faccoes na bahia

Dois mandados de prisão foram cumpridos em Nova Soure, no Nordeste baiano, nesta terça-feira (22) como parte das investigações sobre um duplo homicídio, ocorrido no 15 de junho deste ano. Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por disputa entre facções criminosas, e a ordem para os homicídios tinha partido de dentro de um presídio. Foram assassinados João Miguel Oliveira dos Santos, de 18 anos, e Luciano da Silva Pimentel, de 19.

Conforme a delegacia de Nova Soure, as vítimas haviam acabado de estacionar a motocicleta em que estavam quando foram surpreendidas por dois homens em outra moto, que efetuaram diversos disparos de arma de fogo. João Miguel morreu no local. Já Luciano chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu cinco dias depois.

Um dos suspeitos, apontado como executor do crime, foi preso perto da casa dele, no Centro da cidade. Policiais militares também participaram da ação, que recolheu celulares e documentos no endereço do suspeito. O material será levado para perícia.

O segundo mandado foi cumprido dentro de um presídio contra um detento ondenado por homicídio e tráfico de drogas, Ele é apontado como um dos líderes de um grupo criminoso com atuação na região e teria ordenado os assassinatos mesmo estando preso.

As investigações continuam para identificar o segundo homem que participou da execução e outros envolvidos.

Uma atualização da Operação Vértice, divulgada no final da manhã desta quarta-feira (23), informava a prisão de oito acusados de integrar uma facção criminosa em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento. A operação foi deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quarta no distrito de Caraíva, um dos pontos turísticos da cidade.

VÍDEO: Operação em distrito de Porto Seguro prende 8 membros de facção e encontra drogas enterradas

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Durante o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, os agentes apreenderam cinco fuzis, quatro pistolas, um rifle, uma espingarda, rádios comunicadores e uma quantidade de drogas que estava enterrada, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA).

Agentes das polícias Federal, Militar e Civil, além da Força Nacional, também participaram do trabalho, que mobilizou helicóptero, drones e equipes terrestres que realizaram cerco em diversas localidades da região.

O titular da SSP-BA, Marcelo Werner, afirmou que as ações têm como foco o combate a facções envolvidas com homicídios, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, tentativa de domínio territorial, roubos e aliciamento de menores.

A SSP-BA informou que informações sobre criminosos podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque Denúncia, pelo telefone 181 ou através do site www.disquedenuncia.ssp.ba.gov.br. O anonimato, acrescenta a secretaria, é garantido por lei.

Dois integrantes [que não tiveram os nomes informados] de uma facção criminosa com atuação em Paulo Afonso, na divisa da Bahia com Sergipe e Alagoas, foram alcançados em Minas Gerais. A prisão ocorreu nesta quinta-feira (3) nos municípios de Uberlândia e Araxá, no Triângulo Mineiro, no âmbito da Operação Ártemis coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) Bahia. 

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), contra os dois, havia mandados de prisão por envolvimento com homicídios e tráfico de drogas em Paulo Afonso. A dupla também é investigada por uso de documento falso, lavagem de dinheiro, tráfico de armas, entre outras ações ilícitas.

ESTUPRO EM MACARANI
Ainda em Minas Gerais, as equipes da Ficco Bahia e da Polícia de MG prenderam um foragido pelo crime de estupro de vulnerável em Maracani, no Médio Sudoeste baiano. Após praticar o crime, o homem tinha fugido para a cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde foi localizado.

 “A Operação Ártemis tem como principais objetivos o combate ao crime organizado e também a busca por envolvidos em crimes graves contra a vida. Integramos as ações das Forças Estaduais e Federais no mesmo propósito de preservar vidas”, disse o coordenador da Ficco Bahia, delegado federal Eduardo Badaró.

Sete homens morreram em ações policiais entre esta quinta-feira (8) e a última quarta-feira (7) em Arataca e Ibirapitanga, no Sul baiano. Os mortos seriam suspeitos de tráfico de drogas e envolvimento com facções criminosas. Segundo o G1, o último caso ocorreu em Arataca, onde morreram três suspeitos.

Conforme a Polícia Militar (PM), uma equipe patrulhava na cidade quando percebeu um grupo de homens em atividade suspeita. Em seguida, os suspeitos tentaram fugir, mas foram cercados por outra guarnição, que deu voz de prisão. No entanto, o grupo atirou contra os agentes, que revidaram.

O trio foi baleado. Levados para o Hospital Municipal de Arataca, eles não resistiram aos ferimentos. Na ação, foram aprendidas uma pistola, dois revólveres, além de diversas munições.

Já na quarta, em Ibirapitanga, quatro homens foram mortos durante uma operação conjunta da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil (PC). A ação compõe a 2ª fase da Operação Ibira, que apura a atuação de facções criminosas na cidade. Um dos mortos em Ibirapitanga foi identificado como Kauan Souza, conhecido como "Sementinha".

Os outros três homens mortos, que não foram identificados, seriam membros de uma facção criminosa e teriam saído de Itacaré, na mesma região, para retaliar adversários pela morte de um outro criminoso em Ibirapitanga.

A invasão do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, teria como intenção libertar um líder da facção intitulada como Primeiro Comando de Eunápolis, denominado de Dada. Segundo a Secretaria Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), 16 detentos fugiram da carceragem após intensa troca de tiros com agentes de segurança do presídio.

Em torno de oito homens armados teriam participado da invasão do presídio, que ocorreu por volta das 23h40. Conforme a TV Santa Cruz, os acusados entraram pela parte lateral da carceragem, cortaram a parte metálica, depois acessaram o pavilhão B através de cordas feitas com lençóis [terezas].

No percurso, eles mataram ainda um cachorro da guarda do presídio. Ainda segundo informações, vestimentas dos detentos foram localizadas em uma fazenda próxima ao presídio e um dos veículos usados na fuga. O presídio de Eunápolis tem capacidade para 457 detentos. Policiais militares e civis fazem rondas na região para recapturar os detentos.

Uma operação cumpre 23 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão na manhã desta terça-feira em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, na Costa do Descobrimento. Segundo a Polícia Civil, a Operação Descobrimento visa combater o tráfico de drogas na região, apontado principal motivador de homicídios nas duas cidades.

Operação cumpre 23 mandados de prisão contra acusados de tráfico de drogas que atuam em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália pic.twitter.com/UVAy5LzewO

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A operação, que visa prender suspeitos de homicídios, além de apreender armas e entorpecentes, foi desencadeada a partir de investigações das delegacias de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.

Atuam nas ações equipes do Departamento de Polícia do Interior (Depin), das Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins) de Eunápolis, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Itabuna, Brumado, Itapetinga e Guanambi.

Policiais da Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste/Sul), da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e de guarnições especializadas da Polícia Militar também dão apoio na Operação Descobrimento.

Uma operação concluída na noite desta segunda-feira (18) prendeu 35 integrantes de facções criminosas na capital baiana e em 25 cidades do interior.

Os mandados foram cumpridos a partir do dia 30 de outubro durante a 1ª fase da Operação Artemis da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e da Polícia Militar, após investigações das Polícias Federal e Civil. Os alvos respondem por crimes como homicídios, tráficos de drogas e armas, roubos, corrupção de menores, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma de fogo.

As prisões ocorreram em Salvador, Aurelino Leal, Barreiras, Caatiba, Camaçari, Canavieiras, Dias D'Ávila, Feira de Santana, Ibirapitanga, Iguaí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itapetinga, Jequié, Jussari, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Macarani, Madre de Deus, Potiraguá, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Ubatã, Vera Cruz e Vitória da Conquista.

"Retirar das ruas estes foragidos da Justiça impacta diretamente na redução das mortes violentas em todo o estado. Seguiremos combatendo as facções com a SSP, PF e as Forças Estaduais", destacou o coordenador da Ficco Bahia, delegado federal Eduardo Badaró.

Um capitão da Polícia Militar (PM-BA) que tinha sido preso por envolvimento em um esquema de compra e venda de armas para facções criminosas teve a soltura deferida pela 1ª Vara Criminal de Juazeiro, no Sertão do São Francisco.

Condecorado como "policial militar padrão do ano de 2023" pelo "fiel desempenho nos serviços prestados", Mauro Grunfeld foi preso preventivamente em maio, junto com outros 19 investigados, durante a Operação Fogo Amigo, que desvendou o esquema criminoso da organização batizada como "Honda".

Segundo a TV Bahia, a soltura foi determinada pelo juiz Eduardo Ferreira Padilha. Na decisão, o magistrado ressaltou que a prisão preventiva deve ser uma medida excepcional, aplicável apenas quando houver evidências concretas de perigo à ordem pública ou à instrução processual.

O Ministério Público do Estado (MP-BA), por sua vez, se manifestou contra a decisão, mas o juiz considerou que o capitão não tinha posição de liderança na suposta organização criminosa, sendo passível de responder ao processo em liberdade devido à ausência de antecedentes criminais.

A Corregedoria da Polícia Militar afirmou que o capitão Mauro Grunfeld responde a processo administrativo disciplinar (PAD), independentemente da apuração de responsabilidade na esfera criminal. Segundo a operação, a participação de Grunfeld no esquema foi descoberta por meio de conversas em aplicativos de mensagens. O capitão nega as acusações, afirmando que as armas eram compradas para uso pessoal.

Grunfeld foi descrito como o principal remetente de dinheiro para Gleybson Calado do Nascimento, também policial militar da Bahia e apontado como um dos maiores operadores do esquema que movimentou quase R$ 10 milhões entre 2021 e 2023.

Ainda segundo a TV Bahia, um documento sigiloso aponta que entre 18 de fevereiro de 2021 e 13 de fevereiro de 2022, o capitão transferiu R$ 87,3 mil para Nascimento. A investigação também indicou que as armas e munições tinham destino específico, facções com atuação no Bairro do Calabar, em Salvador. 

Um vídeo registrou um confronto entre facções rivais na noite desta quarta-feira (12) em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento. A situação ocorreu no bairro Campinho, região central da cidade, e causou tensão entre os moradores. Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, informações preliminares apontam que pelo menos 15 homens participaram das ações.

Facções rivais fazem confronto e provocam tensão em bairro de Porto Seguro

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Os suspeitos estavam encapuzados e portavam armas longas. Ainda segundo informações, a ação foi uma tentativa de invasão por parte do grupo criminoso de Santa Cruz Cabrália, na mesma região, que pretendia tomar o bairro da outra facção.

Policiais militares foram acionados e quando chegaram ao local, os suspeitos já tinham evadido da área. Não houve registro de mortes. Após o confronto, unidades do 8º Batalhão passaram a patrulhar a localidade como forma de garantir segurança dos moradores. 

Uma operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (21) em Juazeiro, no Sertão do São Francisco; Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo; Porto Seguro, na Costa do Descobrimento; além de cidades de Alagoas e Pernambuco.

A ação cumpre 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão contra policiais da Bahia, Pernambuco e Alagoas, além de CACs [Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador], empresários e lojas de armas de fogo, munições e acessórios. Até as 9h, pelo menos 18 suspeitos tinham sido alcançados

Fogo Amigo: PF na Bahia cumpre 20 mandados de prisão contra policiais, Cacs e lojistas que vendiam armas e munições para facções criminosas pic.twitter.com/dQvgABQdh3

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Segundo a Polícia Federal (PF), a operação foi intitulada de Fogo Amigo pelo fato de os investigados serem policiais que vendem armas e munições, de forma ilegal, para membros de facções criminosas que, por sua vezs usam os armamentos contra a própria polícia.

Foto: Divulgação / Polícia Federal

Os investigados também tiveram cerca de R$ 10 milhões bloqueados. Três lojas também ficam suspensas de comercializarem material bélico de forma irregular. Durante a operação, o Exército Brasileiro fiscalizo outras lojas de venda de armas, munições e acessórios controlados em Juazeiro e na cidade vizinha de Petrolina (PE).

Foto: Divulgação / Polícia Federal

Os investigados respondem pelos crimes de Organização Criminosa, Comercialização ilegal de armas e munições, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica. As penas somadas podem chegar a 35 anos de reclusão.

Além da PF atuam na operação Fogo Amigo o Gaeco Norte do MP/BA, da Cipe-Caatinga, Bepi (PM/PE); Core-Polícia Civil da Bahia; Gaeco/PE; Force/Coger; Correg (Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco); e Exército Brasileiro.

A PF informou que seguirá na apuração na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes. (Atualizado às 9h09)