Bahia registra leve aumento de exportações em março
Por Redação
Em março passado, as exportações baianas registraram receitas de 817,5 milhões de dólares. O volume é de aumento de 0,68% ante o mesmo mês do ano anterior. O resultado foi influenciado pelo aumento dos embarques, que cresceram 2,2% comparado com igual mês de 2024. Já os preços dos produtos exportados tiveram redução de 1,5%.
No caso das importações, a Bahia comprou 851,9 milhões de dólares no terceiro mês do ano, uma alta de 2,6%. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (8) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Conforme o levantamento, mesmo com atraso em embarques, a soja apareceu com força em março. O crescimento nos embarques do setor foi de 13,4%, enquanto que o preço do grão caiu 13,8% em relação a março de 2024. Outro segmento que contribuiu para o crescimento das exportações no mês em análise foi a celulose, que somou 139,1 milhões de dólares, com aumento de 19% no volume embarcado e de 22,9% nas receitas. Os preços subiram 3,3% em março, contra mesmo mês do ano passado.
A SEI também aponta que uma combinação de fatores inesperados (a paralisação das operações de uma indústria chinesa que refletiu em uma demanda adicional de 200 mil toneladas de celulose por mês e a valorização cambial) têm sustentado aumentos consecutivos dos preços da celulose em 2025, mas incertezas quanto ao equilíbrio entre oferta e demanda e ao impacto das tarifas americanas impõem cautela para os próximos meses.
Assim, soja e derivados, papel e celulose, derivados de petróleo e algodão e subprodutos – commodities que foram os principais segmentos da pauta baiana no primeiro trimestre – foram responsáveis até março por 84% do volume embarcado pelo estado no período.
IMPORTAÇÕES
No caso das importações, os dados mostram desembarque um pouco mais comportado em março. O valor importado cresceu 2,6%, com queda de volume de 10,5%. Março mostrou ainda uma desaceleração em relação ao conjunto do primeiro trimestre de 2025, que registrou alta de 9,2% em valor e queda de 5,1% no volume embarcado.
Na decomposição dos dados de março, chama a atenção uma importação ainda forte de bens intermediários. Essa categoria, que chegou a 65,5% do total das compras externas no mês, avançou 22% em valor e 2,5% em volume.