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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
O presidente do diretório estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, afirmou quea sigla irá realizar uma reavaliação dos deputados eleitos pelos verdes para verificar se estão seguindo com os “requisitos básicos” da legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (4), o dirigente admitiu que o PV serviu de “barriga de aluguel” para políticos que buscavam a reeleição, mas que não necessariamente se adequavam às ideologias do partido.

Entrevistas

Diego Brito avalia gestão a frente da Transalvador e celebra redução de acidentes fatais em Salvador

Diego Brito avalia gestão a frente da Transalvador e celebra redução de acidentes fatais em Salvador
Foto: Alana Dias / Bahia Notícias
O superintendente de Trânsito de Salvador (Transalvador), Diego Brito, fez um balanço da sua gestão à frente da pasta. Em entrevista ao Bahia Notícias, Diego, que assumiu o cargo em 10 de março de 2025, avaliou com otimismo as melhorias apresentadas no trânsito da capital.

flica

Além da Flipelô, Bahia tem cerca de 80 feiras literárias previstas para acontecer em 2025
Fotos: Ricardo Prado / Fundação Casa de Jorge Amado

Os amantes da Literatura na Bahia já podem comemorar. A Festa Literária Internacional do Pelourinho, que teve sua nona edição confirmada na última terça-feira (21), não será o único evento literário previsto para ser realizado neste ano no estado. 

 

Conforme o edital de Festas, Feiras e Festivais Literários, lançado pelo governo do estado em julho de 2024, 81 propostas de eventos literários dos 27 territórios de identidade na Bahia estão previstas para serem executadas até 31 de dezembro de 2025. 

 

Das 81 propostas selecionadas pelo edital, 11 eventos literários já são velhos conhecidos do público baiano, como o Festival Literário e Cultural de Feira de Santana, que estará em sua 18ª edição, a Feira Literária de Mucugê e o Festival Literário de Jacobina, na Chapada Diamantina, a Feira Literária Internacional de Canudos, no nordeste baiano, e a Festa Literária de Ilhéus, no sul baiano. 

 

Além disso, outras festas já conhecidas nacionalmente são esperadas pelo público, como a Festa Literária Internacional de Cachoeira, conhecida como Flica, no Recôncavo Baiano, a Festa Literária Internacional da Praia do Forte, FLIPF, na Região Metropolitana de Salvador, e a Festa Literária de Lençóis, na Chapada Diamantina. 

 

No ano passado, algumas festas literárias ganharão destaque por trazer ao evento figuras conhecidas no país, como foi o caso do Festival Literário de Cajazeiras com a deputada federal Érika Hilton; a Flica com o autor premiado Itamar Vieira Jr.; e a Flipelô com a apresentadora Rita Batista. 

 

Confira a lista completa de Feiras e Festivais Literários previstas para 2025:

  • Festa Literária Internacional da Praia do Forte
  • Festa Literária Internacional de Cachoeira
  • Festa Literária de Lençóis
  • 1ª Festa Literária de Sapeaçu - FLISAPÊ                    
  • 1ª Festa Literária de Baixa Grande - FLIBG                
  • Feira Literária Quilombola: O movimento ancestral em todos os cantos                    
  • Literarte Intercultural: Vivências e Saberes Quilombolas        
  • Festival Literário da Jaca - Muritiba                     
  • Feira Literária Internacional da Bacia do Rio Grande        
  • 1ª Festa Literária do Território de Identidade Velho Chico - FLIVEC
  • 1º Festival Literário São Félix conta suas Yabás: Cultura, Ancestralidade e Resistência                    
  • FLIBI - 1º Feira de Literatura e Arte de Ibiassucê        
  • Flimuniz - Um (re)encontro com a ancestralidade        
  • FELICA - Festa Literária de Caravelas                    
  • 1ª Festa Literária de Malhada de Pedras - FLIMP        
  • 2ª EDIÇÃO DA FLITA - Feira Literária de Itapetinga        
  • FLIQUI: Um povo de ginga                    
  • FLIRECÊ – III FEIRA LITERÁRIA DE IRECÊ                
  • 1ª Feira Literária de Ipirá - Flipirá: Literatura, oralidades e saberes ancestrais: o que é que a bacia do jacuípe tem?                
  • Festa Literária Quilombolarte: Cultura e resistência            
  • Festa Literária de Santa Terezinha - FLISTER                
  • Festa Literária Estudantil Indígena do territorio de Itaparica (FLEPITI)                    
  • II Feira Internacional de Serrinha - Do som à palavra: Ancestralidade e resistências do Sisal                    
  • FLICAF - FEIRA LITERÁRIA DE CAFARNAUM        
  • FLIAVE - Feira Literária Arretada de Várzea da Ema            
  • Festival Literário e artístico de Poções - FLIAP            
  • III Festa Literária de São José do Jacuípe - FLIZÉ            
  • Feira Literária de Bom Jesus da Lapa - FLILAPA            
  • QUILOMBO: Versos e Resistência - Transmissão de Saberes    
  • Festa Literaria de Conceição do Coité - FLICOITÉ SERTÕES DOS TOCÓS: A HISTÓRIA DO LADO DE CÁ                    
  • 1ª Feira Literária de Cumuruxatiba - Diversas Bahias - Conexões    
  • Fliboq - Feira Literária de Boquira                    
  • 1ª Festa Literária Afrocentrada de Paulo Afonso - FLIAFRO    
  • Festival Literário Encatos e Saberes da cultura afro-brasileira - FLESCAB                    
  • Primavera Literária de Prado                    
  • 1ª Feira Literária da Bacia do Rio Corrente: Ecoar das Margens    
  • Feira Literária Profª Benedita Ricarda                    
  • Projeto Feira Literária conexões educacionais        
  • Festival Literário: Ancestralidade, fazeres e expressões afro-brasileiras                    
  • IV FESTA LITERÁRIA DE MACAÚBAS – FLIMAC IDENTIDADE MACAUBENSE ENTRE CENAS E VERSOS             
  • 1ª Festival Literário do médio sudoeste                    
  • FLIPÁ - Feira Literária de Piripá                    
  • Feira Maré Literária                    
  • Festival Literário do Cumbe                    
  • Festa Literária de Ibicoara - FLIBIC                    
  • Festival Literário Sarã Nakíyã                    
  • Festival Literário de Aquilombamento da Bacia do Rio Corrente    
  • 1ª Festa Literária: Cultura e manifestações dos povos ciganos    
  • Fest Contas - Festival Literário Médio Rio das Contas            
  • 1º Festival Literário de Água Quente - FLIAQ            
  • 1º Festival Literário Corpo e Memória                    
  • Festival de Narrativas do Litoral Norte e Agreste Baino        
  • 1ª Festa Literária de Igatu - FLIGATU                    
  • Festa Literária: Caminhos do Oeste                    
  • Festival Encantos de Amargosa                    
  • 1ª FLITAN - Feira Literária e Cultural de Presidente Tancredo Neves: Celebrando a identidade do Baixo-sul            
  • Festival Literário de Sobradinho                    
  • 2ª Feira Literária Inclusiva de Lauro de Freitas            
  • 1º Feira Literária do Povo Pataxó - Felipa                    
  • 1ª FLIAGUA - Festa literária, culinária e audiovisual do Guaibim    
  • FLIBA - Feira Literária do interior da Bahia            
  • 4ª Semana dos Cordelistas do Velho Chico            
  • FLIC - Festival Literário de Curaçá                    
  • 7ª Festa Literária de Ilhésu                
  • FLAP - Festival Literário da APA do PRATIGI            
  • 18° FLIFS - Festival Literário e Cultural de Feira de Santana    
  • 1ª Festa Literária de Ipiaú: 100 anos de Euclides Neto            
  • Feira Literária: Identidade, Memória e Ancestralidade - FLIMA    
  • IV Feira Literária Internacional de Canudos - FLICAN        
  • 8ª Festival de Literatura e diversidade de Jacobina            
  • Festival Literário do Sertão Baiana - FLISB        
  • FLIGÊ - 8ª Feira Literária de Mucugê
  • Festival de Literatura e Cultura de Andorinha            
  • 1ª Feira Literária da Sala de leitura Gregória Luis         
  • 1º Festa Literária dos inventos - FLI'S                    
  • 1ª Festa Literária do Vale do Jiquiriçá                    
  • Festival Literário Estadantil do Litoral Sul            
  • 1ª Fliascasb - Feira Literária da Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim                    
  • 1ª Feira Literária das organizações sociais e educativas do piemonte da diamantina 'entrelaces literários das relações sociais e educativas no piemonte da diamante'                    
  • Festival Literário Estudantil: Vozes do Futuro    
Confira as atrações confirmadas para o Festival Literário de Cajazeiras
Foto: Divulgação

Nos próximos dias 5 a 7 de dezembro, acontecerá no bairro de Cajazeiras, em Salvador, a terceira edição do Festival Literário de Cajazeiras (Flicaj). Entre os confirmados para o evento até o momento, encontram-se a deputada federal Erika Hilton, a cantora Linn da Quebrada e o rapper Djonga.

 

O Festival, anteriormente conhecido como FLIN, Festival Literário Nacional, será realizado no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras. Com o tema ‘Africanidades Brasileiras e Culturas Periférica’, a entrada ao espaço será gratuita e os ingressos já estão disponíveis. Confira todos os palestrantes e atrações confirmadas até o momento:

Atrações:

  • Djonga
  • Sarau do Jaca
  • Show Playgrude
  • Suzada Duarte e Adriane Weissheime
  • Grupo Musical Pé de Lata
  • Larissa Valéria
  • Samba Ohana
  • Sued Nunes
  • Siry Brasil
  • Pivete Nobre
  • Palhaços do Rio Vermelho
  • Trampo Raro
  • Rachel Reis
  • Criativa Entretenimento

 

Palestrantes:

 

  • Rilton Jr (Poeta com P de Pedro)
  • Luciany Aparecida
  • Negafyah
  • Jenifer Oliveira
  • Rool Cerqueira
  • Naiara Bispo
  • Sulivã Bispo
  • Linn da Quebrada
  • Nouve
  • Dedê Fatumma
  • Helena Nascimento
  • Duda Santhana
  • Marcos Cajé
  • Paula Brito
  • Giselli Oliveira
  • Ricardo Ishmael
  • Wendel Muniz
  • Gleice Ferreira
  • Emillie Lapa
  • Niní Kemba Náyò
  • Vércio
  • Cássia Vale
  • Lorena Ribeiro
  • Matheus Buente
  • Emília Nuñes
  • Yalle Tárique
  • Paula Anias
  • Thiffany Odara
  • Lucas de Matos
  • Sued Hosaná
  • Edmilson Lopes
  • Luiza Meireles
  • Ryane Leão
  • Valéria Lima
  • Dandara Alves
  • Emiliano José
  • Paloma Barbiezinha
  • Lucas Reis
  • Camila Apresentação
  • Lívia Sant’Anna Vaz
  • Erika Hilton
  • Edvana Carvalho
  • Vovó do Ilê
  • Adriel Bispo

 

Mediadores:

 

  • Luana Assiz
  • Emily Ráinan
  • Ismael Carvalho
  • Rafaele Libório
  • Ana Fátima
  • Taiane Bastos
  • Jade Lôbo
  • Karou Dias

 

O evento será apresentado por Lucas Almeida, repórter do Mosaico Baiano, da TV Bahia. A última edição do festival foi em 2022.

FLICA 2024: Evento literário em Cachoeira atinge 100 mil visitantes
Foto: Reprodução / Diego Silva

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) encerrou sua 12ª edição no último domingo (20), com um recorde de mais de 100 mil visitantes ao longo dos quatro dias de evento. O evento gerou 100% de ocupação hoteleira em Cachoeira e região, a FLICA fortalece seu papel como um dos principais eventos literários do Brasil.

 


O evento apresentou uma programação diversificada que incluiu literatura, música, artesanato e gastronomia local, distribuídos em espaços como a Tenda Paraguaçu, Geração Flica, Fliquinha, Casa do Governo, Casa do Patrimônio, Palco Raízes e Ritmos. A FLICA também destacou a participação de estudantes da rede pública de ensino da Bahia, que, acompanhados por seus professores, vieram de diversas cidades do Recôncavo para participar das atividades.

 

“É uma vivência incrível, sobretudo para os estudantes do interior que não têm oportunidade de vivenciar eventos dessa dimensão, e aqui podem chegar perto de um escritor que está lançando seu livro, ouvir ele falar, é fantástico para eles”, comentou a professora de Linguagens e escritora Ana Patrícia Giffoni.

 

Estudantes do Colégio Estadual João Cardoso dos Santos aproveitando o evento em Cachoeira | Foto: Divulgação / Diego Silva


A edição deste ano teve como tema “O Mundo da Literatura em Festa” e trouxe discussões literárias e culturais com autores e personalidades brasileiras e internacionais. Entre os destaques, estiveram presentes os humoristas baianos João Pimenta e Matheus Buente, a escritora, jornalista e atriz Thalita Rebouças, a poetisa Elisa Lucinda, a atriz e artista visual trans Liniker, e o escritor angolano Kalaf Epalanga.

 

Outros nomes de peso incluíram Zezé Mota, Itamar Vieira Jr., Mari Bigio, Renato Moricone, Ricardo Ishmael, Mabel Velloso, Ebomi Cici de Oxalá, Raphael Montes, Stefano Volp, Adelaida Fernandes e Jefferson Tenório.

 


A coordenadora geral da FLICA, Vanessa Dantas, destacou o impacto econômico positivo do evento, que gerou mais de mil empregos diretos e indiretos e contou com a colaboração de mais de 10 secretarias estaduais. Ela agradeceu aos parceiros e empresas envolvidas na realização da festa literária, atribuindo o sucesso ao apoio dos últimos três governadores da Bahia.

 


A 12ª edição da FLICA foi organizada pela Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, LDM (livraria oficial do evento), CNA NET (internet oficial do evento), UFRB (CAHL – Centro de Artes, Humanidades e Letras) e contou com o apoio de empresas e instituições como Bracell, ACELEN, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação, Caixa e Governo Federal.

12ª edição da Flica trará tecnologias e inovações para a Segurança Pública
Foto: Divulgação

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) apresentará as principais tecnologias, políticas e ações de combate à violência serão apresentadas na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cacheira (Flica) 2024, entre a quinta-feira (17) e domingo (20).

 

A abertura oficial será realizada pela Banda de Música Maestro Wanderley, da Polícia Militar. A ‘Casa do Governo’, localizada na Fundação Hansen Bahia, receberá um stand com representantes das Superintendências de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO) e de Prevenção à Violência (Sprev).

 

Baianos e turistas que visitarem o stand da SSP poderão conhecer mais sobre os Sistemas de Reconhecimento Facial e de Placas Veiculares, Câmera Interativa, que permite a integração de câmeras privadas, além dos funcionamentos do sistema integrador, tecnologias e procedimentos adotados pela pasta baiana para propiciar a comunicação das Forças da Segurança e de outros órgãos estaduais e municipais.

 

Para o evento, a Sprev levará os diversos projetos desenvolvidos para prevenção à violência. A participação da SSP na feira contará também com a presença do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM). 

 

No sábado (19), equipes da 3ª Companhia (Cachoeira) do 2º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM/Feira de Santana) realizará uma oficina de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e primeiros-socorros.

FlicaTok: Festa Literária de Cachoeira faz edição virtual voltada para a geração Z
Adriel Bispo é um dos convidados | Foto: Reprodução / Instagram

A tradicional Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) realiza uma edição especial voltada para a geração Z, nos dias 13 e 14 de novembro, com transmissão pela internet. 

 

A iniciativa, que recebeu o nome de FlicaTok, visa aproveitar a força do ambiente online entre o público nascido entre 1996 e 2010 para promover a literatura. Para isto, o evento terá bate-papos com dez BookTokers - jovens influenciadores digitais que falam sobre literatura no TikTok - conhecidos da geração Z.

 

Amanda Quesia, Adriel Bispo (saiba mais), Jonas Gabriel, Mariana Vitória, Morgana Lobo, Patrick Torres, Pedro Rhuas, Roger Ferreira, Ruane Jesus e Tiago Valente participam desta edição. Os convidados também criarão conteúdos em suas contas do TikTok para falar sobre o evento. 

 

Apesar de virtual, a FlicaTok terá suas ações em Cachoeira, com transmissão pela internet. “Todos bate-papos serão realizados em locais de destaque da cidade, mas também reunimos um time de artistas locais que vão apresentar poesias, performances e músicas entre um diálogo e outro. A essência do Recôncavo Baiano estará impressa a partir dos seus largos, praças, igrejas e dos criadores de conteúdo da região”, explica o sócio da produtora Cali e coordenador geral da Flica , Jomar Lima. 

 

O Cine-Theatro, a Igreja da Ajuda e a Praça da Aclamação são alguns dos locais de onde a Flicatok será transmitida.  

 

SERVIÇO 
O QUÊ:
Flica 2021 - Edição especial FlicaTok 
QUANDO: 13 e 14 de novembro de 2021, a partir das 14h 
ONDE: Redes sociais da Flica – canal do Youtube, Instagram e Facebook 
VALOR: Grátis

Flica anuncia cancelamento: 'Não poderemos nos encontrar presencialmente neste ano'
Foto: Divulgação

Diante do cenário de incertezas que atinge os eventos literários na Bahia por causa da pandemia do novo coronavírus (clique aqui e confira o panorama no estado), a tradicional Festa Literária de Cachoeira (Flica) anunciou o cancelamento de sua edição 2020. 

 

“E por falar em realidade, a que vivemos hoje não é de alegria. Não poderemos nos encontrar presencialmente neste ano. Cumprindo nossa responsabilidade diante do atual cenário de pandemia, infelizmente não realizaremos a Flica 2020”, informou a organização do evento, reforçando a necessidade das medidas de prevenção da Covid-19, como usar máscara e evitar aglomerações, e destacando que anunciará em breve novidades sobre o evento para 2021. 

Flica: 2ª edição do Grafias Eletrônicas apresenta artistas da palavra em vídeos
Foto: Lucas Rosário / ASCOM SecultBA

Realizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) em parceria com o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), a segunda edição do projeto Grafias Eletrônicas foi lançada nesta sexta-feira (25), na Fundação Hansen Bahia, em Cachoeira, durante o segundo dia da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). 20 artistas da palavra foram selecionados para gravar uma série de vídeos que serão exibidos nos intervalos da programação da TVE Bahia e estarão disponíveis no canal de YouTube da emissora.


Além disso, os vídeos também serão exibidos na sala Walter da Silveira, antecedendo os filmes da programação, e na página virtual da Funceb. A diretora da Funceb, Renata Dias, esteve no evento e destacou a relevância da iniciativa. “A principal proposta é explorar outros territórios para pensar a difusão da literatura na Bahia. A parceria com Irdeb é muito importante para promover o grande alcance. A idéia é fazer o baiano se reconhecer através da literatura”, disse.

 

Flávio Gonçalves, diretor do Irdeb, comemorou a continuidade do projeto. “O interessante é que o projeto proporciona a participação de muitos artistas do interior, este alcance é um compromisso do Irdeb. Nosso objetivo é que o cidadão baiano tenha acesso e se surpreenda com o conteúdo que vai ser veiculado nos intervalos”, explicou Gonçalves.


Os artistas que participam da segunda edição do projeto são Álamo Pimentel (A Moqueca de Carminha), Breno Fernandes (Sobre Chorar em via pública), Cléber Eduão (Poetas-Sementes), Danilo Lumiano (Por Favor), Denisson Palumbo (Metades), Donminique Azevedo (Por um fio encrespei), Elton Magalhães (Galope da Saudade Martelada), Erika Ribeiro (Inadequo-me), Fabi Carneiro da Silva (Terra Vermelha), Fabíola Cunha (Terra e Água Salgada), Nanda Leturiondo (Banho de Chuva), Jairo Pinto (Minha Canção do Exílio), Lorena Grisi (Cartografia), Márcia Soares (Saudade Envelhecida), Marcus Vinícius Rodrigues (A Primeira Noite), Nívia Maria Vasconcellos (Escarificação), Rilton Junior – “Poeta Com P de Preto” (Te Incomoda ver), Taise Dourado (Outra Volta-Gem), Tiago Chaves (Aposta), Valdeck Almeida de Jesus (Vendo).

Homenageada pela Flica 2019, Gláucia Lemos completa 40 anos de literatura
Foto: Divulgação

Natural de Salvador, a autora Gláucia Lemos é a grande homenageada da nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). A mesa estrelada por ela será na noite de sábado (26), no Claustro do Convento do Carmo.

 

Pela primeira vez na curadoria da festa, a professora Kátia Borges destaca o fato de a homenageam coincidir com o ano em que a escritora completa mais uma década em exercício. "Quando a gente foi falar com ela, a gente descobriu que ela está completando 40 anos de literatura. Então, a Flica chegou pra ela como parte das comemorações pelos 40 anos", declarou Kátia, ao comentar a coincidência com o Bahia Notícias.

 

A curadora explica que a autora foi consagrada com a homenagem pela versatilidade que apresenta ao longo de sua carreira. Gláucia publicou 40 livros, sendo 20 infanto-juvenis, e tem quatro de seus romances premiados. "Ela tem reconhecimento nacional e nunca parou de publicar", frisa a curadora.

 

A escritora baiana será a única autora na nona mesa da Flica, chamada de "Contemplação, criação e mergulhos". Previsto para acontecer às 20h de sábado, o bate-papo será mediado por Carlos Ribeiro.

 

No mais, a programação da festa teve início na noite de quinta (24) e segue até domingo com mesas literárias e apresentações artísticas nos diversos espaços da Flica em Cachoeira (saiba mais aqui).

Com quadrinhos, cordel e mesas LGBT+, Flica busca atender antigas demandas do público
Foto: Camila Souza / GOVBA

Tradição no calendário de eventos literários do Brasil, a nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) acontece desta quinta-feira (24) a domingo (27), no Claustro do Convento do Carmo, no município do Recôncavo baiano. Neste ano, as principais novidades do evento gratuito ficam por conta de mesas exclusivamente dedicadas à literatura de cordel, aos quadrinhos e às produções com temática LGBT+.

 

Pela primeira vez à frente da curadoria das mesas, a professora Kátia Borges reconhece que esses eram pleitos antigos do público do evento e ressalta a abertura desse espaço dentro da programação com mais de 50 atrações.

 

"A gente está com mesas que são pioneiras, são inéditas na Flica. Tem uma mesa sobre quadrinhos, com Marcelo D'Salette, Hugo Canuto, uma novidade interessantíssima pra quem é fã de quadrinho. A gente também tem uma mesa de cordel, que é dedicada a toda a população do Recôncavo, uma reivindicação antiga, e uma das principais mesas é com Bráulio Bessa", destaca a curadora.

 

Poeta e cordelista que ganhou maior projeção nacional com sua participação no "Encontro com Fátima Bernardes", nas manhãs de sexta, Bessa se junta ao autor baiano Antônio Barreto na mesa "Pra cada canto que eu olho, vejo um verso se bulindo". O bate-papo com os dois será na manhã de sábado (26), com mediação de Maviael Melo.

 

Já D'Salette e Canuto se apresentam um pouco mais tarde, às 17h, na mesa "Quer que desenhe? Perspectivas negras nos quadrinhos".

 

Além deles, outros nomes de destaque na programação são Lilia Moritz Schwarcz, Antonio Brasileiro, Lande Onawale, Thalita Rebouças e a autora portuguesa Maria do Rosário Pedreira.

 

Como a programação é diversa e a festa não possui um tema central, Katia frisa que “há nomes que se impõem” no momento de pensar a programação. Como exemplo, ela cita o soteropolitano Itamar Vieira Júnior, vencedor do prêmio LeYa e finalista do Prêmio Jabuti 2018. Ele e Marcelo Maluf vão participar da segunda mesa, "Cartografias da subalternidade; a construção do lugar do outro", às 19h de quinta.

 

Ainda assim, a curadora explica que há um "nexo curatorial" que permite trazer coesão para todos os espaços do evento. "Cada curador faz um recorte. Graças a Deus, a gente tem uma literatura contemporânea imensa, com vários autores, gêneros e tal, mas nós buscamos trazer um pouco de reflexão em relação a um fazer literário e em relação a novas vertentes. É uma diversidade não só na temática que está presente, mas também há diversidade de autores", defende.

 

O discurso de Kátia está alinhado ao da "booktuber" e também curadora Barbara Sá. A jovem de 24 anos está à frente da Geração Flica, espaço que será inaugurado nesta nova edição, na Casa do Iphan de Cachoeira. Nele, a ideia é abordar assuntos diretamente ligados à literatura juvenil.

 

A curadora Barbara Sá | Foto: Wellyson Gomes

 

“Eu tive como norte a ideia de apresentar literatura em várias vertentes, então eu queria autores que trabalhassem seus livros de formas diferentes, com adaptações, livros sobre internet e mergulhar nesses aspectos diferentes da literatura baiana”, conta Barbara.

 

Como sua própria base literária foi formada no meio digital e ela hoje trabalha no Youtube, a curadora destaca que a busca pelos autores ocorreu, principalmente, na internet. Para ela, é preciso mostrar a esses leitores que eles têm um canal acessível para compartilhar suas experiências de leitura. O resultado disso foi a escolha de nomes como o escritor e compositor baiano Edgard Abbehusen, que participa da mesa "Literatura de Instagram, arte ou brincadeira?", e do escritor Matheus Rocha.

 

A programação da Geração Flica, que termina mais cedo, no sábado (26), tem ainda nomes como Pam Gonçalves, na mesa "Lives: novos modelos de criação", Clara Alves, para defender que "Video-game é coisa de menina", e de novo Thalita Rebouças, que aqui vai falar sobre as adaptações de seus livros na mesa "Oi, mãe, meu livro foi parar no cinema".

 

FLICA PARA BAIXINHOS

Presente desde 2013, a Fliquinha tem espaço garantido na Festa Literária. Como nas edições anteriores, a programação especial para crianças ocorre no Cine-Teatro Cachoeirano, também de quinta a sábado.

 

Nesta sétima edição, serão 16 autores, entre nomes locais e nacionais, que vão participar de rodas de conversa e oficinas de escritas. Além disso, diversas atrações integram a grade, cujo conceito para a escolha dos participantes visa atender às multilinguagens.

 

Foto: Camila Souza /GOVBA

 

"Se observar a programação da Fliquinha, ela tem os autores locais aqui da Bahia e também autores nacionais. A gente tem apresentações artísticas, várias expressões, como teatro, cinema, mas sempre permeia a literatura. Além disso, a gente tem sempre a representatividade da nossa herança tanto indígena quanto afrobrasileira porque é nossa formação, está no nosso DNA, principalmente aqui no Recôncavo e em Salvador, que tem tanta influência africana", ressalta Mira Silva, curadora da Fliquinha ao lado de Lilia Gramacho.

 

Ela explica que as duas, juntas, todo ano cumprem a missão de levar nomes que possam contribuir para o processo de formação de leitores.

 

Viabilizada por meio do edital Fazcultura, do governo do estado, a Flica é inteiramente gratuita. Além das mesas literárias, a festa conta ainda com apresentações musicais, de dança e oficinas. Confira no site a programação completa (veja aqui).

Flica 2019 recebe atividades da Fundação Pedro Calmon com bate-papo e doação de livros
Foto: Divulgação

A Fundação Pedro Calmon (FPC) participará da 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira  (Flica) com uma programação dedicada à troca de experiências e incentivo à leitura. Uma delas é o Leia e Passe Adiante, projeto que visa estimular o hábito de ler através da doação de livros. 

 

O diretor geral da FPC, Zulu Araújo, vai mediar a primeira mesa de debates da Flica, Cartografias do Brasil Contemporâneo. Outra opção é a roda de conversa com as pesquisadoras Luciana Brito e Isabel Cristina Reis. A atividade terá como tema de debate o livro Escravidão no Recôncavo. A ação acontece na Sala Gaiaku Luiza, às 10h, na sexta-feira (25).

 

Já no sábado (26), às 14h, no auditório Tia Ciata, da Fundação Hansen, é a vez do pesquisador Vilson Caetano debater sobre o livro Corujebó. A pesquisa da obra foi realizada no Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), com apoio da FPC, e fala sobre intolerância religiosa entre os anos de 1938 e 1976.

 

Neste mesmo dia, também às 14h, o espaço Quintal Mãe Stella de Oxóssi vai reunir o público com os autores Alessandra Sampaio, David Alves, Fausto Antônio, Jairo Pinto, Joceval Nascimento (Layê), Lidiane Ferreira e Luis Carlos de Oliveira 'Aseok`ynha', para o lançamento da coleção Cadernos Negros 41 – Poemas Afro-Brasileiros.

 

Enquanto isso, a Biblioteca de Extensão (Bibex) se instala na Praça Teixeira de Freitas, das 9h às 17h, para integrar a programação do Fliquinha e levar ao público infantil as contações de histórias, visita ao acervo da biblioteca, os jogos e brincadeiras dentre outras atividades.

 

Além desses, outras atividades integram a programação cultural, como a exposição Poesia é Coisa de Mulheres, que reúne poemas sobre a vida e obra da baiana Myriam Fraga, e poemas escritos por ela.

Com Thalita Rebouças, Flica estreia programação específica para público jovem
Foto: Divulgação

Em sua nona edição, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) terá, pela primeira vez, uma programação específica para o público jovem. A "Geração Flica" vai receber autores que trabalham com essa temática, a exemplo de Thalita Rebouças e Edgard Abbehusen, de 24 a 26 de outubro. No domingo (27), o espaço não vai funcionar.

 

Sediada na Casa do Iphan de Cachoeira, o novo espaço tem como curadora a booktuber Bárbara Sá. Para ela, ele é exatamente o que faltava no evento, que já é tradicional no recôncavo baiano. “De uns dez anos para cá, a gente teve um ganho de jovens leitores por causa da democratização que a internet trouxe para a literatura, então pra mim como autora, como booktuber, como pessoa que indica livros para outras pessoas é uma honra estar na Flica”, avaliou. 

 

De acordo com a produção do evento, no processo de curadoria, ela buscou nomes que aproximem os jovens do ambiente literário, de forma que eles integrem a leitura à rotina. Foi assim que Bárbara chegou à programação do espaço.

 

Na quinta (24), o bate-papo de abertura será com o escritor e compositor baiano Edgard Abbehusen, às 10h. Ele vai falar sobre como as mídias sociais ajudaram a propagar o seu trabalho. Mais tarde, às 14h, a própria curadora conversa com o público sobre novos modelos de criação com a autora de livros e booktuber Pam Gonçalves. Para encerrar o dia, às 16h, a autora Carla Alves fala sobre seu livro, "Conectadas", e o consumo de vídeo games por mulheres.

 

Na sexta-feira (25), o dia começa com o jornalista baiano Breno Fernandes. A partir de 10h, o escritor vai falar sobre o prazer de ter seus livros nas escolas, mas também sobre a responsabilidade adquirida através disso. Na sequência, às 14h, Thalita Rebouças estrela o bate-papo “Oi, mãe, meu livro foi parar no cinema”. Depois, às 16h, o vencedor do prêmio Jovem Autor Inédito pelo Selo João Ubaldo Ribeiro, Ian Fraser, fala sobre a valorização dos ancestrais brasileiros e a representatividade do nativo.

 

Já no sábado (26), quando se encerra a programação do espaço, o apresentador Aldri Anunciação abre os trabalhos. Às 10h, ele vai relatar a experiência de transformar seu livro em peça e como isso agregou um público novo. Em seguida, às 14h, a autora de romance Tatiana Amaral conversa sobre como as plataformas gratuitas democratizaram a literatura. Quem encerra a programação, às 16h, é o autor Matheus Rocha, que fala sobre a importância da literatura LGBTQIA+ para os jovens do Brasil e sua relação com a ansiedade.

Rui Costa classifica Flica como 'semente do bem' e defende pluralidade de temas
Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), classificou a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) como “uma semente do bem”, que “fez nascer várias festas literárias na Bahia”. Durante participação do lançamento da 9ª edição da Flica, no Salão de Atos da Governadoria, nesta quinta-feira (19), o político revelou expectativa com mais uma realização do evento, destacando as novidades e impacto que o evento traz.  

 

“Vamos manter viva nossa arte, nossa criatividade e dessa vez inovando com a Flica voltada para a juventude, com toda uma linguagem que dialoga com a nova geração. Eu não tenho dúvida do grande sucesso que será a Flica esse ano e espero que ela possa, como sempre fez, incentivar o surgimento de novas feiras literárias e desejando total participação”, declarou. 

 

Rui também comentou que tem conversado com o Secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, para a criação de um plano que motive e incentive condições de logística para a participação dos estudantes da rede estadual na feira. 

 

Ao tratar do tema LGBT, já que pela primeira vez a Flica vai ter uma mesa dedicada ao assunto, Costa defendeu a pluralidade de temas no evento.“Eu acho que é importante que uma feira literária não tenha restrição de temas, a humanidade não pode restringir temas que possam ser debatidos. Numa feira literária tem que debater todos os assunto, para que o conhecimento alcance todos os jovens. É com conhecimento que se produz melhoria da qualidade de vida do ser humano, é que se preenche a alma do ser humano. É com arte, cultura, com poesia e com literatura”, concluiu. 

Flica: 9ª edição terá participação de Thalita Rebouças, Bráulio Bessa e Lilia Schwarcz
Foto: Montagem / Reprodução / Instagram

A 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), lançada na tarde desta quinta-feira (19), no Salão de Atos da Governadoria, contará com a participação de grandes nomes da literatura e jornalismo, entre eles, a jornalista e escritora Thalita Rebouças, o poeta Bráulio Bessa, além da historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. 

 

Além da já tradicional Fliquinha, a edição de 2019 do evento traz como novidade a Geração Flica, projeto dedicado à apresentação de autores que têm se destacado no universo jovem. Entre os dias 24 e 27 de outubro, de forma gratuita, a Flica vai contar com ao todo 10 mesas. Já a Fliquinha animará o público infantil com 25 apresentações, enquanto que a Geração Flica contará com nove atrações (clique aqui e veja a programação confirmada). 

 

SERVIÇO
O QUE:
Festa Literária Internacional de Cachoeira - Flica 2019
QUANDO: 24 a 27 de outubro de 2019
ONDE: Cachoeira, Bahia
VALOR: Gratuito. 

Secretário de Educação destaca potencial das escolas na realização de eventos literários
Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias

O secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, destacou, nesta quinta-feira (19), o potencial de pequenas cidades na realização de eventos literários que já acontecem ou que poderão ser implementados futuramente. Para ele, as escolas que já possuem bons projetos de clube de leituras e bibliotecas são importantes instituições de valorização da literatura no estado. As declarações foram feitas no lançamento da 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Salão de Atos da Governadoria.

 

A exemplos de municípios como Mucugê, Feira de Santana, Canudos, Castro Alves e Dom Macedo Costa, que são cidades com escolas que já realizam eventos literários, Rodrigues afirmou que é preciso “pegar o que já existe, fortalecer, publicizar e aperfeiçoar no que for preciso, para assim buscar um calendário estadual que possa ser divulgado”.  


Reconhecendo o papel da Flica em dar maior visibilidade ao autores e leitores, o titular da pasta declara ter o desejo de disseminar estas festas literárias menores. Ele, no entanto, pondera: “A gente não vai sair daqui decretando que vai ter feiras literárias. É fundamental que na comunidade, que pode ser a partir de uma escola, seja ela municipal, estadual ou até particular, possamos fazer um projeto que fortaleça as bibliotecas, não só em escolas, mas em instituições públicas e também em espaços privados”. 

 

Para Jerônimo, a cultura da leitura deve estar “impregnada em cada canto” e completa: “Não queremos que tenha somente uma única festa literária no município, mas se as escolas quiserem fazer um calendário municipal e isso está no calendário pedagógico, é fundamental”. 

Secretária de Cultura, Arany Santana prevê 25 feiras literárias na Bahia em 2020
Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias

A secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, prevê um crescimento no número de feiras literárias para o ano de 2020. Presente no lançamento da 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Salão de Atos da Governadoria, nesta quinta-feira (19), a titular da pasta adiantou que o interior do estado vai ser contemplado com 25 feiras literárias no próximo ano. 

 

“As feiras literárias, as festas literárias têm se proliferado muito no interior da Bahia e este fato tem sido o principal responsável pela leitura no nosso estado. A Bahia tem o maior número de leitores e isso é fruto da quantidade de feiras literárias no estado da Bahia que nesses últimos cinco anos tem realizado”, avaliou Arany. 

 

Sobre a Flica, que é realizada na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, Santana reafirmou a importância do evento como precursor das festas literárias no estado. Além disso, a secretária destacou a conduta do governo do estado na valorização destes eventos. “Cachoeira realmente foi o pontapé quase que inicial para essa proliferação e o governo da Bahia não se priva de apoiar e patrocinar em quaisquer circunstâncias”, finalizou.  

Flica já atraiu mais de 35 mil pessoas para Cachoeira; evento encerra neste domingo
Foto: Ricardo Prado / Divulgação

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) encerra sua programação neste domingo (14) com grandes apresentações artísticas e mesas redondas com autores da literatura nacional e internacional para o público de todas as idades.  A 8ª edição da festa celebra a escritora Conceição Evaristo, uma das autoras negras mais reconhecidas do país. Com programação totalmente gratuita, baianos e turistas lotaram as mesas redondas nesses três dias de evento. O espaço Claustro do Convento do Carmo apresentou lotação máxima com cerca de 300 pessoas diariamente.

 

A cidade de Cachoeira atraiu por volta de 35 mil visitantes desde o início do evento. A festa literária movimentou a economia da região e gerou empregos temporários, como também ocasionou um aumento no fluxo turístico em mais de 200%. A ocupação atingiu os 100% dos leitos, além das hospedagens em imóveis residenciais alugados, não apenas em Cachoeira, mas em cidades próximas como São Félix, Santo Amaro e Maragogipe.

 

O encerramento da Flica ocorre neste domingo (14) com a mesa redonda sobre Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras e o espetáculo musical Quabeles na Fliquinha. A Flica tem patrocínio master do BNDES e Governo do Estado, apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira e Caixa e realização Cali, Icontent, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Cachoeira recebe oitava edição da Flica a partir desta quinta; confira programação
Foto: Joyce Fonseca

Começa nesta quinta-feira (11) a oitava edição da Festa Literária de Cachoeira (Flica). Neste ano, o evento que acontece no Recôncavo Baiano homenageia a escritora mineira Conceição Evaristo, ficcionista e ensaísta, que tem no currículo romances, poemas, contos, diversas participações em antologias e também obras publicadas no exterior.

 

O evento acontece até o próximo domingo (14), com atividades gratuitas, como a Fliquinha e intervenções artísticas pela cidade, além das mesas principais com os autores. Entre os nomes que participam desta edição, estão os autores baianos Aleilton Fonseca, Aidil Araújo Lima, Marcus Vinícius Rodrigues, Catarina Guedes e Edgar Abbehusen. Já no quesito atração internacional, os convidados são o português Valter Hugo Mãe, a colombiana Margarita Garcia Robayo e a estadunidense Patricia Hill Collins.

 

Confira a programação completa das mesas:

Quinta, 11/10

Mesa 01 - 15h às 16h30 - Escritores em um mundo intolerante e deserto de compaixão

Autores: Valter Hugo Mãe e Aleilton Fonseca

Mediação: Zulu Araújo

 

Mesa 02 - 19h às 20h30 - Pequenas revoluções em nossas trincheiras cotidianas

Autores: Aidil Araújo Lima e Julián Fuks

Mediação: Wesley Correia

 

Sexta, 12/10

Mesa 03 - 10h às 11h30 - A leveza das orquídeas mais pesadas do que a ventania

Autores: Noemi Jaffe e Ricardo Aleixo

Mediação: Mônica Menezes

 

Mesa 04 - 15h às 16h30 - A feroz inquietude da escrita

Autores: Silviano Santiago e Marcus Vinícius Rodrigues

Mediação: Luciene Azevedo

 

Mesa 05 - 19h às 20h30 - Sobre os corpos que brilham e tudo queimam

Autores: Margarita García Robayo e Ryane Leão

Mediação: Vânia Dias

 

Sábado, 13/10

Mesa 06 - 10h às 11h30 - Um olhar feminino sobre a arte de sujar sapatos

Autores: Eliane Brum e Catarina Guedes

Mediação: Malu Fontes

 

Mesa 07 - 14h às 15h30 - Os filtros que usamos na literatura do nosso tempo

Autores: Zack Magiezi e Edgard Abbehusen

Mediação: Jéssica Smetak

 

Mesa 08 - 17h às 18h30 - Onde vivem as personagens que nos representam

Autores: Patricia Hill Collins e Djamila Ribeiro

Mediação: Florentina Souza

 

Mesa 09 - 20h às 21h30 - Admiráveis olhos d'água que nos contemplam

Autora: Conceição Evaristo

Mediação: Lívia Natália

 

Domingo, 14/10

Mesa 10 - 10h às 11h30 - Diálogos insubmissos de mulheres negras

Autores: Coletivo Zeferina, Florentina Souza e Manoela Barbosa

Mediação: Dayse Sacramento

Flica 2018 recebe lançamentos de livros de autores baianos
Foto: Reprodução / Facebook

A 8ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) começa nesta quinta-feira (11) e acontece até o domingo (14). O evento conta com debates literários, exposições, lançamentos de livros, apresentações artísticas entre outras atividades. 

 

No primeiro dia da Festa irá acontecer o relançamento da edição comemorativa de Cadernos Negros 40 anos. Em 2018, a mais longeva antologia afro-brasileira completa 40 anos de existência e, durante o evento, terá um recital com os autores baianos que fizeram parte dessa edição comemorativa. No volume 40, conta com 42 autores e com texto da contracapa assinado pelo ator Lázaro Ramos. Nessa celebração, que acontece às 15h30, na casa Educar para Transformar, estarão presentes 7 dos 8 autores da Bahia.

 

No feriado de 12 de outubro ocorrerá lançamento e bate-papo com os autores Franciel Cruz e Alex Simões, dos livros "Ingresia" e "Trans formas são", respectivamente. O evento também irá acontecer no auditório da casa Educar para Transformar, às 16h30.

 

Já no sábado (13), os autores baianos Caó Alves, José Walter Pires e Emanuela de Carvalho lançam seus livros “Almofadas com pelos de gato”, “A Epopéia de Horácio de Matos: o coronel da chapada” e "A terceira pessoa depois de ninguém" juntamente com um bate-papo. O lançamento será às 16h30 no mesmo local dos lançamentos anteriores.

Flica se alinha com cenário nacional da arte ao abrir espaço para diversidade em 2017
Foto: Divulgação

Equilíbrio e diversidade. É respeitando essas duas máximas que a sétima edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) começa nesta quinta-feira (5) homenageando o poeta Ruy Espinheira Filho e realizando, pela primeira vez, uma mesa somente com escritores da cidade, uma noite de gala para escritoras negras e uma mesa, também pela primeira vez, inteiramente dedicada à literatura indígena e seus escritores. Responsável pela curadoria desta edição, o jornalista literário Tom Correia assumiu a tarefa de compor as mesas da feira depois de ser público e escritor convidado. “Essas experiências me criaram uma empatia com o público e com os palestrantes”, contou o curador ao Bahia Notícias. O resultado é uma feira que conversa com seu público através dos livros e da pluralidade.

 

Essa é a Flica com o maior número de mesas exclusivas com escritores negros e negras, garante Correia. O motivo? “O momento sintomático para o país e esses escritores precisam ter mais voz”, conta o curador. Durante sua noite mais importante, a noite de sábado, a festa celebra a literatura negra com duas mesas. Em uma delas, a escritora Paulina Chiziane, primeira mulher negra de Moçambique a escrever um romance, divide a fala com a poeta Elisa Lucinda na mesa “A máxima potência que habita as palavras”. 

 


Paulina Chiziane / Foto: Divulgação

 

Também pela primeira vez com uma mesa exclusiva nesta Flica da diversidade, a literatura indígena encerra a programação da edição  no domingo (8) de manhã com a mesa “A imperdoável capacidade humana de apagar seus antepassados”. “Nós perdemos essa conexão com nossos ancestrais e não conhecemos a literatura indígena esse momento não deixará de ser um posicionamento”, declarou Tom Correia. Em tom diferente, mas não menos inédito, a mesa “Penso, falo, canto e sou sua liberdade, Cachoeira” vai homenagear a cidade que recebe a Flica, debatendo a literatura da cidade com seus escritores. 

 

 

Desde 2014, a Flica presta homenagens a autoras e autores vivos das primeiras gerações e em plena atividade criativa. Este ano, Ruy Espinheira Filho foi o homenageado escolhido. “O nome do Ruy surgiu de forma muito natural, uma vez ele é muito querido e não dificilmente é classificado como o maior poeta baiano vivo”, conta Correia. 

 


Ruy Espinheira Filho / Foto: Divulgação

 

Com carácter político, a curadoria de Tom Correia alinhou a Flica com outros espaços de arte que estão discutindo questões atuais da sociedade. No lugar de curadores do MAM e do Santander, envolto de polêmicas por abrir espaço para discussão de temas fora do senso comum, Correia é enfático: “se isso acontecesse comigo eu tentaria dialogar, o problema é que o outro lado não quer diálogo”. A sétima Festa Literária Internacional de Cachoeira acontece de 5 a 8 de outubro na Escadaria Câmera. 

BNDES divulga projetos culturais que terão patrocínio no 2º semestre; 4 são da Bahia
Flica é um dos projetos apoiados | Foto: Divulgação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou, nesta quinta-feira (20), a lista dos projetos selecionados para patrocínio no segundo semestre de 2017. Ao todo, 21 iniciativas nas áreas de audiovisual, música e literatura, com início entre agosto e dezembro, poderão receber até R$ 12 milhões, incentivados pela Lei Rouanet. Quatro destes 21 projetos contemplados acontecem na Bahia: 15º Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici 2017); 7ª Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2017); Periferia Brasileira de Letras e 22º Festival de Música Instrumental da Bahia.

 

CONFIRA OS EVENTOS SELECIONADOS: 
Agosto 

45º Festival de Cinema de Gramado – RS 
8º Circuito Musica Brasilis        Instituto Musica Brasilis – RJ/DF/PE 
27º Festival Ibero-Americano de Cinema (Cine Ceará 2017) - CE 

 

Setembro 
Lê pra mim? – SP/MA/AL 
50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - DF 
15º Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici 2017) - BA/SE/RN 
Mimo Festival 2017 – RJ/PE 

 

Outubro 
41ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo - SP 
7º Festival Música na Estrada – AM/PA/RR 
7ª Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2017) - BA 
Festival do Rio 2017 - RJ 

 

Novembro 
63ª Feira do Livro de Porto Alegre - RS 
55° Festival Villa-Lobos - RJ 
5º Festival Interacional de Música Clássica de João Pessoa - PB 
Circuito Penedo de Cinema - AL 
4ª Mostra de Cinema de Gostoso         - RN 
Periferia Brasileira de Letras – RJ/DF/BA 
5° Festival de Música Erudita do Espírito Santo - ES 

 

Dezembro 
3º Festival Internacional de Música Antiga de Diamantina - MG 
Festival Afroreggae de Música Clássica - RJ 
22º Festival de Música Instrumental da Bahia - BA

Flica 2017 terá homenagem a Ruy Espinheira Filho; evento será em outubro em Cachoeira
Foto: Divulgação

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) chega à sua sétima edição entre os dias 5 e 8 de outubro, com uma programação que inclui atividades como debates literários, lançamento de livros, exposições, apresentações artísticas, contações de histórias e saraus. A data, além de parte da programação, foi anunciada nesta terça-feira (18), em um evento com a presença de Rui Costa. “Mesmo com essa revolução tecnológica que estamos vivendo, acredito que as coisas não se excluem e vemos isso com o sucesso da Flica. A era digital não exclui a era do papel. O livro impresso continua tendo o carinho das pessoas. Mas o que importa mesmo, independente de ser impresso ou digital, é o conteúdo, a criação, a arte. É a viagem que cada um de nós faz ao ler um livro”, comentou ele, anunciando as ações do Governo do Bahia, que é patrocinador da Flica, como o projeto "Educar para Transformar", da Secretaria do Turismo do Estado; as atividades culturais de estímulo à leitura, promovidas pela Secretaria de Cultura do Estado, através da Fundação Pedro Calmon (FPC) e da Fundação Cultural do Estado (Funceb); ações da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) relacionadas à economia solidária; além de iniciativa da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), com a sala Milton Santos, com a divulgação de autores negros. Com curadoria de Tom Correia, o evento este ano homenageará o poeta e escritor Ruy Espinheira Filho, autor de mais de 20 livros e vencedor de prêmios importantes como o Jabuti, o Nacional de Poesia Cruz e Sousa, Nestlé, Ribeiro Couto, da União Brasileira de Escritores, de Poesia da Academia Brasileira de Letras, Portugal Telecom e o Rio de Literatura. Para esta edição da Flica, já foram confirmados nomes como Maria Valéria Rezende, Franklin Carvalho, Ricardo Lísias e Daniela Galdino, além dos mediadores Milena Britto, Wesley Correia e Mônica Menezes. Entre as mesas que já foram idealizadas estão “Memória, obsessões e outras matérias-primas da ficção”, “Intervenções, agitações e desvarios” e “A poesia em suas infinitas estações”.

Curador da Flica aprova redução de dias e suspensão da programação musical
Emmanuel Mirdad | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Na abertura da Flica 2016, na última quinta (13), a organização do evento tinha a expectativa de repetir o público das últimas edições. Com o fim da festa, neste domingo (16), o curador Emmanuel Mirdad garante que foi um "grande sucesso". "Ano passado, a gente teve um público pra cinco dias estimado em 35 mil, mas esse ano nós acreditamos que repetimos esse número com um dia a menos", conta o curador. Devido a atual situação econômica do país, uma solução encontrada para manter o nível da festa foi suspender a quarta-feira, mas, para Mirdad essa redução veio a calhar. "Acho que a Flica menor funcionou mais do que a Flica maior. Em 2011, inclusive, eram seis dias, a gente foi reduzindo aos poucos e percebendo que estava aumentando o público, então a gente percebe que acaba concentrando melhor de quinta a domingo, do que de quarta a domingo", defende.
 
Outra mudança presente nessa edição foi a extinção da programação musical, presente desde o primeiro ano. Mirdad explica que o palco que nasceu como bônus à programação principal das mesas perdeu essa característica. "Aquele palco descaracterizava o evento, dava uma sensação de festival de música, que não era real", pontua. O curador acredita que sem ele, os visitantes puderam apreciar melhor as instalações da cidade. Além disso, essa edição contou com maior participação de artistas pelas ruas de Cachoeira e outros espaços, como a Feira de Economia Solidária, a Casa das Editoras Baianas, o Pouso da Palavra e o espaço Educar para Transformar. "Chegamos no auge!", exalta Mirdad, que é também idealizador da Festa Literária.

Público da Flica 2016 destaca programação infantil e maior espaço para poesia
Caruru dos Sete Poetas | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Ao fim da sexta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira, o palco principal recebeu o "Caruru dos Sete Poetas" – evento inédito na festa. O maior espaço para a poesia com mesas exclusivamente dedicadas ao gênero, a exemplo de "Exílios Interiores" na tarde de sábado (15) com Ana Martins Marques (lembre aqui) e Ângela Vilma (e aqui) agradou o público. "Eu achei essa edição mais aberta para a poesia, discutindo temas urgentes da nossa contemporaneidade, as questões envolvendo as relações raciais, as desigualdades do Brasil e isso é muito importante", defende o estudante de pós-graduação, Carlos Átilla. Nascido em Cachoeira, mas vivendo em Salvador, Átilla não perde uma edição do evento desde o primeiro ano. Para ele, "os momentos mais interessantes" foram as últimas mesas de sábado – Conceição Evaristo e Alex Simões às 17h (saiba mais aqui), e Kabengele Munanga e Goli Guerreiro, às 20h.
 
Se tem uma coisa a ser melhorada, para Átilla, é explorar a diversidade de editoras, com produções de fora do centro comercial. "Faltou mais diversidade em termos de livros a serem vendidos, tem alguns livros interessantes, mas acho que poderiam ter outras editoras parceiras, que aumentassem as possibilidades", explica o estudante. Ele acrescenta que vai a eventos como a Flica a fim de conhecer novos títulos e autores, mas a livraria principal não lhe apresentou essas opções.



Zulmevalda e o neto na livraria | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Satisfeita com o evento, Zulmevalda Santana, o melhor está na opção de cultura para as crianças. "Ele quem manda!", ressalta, apontando para o neto de cinco anos. "É na Fliquinha que eu vou. Estamos esperando o avô dele que está ali na palestra e vamos seguir direto pra lá", conta Zulmevalda, que já frequenta a Flica há três edições. Ao contrário de Átilla, que conferiu o evento na íntegra, a funcionária pública só pôde chegar a Cachoeira na manhã deste domingo (16). "Eu escolhi hoje porque nos outros dias eu trabalho e aí não tem condição de participar da festa", explica. Ainda assim, ela não quis deixar de conferir o evento, junto com o marido e o neto, a quem incentiva a cultura.

Pela primeira vez na Flica, a estudante de Psicologia Rafaela Marques e a operadora de telemarketing Tamires Oliveira lamentam não ter podido conferir os quatro dias da festa. "Já conhecia por nome e as pessoas comentavam muito, eu estou adorando", afirma Rafaela, que foi conferir a última mesa com o grupo de poetas de Cachoeira. Tamires, que admitiu adorar a cidade, garante que as duas vão voltar no ano que vem. "Se possível, todos os dias", ressalta.
‘A nossa visibilidade ainda é diminuta’, diz Conceição Evaristo sobre literatura negra
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Com contos, romances e poesias publicadas, a autora mineira Conceição Evaristo é reconhecida como uma grande escritora brasileira, sobretudo, por contribuir para a valorização da literatura negra. Na mesa “As Águas dos Contrassonetos e os Olhos da Vândala Insubmissão”, apresentada ao lado do poeta baiano Alex Simões, na Flica, nesse sábado (15), a escritora emocionou a plateia, que a aplaudiu de pé. Em entrevista ao Bahia Notícias, Conceição comentou os desafios de espaço para a divulgação do trabalho de autoras negras. "Agora, nesse momento, é que as mulheres negras começam a ter uma visibilidade relativa, mas se você leva em consideração, por exemplo, a literatura produzida por mulheres na contemporaneidade, você vai ter muito mais holofotes ou a crítica literária trabalhando com brancas", avalia a mineira. Para Conceição, cabe a imprensa e demais meios de comunicação dar cobertura aos que chama de "invisibilizados". Ela explica que esses trabalhos só tinham reconhecimento na universidade. "A autoria negra aparece quando pesquisadores se debruçam sobre essa produção, mas a nossa visibilidade, em relação às mulheres brancas, ainda é diminuta”. 
Com Roberto Mendes e Jorge Portugal, FPC estreia 'O violão e a palavra'
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
A fim de aproveitar o público presente em Cachoeira para a Flica 2016, a Fundação Pedro Calmon (FPC) estreou o projeto o "O violão e a Palavra", na noite desse sábado (15). A primeira edição contou com a participação do secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal, e o músico Roberto Mendes. "O objetivo do projeto é fazer uso da música, ou melhor dizendo, de todo e qualquer elemento artístico porque também pode ser o teatro e a poesia, mas fazer uso dessas ferramentas artísticas para estimular o livro e a leitura", explicou o diretor da FPC, Zulu Araújo. Ele adiantou também que a partir de 2017, o projeto deve ser apresentado uma vez por mês para estudantes do segundo grau da rede pública. As próximas duplas de convidados ainda não foram confirmadas, mas um nome já está garantido: Lazzo Matumbi.
Para comerciantes de Cachoeira, Flica representa aumento de lucros em até 200%
Gerente afirma aumento de 200% no lucro | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Parece unanimidade entre os comerciantes que a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) traz benefícios à economia da cidade. As pousadas ficam lotadas, restaurantes sempre cheios e os empreendedores veem uma oportunidade de ampliar seus negócios. É o caso de Gisele Oliveira, que criou a marca de acessórios artesanais "Quilombelas" há quatro anos. Gisele conta que o negócio nasceu quando estava prestes a acontecer a terceira Flica, então aproveitou o momento para divulgar seu trabalho com um stand na praça. "O plano já era de continuar, mas a Flica foi um grande incentivo porque a gente vendeu muito", conta a artista. De lá para cá, Gisele não deixou de expor seu trabalho em nenhuma edição e até incentivou amigos a fazerem o mesmo.



Gisele comercializa as peças da marca 'Quilombelas' | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias 

Situação parecida levou Cyntia de Azevedo a estender o Centro Espírita Casa dos Velhos para a Praça Treze de Maio. O centro, que neste ano comemorou 46 anos, há quatro transfere seu ponto de compras para as ruas nos dias da Festa Literária. "As vendas aumentam muito, inclusive, a gente sai do centro e traz a literatura espírita para as ruas e isso é importante pra divulgação do movimento", aponta a presidente da Casa. De acordo com Cyntia, as vendas chegam a crescer cerca de 70% a 80% no período. Um crescimento ainda maior é notado nos restaurantes. Segundo o gerente Adilson Conceição, do FristiqueRestaurante e Pizzaria, o lucro aumenta em cerca de 200%. "A gente coloca três pessoas a mais pra ajudar nessas situações porque ajuda muito o negócio", afirma.



Cyntia, à direita, celebra aumento de vendas e divulgação do Centro Espírita | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias 

Cidade com cerca de 35 mil habitantes, Cachoeira fica mais povoada com suas pousadas cheias. Visitantes que não encontram vaga chegam a se hospedar em cidades circunvizinhas, como São Félix e Muritiba. "Nesse período, a gente tem ocupação de 100% dos quartos e do restaurante. A gente está vendo aumento de demanda grande de escola, de estudante, que vem passar o dia aqui, almoça e volta", explica Edson Oliveira, gerente da Pousada do Convento. Oliveira acrescenta ainda que isso contribui para a divulgação da cidade e fortalece o turismo no ano inteiro.
Para semifinalista do Prêmio Oceanos, o Brasil tem dificuldade em mapear autores
Ana Martins Marques | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
A poeta mineira Ana Martins Marques fez sua estreia na Flica, à frente da mesa "Exílios Interiores", junto a poeta baiana Ângela Vilma, na tarde deste sábado (15). Com quatro livros lançados – três sozinha e o último, um livreto, feito com Marcos Siscar, Ana pontuou no bate-papo os desafios que um autor iniciante encontra para ser publicado. "O Brasil é um país muito grande e eu acho que existe uma dificuldade de mapear as questões que estão acontecendo, sobretudo, nos grandes centros, nos lugares onde estão essas editoras e livrarias", analisa. Ela conta que sua primeira obra, "A vida submarina" (2009) foi lançada por uma pequena editora de Belo Horizonte, mas seus trabalhos seguintes já ganharam selo da Companhia das Letras. Seu terceiro título, “O livro das semelhanças” (2015) concorre entre os semifinalistas ao Prêmio de Literatura Oceanos (veja aqui).
 
Entretanto, a mineira concorda que, para quem está estreando na literatura, o alcance da internet é uma boa arma para driblar essa disputa por espaço no meio comercial. "Esse aspecto hoje é um pouco contornado pela internet e pela forma como os editores conseguem hoje mostrar o que eles escrevem em blogs, no Facebook, então cabe aos leitores e aos críticos prestar atenção nesses espaços de publicação disponíveis", salienta. Essa foi a solução encontrada por Ângela Vilma (veja mais aqui). A baiana lembra que embora lhe recomendassem o Facebook, por muito ela adiou o compartilhamento de seus poemas na rede social. "Mas depois que eu comecei, eu escrevi mais de 600 poemas lá desde 2013 e eu escrevia porque a resposta vinha, era imediata", comenta, ressaltando que transformou a internet em vitrine da sua obra.

'Parece que as pessoas não sabem que estão no exílio', ressalta poeta baiana na Flica
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Com a presença das poetas baiana Ângela Vilma e mineira Ana Martins Marques, a Flica 2016 abriu espaço para a poesia na mesa "Exílios interiores", apresentada na tarde deste sábado (15), na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em Cachoeira. Além do processo de escrita e desafios na fase de publicação, relatados pelas autoras, a mesa não deixou de abordar o panorama político do país. "Eu não consigo dissociar a literatura da política, então eu vou escrever minha complexidade e eu mostro minha cara, sou eu quem está falando", explica Ângela, que é também professora na Universidade Federal do Recôncavo Baiano. A poeta também demonstrou sua indignação diante da aprovação da PEC 241 na Câmara dos Deputados - a Proposta de Emenda à Constituição cria um teto para gastos públicos a partir do congelamento das despesas do Governo Federal nos setores públicos. "Parece que as pessoas não sabem que estão no exílio", afirma, acrescentando ainda que seja esse é o momento de "parar tudo". A mesa foi interrompida por um grupo de alunos de História da UFRB, que protestaram contra a PEC e o presidente Michel Temer (veja aqui).
Para autor colombiano, a língua prejudica o conhecimento da produção brasileira
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Primeira atração internacional a se apresentar na sexta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), o colombiano Juan Gabriel Vásquez lamenta ainda não falar português – além de espanhol, ele fala inglês e francês – e precisar de tradução simultânea para participar da mesa “Histórias de humor sutil, micromundos familiares e fratura generalizada”. Com tristeza, ele admite que esse impasse é também o que lhe impede de conhecer a fundo a literatura brasileira. "Temos uma relação forte com Chile e Uruguai graças à língua, então essa barreira é um impedimento muito triste pra mim porque o entendimento, a sincronia cultural, temperamental é muito mais forte com o Brasil do que com outros países", afirma o autor, assumindo a "culpa" por acreditar que os brasileiros têm muito mais facilidade em entender espanhol do que o contrário. Por conta disso, ele sente que possui um débito com o país por não conhecer a fundo produção nacional. “Tenho certeza que não conheço a literatura brasileira, é muito mais do que eu conheço. Claro, posso falar de Clarice Lispector, de Jorge Amado, de escritores da minha geração, que respeito e admiro muito como Adriana Lisboa, mas sinto desconhecimento e é algo que tenho que remediar", analisa.



Com mediação de Zulu Araújo, Juan Gabriel Vásquez dividiu a mesa com o crônista Antônio Prata | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias 

Conhecido por obras, como “The Informers” (2008), "Reputations (2016)" e “The Sound of Things Falling” (2014) – essa lhe deu o prêmio Impac, maior da literatura irlandesa, Vásquez dedica sua obra à memória e à história da Colômbia. "Eu estudei há muito tempo essa ideia de que nós, escritores, escrevemos sobre o que conhecemos, sobre o sabemos perfeitamente. Isso é mentira", ressalta. Embora a Colômbia seja o país onde nasceu, cresceu e vive nos dias atuais, o autor sentia que lhe faltava entendimento sobre a nação, o que ele foi buscar com a escrita sobre o passado colombiano. O olhar estrangeiro que adquiriu quando viveu na Espanha também auxiliou o seu processo criativo. "Me deu uma perspectiva que, por alguma razão, nós, latino-americanos necessitamos. É como se vê, a melhor novela sobre a Colômbia foi escrita por Gabriel García Marques no México, a melhor novela sobre o Peru foi escrita em Londres e é assim com todos. Nós precisamos dessa perspectiva, de nos afastar para entender nosso país", conclui. Com mediação do diretor da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, Vásquez participou da mesa de abertura deste sábado (15), na Flica, ao lado do paulista Antônio Prata.
Com programação de múltiplas linguagens, Fliquinha atrai excursões de estudantes
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Realizada há quatro edições dentro da Flica, a Fliquinha é considerada parte essencial da festa. A programação, que supera em tamanho a mesa principal, é centrada no Cine Theatro Cachoeirano e conta com mais de 20 atrações ao longo dos quatro dias. Nos dois primeiros, a Fliquinha recebeu nomes como Roseana Murray e Carlinhos Brown e, até domingo (16), mais representantes da literatura infantil devem participar. “A gente pensa em trazer uma programação sempre diversa, usando a literatura nas múltiplas linguagens. Nossa grade esse ano tem cinema, teatro, contação de histórias, tem vários autores, tanto locais quanto nacionais, porque a nossa intenção é que as crianças comecem a ler, mas de uma forma prazerosa”, explica Mira Silva, curadora do evento infantil.
 
Presença confirmada na festa, as crianças vão acompanhadas de pais ou professores. Diante do interesse das escolas em levar os alunos ao evento, neste ano, os organizadores promoveram uma sessão com os educadores para apresentar a programação previamente e atrair mais visitas. “A gente foi adquirindo esse hábito na cidade. No primeiro ano [2013], a gente não teve tantas escolas, mas o evento foi ganhando sucesso, proporção. As escolas foram abraçando o evento e, hoje, a gente tem grandes números. Então, nesse ano, a gente provocou isso com um encontro antecipado para apresentar a grade e convidá-los a participar do evento”, defende Mira. 
A proposta deu certo. Pela primeira vez, todos os alunos do Colégio Teresa de Lisieux, sediado na cidade de Cabaceiras do Paraguaçu, a uns 30 km de Cachoeira, puderam conferir a Festa Literária. De acordo com o professor de Matemática, Everaldo Brandão, que acompanhava os alunos do 6º e 7º anos, isso representa uma média de 700 alunos. “Significa poder trabalhar interdisciplinaridade. Não só pra sair dessa rotina de sala de aula, mas é uma viagem de campo que os meninos adoram, um momento de estar vivenciando a cultura regional com a riqueza cultural de Cachoeira e também um momento de descontração que eles participam”, afirma Brandão, que esteve no evento com alguns dos alunos nas edições anteriores.
 
Conhecedora antiga da Flica, a estudante Gabriela Santos, de 11 anos, define o evento como um "momento único" no ano para celebrar e difundir a leitura. “Essa é a primeira vez que a turma toda veio, aí a gente está aprendendo tanta coisa nova, conhecendo novos autores. Já comprei dois livros”, conta a estudante, animada ao mostrar seus novos títulos de Ana Maria Machado e Gilson Caetano de Sousa. Com os demais estudantes e outros públicos, o Cine Theatro Cachoeirano deverá receber cerca de cinco mil pessoas até o fim da festa.

Homenageada da Flica, Ana Maria Machado afirma que professores têm lido menos
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Homenageada da sexta edição da Festa Literária de Cachoeira (Flica), Ana Maria Machado participou do evento pela segunda vez. A primeira foi em 2014, convidada para prestar uma homenagem póstuma ao escritor e seu amigo pessoal João Ubaldo Ribeiro, que havia acabado de falecer.  Nesse retorno, ela apresentou a mesa "O mar, o mapa e a audácia", em referência a três de suas obras, na principal mesa desta sexta-feira (14). "Eu adorei Cachoeira, as pessoas foram fantásticas aqui. Eu passeei, saí de barco, conversei com as mulheres que fazem colares, aí dois anos depois, eles me ligam dizendo que queriam me homenagear, eu fiquei meio sem fala, só posso agradecer muito", conta a autora. Com uma vasta literatura dedicada a um público infantil, Ana Maria defende que as crianças estão lendo mais e lendo bons conteúdos. Ela explica que isso se deve a "políticas de estado e não de governo", que surgiram no governo Fernando Henrique Cardoso e perduram até os dias atuais – políticas que aumentaram e melhoraram, ela ressalta, a distribuição de livros na escola. "Então, a questão do acesso ao livro infantil ficou praticamente resolvida, toda escola hoje tem livro e livro de qualidade, livro bonito, então as crianças leem muito", avalia a autora, que foi presidente da Academia Brasileira de Letras. Para a autora, o problema surge na educação de adolescentes, que não teve o mesmo progresso. Isso acontece tanto porque com a mudança de cenário, os jovens perdem o interesse no aprendizado e não desenvolvem boas relações com os professores, quanto pelos mestres que não recomendam leituras ou apresentam desafios, dentre outras questões. "Eles [os estudantes] vão tendo uma relação com os professores que nem sempre é uma relação muito bem resolvida, o abandono, a evasão escolar é muito grande e em grande parte das vezes, esses professores não leem, então não conversam com eles sobre livros", resume, acrescentando ainda que isso afasta o aluno da leitura.
Estreante na Fliquinha, Carlinhos Brown apresenta projeto de consumo consciente
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Pela primeira vez na programação da Fliquinha, Carlinhos Brown participou de um "bate-papo musical" com crianças no Cine Theatro Cachoeirano, nesta sexta-feira (14). O músico apresentou o projeto "Paxuá e Paramim", idealizado por ele em parceria com a Coelba, que tem o objetivo de conscientizar o público infantil sobre o consumo de energia. "As crianças foram bem simpáticas, elas compreenderam, e essa utilização vai vir do dia a dia. O que a gente espera com isso é que crianças mestras possam intuir os seus pais também no consumo responsável, sobretudo em relação à energia", ressalta Brown.

 

Um vídeo publicado por FLICA (@flicaoficial) em

 
Lançado no último domingo (9), o projeto conta ainda com uma websérie com oito episódios de 60 segundos cada, revista em quadrinhos e um aplicativo para dispositivos móveis com dicas sobre o consumo consciente. Na oportunidade, a apresentação do projeto foi seguida por um show para as crianças, que Brown pretende apresentar em outros locais. "Quero voltar a Cachoeira e fazer esse concerto na praça", avisa. Para o músico, o fortalecimento da união entre a música e a literatura, como se pôde ver com o prêmio Nobel de Bob Dylan (saiba mais aqui), só valoriza o encontro entre as linguagens. "A poesia cantada, a poesia musicada está ganhando outros valores. Você está diante disso e, sabendo que nós podemos nos comunicar através da música e da literatura, isso nos fortalece muito e nos dá ênfase pra criar melhor", afirma. A programação da Fliquinha, nesta sexta (14), será encerrada com a segunda edição do bate-papo com o público e autora Roseana Murray.

'Eu não sabia que ia ser meu best-seller', diz Milton Hatoum sobre clássico 'Dois Irmãos'
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
"Dois Irmãos" foi originalmente publicado em 2000, mas 16 anos depois esse livro ainda é considerado a maior obra Milton Hatoum. Modesto, o autor afirma que nunca teve a pretensão de ser clássico, mas entende o quanto esse título marcou sua trajetória. "Eu não sabia que ia ser meu best-seller", brinca o amazonense, em entrevista à imprensa, antes de comandar a mesa “A voz do autor”, ao lado do baiano João Filho na Flica 2016. "Eu acho que é um drama familiar que trabalha com arquétipos, irmãos, rivais. É um tema bíblico, que está na literatura, nos mitos ameríndios, está nos mitos egípcios. Então, essa mãe muito presente e o mistério sobre quem é o narrador, quem é o pai do narrador, eu acho que tudo isso envolve o leitor", acrescenta.


À direita, João Filho também participou da mesa, comentando sua obra | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias 

Hatoum concorda que a leitura acadêmica da obra, que é cobrada em vestibulares da Amazônia, colabora muito para o fortalecimento do texto na atualidade. Além de nortear estudos, o livro também originou uma história em quadrinhos e, em 2017, vai estrear como minissérie da TV Globo. "Eu fiz uma palestra no Projac pra os atores, diretores, todo mundo. Depois eu acompanhei o roteiro feito pela Maria Camargo, que é extraordinário. O roteiro é lindo, eu li todo e praticamente não dei muitos detalhes, ela conhece muito mais do que eu, leu mais de 20 vezes, coitada", comenta, ressaltando que não interferiu em nada na produção. Com direção de Luiz Fernando Carvalho, a série de oito capítulos tem previsão de estreia para 9 de janeiro do próximo ano. O elenco da trama conta com nomes como Cauã Reymond no papel dos gêmeos protagonistas Omar e Yakub, Antônio Fagundes, Maria Fernanda Cândido, Juliana Paes e Eliane Giardini.

Já a HQ, de autoria dos gêmeos paulistanos Gabriel Bá e Fábio Moon, foi lançada em 2015. Diferente da adaptação para a TV, a ilustração contou um acompanhamento maior de Hatoum. "Eu conversei muito com eles, eles foram a Manaus. Esse processo nos quadrinhos durou quatro anos de desenho, de adaptação do texto e ganhou o maior prêmio dos Estados Unidos, foi traduzido pra muitos idiomas, saiu na Turquia agora", conta o autor, orgulhoso. A versão HQ do clássico venceu a categoria de "Melhor Adaptação" no Prêmio Eisner, considerado o "Oscar dos Quadrinhos", em julho deste ano.
Do Éden à Finlândia: Mesa discute literatura fantástica no segundo dia da Flica
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Única mesa dedicada à literatura fantástica da Flica 2016, "Do Éden à Finlândia" trouxe os autores Eduardo Spohr e Scarlet Rose a Cachoeira para falar sobre seus processos criativos, inspirações, desafios para publicação, dentre outros pontos. A mesa abriu a programação do segundo dia da Festa, na manhã desta sexta-feira (14). Com cinco livros já publicados e prestes a lançar o sexto, Spohr destaca que o mote para cada criação é a pesquisa. "O primeiro nível que não deve ser desprezado é a internet. O segundo nível da pesquisa são os livros. Isso é muito importante pra quem escreve. Pega um livro e lê ele inteiro. O terceiro nível de pesquisa é o canal, é conhecer o lugar porque o leitor vai sentir", elenca o escritor, que é também jornalista e colabora com o Nerdcast, um dos podcasts mais populares no Brasil.
 
Diferente de Spohr, Scarlet escreveu "Finlândia" inspirada na cultura de um país que nunca conheceu. A autora baiana ressalta a proximidade com a cultura nacional, que apropria coisas, como a figura do Papai Noel, original da terra finlandesa. "Eu adoro a Aurora Boreau; gosto muito do compositor finlandês, Sibelius; na literatura da Finlândia, eles têm um épico chamado 'Kalevala', que explica o surgimento do povo finlandês e é algo muito fantasioso, se aproxima muito da 'Ilíada'; e uma banda de love metal, chamada H.I.M.", pontua sobre suas influências. Com a recepção do público ao seu livro de estreia, Scarlet já se prepara para publicar um spin-off centrado no "Senhor da Sombra", personagem metamorfo da trama original. Nessa sequência, que deve sair em 2017, ela promete trazer as personagens para uma visita à colônia finlandesa no Brasil. Ainda esse ano, Spohr lança "Filhos do Éden: Universo Expandido", que vai mesclar a ideia de uma enciclopédia ilustrada com jogo de RPG. A publicação será feita em parceria com o ilustrador Andrés Ramos.

 


Scarlet Rose já prepara um spin-off de 'Finlândia' | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Psicóloga de formação, a baiana foi batizada como Bárbara Fontes. O pseudônimo surgiu ainda na adolescência, apelidada por um amigo, que se inspirou no título da canção de uma banda de rock. "Eu comecei a escrever nos textos, assinava nos cadernos da escola como Scarlet Rose. É quase uma entidade, ela existe, as pessoas me chamam e aí eu tive a oportunidade de colocar. Pensei: 'por que não lançar um livro assim?'. Eu li muito Fernando Pessoa, ele adora pseudônimo e seria mais uma curiosidade sobre mim, as pessoas saberiam que eu gosto de rock", explica a autora, excluindo a ideia de esconder sua vida pessoal. Scarlet afirma ainda que seu trabalho na psicologia lhe ajudou a construir a complexidade das personagens do livro.
'A gente vai aumentar o apoio direto à Flica', diz secretário de Cultura
Foto: Bahia Notícias
Responsável por mediar a mesa de abertura da Flica 2016, o secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal, destaca o caráter inspirador do evento para a Bahia. "A importância da Flica já é enorme pra o Brasil, a segunda maior festa e isso a torna inspiradora para a Bahia. A gente já viu esse ano a Fligê, que é a Festa Literária de Mucugê, e outras também", exalta o secretário. De acordo com a importância cultural do evento, Portugal ressalta que, independente dos cortes de gastos, a Festa não será prejudicada. No mínimo, será tão grande e significativa quanto a quinta edição. "Obviamente que há proporção entre o orçamento e investimento. A gente vai aumentar o apoio direto à Flica, que a tornará maior do que ela é", afirma. Também conhecido como o professor Portugal, o secretário garante que vai ficar em Cachoeira até domingo para assistir ao máximo de mesas possível. No sábado (15), ele participa também como artista na mostra "O violão e a palavra", ao lado de Roberto Mendes. Animado com o grande público jovem já presente no primeiro dia, Portugal vê nessa participação a comprovação do sucesso da festa. "Essa é a beleza porque, nesse caso, é o professor que vibra e conta pra o secretário: 'aí, está vendo que é possível? Está vendo que tem que fazer, que tem que apoiar?", brinca.
Com mesa sobre 'Histórias da gente brasileira', Flica tem recorde de público
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Especialista em História do Brasil, a carioca Mary Del Priore abriu a programação da 6 Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), na tarde desta quinta-feira (13). A autora ministrou a mesa "Histórias da gente brasileira", sobre o seu livro homônimo, lançado neste ano. "Eu me sinto honradíssima, eu acho que é um reconhecimento da história, da importância da história na vida das pessoas e não do meu trabalho", declarou a autora. Sua mesa foi a primeira de todas as edições do evento a se dedicar exclusivamente a um livro e, de acordo com a organização, registrou recorde de público para uma tarde de quinta-feira. Mas, como esperado, com a abertura para perguntas do público, Mary não deixou de falar sobre outros assuntos, como a influência de Gregório de Mattos na sua bibliografia, ela também pontuou a má divulgação e pouca discussão acerca das políticas de reparação, comentou a censura que sofreu quando lançou um livro sobre Euclides da Cunha e ainda destacou que, ao contrário do que afirmam, os jovens estão, sim, lendo mais conteúdos. Muitas perguntas durante a mesa foram feitas por adolescentes ainda no ensino médio. "Eu recebo isso com muito carinho e gosto de vir a esses eventos pra estar perto das pessoas, saber quais são as preocupações que elas têm, transmitir isso através dos meus livros, tentar dar respostas, eu acho que nós precisamos disso", ressalta sobre a importância do ensino e do interesse pela história. Dando sequência à tetralogia, o segundo livro, "Império", deve ser lançado agora em novembro. O terceiro, que traz uma compilação de memórias, tem como subtítulo "República (1889 a 1950)" e chega às livrarias em maio de 2017. Quarto e último livro da série, "República (1951 a 2000)" também será publicado no ano que vem.
Com autores locais, nacionais e internacionais, Flica divulga programação de sua 6ª edição
Ana Maria Machado será homenageada | Foto: Bruno Veiga
A programação da 6ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), realizada entre 13 e 16 de outubro, na histórica cidade do Recôncavo baiano, foi divulgada nesta quinta-feira (29). O evento contará com autores locais, nacionais e internacionais, com destaque para a carioca Mary Del Priore, que abrirá a Flica às 15h, com a mesa temática “Histórias da Gente Brasileira”, mesmo nome de seu mais recente livro, lançado pela editora LeYa. Esta será a primeira vez que uma mesa é dedicada exclusivamente a uma obra. A mediação será do Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal. Participam do evento ainda nomes como Ana Maria Machado (homenageada desta edição da Flica), Mônica Menezes, Eduardo Spohr, Scarlet Rose, Miltom Hatoum, João Filho, Juan Gabriel Vásquez (Colômbia), Antonio Prata, Ana Martins Marques, Ângela Vilma, Conceição Evaristo, Alex Simões, Kabengele Munanga (Congo), Goli Guerreiro,
 
Programação Flica 2016
Quinta 13/10
Mesa 1 – 15h
“Histórias da gente brasileira”
Mary Del Priore
Mediação: Jorge Portugal

Mesa 2 – 19h
A confirmar
 
Sexta 14/10
Mesa 3 – 10h
“Do Éden à Finlândia”
Eduardo Spohr e Scarlet Rose
Mediação: Suzane Lima Costa
 
Mesa 4 – 15h
“A voz do autor”
Miltom Hatoum e João Filho
Mediação: Mirella Márcia
 
Mesa 5 – 19h
“O mar, um mapa, a audácia”
Ana Maria Machado conversa com Mônica Menezes
 
Sábado 15/10
Mesa 6 – 10h
“Histórias de humor sutil, micromundos familiares e fratura generalizada”
Juan Gabriel Vásquez (Colômbia) e Antonio Prata
Mediação: Zulu Araújo
 
Mesa 7 – 14h
“Exílios interiores”
Ana Martins Marques e Ângela Vilma
Mediação: Mônica Menezes
 
Mesa 8 – 17h
“As águas dos contrassonetos e os olhos da vândala insubmissão”
Conceição Evaristo e Alex Simões
Mediação: Lívia Natália
 
Mesa 9 – 20h
“Entre cidades atlânticas”
Kabengele Munanga (Congo) e Goli Guerreiro
Mediação: Zulu Araújo
 
Domingo 16/10
Mesa 10 – 10h
Caruru dos 7 Poetas na Flica
Fliquinha: Caixa Cultural tem atividades gratuitas para público infantil neste sábado
Peça “A maré do amor sem fim” está na programação | Foto: Anderson Zeg
O público infantil terá uma programação exclusiva, neste sábado (9), dentro da Flica, na Caixa Cultural Salvador. A Fliquinha acontece de 9h30 às 18h, com atividades que incluem apresentações teatrais e musicais, além de brincadeiras e encontros com autores infantis. “Nosso principal foco é despertar o interesse das crianças pela leitura, além de levar cultura e entretenimento para as famílias, incluindo todos nesta vivência. Por isso, a programação busca resgatar diversas expressões literárias, seja através do teatro, do livro ou em brincadeiras”, explica Lília Gramacho e Mira Silva, curadora do evento.
 
Programação:
Fliquinha - Sábado, 9 de julho
9h30 – Grupo Pé de Moleca – Diversão musical com arte-educadoras 
10h30 – Educador Sócrates Côrtes - Brinquedos feitos à mão
11h30 – Bate-papo com a escritora Renata Fernandes
14h30 – Grupo Nariz de Cogumelo - espetáculo “A maré do amor sem fim”, adaptação da obra da escritora baiana Claudia Barral, que mescla humor com lirismo e poesia
15h30 – Bate-papo com a escritora Ângela Lago
16h20 – Grupo Ereoatá - Apresentação teatral com bonecos
17h10 – Grupo Canela Fina - Musical para despertar a arte e a ludicidade nas crianças
Caixa Cultural recebe edição da Flica com participação de Xico Sá e Márcia Tiburi
Foto: Carla Galrão / Divulgação
Amantes da literatura, em Salvador nos dias 8 e 9 de julho, terão a chance de participar da Festa Literária na Caixa Cultural. Com programação voltada para o público infanto-juvenil, o evento será realizado na sede da instituição, sob curadoria do jornalista Mário Mendes. No evento, será ainda anunciada, com exclusividade, a data da sexta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica).

Com a participação do jornalista Xico Sá, o escritor e roteirista Reinaldo Moraes e o escritor baiano Márcio Matos, o primeiro dia vai abordar questões de gênero, tendo como tema "Essa moça tá diferente: Garotos podres encontram mulheres empoderadas". O debate terá início às 18h, com mediação pela jornalista Danutta Rodrigues.

A programação para as crianças acontece no sábado, a partir das 9h30, com brincadeiras, conversas, oficinas e apresentação do grupo Pé de Moleca. Às 10h, Antonio Cícero e Lívia Natália discutem sobre cultura pop na mesa "Entre devaneio sublime e desvario pop". Às 15h, Márcia Tiburi e Antonio Prata conversam sobre "A fogueira digital das polêmicas midiáticas" e, para encerrar o dia, às 18h, o jornalista e escritor Edney Silvestre se une à romancista baiana Állex Leilla na mesa "A resistência da escrita".

SERVIÇO:
O quê:
Flica na Caixa Cultural
Quem: Xico Sá, Reinaldo Moraes, Márcio Matos, Antonio Cícero, Lívia Natália, Márcia Tiburi, Antonio Prata, Edney Silvestre, Állex Leilla
Quando: 08 de julho, das 18h às 21h e 09 de julho, das 9h30 às 21h
Onde: Caixa Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro – Salvador (BA)
Valor: Entrada franca
Cinco projetos culturais baianos são selecionados em programa de patrocínios da Oi
Foto: Divulgação
Cinco projetos baianos foram selecionados no edital 2015/2016 do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados. Foram contemplados, nesta edição, a Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira), o Festival Salvador Mapping: Olhares de Uma Memória, além dos projetos Música no Parque, Conexões Sonoras e Central Geek. Além das produções baianas foram selecionados outros 68 do Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. A lista completa pode ser acessada no site www.oifuturo.org.br.
Flica anuncia jornalista Mario Mendes como curador-geral para edição 2016
Foto: Reprodução/ Flica
O Festa Literária de Cachoeira anunciou, nesta quarta (2), o curador-geral para a edição 2016. O jornalista e crítico literário e cultural Mario Mendes assume o cargo. Formado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Mendes trabalhou na revista Interview, na Folha de S. Paulo, foi redator-chefe da Elle e diretor geral da revista Daslu. O paulistano escreveu também para as revistas Vogue, Isto É e Veja.
 
Na última Flica, o jornalista mediou as mesas "Em trânsito", com Sapphire e Livia Natália, e "Sobre palavras e princesas" com as autoras Meg Cabot e Paula Pimenta. Para Aurélio Schommer, historiador e conselheiro estadual de cultura, responsável pela curadoria do evento nas últimas cinco edições, Mendes representa, por um lado, "a inevitável transição da Flica para uma Festa ao mesmo tempo regional, nacional e global”, e, por outro, “o penetrar numa dimensão completa e plural da cultura”. “A mim me prende o ensimesmado do autor literário, a autorreferência de um escritor exilado da cultura em transformação e múltipla. Mario ultrapassa estes limites estreitos, ao mesmo tempo em que se revela um crítico literário capaz de dois olhares que me faltam: o da formação literária clássica, capaz de compreender o sentido estético do texto; e o viver étnico com o diferente, agregando o ponto de vista de leitores de identidades que eu não alcanço, pois me parece e a minha experiência me diz, que o autor não é bom crítico. O bom crítico é o bom leitor, que decupa e interpreta o texto, enquanto o escritor, ao construir o texto, sabe que faz, mas não sabe o que faz”, afirma Aurélio.
Flica 2015: público conta com unidades móveis de leitura e de livros a preços baixos
Crianças ouviram histórias contadas por adultos | Foto: Camila Souza/ GOVBA
Em seu penúltimo dia, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Recôncavo Baiano, ganhou um reforço para incentivar a leitura em todas as idades e o acesso a livros com preços populares. Duas unidades móveis da Fundação Pedro Calmon (FPC), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) estão estacionadas na Praça do Canhão, ao lado da Câmara Municipal, trazendo diversas obras disponíveis para consulta e compra. No ônibus da Biblioteca Móvel, além dos mais de 600 livros para leitura, crianças e adultos puderam ouvir neste sábado a contação de histórias. Já no ônibus da Feira Móvel de Livros da FPC, há comercialização de cerca de 400 títulos, com valores entre R$ 5 e R$ 20. De acordo com a coordenadora de articulação política da Diretoria do Livro e da Leitura da FPC, Neuza Martins, a proposta do estado, por meio do Plano Estadual do Livro e da Leitura, é promover a leitura como prática social. "A partir deste objetivo, desenvolvemos estas ações, sempre com a proposta de integrar autores baianos, editoras baianas e mediadores da leitura", explica a coordenadora. A Flica acontece em Cachoeira até este domingo (18). 
Cachoeira reúne literatura e história durante Festa Literária
Foto: Divulgação
Além da literatura, os participantes da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece até o próximo domingo (18), podem aproveitar para conhecer o patrimônio da cidade tombada como Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1971. Para possibilitar a visita de baianos e turistas, os principais monumentos e museus da cidade funcionam em horários especiais com conforto e segurança garantidos.
 
A Igreja da Ordem Terceira do Carmo, a Igreja da Matriz, o Memorial da Boa Morte, o Museu Hansen Bahia e o Memorial da Câmara de Vereadores tiveram os horários de funcionamento ampliados, das 9h às 12h e das 14h às 17h, incluindo o sábado e o domingo.
 
A oportunidade de aliar literatura à riqueza histórica de Cachoeira surpreendeu a historiadora paulista Fernanda Trindade, que veio à Bahia pela primeira vez para a Flica com a família. "Está sendo uma surpresa incrível conhecer está história e o papel da cidade na independência".
 

Cachoeira reúne importante acervo arquitetônico em estilo barroco com casas, igrejas, prédios históricos que preservam a imagem do Brasil Império quando foi a vila era uma das mais ricas e populosas do Brasil nos séculos XV. 
Autores brasileiros e internacionais marcam presença na Flica, em Cachoeira
Foto: Guilherme Gonçalves | Divulgação
Nesta quarta-feira (14), começa a quinta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que terá como escritor homenageado o autor baiano Antônio Torres, membro da Academia Brasileira de Letras. A mesa de abertura da festa, “Gentes brasileiras”, começa às 19h e conta com a participação do imortal Antônio Torres e do jornalista especializado em cobertura de conflitos e autor do romance “Ariana”, Igor Gielow. A mediação fica por conta do Secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal.

Na última edição, em 2014, mais de 20 mil visitantes circularam pela cidade de Cachoeira, que recebeu, além de literatura, diversas outras manifestações artísticas. Para este ano, a expectativa é de público dobrado em função da popularidade de alguns autores confirmados e da consolidação da Festa como principal evento literário da Bahia.

Nomes nacionais e escritores estrangeiros farão parte da festa, que já é uma das mais importantes no calendário do país. Mesas com Martha Medeiros, João Paulo Cuenca, Verônica Stigger marcam os nomes brasileiros. A festa conta também com a presença estrangeira de nomes como da paquistanesa Kamila Shamsie e Sapphire, autora norte-americana do premiado best-seller Preciosa. Para a mesa de encerramento, a Flica 2015 traz Meg Cabot e Paula Pimenta, que conversarão na mesa “Sobre palavras e princesas”.

Além das mesas, a festa traz mais uma vez a Fliquinha, voltada ao público infantil. Entre os convidados, estão Nairzinha, responsável pelo projeto Cirandando o Brasil, que resgata, atualiza e devolve a cultura da brincadeira brasileira. Também estarão presentes Sálua Chequer, com a sessão de narrativas literárias e orais intitulada Essa Toalha tem História; Enéas Guerra, ilustrador de livros infantis; Ciça Fittipaldi, autora de livros infantis com referências à cultura indígena; Adailton Nunes, com a Oficina de Pipa; o cordelista Maviael Mello e o grupo musical Currupio.

A Flica acontece até domingo (18) em Cachoeira e traz também atrações musicais diversas.
Autores baianos lançam 19 obras infantis na Flica 2015
Foto: Claudionor Jr / Ascom - Educação
A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que começa nesta quarta-feira (14), será palco de lançamento das obras de dezesseis autores baianos. Serão 19 títulos de literatura infantil, lançados pelas secretarias estaduais de Educação e Cultura, que deverão beneficiar mais de 332 mil crianças de todo o estado. O lançamento dos livros será na quinta (15), no anfiteatro do Espaço Educar para Transformar. “Queremos estimular o processo de alfabetização das nossas crianças com estórias contadas por autores baianos e referenciadas na realidade da Bahia”, destaca o secretário de Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto. Barreto ressalta que o Governo do Estado distribuirá 798 mil exemplares para compor os cantinhos de leituras, em 21 mil salas de aula das escolas públicas do Estado e município. Além do lançamento dos livros, na oportunidade as secretarias vão lançar o segundo edital para seleção de mais 21 obras de literatura infantil de autores baianos. Durante a Flica, o projeto Educar para Transformar vai realizar saraus, oficinas, encontros literários, canto coral e mostras de projetos de arte e cultura desenvolvidos por estudantes de escolas estaduais. A quinta edição da Flica acontece de 14 a 18 de outubro, em Cachoeira.
Flica recebe lançamento de livros infantis de escritores baianos
Foto: Divulgação
A quinta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) vai receber o lançamento de 19 obras de literatura infantil, pelas Secretarias da Educação e Cultura. Com os lançamentos, mais de 332 mil crianças serão beneficiadas. Os livros foram escritos por 16 autores baianos e serão lançados no dia 15 de outubro, às 15h, no anfiteatro do Espaço Educar para Transformar, na Flica.  Os títulos serão distribuídos nas escolas públicas das redes municipais e estadual de ensino na Bahia, como ação do Programa Educar para Transformar, que visa à melhoria da qualidade da educação.
 
“Queremos estimular o processo de alfabetização das nossas crianças com histórias contadas por autores baianos e referenciadas na realidade da Bahia”, afirma o secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto. O Governo da Bahia distribuirá 798 mil exemplares para compor os cantinhos de leituras, em 21 mil salas de aula das escolas públicas. Além do lançamento dos livros, as secretarias lançam, também, o segundo edital para selecionar mais 21 obras de literatura infantil de autores baianos. Os livros também serão distribuídos para as escolas públicas “para contribuir com a meta do programa Educar para Transformar de alfabetizar as crianças até os oito anos de idade”.
 
O Espaço Educar para Transformar do Governo do Estado, na Flica, também vai agregar atividades como saraus, oficinas, encontros literários, canto coral e mostras dos projetos de arte e cultura desenvolvidos por estudantes das escolas estaduais. Outra atração será o lançamento do Concurso Festa Literária na rede estadual de ensino, em comemoração aos 169 anos do poeta Castro Alves.
Autores discutem a impossibilidade da literatura ser imparcial na Flica
Flica 2014 | Foto: Ruan Melo
Sob o argumento de que ninguém escreve sem intenção, os escritores Silvério Duque e Rodrigo Gurgel realizam a mesa literária "Entre críticos, parvos e professores" durante a Festa Literária Internacional de Cachoeira 2015 (Flica). Mediada pelo curador da Flica, Aurélio Schommer, a mesa vai discutir a impossibilidades de a literatura ser imparcial. A atividade será na sexta-feira (16), às 19h. As atividades da Flica acontecem de 14 a 18 de outubro, na cidade de Cachoeira.
Quinta edição da Flica é lançada nesta sexta em Salvador
Foto: Manu Dias/GOVBA
A quinta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que reúne escritores consagrados nacionais e internacionais na cidade do Recôncavo Baiano, foi lançada oficialmente nesta sexta-feira (18), na Caixa Cultural, em Salvador. O evento de lançamento segue até o sábado (19), com mesas literárias compostas pelos autores Cristóvão Tezza, Ronaldo Correia de Brito, Sônia Rodrigues, Victor Mascarenhas, Fabrício Carpinejar, Miriam de Sales, Ana Maria Gonçalves, Daniel Thame e Laurentino Gomes. Durante o lançamento da festa literária, o governador Rui Costa destacou a presença do Governo do Estado na Flica através de ações de cultura, turismo e principalmente de educação, como parte das propostas do programa Educar para Transformar. "Eu não separo educação de arte e cultura. A literatura estimula a meninada a estudar mais, a conhecer o mundo das letras e um evento como esse na Bahia, além de ser bom para o turismo, para a economia, é maravilhoso para fazer com que os jovens possam sonhar". Após lançamento, a Flica acontece de 14 a 18 de outubro, em Cachoeira, com debates com escritores e diversas atividades culturais.
Governo conta com participação de órgãos e secretarias estaduais na Flica 2015
Arte do Cordel na Flica 2014 | Foto: Daniele Rodrigues /Flica
A fim de ampliar a participação do Governo na quinta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece de 14 a 18 de outubro, na cidade de Cachoeira, o evento contará com a presença de diferentes secretarias e órgãos do Estado. A maior parte da programação do Governo, em que se destaca o lançamento do livro "Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix", vai se concentrar no Espaço Educar para Transformar, onde o público poderá conferir lançamentos, exposições, contação de histórias, saraus e outros atividades. Na próxima sexta-feira (18), o governador Rui Costa participa do lançamento oficial da Flica, às 9h30, na Caixa Cultural de Salvador. Na programação, a Fundação Pedro Calmon irá divulgar a campanha "Leia e Passe Adiante", que propõe o estímulo ao compartilhamento de livros. O autor baiano Antônio Torres, membro da Academia Brasileira de Letras e homenageado da Flica 2015, será uma das atrações.
Com patrocínio do governo estadual, Flica será ampliada com atividades durante todo o ano
Foto: Divulgação
Após assinatura de convênio com o governo da Bahia, nesta quarta-feira (5), a Festa Literária de Cachoeira (Flica) contará com novo patrocínio, que permitirá a ampliação de suas atividades ao longo do ano, e não só durante a semana do evento. O valor da verba empregada ainda não foi divulgado, mas para o coordenador geral da Flica, Emmanuel Mirdad, “o apoio é importante porque demonstra que o governo entende o projeto com a dimensão nacional, que serve bem para mostrar a evidenciar nossa cultura. É o reconhecimento pelo trabalho”, diz. Ele explicou ainda que, como a parceria é recente, ainda estão alinhando ações integradas entre as secretarias de Turismo, Educação e Cultura. Na edição deste ano, que, segundo Mirdad, terá programação anunciada em 15 dias, o público já poderá perceber as mudanças no evento, mas em 2016 as ações serão ampliadas ainda mais. “A intenção é que nos próximos anos tenha série de ações ao longo do ano, com estímulo à leitura nas escolas. Temos outras propostas que ainda estão sendo avaliadas, ainda estamos costurando, para ver o que dá tempo e o que não dá tempo de implantar”, explica.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

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