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A Bahia deve perder cerca de R$ 404 milhões em exportações com o aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos, previsto para entrar em vigor no dia 1º de agosto. O dado faz parte de um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Ao todo, o impacto nas exportações brasileiras pode ultrapassar R$ 19 bilhões, afetando de maneira desigual as unidades da federação. Estados com maior dependência do mercado americano, como Ceará e Espírito Santo, onde os Estados Unidos foram destino de 44,9% e 28,6% das exportações em 2024, respectivamente, serão os mais atingidos.
Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, a medida americana compromete a competitividade da indústria nacional.
“A imposição do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas traz impactos significativos para a economia nacional, penalizando setores produtivos estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações brasileiras. Há estados em que o mercado americano é destino de quase metade das exportações. Os impactos são muito preocupantes”, afirmou.
Graças ao forte desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido, que impulsiona a demanda por serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre do ano passado.
O percentual apresentado nesta sexta-feira (30) pelo IBGE está acima das expectativas projetadas no início do ano pelo mercado financeiro, que apostava em um crescimento em torno de 0,8% a 1% para o período. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
O índice apurado também ficou acima da prévia do PIB apresentada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que projetava uma alta de 1,3% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado.
De acordo com o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB do período janeiro-fevereiro-março de 2025 teve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%. O PIB atual marcou a 17ª taxa positiva consecutiva (o último resultado negativo foi no segundo trimestre de 2021, quando o PIB ficou em -0,7%).
Na composição do resultado do PIB nos três primeiros meses do ano, o peso maior foi do setor agropecuário, que registrou aumento de 12,2%.
Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, afirmou a coordenadora do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O setor de serviços, com alta de 0,3%, também teve boa contribuição. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade.
Em valores correntes, forem gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, segundo o IBGE, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%).
Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.
Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), declarou, nesta terça-feira (22/4), que nesta guerra tarifaria, iniciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, o Brasil deve conseguir avistar "as oportunidades que se abrem". A declaração foi feita durante um evento em São Paulo.
Citando o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, Alckmin continuou: “No olho por olho, o máximo que pode acontecer é todo mundo ficar cego”, disse. “Então, a política externa precisa ser ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha. Eu sou mais eficiente numa área, vendo para você. Você é mais eficiente em outro setor, vende para mim. Ganha o conjunto da sociedade e você estimula a competitividade.”
Além disso, ele também falou que o Brasil precisa “aproveitar as oportunidades que se abrem e promover o diálogo”.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, entregou nesta terça-feira (25) a deputados e senadores, em sessão solene do Congresso Nacional, a 30ª edição da Agenda Legislativa da Indústria. O documento reúne 135 projetos de lei acompanhados e monitorados pela entidade, e que abordam temas de interesse da indústria, como tributação, sustentabilidade, política industrial, inovação, comércio exterior e relações do trabalho.
A sessão do Congresso foi presidida pelo deputado Carlos Veras (PT-PE), por conta da ausência dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Junto com diversos líderes partidários, os presidentes das duas casas do Congresso acompanham o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem ao Japão e ao Vietnã nesta semana.
A Agenda da Indústria apresentada pelo presidente da CNI indica 90 proposições em tramitação no Congresso que seriam de interesse geral do setor industrial, entre elas 14 consideradas de máxima prioridade. Outros 45 projetos da pauta atendem a demandas de setores industriais específicos.
Em pronunciamento na sessão, o presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou o fato de a iniciativa da Agenda da Indústria estar completando 30 anos desde que foi articulada pela entidade. Alban celebrou a parceria do setor industrial com o Congresso Nacional e a manutenção de um diálogo permanente para a construção de um país próspero e socialmente justo.
“A publicação, que está contemplando 30 anos, é o instrumento que expressa, de forma clara e consistente, as propostas do setor industrial para reduzir o Custo Brasil, aumentar a competitividade das empresas e acelerar o ritmo de crescimento econômico e a geração de empregos. O documento é elaborado a partir de amplo processo de consulta às bases empresariais e do debate franco e aberto com representantes das indústrias. Neste ano, o trabalho contou com a participação de dirigentes de 27 federações estaduais, 114 associações setoriais e 9 sindicatos nacionais”, disse Alban na Tribuna.
O dirigente da principal entidade da indústria brasileira qualificou o ano de 2025 como “bastante instigante”, e criticou a política contracionista do Banco Central, que vem elevando seguidamente a taxa básica de juros desde o ano passado. Alban disse que a majoração da Selic vem afetando o setor produtivo, e, segundo ele, antecipando o processo eleitoral.
“Isso tudo certamente influenciará várias ações desta Casa, influenciará várias ações do setor produtivo e econômico, para as quais se torna de capital importância o diálogo que temos aqui. A CNI, ao longo desse período inteiro, tem preservado, tem sido contributiva e interativa com o Congresso Nacional, com o Judiciário e com o Executivo, mas entendemos que este ano é especialmente desafiador por essas duas características. Queremos, sim, e não refutaremos isso, ser cúmplices nas discussões e nas soluções. Não queremos ser apenas críticos, não queremos ser apenas pedras a jogar em qualquer vidraça ou em qualquer vitrine”, afirmou o presidente da CNI.
Ricardo Alban também criticou o ambiente de polarização na política brasileira, que, de acordo com ele, não ajuda a construir soluções para o país. Diante desse cenário, o líder da indústria reforçou que a CNI vem oferecendo junto aos setores produtivos, econômicos e financeiros a efetivação de um pacto para contribuir com o crescimento da economia e a geração de renda e empregos: o Pacto Brasil + 25.
“O objetivo desse pacto não é jamais sobrepor nenhum trabalho dos três Poderes, mas dar a visão do setor econômico que entendemos ser necessária para pensarmos no País como Nação, como Estado, algo que precisamos exercer cada vez mais, porque até atribuo essa perda de noção de nação não do Brasil mas do mundo como um todo ao processo que vivemos recentemente com a chamada globalização, em que alguns valores e alguns pré-requisitos econômicos e sociais foram colocados em segundo plano, o que certamente está sendo revisitado neste momento na economia global”, afirmou o líder industrial.
Alban ainda citou, em seu pronunciamento, o movimento atual do governo Donald Trump, nos Estados Unidos, de elevar taxas de importação com foco em um maior protecionismo dos setores industrial e produtivo norte-americanos. Em virtude desses movimentos, o presidente da CNI defendeu a união do poder público com os representantes da indústria, do comércio, do agro e outros setores, para a garantia da continuidade do crescimento.
“O que os países estão fazendo neste momento com suas tarifas e suas proteções nada mais é do que a defesa da sua indústria, da indústria nacional de cada país, porque há uma máxima: não existe desenvolvimento social, que todos nós queremos, sem crescimento econômico, e não existe crescimento econômico sem o desenvolvimento da indústria regional ou local. Essa é uma máxima que existe e está norteando certamente as decisões de toda a geopolítica atual. Por isso, nós precisamos cada vez mais ser convergentes e complementares não só aqui no Brasil, como no mundo de um modo geral”, pontuou Ricardo Alban.
Nos 30 anos de Agenda Legislativa da Indústria, 148.345 proposições apresentadas no Congresso Nacional foram analisadas pela CNI, das quais 34.392 acabaram selecionadas para apreciação da base industrial. No total, 3.653 foram priorizadas pela CNI e fizeram parte de uma ou mais edições do documento nessas três décadas.
Em janeiro deste ano, a produção industrial da Bahia registrou aumento de 2% em comparação ao mês de dezembro de 2024, o que representa o quarto melhor resultado entre todos os estados brasileiros, só atrás do Ceará (7,9%), de São Paulo (2,4%) e do Rio de Janeiro (2,3%). As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (18).
Apesar de estar entre as oito das 15 unidades da federação que obtiveram taxas positivas de crescimento na produção industrial, o resultado de janeiro ficou abaixo do que foi apurado em dezembro do ano passado. Naquele mês, o IBGE atestou que a produção industrial baiana cresceu 2,8%, um forte avanço em relação à taxa negativa de 0,8% verificada em novembro.
Outro dado que mostra o bom resultado da produção na Bahia neste começo de ano está na comparação com o mesmo período de 2024. Segundo o IBGE, houve crescimento em janeiro de 2025 de 4,3% em relação ao que foi apurado em janeiro do ano passado, avanço que ficou acima da média nacional (1,4%) e foi a terceira taxa mais expressivo entre todos os estados pesquisados, atrás apenas de Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%).
Na média móvel trimestral, a Bahia também se destacou em relação à grande maioria dos estados pesquisados. Nada menos que dez dos 15 estados pesquisados tiveram taxas negativas de crescimento no trimestre terminado em janeiro. Já a Bahia ficou com o segundo melhor resultado para o período (1,4%), atrás apenas do Amazonas (2,2%) e à frente do Rio de Janeiro (0,9%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial brasileiro avançou 2,9% em janeiro deste ano, com taxas positivas em dezesseis dos 18 locais pesquisados para a composição deste indicador. Em relação à avaliação dos últimos 12 meses, a Bahia teve uma expansão de 2,4% no período, abaixo, portanto, da média nacional de 2,9%. Esse resultado coloca a Bahia apenas como o 11º estado no acumulado de 12 meses.
O bom resultado no mês de janeiro na produção baiana, de acordo com o IBGE, tem como principal influência e peso na indústria do estado a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (9,9%). A segunda maior contribuição para garantir a Bahia com a quarta maior taxa de crescimento entre os estados pesquisados está na fabricação de produtos de borracha e material plástico (8,8%). Essa atividade acumula 15 meses seguidos de alta (desde outubro de 2024) e apresenta crescimento expressivo na avaliação dos últimos 12 meses (10,5%).
O ranking Times Higher Education (THE) 2025 revelou que a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) sediada em Ilhéus superou a Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Perspectiva internacional da educação. Apesar disso, a UFBA lidera entre as universidades baianas pelo 9º ano consecutivo.
Considerando a média das cinco categorias avaliadas pelo ranking (Ensino, Ambiente de Pesquisa, Qualidade de Pesquisa, Indústria e Perspectivas Internacionais), a classificação entre as universidades baianas ficou assim:
- UFBA: 24,06 pontos
- Uesc: 21,68 pontos
- Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS): 17,74 pontos
- Universidade do Estado da Bahia (UNEB): 13,94 pontos
O indicador de Perspectiva Internacional mede a proporção de estudantes e docentes estrangeiros, além do volume de colaborações internacionais em pesquisa. Esse critério é essencial para medir o grau de inserção global de uma universidade, sua capacidade de atrair talentos internacionais e sua relevância em redes acadêmicas transnacionais.
Apesar de ser superada pela UFBA na maioria dos critérios desde 2020, a Uesc obteve 40,8 pontos contra 24,8 da UFBA em Perspectiva Internacional, registrando crescimento pelo quinto ano consecutivo e ultrapassando a maior universidade do estado nesse quesito.
A melhora da Uesc nessa categoria foi expressiva: 74,5% nos últimos cinco anos, aproximando a instituição das líderes nacionais, como a USP e a Unicamp. No ranking de Perspectiva Internacional, a Uesc ocupa o 4º lugar no Brasil, ficando atrás de três instituições do Sudeste: PUC-Rio, Universidade Federal do ABC e a própria Universidade de São Paulo (USP).
Veja o Gráfico:
Para efeito comparativo entre as baianas nos últimos cinco anos, a UFBA manteve um desempenho mais estável, com um aumento de 23% no mesmo período, apresentando uma variação menor. No entanto, a federal baiana se destaca pelo engajamento com pesquisadores internacionais e colaborações acadêmicas, consolidando parcerias estratégicas com instituições da América Latina e da África.
A UEFS e a UNEB, que aparecem nas posições seguintes do ranking educacional, registram avanços graduais em pesquisa e ensino, mas ainda não alcançaram projeção internacional significativa, especialmente nos anos anteriores a 2024. Além disso, não há registros consolidados sobre o desempenho dessas duas instituições nos últimos cinco anos.
OUTROS DESTAQUES
Enquanto UEFS e UFBA se destacam pelo maior número de citações acadêmicas no índice h, com pesquisadores mais referenciados mundialmente, a Uesc lidera na Bahia na proporção de alunos no exterior.
A UFBA, por sua vez, se classifica bem quando é levado em consideração o engajamento com pesquisadores internacionais, sendo uma referência na América Latina e na África. O desempenho da instituição nesse quesito já havia sido destacado em outro ranking de avaliação internacional, o QS University.
Apesar do bom desempenho na Bahia, a UFBA segue distante da liderança nacional, ocupada pela USP, que obteve média de 58,7 pontos. O Times Higher Education 2025 avaliou mais de 2 mil instituições de ensino superior em 115 países.
Além dos resultados estaduais, o Times Higher Education World University Rankings 2025 revela uma crescente ascensão das universidades brasileiras no cenário global, com o Brasil entrando para o top 200 pela primeira vez, ao lado da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.
O THE 2025 também apontou que, enquanto as universidades do Reino Unido e dos EUA apresentam um declínio em sua reputação acadêmica, países como a China estão avançando rapidamente, se aproximando do top 10 mundial.
O ano de 2024 foi de crescimento para a indústria baiana. O setor cresceu 2,7% em função da alta na indústria de transformação (2,9%), onde sete das dez atividades investigadas mostraram resultados positivos, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os setores, a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis cresceu 4,2%, sendo a principal responsável pela expansão da indústria baiana, apesar de ocupar apenas a quinta posição entre os maiores aumentos anuais. O segmento, que representa quase um terço do valor industrial gerado no estado, teve seu terceiro ano consecutivo de crescimento.
Outro destaque positivo foi a fabricação de produtos químicos, que avançou 6,4% após dois anos de retração, sendo a segunda maior contribuição para o desempenho positivo da indústria.
Já o setor que registrou o maior crescimento percentual foi o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com alta de 26,1%, embora tenha menor influência no índice geral.
Por outro lado, três atividades encerraram o ano em queda. A maior retração foi observada na metalurgia (-12,6%), que registrou seu quinto ano seguido de perdas, acumulando resultados negativos em dez dos doze meses de 2024.
A segunda maior queda veio do setor de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, que encolheu 9,1%, revertendo o crescimento registrado em 2023.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, avaliou positivamente a eleição dos novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, destacando a perspectiva de avanços na agenda legislativa da indústria.
Durante evento realizado neste sábado (01), Alban ressaltou a boa relação já existente com o senador Davi Alcolumbre e o deputado Hugo Motta, que devem liderar as duas casas legislativas. Segundo ele, a indústria busca construir pontes e estabelecer um diálogo produtivo com o novo comando do Congresso.
"Nós já tínhamos uma relação muito boa e uma muito boa convergência dentro das duas casas. Com o senador Davi Alcolumbre, o entendimento também é excelente. Ele tem todo o interesse em buscar consensos e construir pontes, que é o que nós mais gostamos", afirmou em entrevista.
O presidente da FIEB também mencionou a sintonia com Hugo Motta, que deve assumir a presidência da Câmara. "E ainda agora conversando com o nosso deputado Hugo Motta, e o projeto segue na mesma direção. Como um bom nordestino paraibano, assim como Arthur Lira, ele entende a necessidade de construção de pontes e entrega de resultados concretos", destacou.
Para Alban, o foco da nova gestão no Congresso deve ser a efetividade das ações e a geração de impacto real na economia e na sociedade. "O que a indústria precisa, o que a população precisa, o que a economia precisa são entregas. E essas entregas valem mais do que qualquer proposição", concluiu.
A indústria brasileira de motocicletas produziu um total de 1.748.317 veículos apenas no ano de 2024. Este é o maior desempenho do segmento desde 2011 e representa uma alta de 11,1% na produção de veículos automotivos do tipo em relação ao ano de 2023.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pela Associação Brasileira dos Fabricantes (Abraciclo), que ainda divulgou que, no mesmo período, foram comercializadas 1.876.427 motocicletas, um aumento de 18,6% em relação a 2023.
As informações apontam, ainda, que, apesar do aumento na produção de motocicletas em território brasileiro, foi registrada uma diminuição de 5,9% na quantidade de motos exportadas em relação a 2023. Pouco mais de 30 mil motos foram vendidas para fora do país em 2024.
PROJEÇÕES OTIMISTAS
Para 2025, a projeção da Abraciclo é de um novo aumento, desta vez de 7,5%, chegando a um total de 1,88 milhão de motocicletas produzidas em territória brasileiro. Já em relação à quantidade de motos vendidas, a associação projeta um aumento de 7,7%, com o número de veículos vendidos alcançando a marca de 2,02 milhões em 2025.
A projeção é, no entanto, mais conservadora do que a trazida pela Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgada na semana passada, que projetava um total de 2,063 milhões de motos vendidas neste ano.
Os governos do Brasil e do Reino Unido iniciaram uma parceria para promover a descarbonização da indústria, ação considerada essencial para a preservação ambiental. O acordo foi revelado neste domingo (08) pela Agência Brasil após intensas negociações na COP29.
O acordo visa viabilizar a transição para fontes de energia limpa, incluindo minerais estratégicos e hidrogênio de baixo carbono. A cooperação foi formalizada na COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, em novembro, e será discutida novamente na COP30, em Belém no próximo ano.
Segundo Clovis Zapata, economista e representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) no Brasil, um dos maiores desafios para a descarbonização no país é desenvolver modelos de negócios que difundam tecnologias de baixo carbono, sem comprometer o crescimento econômico. Ele destaca que setores como aço, cimento e petroquímicos, cujos processos industriais são mais difíceis de descarbonizar, exigem atenção especial.
A parceria entre os dois países busca atrair investimentos técnicos e financeiros nacionais e internacionais para apoiar projetos e políticas públicas de descarbonização. O Reino Unido, com sua experiência em tecnologias inovadoras e políticas públicas de descarbonização, contribuirá com financiamento climático.
De acordo com Zapata, essa colaboração complementa iniciativas já reconhecidas do Brasil, que se destaca no uso de energias renováveis e biocombustíveis. Ele acredita que a cooperação entre os dois países pode servir como um modelo para outras nações do Sul Global, que enfrentam desafios semelhantes aos do Brasil.
O "Hub de Descarbonização Industrial", já em funcionamento, foi criado para promover projetos e estudos estratégicos, com chamadas públicas abertas pela UNIDO. Além disso, um dos desafios é o descarte de tecnologias usadas para gerar energia limpa, como solar e eólica. O representante da UNIDO ressaltou que, em 2025, o Brasil deverá implementar um projeto de cooperação para melhorar o sistema de tratamento e reciclagem de materiais e metais críticos, com base em práticas já adotadas pelo Reino Unido e pela União Europeia
O Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) assinaram, nesta sexta-feira (06), um termo de anuência para a implementação do Polo Industrial de Cosméticos e Saneantes da Bahia, em um terreno pertencente ao Estado em Camaçari.
Para o secretário da SDE, Angelo Almeida, a ação é um marco histórico para o desenvolvimento do setor industrial na Bahia. "A FIEB, juntamente com os dois sindicatos envolvidos, trouxe essa demanda que foi trabalhada de forma cuidadosa, com garantias jurídicas tanto para o governo quanto para os investidores. Este compromisso representa o esforço da gestão do governador Jerônimo Rodrigues em criar um ambiente propício ao fortalecimento do polo de cosméticos e saneantes, que cresce cada vez mais no estado", afirmou Almeida.
Raul Menezes, presidente do Sindcosmetic, celebrou a conquista, especialmente pelo momento de confraternização entre os associados. "É uma luta que vem de longa data, e hoje, com essa assinatura, estamos um passo mais perto de concretizar esse polo. O secretário tem sido muito receptivo e colaborativo. O polo trará crescimento orgânico e organizado para as indústrias, com infraestrutura adequada, como laboratórios, estacionamento e outros serviços essenciais", disse Menezes.
A FIEB, junto aos sindicatos das Indústrias de Cosméticos e Perfumaria (Sindcosmetic) e das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza (Saneantes da Bahia), será responsável pelos estudos preliminares e levantamento topográfico da área. O objetivo é apresentar um master plan à SDE, com as diretrizes para o projeto.
Noemia Daltro, empresária do segmento de cosméticos e fundadora do Sindcosmetic, também comemorou a parceria, ressaltando o valor histórico do projeto. "Estamos construindo algo significativo para as indústrias, com um espaço planejado para nosso futuro, oferecendo um custo subsidiado e benefícios para todos. O secretário Angelo Almeida esteve conosco em todas as etapas, sempre atento às nossas necessidades", concluiu Daltro.
Puxado principalmente por altas maiores nos setores de serviços e na indústria, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano. O resultado ficou abaixo da alta de 1,4% no segundo trimestre e também do índice de 1,1% do primeiro trimestre, e a queda nos números do setor agropecuário influenciaram nessa redução recente do PIB.
Os dados constam do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (3) pelo IBGE. Segundo o relatório, apesar da queda em relação aos dois trimestres anteriores, o PIB do país acumulou alta de 3,3% entre os meses de janeiro a setembro de 2024, enquanto nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Frente ao 3º trimestre de 2023, o indicador cresceu 4,0%.
A divulgação dos números do PIB causaram uma pequena mudança no humor do mercado de câmbio. A partir das 9h30, o dólar começou a verificar uma leve baixa frente ao real nas primeiras negociações desta terça. Os investidores passaram a analisar os números do PIB brasileiro para o terceiro trimestre e ainda aguardam dados de emprego dos Estados Unidos.
Às 9h40, o dólar à vista caía 0,08%, a R$ 6,0531 na venda. Nesta segunda (02), o dólar à vista fechou o dia com alta de 1,07%, cotado a R$ 6,0652. Este foi o maior valor nominal de fechamento da história no Brasil.
Os números do IBGE mostraram que no terceiro trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores (abril-maio-junho), dois dos três grandes setores econômicos avançaram: Serviços (0,9%) e Indústria (0,6%). Já a Agropecuária registrou queda de 0,9% no período.
Em relação aos Serviços, eles cresceram principalmente os setores de Informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,7%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), atividades imobiliárias (1,0%) e comércio (0,8%). Houve pequeno crescimento ainda nos setores de transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).
Na Indústria, o IBGE apurou uma alta de 1,3% nas Indústrias de transformação. Por outro lado, caíram: Construção (-1,7%); Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e Indústrias extrativas (-0,3%).
Neste relatório mais recente do IBGE, houve uma revisão dos números referentes a 2023, por conta das modificações nos dados primários apurados pelo órgão. Com isso, o resultado do PIB para o ano de 2023, anteriormente um crescimento de 2,9%, foi revisto para 3,2%. Esse aumento foi ocasionado com as revisões, sob a ótica da produção, em Serviços (de 2,4% para 2,8%), na Indústria (de 1,6% para 1,7%) e na Agropecuária (de 15,1% para 16,3%).
Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 4%, o que representou a 15ª alta consecutiva nesta base de comparação. A última vez que um trimestre teve resultado negativo para o PIB foi no período de abril-maio-junho de 2021, quando houve um resultado de -0,6%.
Para o setor da Indústria, a alta foi de 3,6% frente ao terceiro trimestre do ano passado, com destaque para Construção (5,7%). Já a Agropecuária registrou queda de 0,8% frente a igual período em 2023.
O agronegócio não pode ser visto como inimigo e é um setor que precisa continuar crescendo e causando raiva nos franceses que estão achincalhando os produtos brasileiros. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (27) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a aberura do 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), principal evento de mobilização do setor.
Ao falar no evento, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Lula fez referência às críticas de autoridades e do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, sobre o acordo de livre comércio entre União Europeia e o Mercosul. Com objetivo de agradar agricultores franceses que fazem pressão para que o presidente Macron não assine o acordo, Bombard declarou que o supermercado não mais compraria carne de países do Mercosul, gerando uma crise com empresários do setor do agro, parlamentares e o governo brasileiro.
"É importante que a gente não veja o agronegócio como inimigo […] Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês que hoje achincalhou os produtos brasileiros porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul nem tanto pela questão do dinheiro. Nós vamos fazer porque eu estou há 22 anos nisso e nós vamos fazer", afirmou Lula.
Os principais negociadores do Mercosul e da União Europeia começaram a se reunir em Brasília desde esta terça (26), em Brasília, para tentar finalizar o texto do acordo de livre comércio entre os dois blocos. Se conseguirem fechar todos os pontos que ainda estão sendo negociados, o anúncio do tratado de livre comércio UE-Mercosul pode vir a ocorrer entre 5 e 6 de dezembro, quando acontecerá, em Montevidéu, a reunião de cúpula do bloco sul-americano.
"Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen tem procuração para fazer o acordo, e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda. Tirar isso da minha pauta”, completou o presidente Lula durante a abertura do 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI).
Participam do encontro dirigentes das federações estaduais da indústria, de associações setoriais e sindicais, autoridades e especialistas. A abertura foi realizada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, e contou ainda com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que durante o evento lançará o Observatório do Custo Brasil.
"O Encontro Nacional da Indústria é uma oportunidade para discutirmos políticas e soluções que impulsionem a produtividade, preparando o setor industrial brasileiro para enfrentar as transformações do mercado e as exigências de sustentabilidade e inclusão, fundamentais para o desenvolvimento do país", destacou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Para atender a demanda da indústria da Bahia nos próximos três anos, será necessário qualificar 574 mil profissionais entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial, levantamento elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A projeção considera o crescimento da economia e do mercado de trabalho. Segundo o estudo, o estado precisará de 97 mil trabalhadores com uma nova formação para atender o ritmo de criação de empregos e a reposição de trabalhadores que deixarão o mercado de trabalho formal.
De acordo com o Mapa, as projeções para a Bahia também mostram que 477 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores no Brasil.
“O Mapa do Trabalho industrial é uma importante ferramenta de projeção da demanda por formação de novos profissionais e requalificação daqueles que já estão no mercado de trabalho. Nossa principal missão é ter uma oferta adequada de programas de formação profissional com base nessas projeções, mas principalmente na escuta ativa dos empresários das diversas regiões do nosso Estado, de modo a promover a qualificação e requalificação de profissionais que a indústria efetivamente precisa”, afirma a superintendente executiva de Educação Profissional do SENAI Bahia, Patrícia Evangelista.
De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, entre 2025 e 2027, as áreas com maior demanda por profissionais serão:
Logística e Transporte (129 mil), com oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas, entre outros;
Construção (92 mil), para atuar como profissionais na operação de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros;
Manutenção e Reparação (43 mil), para mecânicos de manutenção de veículos automotores, de máquinas industriais, eletricistas de manutenção eletroeletrônica e muitos mais;
Operação industrial (41 mil), que são profissionais que atuam como alimentadores de linhas de produção, embalagem, etiquetagem, trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias;
Alimentos e Bebidas (33 mil), para trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos; padeiros, confeiteiros e afins; operadores de equipamentos na fabricação de pães, massas, doces, chocolates e achocolatados, entre outros;
Em um resultado que ficou acima das expectativas mais otimistas do mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre (abril-maio-junho) de 2024 frente ao trimestre anterior. Os números do PIB foram divulgados na manhã desta terça-feira (3) pelo IBGE.
A expectativa mediana do mercado financeiro era de um crescimento de 0,9% neste segundo trimestre. O máximo que os analistas econômicos previam seria de um crescimento de 1,2% em relação ao primeiro trimestre do ano.
O bom resultado do segundo trimestre, segundo o IBGE, foi puxado pelas altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%). Já a Agropecuária, que vinha puxando o PIB para o alto, recuou 2,3% no período. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.

No ano passado, o segundo trimestre havia registrado um aumento de 0,9% no PIB em relação ao primeiro trimestre. O resultado atual verificado nos meses de abril, maio e junho é o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando o PIB ficou em 3,7%.
O resultado mostra que as enchentes no Rio Grande do Sul não impactaram diretamente os números da atividade econômica brasileira. Além de toda a ajuda federal ao estado, o trabalho de recuperação dos estragos também contribuiu para o aquecimento da economia nacional maior do que o esperado.
O resultado do primeiro trimestre já havia surpreendido o mercado. No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto do país teve alta de 0,8% frente ao último trimestre de 2023. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.
Assim como no ano passado, o aumento do PIB vem surpreendendo os analistas econômicos e desmentindo as previsões iniciais do crescimento do país. No mês de janeiro, os primeiros boletins Focus do Banco Central, que concentra as expectativas dos agentes econômicos, apresentavam uma perspectiva para o PIB de 1,59% até o final de 2024.
Desde o começo do ano, entretanto, assim como aconteceu em 2023, o mercado vem revisando para cima as suas estimativas para o PIB brasileiro. O Boletim Focus desta segunda-feira (2), por exemplo, já mostrou o mercado avaliando que o Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que é produzido no país, deve crescer 2,46% neste ano.
De acordo com os números do IBGE, todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa comparação, com destaque para Informação e comunicação (6,1%), Outras atividades de serviços (4,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%), Comércio (4,0%) e Atividades imobiliárias (3,7%).
A alta de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 8,5% ante o mesmo trimestre de 2023. Segundo o IBGE, o maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária verde ajudaram o setor.
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Indústria (2,6%) e nos Serviços (2,6%) e estabilidade na Agropecuária (0%).
Após a judicialização do processo de desoneração da folha de pagamento, suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em abril deste ano, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, avalia que a interferência do governo federal e STF provocou uma “insegurança jurídica” no setor.
“A Fieb, desde o início, se posicionou apoiando a CNI [Confederação Nacional da Indústria] em embates, inclusive judiciais. Também no Supremo Tribunal Federal argumentando a constitucionalidade da daquela lei [Lei 14.784, de 2023]. Que foi lei aprovada amplamente pelo Congresso Nacional e com o veto também derrubado pela maioria do Congresso Nacional e que, infelizmente, a judicialização feita pelo Governo Federal, trouxe uma insegurança jurídica enorme para aqueles 17 setores beneficiados”, afirmou.
A desoneração da folha de pagamentos é uma política que substitui a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de 17 setores por um percentual do faturamento do setor. Neste caso, setores que necessitam de massiva mão de obra, deixam de pagar um valor equivalente a 20% do salário de cada funcionário e contribuem com uma menor porcentagem da receita bruta da empresa, cerca de 1% a 4,5%.
Entre os maiores defensores da manutenção da desoneração, está o ex-presidente da Fieb e atual presidente da CNI, Ricardo Alban, além dos coletivos de gestores municipalistas como a UPB (União dos Municípios da Bahia). Para Passos, uma possível derrubada da proposta que prorroga a vigência da desoneração até 2027 deve colocar em cheque a “sobrevivência” do setor industrial.
“A Fieb vem apoiando as tratativas que o governo têm tido com a CNI, com as lideranças empresariais, na busca de arranjar uma solução que mantenha a desoneração para esse setor. São setores de ‘intensiva mão de obra’, que tem uma concorrência muito forte com o mercado chinês que, nós sabemos, tem um custo de mão de obra muito mais barato que o nosso e esses setores precisam desse tratamento diferenciado para que tenham a sua sobrevivência”, ressalta.
Atualmente, o STF estendeu até 11 de setembro o prazo para que os Poderes Legislativo e Executivo busquem uma solução consensual sobre a desoneração da folha de pagamentos. As propostas avaliadas entre os dois poderes também estão sendo avaliadas com o setor produtivo, no entanto, ainda não foram divulgados novos projetos.
Sobre isso, o representante da Indústria baiana define que “não existe ainda um modelo pronto, definido, as propostas que vieram do governo". "Principalmente quando envolve taxação, tem sido difícil de ser absolvido pelas empresas e a gente espera medidas outras, inclusive de redução de custo administrativo, que permita a solução e que essa medida consiga ficar válida não só para esse ano”, conclui.
No lançamento oficial da 6° edição do Expotech, nesta quarta-feira (17), o Presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, falou sobre o investimento no setor de cosméticos, saneantes e tintas na Bahia e comentou a disposição de apoiar o desenvolvimento neste setor industrial.
“O Expotech tem sido um evento de muito sucesso. O grande objetivo é aproximar a cadeia de fornecedores industriais, fornecedores de materiais, fornecedores de equipamentos, fornecedores de serviços, isso oportuniza para esses empresários renovar sua cadeia e inovar seus produtos”, detalha o gestor.
Considerando a alta rotatividade e competitividade desses mercados, Passos explica que os empresários do ramo necessitam de mais suporte para investir em inovação. “Isso só se faz com o conhecimento. Conhecimento de processo, conhecimento de mercado, conhecimento de máquinas e equipamentos de insumo. A Expotech tem um sentido muito prático muito objetivo. Focado em potencializar esses fornecedores, conhecer os fornecedores, conhecer seus produtos, tecnologias novas, tudo isso é importante para que a empresa se torne cada vez mais viva e atual em relação ao mercado”, ressalta.
A feira vai ocorrer nos dias 22 e 23 de julho, no no SENAI Cimatec.
A produção industrial baiana, incluindo transformação e extrativa mineral, registrou uma queda de 5,4% em abril, em comparação ao mês de março deste ano, que registrou taxa de 0,3%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14) e fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas pela equipe de Acompanhamento Conjuntural da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA).
No primeiro quadrimestre deste ano, o setor cresceu 1,6%, e no indicador acumulado dos últimos 12 meses manteve estabilidade com taxa de -0,2% em relação ao mesmo período anterior. Em comparação com abril de 2023, a indústria baiana apresentou queda de 3,5%, com cinco das 11 atividades pesquisadas assinalando recuo da produção.
Entre os segmentos mais prejudicados, o de Derivados de petróleo (-11,4%) registrou a maior contribuição negativa, devido à redução na produção de gasolina, óleo combustível e GLP. Em seguida os setores de Metalurgia (-33,8%), Produtos químicos (-2,2%), Produtos de minerais não metálicos (-6,3%) e Celulose, papel e produtos (-1,1%) também registraram déficit.
O segmento de Produtos alimentícios, por sua vez, exerceu a principal influência positiva no período, com 8,2% de crescimento, explicada especialmente pela maior fabricação de carnes de bovino frescas ou refrigeradas e carnes e miudezas de aves congeladas. Outros resultados positivos no indicador foram observados em Produtos de borracha e material plástico (13,0%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (65,8%), Indústrias extrativas (11,1%), Bebidas (11,3%) e Couro, artigos para viagem e calçados (7,7%).
Comparativo regional
O crescimento da produção industrial nacional, com taxa de 8,4% na comparação entre abril de 2024 e o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por 15 dos 17 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas positivas assinaladas por Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%). Por outro lado, apenas Pará (-13,6%) e Bahia (-3,5%) registraram variações negativas neste mês.
No primeiro quadrimestre de 2024, 16 dos 17 locais pesquisados no país registraram taxa positiva, com destaque para os avanços mais acentuados em Rio Grande do Norte (24,4%), Goiás (11,3%) e Ceará (7,6%). Apenas o estado do Pará (-1,7%) registrou taxa negativa no período.
Com previsão total de incentivos de R$ 19,3 bilhões até 2028, foi assinada nesta terça-feira (26), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a portaria que regulamenta as regras de adesão ao programa Mover (Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação) para as indústrias do setor automotivo. Com a assinatura da portaria, as indústrias do setor automotivo já podem se habilitar para aquisição de créditos e financiamento do programa, que é uma iniciativa do governo para ampliar a descarbonização da frota e estimular a produção de novas tecnologias, seja para carros de passeio, ônibus e caminhões.
A portaria, assinada também pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, regulamenta os investimentos mínimos para que as empresas invistam em pesquisa e desenvolvimento para descarbonização. Durante a solenidade no Palácio do Planalto, o governo anunciou que está sendo estabelecido um sistema de acompanhamento e que haverá penalidades caso as empresas descumpram as obrigações após se habilitarem no programa Mover.
Participaram da solenidade, além do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa. Também estiveram presentes presidentes de diversas entidades do setor automotivo e da indústria, como o presidente da CNI, Ricardo Alban.
O programa Mover foi lançado no último dia de dezembro do ano passado, por meio da medida provisória 1205/2023. A medida, entretanto, recebeu críticas do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e o governo preferiu deixar a MP caducar ao final do seu prazo de validade, e em seu lugar, enviou ao Congresso, no último dia 20 de março, um projeto de lei para criar o programa. As lideranças do governo articulam com Lira para que o projeto seja aprovado dentro do prazo de validade da medida provisória.
De acordo com a portaria, podem se habilitar ao Mover as empresas que:
- Fabriquem no país produtos automotivos: veículos, autopeças, máquinas autopropulsoras, sistemas e as soluções estratégicas para mobilidade e logística, bem como insumos, matérias-primas e componente;
- Tenham projeto de desenvolvimento e produção tecnológica;
- Desenvolvam no país serviços de pesquisa, desenvolvimento, inovação ou engenharia destinados à cadeia automotiva, com integração às cadeias globais de valor;
- Sejam tributadas pelo regime de lucro real;
- Possuam centro de custo de pesquisa e desenvolvimento;
- Assumam compromisso de realização de dispêndios obrigatórios em pesquisa e desenvolvimento, nos percentuais mínimos exigidos, incidentes sobre a receita bruta total da venda de bens e serviços, excluídos os impostos e as contribuições incidentes sobre a venda.
Desde que o governo Lula implementou, no final do ano passado, o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação, diversas montadoras já anunciaram investimentos para o Brasil. São elas a Stellantis - R$ 30 bilhões (2025/2030); a Volkswagen – R$ 16 bilhões (2022/2028); a Toyota – R$ 11 bilhões (2024/2030); a GWM – R$ 10 bilhões (2023/2032); a General Motors – R$ 17 bilhões (2021/2028); a BYD – R$ 5,5 bilhões (2024/2030); a Hyundai – R$ 5,45 bilhões (até 2032); a Renault – R$ 5,1 bilhões (2021/2027); a CAOA – R$ 4,5 bilhões (2021/2028); a Nissan – R$ 2,8 bilhões (2023/2025); e a BMW – R$ 500 milhões.
O corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, é insuficiente e penalizará ainda mais a atividade econômica no Brasil. A opinião é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, que comentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter o ritmo de redução dos juros com cortes de 0,5%.
Na noite desta quarta-feira (20), o Copom decidiu, pela sexta vez consecutiva, cortar a taxa básica de juros, a Selic, em mais meio ponto. Com o novo corte, a taxa de juros do país caiu a 10,75% ao ano. A decisão segue o plano traçado em agosto do ano passado, quando o Copom iniciou o ciclo de cortes na taxa Selic (naquele mês, os juros estavam em 13,75%).
Para o presidente da CNI, ampliar a redução da taxa básica de juros da economia é uma compatível com o atual cenário de inflação sob controle, além de ser fundamental para reduzir os custos de financiamento.
“A situação da inflação no Brasil já permite, há algum tempo, uma redução mais intensa dos juros reais. O Copom também tem que considerar em suas decisões o prejuízo que a elevada taxa básica de juros vem provocando à economia”, afirma o presidente da CNI.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria disse ainda que, diante de um quadro inflacionário positivo, com projeções da manutenção do IPCA dentro da meta de inflação para 2024, o Banco Central deveria dar uma contribuição para a redução do custo financeiro suportado pelas empresas.
“Sem essa mudança urgente de postura, fica mais difícil avançar na agenda de neoindustrialização, o que, consequentemente, anula oportunidades de mais prosperidade econômica para o país. A CNI entende que, mantido o cenário de inflação sob controle, é imprescindível uma aceleração no ritmo de redução da taxa Selic já na próxima reunião do Copom”, enfatiza o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Segundo comunicado divulgado pela CNI, a entidade defende que um corte mais intenso da taxa Selic seria necessária frente aos prejuízos que as taxas de juros reais elevadas estão provocando na economia brasileira. De acordo com a CNI, mesmo com as cinco reduções da taxa Selic realizadas desde agosto de 2023, a taxa de juros real – que desconsidera os efeitos da inflação – ainda está em 7,5% ao ano, portanto três pontos acima da taxa de juros neutra, aquela que não estimula nem desestimula a atividade econômica.
“Esse patamar muito elevado da taxa de juros real se reflete no mercado de crédito, com aumento no nível de inadimplência e redução nas concessões. A inadimplência da carteira de crédito com recursos livres às empresas, que era 2,2% em janeiro de 2023, subiu para 3,4% em janeiro de 2024. Ademais, as concessões de crédito com recursos livres às empresas recuaram 5,5%, em termos reais, no acumulado dos últimos 12 meses até janeiro de 2024, frente ao acumulado dos 12 meses imediatamente anteriores”, afirma o comunicado da Confederação Nacional da Indústria.
Outras entidades do setor produtivo também fizeram críticas à decisão do Comitê de Política Monetária do BC em reduzir a taxa básica de juros de 11,25% para 10,75% ao ano. Foi o caso da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que pediu que o BC não mexa no ritmo dos cortes e mantenha a redução de 0,5 ponto nas próximas reuniões.
“Essa queda de 0,5 ponto percentual precisa ser mantida nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária, haja vista que a economia e, sobretudo, a indústria seguem sofrendo os efeitos da taxa ainda elevada. O resultado negativo da produção industrial em janeiro reflete bem esse cenário”, destacou a entidade.
Para a Força Sindical, a queda da Selic em 0,5 ponto é tímida e insuficiente para aquecer o consumo, gerar empregos, melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) e distribuir renda.
“Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco Central”, criticou em comunicado o presidente da Força, Miguel Torres.
Em uma noite movimentada nesta terça-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou alguns projetos e deixou outros na perspectiva de serem finalizados ainda nesta semana. Um dos projetos aprovados pelos deputados foi o PL 6233/23, de autoria do Poder Executivo, que equaliza as taxas de juros para os casos de inadimplência em que não houver um índice definido em contrato. O texto agora segue para análise do Senado Federal.
O projeto, proposto pelo Ministério da Fazenda, busca dirimir um duradouro embate jurídico sobre qual o percentual correto a ser aplicado nos casos de inadimplência. O governo, com a proposição, tenta acabar com uma disputa jurídica de décadas sobre qual o índice a ser aplicado se o contrato não tiver previsto isso, se a Taxa Selic ou 1% ao mês.
A proposta do governo Lula era que, quando não houvesse taxa de juros definida nos contratos, os casos de inadimplência seriam ajustados com juros equivalentes as das Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) de cinco anos mais 0,5% ao mês. Se a taxa de juros já tivesse sido acertada entre as partes, essa prevaleceria.
O relator do projeto, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), decidiu modificar este indicador. No seu parecer, o deputado estabeleceu como regra a correção pela Selic (taxa básica de juros da economia) ou pela NTN-B somada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que for menor. O Banco Central terá que disponibilizar uma ferramenta na internet para que este cálculo seja feito.
Na noite desta terça, a Câmara aprovou também o projeto de lei 2/24, também de autoria do Poder Executivo, que concede incentivo fiscal na depreciação de máquinas e equipamentos novos incorporados ao ativo de empresas de setores a serem definidos por decreto. O projeto é um dos principais itens da Nova Indústria Brasil (NIB), conjunto de medidas voltadas ao setor.
A proposição do governo cria uma espécie de benefício tributário com renúncia fiscal de curto prazo, mas que, ao longo do tempo, causará ganho positivo na arrecadação pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 3,5% em dez anos. O mecanismo terá prazo de adesão de 12 meses pelas empresas.
Na depreciação linear, a empresa abate anualmente do imposto sobre seu lucro o desgaste pelo uso de uma máquina ou equipamento adquirido, de acordo com a vida útil desse bem. Na depreciação superacelerada, todo o desgaste contábil (e desconto no seu imposto de renda) é antecipado para dois anos (2024 e 2025), o que reduz o custo do investimento. Com a aprovação da proposta, o governo federal abrirá mão de R$ 3,4bilhões.
Os deputados também aprovaram o texto-base do Projeto de Lei 327/21, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), e que cria um “Fundo Verde” para investimentos em energias renováveis. Por acordo, os parlamentares decidiram adiar a análise das emendas dos partidos para esta quarta-feira (20).
A medida visa incentivar projetos de desenvolvimento sustentável com recursos de créditos de empresas com a União. O projeto classifica como desenvolvimento sustentável obras de infraestrutura, expansão ou implantação de parques de produção energética de matriz sustentável, pesquisa tecnológica ou de desenvolvimento de inovação tecnológica que proporcionem benefícios socioambientais ou mitiguem impactos ao meio ambiente.
O texto ainda cria o Fundo Verde, a ser administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o objetivo de garantir o risco dos financiamentos concedidos por instituições financeiras aos detentores de projetos aprovados no programa.
Já a votação do polêmico Projeto de Lei das Falências nº 3 de 2024 foi adiada nesta terça pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL). A nova data de votação será possivelmente a sessão desta quinta (21). O PL foi proposto pela equipe do Ministério da Fazenda com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios e inadimplência no país.
Com a proposta, o governo Lula busca acelerar a retomada de empresas em atividade e reduzir o spread bancário, o que incentiva pessoas e empresas a buscarem crédito e movimentarem a economia.
A equipe econômica do governo afirma que a proposição irá tornar o processo de falência “mais célere e efetivo, ampliando a taxa de recuperação de créditos e mitigando os riscos de perdas a todos os envolvidos, permitindo que os ativos produtivos sejam realocados ao seu melhor uso”.
O projeto da Lei de Falências concede mais poderes para credores em detrimento do juiz e administrador judicial, além de retirar algumas burocracias processuais, como a avaliação de todo e qualquer bem vendido da massa falida que hoje precisa de autorizações judiciais específicas. Quem decide como e por quanto vai ser vendido são agora os próprios credores, a partir da figura do gestor fiduciário, nomeado por maioria dos créditos em assembleia.
Diálogo e parceria para regulamentar a reforma tributária e trabalhar para a aprovação de projetos que encaminhem a neoindustrialização no Brasil e sejam capazes de atrair investimentos, melhorar a competitividade da economia e criar emprego e renda. Essas são algumas das prioridades apresentadas na Agenda Legislativa 2024 da indústria brasileira, formulada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A Agenda foi apresentada em sessão solene do Congresso Nacional, presidida pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), e que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, e de centenas de parlamentares, representantes de federações da indústria dos estados e de entidades do setor.
O documento apresentado na Câmara pelo presidente da CNI elenca as propostas destacadas pela entidade que possuem maior impacto para o desenvolvimento econômico e social do país. O documento de 2024 contempla 17 temas que são considerados fundamentais pelo setor industrial brasileiro para que seja gerado, por parte do Congresso Nacional, um impacto positivo sobre o ambiente de negócios no país.
Segundo destacou em sua fala o presidente da CNI, Ricardo Alban, dentre os 17 temas da pauta mínima da indústria é a regulamentação do mercado de carbono, por meio da aprovação do PL 182/2024. A proposta institui um Sistema de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa a partir de um mercado regulado com base no modelo “cap and trade” (em que o Estado define o limite máximo de emissões por fonte regulada e outorga permissões). Para Ricardo Alban, esse é um importante passo para acelerar a transição energética no Brasil.
“Temos uma grande janela de oportunidade diante de nós e precisamos aproveitá-la. O governo tem dado muita importância à neoindustrialização e isso deve ser usado para que recuperemos o tempo perdido. Os projetos que integram a Pauta Mínima da Agenda Legislativa buscam aproveitar essa janela em temas como transição energética, sustentabilidade e inovação, para aumentar a produtividade e competitividade, valorizando nossas cadeias produtivas”, destacou Alban.
Ao falar na sessão solene, o presidente da Câmara, Arthur Lira afirmou que os deputados vão levar em consideração os projetos elencados pela agenda da indústria para estabelecer as pautas de votação neste ano.
“A indústria desempenha papel fundamental no esforço para geração de emprego e renda em nosso país. E a agenda nacional da indústria, documento formulado anualmente pela CNI, constitui, sim, como instrumento de grande importância para qualificar o diálogo entre a indústria e o Parlamento”, disse Lira.
O presidente da Câmara disse ainda que em 2024, o Congresso concentrará o seu foco na análise das propostas de regulamentação da reforma tributária.
“Sabemos que essa não é uma agenda exclusiva dos industriais. É uma agenda do Brasil, do desenvolvimento nacional. As demandas do setor e da sociedade estão estreitamente entrelaçadas. Todos queremos prosperidade e riqueza, todos queremos pleno emprego, com respeito ao meio ambiente”, afirmou.
Os projetos que fazem parte do documento apresentado pela CNI no Congresso foram selecionados a partir de uma ampla consulta às bases empresariais, que reuniu representantes de 27 federações estaduais das indústrias, 120 associações setoriais e 11 sindicatos nacionais. Dentre as proposições escolhidas, foram destacadas aquelas consideradas indispensáveis para estimular os investimentos, a produção e a criação de empregos.
Um dos itens da pauta da indústria é a modernização do setor elétrico, que permitirá a expansão do mercado livre de energia e a reestruturação dos subsídios concedidos nessa área. Outras ações essenciais para o setor industrial são a revisão da tributação de lucros e dividendos das empresas e a depreciação acelerada para máquinas e equipamentos.
As prioridades do setor incluem, ainda, a instituição do sistema brasileiro de crédito às exportações e a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento, instrumento que deve impulsionar o financiamento em infraestrutura, inovação e transição energética.
A indústria da Bahia fechou o ano de 2023 com uma queda acumulada de 1,8% na sua produção, retomando, assim, os resultados negativos, depois de ter apresentado crescimento em 2022 de 2,4% frente a 2021. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (8).
De novembro para dezembro do ano passado, a produção industrial da Bahia mostrou queda de 1,4%, após dois aumentos seguidos nessa comparação de 9,1% de setembro para outubro e 2,8% de outubro para novembro.
O desempenho ficou abaixo do verificado no Brasil como um todo 1,1% e foi o 11º entre os 15 locais com resultados para esse indicador, 5 dos quais mostraram recuos.
Já frente a dezembro de 2022, a atividade fabril baiana seguiu em alta de 5%, apresentando o terceiro resultado positivo consecutivo, nessa comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O crescimento no estado de 1% superou o nacional e foi o 9º mais elevado, num contexto em que 12 dos 18 locais com resultados nessa comparação tiveram altas.
De acordo com o IBGE, nos 11 anos compreendidos entre 2003 e 2023, a indústria da Bahia teve aumento de produção apenas em 3 ocasiões: 2013 (+6,7%), 2018 (+0,8%) e 2022 (+2,4%). Nos 11 anos anteriores a esse período (de 2003, inclusive, a 2013), a situação foi justamente a inversa, e o estado só tinha apresentado quedas da produção em três momentos: 2003 (-1,0%), 2009 (-5,6%) e 2011 (-4,9%).
A produção industrial brasileira ficou praticamente estável no ano de 2023 (0,2%), depois da queda de -0,7% registrada no ano anterior. Foi o que revelou a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira (02) pelo IBGE.
A pesquisa mostrou que de novembro para dezembro a atividade industrial no país cresceu 1,1%. No último mês do ano, a produção aumentou 1% em relação a igual período de 2022, na quarta alta seguida.
Na comparação com dezembro de 2022 (alta de 1%), o IBGE apurou resultados positivos em uma das quatro categorias econômicas, 12 dos 25 ramos, 32 dos 80 grupos e 44,6% dos 789 produtos pesquisados. O último mês do ano passado teve dois dias úteis a menos.
Os destaques positivos foram registrados por indústrias extrativas, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis e produtos alimentícios. Já entre as atividades com indicadores negativos destacam-se veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.
O resultado geral da indústria m 2023 foi puxado pelas indústrias extrativas, cujo crescimento é sustentado tanto pela extração de petróleo quanto de minérios de ferro. Já a indústria de transformação, que tem a maior parte dos ramos industriais no campo negativo, teve um comportamento de menor intensidade e fechou o ano com um recuo de 1,0%, queda mais intensa do que a verificada em 2022, quando havia recuado 0,4%.
De acordo com declaração de André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal no IBGE, os resultados da indústria brasileira em 2023 estão sendo impactados pela gradual melhora dos indicadores macroeconômicos e de emprego e renda.
“Esse avanço recente da produção industrial pode ser explicado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, com redução na taxa de desocupação e aumento na massa de rendimentos; e por uma inflação em patamares mais controlados, especialmente no segmento de produtos alimentícios”, disse Macedo.
“Vale destacar também a contribuição positiva das exportações, especialmente no que se refere às commodities. Também se observa, ao longo do ano, o início da flexibilização na política monetária com a redução na taxa de juros. São fatores importantes para se entender o movimento recente da indústria para o campo positivo”, ressaltou o responsável pela pesquisa.
O programa Nova Indústria Brasil, anunciado nesta semana pelo governo Lula, oferece um caminho consistente para revitalizar a indústria, fomentar investimentos em tecnologia e inovação e melhorar a competitividade do Brasil entre as principais economias do mundo. Quem afirma é o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o baiano Ricardo Alban.
De acordo com o documento apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o programa Nova Indústria Brasil prevê R$ 300 bilhões para financiamentos até o ano de 2026. O montante considera os R$ 106 bilhões anunciados na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, em julho, e mais R$ 194 bilhões incorporados. Os recursos serão geridos BNDES, Finep e Embrapii.
Para o presidente da CNI, questões abordadas pelo programa, como aumento da produtividade e digitalização, descarbonização dos processos produtivos, ampliação das exportações, qualificação profissional, não são temas de um segmento específico. Para Ricardo Alban, esses conceitos são da indústria e da economia como um todo, e por isso, seria este o momento de todos somarem para transformar políticas públicas em ações efetivas com foco no desenvolvimento do país.
“Quem pode ser contra uma política industrial contemporânea como essa, que se propõe a fortalecer o setor industrial e impulsioná-lo como o indutor de um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social?”, questiona Alban.
O programa elenca metas para todas as seis missões definidas, que devem ser cumpridas até 2033. A primeira meta do Nova Indústria Brasil visa ao fortalecimento das cadeias agroindustriais; a segunda meta envolve a área da saúde; a terceira meta trata da melhoria do bem-estar das pessoas nas cidades; a quarta meta foca na transformação digital da indústria; a quinta meta trata de bioeconomia e transição energética; a última meta tem como foco a defesa da indústria nacional, com objetivo de obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para essa proteção.
Apesar de elogiar a iniciativa do governo federal, o presidente da CNI diz que o programa ainda é pequeno diante do que ele chamou de “hiato” que aconteceu na industrialização brasileira. “Mas, já é um passo importante para que todos os atores da economia se juntem e, inclusive, possam permitir uma maior industrialização das nossas commodities agrícolas e minerais. Precisamos incrementar a nossa manufatura, com a agregação de valor e incentivo aos empregos de maior impacto socioeconômico”, defende Alban.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria disse ainda acreditar que investimentos em sustentabilidade, produtividade e no fortalecimento de cadeias produtivas no país significa promover crescimento econômico e desenvolvimento social aos brasileiros. Para ele, é primordial a união de esforços para que a indústria aproveite a janela de oportunidades que as novas demandas mundiais, incluindo a geopolítica, estão oferecendo ao Brasil.
“O Brasil, enfim, tem uma política industrial necessária, adequada e viável. Ser contra uma política industrial moderna é ser contra o desenvolvimento do país. Temos, juntos, o compromisso de manter o rumo e propiciar os ajustes que venham a ser necessários”, conclui o presidente da CNI, Ricardo Alban.
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A produção industrial da Bahia registrou aumento de 8,1%, em outubro, na comparação com o mês anterior, após a queda de 3,5% que ocorreu em setembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria baiana assinalou aumento de 7,5%.
No período de janeiro a outubro de 2023, o setor industrial acumulou taxa negativa de 3,4% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses acumulou queda de 4,4% em relação ao mesmo período anterior.
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As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Na comparação de outubro de 2023 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 7,5%, com seis das 11 atividades pesquisadas assinalando avanço da produção.
O segmento de Derivados de petróleo (21,0%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de óleo diesel e gasolina. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos químicos (8,1%), Produtos alimentícios (6,5%), Borracha e material plástico (3,7%), Bebidas (8,1%) e Couro, artigos para viagem e calçados (2,1%).
Já o segmento Extrativo (-9,1%) apresentou a principal contribuição negativa no período, devido, principalmente, à queda na fabricação de magnésia, óxidos de magnésio e carbonato de magnésio natural, minérios de cobre em bruto e gás natural.
Outros segmentos com recuo na produção foram: Metalurgia (-7,6%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,4%), Minerais não metálicos (-9,2%) e Celulose, papel e produtos de papel (-1,0%).
No acumulado de janeiro a outubro de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 3,4%. Oito dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento Extrativo (-26,3%) que registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural e magnésia, óxidos de magnésio e carbonato de magnésio natural.
Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-10,1%), Derivados de petróleo (-1,8%), Celulose, papel e produtos de papel (-6,2%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,3%), Borracha e material plástico (-3,1%), Metalurgia (-3,2%) e Minerais não metálicos (-6,0%).
Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (13,4%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de açúcar cristal, óleo de soja refinado, carne de bovinos, farinha de trigo e leite em pó. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Couro, artigos para viagem e calçados (6,8%) e Bebidas (1,9%).
No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 4,4%. Sete segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para a Extrativa (-25,8%) que registrou a maior contribuição negativa.
Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-10,9%), Derivados de petróleo (-4,5%), Metalurgia (-7,4%), Celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), Borracha e material plástico (-2,9%) e Minerais não metálicos (-4,1%).
Por outro lado, os resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (11,2%), Couro, artigos para viagem e calçados (6,4%) e Bebidas (2,3%).
A COP28 será uma oportunidade de mostrar como a indústria brasileira já é parte da solução quando o assunto é sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. Quem afirma é o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o baiano Ricardo Alban. O dirigente da entidade máxima da indústria brasileira se prepara para liderar uma participação recorde do segmento na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que se inicia na próxima quinta-feira (30), em Dubai, nos Emirados Árabes.
Ricardo Alban comandará uma delegação de mais de 100 empresários que participarão da COP28 e se envolverão em uma intensa agenda de atividades durante as quase duas semanas de evento. A CNI, pela primeira vez, terá um estande próprio durante todos os dias da COP28, e vai apresentar o trabalho que o setor industrial brasileiro vem realizando para se tornar cada vez mais sustentável.
“A agenda ambiental é uma questão central e um fator de competitividade para a indústria no Brasil e a COP28 é uma oportunidade de mostrar como a indústria brasileira já é parte da solução quando o assunto é sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. Mostraremos que nós já fizemos, há muito tempo, o que muitos setores industriais de outros países estão correndo para fazer agora”, destaca o presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Para Ricardo Alban, a agenda climática e a necessária descarbonização da economia são uma grande oportunidade para o Brasil se tornar referência mundial, especialmente neste momento em que o país assume a presidência do G20 e do B20 (fórum de diálogo mundial que conecta a comunidade empresarial aos governos do G20). O B20 tem a CNI como representante brasileira.
“A agenda de baixo carbono trará grandes oportunidades para a indústria, que terão de ser aproveitadas com investimento em inovação e na capacitação de profissionais para a economia verde. O Brasil está na frente pelas vantagens comparativas que tem, como sua matriz energética limpa. E a indústria está fazendo o seu dever de casa, com iniciativas que estão na vanguarda quando o assunto é sustentabilidade”, destaca Alban.
O estande da Confederação Nacional da Indústria montado para a COP28 terá um espaço total de 100 m2, e vai sediar debates, painéis e apresentações de empresas convidadas. São mais de 40 atividades previstas, em que serão discutidos temas como financiamento climático, mercado de carbono, o potencial da energia eólica offshore e de novas tecnologias, ações necessárias para adaptação às mudanças climáticas e capacitação dos países em desenvolvimento para lidar com essas questões.
Segundo o presidente da CNI, a comitiva brasileira contará com empresários e industriais que entenderam, há anos, a relevância de seus papéis nessa agenda internacional da sustentabilidade. A delegação brasileira vai apresentar no evento como o investimento em tecnologia e inovação os colocou em condições de competir e até liderar o processo de descarbonização da economia.
“Considerando a importância de o setor empresarial conhecer e gerir as oportunidades e os riscos que os eventos climáticos extremos podem acarretar aos negócios, a CNI entende que a COP28 será estratégica para avançar na definição da meta global de adaptação à mudança do clima. Na última COP, o progresso nas negociações da agenda de adaptação à mudança do clima ficou abaixo do esperado, apesar dos relatórios do IPCC demostrarem, de forma robusta, que os impactos das mudanças do clima serão cada vez mais frequentes e severos”, concluiu o presidente da CNI, Ricardo Alban.
A COP28 acontece de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e reunirá líderes governamentais, executivos, especialistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo. São esperados mais de 70 mil participantes, incluindo chefes de estado, funcionários governamentais, líderes industriais, acadêmicos e representantes de organizações da sociedade civil.
O empresário Carlos Henrique Passos tomou posse como presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), nesta sexta-feira (17). Substituto de Ricardo Alban, atual presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos foi vice-presidente da FIEB por 9 anos. Agora, ele foi escolhido pelo conselho de representantes da entidade para o cargo em julho deste ano e atuou como presidente em exercício até o último dia 31 de outubro.
Questionado sobre a economia atual, ele reclamou dos impostos. “Uma reforma tributária é mais que necessária para o setor industrial. Nós temos hoje um modelo tributário que é quase pagar imposto sobre imposto”, começou.
Ele argumentou também contra o ICMS, que teve aumento aprovado esta semana, como “não é benéfico para a economia”. “Toda vez que temos um imposto sobre o consumo elevado, você está na perspectiva de tirar recursos da sociedade em favor do estado”, afirmou.
“Se eu tenho uma empresa e eu quero melhorar meu resultado através da elevação de preço, eu preciso saber se o mercado poderá pagar aquele preço. Senão, eu tenho que melhorar minha eficiência interna para ter esse melhor resultado com a mesma receita”, acrescentou.
Segundo a FIEB, um dos objetivos do novo presidente até 2026 é reforçar o papel da federação como indutora de desenvolvimento no estado, além de apoiar a promoção de ações de fortalecimento das cadeias produtivas, constituindo encadeamentos suplementares ou complementares para atender as grandes indústrias.
“Eu acho que [esse novo cargo] significa renovar. Toda vez que você tem um desafio novo, você se renova, busca mais conhecimento. É uma oportunidade de aprender”, disse.
NOVIDADES
Sobre o panorama atual, a opinião do presidente é que a Bahia ainda pode se desenvolver em muitos aspectos. Aumentar os parques eólicos, por exemplo, é uma alternativa. Ele cita também a produção de biocombustíveis; segundo Carlos Henrique, o CIMATEC Sertão já está desenvolvendo a produção de álcool a partir do agave e a Acelen tem demonstrado interesse em outra pesquisa baiana que gera álcool a partir da macaúba,
“A Bahia também vem se fortalecendo em mineração, hoje é o terceiro maior estado em produção mineral. O que precisamos [no futuro] é agregar valor, não só na industrialização dos minérios, mas também na reaproveitação dos resíduos da mineração”, indicou.
Na sua gestão, a perspectiva é aumentar os CIMATEC Sertão, Mar e Digital e a criação do Centro Aeroespacial, dentro da base aérea de Salvador .
A aprovação definitiva do projeto de reforma tributária pelo Congresso Nacional representará um salto de competitividade para o Brasil, e uma vitória para a sociedade. A afirmação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria, em artigo publicado pela Agência CNI de Notícias nesta terça-feira (14).
Em seu artigo, o presidente da CNI analisa os benefícios da reforma tributária aprovada recentemente pelo Senado. Para Ricardo Alban, as mudanças que a reforma introduzirá na legislação do país tornarão o sistema tributário moderno, eficiente e transparente. Para Ricardo Alban, a reforma, quando tiver aprovação na Câmara, favorecerá o empreendedorismo, o investimento e o comércio exterior.
“A proposta aprovada no Senado é resultado de um extenso debate e do esforço para acomodar diferentes demandas. Acreditamos que foi a reforma possível do ponto de vista político, mas podemos dizer que, sem dúvidas, é uma vitória para toda a sociedade. O setor produtivo passará a conviver com um sistema tributário mais eficiente, baseado em um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) de boa qualidade, com reflexos positivos sobre investimento, crescimento econômico, criação de emprego e renda. Ganha quem produz e quem consome”, afirmou Alban.
A reforma tributária em discussão no Congresso prevê a implementação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) no lugar dos atuais impostos federais PIS e Cofins, e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) como substituto dos atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal). O relator da PEC 45/2019 no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), promoveu diversas alterações no texto aprovado pela Câmara.
Entre as mudanças no relatório aprovado na semana passada pelo Senado, Braga ampliou para pelo menos 42 os produtos e serviços que podem ter redução de tributos ou outros tratamentos favorecidos. O texto que saiu da Câmara, relatado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), previa 33 exceções à regra geral. Agora, os deputados vão analisar as mudanças feitas pelo Senado.
Em outra mudança, o relator no Senado criou uma nova faixa de redução para beneficiar os profissionais liberais. Segundo o texto, deverão pagar apenas 30% de CBS e IBS as profissões intelectuais de natureza científica, literária ou artística, desde que sejam submetidas a fiscalização de conselho profissional.
Eduardo Braga também inseriu o hidrogênio verde na previsão de que os biocombustíveis terão tributação inferior à incidente sobre combustíveis fósseis. A intenção do senador é a de aumentar o potencial competitivo dessas duas formas de geração de energia, que são menos agressivas ao meio ambiente.
O presidente da CNI, no artigo divulgado nesta terça, afirma que, apesar de a entidade considerar a reforma tributária bastante positiva, há o entendimento de que houve excesso no número de atividades com alíquota reduzida de IBS e CBS, bem como aquelas contempladas com regime específico. O presidente da CNI afirma que esse número elevado de exceções resultará em uma alíquota padrão mais alta de IBS e CBS.
“A lógica mostra que se uns vão pagar menos, outros vão pagar mais, com o aumento da alíquota padrão de IBS e CBS. O aumento da alíquota prejudica todas as atividades econômicas sujeitas ao regramento geral e, evidentemente, os consumidores”, explica o presidente da confederação.
Inicialmente, a CNI defendia que a alíquota do IVA fosse uniforme, onerando da mesma forma o consumo de todos os bens e serviços. Entretanto, a CNI analisa que, como o debate político levou à opção por desonerar o consumo de certos bens e serviços, a escolha dessas exceções à alíquota padrão deveria ser balizada pela experiência internacional, que contempla apenas bens e serviços específicos e entendidos como essenciais para a população, como serviços de saúde, educação e transporte coletivo de passageiros, bem como medicamentos, produtos agropecuários in natura, alimentos da cesta básica e produtos de higiene pessoal.
Outro ponto contestado pela Confederação Nacional da Indústria diz respeito ao imposto seletivo proposto pela reforma, que complementaria o modelo de IVA como uma forma de desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A CNI entende que o tributo deve incidir apenas sobre bens e serviços destinados ao consumo final.
“Por isso, reitera ser fundamental corrigir esse ponto para assegurar a vedação, expressa, da incidência do imposto sobre qualquer insumo usado pelas empresas, de modo a evitar a cumulatividade, que é um dos principais problemas que a reforma busca resolver. Nesse sentido, também deve ser retirada do texto a previsão explícita de incidência sobre atividades extrativas, que preponderantemente se convertem em insumos das cadeias produtivas”, defende o presidente da CNI, Ricardo Alban, no artigo.
A produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia registrou uma queda de 3,0% em setembro de 2023, em relação ao mês imediatamente anterior, após ter registrado recuo em agosto com taxa de -3,1%. Na comparação com setembro do ano passado, a indústria baiana assinalou recuo de 9,0%.
No período de janeiro a setembro de 2023, o setor industrial acumulou taxa negativa de 4,5% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses acumulou queda de 5,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
Na comparação de setembro de 2023 com igual mês do ano anterior, a queda de 9,0% foi resultado do recuo na produção em dez das 11 atividades pesquisadas. O segmento de Derivados de petróleo (-13,5%) exerceu a principal influência negativa no período, explicada especialmente pela menor fabricação de óleo combustível e óleo diesel.
Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos químicos (-12,6%), Extrativo (-22,2%), Metalurgia (-14,4%), Borracha e material plástico (-9,2%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-22,5%), Minerais não metálicos (-16,8%), Couro, artigos para viagem e calçados (-3,6%), Celulose, papel e produtos de papel (-1,6%) e Bebidas (-1,5%). Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (14,3%), único segmento a registrar crescimento no período, devido, principalmente, ao aumento na fabricação de açúcar cristal e carnes de bovinos frescas e refrigeradas.
No acumulado de janeiro a setembro de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 4,5%. Oito dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento Extrativo (-28,1%) que registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural e minérios de cobre em bruto.
Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-11,8%), Derivados de petróleo (-4,1%), Celulose, papel e produtos de papel (-6,7%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,4%), Borracha e material plástico (-3,8%), Metalurgia (-2,7%) e Minerais não metálicos (-5,6%).
Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (14,6%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de açúcar cristal, óleo de soja refinado, carne de bovinos, manteiga de cacau e farinha de trigo. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Couro, artigos para viagem e calçados (7,5%) e Bebidas (1,1%).
No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 5,9%. Sete segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para a Extrativa (-26,7%) que registrou a maior contribuição negativa. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-12,5%), Derivados de petróleo (-7,3%), Metalurgia (-10,6%), Celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), Borracha e material plástico (-4,0%) e Minerais não metálicos (-3,2%).
Por outro lado, os resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (10,3%), Couro, artigos para viagem e calçados (6,9%) e Bebidas (1,3%).
COMPARATIVO REGIONAL
O crescimento da produção industrial nacional, com taxa de 0,6%, na comparação entre setembro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por 10 dos 17 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas positivas assinaladas por Rio Grande do Norte (40,2%), Pará (14,5%) e Espírito Santo (14,2%). Por outro lado, Ceará (-11,9%), Bahia (-9,0%) e Rio Grande do Sul (-6,0%) registraram as principais variações negativas nesse mês.
No período de janeiro a setembro de 2023, sete dos 17 locais pesquisados registraram taxa negativa, com destaque para os recuos mais acentuados em Ceará (-7,6%), Rio Grande do Sul (-5,1%) e Bahia (-4,5%). Por sua vez, Rio Grande do Norte (17,1%), Espírito Santo (7,6%) e Amazonas (5,0%) registraram os maiores avanços no período.
O trem está passando, há muito trabalho à frente e essa pode ser a última oportunidade para essa geração conseguir elevar o patamar da indústria brasileira. Essas foram algumas palavras recorrentes tanto no discurso de posse como na entrevista coletiva do novo presidente da Confederação Nacional da Indústria, o baiano Ricardo Alban, de 64 anos.
Alban, que presidiu a Federação das Indústrias do Estado da Bahia por nove anos, tomou posse no comando da mais poderosa entidade de representação da indústria brasileira em evento realizado na noite desta terça-feira (31), em Brasília. Ricardo Alban substitui na presidência da CNI o mineiro Robson Andrade, que esteve à frente da entidade por três mandatos consecutivos, totalizando 13 anos de gestão.
Em seu discurso de posse, Ricardo Alban disse que a nova diretoria da CNI assume em um momento que exige mudança de mentalidade para que não sejam desperdiçadas as oportunidades atuais de alavancagem da indústria nacional. Alban afirmou que se o Brasil e a indústria estão mudando, a CNI também precisa seguir a rota da mudança.
“Não podemos desperdiçar as oportunidades atuais. Não temos esse direito. Se mudou o Brasil e a indústria está mudando, então a CNI tem que mudar também. E a mudança tem a ver com a nova mentalidade no caminho da neoindustrialização. Precisamos de novas abordagens, e a nova conjuntura do País nos oferece a chance de, com muito trabalho, elevarmos a indústria com foco na competitividade e na produtividade”, disse o presidente.
O evento de posse da nova diretoria contou com a presença do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, do prefeito de Salvador, Bruno Reis, além dos governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Ceará, Elmano de Freitas. Também estiveram presentes inúmeros parlamentares, ministros, embaixadores, autoridades do governo, representantes de federações da indústria dos 27 estados, empresários, industriais, entre tantas pessoas.

Após elogiar, em seu discurso, a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recriar o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Ricardo Alban disse que o momento atual é mais do que propício para a promoção da chamada neoindustrialização. Segundo ele, a revolução tecnológica em curso no País e a necessária descarbonização da economia são janelas de oportunidades que devem ser aproveitadas pelo Brasil.
“Para isso, precisamos de capacidade em inovação, em pesquisa e desenvolvimento, para absorvermos e desenvolvermos tecnologias para que o país cresça, crie empregos, amplie sua presença no comércio mundial e reduza as desigualdades sociais”, afirmou.
O novo presidente da CNI disse ainda que a indústria brasileira precisa ser revigorada e que a instituição trabalha para isso.
“Já temos profissionais experientes para elaborar e distribuir riquezas pelo Brasil. Precisamos criar também espaços para que mulheres tomem posse como lideranças institucionais. Temos a matriz energética mais limpa que nossos competidores, democracia consolidada, população trabalhadora e um governo federal novo”, afirmou.

Ao falar no evento, o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que o Brasil será o protagonista na indústria da economia verde. Alckmin afirmou que a reforma tributária vai estimular a indústria, que, segundo ele, está atualmente “super tributada”. O vice-presidente também defendeu a queda de juros: “O juro está caindo. Esperamos que caia mais ainda. Precisa cair mais depressa”, disse Alckmin, lembrando a reunião do Copom, nesta quarta (1º), quando será decidido novo corte na taxa Selic.

Já o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que o Congresso Nacional vai continuar a desenvolver políticas públicas para que os setores da indústria possam se desenvolver, e que a CNI é significativa para o desenvolvimento do Brasil.
“O setor industrial desempenha um papel vital na economia brasileira. Em 2022 o setor industrial representou 24% do PIB brasileiro. Isso enfatiza a relevância do setor”, disse Lira, que citou a ausência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG: “Esperava aqui no discurso o presidente Pacheco”, afirmou.
Se despedindo do cargo após 13 anos no comando da instituição, Robson Braga de Andrade disse que a CNI começa um novo clico com a presidência de Alban e agradeceu o tempo à frente da empresa.
“Sou grato aos 13 anos que aqui trabalhei e ao governo federal, bem como ao Congresso Nacional, com quem tivemos uma bela parceria. Nesse período o país passou por turbulências econômicas, mas nunca renunciamos a crença de que juntos somos capazes de estruturar um país que desejamos as nossas gerações”, disse.
Quem é o novo presidente da CNI
Ricardo Alban, 64 anos, presidiu a FIEB por 9 anos e foi presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) entre 2018 e 2023. Ele é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia e Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Bahia. O novo presidente da CNI trabalhou no Citibank no início dos anos 1980 e, desde 1987, é sócio-diretor da Biscoitos Tupy, tradicional fábrica de alimentos baiana fundada por sua família.
Sob a liderança de Ricardo Alban, a FIEB ganhou envergadura e eficiência, atestadas pelo aumento significativo na prestação de serviços à indústria baiana. A gestão corporativa foi um dos grandes focos de sua administração. A FIEB publica balanços auditados em grandes jornais e órgãos de controles nacionais como CGU e TCU analisam seus editais.
A inovação foi outra frente que ganhou destaque na gestão de Alban à frente da FIEB, com iniciativas de incentivo à pesquisa e desenvolvimento (P&D) e fomento à energia limpa. A FIEB contribuiu para criar na Bahia um hub para a nova indústria, baseada em inovação, P&D e energia limpa, por meio do SENAI Cimatec, Cimatec Park e ações como a adesão ao Pacto Global. Nesse contexto, o destaque é o Cimatec Park, inaugurado em 2019 numa área de 4 milhões de m² no polo industrial de Camaçari, com investimentos de cerca de R$ 100 milhões.

Ao longo da trajetória profissional, Alban se dedicou à promoção da indústria por meio de participação ativa em entidades empresariais e de desenvolvimento regional. Ele é vice-presidente da CNI (2018/2023), vice-presidente da Associação Nacional da Indústria de Biscoitos; presidente do Sindicato da Indústria do Trigo, Milho, Mandioca, Massas Alimentícias e de Biscoitos do Estado da Bahia; membro do Conselho Nacional do SESI; membro da Associação Nordeste Forte; membro titular do Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); membro do Conselho de Administração da Renova, do Conselho de Administração da Cetrel e do Conselho Consultivo Agro da Unigel.
Divulgada na manhã desta terça-feira (10), a Pesquisa Industrial Mensal elaborada pelo IBGE mostrou que o estado da Bahia teve a segunda maior queda do País no mês de agosto em relação a julho. A pesquisa revela que a Bahia teve um recuo de 4,1% na comparação com o mês anterior, resultado que só não foi pior do que o do Pará (-9,0%).
O resultado da produção industrial baiana no mês de agosto é ainda pior quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Nesse caso, a queda atual atingiu -7,6%, ficando atrás apenas do Ceará (-13,1%) e do Pará (-8,7%). A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE mostra também que no acumulado entre os meses de janeiro a agosto de 2023, a queda na produção baiana está em -4,1%.
Os índices verificados na Bahia neste ano de 2023 estão à frente apenas do Ceará (-7,0%) e do Rio Grande do Sul (-5,0%). O recuo da produção industrial na Região Nordeste nos oito primeiros meses do ano foi ainda maior do que o da Bahia, com -4,4%. Em média, a produção industrial brasileira teve uma variação positiva de 0,4% no mês de agosto, e marcou queda de -0,3% no acumulado dos oito meses de 2023. Na soma dos últimos 12 meses, a queda baiana é ainda mais acentuada: queda de 5,3%.
Nove dos 17 locais pesquisados pelo IBGE apontaram taxas positivas de crescimento na produção industrial em agosto na comparação com julho. Os maiores avanços foram do Amazonas (11,5%), Espírito Santo (5,2%) e do Rio Grande do Sul (4,3%). Paraná (3,5%), São Paulo (3,0%), Rio de Janeiro (1,7%), Goiás (1,0%), Mato Grosso (0,6%) e Santa Catarina (0,5%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em agosto de 2023.
As quedas mais intensas entre todas os estados pesquisados foram do Pará (-9,0%), Bahia (-4,1%) e Ceará (-3,8%), com Pernambuco (-1,7%), Região Nordeste (-1,4%) e Minas Gerais (-0,7%) completando os estados que tiveram recuo na produção.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior. O resultado, divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu positivamente o mercado financeiro, que aguardava uma taxa em torno de 0,3% ou 0,4%.
O número anunciado pelo IBGE, entretanto, representa uma desaceleração em relação ao crescimento registrado nos três primeiros meses do ano, quando o resultado foi puxado por um desempenho do agronegócio acima do esperado. Este foi o oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação. O resultado, porém, é menor do que o registrado no primeiro trimestre (dado revisado de 1,9% para 1,8%).
De acordo com o IBGE, em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, ante os quatro trimestres imediatamente anteriores. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões.
O resultado divulgado nesta sexta mostra que o resultado do segundo trimestre foi puxado principalmente pelo crescimento da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%.
Em relação aos Serviços, os resultados positivos foram de: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Outras atividades de serviços (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%), Informação e comunicação (0,7%), Atividades imobiliárias (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,1%).
"O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo", diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. O consumo do governo cresceu 0,7%. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), avançaram 0,1%. A taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%).
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, elaborada a partir de consultas com dezenas de economistas e especialista de instituições financeiras, o PIB deve crescer cerca de 2,3% neste ano de 2023. O resultado projetado pelo mercado ficaria ligeiramente abaixo dos 2,9% registrados no ano passado e bem acima dos cerca de 1% projetados para 2023 no começo deste ano.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) descartaram a possibilidade de ameaça de bomba no início da tarde desta quarta-feira (26), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, de Geraldo Alckmin (PSB). A sede da pasta foi evacuada no final da manhã, após uma mala de viagem ser encontrada na garagem do prédio.
Em nota, o ministério informou que o acesso ao prédio já foi liberado. A possibilidade de bomba foi descartada após duas horas de procedimento preventivo de segurança, equipes do GSI, da Polícia Federal e da PM-DF, detectaram apenas roupas no interior da mala. Em cima do objeto, foi encontrado uma cópia da Constituição Federal.
O vice-presidente e titular da pasta, Geraldo Alckmin, não estava no local quando a área foi evacuada.
O engenheiro Carlos Henrique Passos, 61 anos, foi escolhido, nesta quinta-feira, 6 de julho, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). A votação foi realizada na sede da entidade, localizada na Rua Edístio Pondé, no STIEP. Carlos Henrique, que integra a vice-presidência da entidade, foi escolhido em votação presencial pela maioria dos integrantes do Conselho de Representantes presentes à reunião.
Carlos Henrique Passos vai substituir Ricardo Alban, eleito em maio presidente da Confederação Nacional da Industria (CNI) para o quatriênio 2023-2027. A posse na CNI ocorrerá em outubro de 2023. Já o novo presidente da FIEB, que sucederá a Ricardo Alban, seguirá no cargo até 2026.
Carlos Henrique Passos falou dos seus desafios à frente da FIEB. “Tenho clareza de que meu papel é, primeiro, assegurar uma governança executiva profissional no Sistema FIEB. Esse é o grande legado que eu recebo e tenho a missão de mantê-lo, preservando a profissionalização da gestão da Federação e de suas entidades. É uma responsabilidade muito grande”, destacou.
Dentre as diretrizes da sua gestão, Passos pretende reforçar o papel da FIEB como indutor de desenvolvimento no estado. A FIEB deve dar continuidade à sua política de interiorização dos serviços, por meio de suas entidades SESI, SENAI, SENAI CIMATEC, IEL e CIEB, além de parceiros do Sistema S. “Desta forma, poderemos fomentar oportunidades para promover o desenvolvimento econômico de uma forma mais equilibrada em todo o território da Bahia”, ressaltou.
Carlos Henrique vê também espaço para a promoção de ações de encadeamento das cadeias produtivas, constituindo cadeias suplementares ou complementares para atender as grandes indústrias. “Acho que é um caminho que pode fortalecer as pequenas e médias empresas”, destaca.
Passos acredita que as entidades que compõem o Sistema Indústria na Bahia – SESI, SENAI, SENAI CIMATEC, IEL E CIEB – vão poder ampliar ainda mais a sua atuação para contribuir para o desenvolvimento da indústria baiana e da economia do estado.
Vice-presidente da FIEB desde 2014 e membro do Conselho Regional do SESI Bahia, Carlos Henrique Passos é engenheiro e sócio-diretor da Gráfico Empreendimentos Ltda. Na FIEB, atuou como integrante dos comitês da Cadeia da Indústria da Construção e de Obras e do Conselho de Contas do SESI Bahia.
Ex-presidente e atual conselheiro do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), foi eleito este ano 1º vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Tem especializações em Finanças Empresariais, pela Fundação Getúlio Vargas, Administração de Negócios, pela Universidade Católica de Salvador, em Consultoria em Negócios, pela Universidade de Brasília e em Marketing pela ESPM.
Na presidência do Sinduscon, dedicou sua gestão a apoiar as empresas associadas, quando do surgimento do programa Minha Casa, Minha Vida, e promoveu iniciativas de fortalecimento do segmento e de sua cadeia produtiva. Na CBIC, liderou um projeto na Comissão da Indústria Imobiliária, que deu origem à Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS), da qual foi coordenador.
Seja à frente do Sinduscon-BA ou da CBIC, Carlos Henrique Passos sempre procurou pautar sua gestão na busca de soluções em atendimento aos interesses coletivos. Na sua percepção, “o grande objetivo de uma entidade é lutar pela economia de um modo geral, sempre visando à coletividade dos associados e da sociedade”.
Natural de Conceição do Canindé, no Piauí, Carlos Henrique Passos é formado em Engenharia pela Escola Politécnica de Pernambuco, em Recife. Iniciou a vida profissional em 1975, aos 14 anos, como contínuo nas Indústrias Coelho de Petrolina. Desde 1985 está radicado na Bahia, quando assumiu vaga de engenheiro, mediante concurso público, na Caixa Econômica Federal.
Na Caixa, ocupou as funções de gerente de Divisão na Área de Habitação, até assumir, no período de 1995 a 2004, a Gerência Regional da Superintendência de Negócios de Salvador. Em 2004, desligou-se da Caixa, ao ser convidado pelos sócios da Gráfico Empreendimentos Ltda. a integrar o time de sócios, assumindo a área de incorporação imobiliária da empresa.
Passados quase seis meses à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), o titular da pasta, o feirense Angelo Almeida, tem a missão de melhorar os índices de industrialização no estado. Em uma década, entre 2011 e 2021, o Brasil perdeu 12,4% da força industrial, mas a Bahia conseguiu descer mais, com baixa de 22,6%.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Angelo Almeida respondeu sobre essa questão, como também sobre o dilema dos distritos industriais, sobre o potencial do hidrogênio verde, sobre a falha de não desenvolver um maquinário para o agronegócio do estado (que compra esses itens de fora), entre outros temas, como educação e o modelo de atração de empresas calçadistas para o semiárido baiano. Clique aqui e leia a entrevista completa na Coluna Municípios.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta quarta-feira (21) que, um dia após a prorrogação da exclusividade para pessoas físicas, o programa de venda de carros com desconto gastou R$ 400 milhões. O montante equivale a 80% dos R$ 500 milhões em créditos tributários disponíveis para o programa. As informações são da Agência Brasil.
Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, no entanto, de acordo com o MDIC, muitas empresas têm aplicado margens maiores por conta própria. Lançado há duas semanas, o programa permite que os créditos pedidos pelas montadoras sejam convertidos em descontos ao consumidor na compra de carros com valor de mercado até R$ 120 mil.
Sobre os subsídios de veículos pesados e de passageiros, os valores executados não sofreram alteração nas últimas 24 horas. Os créditos tributários para a venda de caminhões somam R$ 100 milhões, 14% dos R$ 700 milhões disponíveis. Para a venda de ônibus, foram concedidos R$ 140 milhões em crédito, de um total de R$ 300 milhões disponíveis.
Um dia depois da boa notícia dada pelo IBGE com o surpreendente PIB de 1,9% no primeiro trimestre deste ano, puxado principalmente pela força do agronegócio, foi divulgada uma má notícia no setor industrial. O IBGE divulgou nesta sexta-feira (2) os números da produção industrial, que caiu 0,6% em abril em relação ao mês de março. Em relação a abril de 2022, a queda foi de 2,7%, sem ajuste sazonal.
Os números do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre divulgados nesta quinta (1º) já anteciparam as dificuldades no setor industrial. Enquanto o agronegócio cresceu 21,6% em relação ao último trimestre de 2022, houve queda nas atividades industriais, como na área de construção (-0,8%) e das indústrias de transformação (-0,6%).
O resultado do setor industrial divulgado hoje pelo IBGE acontece após um avanço de 1% verificado no mês de março em relação a fevereiro, quando houve interrupção de dois meses consecutivos de retração. No ano de 2023, segundo o IBGE, a indústria brasileira acumula queda total de 1%, e nos últimos 12 meses, houve variação negativa de 0,2%.
De acordo com o IBGE, o resultado negativo de abril foi influenciado principalmente pelas quedas verificadas em máquinas e equipamentos (-9,9%), produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), e produtos alimentícios (-3,2%). Também tiveram contribuição decisiva para a queda do setor a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), a indústria extrativa (-1,1%), a área de bebidas (-3,6%), de produtos de metal (-3,3%), de outros equipamentos de transporte (-5,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%).
Na avaliação dos últimos 12 meses, o índice de -1% foi puxado por resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos industriais pesquisas, além de 46 dos 80 grupos e 53,5% dos 789 produtos que entram na análise do IBGE. Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos químicos (-8,1%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,8%) e máquinas e equipamentos (-6,4%).
Segundo observou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, diferentemente dos últimos três meses do ano passado, quando houve saldo positivo acumulado de 1,5%, neste início de 2023 há uma presença maior de resultados negativos. “Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022”, ressaltou, em texto publicado pelo IBGE. “Os números mostram redução nesse saldo positivo frente ao patamar pré-pandemia. Em agosto de 2022, esse saldo positivo era de dois dígitos, 16,7%. O saldo positivo vem perdendo fôlego nos últimos meses”, completou.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Márcio Lima Leite, disse que os preços dos veículos zero quilômetro podem cair para menos de R$ 60 mil, após serem implementadas as novas medidas anunciadas pelo governo federal. Márcio Lima participou de reunião nesta quinta-feira (25) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quando foram discutidas medidas para baratear o preço dos automóveis no Brasil.
Em entrevista após o encontro, o presidente da Anfavea disse que a preocupação do setor automotivo é que haja uma imediata retomada na produção, que possa garantir a manutenção e criação de empregos. Somente no mês de abril, as montadoras instaladas no Brasil tiveram uma queda de 19% nas vendas de automóveis zero quilômetros.
“O mercado de automóveis representa 20% do PIB industrial do Brasil, e nossa preocupação é que haja a retomada do setor, para que a gente consiga garantir empregos, garantir inovação, e fazer o País ser o oitavo no mundo em termos de produção e em termos de comércio. Essa política governamental que está em desenvolvimento visa aumentar a produção automobilística e confirmar o fluxo de investimentos no setor. As montadoras têm reafirmado a sua crença no Brasil, e estamos investindo R$ 50 bilhões, um dos maiores ciclos de investimento da indústria automotiva”, disse o presidente da Anfavea.
Como anunciou o vice-presidente Geraldo Alckmin, carros que custem até R$ 120 mil e que são comercializados no Brasil terão descontos em impostos como IPI e PIS/Cofins. A medida terá tempo limitado, mas o período não foi ainda anunciado. Os descontos poderão chegar até 10,79% no máximo, e 1,5% no mínimo. Segundo Alckmin, o programa do governo federal terá três diretrizes.
“A primeira é social: quanto mais barato o carro, maior será o desconto do IPI e PIS/ Cofins. Em segundo lugar, a eficiência energética, no qual carros que poluem menos, terão menor preço. que carros de até R$ 120 mil comercializados no Brasil terão descontos em impostos. Por fim, a densidade industrial. Quanto maior for a produção em montadoras brasileiras, mais prêmio o carro terá, ou seja, mas descontos ele conseguirá”, informou o vice-presidente.
Geraldo Alckmin, na entrevista coletiva, disse que uma outra medida pensada pelo governo para reverter o cenário de dificuldades do setor automotivo e alavancar a produção foi a de definir o uso da taxa referencial (TR) como taxa de juros para projetos de pesquisa e inovação no setor. “Hoje a maioria das compras são feitas à vista. Quem não tem dinheiro, não compra. Isso resultou em uma queda de vendas e, consequentemente, na produção”, disse Alckmin.
O Estado da Bahia teve um dos maiores crescimentos do País na produção industrial em março deste ano, na comparação com o mês de fevereiro. É o que mostra levantamento divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, a produção industrial na Bahia cresceu 5,6% em março, ficando atrás apenas de Mato Grosso (9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%), e empatando com o Rio Grande do Sul.
O resultado obtido pela Bahia ficou bem acima da média nacional (1,1%), e um pouco abaixo do resultado médio da região Nordeste (6,8%). A produção das indústrias baianas obtiveram em março resultado muito superior a estados como Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,7%), São Paulo (0,2%) e Paraná (-1,3%).
Em relação aos dados da média móvel trimestral, dos 15 estados pesquisados pelo IBGE, a Bahia ficou na quarta colocação, com 3,5%, perdendo apenas para Pernambuco (9,9%), Amazonas (5,7%) e Espírito Santo (5,1%). O índice médio trimestral da Região Nordeste ficou com 5,1%.
Apesar de os números da produção industrial da Bahia não terem ido tão bem no acumulado dos últimos 12 meses (0,6%), o Estado ainda ficou com a quinta posição, entre os 15 pesquisados. De acordo com o levantamento do IBGE, a Bahia só perde para Mato Grosso (10,2%), Amazonas (7,5%), Rio de Janeiro (5,1%) e Minas Gerais (1,1%). A indústria baiana ficou logo à frente de São Paulo (0,5%) no acumulado de 12 meses, e obteve resultado melhor do que a média nacional (0,0%) e a média da região Nordeste (-1,2%).
O deputado federal José Rocha (União Brasil-BA), presidente da Frente Parlamentar Mista da Indústria (FPMI), foi recebido, em reunião na tarde desta quinta-feira (11), pelo vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O deputado formalizou o convite ao vice-presidente para participar do lançamento da Frente que ocorrerá no dia 24/05, às 9h30 da manhã, na Câmara dos Deputados, véspera do Dia Nacional da Indústria, comemorado em 25 de maio.
Também participaram da reunião o deputado Fausto Pinato (PP-SP), que é o diretor da área jurídica da FPMI, e Marcos Lima, dirigente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Alckmin não apenas aceitou o convite, como confirmou a participação no evento.
“O vice-presidente tem um relacionamento muito estreito com todo o segmento, um histórico como apoiador da indústria no seu estado e um evento como este não poderia acontecer sem a presença dele”, comentou o deputado José Rocha.
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) realizou a abertura de uma consulta online para coletar informações sobre futuras ações de internacionalização e promoção comercial das empresas baianas. Por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), a Fieb disponibilizou o formulário nesta quinta-feira (2), para preenchê-lo, basta clicar aqui. Os interessados devem responder a pesquisa até o dia 17 de março.
De acordo com a Fieb, a ideia é “ouvir” as demandas de empresas baianas de todos os portes para a construção e execução de atividades voltadas às oportunidades prospectadas e captadas junto a mercados internacionais, inclusive juntamente a alguns parceiros como a Confederação Nacional da Indústria, (CNI), Apex-Brasil, Sebrae, Embaixadas e Consulados, Câmaras de Comércio e outras entidades, nacionais e internacionais..
Entre os setores de produtos baianos que apresentam maior potencial para alcançar mercados externos, estão Alimentos e Bebidas, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, Vestuário e Acessórios, Calçados, Construção Civil, Móveis, Mármore e Granito, entre outros.
Salvador vai receber um dos maiores eventos da América Latina voltado para a indústria de tecnologia. O IT Forum Salvador será realizado no segundo semestre de 2023 e vai levar à capital baiana mais de mil pessoas. Entre os convidados, líderes de tecnologia (CIOs) e executivos das principais empresas de tecnologia do Brasil.
O IT Forum Salvador 2023 tem como objetivo fomentar a cultura regional e a economia local, além de transformar a cidade e regiões próximas em um dos principais polos do segmento no país, através da geração de negócios e novas oportunidades. A iniciativa faz parte da missão da IT Mídia, que é realizadora do evento, de promover impacto social.

O anúncio foi feito pelo CEO da IT Mídia, André Cavalli, que se reuniu com autoridades na Prefeitura de Salvador. “Agora, chegou a vez de Salvador ter uma edição do evento, que vai impactar diretamente na economia local. Nossa ideia é transformar a capital baiana em um novo destino da área de tecnologia”, explica Cavalli.
O CEO da IT Mídia antecipou que o IT Forum Salvador vai mobilizar diversos segmentos do turismo na cidade: restaurantes, teatros e o setor hoteleiro.
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Diante das incertezas provocadas pelos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à Agência Nacional do Cinema (Ancine), o secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten voltará a se reunir com o setor audiovisual. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o encontro com alguns dos principais produtores de cinema e séries do país está agendado para a próxima terça-feira (13).
Ainda segundo a publicação, a ideia é mostrar a Bolsonaro a importância da indústria do audiovisual e a pluralidade da produção nacional, além de trabalhar com o objetivo de aperfeiçoar a transparência na aplicação dos recursos.
Esta não é a primeira vez que acontece este tipo de reunião. Em julho ele esteve com Pedro Albuquerque, da Conspiração Filmes; Fabiano Gullane, da Gullane Entretenimento; Beto Gaus, da Pródigo; e Rodrigo Teixeira, da RT Features (clique aqui e saiba mais).
Após reação do setor, Bolsonaro parece ter começado a compreender a importância da cadeia produtiva do audiovisual. Ele, que antes falava em aplicar um filtro ideológico ou extinguir a Ancine, admitiu que pode recuar desta decisão (clique aqui e saiba mais).
Com a revelação dos assédios cometidos pelo produtor Harvey Weinstein, diversas atrizes de Hollywood se pronunciaram sobre os ataques sofridos na indústria do cinema. Uma delas foi a islandesa Björk. Sem citar nomes, a cantora e atriz revelou que foi assediada por um diretor dinamarquês. “Eu venho de um país que é um dos mais próximos da igualdade entre os sexos no mundo e, a partir do momento em que eu venho de uma posição de força no mundo da música, com uma independência duramente conquistada, foi extremamente claro para mim quando entrei na profissão de atriz que meu papel e humilhação como uma menor sexualmente assediada era a norma e se colocava uma pedra em cima disso, com um diretor e uma equipe de dezenas de pessoas que o capacitaram e encorajaram. Eu percebi que é uma coisa universal que um diretor possa tocar e assediar suas atrizes à vontade e a instituição do cinema o permite fazer isso. Quando eu desviei do diretor repetidamente, ele se irritou e me castigou, criando para sua equipe uma impressionante rede de ilusão na qual eu fui colocada como a difícil”, contou através de uma postagem no Facebook, neste domingo (15). No texto, Björk comenta que graças à sua equipe e sua força, ela conseguiu se recuperar do assédio.
Um diretor dinamarquês com quem ela trabalhou foi Lars Von Trier, no filme "Dançando no Escuro", de 2000. Björk protagonizou a trama e foi indicada ao Oscar de “Melhor Canção Original” com “I’ve Seen It All”. “O diretor estava totalmente ciente desse jogo e estou certa de que o filme que ele fez depois foi baseado em suas experiências comigo, porque eu fui a primeira que se deparou com ele e não o deixou fugir. Em minha opinião, ele até teve um relacionamento mais justo e significativo com suas atrizes depois do meu confronto”, ponderou. Von Trier é conhecido também por filmes, como "Anticristo", "Dogville" e "Melancolia".

Ainda criança, José Rosário chegou ao Brasil obstinado ao sucesso. “Não tinha opção. Ou vencia, ou morria”, declara o patriarca, que iniciou os negócios comercializando charque e acabou à frente da Indeba, empresa familiar hoje dirigida por seu filho, que hoje figura entre uma das maiores indústrias de produtos químicos e soluções em higienização corporativa do país. “Retratar empreendedores de maneira literária é uma tendência nos Estados Unidos, serve de incentivo. Seu Rosário é um exemplo de obstinação”, diz o autor da obra, acrescentando que foram necessários cerca de três anos e várias entrevistas para contar esta que é sua primeira obra bibliográfica.
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Empresário espanhol José Rosário e o autor da obra, Aurélio Schommer | Foto: Divulgação
Para Schommer, o principal diferencial e atrativo do livro é o formato em que a história é contada. “É uma biografia romanceada, como se fosse uma história de ficção. Eu procurei buscar subjetividade, abordar a vida pessoal e fazer um retrato psicológico. Dessa forma o texto pode ser mais agradável”, explica o historiador, que aos risos solta uma pergunta no ar, prometendo dar a resposta no livro. “Você sabe a origem da sigla OMO? Leia e você descobrirá”.
ServiçoO QUÊ: Lançamento do romance biográfico “Um homem e seu sonho”
QUANDO: Terça-feira, 24 de novembro, às 18h30
ONDE: Livraria Cultura, Salvador Shopping.
QUANTO: Valor de capa: R$29,90
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Rodrigo Santoro
"Conceber o Crisóstomo foi tão profundo quanto me despedir dele. É uma personagem que vou levar pra vida. Ele me atravessou. Principalmente porque Crisóstomo comove. Fora da ficção, eu gostaria de ser amigo dele".
Disse o ator Rodrigo Santoro ao comentar através de suas redes sociais, a estreia do filme “O Filho de Mil Homens”, baseado no livro homônimo de Valter Hugo Mãe. O longa estreou na última quinta-feira (29) nos cinemas e teve cenas gravadas na Chapada Diamantina, na Bahia, e Búzios, no Rio de Janeiro.