em torno dos hospitais dificultaram a logística para saída das ambulâncias. Autoridades palestinas disseram que um bebê morreu e dezenas de outros pacientes estavam em risco devido ao cerco israelense a um dos hospitais.

 

Com o fechamento, os brasileiros tiveram que retornar aos abrigos, até que a autoridade da fronteira de Gaza anunciasse que a passagem terrestre de Rafah para o Egito seria reaberta neste domingo para quem tem passaporte estrangeiro.

 

Foram momentos de frustração desde o início do périplo dos brasileiros, logo após o Exército israelense anunciar intensa incursão terrestre e determinar o êxodo dos palestinos do norte de Gaza, habitada por mais de 1 milhão de habitantes, para o Sul, no dia 13 de outubro. No dia seguinte, uma parte dos brasileiros, que estavam abrigados em uma escola da Cidade de Gaza, iniciaram a jornada para Rafah

 

O governo brasileiro já havia mandado, no dia 12 de outubro, uma aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República para resgatar brasileiros.

 

Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que havia entrado em contato com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, a fim de garantir uma passagem humanitária para os brasileiros fazerem a travessia entre Gaza e o Egito, a partir de onde seria mais viável permitir um retorno seguro.

 

Isso não ocorreu, no entanto, de imediato. Os brasileiros, que estavam em dois grupos, nas cidades de Rafah e Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza, tiveram que esperar uma pausa nos bombardeios para se deslocar com segurança. As cidades chegaram a registrar o maior número de mortes causadas pelos bombardeios de Israel no fim de outubro. Segundo a representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, os brasileiros relataram intenso bombardeio “com o uso de algum produto que afeta a respiração: ‘parece gás lacrimogêneo’”.

 

Durante esse período, os brasileiros sofreram com difíceis condições de sobrevivência. Foram momentos sem energia, sem comunicação. No dia 27, a empresa de telefonia Palestina Jawal informou o corte de todas as comunicações com a Faixa de Gaza.

 

O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, só conseguiu retomar o contato com os brasileiros no dia seguinte. “Restabelecemos o contato com nossos nacionais nas duas cidades, e continuaremos monitorando a situação", informou o embaixador Alexandro Candeas, responsável pelo escritório.

 

Em Rafah, o grupo era formado por 18 pessoas, das quais nove crianças. Em Khan Younes, eram nove crianças, cinco mulheres e dois homens. Eles passaram por dificuldades para conseguir água e alimentos e tiveram que contar com o apoio da representação brasileira na Cisjordânia para conseguir itens básicos de alimentação.

 

Os brasileiros sofreram ainda com os bombardeios de Israel, que também atingiram o sul de Gaza. No dia 30, novo bombardeio atingiu um prédio ao lado da residência de uma das famílias de brasileiros em Khan Yunes. O fato foi registrado por Hasan Rabee, de 30 anos, que relatou o susto com o bombardeio.

 

“Acabou de cair uma bomba atrás desse prédio. Meu Deus do céu. As bombas não param. Está vendo a rua como ficou? As bombas não param. As crianças estão bem assustadas”, relatou o palestino naturalizado brasileiro.

 

Ele foi à rua para mostrar a destruição no prédio ao lado de onde estava abrigado. Contou que vizinhos tentavam salvar as pessoas atingidas pela bomba. “A casa que foi atacada ao lado de onde a gente está. Bastante gente ferida. Cidadãos fazendo ajuda humanitária para resgatar os feridos. Absurdo”, lamentou.

 

Hasan vive em São Paulo e foi a Gaza com as duas filhas e a esposa para visitar a família, poucos dias antes do início do conflito. O palestino naturalizado brasileiro contou à Agência Brasil que não já encontrava água mineral ou gás de cozinha.

 

“Água mineral a gente não tem, porque não acha. Antigamente, 500 litros (de água potável) eram 10 shekels, hoje 500 litros são 100 shekels, mas você não acha nunca. Não tem energia para filtrar essa água. Fruta é muito difícil achar na feira. A única coisa que a gente acha bastante é o pepino, o resto você não acha fácil ”, relatou.

 

SAÍDA

A demora na inclusão dos brasileiros vinha causando muita expectativa. A primeira lista autorizou um grupo de 450 estrangeiros a deixar a Faixa de Gaza no dia.

 

Além dos estrangeiros, foi autorizada também a saída de palestinos gravemente feridos. Os cerca de 81 feridos foram conduzidos em ambulâncias pela passagem da fronteira de Rafah com o Egito.

 

Em diversas ocasiões, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou a anunciar a autorização para os brasileiros cruzarem a fronteira com o Egito.

 

A veículos da imprensa brasileira, o chanceler disse que vinha conversando por telefone com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e que havia obtido dele essa garantia.

 

Mas, com o passar dos dias, os nomes dos brasileiros não apareciam nas listas. Não apareceu na segunda, na terceira, na quarta, nem na quinta.

 

A expectativa passou para os dias seguintes, mas, sem a esperada resposta, os brasileiros permaneceram presos no sul de Gaza, ficando de fora também da sexta lista.

 

Essa ausência dos nomes gerou mal-estar nas relações diplomáticas entre o Brasil e Israel. Dos 3.463 estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza até a quarta-feira (8), 1.253 têm passaporte dos Estados Unidos, o que representava 36,1% do total. O principal aliado de Israel na guerra que o país declarou contra o Hamas lidera a lista de nacionalidades até agora autorizadas a deixar o enclave palestino.

 

Além dos Estados Unidos, mais oito países tiveram mais de 100 nacionais autorizados a sair da região. Essas nove nações somam 86% do total de estrangeiros autorizados a deixar Gaza. A segunda nacionalidade mais beneficiada foi a Alemanha, com 335 pessoas, o que representa 9,6% do total.

 

Em terceiro lugar está a Ucrânia, com 329 pessoas (9,5%) e, em quarto, a Jordânia, com 289 pessoas autorizadas a sair de Gaza (8,3%). Em seguida, estão o Reino Unido com 241 pessoas nas listas (6,9%), a Romênia com 154 (4,4%), as Filipinas com 153 (4,4%), o Canadá com 120 (3,4%) e a França com 111 (3,2%).

 

A demora foi considerada uma espécie de “retaliação” de Israel à postura do Brasil em relação ao conflito com o Hamas e ocorreu após críticas do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva. O presidente disse que a postura do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é de querer acabar com a Faixa de Gaza e classificou o ato como “insanidade".

 

Lula também defendeu o fim do poder de veto de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que a entidade assuma posição mais forte em relação ao conflito.

 

RETORNO

 

Palestino-brasileiro Hassan Rabee, que faz parte do grupo de brasileiros que serão repatriados de Gaza, aguarda na passagem de Rafah. Em rede social, Rabee postou imagens dos brasileiros após a travessia da fronteira. “Que Deus livre o povo de Gaza e os alivie”, escreveu.

 

Ele agradeceu ao presidente Lula o empenho pela repatriação. O presidente também se posicionou, na Rede X (antigo Twitter), Lula agradeceu o Itamaraty e a Força Aérea Brasileira (FAB).

 

“Parabéns para o Itamaraty e a FAB pela dedicação e competência exemplares na Operação Voltando em Paz, que buscou e acolheu os brasileiros que vivem na região do conflito e desejavam retornar ao Brasil”, escreveu.

Novo ato em solidariedade ao povo palestino acontece no Farol da Barra neste sábado
Foto: Arte/Divulgação

 

O Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo Palestino marcou para este sábado (11) uma nova manifestação, em Salvador, de apoio à Palestina contra a ofensiva militar de Israel em Gaza, que, até esse momento, já provocou mais de 10 mil mortes. Desta vez, a atividade será em um dos principais cartões-postais da capital baiana, o Farol da Barra, localizado no bairro da Barra, a partir das 9h. 

 

O ato contará com a exibição de fotografias de vítimas do massacre, além de outras imagens da tragédia imposta aos palestinos. 

 

A última manifestação do coletivo aconteceu no Centro da cidade, no sábado passado (04), Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino. Além de Salvador, diversas outras cidades do mundo registraram atos em apoio à luta de palestinos por soberania e autodeterminação e contra os ataques israelenses.

 

Criado para auxiliar nas mobilizações pelo ‘Cessar-fogo, Já’, o Comitê Estadual de Solidariedade ao Povo Palestino é formado por entidades dos movimentos social e sindical, além de partidos progressistas com atuação no estado.

 

Bolsonaristas e lulistas duelam nas redes sobre quem ajudou brasileiros em Gaza, mas fronteira fechada impediu saída
Foto: Reprodução vídeo Hassan Rabee

Na madrugada desta quinta-feira (9), o escritor Paulo Coelho, em uma série de postagens na sua conta na rede X (antigo Twitter), criticou a atitude do embaixador de Israel, Daniel Zonshine, de se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a bancada de parlamentares do PL, na Câmara dos Deputados. Paulo Coelho pediu providências do presidente Lula e do Itamaraty contra o embaixador, e disse que o encontro seria posteriormente utilizado pelo bolsonarismo para afirmar que o ex-presidente teria usado sua influência junto a Israel para ajudar na autorização aos brasileiros que se encontram em Gaza a cruzarem a fronteira com o Egito. 

 

No final da tarde de quinta, o Itamaraty anunciou que o governo de Israel teria incluído os 34 brasileiros que se encontram em Gaza na lista das pessoas que poderiam cruzar a fronteira para o Egito nesta sexta (10). Rapidamente as redes sociais reagiram, e como previu o escritor Paulo Coelho, os partidários do ex-presidente Bolsonaro atribuíram a ele a conquista da permissão para que os brasileiros possam sair de Gaza pela passagem de Rafah. 

 

Leia mais: Encontro do embaixador de Israel com Bolsonaro abre crise diplomática e Paulo Coelho exige providências do Itamaraty

 

Na rede X, durante toda a manhã desta sexta houve uma guerra de hashtags para atribuir a Lula ou a Bolsonaro a responsabilidade pela libertação dos brasileiros. Inicialmente a frase “Lula resgatou os brasileiros” escalou as primeiras posições dos assuntos mais comentados neste 10 de novembro. Durante a manhã, entretanto, a tag #BolsonaroNobeldaPaz escalou as primeiras posições e chegou ao topo dos trending topics, com mais de 60 mil menções. 

 

Apesar da guerra nas redes sociais entre apoiadores de Lula e de Bolsonaro, os brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza e aguardam para serem repatriados acabaram não conseguindo cruzar a fronteira, que foi fechada pelo Egito por volta das 11h (de Brasília) após um incidente na linha que separa o norte e o sul de Israel. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou no final da manhã que a situação em Gaza não permite dizer se a travessia dos brasileiros pela passagem de Rafah acontecerá ainda nesta sexta ou no sábado. 

 

“São inúmeras questões que dificultam a abertura. A passagem de Rafah fica abertura durante algumas horas por dia e há um entendimento entre as partes que, em primeiro lugar, passam ambulâncias com feridos, e só depois disso passam os nacionais de outros países”, afirmou o chanceler. 

 

Mauro disse ainda que em seus contatos com os ministros de Relações Exteriores de Israel e Egito, recebeu o compromisso de que o governo brasileiro seria atendido e que as pessoas listadas pelo Itamaraty receberiam permissão para sair de Gaza. 

 

“A lista com o nome de todos está em poder já há vários dias das autoridades envolvidas. Nesse período, tive quatro contatos com o ministro das Relações Exteriores de Israel e com o ministro de Relações Exteriores do Egito. O ministro de Israel me garantiu, na última sexta-feira, que os brasileiros estariam na lista de quarta, o que não se confirmou, porque não houve abertura nos últimos três dias“, explicou o chanceler. 

 

“Ontem, o ministro das Relações Exteriores de Israel voltou a me informar que eles estavam autorizados, mas novamente não saíram, apesar de terem sido mobilizados até o posto de controle, não puderam passar”, completou o chanceler brasileiro. Segundo Vieira, o governo de Israel é quem controla a lista das autorizações de pessoas para deixar Gaza. 

 

Das mais de 30 pessoas autorizadas a deixar a Faixa de Gaza e que serão repatriadas pelo governo brasileiro, 22 têm dupla nacionalidade brasileira-palestina, nove são palestinos e dois de outros países. Essas pessoas embarcarão em um avião da Presidência da República que está de prontidão no Egito para repatria-los de volta ao Brasil.

Itamaraty confirma que grupo de brasileiros foi autorizado a cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito nesta sexta
Fonte: Reprodução Internet

Comunicado divulgado pelo Itamaraty no final da tarde desta quinta-feira (9) afirma que o chanceler Mauro Vieira, após contato telefônico com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, recebeu a confirmação de que o grupos de 34 brasileiros que se encontra em Gaza serão autorizados a cruzar a fronteira para o Egito nesta sexta (10). Este foi o 4º contato entre os dois ministros para tratar da situação dos brasileiros retidos em Gaza. 

 

De acordo com o comunicado do Itamaraty, o ministro israelense teria dito que fechamentos inesperados da passagem de Rafah, o posto entre Gaza e o Egito, teriam impedido a inserção dos brasileiros na lista das pessoas autorizadas a cruzar a fronteira. O grupo que inclui 18 crianças, 10 mulheres e seis homens cruzarão a fronteira na manhã desta sexta, um mês depois dos ataques do Hamas a Israel.

 

Os brasileiros que estão em Gaza vinham sendo assistidos pela Representação Brasileira em Ramala, na Cisjordânia. O grupo aguardava liberação para cruzar a fronteira dividido entre duas cidades palestinas: 18 na cidade fronteiriça de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito; e 16 em Khan Yunis.

 

A saída dos brasileiros era aguardada com expectativa. Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, o governo brasileiro vinha empregando esforços para retirar civis brasileiros tanto de Israel quanto da Faixa de Gaza. Porém, a negociação para a saída de Gaza acabou se tornando mais lenta e imprevisível.

 

Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate dos brasileiros prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza, com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação, até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde uma aeronava da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda desde a semana passada. A expectativa é que o desembarque em Brasília aconteça na manhã de domingo (12). O roteiro inclui três paradas técnicas: Roma, na Itália; Las Palmas, na Espanha; e Recife.

 

Integrantes do governo disseram à CNN que há a expectativa de que os brasileiros sejam recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Base Aérea de Brasília.


 

Encontro do embaixador de Israel com Bolsonaro abre crise diplomática e Paulo Coelho exige providências do Itamaraty
Foto: Reprodução Redes Sociais

O escritor Paulo Coelho, que atualmente mora em Genebra, na Suíça, incendiou as redes sociais desde a madrugada desta quinta-feira (9), ao reivindicar que o governo Lula tome alguma providência contra o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Coelho criticou a atitude do embaixador de se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta quarta (8), na Liderança do PL na Câmara dos Deputados.

 

No encontro, que contou com a presença de diversos parlamentares do PL, o embaixador exibiu um vídeo sobre o que ele chamou de “atrocidades do Hamas”, cometidas no dia dos primeiros ataques a Israel, em 7 de outubro. Após o encontro, o embaixador Zonshine publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que o Hamas é responsável pelo atraso na saída de brasileiros de Gaza. 

 

“O Hamas é o único fator atrasando a saída de brasileiros da Faixa de Gaza por seus próprios interesses”, disse o embaixador. 

 

Paulo Coelho considerou um “absurdo” o encontro do embaixador de Israel com Bolsonaro e parlamentares de oposição, e pediu que a atitude mereça uma dura resposta diplomática do Itamaraty e do presidente Lula. 

 

“Embaixador de um País se reunindo com oposição e ex-presidente (imerso em denúncias gravíssimas e inquéritos na Suprema Corte) é um absurdo que tem que ser respondido à altura pela via Diplomática. Estão esperando o que Mauro Vieira, Itamaraty, Lula? Que amanhã os reféns brasileiros sejam libertados e que o Bozo diga que foi por causa da conversa dele hoje com o embaixador de Israel?”, afirmou Coelho.

 

Desde o começo dos movimentos de permissão de saída de estrangeiros da Faixa de Gaza pela passaram de Rafah, rumo ao Egito, nenhum brasileiro foi autorizado a cruzar a fronteira, apesar dos esforços diplomáticos do Itamaraty. São 34 pessoas (18 crianças, 10 mulheres e seis homens) que aguardam a permissão para entrarem no Egito. Um avião da Presidência da República está de prontidão para repatriar essas pessoas de volta ao Brasil. 

 

Nesta quinta, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse não saber o critério para as pessoas deixarem o território de guerra cruzando a fronteira para o Egito. O embaixador disse ainda que a decisão sobre quem pode sair da Faixa de Gaza não depende totalmente de Israel. 

 

“Tem cota diária, que não é feita por Israel. Às vezes, o Hamas não permite a saída de pessoas por razões deles. Tem americanos que ainda estão lá. Não sei quais são os critérios. Posso dizer de maneira bem clara que não se trata de quem é mais amigo de Israel ou não. Não é só uma decisão de Israel. Não são critérios políticos”, disse o embaixador.

 

Para o escritor Paulo Coelho, o governo Netanyahu estaria procurando beneficiar de alguma forma o ex-presidente Jair Bolsonaro ao dificultar a saída dos brasileiros de Gaza. 

 

“Amigo que vive em Israel e ‘sabe das coisas’: motivo de ainda termos brasileiros retidos em Gaza é impedir vitória diplomática de Lula. Lobby do ex é imenso”, completou Paulo Coelho.

 

Até o momento, o Itamaraty e o Palácio do Planalto não se manifestaram em relação à atitude do embaixador de Israel. Já a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), condenou o encontro público com Bolsonaro em pleno Congresso Nacional, e disse que o embaixador de Israel se intrometeu indevidamente na política interna brasileira. 

 

“A aliança espúria entre Bolsonaro e o embaixador de Israel é mais repugnante ainda porque envolve a segurança e a vida de cidadãos brasileiros mantidos sob cerco e ameaça no massacre militar na região da Faixa de Gaza. O Brasil não admite que questionem nossa soberania. Esta é uma lição que o embaixador de Israel não entendeu. O tempo da subserviência acabou junto com o mandato de Jair Bolsonaro, que prestou continência à bandeira dos Estados Unidos e fez do Brasil uma pária entre as nações”, afirmou Gleisi. 
 

Grupo de brasileiros tem expectativa de sair de Gaza na quinta-feira; Itamaraty não confirma
Foto: Embaixada do Brasil na Palestina

 

A diplomacia do Brasil informou aos brasileiros em Gaza que os responsáveis dos países envolvidos na evacuação de civis do enclave avisaram às embaixadas que a saída do grupo pela fronteira com o Egito será nesta quinta-feira (9).

 

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No entanto, apesar de os brasileiros terem recebido a previsão, nem o Itamaraty, nem o Escritório da Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, confirmam a informação. 

 

A expectativa inicial era de que os 34 brasileiros presos no sul da Faixa de Gaza deixassem o local rumo ao Egito até esta quarta-feira (8), porém, eles ficaram fora da sexta lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino divulgada nesta quarta-feira (8). As informações são da Agência Brasil.

 

O chancelar brasileiro Mauro Vieira informou semana passada que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, deu garantias de que os brasileiros deixariam Gaza até esta quarta-feira. Os ministros conversaram, por telefone, na última sexta-feira (3).

 

Nesta quarta-feira, a assessoria do Itamaraty informou que as negociações para a saída dos brasileiros do enclave continuam sendo feitas com autoridades dos países envolvidos, por meio das embaixadas do Brasil no Cairo, no Egito, em Tel Aviv, em Israel, e em Ramala, na Cisjordânia.

 

Na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza nesta quarta-feira, divulgada pelo Escritório da Representação do Brasil, em Ramala, constam 601 estrangeiros. A maioria são pessoas com passaporte da Ucrânia, 228 ao todo. Em seguida, estão os nacionais das Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).  

 

No último sábado (4), a saída do enclave foi suspensa depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias que levariam feridos para o Egito. A fronteira de Rafah só foi reaberta nessa segunda-feira (6). 

 

Segundo o Itamaraty, a lista é feita pelas autoridades israelenses e egípcias. Porém, a Embaixada de Israel no Brasil informou, por meio da assessoria, que as listas são preparadas por “entidades e organismos internacionais”, mas não informam que entidades seriam essas. Já a Embaixada do Egito no Brasil não respondeu aos questionamentos enviados pela Agência Brasil. 

Israel cerca cidade de Gaza com tanques e dá a civis 4 horas para deixarem local
Foto Kobi Gideon - GPO/Fotos públicas

O governo de Israel concedeu aos civis que ainda estão presos dentro da Cidade de Gaza um prazo de quatro horas nesta terça-feira (7) para deixarem o local. A região está cercada e, de acordo com a Reuters, os moradores que fugiram da cidade disseram que passaram por tanques em posição para invadir a cidade.


Israel confirma que suas forças cercaram a Cidade de Gaza, onde vive um terço dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, e estão prontas para atacá-la em breve em sua campanha para aniquilar os militantes do Hamas. Toda a guerra começou após um ataque do gurpo em cidades israelenses há exatamente um mês, no dia 7 de outubro.

A janela de trégua para a saida de cidadão foi de 10h às 14h. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país assumiria a responsabilidade pela segurança do território por um período indefinido assim que derrotar os militantes que o controlaram nos últimos 16 anos.

Ainda de acordo com a Reuters, os moradores dizem que tanques israelenses têm se movimentado principalmente à noite. A única saída humanitária na região é pelo Egito, na passagem de Rafah. 

Itamaraty ainda não tem “previsão clara” de quando brasileiros deixarão Gaza e não quer gerar "expectativas frustradas"
Foto: Reprodução / FAB

 

Diplomatas da embaixada do Brasil no Egito e fontes do Itamaraty dizem ainda estar “sem previsão clara”, nesta sexta-feira (3), de quando os cerca de 30 brasileiros conseguirão deixar a Faixa de Gaza.

 

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Desde a última quarta (1º), autoridades do Egito e de Israel produziram três listas com nomes de estrangeiros autorizados a deixarem a região por meio da fronteira com a cidade egípcia de Rafah. As informações são do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Nenhuma pessoa com cidadania brasileira, contudo, estava nessas três listas, que são anunciadas diariamente. A próxima lista deve ser divulgada pelas autoridades egípcias e israelenses no sábado (4).

 

A postura do Itamaraty hoje é de evitar gerar expectativas frustradas. A ordem na diplomacia brasileira tem sido não dar previsões exatas publicamente, para não terminar gerando frustrações aos envolvidos.

 

Na quinta-feira (2/), o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, falou pela quinta vez com Sameh Shoukry, chanceler do Egito, para reiterar o pedido para liberação de brasileiros que estão em Gaza, por Rafah.

Brasileiros ficam de fora da 3ª lista da travessia de Gaza ao Egito; Itamaraty enviará questionamentos sobre liberação
Foto: Reprodução / TV Record

O Brasil envia nesta sexta-feira (3) questionamentos ao governo do Egito sobre os critérios de liberação para que estrangeiros deixem a Faixa de Gaza. A decisão do Itamaraty vem depois de os brasileiros não integrarem por mais uma vez a lista de estrangeiros autorizados a sair da região. 

 

De acordo com informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o Itamaraty quer saber o motivo pelo qual os brasileiros ainda são mantidos na região, mesmo tendo sido o Brasil o primeiro país a pedir a abertura de Rafah.

 

Conforme a terceira lista publicada pela administração do posto de controle de Rafah, onde é feita a passagem de Gaza para o Egito, 571 pessoas estão autorizadas a fazer a travessia – nenhuma delas brasileira. A maioria dos cidadãos são norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios.

 

Até essa quinta (2), apenas cidadãos dos seguintes países foram autorizados a entrar no Egito por Gaza: Azerbaijão, Austrália, Áustria, Bulgária, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Indonésia, Jordânia, Japão, Macedônia, México, República Tcheca, Suíça, Sri Lanka e Chade. Ao todo, mais de mil pessoas já entraram pela fronteira africana.

 

O Itamaraty estuda enviar diplomatas ao Egito para negociar a liberação. Na visão do Ministério das Relações Exteriores, “não faz sentido” o veto a brasileiros.

 

Até agora, nenhum brasileiro deixou a Faixa de Gaza pelo Egito. A fronteira foi aberta apenas na quarta-feira (1º) e contou com a liberação de poucos estrangeiros e agentes da Cruz Vermelha.

 

O Brasil já havia enviado o chanceler Mauro Vieira ao Egito para conversar sobre a abertura de Rafah. Além dos brasileiros, o ministro pediu a liberação de palestinos feridos, além de mulheres, idosos e crianças.

Em nove voos, Brasil resgatou 1.445 pessoas e 53 pets da região de conflito entre Israel e Hamas
Foto: Vinícius Schmidt / Metrópoles

 

A Operação Voltando em Paz já resgatou 1.445 mil pessoas e 53 animais domésticos da região de conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, desde o início da guerra. Nesta quinta-feira (2) o novo voo, operado pela Força Aérea Brasileira (FAB), pousou em solo nacional trazendo 32 cidadãos vindos da Cisjordânia, em território palestino.

 

O brasileiro Amer Adiz, de 40 anos, é um dos repatriados que chegaram na aeronave, acompanhado dos quatro filhos. Amer integra um grupo de brasileiros que saíram de Amã, capital da Jordânia, na tarde desta quarta-feira (1º). O grupo é composto por 12 homens, 9 mulheres – entre eles, seis são idosos – e 11 crianças, além de dois cadeirantes.

 

A expectativa da família é poder voltar ao território quando houver um cessar-fogo e a situação estiver novamente estabilizada. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

 

“Meus filhos estavam morando lá, fui lá e fiquei dois meses, mas tive que voltar por causa da guerra. Agora a gente está mais aliviado. Está bem complicada a situação lá. Mas vamos ver, se Deus quiser vai melhorar a situação lá, para gente poder voltar”, declarou Amer à imprensa após desembarcar em Brasília. Ele e os filhos seguem para Foz do Iguaçu, no Paraná.

 

Uma aeronave está no Cairo, capital do Egito, aguardando a autorização para retirada de 34 brasileiros que ainda estão impedidos de sair da Faixa de Gaza.

O Itamaraty negocia via diplomacia a inclusão do grupo na lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino, mas ainda não teve o sinal verde dos governos egípcio e israelense.

 

Aeronaves que já pousaram no Brasil:

 

  • KC-30 (Airbus A330 200): 211 passageiros

  • KC-30 (Airbus A330 200): 214 passageiros + 4 pets

  • KC-390 Millennium (Embraer): 69 passageiros

  • KC-30 (Airbus A330 200): 207 passageiros + 4 pets

  • KC-30 (Airbus A330 200): 215 passageiros + 16 pets

  • KC-30 (Airbus A330 200): 219 passageiros + 11 pets

  • KC-390 Millennium (Embraer): 69 passageiros + 9 pets

  • KC-30 (Airbus A330 200): 209 passageiros + 9 pets

  • VC-2 (Embraer 190): 32 passageiros

 

A força-tarefa, intitulada Operação Voltando em Paz, começou após Israel declarar guerra contra os extremistas do Hamas.

Governo repatria 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia e aguarda liberação das famílias em Gaza
Foto: Representação Brasileira em Ramala/Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta quarta-feira (1º) que foram resgatados 33 brasileiros que se encontravam na Cisjordânia, e que haviam solicitado sua repatriação para o Brasil. A ação do governo federal na Cisjordânia foi articulada pelo Escritório de Representação do Brasil em Ramallah.

 

Os brasileiros estavam baseados em 11 cidades diferentes e foram transportados até a cidade de Jericó, por meio de ônibus e vans providenciados pelo Escritório de Representação. O grupo cruzou a fronteira com a Jordânia e embarcou em outro ônibus fretado pelo governo Lula, com destino a Amã, capital jordaniana.

 

Esta nova etapa da Operação Voltando em Paz está trazendo de volta para o Brasil 12 homens, 10 mulheres e 11 crianças. Todos esses 33 brasileiros serão reunidos no Aeroporto Internacional Queen Alia, de onde sairá um avião da FAB deslocado para lá pela presidência. A decolagem está prevista ainda para esta quarta. Com esse novo grupo, o total de brasileiros repatriados da região do conflito em voos da FAB chega a 1.446. 

 

O governo brasileiro, apesar de festejar a retirada de brasileiros na Cisjordânia, segue negociando para repatriar outras 34 pessoas que estão na Faixa de Gaza. Sitiados em meio ao confronto entre Israel e Hamas, esses brasileiros enfrentam a escassez de recursos para sua subsistência e se veem ameaçados por bombas que caem em regiões próximas de seus abrigos, enquanto aguardam autorização para cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito.

 

Nesta quarta, a fronteira foi aberta pela primeira vez desde o início do conflito para a saída de palestinos feridos e de um grupo de cerca de 450 estrangeiros. Os brasileiros, entretanto, não foram autorizados a sair. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou estar ciente do desespero das famílias que se encontram na Faixa de Gaza e disse estar trabalhando pela liberação, já que “haverá outras listas” para repatriação. 

Ajuda humanitária enviada à Gaza é “insuficiente”, afirmam entidades
Foto: Reprodução / Rede Globo

Entidades internacionais de ajuda humanitária afirmaram hoje (29) que os caminhões com remédios e mantimentos liberados por autoridades israelenses para atender a população civil na Faixa de Gaza possuem um número insuficiente.

 

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Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), antes do início da Guerra entre o Estado de Israel e o Hamas, cerca de 300 a 500 caminhões com suprimentos entravam diariamente em Gaza para ajudar a população. Desde o último dia 20, foram autorizados a entrar no enclave apenas 118 caminhões. As informações são da Agência Brasil.

 

“Uma resposta extremamente inadequada às necessidades constantes e crescentes em Gaza”, destacou a organização MSF, em publicação.

 

De acordo com o presidente internacional da MSF, Christos Christou, a entidade está pronta para aumentar a ajuda humanitária a Gaza, com equipes e suprimentos médicos de prontidão. “Mas, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, qualquer esforço para aumentar a ajuda médica será inevitavelmente insuficiente”, disse.

 

Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados da Palestina (UNRWA) informou que milhares de pessoas invadiram, neste sábado (28), armazéns e centros de distribuição da agência nas áreas central e Sul da Faixa de Gaza para pegar farinha de trigo e itens básicos de sobrevivência, como suprimentos de higiene pessoal.

 

“Este é um sinal preocupante de que a ordem civil começa a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco rigoroso a Gaza. As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas. As tensões e o medo são agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunicação pela Internet. Eles sentem que estão sozinhos, isolados das suas famílias dentro de Gaza e no resto do mundo”, disse o diretor de assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza, Thomas White.

 

De acordo com a agência da ONU, o deslocamento em massa de pessoas do Norte da Faixa de Gaza para o Sul faz com que a estrutura da região Sul entrasse em colapso. Há famílias que receberam até 50 parentes e agora estão todos abrigados em uma mesma casa.

 

“Os fornecimentos no mercado estão esgotando enquanto a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza em caminhões provenientes do Egito é insuficiente. As necessidades das comunidades são imensas, mesmo que apenas para a sobrevivência básica, enquanto a ajuda que recebemos é escassa e inconsistente”, destacou White.

 

Segundo a agência, neste sábado, não houve ingresso de caminhões com ajuda humanitária devido ao apagão nas comunicações: a UNRWA – principal intermediadora na recepção e armazenamento de ajuda na Faixa de Gaza – não conseguiu estabelecer comunicação com os diferentes agentes envolvidos no processo para coordenar a passagem do comboio.

 

“Apelamos a uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanitários para a Faixa de Gaza para responder às necessidades, especialmente à medida que as tensões e frustrações aumentam”, acrescentou White.

 

A UNRWA relatou que parte dos serviços e ligações à Internet foram restabelecidos neste domingo.

Mauro Vieira participa de nova reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarca neste domingo (29) para Nova York, onde participará da reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para tratar da guerra entre Israel e o Hamas, de acordo com o Itamaraty.

 

A reunião vai ocorrer nesta segunda-feira (30) e será mais uma tentativa de definir medidas para garantir o acesso da população de Gaza à assistência humanitária e proteger os civis. O Brasil preside o colegiado até o dia 31 de outubro. As informações são da Agência Brasil.

 

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Desde a primeira reunião do Conselho de Segurança para debater o avanço da guerra, pelo menos quatro propostas de resoluções foram vetadas pelos países que fazem parte do órgão das Nações Unidas. Foram duas propostas da Rússia, uma do Brasil e outra dos Estados Unidos.

 

O Conselho de Segurança da ONU é o responsável por zelar pela paz internacional. Ele tem cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.  

 

BRASILEIROS EM GAZA

Neste sábado (28), o Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, informou que retomou contato telefônico com os brasileiros que estão nas cidades de Rafah e Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. Bombardeios derrubaram a rede de telefonia na última sexta-feira.

 

Segundo a representação brasileira, a comunicação foi restabelecida, e não há relatos de pessoas feridas em decorrência dos bombardeios. O grupo é formado por 34 pessoas, sendo 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três palestinos familiares. Eles aguardam sinal verde do governo egípcio para serem resgatados e retornarem ao Brasil.

Assembleia Geral da ONU aprova resolução que pede cessar-fogo humanitário na guerra entre Israel e Hamas
Foto: Manuel Elías/ONU

A Assembleia Geral da ONU aprovou resolução que pede cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas para apoio humanitário, que entram no 21º dia de ataques nesta sexta-feira (27). O texto, aprovado nesta tarde por 120 votos favoráveis, 14 contrários e 45 abstenções, é a primeira proposta diplomática para pôr fim ao conflito aprovada nas Nações Unidas desde o começo dos ataques, depois de uma série de impasses em votações no Conselho de Segurança. A resolução é de caráter recomendatório, ou seja, os agentes envolvidos não têm a obrigação de atender aos pontos definidos no colegiado, de acordo com O Globo.

 

O documento aprovado pelo colegiado da ONU, composto por 193 países, pede um cessar-fogo imediato para apoio humanitário, garantindo a entrada de suprimentos de alimentação e serviços aos civis em Gaza e de representantes de órgãos das Nações Unidas e outras organizações humanitárias na região. Ainda pede a suspensão de determinação de Israel para que palestinos evacuarem a região norte de Gaza e a garantia de uma forma de proteção da população palestina na região. A resolução ainda destaca a importância de conter uma escalada do conflito para uma guerra que envolve outros atores regionais. 

 

Por maioria, os países-membros rejeitaram uma emenda que condena o ataque terrorista do Hamas no último dia 7 e a tomada de reféns. Segundo o texto, elaborado pela delegação do Canadá e subscrita por outras nações, demanda a soltura dos cidadãos reféns e "a segurança, o bem estar e o tratamento humano dos reféns de acordo com a legislação internacional". O trecho, porém, foi criticado por países árabes presentes por não incluir ainda uma condenação aos ataques feitos por Israel em Gaza. 

Maioria em pesquisa diz que Lula errou em não classificar Hamas como terrorista, mas elogia repatriações
Foto: Reprodução X (antigo Twitter)

O Brasil errou em não classificar o grupo Hamas como terrorista. Esta é a opinião de 57% do contingente de pessoas entrevistadas para a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (25). De acordo com a sondagem, outras 26% disseram que o governo brasileiro acertou em não taxar o Hamas como terrorista, e 17% não sabem ou não quiseram responder ao questionamento. 

 

Logo no início do conflito, com a invasão de militantes do Hamas a Israel e o assassinato e sequestro de civis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu declarações nas quais não citou nominalmente o grupo e nem o classificou como terrorista. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que tradicionalmente, o governo brasileiro só considera um grupo como terrorista se ele for considerado dessa forma pela Organização das Nações Unidas (ONU). Essa classificação já foi dada a grupos islâmicos como Boko Haram, Al-Qaeda e Estado Islâmico.

 

Depois de ser criticado pela oposição por não classificar o Hamas como terrorista, Lula mudou sua abordagem nos últimos dias, e recentemente, afirmou que o grupo que defende a libertação da Palestina “cometeu terrorismo”, além de dizer que Israel reagiu de “forma insana” ao matar crianças na Faixa de Gaza. Apesar das críticas, a grande maioria dos entrevistados (85%) avaliou positivamente a iniciativa do presidente de conversar com líderes do Oriente Médio para garantir o retorno dos brasileiros. 

 

Os mesmos 85% consideram um fator positivo o presidente Lula ter disponibilizado voos da Força Aérea Brasileira (FAB), e outros 72% enxergaram positivamente a prioridade dada pelo governo para a operação de resgate dos brasileiros que se encontram na região do conflito. 

 

A pesquisa realizada pela Genial Investimentos em parceria com o Instituto Quaest teve outros pontos negativos para o governo do presidente Lula. Para 49% dos entrevistados, as viagens internacionais do presidente não têm trazido bons resultados para o Brasil. Outros 40% disseram acreditar que as viagens trazem bom resultado, e 11% disseram não saber ou não responderam. 

 

Ainda em relação às viagens presidenciais, 55% afirmaram serem elas “excessivas”, e 37% responderam que são “adequadas”. Para 60%, o presidente se dedica mais do que devia às viagens internacionais, e 27% acham que Lula está certo em sua agenda no exterior. Até passar por uma operação no quadril e ficar três semanas em recuperação, o presidente Lula havia realizado 14 viagens internacionais e visitado 18 países neste ano de 2023.

 

Na área econômica, a pesquisa Genial/Quaest também trouxe más notícias para o presidente Lula e o governo. Para 49% dos entrevistados, o Brasil está indo na direção errada, enquanto 43% dizem considerar que o país caminha na direção certa. O levantamento mostra também que aumentou a quantidade de pessoas que enxergam uma piora na economia nos últimos 12 meses. Da última pesquisa divulgada em agosto para esta mais recente, aumentou de 23% para 32% a quantidade de pessoas que dizem que a economia do Brasil piorou. 

 

Neste mesmo tópico, 33% responderam que a economia melhorou nos últimos 12 meses (esse contingente era de 34% na pesquisa anterior), e outros 33% disseram que não houve mudanças no cenário econômico no período especificado. Em relação à expectativa para os próximos 12 meses, 50% disseram acreditar que vai melhorar, 28% acham que vai piorar, e 18% afirmam que ficará do mesmo jeito. 

Israel cancela reunião na ONU após secretário-geral dizer que ataque do Hamas “não aconteceu por acaso”
Foto: Reprodução / Brasil de Fato

A sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para votar a resolução que os Estados Unidos elaboraram sobre a guerra no Oriente Médio terminou em atrito diplomático entre a ONU e Israel.

 

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O chanceler israelense cancelou a reunião bilateral que teria com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, após Guterres dizer que "o ataque de Hamas não aconteceu por acaso", em referência aos atentados em série do grupo terrorista em solo israelense em 7 de outubro. As informações são do g1.

 

Em discurso de abertura da sessão, o secretário-geral falou ainda de uma "ocupação sufocante" de Israel na Faixa de Gaza. "É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência. A economia sofreu, as pessoas ficaram desabrigadas e suas casas foram demolidas", discursou Guterres.

 

Ele disse, em seguida, que "os sofreres do povo palestino não podem justificar os ataques do Hamas", porém, ainda assim, Israel criticou a fala. Em represália, além de o chanceler cancelar a reunião que teria com Guterres, o embaixador do país na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata do secretário-geral.

 

Ainda em seu discurso, ele afirmou que cerca de 35 funcionários da ONU morreram em Gaza desde o início da guerra e pediu novamente para que Israel e Egito destravem negociações para a entrada de ajuda humanitária no território - até agora, apenas três comboios com menos de cem caminhões foram permitidos em Gaza.

Ajuda humanitária chega em Gaza, mas não consegue levar combustível para geradores
Foto: Reprodução Youtube

O governo palestino confirmou, em comunicado, que os caminhões com insumos de ajuda humanitária que chegaram à Faixa de Gaza não puderam levar combustíveis. Neste sábado (21), foi permitida a entrada de 20 caminhões em território palestino.

 

Os caminhões que levavam combustível não entraram na área pelo risco de que o Hamas pudesse desviar o combustível para ações de guerra. Além disso, o governo afirma que os veículos tinham quantidades insuficientes de material hospitalar. As informações são do Metrópoles, parceiro Bahia Notícias.

 

Em comunicado do Ministério da Saúde local, porém, sete hospitais estão com serviços suspensos, já que não há luz e tampouco combustível para alimentar os geradores que permitiriam atender aos feridos e doentes da região.

 

“Apelamos à comunidade internacional para que importe material médico e combustível para os hospitais”, pediu o governo palestino.

 

Informações apuradas pelo site apontam que as agências de cooperação internacional estão buscando formas de permitir que o combustível chegue de forma rastreada para ser usado nos geradores sem ser desviado de função, mas não há perspectiva para que isso ocorra nos próximos dias.

 

Desde o ataque do Hamas ao território israelense, em 7 de outubro, o fornecimento de eletricidade e de combustível a Gaza está suspenso em uma operação de cerco do governo de Israel.

Caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a atravessar a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza
Foto: Reprodução Youtube

Cerca de 20 caminhões carregados com mantimentos, suprimentos e ajuda humanitária conseguiram entrar na Faixa de Gaza neste sábado (21), segundo autoridades palestinas. Outros 100 veículos aguardam autorização na passagem de Rafah, na fronteira do Egito. 

 

Após a passagem dos primeiros 20 veículos autorizados, os portões em Rafah voltaram a ser fechados. O comboio que entrou em Gaza transportava remédios, suprimentos médicos e alimentares (produtos enlatados).

 

A Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém anunciou que a passagem seria aberta por volta das 4 horas no horário de Brasília. Pouco depois deste horário, emissoras de TV do Egito começaram a exibir imagens de caminhões atravessando a fronteira. Em relação à passagem de ajuda humanitária, inicialmente o governo de Israel havia bloqueado a entrada de água, alimentos, eletricidade e combustível em Gaza.

 

No entanto, apelos da comunidade internacional e, principalmente, um encontro com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em Tel Aviv, convenceram Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, a autorizar o envio da ajuda para o território.

 

O gabinete do primeiro-ministro de Israel afirmou, em comuicado, que “não impedirá” as entregas de alimentos, água e medicamentos, desde que os fornecimentos não cheguem a integrantes do grupo Hamas. Não houve menção a combustível, que é essencial para abastecer os geradores dos hospitais locais.

 

A ajuda humanitária estava parada no Egito há dias, enquanto Gaza mergulha em uma crise humanitária cada vez mais grave. O local está ficando sem alimentos, água, combustível e produtos médicos, ao mesmo tempo que é atingida por ataques aéreos.

Otto "indica" Lula para Nobel da Paz por tentativa de conter violência contra civis no Oriente Médio
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria receber o próximo Prêmio Nobel da Paz, pelos acertos na forma como está conduzindo esforços diplomáticos de paz diante do conflito entre Israel e o Hamas, e pela bem sucedida operação de repatriação de brasileiros que se encontram na região conflagrada. A opinião foi dada ao Bahia Notícias pelo senador Otto Alencar, do PSD da Bahia. 

 

“Na minha opinião, o presidente Lula está acertando em tudo, até porque ele é um pacificador. Em um julgamento justo, o presidente Lula deveria ganhar esse Prêmio Nobel da Paz que virá agora. Ele está fazendo o possível para atenuar o problema na região, para pacificar esse conflito tão complicado que está acontecendo”, disse o senador baiano. 

 

A diplomacia brasileira tentou nesta semana aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que pedia a condenação dos ataques terroristas do Hamas e também exigia o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. A proposta formulada pelo Brasil pedia a libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, que todos os lados cumprissem com suas obrigações diante das leis internacionais para garantia de direitos humanos, além do restabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas de auxílio a civis. Também constava na resolução a exigência de provisão contínua de bens e serviços essenciais a civis, “incluindo eletricidade, água, combustível, comida e suprimentos médicos”.

 

O texto apresentado pelo Brasil recebeu 12 votos e duas abstenções entre os 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU. A resolução só não foi aprovada devido ao veto dos Estados Unidos, que protestou contra falta de menção do direito de Israel de se defender dos ataques do Hamas. Como os EUA são um membro permanente do Conselho de Segurança, possuem poder de veto, e inviabilizaram a proposta liderada pelo Brasil.

 

Ao participar de audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, corroborou a opinião dada pelo senador Otto Alencar sobre a atuação de destaque do Brasil na tentativa de pacificar o conflito no Oriente Médio. O chanceler afirmou que o esforço brasileiro no Conselho de Segurança da ONU deveria ser visto como bem sucedido, já que, segundo ele, é difícil alcançar um número de votos suficientes para a aprovação de uma resolução.

 

“Não temos uma resolução aprovada no Conselho de Segurança desde 2016, e na maioria das vezes não há número suficiente de votos. Só se produz o veto se há condições de a proposta ser aprovada. Foi um caso único. Foi uma vitória diplomática brasileira ter conseguido reunir 12 países que uniram forças com o Brasil. É uma grande conquista”, salientou o ministro do chanceler.

 

Ao Bahia Notícias, o senador Otto Alencar afirmou que a ONU e os Estados Unidos seguem errando e dando munição para a permanência dos conflitos na região ao não reconhecerem o Estado Palestino. 

 

“O problema no Oriente Médio não é pela religião, é uma disputa pela posse da terra, que começou na formação do Estado de Israel, que aconteceu em 1948, logo depois da Segunda Guerra Mundial, depois do povo de Israel ter sofrido o que sofreu com Hitler, com o Holocausto, o que cortou o coração da humanidade. Mas, depois disso, acho que, ao meu ver, a ONU e também os Estados Unidos não tiveram a capacidade de reconhecer o Estado Palestino como deveria acontecer, tanto na faixa de Gaza como na Cisjordânia. Isso é um erro da ONU, que eu considero muito grave, que deixa de estabelecer os critérios para uma convivência harmônica e respeitosa”, afirmou o senador.

 

Otto Alencar disse ainda não entender como na região onde nasceu Jesus Cristo possa haver tanta falta de tolerância, tanto radicalismo e tamanha violência que deixa como vítimas principalmente pessoas inocentes, crianças inclusive. 

 

“Eu sou católico, leio muito a Bíblia, tenho fé muito em Deus e Jesus Cristo, nos santos católicos também. E fico às vezes a imaginar como que na Terra onde nasceu Jesus Cristo, onde Ele cresceu, onde Ele viveu, onde Ele pregou o Evangelho, possa ter essa violência tão bárbara, que possa assassinar pessoas inocentes e continuar isso sem uma solução. E não falta inteligência ao povo judeu. Não falta inteligência ao povo palestino. Como é que não conseguem encontrar a paz?”, questionou o senador Otto Alencar.

Cerca de 150 brasileiros estão entre a Faixa de Gaza e Israel aguardando repatriação
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza.

 

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Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18).  As informações são da Agência Brasil.

 

“Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.

 

Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

 

Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. "O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro.

 

Duas aeronaves, um KC-390 e um KC-30, estão de prontidão, uma em Roma, na Itália, e outra no Rio de Janeiro, para trazer mais brasileiros, “em virtude das listas estão sendo compostas pela nossa Embaixada”, relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.  Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.

 

“Evidentemente, foi dada preferência nos primeiros voos aos cidadãos brasileiros. Mas estamos programando que, no último voo dessa primeira faze, se possa transportar 15 estrangeiros ainda interessados em voltar ao Brasil e daqui para seus países”, afirmou o ministro Mauro Vieira.   

Governo federal envia kits de ajuda humanitária no avião da FAB que fará novo voo de repatriação
Foto: Secom PR/FAB

Pousou em Roma, na madrugada desta terça-feira (17), a aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira que fará o sétimo voo de repatriação de brasileiros que se encontram atualmente em Israel. Com esse voo, que sairá do aeroporto de Tel Aviv nesta quarta (18), o governo brasileiro alcançará a marca de 1100 brasileiros que pediram para sair de Israel por conta dos conflitos com o Hamas. 

 

Além de repatriar os brasileiros, a aeronave da FAB transportou 40 purificadores de água e dois kits de medicamentos e insumos, suficientes para atender até três mil pessoas ao longo de um mês. Os purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia, e serão destinados a apoiar as vítimas do conflito do Oriente Médio. Cada kit de assistência humanitária é composto por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas.

 

De acordo com o Palácio do Planalto, uma equipe de atendimento formada por duas psicólogas, um médico, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem da Força Aérea Brasileira também seguiu para Roma com a aeronave. Essa equipe dará apoio aos passageiros durante a repatriação ao Brasil.

 

Enquanto organiza mais uma etapa da operação “Voltando em Paz” para repatriação de brasileiros, o avião presidencial da FAB aguarda a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, para buscar os 28 cidadãos brasileiros que viviam ou estavam no território palestino e pediram resgate por conta dos conflitos entre o Hamas e Israel. O grupo tem 14 crianças, oito mulheres e seis homens (22 deles nasceram no Brasil, três são imigrantes palestinos e três são palestinos que possuem cidadania brasileira). Esse grupo aguarda a autorização para cruzar a fronteira em cidades palestinas próximas ao Egito.

 

Assim que for autorizada a passagem dos brasileiros, o avião da FAB deve se deslocar até o Egito para fazer o resgate. Enquanto isso, os brasileiros têm recebido apoio psicológico da Embaixada do Brasil na Palestina. Uma psicóloga foi contratada em Gaza para fazer o acompanhamento das famílias.
 

Conselho de Segurança da ONU rejeita resolução da Rússia e deve votar proposta do Brasil nesta terça-feira
Foto: Divulgação ONU

Reunido na noite desta segunda-feira (16) em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU, presidido desde o início de outubro pelo Brasil, rejeitou uma resolução apresentada pela Rússia que condenava a violência e o terrorismo contra civis, e pedia um cessar-fogo humanitário imediato no conflito entre Israel e o Hamas. O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, fez um apelo aos representantes dos demais países do Conselho para que fosse dada uma resposta à “exacerbação sem precedentes”. 

 

O embaixador russo, em sua fala, citou a inação do Conselho da ONU desde o ataque de 7 de outubro a Israel realizado pelos membros do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. O texto da resolução russa, entretanto, não fez qualquer menção ao Hamas, cujo ataque surpresa matou cerca de 1.300 israelenses.

 

Na hora da votação, o texto russo teve cinco votos de apoio, seis abstenções (o Brasil foi um dos que se absteve) e quatro contra, entre eles três dos membros com poder de veto, entre eles os Estados Unidos. Para uma resolução ser aprovada no Conselho de Segurança é preciso que haja votos favoráveis de nove dos 15 membros.

 

Além disso, nenhum dos cinco membros permanentes (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França) pode votar negativamente porque possuem poder de veto. Com a rejeição da proposta russa, o Conselho agora deve votar uma resolução apresentada pelo Brasil, provavelmente nesta terça-feira (17). 

 

O documento apresentado pela diplomacia brasileira enumera 11 pontos, entre eles:

 

  •  A condenação “inequívoca dos ataques terroristas hediondos perpetrados pelo Hamas que tiveram lugar em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis”;
  • O apelo, sem mencionar nomes, à “libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, exigindo a sua segurança, bem-estar e tratamento humano, em conformidade com o direito internacional”;
  • O apelo “ao respeito e à proteção, em conformidade com o direito humanitário internacional, de todo o pessoal médico e do pessoal humanitário exclusivamente envolvido em tarefas médicas, dos seus meios de transporte e equipamento, bem como dos hospitais e outras instalações médicas”.

 

O texto brasileiro, entretanto, não menciona medidas concretas a serem tomadas pela ONU, como, por exemplo, o envio de algum tipo de missão de paz ou mesmo intervenção na região. A resolução brasileira diz apenas apelar “a pausas humanitárias para permitir o acesso humanitário rápido, seguro e sem entraves às agências da ONU”.
 

Hamas divulga primeiro vídeo de uma jovem refém capturada durante o dia dos ataques a Israel
Foto: Reprodução X

O grupo extremista Hamas divulgou nesta segunda-feira (16) o primeiro vídeo que mostra uma refém israelense que foi capturada próximo à Faixa de Gaza. O curto vídeo que circulou nas redes sociais mostrou uma jovem chamada Mia Schem, de 21 anos, sendo tratada após ser ferida no braço e posteriormente falando para a câmera.

 

Mia Schem foi sequestrada por terroristas do Hamas enquanto participava de uma rave no deserto no Kibutz Re'im. Os membros do grupo invadiram a rave e mataram mais de 260 participantes do festival como parte do massacre em que mais de 1.300 pessoas foram mortas em Israel, a grande maioria civis.

 

No vídeo, a jovem Mia Schem disse que foi operada por três horas. “Olá, eu sou Mia Schem. Tenho 21 anos e sou de Shoham. Atualmente estou em Gaza. Regressei no sábado de manhã cedo de Sderot. Eu estava numa festa. Machuquei muito na mão. Fui operada no hospital em Gaza durante três horas”, disse ela. 

 

“Estou sendo cuidada, estou recebendo remédios. Só peço para voltar para casa o mais rápido possível, para minha família, para meus pais, para meus irmãos. Por favor, tire-me daqui o mais rápido possível”, concluiu a jovem. 

 

Zeev Scharfum, avô de Mia Schem, disse às agências internacionais de notícias que a mãe da jovem, Keren Schem, está muito nervosa e pedindo apoio para retirá-la de Gaza.

 

“Keren está em muito mau estado, está muito nervosa, estamos buscando sustentar-nos, a minha mulher e eu… temos três filhas, uma é mãe de Mia. Estamos tentando pedir apoio em todo o lado que podemos. Vemos as notícias e o que percebemos é que dentro de pouco tempo Israel vai entrar (para Gaza), quem sabe, talvez consigam chegar até eles. É essa a esperança que temos”, acrescentou o avô de Mia Schem.

 

O Hamas parece ter escolhido Mia Schem para o seu primeiro vídeo de um refém por ela ter dupla cidadania israelita-francesa. As Forças de Defesa de Israel disseram que a família de Schem foi notificada na semana passada de que ela estava detida em Gaza.

 

A divulgação do vídeo ocorreu no mesmo dia em que o porta-voz militar do Hamas, Abu Obeida, disse que não havia uma contagem definitiva do número de prisioneiros “devido a dificuldades práticas e de segurança”. Obeida afirmou ainda, em um vídeo gravado, que havia entre 200 e 250 em Gaza e que 200 deles estavam nas mãos do Hamas.

 

Confira: 

 

SBT anuncia sorteio de viagem para Israel, se arrepende e cancela

Imagina ganhar uma viagem, com tudo pago, até a Terra Santa. Poderia ser considerado o sonho de todo fiel, se não fosse por uma guerra que está acontecendo por aquelas bandas. Todavia, parece que nem todo mundo está sabendo, já que o SBT decidiu anunciar uma promoção que tem como prêmio uma viagem ao epicentro da crise: Israel.

 

O anúncio da viagem foi feito neste domingo (15). Todavia a emissora logo se arrependeu e decidiu tirar a propaganda do ar. A ação foi apresentada por Andréa Nóbrega e Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT, Silvio Santos.

 

O sorteio consistia em seis viagens para a “Terra Santa e Fátima” com direito a acompanhante. O roteiro incluía Tel Aviv, Haifa, Nazaré, Belém e Jerusalém. E, pelo anúncio, constava também com a garantia de volta ao Brasil.

 

A assessoria da emissora alegou que o merchandising foi gravado antes do início da guerra em Israel. “Foi gravado antes da guerra e o SBT já acordou com o cliente a suspensão do merchandising”, declarou a emissora. Ou seja, o problema foi de logística e não necessariamente de timming.

 

Nas redes sociais, o público criticou o momento em que a promoção foi lançada e também aproveitou para dar risada da situação. “Gente fico imaginando a bagunça que deve ser os bastidores desse programa. Isso, pelo jeito, foi gravado a algum tempo e do nada pah a guerra acontecendo lá e eles dando viagem”, escreveu um internauta.

 

 

“Na terra santa cada passo é uma bomba, portanto obrigada pelo convite mini querida, dou a preferência pra você! bjs”, recusou outro. “Eu quero, digo, pode ser quando acabar a guerra?”, apontou um terceiro.

Países da América do Sul pedem ajuda à FAB pra repatriar cidadãos; ministro diz que brasileiros têm prioridade
Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, revelou nesta segunda-feira (16) que outros países da América do Sul pediram ajuda ao Brasil para repatriar cidadãos que estão em Israel e na Faixa de Gaza, em meio ao conflito com o Hamas.


Apesar das solicitações, Padilha declarou que a prioridade do governo é repatriar primeiro todos os brasileiros.


"Alguns países da América do Sul solicitaram, se pudesse ter apoio, mas nossa concentração absoluta agora, é natural, é repatriar os brasileiros e brasileiras e posteriormente o governo certamente pode continuar apoiando de forma cooperativa outros países", disse, após participar de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Segundo informações do ministro, países como Argentina e Uruguai pediram formalmente auxílio ao Brasil para repatriar seus cidadãos. Chile e Paraguai já tinham feito pedidos semelhantes. Já o Chile, conseguiu encontrar uma solução.


"Estamos ajudando. Agora, o avião está à disposição de repatriar os brasileiros. Em primeiro lugar, cabe à Força Aérea Brasileira repatriar os brasileiros, todos os esforços têm sido nesse sentido. Essa é a prioridade absoluta", afirmou.

FAB realizará na próxima quarta-feira novo voo para trazer brasileiros repatriados de Israel
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Em comunicado à imprensa nesta segunda-feira (16), o Ministério das Relações Exteriores confirmou que será realizado na próxima quarta (18) mais um voo de repatriação de brasileiros e animais domésticos que se encontram no momento em Israel. Segundo o Itamaraty, com o novo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que sairá de Tel Aviv, o governo alcançará a marca de 1100 brasileiros repatriados pela operação “Voltando em Paz”.

 

No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores diz ainda que muitos brasileiros também têm conseguido sair de Israel por meio de voos comerciais. “O Ministério das Relações Exteriores mantém a orientação, como tem feito desde a eclosão do conflito, no sentido de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais a partir do aeroporto Ben-Gurion, que segue operando”, afirmou o Itamaraty. 

 

A outra situação que envolve cerca de 32 brasileiros que estão na Faixa de Gaza, ainda não tem definição de quando poderá acontecer. Segundo o comunicado do MRE, esses brasileiros se deslocaram para as localidades de Khan Younis e Rafah, nas proximidades da fronteira com o Egito, e aguardam autorização para cruzar a fronteira. O Escritório de Representação do Brasil em Ramala vem mantendo permanente contato com esses brasileiros, e já deixou alguns veículos de prontidão, para quando for possível liberar as pessoas pela abertura da passagem de Rafah.

 

“O Brasil vem reiterando gestões, em alto nível, com vistas a viabilizar a entrada dos brasileiros e seus familiares diretos no Egito. Aeronave para seu transporte ao Brasil segue em Roma, onde aguarda autorização para resgatar, em território egípcio, os brasileiros procedentes da Faixa de Gaza. O Itamaraty acionou as autoridades competentes para assegurar acolhida e apoio aos brasileiros evacuados de Gaza quando de sua chegada no Brasil”, explicou o Itamaraty.

 

O governo dos Estados Unidos acusou neste domingo (15) o grupo terrorista Hamas de dificultar o acordo para que a fronteira entre Gaza e o Egito seja aberta para a passagem de cidadãos estrangeiros. De acordo com o conselheiro de Segurança Nacional da administração Biden, Jake Sullivan, tanto o governo egípcio quanto o israelense já concordaram em criar um corredor humanitário para a saída de estrangeiros. Entretanto, segundo Sullivan, o grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza, travou a abertura da passagem.

Semana tem encerramento da CPMI, projeto das offshores e julgamento de Bolsonaro no TSE
Foto: José Paulo Lacerda / CNI

A semana começa em Brasília em meio à preocupação com a promessa de Israel de realizar uma investida em Gaza por “terra, ar e mar”, o que pode levar a situação a um novo patamar de tensões e hostilidades na região, com outros países, como o Irã, ameaçando entrar no conflito. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue negociando a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza, o Itamaraty tenta convencer outros países membros do Conselho de Segurança da ONU a aprovar uma resolução que imponha o cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas.

 

Em meio à escalada da violência e das ameaças de recrudescimento da guerra, no Congresso Nacional, os parlamentares de oposição buscam fustigar o governo com a aprovação de requerimentos de convocação para que ministros expliquem a posição brasileira em relação ao Hamas. Os oposicionistas afirmam que a diplomacia brasileira foi complacente com as ações terroristas do Hamas, e querem convocar o chanceler Mauro Vieira e o embaixador Celso Amorim para dar explicações. 

 

Ainda no Legislativo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segue em viagem no exterior junto com numerosa comitiva, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também estava viajando, chega ao Brasil nesta terça (17). E no Judiciário, o destaque é a continuação do julgamento de três ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Confira abaixo um resumo da agenda dos três poderes em Brasília nesta terceira semana de outubro.

 

PODER EXECUTIVO
Apesar de ainda estar se recuperando, no Palácio da Alvorada, da cirurgia que fez no quadril, o presidente Lula tem participado diretamente dos esforços para a criação de um “corredor humanitário” que permita a remoção de pessoas e entrada de alimentos e suprimentos médicos na Faixa de Gaza. Lula também vem negociando pessoalmente a abertura da fronteira de Gaza com o Egito para que haja o resgaste de um grupo de 28 brasileiros.  

 

Neste domingo, a Força Aérea Brasileira (FAB) completou seu quinto voo a partir de Israel, e já conseguiu resgatar 916 brasileiros que pediram ao Itamaraty que fossem repatriados. O governo aguarda agora que seja dada nesta segunda-feira a autorização para que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito, por meio da cidade de Rafah.

 

Segundo o Palácio do Planalto, assim que o grupo puder cruzar a fronteira para o Egito, eles serão trazidos ao Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, que tem capacidade para transportar até 40 passageiros. O grupo inclui 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil, que no momento estão abrigados na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza.

 

Ao mesmo tempo em que negocia a remoção de brasileiros as áreas de conflito, o Itamaraty tenta emplacar uma declaração no Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de agir pelo fim da guerra entre Israel e Hamas, e ajudar a população de Gaza. O texto brasileiro, que foi enviado para consulta junto aos outros 14 países que integram o Conselho, pede que haja o cessar-fogo entre Israel e Hamas; a liberação de reféns; que Israel e Palestina permitam ações humanitárias nas regiões de conflito.

 

Nesta segunda deve ser realizada nova reunião do Conselho de Segurança para debate sobre o conflito no Oriente Médio. Não há garantia de que a proposta brasileira seja votada ainda hoje. 

 

Além dos conflitos entre Israel e o Hamas, o presidente Lula tem na sua agenda a decisão sobre a sanção ou veto ao projeto do marco temporal das terras indígenas aprovado pelo Congresso Nacional. Lula tem até a próxima sexta para decidir, e a expectativa é que o presidente faça apenas alguns vetos em pontos específicos do projeto, que se tornou um dos pontos de tensão entre o Congresso e o STF, que entendeu que o marco temporal é inconstitucional.

 

Já na próxima quinta (19), o Banco Central divulga o seu indicador IBC-Br para o mês de agosto. O indicador é considerado a prévia do PIB). Em julho, o IBC-Br registrou uma alta de 0,44%.

 

PODER LEGISLATIVO
Após uma semana fraca devido ao feriado de 12 de outubro, a Câmara dos Deputados pode iniciar nos próximos dias a votação do projeto de lei para taxação de offshores e fundos exclusivos. Apesar da viagem do deputado Arthur Lira, que estará em Xangai e Pequim junto com uma comitiva de deputados e só retorna ao Brasil no dia 22, o vice-presidente, Marcos Pereira (Republicanos-SP), vai comandar uma reunião de líderes nesta terça (17) para tentar fechar um acordo em torno do projeto.

 

Relatado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), o projeto da tributação de fundos offshore é uma das ferramentas arquitetadas pela equipe econômica do governo Lula para aumentar a arrecadação federal e garantir a meta de déficit zero em 2024. Se conseguir levar o projeto a plenário nesta semana, o deputado Marcos Pereira deve substituir Arthur Lira e conduzir a sessão de votações.

 

No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) chega ao Brasil na terça (17) após compromissos no exterior. Na pauta do Plenário para a semana, votação de autoridades e projetos como o que institui a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos.

 

Na terça (17), a Comissão Mista de Orçamento (CMO) realizará audiência pública com a presença da ministra do Planejamento, Simone Tebet, para debater o projeto da Lei Orçamentária Anual para 2024. Um dos destaques do projeto do governo é a promessa de zerar o déficit fiscal, que tem sido recorrente desde 2014. O Executivo também projeta crescimento do PIB em 2,3% e redução da taxa básica de juros para menos de 10% ao ano.

 

Também nesta terça, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos golpistas de 8 de Janeiro terá reunião para a leitura do relatório final da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Os membros de oposição da CPMI também farão a leitura de um relatório paralelo, no qual buscam comprovar que o governo federal seria o responsável pelo vandalismo, por falhas e omissão na segurança dos prédios públicos.

 

Se houver pedido de vista em relação aos dois relatórios, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), já deixou claro que haverá reunião da comissão na quarta (18) para discussão e votação. O relatório paralelo da oposição só será colocado em votação se o parecer da senadora Eliziane Gama for rejeitado.

 

PODER JUDICIÁRIO
A agenda das cortes superiores começa já nesta segunda, com a reunião entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Cidades, Jader Filho, além do advogado geral da União, Jorge Messias. Na pauta do encontro está a ADI 5.090, em julgamento no STF, que questiona a aplicação da taxa referencial na correção dos saldos das contas vinculadas ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 

 

O governo teme impactos no setor de habitação caso haja maioria de votos pelo entendimento de que os depósitos do FGTS devem de fato ser atualizados por índice diferente da taxa referencial. Mais de 70 milhões de trabalhadores seriam beneficiados com a decisão, e a revisão do saldo dessas contas do FGTS teria um custo de mais de R$ 300 bilhões para os cofres públicos.

 

Já na quarta (18), o STF inicia o julgamento que vai debater a obrigatoriedade do regime de separação de bens nos casamentos com pessoas maiores de 70 anos. Também está na pauta do dia o julgamento que pode rever a correção monetária dos valores do FGTS.

 

No Tribunal Superior Eleitoral, a semana prevê a continuidade, na noite de terça, do julgamento de três ações de investigação eleitoral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já foi tornado inelegível por abuso de poder. As ações apuram a ocorrência de ilícito eleitoral nas lives realizadas por Bolsonaro nas dependências dos palácios da Alvorada e do Planalto durante a campanha de 2022.

 

Assim que for concluído o julgamento das ações contra Bolsonaro, os ministros do TSE começarão a julgar o presidente Lula, que é acusado pela coligação Pelo Bem do Brasil, de Jair Bolsonaro, de abuso do poder econômico e dos meios de comunicação. A alegação contra Lula e também o vice, Geraldo Alckmin, é a de que a coligação praticou abuso do poder econômico e dos meios de comunicação ao, respectivamente, violar a igualdade de oportunidades e promover “notícias fraudulentas” para “omitir informações do eleitorado”.

 

Em uma segunda ação, a coligação Pelo Bem do Brasil, liderada pelo PL, aponta suposta prática de uso indevido dos meios de comunicação. Os autores da Aije afirmam que Lula e Alckmin teriam difundido propaganda eleitoral irregular com o indevido apoio de uma emissora de televisão do país, com o objetivo de atingir de forma massiva os eleitores, além de pedir votos.
 

Sobe para 32 o número de brasileiros em Gaza que aguardam repatriação
Foto: Itamaraty / Divulgação

Aumentou para 32 o número de brasileiros que estão na Faixa de Gaza que aguardam as tratativas diplomáticas entre Egito, Israel e Brasil. Até então, o grupo somava 28 pessoas.

 

Eles serão transportados ao Brasil por meio da aeronave da Presidência da República, o avião VC-2, que tem capacidade para até 40 passageiros. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

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Esses brasileiros estão nas cidades de Rafah e Khan Yunis, na Faixa de Gaza. Do grupo, a maioria são mulheres e crianças, e seis são homens. Das pessoas que aguardavam o resgate, 16 foram deslocadas para Rafah, e o número de pessoas que serão repatriadas, mas optaram por continuar em suas residências, subiu.

 

Quem também aguarda a autorização do Egito e os trâmites diplomáticos com Israel é a própria aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República, que está em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira (13). As informações são da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

 

Das pessoas que aguardavam o resgate, 16 foram deslocadas para Rafah, e o número de pessoas que serão repatriadas, mas optaram por continuar em suas residências, subiu.

 

Do grupo de 32 brasileiros, há 17 crianças, 9 mulheres e 6 homens. Destes, 16 aguardam na cidade de Rafah, onde estiveram alocadas em um imóvel alugado pelo Itamaraty, como é chamado o MRE. Antes, esse grupo (composto por três homens, cinco mulheres e dez crianças) estava na escola de Rosary Sisters School, que fica ao Sul da Faixa de Gaza.

 

Outras 16 pessoas aguardam a repatriação, mas optaram por ficar em suas próprias casas, em Khan Yunis, também em Gaza. Esse grupo é composto por 22 brasileiros, 7 palestinos portadores do Registro Nacional de Imigração (RNM) e mais 3 palestinos que são parentes próximos.

Brasileiros podem deixar Gaza nesta segunda, diz embaixador na Cisjordânia
Foto: Abed Rahim Khatib / Getty Images

O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse neste domingo (15) esperar que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito, em passagem próxima à cidade de Rafah, na segunda-feira (16). As informações são Reuters.

 

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Segundo ele, a embaixada recebeu a informação de brasileiros que estão em Gaza de que "circulam rumores" de que a fronteira será aberta na segunda, e também confirmou essa informação por outro canal.

 

Um grupo de 28 pessoas, 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil, segue abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira.

 

O embaixador afirmou que a saída dos brasileiros depende da abertura da passagem para o Egito e também da autorização das autoridades de imigração, que precisam carimbar os passaportes dos brasileiros.

 

"No nível político tudo já está feito. É necessário apenas que, uma vez que seja aberta a fronteira, o funcionário que está ali, que vai receber os brasileiros, ele tenha a lista e autorize o ingresso. Esperamos que isso aconteça amanhã, essa é a nossa expectativa", disse Candeas.

 

Segundo o governo brasileiro, assim que o grupo puder cruzar para o Egito, eles serão trazidos ao Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, que tem capacidade para transportar até 40 passageiros. Outros cinco voos de repatriação já foram feitos para trazer brasileiros e familiares de Israel.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm negociando a abertura da fronteira desde a semana passada para poder resgatar o grupo. Entre sexta e sábado, o presidente abordou a questão em telefonemas com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

 

REABERTUA DE FRONTEIRAS

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou neste domingo que a passagem fronteiriça controlada pelo Egito na Faixa de Gaza será reaberta e que os Estados Unidos estão trabalhando com egípcios, israelenses e a Organização das Nações Unidas (ONU) para que auxílio humanitário possa chegar à região.

 

Centenas de toneladas de ajuda foram enviadas de vários países e estão esperando há dias na península do Sinai, no Egito. Falta um acordo para sua entrega em segurança em Gaza, além da evacuação de estrangeiros por meio da fronteira em Rafah.

 

O Egito afirmou que intensificou seus esforços diplomáticos para resolver o impasse. “Colocamos para funcionar, o Egito botou para funcionar muitos materiais de apoio ao povo em Gaza, e Rafah será reaberta”, afirmou Blinken a repórteres no Cairo, depois do que disse ter sido uma “conversa muito boa” com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

 

“Estamos estabelecendo com a ONU, o Egito, Israel e outros o mecanismo pelo qual vamos receber a ajuda e como ela chegará às pessoas que precisam”, finalizou.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Suspeito que tem ministro que não volta mais pra Salvador. O Ferragamo ficou com ciúme por perder a atenção das eleitoras. Já Card é um homem que gosta de estar preparado pra tudo. Inclusive para surpreender do Cavalo do Cão. Mas quando você acha que não dá pra piorar, vem a equipe do Cacique pra provar que a inteligência artificial traz riscos terríveis... pros nossos ouvidos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Jerônimo Rodrigues

Jerônimo Rodrigues
Foto: Divulgação

"Os agentes de saúde mobilizados são profissionais com experiência em situações de emergência decorrentes de desastres ambientais, que junto ao corpo de bombeiros, podem embarcar amanhã, conforme necessidade, para garantir assistência às famílias atingidas". 

 

Disse o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao confirmar já ter entrado em contato com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para tratar sobre o envio de profissionais baianos da área da saúde após as fortes chuvas que caem sobre o estado.

Podcast

Terceiro Turno: Com parcerias pavimentadas, Bruno Reis garante apoio de ministro de Lula a Bolsonaristas

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Arte: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias
O fechamento da janela partidária passou, e com isso os apoios partidários começaram a ser apresentados para as eleições municipais deste ano.  Em Salvador, o prefeito Bruno Reis segue acumulando os endossos para sua reeleição, com os últimos, tendo somente a manutenção desde 2020, com o PDT e o PL. Agora, com 12 partidos no arco de apoio, Bruno parece estar “pronto” para confirmar, de maneira oficial, sua pré-candidatura.

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