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fabrica sao braz
A Prefeitura de Salvador confirmou que os estudos finais para a implantação dos estúdios de cinema no Subúrbio foram entregues pela iniciativa privada e estão agora em processo de validação. Segundo a secretária Municipal de Cultura e Turismo e vice-prefeita, Ana Paula Matos, a expectativa é abrir consulta pública em seguida e lançar a licitação entre o fim de novembro e o início de dezembro.
O projeto, estruturado no modelo de Parceria Público-Privada (PPP), prevê o início das obras no segundo semestre de 2027, com prazo estimado de um ano para construção.
Em 2024, o Bahia Notícias já havia publicado a divulgação dos estudos de viabilidade. O espaço terá foco na produção audiovisual. Uma autorização para uma empresa iniciar os estudos para a construção de estúdios de cinemas no município.
A proposta iniciou em janeiro de 2024, quando a prefeitura autorizou a empresa DGT Serviços de Monitoramento LTDA a desenvolver os estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídica. A autorização foi emitida por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Semdec), no âmbito de uma Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada (MIP). O prazo inicial para entrega dos estudos foi de 90 dias.
O levantamento incluiu custos, requisitos preliminares de engenharia, projeções de impacto social e econômico e análise dos aportes municipais. Para o desenvolvimento das atividades, foi estabelecido o limite de R$ 800 mil para fins de eventual ressarcimento, caso o projeto avance para licitação. A prefeitura também deixou aberto o prazo de 15 dias para que outras empresas interessadas apresentassem propostas.
A empresa autorizada a realizar os estudos foi a Quanta Estúdios, responsável pelo maior parque de estúdios privados do Brasil, com sedes no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Essa empresa específica é a Quanta, que é a maior empresa de estúdios do Brasil e ela, provocada por nós, está estudando fazer um estúdio em Salvador em parceria com a prefeitura", disse Pedro Tourinho, então titular da Secult.
O projeto prevê a implantação do maior parque cinematográfico do Brasil fora do eixo Rio-SP, com estrutura suficiente para atender produtoras de conteúdo que fornecem para plataformas como Netflix e outros serviços de streaming.
O local pretendido para o empreendimento é a área da antiga Fábrica São Braz, localizada no bairro de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário. No entanto, a ocupação do espaço chegou a gerar tensão entre o governo da Bahia, a prefeitura de Salvador e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que administra a área.
Em dezembro de 2023, a prefeitura de Salvador decretou a desapropriação da área para fins de utilidade pública, com o objetivo de instalar o polo audiovisual. Porém, o governo do estado também já havia declarado interesse na mesma área para a construção do “Parque das Ruínas”, um espaço projetado para atividades comerciais e culturais no trajeto do VLT do Subúrbio, com bares, restaurantes e espaço multiuso.
Em janeiro de 2025, a SPU confirmou que nenhum dos dois entes federativos havia oficializado o pedido de transferência do domínio útil da área, que possui 12.933,22 m². Segundo a Superintendência, a Fábrica São Braz está sob regime de aforamento, sendo 83% da área passível de aquisição por parte do município ou do estado, desde que haja a devida declaração de interesse público e a observância dos trâmites legais, como emissão de certidão e registro em cartório.
“Em eventual caso de desapropriação ou compra dos imóveis, há diversas etapas que precisam ser cumpridas, incluindo o pagamento do laudêmio, a emissão da Certidão de Autorização para Transferência e a transferência do imóvel em cartório. [...] Até o momento, não foi registrado nenhum pedido de transferência das áreas junto à Secretaria do Patrimônio da União”, informou a SPU ao Bahia Notícias.
A ausência de comunicação formal levou à possibilidade de embargo da desapropriação por parte da União, fato já noticiado pelo site em dezembro de 2024.
A antiga Fábrica São Braz é uma das construções mais antigas do Subúrbio Ferroviário de Salvador. Inaugurada em 1875, a edificação foi desativada na década de 1960 e tombada em 2002. Atualmente, encontra-se em estado de abandono.
O prefeito da capital baiana, Bruno Reis (União), declarou que o impasse entre a Prefeitura e o Governo do Estado envolvendo a área da antiga Fábrica São Braz, que fica localizada no bairro de Plataforma, em Salvador, foi resolvida com acordo. Durante o cortejo 2 de julho, nesta quarta-feira (2), o gestor municipal garantiu que a área será dividida entre os entes.
A desapropriação do local foi solicitada por ambas as partes, para finalidades distintas: o governo do estado solicitou o espaço para a construção do Parque das Ruínas, no trajeto do VLT do Subúrbio; e a Prefeitura deve utilizar o mesmo espaço para a instalação de um polo audiovisual do município na localidade.
“A gente fez um acordo com o Estado, o Estado ficou com a área externa, que vai implantar a estação e o projeto dele para as marisqueiras, e a gente para a área interna para implantar o Salcine, o polo audiovisual”, detalhou o gestor.
Na ocasião, Bruno Reis ainda fez um balanço dos festejos de 2 de julho e as perspectivas políticas da data. “Só alegria, por onde a gente passou, o carinho, recepção das pessoas, foi a melhor possível, muito feliz com o resultado. É verdade, já começando a esquentar a temperatura para o ano que vem, aqui é o aquecimento, mas estamos prontos para a batalha e para os desafios”, diz o prefeito.
Alvo de um imbróglio entre a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia, que desapropriaram a mesma área no espaço de um mês, a antiga fábrica de tecidos São Braz pode ser objeto de um entendimento entre as gestões. Pelo menos é essa a perspectiva do prefeito Bruno Reis que, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (16), sinalizou a busca por um consenso.
“Depois que desapropriei, [o governo] também demonstrou interesse na área. Nossas equipes já estão conversando para ver se é possível compatibilizar. Da minha parte, eu quero o melhor para a cidade”, defendeu o prefeito. No espaço, a gestão municipal quer implantar o projeto “Salvador Estúdios”, enquanto o governo pretende uma área de integração ao VLT do Subúrbio.
“Temos um projeto para implantação da Salvador Estúdios, para ser um local na cidade que a gente possa gravar séries, novelas, filmes, minisséries. Poder formar mão de obra na área de audiovisual para gerar emprego e renda para as pessoas nas áreas mais pobres da cidade, que são as pessoas que moram no Subúrbio. Não faltam áreas para a gente implantar uma estrutura como essa e, se isso for resultar em melhoria para a cidade, seja no transporte público, seja para a preservação do seu patrimônio, o desejo da prefeitura é realizar um diálogo”, avaliou Bruno.
Todavia, na ausência de um consenso entre os entes públicos — administrados por grupos políticos distintos —, o prefeito não rejeitou uma disputa: “se não for possível compatibilizar os projetos, que possa prevalecer aquele que for melhor”.
A Superintendência do Patrimônio da União (SPU) “entrou” no imbróglio envolvendo a área da antiga Fábrica São Braz, que fica localizada no bairro de Plataforma, em Salvador. O local é requisitado pelo governo do estado, para a construção do Parque das Ruínas, no trajeto do VLT do Subúrbio; e pela prefeitura da capital baiana, que visa instalar um polo audiovisual do município na localidade. A situação é: tanto o Executivo estadual quanto o municipal determinaram a desapropriação do local, mas realizaram o ato sem consultar a SPU, que é “dona” do espaço.
Ao Bahia Notícias, a entidade afirmou que a antiga fábrica está em “regimento de aforamento”. Ou seja, é uma espécie de área repartida entre a União e os donos privados. A SPU esclareceu que existem etapas a serem cumpridas para o que o município ou estado tomem posse da área, mas afirmou que o governo da Bahia e a prefeitura de Salvador não chegaram a registrar o pedido de transferência da Fábrica São Braz.
“Em eventual caso de desapropriação ou compra dos imóveis, há diversas etapas que precisam ser cumpridas, incluindo o pagamento do laudêmio, a emissão da Certidão de Autorização para Transferência e a transferência do imóvel em cartório. Nos casos de desapropriação por município ou estado, não há cobrança do laudêmio. Até o momento, não foi registrado nenhum pedido de transferência das áreas junto à Secretaria do Patrimônio da União”, disse a SPU.
A Superintendência informou que os Executivos municipal e estadual podem, sim, adquirir o domínio útil da área, que é de 83% dos 12.933,22m² do local, desde que ocorra da declaração de interesse público. Os 17% restantes ficam sob posse da União.
Em dezembro, o Bahia Notícias publicou sobre a possibilidade da desapropriação da Fábrica São Braz ser embargada pela SPU. Na ocasião, a reportagem publicou justamente a impossibilidade de realizar a ação na área sem a autorização federal.
OS PROJETOS PARA O ESPAÇO
No caso do governo do estado, no planejamento é previsto a construção do "Parque das Ruínas", um espaço projetado para abrigar atividades comerciais no Subúrbio, incluindo bares, restaurantes, um espaço multiúso e um salão. O objetivo é atrair tanto moradores locais quanto turistas.
O espaço seria um dos pontos de parada do VLT do Subúrbio. No dia 3 de janeiro deste ano, o governo da Bahia declarou de utilidade pública a área situada no trecho entre as Ruas Almeida Brandão, Úrsula Catharino, Leandro Gomes e 2ª Travessa Sá Oliveira, referente à área do Parque das Ruínas.
Sobre os planos da prefeitura, o executivo municipal espera construir o maior parque cinematográfico do Brasil fora do eixo Rio-SP. Segundo o prefeito Bruno Reis (União), o espaço poderia ser usados por produtoras de conteúdo que têm conteúdos transmitido por empresas como a Netflix.
No início de 2024, a prefeitura autorizou uma empresa a iniciar os estudos para a construção de estúdios de cinemas no município. O termo permitiu a empresa DGT Serviços de Monitoramento LTDA a desenvolver estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídica necessários para a configuração de uma Parceria Público-Privada (PPP). O prazo para a entrega dos estudos foi de 90 dias.
A prefeitura determinou a desapropriação da área da Fábrica no dia 13 de dezembro do ano passado.
A antiga Fábrica São Braz é um dos prédios mais antigos do Subúrbio, instalado em 1875. A edificação foi desativada na década de 60, e foi tombada no ano de 2002. Atualmente, ela se encontra abandonada.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Nelson Leal
"Neto me convidou para coordenar a campanha, e acho que esse é o melhor caminho para a Bahia. Neto fez uma administração primorosa e extraordinária em Salvador, e vai promover a mesma transformação que o nosso estado está precisando".
Disse o deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Nelson Leal (PP) ao anunciar nesta sexta-feira (7) o rompimento com o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e declarou apoio ao ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto