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O jargão ‘urgência urgentíssima’, comumente usado no meio político, mais do que se aplica à situação de Juazeiro, no norte da Bahia. Conforme prevê a Legislação Eleitoral, o período de realização das Convenções Partidárias iniciou no sábado e segue até o dia 05 de agosto. Mas, até o momento, a base do governador Jerônimo Rodrigues não tem um nome definido para enfrentar a prefeita Suzana Ramos (PSDB), que é candidata à reeleição.
A expectativa era que o capítulo final desta longa novela acontecesse na quarta-feira (17), quando houve uma reunião da Federação Brasil da Esperança. No entanto, a reportagem apurou que o encaminhamento foi o mais óbvio possível: de que o candidato escolhido deve ser um nome da própria Federação. Até aí, nenhuma novidade, já que a Federação Brasil da Esperança é formada pelo PT, PCdoB e PV. Esta semana, o grupo se reúne novamente com a esperança de que o martelo seja finalmente batido.
Internamente, há um clima de insatisfação quanto a insistência do PT em torno da candidatura de Isaac Carvalho, cuja inelegibilidade vem sendo debatida desde o ano passado e, na última quinta-feira, foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com fontes com trânsito no Palácio de Ondina, mesmo com as candidaturas de outros nomes da Federação postas, como a dos deputados estaduais Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), o PT “sequer discutiu essas outras possibilidades”, pois quis “empurrar Isaac Carvalho goela abaixo, mesmo quando todos sabiam da sua inelegibilidade”. Um aliado afirmou à reportagem que o “PT cometeu um erro ao apostar todas as fichas numa candidatura que o mundo político inteiro, e também jurídico, sabia que tinha dificuldades”.
Um outro interlocutor pontuou que o dilema vivido em Juazeiro poderia ter sido evitado se essa solução tivesse acontecido há meses atrás, quando o grupo já vinha alertando das dificuldades jurídicas de Isaac Carvalho. “A verdade é que o PT apostou, até o último momento, numa perspectiva que nós alertamos o tempo inteiro que não prevaleceria, como não prevaleceu”, frisou.
PLANO B
Como o Bahia Notícias mostrou no sábado, o governador Jerônimo Rodrigues tem pressa em uma definição sobre o cenário do quinto maior município da Bahia, com mais de 200 mil habitantes, e que é a “menina dos olhos” dos partidos da base e da oposição. Uma vez que a candidatura de Isaac parece ter “entrado água”, outro aliado reconheceu que o grupo “não tem um plano B” e que “perdeu o timing”. “Estamos dizendo isso desde dezembro do ano passado. Deixamos a adversária [Suzana Ramos] crescer. A adversária está nadando de braçada, rindo pelas paredes a cada decisão da justiça que sai contra Isaac”, criticou.
Sobre a reunião desta semana, o que se sabe é que os representantes dos partidos da Federação Brasil da Esperança se reunirão, provavelmente sob a batuta da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), em data ainda não confirmada. A presença do governador Jerônimo Rodrigues também é uma incógnita.
A reportagem apurou que a disputa entre os deputados Zó e Roberto Carlos está “pau a pau” e que ambos reúnem as condições de serem escolhidos. O PT, que não costuma abrir mão da cabeça de chapa para apoiar aliados, ainda não descartou a possibilidade de apresentar um outro candidato.
A base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) segue pegando fogo no calor de Juazeiro, município do norte do Estado. Depois do PV, do PCdoB e do PT, no último final de semana foi a vez do MDB lançar o pré-candidato do partido à Prefeitura: o empresário Andrei Gonçalves, mais conhecido como Andrei da Caixa.
Realizado num restaurante da cidade, o evento reuniu outros concorrentes ao pleito, a exemplo dos deputados estaduais e pré-candidatos Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV). Até a pré-candidata do PL, professora Maeth Soares, compareceu; assim como lideranças do Podemos, PP e do Agir.
Tido como o nome favorito da base do governo, o ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho(PT), faltou ao evento de Andrei da Caixa - ele também não foi a nenhum dos pré-lançamentos de seus opositores. Mesmo tendo apoio maciço de lideranças petistas como o senador Jaques Wagner que, inclusive, esteve presente no lançamento da sua pré-candidatura no início deste mês, Isaac Carvalho está cada vez mais isolado entre os aliados de Jerônimo e encontra dificuldade em se viabilizar.
Embora ele negue, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu mantê-lo inelegível até dezembro de 2026, conforme decisão assinada pelo juiz José Goes Silva Filho. Ele, que governou o município pelo PCdoB de 2009 a 2012, e foi reeleito para o período de 2013-2016, foi condenado por crime de improbidade administrativa e também terá de devolver R$ 243 mil aos cofres públicos. No entanto, não se trata de uma sentença transitada em julgado.
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"Defendemos a união da base de Jerônimo em Juazeiro, porque a divisão só interessa à prefeita [Suzana Ramos, do PSDB e candidata à reeleição], e isso prejudica todo nosso grupo. Mas defendemos também que essa união aconteça em torno de um nome juridicamente e eleitoralmente apto a concorrer. Por isso, seguimos trabalhando firmes na construção de nosso plano de governo, realizando plenárias e conversando com a população", afirmou o deputado Zó ao Bahia Notícias.
Para o verde Roberto Carlos, que já usou a tribuna da Assembleia Legislativa para pedir ao PT a retirada de Isaac Carvalho da disputa, a união da base do governo em Juazeiro é fundamental também para a reeleição de Jerônimo em 2026. "Não podemos mais deixar o município na situação em que ele se encontra hoje. A cidade está abandonada em diversas áreas, repleta de problemas e estamos construindo um projeto de transformação, que será executado em parceria com os governos estadual e federal”, pontuou.
Vale lembrar que ainda na base de Jerônimo, o PSB, liderado pela deputada federal Lídice da Mata, tem como pré-candidato o ex-prefeito da cidade, Joseph Bandeira. Juazeiro é o quinto maior município do Estado e o seu comando vem sendo disputado a unha não apenas pelo PT, mas por todos os partidos da base.
O tabuleiro eleitoral em Juazeiro, quinto maior município da Bahia, segue disputadíssimo nas eleições deste ano. Pela Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PV e PCdoB, três peças estão em evidência: os deputados estaduais Zó (PCdoB), Roberto Carlos (PV) e o ex-prefeito Isaac Carvalho (PT), que colocou seu nome na disputa mesmo após desgastes com uma suposta inelegibilidade política.
Quem será ungido pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e escolhido candidato único da base, ainda não se sabe. A verdade é que, diante da indefinição do capitão do processo, cada um deles tem feito suas articulações e mobilizações nos bastidores com o objetivo de mostrar força. Esse é o caso do deputado Zó do Sertão que, no último dia 17, lançou sua pré-candidatura a prefeito de Juazeiro, num evento que foi prestigiado até por seus adversários.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o ex-vereador e deputado estadual de três mandatos, afastou a possibilidade de desistir da candidatura em favor do colega Roberto Carlos. Informações de bastidor apontam, inclusive, que conversas estariam avançadas nesse sentido. Zó, no entanto, refutou: “Eu quero que Roberto Carlos me apoie. Não posso desistir de cumprir a missão à qual o povo me convocou. Com muita humildade, vou buscar o apoio de Roberto Carlos, dos demais pré-candidatos e dos partidos da base do governo”, frisou.
Perguntado se o próximo passo é tentar uma vaga na Câmara Federal caso a empreitada no norte da Bahia não dê certo, Zó resumiu que derrotar a prefeita Suzana Ramos (PSDB) em Juazeiro é uma prioridade absoluta. “Não estou pensando em um plano B no momento”, cravou. Confira a entrevista.
Ao que tudo indica, a novela em torno da escolha do nome que irá representar a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em Juazeiro, no território Sertão do São Francisco, ainda renderá muitos capítulos. Isso porque, mesmo com a proximidade das eleições de outubro, o chefe do Executivo estadual parece não ter pressa para definir uma candidatura única no município, cujo protagonismo está sendo disputado na unha pelos partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV.
O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) defendeu, nesta quinta-feira (11), que o deputado estadual Zó, seu correligionário, seja escolhido como candidato da base ainda neste mês de abril. Ao Bahia Notícias, ele afirmou que o aliado comunista é o nome que apresenta "estabilidade política e jurídica" para comandar o município de quase 250 mil habitantes, situado no norte do Estado.
"Em Juazeiro, o PCdoB, com o deputado Zó, representa a estabilidade política e jurídica. Ele nunca mudou de lado, e sempre foi correto com a base. É uma pessoa que dialoga com todo mundo e não tem nenhum tipo de questionamento político ou jurídico. Outros companheiros da federação, como se sabe, enfrentam problemas jurídicos", alfinetou o parlamentar.
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Almeida se referiu ao ex-prefeito Isaac Carvalho, que já governou Juazeiro pelo PCdoB e hoje está no PT. O petista, que seria o nome mais competitivo dentro da base do governador, estaria inelegível. A informação, no entanto, foi negada por ele em nota recente enviada ao Bahia Notícias. Na ocasião, Isaac Carvalho atribuiu as informações sobre sua suposta inelegibilidade ao “desespero dos adversários”.
Daniel Almeida acredita que a definição do nome que vai liderar o processo em Juazeiro não pode se alongar. Também são pré-candidatos o deputado estadual Roberto Carlos (PV), que tem dialogado com Zó, e o ex-prefeito Joseph Bandeira (PSB), mais próximo de Isaac. O MDB, por sua vez, lançou o empresário Andrei da Caixa, que almeja se apresentar como terceira via.
"Eu acho que, desses nomes, Zó merece ser o candidato porque tem história no PCdoB, partido da base. Tem um projeto que o povo de Juazeiro conhece. E tem legitimidade para retomar o projeto que foi interrompido na cidade e que era conduzido pelo PCdoB. Ele nunca mudou de posição, sempre esteve onde está. E tem experiência política acumulada", frisou. Na última semana, o deputado federal esteve no município para um encontro dos pré-candidatos da sigla comunista.
Um dos municípios do interior baiano onde o governador Jerônimo Rodrigues (PT) encontra dificuldade em unir a base aliada em torno de uma única candidatura a prefeito é Juazeiro, no norte do Estado. Lá, somente a Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, tem três pré-candidatos, um de cada sigla. Nesse grupo, no entanto, o nome do deputado estadual Roberto Carlos (PV) começa a ganhar força por conta dos últimos acontecimentos políticos envolvendo os seus opositores.
O entendimento dos aliados de Jerônimo é que o ex-prefeito de Juazeiro por dois mandatos consecutivos, Isaac Carvalho (PT), embora tenha maior densidade eleitoral, estaria inelegível até 2030. Nesta quarta-feira (20), ele sofreu um novo revés no Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou recurso de seu advogado no processo 040.610/2019-5, movido pela Caixa Econômica Federal, em relação ao saneamento de bairros da cidade, “em razão da não comprovação da regular aplicação dos recursos repassados pela União”. A Corte julgou que Isaac não informou ao Governo Federal, quando prefeito, como gastou o dinheiro do Ministério das Cidades para realização das obras.
A notícia repercutiu no município. Ao site Rede GN, parceiro do Bahia Notícias, a ex-aliada e hoje adversária, Célia Regina, comemorou a decisão: “Isaac perdeu mais uma no TCU, já pode pedir música no Fantástico”. Já o coordenador da Defesa Civil de Juazeiro festejou: “Segue a saga do vaqueiro inelegível”. Em nota, a assessoria de imprensa esclareceu que “não existe processo que gere inelegibilidade do ex-prefeito de Juazeiro e pré-candidato, Isaac Carvalho. Ao contrário, a decisão reforça a prescrição do processo e garante que Isaac pode ser candidato”.
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E O PCdoB?
A avaliação na base de Jerônimo é que o deputado estadual Zó perdeu força depois que a bancada comunista na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), composta por quatro deputados, se ausentou da eleição para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) deixando de apoiar o então deputado petista Paulo Rangel, que sagrou-se vitorioso e já tomou posse como conselheiro da Corte de Contas. Nos bastidores, o PCdoB acusou o PT de articular para inviabilizar a inscrição do deputado Fabrício Falcão ao TCM, fato que repercutiu muito mal no Palácio de Ondina.
Vale lembrar que a Federação Brasil da Esperança só pode ter um único candidato a prefeito, o que reforça a necessidade de consenso em torno do nome. Em conversa com o Bahia Notícias, Roberto Carlos demonstrou otimismo com a possibilidade de ser escolhido como candidato do grupo. "Tenho conversado com os aliados em busca da unidade, tanto dentro quanto fora da Federação. O diálogo se estende também ao governador e aos nossos senadores Jaques Wagner (PT), Otto Alencar (PSD) e Ângelo Coronel (PSD), além do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Estou confiante de que vou liderar esse processo", declarou.
Para ser pré-candidato, Roberto Carlos rompeu com a prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos (PSDB), que é candidata à reeleição. Ele frisou que todos os cargos que tinha na Prefeitura “já foram entregues e retirados, pois acreditamos em um novo projeto para Juazeiro, casado com o governo do Estado", pontuou.
A reportagem do BN entrou em contato por telefone e WhatsApp, ao longo da tarde de ontem, com o deputado estadual Zó para saber como estão as tratativas do PCdoB junto à Federação, mas não obteve retorno.
“Base do governo tem que considerar a pré-candidatura de Joseph Bandeira”, reivindica Lídice da Mata
A deputada federal Lídice da Mata (PSB) afirmou que a presença de Joseph Bandeira como protagonista na discussão sobre o pleito municipal em Juazeiro é fundamental para a eleição deste ano.
A fala da sociaista surge em resposta a matéria publicada pelo Bahia Notícias, nesta segunda-feira (19), que aponta a existência de uma articulação com o objetivo de construir a unidade em torno de um candidato indicado por um dos partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV. Neste fim de semana, os deputados estaduais Roberto Carlos (PV) e Zó (PCdoB), ambos pré-candidatos, se reuniram com representantes do PSB, MDB, Rede e PSOL para tentar angariar apoios. Pelo PT, a candidatura colocada, até o momento, é a do ex-prefeito de Juazeiro por dois mandatos, Isaac Carvalho.
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Em contato com a reportagem do BN, Lídice reiterou que Joseph Bandeira foi peça chave para o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues no município. “É um nome que deve ser cogitado para a cabeça da chapa, pois ele tem eleitorado em Juazeiro e é um grande líder”, completou a presidente estadual do PSB, em defesa do correligionário. Bandeira é ex-deputado federal e também esteve à frente do Executivo municipal em duas ocasiões: em 1989-1992 e no período 2001-2004.
Em 2022, Joseph Bandeira foi o candidato a deputado federal da base do governo mais votado em Juazeiro, município com quase 250 mil habitantes e tido como prioritário pela legenda socialista. Em 2020, a presença do seu filho, Leonardo Bandeira, como vice foi essencial para a vitória da atual prefeita Suzana Ramos (PSDB). A relação entre os Bandeira e Suzana se desgastou após o grupo enfrentar divergências internas. Enquanto eles apoiaram Jerônimo no pleito para governador, ela preferiu marchar ao lado de ACM Neto (União).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.