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O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima afirmou, nesta segunda-feira (28), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o documento encontrado pela Polícia Federal com proposta de prisão de ministros da Corte foi elaborado por integrantes da Inteligência da 6ª Divisão do Exército, em Porto Alegre (RS).
Segundo Ferreira Lima, ele próprio atua como oficial da Inteligência e justificou que o material fazia parte de uma antecipação de cenários. O objetivo seria preparar o Exército para uma eventual reação institucional caso fosse detectada uma fraude nas eleições presidenciais de 2022.
“Se amanhã sair um relatório ou um pronunciamento falando ‘atenção, teve fraude sim’, eu não posso deixar meu comandante ser surpreendido. Eu tenho que ter alguma coisa para que a gente comece a discutir com o Estado-Maior”, declarou.
Golpistas vinham utilizando o nome da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para realizarem falsas promessas de contratação por meio de um aplicativo de mensagens. O esquema envolve um pedido de transferência via Pix às vítimas, alegando que o valor seria para custear “taxas administrativas do processo seletivo”.
A AL-BA informou que recebeu uma denúncia nesta segunda-feira (7) de uma pessoa que acreditava estar sendo selecionada para trabalhar na Casa Legislativa. A vítima havia realizado o pagamento solicitado pelos golpistas, mas, ao notar que sua contratação não avançava, buscou a Assembleia para entender o processo seletivo, o qual, na verdade, era falso.
Em nota enviada à imprensa, a AL-BA informou que a vítima também enviou documentos pessoais aos golpistas por meio de um aplicativo de mensagens. No texto, a Casa Legislativa expressou que não faz cobranças durante o processo de contratação.
“Em nenhuma hipótese a Assembleia solicita transferências via Pix ou qualquer outro meio bancário durante os processos de contratação de pessoal. Caso seja contratado por alguém que supostamente represente a instituição e solicite pagamentos, desconsidere e denuncie a situação às autoridades competentes”, afirmou a Casa.
“A Assembleia Legislativa permanece à disposição da sociedade para quaisquer esclarecimentos”, finalizou a AL-BA em nota.
O tenente-coronel Mauro Cid, que na última segunda-feira (9) prestou depoimento aos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, encerra a semana nesta sexta (13) com a Polícia Federal em sua casa e como alvo de um reportagem da revista Veja que afirma que ele teria mentido no interrogatório.
Nesta manhã de sexta, a Polícia Federal cumpriu mandado de prisão contra Mauro Cid, autorizado pelo STF, por articular uma fuga do Brasil em maio deste ano. Cid é acusado de ter buscado ajuda do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que também foi preso nesta manhã, para que conseguisse um passaporte português no Consulado de Portugal em Recife.
Os agentes da PF estão ouvindo o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro sobre essa acusação de tentativa de fuga, e também a respeito de supostas provas obtidas pela revista Veja que mostrariam que Mauro Cid não teria falado a verdade no STF a respeito de conversas comprometedoras que manteve em uma rede social, por meio de uma conta em nome de outra pessoa.
A reportagem foi publicada na edição da revista deste fim de semana, e que foi divulgada ainda na noite desta quinta (12). De acordo com a matéria, Cid teria burlado a determinação do ministro Alexandre de Moraes de não usar redes sociais, por meio de uma conta no Instagram com o nome @gabrielar702.
Por meio dessa conta, de acordo com a revista, o tenente-coronel mantinha conversas com colegas e pessoas diretamente interessadas no andamento das investigações pela tentativa de golpe. Nos diálogos, Cid, ou a pessoa que se utiliza da conta, fala abertamente das longas oitivas que estava tendo de enfrentar - “Foram três dias seguidos” - e do desconforto em relação ao trabalho dos investigadores - “Toda hora queriam jogar para o lado do golpe... e eu falava para trocar porque não era aquilo que tinha dito”.
Nas mensagens obtidas pela revista, há várias citações a Alexandre de Moraes, identificado pelas iniciais “AM”. Em uma delas, o tenente-coronel supostamente diz ao interlocutor que o “jogo é sujo”, que as petições dos advogados não adiantam nada e que o ministro “já tem a sentença pronta” para condenar ele, “PR, Heleno e BN”, referência a Jair Bolsonaro e aos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.
Em outra conversa, apresentada na reportagem, Mauro Cid, ao fazer considerações sobre os depoimentos que estava prestando, é indagado sobre a postura do delegado que conduzia o inquérito. “Sabe tentar te conduzir para onde ele quer chegar”, teria ressaltou. O interlocutor então pergunta se “ele” é Alexandre de Moraes ou Luís Roberto Barroso, presidente do STF.
Neste momento, Cid teria respondido: ‘AM é o cão de ataque”, “Barroso é o iluminista pensador”. E arremata: “Quem executa é o AM”. As críticas a Moraes, aliás, são constantes, com algumas variações de nível. O ministro, segundo o delator, “tem talento”, mas para ser um “grande pensador Netflix”. “Não precisa de prova!!! Só de Narrativas!!!! E quando falam de provas... Metem os pés pelas mãos... Como foi com FM... que não viajou aos EUA”, ressalta o tenente-coronel, se referindo a Filipe Martins, o ex-auxiliar de Bolsonaro preso por ordem do ministro por supostamente ter tentado fugir do país, o que até hoje não foi comprovado.
Cid também teria se mostrado resignado com o futuro. “Eu acho que já perdemos... Os Cel PM (coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal) vão pegar 30 anos... E depois vem para a gente”, diz o perfil no Instagram. Uma das alternativas naquele momento para evitar as prisões de todos, na avaliação dele, seria um movimento conduzido pela cúpula do Congresso.
“Só o Pacheco ou o Lira vai (sic) nos salvar. O STF está todo comprometido. A PGR vai denunciar”, diz. A outra alternativa vislumbrada era a ascensão de Donald Trump, então candidato a presidente nos Estados Unidos, que poderia impor sanções ao Brasil. "Uma coisa que pode mudar... é uma vitória do Trump... E o Brasil começar a ter sanções... igual Nicarágua e Venezuela”, teria dito o tenente-coronel.
Ainda na noite desta quinta (12), a defesa do tenente-coronel Mauro Cid negou que ele fosse o autor das mensagens apresentadas pela revista veja. A defesa do tenente-coronel pediu que o STF investigue o perfil no Instagram atribuído a ele e usado para fazer as críticas e desabafos.
“A defesa de Mauro César Barbosa Cid, vem perante essa Corte, através do eminente relator, ministro Alexandre de Moraes, para requerer, a abertura de investigação para apurar a titularidade e o uso dos perfis Gabriela R" ou "@Gabrielar702", disse a nota da defesa.
Além do pedido de investigação, Cid afirma que não usava o perfil, e que a matéria é mentirosa. "A defesa de Mauro Cid, vem, afirmar a total falsidade da matéria e de seu conteúdo. E o faz, afirmando que esse perfil não é e nunca foi utilizado por Mauro Cid, pois, ainda que seja coincidente com o nome de sua esposa (Gabriela), com ela não guarda qualquer relação."
No interrogatório desta semana no STF, Cid foi questionado pelo advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, se ele teria usado um perfil no Instagram que não está em seu nome. O defensor perguntou em seguida se ele conhecia o endereço 'Gabriela R'. "Esse perfil, eu não sei se é da minha esposa", afirmou Cid.
A revista Veja afirma que as mensagens a que teve acesso foram trocadas entre 29 de janeiro e 8 março de 2024. Na homologação do acordo de delação, em setembro de 2023, Moraes determinou, entre outras medidas, a proibição de usar redes sociais e de se comunicar com outros investigados.
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou na manhã desta sexta (13) sobre a denúncia feita pela revista Veja. Em postagem na rede X, Bolsonaro afirma que a reportagem deixa claro que todo o processo no STF não passa de “farsa” e “perseguição”.
“É uma caça às bruxas contra mim e contra os milhões de brasileiros que eu represento. Um processo movido por vingança, não por verdade”, afirmou.
“As mensagens de Mauro Cid escancaram o que sempre dissemos: a ‘trama golpista’ é uma farsa fabricada em cima de mentiras. Um enredo montado para perseguir adversários políticos e calar quem ousa se opor à esquerda”, finalizou Bolsonaro.
No final de sua postagem o ex-presidente cobrou a anulação da delação de Cid e a soltura do general Braga Netto e de demais presos pelo 8/1.
"E esse processo político disfarçado de ação penal precisa ser interrompido antes que cause danos irreversíveis ao Estado de Direito em nosso país, Apelo à consciência dos brasileiros, das instituições, dos parlamentares e da imprensa séria: reflitam sobre o preço dessa escalada autoritária. Chega dessa farsa. Não se constrói um país sobre mentiras, vingança e arbítrio", finalizou.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter apoiado o ato de 8 de janeiro de 2023 no ato antidemocrático. Segundo ele, entre aquelas pessoas, existiam "malucos" que estavam pedindo por um novo AI-5. As declarações foram feitas ao Supremo Tribunal Federal, em depoimento à Primeira Turma.
Ele é o sexto a ser ouvido pelo relator, Alexandre de Moraes, e demais membros da primeira turma da corte, sendo um dos oito acusados de integrarem o "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado tentado em 2022.
"Tem os malucos que ficam com essa ideia de AI-5, de intervenção militar das Forças Armadas... que os chefes das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa só porque o pessoal estava pedindo ali", afirmou Bolsonaro.
Em outro momento do depoimento, ele respondeu ao Procurador-Geral da República que repudiava qualquer ato antidemocrático.
"Nós repudiamos tudo isso aí. Com todo respeito, doutor Paulo Gonet, não procede que colaborei com o 8 de janeiro. Não tem nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos", disse o ex-presidente.
O AI-5 (Ato Institucional nº 5) foi o decreto promulgado em 1968 durante a ditadura militar no Brasil.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta terça-feira (10), a razão de não comparecer à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o depoimento feito por ele à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ele não queria se "submeter à maior vaia da história do Brasil".
Ele é o sexto a ser ouvido pelo relator, Alexandre de Moraes, e demais membros da primeira turma da corte, sendo um dos oito acusados de integrarem o "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado tentado em 2022.
"Eu não ia me submeter à maior vaia da história do Brasil. Não passei porque não ia me submeter a passar a faixa para esse atual mandatário do Brasil", afirmou.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes após acusar ele de receber U$ 50 milhões nas eleições de 2022. A retratação ocorreu durante depoimento feito à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
Ele é o sexto a ser ouvido pelo relator, Alexandre de Moraes, e demais membros da primeira turma da corte, sendo um dos oito acusados de integrarem o "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado tentado em 2022.
O relator perguntou ao ex-presidente sobre uma denúncia feita por ele durante reunião em que Moraes foi acusado de estar recebendo dinheiro durante as eleições de 2022.
"Quais eram os indícios que o senhor tinha de que nós estaríamos levando U$ 50 milhões, U$ 30 milhões?" perguntou Moraes.
Após ser questionado, o ex-presidente pediu desculpas e disse não haver indícios sobre este caso.
"Não tem indícios nenhum, senhor ministro. Tanto é que era uma reunião para não ser gravada. Um desabafo, uma retórica que usei. Se fossem outros três ocupando, teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe, não tinha qualquer intenção de acusar de qualquer desvio de conduta os senhores três", afirmou.
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Um advogado foi preso, na Avenida Maria Quitéria, em Feira de Santana, após ter a prisão preventiva decretada por crime de apropriação indébita. A prisão ocorreu na manhã desta sexta-feira (16) sob acusação de desviar mais de R$ 44 mil de uma idosa vinculada a um sindicato de trabalhadores rurais do município de Coração de Maria.
Segundo as investigações, o valor era proveniente de um precatório judicial expedido em favor da vítima. A quantia foi transferida para a conta pessoal do investigado e, em seguida, repassada quase integralmente para a conta da companheira dele, com indícios de tentativa de ocultação do produto do crime.
O suspeito responde a outros inquéritos relacionados ao mesmo tipo de conduta nos municípios de Irará, Feira de Santana, Salvador e Coração de Maria. As vítimas, em sua maioria, são pessoas idosas em situação de vulnerabilidade.
A ação foi realizada por equipes da Delegacia Territorial de Coração de Maria e do Setor de Investigação da 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Amaro). O investigado permanece custodiado à disposição do Poder Judiciário. As investigações seguem para identificar outras possíveis vítimas e pessoas envolvidas no esquema.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), conselheiro Marcus Presidio, que requereu à Secretaria de Controle Externo da Corte de Contas que apure se existem eventuais descontos indevidos nos pagamentos aos aposentados e pensionistas da Previdência Estadual. O anúncio foi realizado em sessão plenária desta quinta-feira (8).
A medida foi adotada após virem à tona investigações que revelaram fraudes e desvios de recursos em benefícios previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Quero deixar claro que, no momento, não há indícios de irregularidades nos pagamentos aos servidores públicos aposentados, mas é importante que esta Corte promova a devida fiscalização quanto a esse aspecto. Com essa medida, estamos reforçando a atuação do controle externo diante das recentes notícias, de ampla repercussão, as quais revelaram ao país o desvio, mediante descontos não autorizados, de recursos dos segurados do INSS”, afirmou Presídio.
O TCE-BA irá realizar uma auditoria de levantamento na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, com foco na análise dos descontos aplicados, buscando identificar eventuais inconsistências ou cobranças indevidas. Ainda não há data para o início dos trabalhos dos auditores, mas a expectativa é que isto aconteça nos próximos dias.
O presidente reiterou que, apesar de não existir nenhuma indicação, a princípio, de que os fatos noticiados recentemente também estejam afetando a folha do Estado da Bahia, o TCE-BA precisa estar atento para que o erário estadual e os servidores tenham a confiança nos controles existentes sobre as filhas de pagamento.
“Foi justamente para que todos estejam seguros e confiantes sobre os controles existentes que fiz o requerimento à unidade técnica para que atuasse preventivamente com essa auditoria” explicou.
O apresentador Rodrigo Faro está sendo processado por uma mulher que alega ter sofrido danos financeiros por uma propaganda enganosa divulgada pelo ex-Record.
A ação se tornou pública após uma reportagem do site Splash, do UOL. De acordo com a publicação, a mulher, uma senhora de idade, mulher acusa o ex-ator da Globo, que é garoto-propaganda da TRIÊ Soluções Financeiras, de induzi-la a um "golpe" e pede uma indenização de R$ 59.520,62.
O Bahia Notícias teve acesso ao processo citado pela reportagem. A defesa da fã de Faro alega que confiou no serviço prestado pela empresa devido à propaganda feita pelo apresentador, que segundo ela, é uma imagem que traz maior credibilidade ao negócio.
A senhora adquiriu um veículo em 2020 por meio de um financiamento e foi surpreendida com um mandado de busca e apreensão do veículo, decorrente de um processo movido pelo banco devido ao não pagamento do financiamento original. Na ocasião, a cliente realizava o pagamento do financiamento para a empresa.
"A autora é uma pessoa de idade. Ela confiou na palavra daquilo que o Rodrigo Faro estava falando. O Rodrigo Faro tem uma participação sobre isso, porque está colocando o rosto dele, utilizando a influência dele, confiando na palavra dele. A responsabilidade está baseada no Código do Consumidor", disse Nathalia Dutra Braz da Silva, advogada da fã.
Na ação, a senhora busca a restituição dos valores pagos à TRIÊ e indenização por danos morais, além da nulidade do contrato firmado com a empresa.
A defesa de Rodrigo Faro alega que ele não pode ser responsabilizado por atos supostamente praticados pela empresa para a qual ele presta serviços.
O Bahia Notícias ainda encontrou um segundo processo envolvendo Faro e a mesma empresa. O apresentador aparece como executado em uma ação movida em 2024, que também pede indenização por danos morais. A causa, que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo está ajuizada em R$ 19.200,00.
O julgamento mais esperado do ano é eivado de ilegalidades, de subjetivismo e de narrativas, a denúncia da Procuradoria-Geral da República se aproxima de um panfleto jurídico, e há um esforço de se tirar das próximas eleições o único líder político que pode derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.
A opinião foi dada ao Bahia Notícias pelo deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da Oposição na Câmara. O deputado falou com o BN sobre o julgamento que foi iniciado nesta terça-feira (25) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito da tentativa de um golpe de Estado após as eleições de outubro de 2022.
O julgamento avalia a denúncia formulada pela Procuradoria Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas sobre a elaboração de planos golpistas e de assassinato de autoridades. Os cinco ministros da Turma analisam os argumentos preliminares das defesas para decidir se há indícios de crime que justifiquem o início de uma ação penal contra os denunciados, que podem se tornar réus.
Para o deputado Capitão Alden, a denúncia apresentada pelo procurador Paulo Gonet mais se aproxima de um panfleto político do que de um trabalho jurídico sério. O deputado afirma que a peça acusatória contém uma narrativa conspiratória, sem nenhuma prova concreta do envolvimento direto do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Fica claro que houve um esforço evidente, um contorcionismo jurídico para tentar encaixar as ditas provas dentro de uma narrativa já pré-definida, onde a culpa precede a evidência, e a acusação já nasce como condenação. O texto da denúncia inicia com uma afirmação categórica, que está comprovada a existência de uma organização criminosa voltada para sabotar o estado democrático de direito. O enquadramento jurídico tem falhas graves, e pior: a peça se baseia apenas em discursos políticos e conjecturas sobre possíveis intenções de Bolsonaro, sem prova ou materialidade alguma”, defende o parlamentar baiano.
Capitão Alden critica também o que ele chamou de “tentativa de montar um circo”, com o convite, para acompanhar o julgamento, de familiares de pessoas mortas pelo regime ditadura militar. O deputado citou a presença na sessão de Ivo e Lucas Herzog, respectivamente filho e neto do jornalista Vladimir Herzog, que foi assassinado em 1975, nas dependências do DOI-Codi, assim como a jornalista Hildegard Angel, irmã de Stuart Angel, estudante assassinado pelo regime.
“Para completar, a tentativa de associar Bolsonaro a uma suposta tentativa de um suposto golpe de estado montaram um verdadeiro circo. Na primeira fileira de espectadores no plenário foram convidadas pessoas para rechear a sessão de simbolismo. Vale salientar que o julgamento foi marcado na semana que antecede os 50 anos da morte do jornalista Wladimir Herzog pelo regime militar”, disse Alden.
Ao BN, o vice-líder da Oposição afirmou que há uma clara tentativa de associar Bolsonaro à ditadura militar, assim como a uma conspiração golpista. O parlamentar da bancada da Bahia criticou ainda a velocidade com que a denúncia tramitou no STF, e completou: querem tirar o líder das pesquisas do jogo.
“Este processo correu 14 vezes mais rápido que o processo da Lava Jato, e muito mais rápido que qualquer outro processo analisado pelo STF. Ou seja, a esquerda e o sistema tem pressa para condenar Jair Messias Bolsonaro por tudo que ele representa. Ele hoje é a principal liderança da direita e líder nas pesquisas, e é justamente a cortina de fumaça que a esquerda precisa para esconder aquilo que está acontecendo no governo Lula, que está afundando, que tem a popularidade em baixa, especialmente no Nordeste, na Bahia", disse o deputado.
"Tudo isso é uma tentativa de tirar do jogo o único homem que pode derrotar o lulismo no Brasil”, concluiu Capitão Alden.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tem data marcada, para o dia 29 de abril, para o julgamento contra o núcleo 2 dos envolvidos na tentativa de uma trama de golpe ao Estado Democrático.
O núcleo é composto por Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques.
Eles são acusados, pela procuradoria-geral da República, de ocuparem uma posição estratégica para fazer a coordenação das ações para a tentativa de golpe.
Segundo o Procurador-Geral, Paulo Gonet, Marilia, Vasques e Fernando foram responsáveis por comandar o uso da polícia quando Jair Bolsonaro (PL) permanecesse no poder, de maneira ilegitima.
Dois outros acusados, Mario Fernandes e Marcelo Câmara, segundo a denúncia, estavam como responsáveis por monitorar e neutralizar autoridades públicas que fossem necessários, além de fazer a interlocução com as lideranças do ato de 8 de janeiro. Já Filipe martins estaria auxiliando o ex-presidente para decretar estado de sítio.
O núcleo 1 está marcado para 25 e 26 de março; o núcleo 2 para 29 de abril e o 3º núcleo está para 8 e 9 de abril.
Uma sessão virtual extraordinária do Plenário foi convocada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, para analisar os pedidos de impedimento e de suspeição de integrantes da Corte acerca da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.
Os pedidos contestam a participação dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes no caso. Eles serão julgados em sessão que começa às 11h de quarta-feira (19) e vai até às 23h59 de quinta-feira (20).
No final de fevereiro, Barroso negou as demandas para afastamento dos três ministros. Agora, a Corte vai analisar recursos contra essas decisões.
As contestações foram apresentadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo general da reserva e ex-ministro Braga Netto e pelo general da reserva Mario Fernandes. Os três foram denunciados pela PGR por suposta participação na tentativa de golpe.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados preparam ato na Avenida Paulista contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e em defesa da anistia aos denunciados por atos antidemocráticos e tentativa de golpe, para o dia 6 de abril.
O ato será convocado pela oposição e vai defender, assim como a manifestação do dia 16 de março em Copacabana, no Rio de Janeiro, a liberdade de expressão, segurança pública, inflação, “anistia já” e “Fora Lula 2026”.
Em São Paulo, o ato será liderado pelo pastor Silas Malafaia, de cima de um trio elétrico na esquina da Avenida Paulista com a Rua Peixoto Gomide, e será a manifestação oficial do estado, ao contrário da de Copacabana, chamada por parlamentares bolsonaristas.
Os dois atos acontecem no pior momento do governo Lula, onde, segundo o instituto Genial/Quaest, 8 dos 11 estados, incluindo Bahia e Pernambuco, mais populosos, têm desaprovação maior do que a aprovação do governo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem um alto nível de responsabilidade em relação às denúncias de tentativa de um golpe para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva assumisse a presidência, mas a maioria acha que ele será absolvido ao final do processo no Supremo Tribunal Federal. Essas são algumas das conclusões reveladas pela pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (25).
De acordo com o levantamento, 26,9% dos entrevistados afirmaram que Jair Bolsonaro é o principal responsável pela tentativa de um golpe de estado que impedisse a posse do presidente Lula. Outros 28,9% afirmaram que o ex-presidente é um dos responsáveis pela articulação golpista. Somando as duas hipóteses, são 55,8% que acreditam que Bolsonaro tem algum grau de responsabilidade pelas denúncias que a Procuradoria-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal.
A quantidade de entrevistados que não vê responsabilidade de Jair Bolsonaro na articulação do golpe foi de 27,6%. Outros 16,6% não apresentaram opinião ou disseram não saber sobre a responsabilidade dele.
Apesar de ter sido muito comentada nos últimos dias, a denúncia apresentada pela PGR não foi tão acompanhada pela população como se poderia esperar. A pesquisa revelou que 27,3% dos entrevistados diz ter ouvido falar sobre as denúncias e que sabe detalhes sobre o caso. Entretanto, 39,7% afirma que ouviu falar do tema apenas superficialmente. E 31,7% dizem que nunca ouviram falar sobre o assunto.
Em meio aos que tiveram conhecimento da denúncia da PGR contra Bolsonaro e outras 33 pessoas, nada menos que 69,3% dizem que o documento não mudou sua opinião a respeito do ex-presidente. Para 13%, as denúncias pioraram muito a visão sobre o ex-presidente, e outros 6,7% afirmam que as notícias pioraram apenas um pouco a opinião a respeito de Bolsonaro.
Do outro lado, 2,2% disseram que o material levantado pela PGR levou eles a melhorarem um pouco a opinião sobre Bolsonaro, e 2% revelaram que o assunto fez com que eles tivessem uma visão ainda melhor a respeito do ex-presidente.
Por fim, a pesquisa CNT/MDA perguntou aos entrevistados a expectativa em relação ao desfecho das denúncias contra Jair Bolsonaro após o julgamento no STF. Para 44,9%, Bolsonaro será absolvido ao final do julgamento. Outros 41% dizem que o ex-presidente será condenado pelo STF, enquanto 14,1% afirmam que não tem opinião ou não sabem o que vai acontecer.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada com dados coletados de 19 a 23 de fevereiro, um dia após as denúncias da PGR contra Bolsonaro e outras 33 pessoas. Foram 2002 entrevistas, por meio de coleta presencial e domiciliar distribuídas em 137 municípios, com margem de erro de 2,2%.
A CNN divulgou nesta terça-feira (25) a informação de que a Polícia Federal encontrou uma mensagem de áudio, ainda em sigilo judicial, em que o agente da PF Wladimir Soares teria dito a colegas que “estavam com [Alexandre] Moraes na mira para atirar”. O agente da PF foi preso em novembro do ano passado sob a acusação de ter se infiltrado na segurança do então presidente eleito, para repassar informações sensíveis ao grupo investigado.
Segundo apuração feita pela CNN, o policial Wladimir Soares também teria se referido, nas mensagens de áudio, ao armamento que seria usado para atirar no ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O agente da PF fazia parte de um grupo de cinco pessoas que assassinariam autoridades, dentro do planejamento da operação “Punhal Verde e Amarelo”, que estava dentro do contexto da tentativa de um golpe para impedir que Lula assumisse a presidência.
A Polícia Federal colheu evidências de que a operação “Punhal Verde Amarelo” possuía um plano preparado para sequestrar e matar Moraes. O plano previa ainda o assassinato do presidente Lula e do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).
O agente Wladimir Soares, da PF, é um dos 34 denunciados pela Procuradoria Geral da República no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado ao final do governo Bolsonaro, e que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a investigação da PF, Wladimir Soares forneceu detalhes estratégicos sobre o esquema de segurança do então presidente eleito. Em um áudio enviado a Sérgio Cordeiro, capitão da reserva do Exército e assessor especial do Gabinete Pessoal do governo Bolsonaro, o agente descreve movimentações específicas da equipe de segurança:
“como rolou aquela situação no prédio da Polícia Federal, ontem, eles acionaram a equipe do COT. E uma equipe do COT, como o Lula estaria ali no prédio, né, do, do MELIÁ, é... uma equipe do COT ficou à disposição, próxima. Então, eles hospedaram essa equipe do COT aqui no Windsor (...)”.
Além das informações de segurança, o agente expressou, em mensagem direta, sua disposição para atuar em um Golpe de Estado.
“Eu e minha equipe estamos com todo equipamento pronto p ir ajudar a defender o PALÁCIO e o PRESIDENTE. Basta a canetada sair”, disse Wladimir, que quando foi preso, em novembro do ano passado, tentou esconder o telefone, o mesmo que levou a PF a descobrir as mensagens que agora fazem parte do inquérito da PGR.
A Polícia Civil identificou que estudantes de classe média tentavam aplicar golpes na compra de abadás para o carnaval de Salvador. Um suspeito relatou que o esquema consistia na compra, de cerca de R$ 15 mil, de camisas para um camarote com um cartão clonado e na utilização de terceiros para realizar o cadastro e retirada do material no estabelecimento comercial.
Um estudante de informática foi flagrado, durante operação da Polícia Cívil, quando tentava resgatar um abadá de camarote em uma loja no Caminho das Árvores. Os agentes de segurança conseguiram evitar o crime, com o estorno da compra, sem que o produto fosse entregue ao suspeito.
O homem indicou outra pessoa que também participou do esquema criminoso. “Técnicas de inteligência, a exemplo da vigilância, durante todo o final de semana, possibilitaram a localização do principal suspeito. Ele foi interrogado e poderá responder por estelionato e associação criminosa”, informou o titular da Decon, delegado Thiago Costa.
As investigações buscam identificar todos os integrantes do grupo e responsabilizar criminalmente os envolvidos e ressarcir os estabelecimentos comerciais lesados. “O trabalho segue durante os próximos dias e será intensificado até o fim do carnaval”, ressaltou o delegado.
Citada na delação do tenente-coronel Mauro Cid, conforme consta na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse nesta sexta-feira (21) que o ex-assessor do seu marido, Jair Bolsonaro, teria “perturbações mentais”. Michelle falou rapidamente com a imprensa após participar da Seminário de Comunicação do PL, que acontece em Brasília.
A ex-primeira-dama disse ainda não estar preocupada com a denúncia oferecida contra Jair Bolsonaro, que ambos não “têm o que temer” e que “a verdade prevalecerá”. Perguntada se ela teria apoiado iniciativas golpistas, Michelle Bolsonaro respondeu: “por favor, olha pra minha cara”.
Em sua delação, o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro afirmou que Michelle Bolsonaro “quase pirou” e “entrou em pânico” quando viu a mudança da família ser retirada do Palácio da Alvorada, em dezembro de 2022. A declaração consta em um dos vídeos liberados com depoimentos de Mauro Cid liberados nesta quinta (20) pelo ministro Alexandre de Moraes.
“E a própria primeira-dama, desespero de mulher, que quando ela viu a mudança dela saindo, ela quase que pirou, né? Entrou em pânico. Ela falava para a gente fazer alguma, que tinha que fazer alguma coisa”, disse Cid.
De acordo com o militar, a ex-primeira-dama fazia parte de uma ala mais radical no entorno de Jair Bolsonaro (PL), que o instigava a promover um golpe de Estado. Michelle, entretanto, não foi indiciada no inquérito que apurou a tentativa de golpe após a eleição de Lula em 2022.
No discurso que fez durante o seminário do PL, a ex-primeira-dama afirmou que “nunca mais teve um dia de paz” desde o final do governo Bolsonaro. Michelle disse também que ela e o marido continuarão “de pé”, salientando que as acusações da PGR contra Bolsonaro são “narrativas” e que a Justiça “não tem provas”.
Ainda segundo Michelle, o ex-presidente Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguições. “O povo de bem está acordando e precisa estar firme. É só um momento difícil que nós estamos passando. Não desistam. Não vão nos calar. A nossa tropa é imparável e estaremos fundamentados na verdade sempre”, afirmou.
A ex-primeira-dama colocou ainda que Jair Bolsonaro foi um “divisor de águas no país” e pediu a volta do marido ao poder. “No Brasil, só há dois lados. Ou você é do lado da verdade ou da mentira. Ou você é do lado da vida, ou da morte”, declarou Michelle Bolsonaro.
Em postagem nesta quinta-feira (20) na sua conta na rede X, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que toda vez que o presidente Lula (PT) “está nas cordas”, acontecem “muitas coisas” com integrantes da oposição. O ex-presidente sugere que a denúncia formulada contra ele e outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) teria sido enviada ao Supremo Tribunal Federal para “abafar” o mau momento de Lula nas pesquisas.
“Toda vez que Lula está nas cordas (sem picanha, sem cervejinha, sem chicória, sem café, sem ovos, monitoramento do Pix, escândalos com ministros, gastos estratosféricos sem responsabilidade e o povo pagando aumentos exorbitantes de impostos sem o mínimo retorno), coincidentemente muitas coisas acontecem, sempre mirando o outro lado”, declarou Bolsonaro no X.
O comentário do ex-presidente foi rebatido também na rede X pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). A deputada disse que ele, Bolsonaro, é que “estaria nas cordas”, e que se faz de vítima toda vez que é “confrontado com a verdade”.
“Toda vez que Jair Bolsonaro se vê confrontado com a verdade, com os crimes que cometeu contra o país e a democracia, ele se faz de vítima e tenta jogar a culpa nos outros”, escreveu a presidente do PT.
Segundo Gleisi, não há como Bolsonaro tentar “desviar do assunto” e “atacar” o presidente Lula por “problemas que ele tenta de verdade resolver“. A deputada cita a denúncia da PGR contra Bolsonaro e diz que ela “não nasceu anteontem”, e é um “resultado de dois anos de investigação” e que cumpriu “rigorosamente todas os ritos do devido processo legal”.
“A denúncia contra Bolsonaro e seus cúmplices é o resultado do que eles fizeram para usurpar o poder e a soberania do povo nas eleições de 2022“, afirmou a petista.
Gleisi finaliza sua postagem chamando Jair Bolsonaro de “inelegível“.
“A culpa é sua, inelegível! E Quem está nas cordas é você e prestes a se tornar réu por muitos crimes. Sem anistia!“, finalizou a presidente do PT, cotada para se tornar ministra do governo Lula.
Durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, concedida ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, o presidente Lula (PT) disse que, enquanto estiver à frente do governo, todos terão o direito a presunção de inocência, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro.
No evento com o primeiro-ministro português, nesta quarta-feira (19), Lula falou pela primeira vez sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República que implica acusa Bolsonaro e outras 33 pessoas de crimes como organização criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e tentativa de golpe de estado.
A declaração foi dada na parte aberta do encontro, quando foram assinados atos de cooperação bilateral entre os dois países. Segundo Lula, se ficar provado que Jair Bolsonaro e os demais denunciados não tentaram dar um golpe, eles estarão livres.
“A decisão de ontem é uma decisão da PGR. Ele [procurador-geral da República, Paulo Gonet] indiciou as pessoas. Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. A única coisa que eu posso dizer é que nesse país, no tempo em que eu governo, todas as pessoas têm direito a presunção de inocência. Se eles provarem que não tentaram dar golpe e que não tentaram matar o presidente, eles ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro”, afirmou o presidente.
Lula complementou sua colocação lembrando que agora a denúncia será decidida pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, e que os acusados terão todo o direito de se defender.
“Se na hora que o juiz for julgar, chegar à conclusão que eles são culpados, eles terão que pagar pelo que cometeram. Portanto, é apenas um indiciamento. Não posso comentar a decisão da PGR mais que isso”, concluiu o presidente.
A Prefeitura de Camaçari emitiu um alerta sobre a divulgação de informações falsas sobre o processo seletivo de Jovem Aprendiz e Estágio 2025. Golpistas estariam utilizando redes sociais e grupos de WhatsApp para divulgar um formulário falso de inscrição, induzindo os interessados a fornecerem dados pessoais em um site de empresa privada que utiliza indevidamente o brasão oficial do município.
A administração municipal esclarece que não contrata empresas privadas para a seleção de estagiários e jovens aprendizes. A recomendação é que a população consulte apenas os canais oficiais da prefeitura, como o site institucional por aqui
Além disso prefeitura informa ainda que não há data prevista para a abertura das inscrições dos programas. O programa Jovem Aprendiz é administrado pela Secretaria da Administração (Secad), enquanto o programa de Estágio é de responsabilidade da Secretaria de Governo (Segov).
Uma tentativa de golpe do falso sequestro foi frustrada por policiais da 36ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) em Dias d’Ávila, na noite de segunda-feira (23). Os criminosos pediram dinheiro em uma situação falsa de que um familiar havia sido sequestrado, os policiais conseguiram evitar mais transferências explicando a situação, até o momento ninguém foi preso.
Segundo o portal Mais Região, parceiro do Bahia Notícias, a família mora bairro Bosque II recebeu ligações extorsivas, simulando o sequestro de um familiar. Amedrontados, os moradores chegaram a realizar um depósito bancário de R$ 1 mil, mas a rápida intervenção da polícia evitou que o prejuízo fosse ainda maior.
Ao chegarem ao local, os policiais orientaram a vítima a desligar o telefone e manter a calma. Devido ao abalo emocional causado pela situação, o registro da ocorrência foi adiado, mas a PM recomendou que a família procurasse a 25ª Delegacia Territorial (DT) para formalizar a denúncia.
Esse tipo de golpe é bastante comum e os criminosos utilizam diversas táticas para enganar suas vítimas, sobretudo em feriados. A Polícia Militar alerta a população para não atender ligações de números desconhecidos e, em caso de suspeita, entrar em contato imediatamente com as autoridades.
A quebra de sigilo, pelo ministro Alexandre de Moraes, do relatório da Polícia Federal que em 884 páginas revela em detalhes o planejamento de um golpe de estado para impedir a posse do presidente Lula, mostra que o próprio ministro do STF era um dos principais alvos de xingamentos e mensagens de ódio, mas também de inúmeros memes.
A Polícia Federal anexou ao texto incontáveis prints de conversas entre os militares da ativa e da reserva que conversavam praticamente todos os dias nos meses de novembro e dezembro de 2022. Esses militares tramavam não apenas estratégias golpistas, mas também o assassinato de Moraes, além de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em uma das conversas apresentadas no relatório está um diálogo no WhatsApp entre o tenente-coronel Sergio Cavaliere e o também tenente-coronel Ronald Araújo. Nas mensagens, eles trocam um meme do ministro Alexandre de Moraes com sua imagem associada a uma cabeça de pênis. Depois de postar, Araújo disse: "Vamos ser presos por ele". Veja abaixo o print da conversa.
De acordo com a Polícia Federal, essa conversa teria acontecido no dia 26 de novembro de 2022, e na sequência, o tenente-coronel Ronald Araújo Júnior falava explicitamente sobre seu medo de ser investigado por Moraes. "O problema é o cabeça de p..... pegar essa p.... e meter no inquérito das fake news, né cara (sic). Aí a gente tá fu..... O inquérito do fim do mundo, essas p.... lá dos atos antidemocrático (sic). Sei lá quantos inquéritos ilegais esse filho da p... tem, né. Então esse é o perigo", afirmou a Cavaliere.
Ronald Araújo Júnior disse ainda que se a investigação fosse tocada por militares, não teria receio. "Será que a Justiça Militar, os generais, vão f.... a gente? Eu acho que não", disse ele em outro trecho da mensagem de áudio transcrita pela PF.
O relatório afirma que Araújo Júnior seria um dos militares responsáveis por conseguir assinatura de militares pró-golpe. "Apesar de atuar na propagação e obtenção de assinaturas, demonstra receio em ele próprio assinar o documento pelo fato de ser tenente-coronel e ainda expor seu comandante, amigo pessoal", afirma o relatório.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, alimentava a crença de que um golpe de Estado, com apoio das Forças Armadas, ainda seria possível após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, em 2023.
A informação foi revelada no relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito relacionado ao golpe, cujo sigilo foi levantado na terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O documento da PF destaca que a expectativa de um golpe de Estado, apoiado pelos militares, perdurou durante a vigência do novo governo, especialmente após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Segundo o relatório, Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, enviou ao militar imagens do momento em que os golpistas atacaram as instituições. Em resposta, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que, caso o Exército brasileiro saísse dos quartéis, seria para aderir ao golpe de Estado.
A Polícia Civil da Bahia, através da 14ª Delegacia Territorial da Barra, indiciou um homem pela prática dos crimes de roubo e estupro cometidos, pelo menos, durante um ano. As investigações duraram quase 12 meses e resultou no pedido de prisão preventiva do suspeito, que foi cumprido no mês passado, na Ilha de Itaparica.
Interrogado, o investigado confessou 11 crimes cometidos entre os anos de 2022 e 2023 tendo como vítimas homossexuais que ele conhecia em sites de relacionamentos. O suspeito confessou que dopava as7 vítimas e praticava a subtração de valores por meio de transferências bancárias.
Pelo menos uma dessas vítimas foi vítima de violência sexual, além do crime patrimonial.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin afirmou, nesta sexta-feira, em coletiva de imprensa na sede do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (TRT-4), em Porto Alegre, que a democracia brasileira segue forte e sólida, após a Polícia Federal (PF) indiciar Bolsonaro e mais 36 pessoas em um inquérito que apurava uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Segundo Fachin, “os indícios revelados até agora demonstram uma gravidade que é real e tudo isso deve ser visto nas etapas devidas, da forma adequada, com respeito ao devido processo, ampla defesa e todas as garantias que a Constituição e as leis preveem aos indiciados, acusados, e, depois, para os réus, se vier uma ação penal”.
O ministro ainda acrescentou que os indiciamentos são fatos graves, que devem ser punidos, mas ressaltou que, apesar disso, “a democracia brasileira é maior que isso tudo”.
Fachin se refere ao plano de golpe que visava impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a Presidência da República após o então presidente Jair Bolsonaro sair derrotado das urnas nas eleições de 2022.
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante uma entrevista publicada nesta sexta-feira (22), que nunca discutiu um plano para matar autoridades. Segundo Bolsonaro, ele jamais discutiu um plano para matar alguém.
A declaração à Revista Veja se deu após a Polícia Federal (PF) ter revelado, na última terça-feira (19), um plano de militares próximos ao seu governo para matar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o seu vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Lá na Presidência havia mais ou menos 3.000 pessoas naquele prédio. Se um cara bola um negócio qualquer, o que eu tenho a ver com isso? Discutir comigo um plano para matar alguém, isso nunca aconteceu”, afirmou o presidente à revista.
O ex-presidente afirmou também que jamais endossaria nenhum plano de golpe de Estado. “Eu jamais compactuaria com qualquer plano para dar um golpe. Quando falavam comigo, era sempre apra usar o estado de sítio, algo constitucional, que dependeria do aval do Congresso”.
O argumento de Bolsonaro é de que ele não tentou dar um golpe de Estado porque estaria agindo conforme a constituição. Entre os documentos apreendidos pela Polícia Federal, estariam rascunhos de decretos que o então presidente assinaria para evitar a posse de Lula, através de medidas de exceção, como o estado de defesa ou o estado de sítio.
Como estas medidas estão previstas na constituição e necessitariam de aval do congresso para procederem, Bolsonaro afirma que não tentou aplicar um golpe de Estado.
Além destas polêmicas declarações, o ex-presidente ainda criticou Alexandre de Moraes após ter sido indiciado pela PF. “Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou Bolsonaro.
Em nova divulgação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, a Polícia Federal apontou que militares articulavam uma “ação clandestina” para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A informação chega após a PF deflagrar uma operação que teve como alvo os envolvidos em uma tentativa de assassinato também de Moraes, do presidente Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin.
A descoberta foi feita através de um aplicativo de mensagens em um chat privado no aplicativo Signal para evitar interceptação. O grupo de mensagens se chamava "copa 2022".
"As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo 'copa 2022' demonstram que os investigados estavam em campo, divididos em locais específicos para, possivelmente, executar ações para prender o Ministro Alexandre de Moraes", disse a PF, via G1.
Um dos integrantes enviou mensagem dizendo estar no estacionamento de um restaurante no Parque da Cidade, na área central de Brasília.
"Estacionamento da troca da primeira vez", escreveu, como uma referência.
“Às 20h57, um quarto membro do grupo envia: ‘Tô perto da posição. Vai cancelar o jogo’
Foto: Polícia Federal
A Polícia do Senado, em parceria com a Polícia Civil do Paraná, cumpre mandado de busca e apreensão contra uma organização criminosa que aplicou golpes que totalizaram R$ 2 milhões em parlamentares e em companhias aéreas. O mandado cumprido nesta quarta-feira (2) foi expedido pela Justiça Criminal de Brasília é parte da Operação Hermes, que visava desarticular a organização.
De acordo com informações do Blog Lauro Jardim, do O Globo, o grupo criminoso capturava os pontos conquistados pelos parlamentares em programas de milhagem e os transformavam em bilhetes de passagem aérea. As investigações apontaram que, depois, as passagens eram vendidas para terceiros.
Na primeira parte da operação Hermes foram apreendidos diversos celulares e chips de telefone usados pelos criminosos para realização dos golpes.
O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) alerta para tentativa de golpe usando o nome da instituição. A denúncia foi feita por um advogado que representa um sindicato de trabalhadores.
O advogado entrou em contato com o MPT-BA na última quarta-feira (31) para verificar a veracidade do pedido encaminhado ao sindicato para custeio de alimentação e transporte de trabalhadores. O suposto golpista, segundo o relato, se passava por procurador e chegou a produzir um ofício com o timbre do MPT para formalizar a solicitação.
O órgão confirma que todo o material foi reunido e encaminhado à Polícia Federal com solicitação de apuração do golpe. Segundo o MPT-BA, não há até o momento registro de que alguém tenha repassado qualquer valor aos golpistas, mas o caso segue sendo investigado.
De acordo com o MPT-BA, outras tentativas semelhantes já haviam sido registradas envolvendo o nome da instituição. Os diretores de sindicatos contatados pelos golpistas foram orientados a prestar queixa na Polícia Civil local e apresentar ao Ministério Público do Trabalho cópia dos boletins de ocorrência para serem também remetidos por ofício à Polícia Federal.
Em nota, o MPT-BA lembra que seus membros não fazem pedidos de pagamentos ou de repasses de valores para realização de operações e de forças-tarefas de combate ao trabalho escravo ou para quaisquer outras atividades funcionais da instituição. Também não emite boletos ou faz cobranças relativas à participação, junto ao órgão, de sindicatos como porta-vozes das categorias de trabalhadores. Caso haja alguma situação dessa, o MPT orienta a possível vítima a contatar o órgão imediatamente para receber orientação sobre como proceder para identificar os golpistas.
O Ministério Público do Trabalho reforça que só entra em contato por correios eletrônicos que utilizam o seu referido domínio oficial. As notificações, por exemplo, são sempre emitidas pelo endereço [email protected] (o contato não recebe retornos e não pedirá respostas).
Em alerta emitido, a entidade sinaliza que e-mails falsos enviados em nome da instituição devem ser desconsiderados e apagados e os números de telefone utilizados devem ser bloqueados. O MPT orienta que as mensagens sejam deletadas sem que sejam abertas. O usuário não deve, em hipótese alguma, fazer o pagamento dos referidos boletos, clicar em links, fornecer senhas e outras informações pessoais ou autorizar a instalação de programas recebidos por meio da mensagem.
Caso deseje falar com o MPT, o cidadão deverá utilizar os outros canais disponibilizados por meio do site oficial, que será sempre acompanhado do domínio mpt.mp.br, como sinal de confiabilidade. Por meio do endereço, também é possível conferir diretamente a autenticidade dos documentos, mediante a informação do “id” da assinatura eletrônica presente na lateral do arquivo enviado.
Os endereços das unidades do MPT e o telefones para contato também estão disponíveis no site prt5.mpt.mp.br, para fins de conferência.
O que parecia ser um caso de solidariedade para ajudar Drielle Menezes, uma jovem baiana que enfrentava um câncer, foi descoberto como um golpe aplicado para conseguir dinheiro através de vaquinha, rifa e vendas importadas na internet, que fisgou alguns influenciadores locais.
O caso de Dri Sena, como a mulher se apresentava nas redes sociais, ganhou repercussão após o influenciador digital e empresário Pedro Valente, dono de um perfil com mais de 138 mil seguidores, expor a situação na internet.
Toda situação envolvendo a mulher teve início em 2020. Na época, a primeira vez que Pedro divulgou o caso, ele chegou a marcar outros nomes como Danniel Vieira, Lívia Cady, Ricardo Chaves, Gege Magalhães e Rafa Mattei, para ajudar Dri a arrecadar dinheiro para a compra de medicamentos.
Na ocasião, Pedro divulgou o trabalho dela com a venda de caixas de sabonetes e pediu para que os amigos ajudassem na campanha para ajudar Dri, um plano considerado pelo influenciador como perfeito.
"Elas surgiram durante a pandemia. Quando a gente tava um pouco mais sensibilizado com qualquer coisa, a sensação é de que a gente ia morrer. E aparece uma menina com câncer metástase, dois tipos de câncer, pulmão e leucemia. No meio da pandemia. E todo mundo que teve contato pensava 'Meu Deus, a gente achando a nossa vida miserável e essa menina vivendo isso'. Todo mundo com aquele coração aberto. Foi o ambiente perfeito para o golpe", disse.
A decisão do influenciador de tornar o caso público aconteceu a pouco menos de uma semana. "Muito mais gente do que eu imaginava caiu no golpe por dois anos. Teve gente que doou quantias altíssimas por mês, como um compromisso mensal, teve gente que pagou alguns alugueis. Várias pessoas pagaram vários alugueis atrasados. Isso é a ponta do iceberg".
Segundo Pedro, o despertar veio em três momentos. O primeiro foi quando ela negou ajuda de uma assessoria jurídica para conseguir acesso aos serviços do SUS. O segundo foi quando recusou o atendimento particular de um oncologista e o terceiro foi quando ela mencionou a história de que seria despejada em meio a pandemia da Covid-19 por um atraso no pagamento do aluguel.
Diversas pessoas se disponibilizaram a pagar o aluguel e ajudar o caso, outro influenciador que denunciou a história foi Jatel Barbosa. Foram mais de duas pessoas que pagaram o valor do aluguel atrasado.
Além do influenciador, pessoas anônimas revelaram terem caído no golpe, entre elas, um vizinho identificado com Paulo Roberto. Segundo o relato, Drielle e a mãe, identificada como Ana, chegaram a fazer com que ele vendesse um carro, perdesse cartões de crédito e prejudicasse o casamento.
"Elas moravam de porta com porta comigo, vizinhos me chamava de "pai", usavam meu carro, usavam da parte mais importante que é o sentimento de amor ao próximo, me sensibilizaram ao ponto de me fazer chorar várias vezes, eu levava pra cuidar da manutenção do cateter, eu ia buscar enfermeiros [...] Até os dias de hoje sofro com o golpe. Vendi um carro, 09 cartões de crédito, balançou meu casamento", contou.
Uma terceira internauta afirmou que após começar a desconfiar da situação, voltou para ler as receitas médicas enviadas por Drielle, que não faziam sentido com a situação que ela vivia. "Comecei a analisar as receitas médicas. Ela mandava porque dizia que precisava de ajuda para comprar os remédios. Agora eu vejo que muita coisa não bate".
Segundo Pedro, Drielle pedia ajuda a médicos com as receitas para validar a doença. "Como ninguém duvidava que ela estava doente, os médicos faziam essas receitas para ela. E com essas receitas, as duas saíam pedindo pix para exames e remédios".
Uma das pessoas que ajudava Drielle e a mãe resolveu confrontar a dupla sobre o golpe. "Ela ficou extremamente agressiva, com ameaças. Ela mandou um áudio para essa minha amiga e ela virou uma pessoa que era totalmente diferente do que a gente conhecia. E a conversa dela para dezenas e dezenas de pessoas é sempre a mesma, quando a pessoa perguntou o que aconteceu ela dizia que estavam passando por grandes dificuldades."
Um dos assessores jurídicos da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Marcelo Nogueira foi vítima de um golpe no WhatsApp. Em nota, a Amab confirma que criminosos estão se passando pelo advogado, entrando em contato clientes e solicitando a transferência de valores.
Segundo a associação, os suspeitos estão utilizando o número (71) 99917-6045 para tentar aplicar o golpe. “É fundamental esclarecer que o Dr. Marcelo não alterou o seu número de telefone e não entrou em contato com qualquer cliente para discutir esse assunto”, alerta a entidade.
Ainda no comunicado, a Amab destaca que não há cobrança de valor por parte da justiça ou de bancos para levantamento de Requisição de Pequeno Valor (RPV) ou liberação de precatórios. “Pedimos a atenção de todos os associados para que estejam cientes dessas práticas fraudulentas”, diz.
Em casos de golpe, a Amab orienta entrar em contato pelo número (71) 3555-3099 ou diretamente com os advogados responsáveis, Lucas Moreno e Sarah Bulhões.
A revista Veja antecipou na noite desta quinta-feira (21) a sua reportagem de capa, e o tema é bombástico: a publicação obteve com exclusividade uma série de áudios em que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo Jair Bolsonaro, durante conversa com uma amiga que não foi identificada, faz diversas revelações e críticas à Polícia Federal, ao Ministério Público e também ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Cid, em um extenso desabafo, disse que as suas declarações no acordo de delação premiada teriam sido distorcidas, assim como informações foram tiradas de contexto e outras omitidas pela Polícia Federal. O tenente-coronel, que voltou a depor na Polícia Federal na última segunda-feira, 11, faz diversas críticas à conduta dos agentes da PF, assim como à investigação sobre a tentativa de um golpe de estado pelo governo Bolsonaro.
.“Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu. Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo”, afirmou Mauro Cid.
Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsnaro, a Polícia Federal, ao tomar o seu depoimento, já estaria com uma “narrativa” pronta, e teria tentado encaixar a versão de Cid a fatos pré-determinados.
“Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu? É isso que eles queriam. E todas as vezes eles falavam: ‘Ó, mas a sua colaboração. Ó, a sua colaboração está muito boa’. Ele (o delegado) até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá’. Ele falou assim: ‘Só essa brincadeira são trinta anos para você’.”
Sobre Alexandre de Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid faz duras críticas ao ministro do STF. Moraes é o responsável pelas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no final do governo Bolsonaro, assim como sobre a venda de joias e registros de vacina falsificados.
“O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, disse.
Mauro Cid também faz uma revelação que não consta em nenhum de seus depoimentos à Polícia Federal: a de que o ministro Alexandre de Moraes teria mantido um suposto encontro com o ex-presidente Bolsonaro.
“Eu falei daquele encontro do Alexandre de Moraes com o presidente, eles ficaram desconcertados, desconcertados. Eu falei: ‘Quer que eu fale?’.”
Em outro trecho, o tenente-coronel volta a criticar o ministro do STF: “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo”.
Os áudios obtidos pela revista Veja também mostram um Mauro Cid ressentido com ex-companheiros de governo, pelos prejuízos que sofreu com os processos a que responde. Em dado momento, o tenente-coronel faz críticas também ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Quem mais se f... fui eu. Quem mais perdeu coisa fui eu. O único que teve pai, filha, esposa envolvido, o único que perdeu a carreira, o único que perdeu a vida financeira fui eu. Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?", disse.
Há ainda nos áudios uma tentativa de Mauro Cid de justificar os motivos que o levaram a colaborar com a Polícia Federal e fechar um acordo de delação premiada.
“Se eu não colaborar, vou pegar trinta, quarenta anos. Porque eu estou em vacina, eu estou em joia… Vai entrar todo mundo em tudo. Vai somar as penas lá, vai dar mais de 100 anos para todo mundo. Entendeu?. A cama está toda armada. E vou dizer: 'os bagrinhos estão pegando dezessete anos'. Teoricamente, os mais altos vão pegar quantos?”, questionou Mauro Cid.
“Ouvindo a conversa, a impressão que se tem é que há dois Cids diferentes na mesma pessoa — o colaborador, cujas informações têm sido fundamentais para desnudar a tentativa de golpe, e o injustiçado, cujas palavras estão sendo modificadas por policiais enviesados. Um deles, evidentemente, não diz a verdade”, diz a revista Veja em sua reportagem de capa.
O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes disse à Polícia Federal que a minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres é a mesma versão que foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos chefes das Forças Armadas em reunião em dezembro de 2022.
No depoimento, obtido pela Folha de S.Paulo, o general afirmou que o documento foi apresentado por Bolsonaro em uma segunda reunião entre os chefes militares e o então presidente da República.
“Que confirma que o conteúdo da minuta de decreto apresentada foi exposto ao declarante nas referidas reuniões. Que ressalta que deixou evidenciado a Bolsonaro e ao ministro da Defesa [general Paulo Sérgio Nogueira] que o Exército não aceitaria qualquer ato de ruptura institucional”, disse o general, segundo o termo de depoimento.
Esta é a primeira vez que o texto encontrado com Anderson Torres é ligado à trama golpista que se desenrolou no fim do governo Bolsonaro.
Segundo Freire Gomes, o texto foi apresentado aos comandantes das Forças Armadas em duas ocasiões. A primeira vez em reunião com Bolsonaro no Palácio da Alvorada; a segunda, em reunião convocada pelo ministro Paulo Sérgio na sede do Ministério da Defesa, em 14 de dezembro de 2022.
O ex-chefe do Exército disse ainda que Anderson Torres participou de reuniões em que o golpe de Estado foi tramado. De acordo com o depoimento, o ex-ministro explicava o “suporte jurídico para as medidas que poderiam ser adotadas”.
Os defensores das medidas golpistas, segundo Freire Gomes, usavam “interpretações do jurista Ives Gandra da utilização das Forças Armadas como Poder Moderador, com base no artigo 142”.
O depoimento de Freire Gomes à Polícia Federal ocorreu em 1º de abril e durou cerca de 7 horas. Ele falou aos investigadores como testemunha.
O general estava na Espanha, visitando a família, quando recebeu contatos de que seria intimado a prestar o depoimento. Segundo oficiais ouvidos pela reportagem, Freire Gomes antecipou a volta ao Brasil para falar à Polícia Federal.
No depoimento, o ex-comandante do Exército confirmou que recebia mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, para acompanhar a evolução das discussões golpistas no Palácio da Alvorada.
“Que reconhece que recebeu os áudios identificados na investigação. Que os áudios procuravam retratar as visitas recebidas pelo então presidente e seu estado de ânimo em relação às medidas que estavam sendo discutidas”, diz trecho do termo do depoimento.
Freire Gomes disse ainda que soube por Cid que o general da reserva e ex-ministro Eduardo Pazuello havia se encontrado com Bolsonaro após as eleições para dar sugestões golpistas.
A mensagem enviada por Cid para o ex-comandante está descrita no relatório da PF que embasou a operação Tempus Veritatis, que mirou Bolsonaro, ex-ministros e militares. No áudio, o tenente-coronel diz que Pazuello se encontrou com o ex-presidente para “dar sugestões e ideias de como ele poderia, de alguma forma, tocar o art. 142”.
O general disse à PF que Pazuello já estava na reserva e eleito deputado federal. “Entendeu que seria uma questão política sem possibilidade de influenciar diretamente as Forças Armadas”, completou Freire Gomes, segundo o termo de depoimento.
Freire Gomes ainda declarou aos investigadores que “sempre lembrou Cid que tinha que adotar uma postura institucional”.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, Freire Gomes foi um dos generais que chegou a sugerir a Mauro Cid que deixasse a ajudância de ordens de Bolsonaro antes do processo eleitoral, para reduzir sua exposição.
O tenente-coronel, no entanto, disse que não se sentiria confortável em abandonar Bolsonaro no período eleitoral, por lealdade ao então presidente, já que sua saída poderia atrapalhar a rotina do candidato do PL.
Uma mulher suspeita de aplicar golpes através da venda de materiais de construção está sendo investigada pela Polícia Civil em Eunápolis. Segundo informações, a suspeita, Analete Mota Rodrigues, de 36 anos, seria responsável por vender os materiais que nunca foram entregues as mais de 20 pessoas que registraram ocorrência contra ela.
As vítimas alegaram que a suspeita anunciava os produtos no Facebook e após o pagamento, as entregas não eram realizadas e ela impossibilitava o contato. Segundo o site Radar, parceiro do Bahia Notícias, Analete foi ouvida pela Delegacia de Repressão a Furtos na tarde de segunda-feira (4) e liberada após depoimento.
O delegado Hermano Costa afirmou que um inquérito foi instaurado e que a prisão preventiva da suspeita foi solicitada, estando em análise pela Justiça. “Ela tem várias empresas, que abriu para aplicar golpes, e se passa por vendedora de material de construção, quando na verdade não vende nenhum material. Tem mais de 20 BOs registrados dando conta desse mesmo golpe”, frisa o delegado.
Segundo informações da Polícia, as denúncias contra Analete partem de várias localidades, incluindo Arraial d’Ajuda, Trancoso, Belmonte, Guaratinga e a própria Eunápolis.
Equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) conseguiram impedir, na sexta-feira (1º), um golpe de quase R$ 300 mil e prenderam, por tentativa de estelionato e associação criminosa, dois dos autores da armação. Os suspeitos tentavam sacar o valor referente a um alvará judicial em uma agência do Banco do Brasil na Pituba, em Salvador.
Os funcionários do banco desconfiaram de um dos documentos usados pelos suspeitos para sacar o dinheiro. Assim, acionaram a Coordenação de Repressão a Crimes contra Instituições Financeiras e o Núcleo de Operações do Deic, que contou com o apoio da Divisão de Inteligência Policial da Polícia Civil de São Paulo. Ao ser confirmada a irregularidade do documento, foi feita a prisão.
A dupla que executava o esquema declarou ter sido contratada por um terceiro indivíduo, em São Paulo, para que fosse a Salvador realizar o golpe. Os dois foram autuados em flagrante e seguem à disposição do Poder Judiciário. As investigações continuam, para a identificação de eventuais outros envolvidos.
A Polícia Federal (PF) deflagrou a terceira fase da Operação Seguro Fake, na manhã desta terça-feira (27/2), com o objetivo de desarticular empresas que exploram ilegalmente o mercado de seguros, sob a indevida denominação de associações de proteção veicular. O modelo associativo não permite a venda de seguros, segundo a lei brasileira.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão — três na região da Pampulha, em Belo Horizonte; um em condomínio de luxo em Lagoa Santa; e outro na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. As informações são da coluna Na Mira, do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Todos os mandados são contra a mesma empresa, famosa no mercado ilegal de seguros, e foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Belo Horizonte. Um desses mandados foi cumprido na sede da empresa, localizada no Bairro São Luiz, onde foram apreendidos computadores, planilhas e outros documentos.
Segundo a PF, a associação é uma das maiores do Brasil e atua na venda ilegal de seguros em todas as unidades federativas do país. Estima-se que o grupo, comandado por um casal de Belo Horizonte, tenha mais de 100 mil clientes e cerca de 500 funcionários. Segundo o G1, a empresa investigada é a APVS Brasil. A PF, no entanto, não divulgou nomes dos suspeitos.
Os federais acreditam que o faturamento da empresa é de mais de R$ 500 milhões por ano. Como uma “associação” não pode distribuir lucro a seus diretores, os donos dessa de proteção veicular constituíram várias outras empresas-satélites que gravitam em torno dela.
Assim, o dinheiro era repassado para essas empresas como forma de pagamento de serviços, tais como assistência 24 horas, reboque, rastreadores, oficinas, entre outros. A forma de dissimular distribuição de lucros é, na visão da Polícia Federal, um indício de lavagem de dinheiro.
A corporação constatou que vários clientes dessa empresa, indevidamente chamados de “associados”, não obtiveram indenizações quando da ocorrência de sinistros com seus veículos. A empresa possui centenas de queixas no Procon e em sites de reclamações de consumidores. Grande parte dos relatos mencionam o não pagamento de indenização por perda total, a péssima qualidade das oficinas credenciadas, a não permissão de uso do serviço de reboque, a não cobertura em veículos de terceiros, entre outros.
As investigações da PF apontam que os donos dessa associação de seguro ilegal montaram um grande esquema de lavagem de dinheiro, com o objetivo de direcionar parte dos valores do rateio pago pelos “associados” para eles mesmos. Conforme as investigações, essa arquitetura criminosa tem sido copiada e replicada por todas essas associações que comercializam seguro falso. Parte do dinheiro pago pelos clientes é destinada aos bolsos dos donos da associação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal sobre os planos discutidos no fim de 2022 para um golpe de Estado contra a eleição de Lula (PT) à Presidência da República. A estratégia de se manter calado já havia sido antecipada pela defesa de Bolsonaro. Os advogados alegam que não tiveram acesso a todos os documentos obtidos pela investigação —como os depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid no âmbito da delação premiada.
De acordo com informações do Jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro chegou à sede da PF em Brasília por volta das 14h20. O depoimento estava previsto para começar às 14h30. Com a decisão de Bolsonaro de se manter em silêncio, o depoimento foi encerrado pouco depois. Ex-ministros, ex-assessores, militares e aliados também foram intimados a prestar esclarecimentos à PF no mesmo horário. No total, serão 23 pessoas. Só em Brasília, 13.
A defesa do ex-presidente pediu três vezes ao STF (Supremo Tribunal Federal) para adiar a data da oitiva de Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, negou os três pedidos. A PF investiga as tratativas por um golpe de Estado desde que encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em janeiro de 2023, uma minuta de decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O objetivo seria reverter o resultado da eleição, segundo os investigadores. Com a delação de Mauro Cid e as provas obtidas em outras operações, a PF chegou à conclusão de que Bolsonaro teve acesso a versões da minuta golpista (não exatamente a mesma que estava com Torres).
INVESTIGAÇÕES
De acordo com as investigações, Bolsonaro chegou a pedir modificações no texto e apresentar a proposta aos chefes militares, para sondar um possível apoio das Forças Armadas à empreitada. A primeira versão do texto teria sido apresentada ao ex-presidente pelo seu assessor de assuntos internacionais, Filipe Martins, e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva numa reunião no Palácio da Alvorada em 19 de novembro de 2022.
Segundo a PF, o jurista Amauri Feres Saad também teria participado das discussões sobre a minuta golpista que foi apresentada a Bolsonaro, participando de reuniões posteriores. O texto destacava uma série de supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo —os chamados "considerandos", que, na visão dos investigados, daria base jurídica para o golpe de Estado.
Na sequência, a minuta previa a prisão dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em relatório da investigação, a PF diz que Filipe Martins e Amauri Saad fizeram ajustes na minuta do decreto e apresentaram a nova versão do texto ao ex-presidente Bolsonaro em 7 de dezembro de 2022.
"Após os ajustes, Jair Bolsonaro teria convocado os Comandantes das Forças Militares no Palácio da Alvorada para apresentar o documento e pressionar as Forças Armadas", diz trecho do relatório.
O tenente-coronel Mauro Cid disse, na delação, que o comandante da Marinha à época, almirante Almir Garnier, teria concordado com o golpe de Estado, "colocando suas tropas à disposição do presidente", segundo a PF.
Dois dias depois da reunião, Cid enviou um áudio para o comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmando que Bolsonaro teria feito novas alterações no texto e que gostaria de conversar com o chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Theophilo.
"É hoje o que que ele fez hoje de manhã? Ele enxugou o decreto né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais, é, resumido, né? E o que ele comentou de falar com o General Theophilo? Na verdade, ele quer conversar", disse Cid.
A influenciadora baiana Jessica Lopes, dona de um perfil com mais de 16,2 mil no Instagram, acusou dois outros blogueiros de aplicar golpes em uma plataforma de jogos e apostas online.
A denúncia foi feita por ela nas redes sociais em uma sequência de postagens. Jessica, que é de Feira de Santana, compartilhou a imagem do casal, identificado como Matheus Calasais e Jonathan Basilio, e acusou a dupla de ter pedido dinheiro e não ter devolvido, o valor seria de R$ 40 mil.
Influenciadora acusa blogueiros baianos de golpe de R$ 40 mil em plataforma de jogos online
— BN Holofote (@bnholofote) February 7, 2024
Veja ?? pic.twitter.com/oJ8aN7juCM
"Meus amores, JN não devolveu o dinheiro, o meu chefe me passou agora aqui tudo disse que está sem resposta, então vou soltar os dados aqui todos. E olhe JN você pensa que eu não sei onde você mora aqui na Liberdade? Vou te amostrar, qu ainda vou te encontrar, seu fuleiro ladrão, você rouba só os lerdos, aqui você não rouba não", disse ela antes de divulgar os nomes completos, CPFs, endereços e mais dados do casal.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, Jonathan e Matheus afirmaram terem recebido o valor e estornado a blogueira. "A gente não roubou ninguém. A gente recebeu esse valor que é publicado no nome dele, esse valor de R$ 40 mil, para fazer a publicidade. E o blogueiro fez a publicidade, chegou ao fato de ter que solicitar o estorno, eu cheguei até a abrir uma ocorrência para solicitar o estorno porque a publicidade não foi concluída."
A dupla afirma que tem sido tratada como ladrão na rua: "Estamos sendo atacados por alguém que eu não tenho vínculo nenhum. E tudo isso tomou esse rumo porque essas pessoas claramente tem algum tio de problema pessoal comigo. Porque ela se diz tão justiceira, mas o chinês que ela diz que levou golpe tem uma lista de blogueiros que enganou ele."
Influenciadora acusa blogueiros baianos de golpe de R$ 40 mil em plataforma de jogos online
— BN Holofote (@bnholofote) February 7, 2024
Veja ?? pic.twitter.com/oJ8aN7juCM
Segundo Jessica, outras influenciadoras também teriam sido lesadas por eles. A blogueira afirmou que entraria com um processo pela situação vivida com a dupla e pela transfobia cometida pela mãe de um dos acusados.
"Eu não queria processar ninguém, mas como ele foi atrás dos direitos dele, eu vou atrás dos meus direitos também. E como a mãe dele foi transfobica comigo, me chamando pelo masculino, me chamando como macho, vai ter um processo sim. Se tiver que pagar eu vou pagar, porque eu sei que errei também", disse antes de registrar a queixa.
O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), declarou que um número desconhecido tem usado o nome dele, no caso “Doutor Colbert”, para tentar aplicar golpes.
Em postagem nas redes sociais nesta segunda-feira (22), o gestor feirense disse que os suspeitos procuraram empresas que prestam serviço à prefeitura, pedindo dinheiro para "ajudar no plano de saúde emergencial".
Colbert Filho declarou que já tomou medidas como forma de identificar e punir os estelionatários.
A briga política que vem sendo travada nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode gerar uma punição severa da Fifa. A entidade máxima do futebol enviou uma notificação à filiada no Brasil na última quarta-feira (29), alertando sobre o risco de suspensão caso o presidente Ednaldo Rodrigues seja afastado do cargo "por influência indevida de terceiros". Isso tiraria o Fluminense do Mundial de Clubes, que começará neste mês de dezembro.
"Neste contexto, gostaríamos de lembrar que de acordo com o art. 14 par. 1 i) e art. 19 dos Estatutos da Fifa, as associações membros da Fifa são obrigadas a gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros. Qualquer violação destas obrigações pode levar a potenciais sanções, conforme previsto nos Estatutos da Fifa", diz um trecho do comunicado. "Além disso, e em relação ao acima exposto, gostaríamos de enfatizar que quaisquer violações ao art. 14 par. 1 i) dos Estatutos da Fifa também pode levar a sanções, mesmo que a influência de terceiros não tenha sido culpa da associação membro em questão (art. 14, parágrafo 3 dos Estatutos da Fifa)", acrescentou.
O comunicado da Fifa foi emitido após a Justiça do Rio de Janeiro marcar para a semana que vem o julgamento de uma ação que pede a anulação de um acordo feito com o Ministério Público. O processo é encabeçado pelos ex-presidentes da CBF Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira. A ideia da dupla é anular a eleição de Ednaldo e colocar um interventor no comando da entidade.
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Del Nero foi banido do futebol pela própria Fifa, devido ao envolvimento no escândalo de corrupção de contratos de marketing para competições como Copa América e Libertadores. A suspensão tem duração de 20 anos e se encerra somente em 2037. Já Teixeira foi afastado para sempre pela entidade máxima do futebol.
Além da dupla de ex-mandatários, o ex-vice-presidente Gustavo Feijó é outro que gostaria de ver Ednaldo fora da presidência da CBF. O dirigente tem feito algumas investidas na Justiça para isso. Ele concorreu ao cargo em 2022. Naquela ocasião, tentou suspender o pleito até o último momento.
Para a Fifa, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) é a única que poderia resolver conflitos envolvendo clubes e associações esportivas. A Justiça comum só seria acionada quando esgotar todas as instâncias esportivas e em casos específicos.
O Mundial de Clubes será realizado na Arábia Saudita. Campeão da Libertadores, o Fluminense estreia no próximo dia 18, uma segunda-feira, contra o Auckland ou o vencedor do confronto entre Al-Ahly x Al-Ittihad.
Um locutor de lojas, de 43 anos, foi vítima de um golpe virtual ao perder R$ 700 em uma falsa compra de geladeira pela internet. O caso ocorreu nesta terça-feira (14), e no mesmo dia, o morador de Feira de Santana registrou queixa no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho.
Ao site Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, ele contou que viu a publicação em uma plataforma de rede social. “Eu vi um anúncio de uma geladeira, e como eu estava precisando comprar, tive o interesse. O anúncio foi feito por uma mulher no Facebook, no valor de mil reais. Pela foto dela, ela tinha boa aparência, tinham fotos de família, inclusive tenho todas as conversas salvas aqui, até mesmo questionando se ela não baixava o preço, até que baixou para R$ 700”, explicou.
Ele conta que foi até a residência indicada para buscar o produto. “Ela me disse que tinha deixado na casa de uma amiga, pois tinha viajado. Chegando lá, fui atendido por esta mulher, era a dona da casa, entrei, vi a geladeira, observei que estava funcionando perfeitamente e fui fechar negócio com a mulher. Ela estava me dizendo que não era para eu informar à dona da casa, o valor que eu estava pagando, pois ela iria vender a geladeira para a dona da casa, mas essa dona da casa, queria pagar de forma parcelada. Tudo bem, não comentei nada, fiz o PIX no valor de R$ 700, mandei o comprovante e no mesmo instante, ela me bloqueou.”, contou a vítima.
“Nesse momento, eu falei com a dona da casa, olha eu já fiz o PIX, e agora vou levar a geladeira, foi quando a dona da casa logo falou, ‘não moço, essa geladeira é minha, eu que postei no site, estou vendendo ela por R$ 2 mil. Inclusive a mulher me ligou antes do senhor chegar, informando que o senhor viria até minha casa, mas que ela tinha conseguido vender a geladeira por um valor muito maior do que eu tinha pedido’. Então eu não sei quem é essa mulher, não conheço, e por isso que estou aqui na delegacia”. Ainda segundo Anderson, o perfil da mulher que postou a geladeira nas redes sociais, continua com o perfil ativo.
O homem que se passou por Chay Suede utilizou o verdadeiro nome do ator global para tentar dar um golpe em um banco de Salvador. O estelionatário se identificou como Roobertchay Domingues da Rocha Filho e foi preso durante uma ação das Polícias Militar e Civil na terça-feira (12).
O criminoso foi flagrado dentro de uma agência, após tentar desbloquear o acesso ao aplicativo da instituição financeira em nome do famoso. Veja a foto do criminoso:
Foto do homem que tentou se passar pelo ator Chay Suede. Foto: Reprodução / TV Bahia
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), equipes da 35ª CIPM/Iguatemi foram acionadas por funcionários da agência bancária, localizada na Avenida Tancredo Neves, que desconfiaram do criminoso.
Segundo a titular da Territorial da Pituba, delegada Marita Souza, ele utilizou documentos com os dados e a imagem do ator para abrir uma conta pelo aplicativo do Banco Regional de Brasília, conseguindo altos valores no Cartão de Crédito e do Cheque Especial. Imediatamente ele fez um pix de cerca de mil reais para outra conta, mas em seguida acabou bloqueado pela instituição.
"Ele foi até a agência tentar desbloquear o aplicativo, mas apresentou um documento com os dados do ator e sua foto, o que levantou suspeita do funcionário da agência", explicou a policial.
O estelionatário acabou conduzido por policiais e autuado por estelionato e falsidade ideológica. Ele passará por audiência de custódia.
Após denúncia de golpe com o nome da Câmara de Salvador, o líder da Casa, Carlos Muniz (PSDB), informou que informa a todos que a CMS não está ofertando emprego e nem cadastrando pessoas.
O presidente pediu que caso alguém receba alguma mensagem sobre emprego na Câmara e cobrança de uma taxa para ocupar um cargo comissionado ou Reda é para denunciar à polícia.
“Estamos atentos aos golpistas e nos antecipando, alertando a todos e pedindo para denunciar o infrator, caso alguma mensagem esteja em circulação”, alerta Muniz.
Um homem foi preso nesta quinta-feira (31), em Jequié, sudoeste da Bahia, por praticar o chamado “golpe do amor” e lesar várias mulheres na região. O suspeito estava com três mandados de prisão em aberto por estelionato. A informação é do Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias.
A prisão ocorreu durante a Operação Bad Valentine, e foi deflagrada pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) do município. Segundo a polícia, ele utilizava manipulação emocional para obter vantagens financeiras com as vítimas. “Esse tipo de golpe ocorre em relacionamentos amorosos, em que o golpista finge estar interessado na vítima, estabelecendo uma relação íntima, com o objetivo de explorar financeiramente”, explicou a titular da Deam de Jequié, delegada Grazziele Quaresma Pereira.
“Quando conquistam a confiança da vítima, eles começam a solicitar dinheiro emprestado, alegando situações de emergência, problemas pessoais ou investimentos que trariam retornos significativos. Muitas vezes, as mulheres só descobrem o golpe quando já sofreram grandes prejuízos financeiros e emocionais”, acrescentou a delegada.
Agentes da Superintendência Municipal de Trânsito deram apoio na ação, auxiliando na condução do suspeito à Deam. O homem foi submetido ao exame de corpo de delito e encaminhado ao Conjunto Penal de Jequié, onde permanece à disposição da Justiça.
O principal executivo da plataforma financeira Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”, conseguiu passar para trás as duas maiores facções criminosas do país. Além da carioca Comando Vermelho (CV), que ofereceu R$ 15 mil de recompensa pelo trader golpista, a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) ameaçou o CEO da empresa, que está jurado de morte.
Por meio de mensagens, um suposto integrante da organização afirmou que havia R$ 30 milhões em bitcoins provenientes do caixa do PCC investidos na Bybot. Em uma das postagens, o homem pontuou que endereços de pessoas ligadas ao executivo já foram levantados e estão sob monitoramento. As informações são portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
“Já põe aí que, a partir de segunda-feira, se esse pau no cu do Diniz não aparecer, a irmandade vai visitar cada um da família dele. 15.3.3 fica às ordem. Tá entendendo não, tinha com ele mais de 30 milhao da casa com ele em btc. Ele já tá no juramento e não tem volta. Ce não tá entendendo o meu preju. Já tem o endereço de cada um tá tudo vigiado vai ter sangue já tá avisado e segunda feira e não tem conversa [sic]”, afirma a mensagem.
SIGNIFICADO
O significado do “15.3.3”, utilizado para designar o Primeiro Comando da Capital, se refere à colocação das letras no alfabeto. O código foi criado inicialmente com o propósito de dificultar o entendimento das autoridades carcerárias sobre as comunicações e atividades do grupo, enquanto facilitava a identificação e comunicação entre os integrantes do PCC, mesmo a distância.
Gustavo Diniz deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques. Nenhum dos investidores consegue, desde a última sexta-feira (25/8), sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, Gustavo, que passou a ser apelidado de “Engomadinho do Bitcoin”, teria fugido do país em direção à Ásia.
De lábia afiada, abusando da simpatia e inspirando segurança, o administrador da plataforma costumava gravar vídeos para os seguidores e mostrava que o negócio era “seguro” e totalmente legalizado. A Bybot operava, principalmente, com a chamada arbitragem de criptoativos. O processo é bastante conhecido no mercado de ações. Quando um investidor decide trabalhar por esse método, ele começa a negociar ativos por preços baixos e oferecê-los em plataformas que pagam um preço maior. A diferença, então, fica com o investidor.
A facção carioca Comando Vermelho (CV) está à procura de Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”, principal executivo da plataforma financeira Bybot.
A operadora é acusada de aplicar golpes que causaram prejuízos milionários em investidores, incluindo membros do grupo criminoso. Além dele, dois integrantes da empresa são procurados pelo CV, que teria investido na compra de moedas virtuais com a intenção de lavar dinheiro do tráfico de drogas. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Imagens de dois operadores da Bybot que lidaram diretamente com a carteira de clientes enquanto a plataforma não havia sido desativada passaram a circular em grupos de WhatsApp. Nelas, o suposto recado do CV é que serão pagos R$ 15 mil por qualquer informação que leve ao paradeiro dos dois traders. Em um dos avisos, a facção ressalta que não é para matar o funcionário da empresa. “Não matem.”
Cada vez mais, grandes organizações criminosas usam o universo das moedas digitais para lavar dinheiro faturado com o tráfico de drogas. A quantidade de criptomoedas movimentada em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% na comparação entre 2022 e 2021, atingindo um total de US$ 23,8 bilhões. Os dados foram divulgados, no início deste ano, pela Chainalysis, uma empresa de análise de dados do mercado cripto.
O GOLPE
Um tombo gigantesco que se aproxima dos R$ 70 milhões deixou em polvorosa o mercado financeiro de moedas virtuais. Os gestores da plataforma financeira Bybot, que controlava milhares de criptoativos de centenas de investidores espalhados por Brasil, Estados Unidos e Europa simplesmente desapareceram. E juntamente com ele todo o dinheiro dos clientes. Muitas ocorrências policiais foram registradas em São Paulo, mas há vítimas em vários outros estados, além do Distrito Federal.
O principal executivo da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques. Nenhum dos investidores consegue, desde a última sexta-feira (25/8), sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, Gustavo, que passou a ser apelidado de o “Engomadinho do Bitcoin”, teria fugido do país em direção à Ásia.
Gustavo Diniz viajava o mundo colhendo frutos do sucesso financeiro proporcionado pela plataforma. Natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o trader se afastou da família — que leva uma vida simples no interior paulista — para viver uma rotina de ostentação. Antes de apagar suas redes sociais, o gestor da Bybot publicava fotos em resorts de luxo, em estações de esqui ou curtindo praias paradisíacas.
O ex-jogador Magno Alves sofreu golpe de uma empresa de criptomoedas de quase R$ 25 milhões. A informação é do Blog Maurílio Júnior. Segundo uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB), o Magnata, de 47 anos, era o maior investidor da Braiscompany e teria aportado em torno de R$ 30 milhões.
Ainda de acordo com a denúncia, Magno Alves teria iniciado o investimento em março de 2021 na Braiscompany e até janeiro de 2023, ele injetou mais de R$ 32 milhões. O ex-jogador teve a promessa de retorno mensal entre 10 e 12%. Com base nos dados da corretora Binance, ele teria recebido apenas R$ 5,1 milhões. A partir de dezembro do ano passado, o repasse foi interrompido. O ex-atacante tentou romper meses depois com a empresa e reaver os valores investidos, mas não teve retorno. Em março de 2023, o principal sócio da empresa, Antônio Inácio da Silva Neto, admitiu através de nota que não terá como arcar com o pagamento dos investidores e sócios. Ele está foragido da Justiça junto com a esposa Fabrícia Campos.
Magno Alves abriu processo contra o casal. Em uma das petições, a defesa do atleta alega que é "vítima do esquema de pirâmide praticado pelos Promovidos, em contrariedade às práticas que regem à economia popular e a ordem econômica".
O MPF-PB contabilizou que 18.570 clientes teriam investido aproximadamente R$ 1,15 bilhão na Braiscompany.
Baiano de Aporá, Magno Alves acumulou passagens por Criciúma, Fluminense, Ceará, Sport, Atlético-MG. Em mais de 20 anos de carreira, ele também atuou no exterior, como Coreia do Sul, Japão, Arábia Saudita e Catar. Ele encerrou a carreira em 2021 e seu último clube foi o Caucaia, do Ceará. Mas antes, em 2020, o Magnata jogou no futebol baiano, primeiro pelo Atlético de Alagoinhas ajudando na campanha do vice-campeonato baiano, e em seguida disputou a Série B do Baiano pelo Barcelona de Ilhéus.
Um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal afirmou em depoimento à Polícia Civil que golpistas que invadiram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro roubaram, antes da invasão, munição e chaves de motos da PM.
Segundo o sargento Vandré Silva Coêlho, o roubo ocorreu quando ele decidiu prender dois manifestantes que portavam tacos de madeira, sacos com bolas de gude, estilingues e balaclavas a caminho da Praça dos Três Poderes. Naquele momento, outros bolsonaristas aproveitaram para roubar o carregador de sua arma, com 18 projéteis, e as chaves de duas motos da PMDF. As informações são do porta Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A prisão, segundo o sargento, aconteceu antes de a sede da Presidência da República ser invadida, mas após a polícia receber o alerta de que os bolsonaristas caminhavam para o Palácio do Planalto e de que havia o risco de invasão.
Os dois presos alegaram que as armas eram para “se defender de petistas”.
Ex-ministro do GSI, Augusto Heleno, general no governo de Jair Bolsonaro (PL), fez parte de um grupo de Whatsapp com militares da ativa e da reserva. No grupo, foram discutidas ações golpistas, como a ideia de uma intervenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para impedir a posse de Lula (PT). Coronel aviador reformado, Francisco Dellamora, revelou ao UOL a existência do grupo.
O grupo, chamado "Notícias Brasil", contava com a participação do general da reserva Sérgio Etchegoyen, ex-comandante do GSI no governo de Michel Temer (MDB). Sua existência perdurou até 8 de janeiro de 2023, dia dos ataques às sedes dos Três Poderes.
De acordo com o coronel, Heleno lia as mensagens, mas não se manifestava sobre as iniciativas golpistas.
À coluna de Juliana Dal Piva, ele afirmou: "Esse [Rodrigo] Pacheco é o maior canalha do Brasil hoje porque ele não fez o que tem que fazer. Esse cara vai passar para a história e para as leis da história do Brasil porque ele não deixa o Congresso fazer o que tem que ser feito. Porque tem que cassar. Ninguém tem que respeitar ninguém do STF não. Tem que cassar. São bandidos. Não existe Justiça no Brasil. Existe uma quadrilha instalada no STF".
O general Heleno disse ao UOL que não se recorda do grupo e que nunca ouviu "essas histórias de que se vai decretar intervenção". "Não sei quem participou. Internet é um negócio que você começa a responder uma porção de coisas, mas nunca participei disso. Eu não me lembro de ter lido essas mensagens porque não me lembro desse grupo. O coronel Dellamora está muito velho. Não sei a importância que ele tem no quadro político nacional hoje", declarou. No entanto, o general afirmou que "conhece bem" Dellamora.
Segundo Dellamora, a base para uma intervenção e até um adiamento da posse de Lula seria o relatório das Forças Armadas sobre o sistema das urnas, apresentado em novembro de 2022. O Ministério da Defesa divulgou o documento, dizendo que a equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação não apontou nem excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral do ano passado.
"Nós não consideramos legal [a eleição]. Consideramos o STF [Supremo Tribunal Federal] na ilegalidade. O TSE [Superior Tribunal Federal] na ilegalidade. E todos os dias eles praticam mais um ato de ilegalidade. Invadiram os escritórios do senador Marcos Do Val", pontuou, sem mencionar a ordem judicial do ministro do STF Alexandre de Moraes para a operação de busca e apreensão na quinta passada (15). "Nós não entendemos como se pode tirar um cara da cadeia para ser presidente da República", acrescentou.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta sexta-feira (16) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dê um novo depoimento à Polícia Federal (PF).
A nova conversa, que será a quarta, é referente aos desdobramentos envolvendo as investigações sobre suposta participação do senador Marcos do Val (Podemos) sobre um esquema golpista.
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Em fevereiro, Do Val acusou Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de propor um plano de golpe de Estado. Além do ex-presidente, vão ser ouvidos o próprio Do Val e Daniel Silveira.
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Ontem, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão em todos os endereços do senador, a mandado de Moraes, que investigação por suspeita da prática dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.