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Com fila às 5h da manhã, feijoada do “Cabeça” no Barbalho comemora 11 anos de tradição no 2 de julho
A feijoada tradicional do 2 de julho, organizada por Jair, no bairro do Barbalho, comemorou 11 anos de realização, nesta quarta-feira (2), com uma fila que começou antes das 7h da manhã. Mais conhecido como “Cabeça”, o soteropolitano iniciou a feijoada apenas para os amigos e este ano foram 4 quilos de feijoada vendidos a um valor simbólico.
“A gente fazia um feijão de qualquer forma, todo ano. E aí os amigos, ‘por que você não faz um feijão pra vender aqui? Aí vem todo mundo vir comer’, então eu resolvi fazer e ela [a feijoada] tem um valor simbólico”, conta.
Com duas panelas prontas desde 1h da manhã, Jair garante que a feijoada é o melhor jeito de iniciar o cortejo. Os clientes mais fiéis começaram a fazer os pedidos a 5h da manhã. “Já está desde 5 horas da manhã que a galera já vem para comer o feijão, para se preparar para o 2 de julho”, diz.
Com investimento de R$ 5 milhões, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), deu início ao período de inscrições para o Edital Mobilidade Cultural 2025/2026.
O projeto, que é um dos principais instrumentos de fomento à internacionalização, formação e circulação da produção cultural baiana, irá apoiar propostas de artistas, produtores, grupos e instituições culturais que tenham como objetivo realizar atividades fora do estado ou país, bem como trazer especialistas de outras regiões para promover formações na Bahia.
As inscrições podem ser realizadas até 09 de junho de 2026, por meio do formulário eletrônico disponível no site da Secult-BA (https://www.cultura.ba.gov.br).
O edital está estruturado em seis categorias e destina-se a pessoas físicas a partir de 10 anos de idade e pessoas jurídicas de direito privado com fins lucrativos e atuação na área cultural. O período de execução das propostas deve ser até 30 de dezembro de 2026.
O valor do apoio financeiro varia entre R$50 mil e R$100 mil por proposta, a depender da categoria escolhida, e cobre despesas como transporte pessoal e de materiais, alimentação, hospedagem, taxas de inscrição, seguro, material promocional e outros custos diretamente relacionados à atividade de mobilidade. Não são permitidos gastos com remuneração de equipe técnica ou profissionais.
Entre os principais objetivos do edital estão:
- fortalecimento de competências artísticas e técnicas;
- estímulo à internacionalização da cultura baiana;
- abertura de novos mercados;
- formação de redes de colaboração e promoção da diversidade cultural do estado.
De acordo com o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, o programa cumpre um papel estratégico ao projetar a produção cultural da Bahia. “O Edital Mobilidade Cultural é um instrumento estratégico para garantir que artistas, produtores e agentes culturais da Bahia possam circular, aprender, ensinar e trocar experiências dentro e fora do país. É a cultura da Bahia no mundo! Uma política que promove a diversidade, inovação e fortalecimento da nossa produção cultural”, afirmou.
As propostas para o edital devem respeitar o prazo mínimo de 130 dias entre a data de envio e o início da atividade principal, que poderá ser executada até 30 de dezembro de 2026.
Além disso, todos os projetos aprovados devem prever uma atividade de contrapartida obrigatória na Bahia, em formato presencial e gratuita, voltada ao compartilhamento da experiência com o público local. Essa atividade pode ocorrer em espaços culturais sob tutela da Secult-BA ou em outros equipamentos públicos e comunitários, e é critério de avaliação no processo seletivo.
Nesta edição, o edital tem a inclusão da categoria “Formação de Profissionais Baianos com Especialistas Externos”, que viabiliza formações técnicas e artísticas realizadas na Bahia, conduzidas por profissionais de outros estados ou países.
Todos os projetos serão analisados previamente, passando por uma avaliação técnica e análise de mérito realizada por comissão temática formada por representantes do poder público e da sociedade civil com comprovada experiência cultural.
Poderão obter pontuação adicional na seleção os proponentes que se autodeclarem pretos, pardos, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, mulheres ou residentes fora da Região Metropolitana de Salvador. O objetivo é estimular a diversidade e descentralização do acesso aos recursos.
O valor global do edital será dividido em dois ciclos de desembolso: R$2,5 milhões para propostas com execução prevista até fevereiro de 2026, e R$2,5 milhões para propostas com execução entre março e dezembro do mesmo ano.
A 23ª Semana Nacional de Museus começou nesta segunda-feira (12) e vai até o domingo (18) em todo o país, com o tema “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação”. O evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), celebra o Dia Internacional dos Museus com atividades gratuitas em diversas instituições culturais. Em Salvador, museus públicos e privados oferecem oficinas, exposições, visitas guiadas e ações educativas, promovendo o diálogo entre memória, ciência e sociedade.
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DA BAHIA
O público poderá conferir, até domingo, a Instalação Interativa Aquário, que une arte e tecnologia. A programação inclui ainda a Oficina Lab Digital – Curso de Exposição On-line com Realidade Aumentada e a Oficina Juvenil Do código à imagem – Introdução ao p5.js, plataforma gratuita baseada em Javascript para criação de arte interativa. No sábado (17), às 18h30, acontece a Noite no Museu, uma visita guiada com lanternas, voltada para todas as idades.
MUSEU DE ARTE DA BAHIA
Desta terça-feira (13) até sexta-feira (16), o Museu de Arte da Bahia realiza a Oficina Olhares da Quebrada: Fotografia e Edição com Smartphone, com Jonathan de Melo. Para participar, é necessário agendamento prévio no setor educativo. Durante o mesmo período, será exibido o filme Vitória: um corredor de histórias, na Sala de Arte Cinema do Museu, localizada no Museu Geológico. O documentário narra a trajetória de trabalhadores do Corredor da Vitória e sua relação com o MAB.
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA
Durante a semana, o Museu de Arte Moderna da Bahia (Mam-Ba), localizado na Av. Lafayete Coutinho, promove a atividade Desenhando com Goya Lopes, que inclui visita guiada à exposição Okotó, contação de histórias e prática de desenho. A ação é voltada para estudantes de 8 a 13 anos, com 50 vagas disponíveis. As inscrições devem ser feitas presencialmente na Capela Casarão e Galeria 3.
MUSEU DA MISERICÓRDIA
Reaberto há cerca de seis meses após reforma, o Museu da Misericórdia, localizado entre o Elevador Lacerda e a Praça da Cruz Caída, participa da Semana Nacional de Museus com entrada gratuita (o ingresso regular custa R$ 30). A programação inclui a visita guiada Descubra o Museu e sessões de contação de histórias para crianças. De terça (13) a sexta-feira (16), às 9h e às 14h, a pedagoga Lúcia Valdirene conduz a atividade com livro artesanal e personagens interativos, abordando a história da Santa Casa e aspectos históricos de Salvador. A ação é voltada a alunos da Educação Infantil, a partir de cinco anos, de escolas do Centro Histórico.
MUSEU CARLOS E MARGARIDA COSTA PINTO
No Corredor da Vitória, o Museu Costa Pinto promove visitas mediadas especiais de terça (14) a sexta-feira (16), das 14h30 às 17h. A programação inclui ainda uma exposição virtual, mesa-redonda, live e campanha interativa nas redes sociais, pelo perfil @museucostapinto no Instagram.
MUSEU GEOLÓGICO DA BAHIA
O Museus Geológico da Bahia (MGB) terá entre os destaques palestras com especialistas sobre tectônica de placas, mudanças climáticas e terremotos no Brasil. O museu também promove uma oficina interativa sobre meteoritos para o público geral. Desta terça-feira (13) a sexta-feira (16), serão realizadas visitas pedagógicas agendadas nos turnos da manhã e da tarde. Durante o evento, o MGB terá horário ampliado: de segunda (12) a sexta (16), das 10h às 18h. No sábado (17) e no domingo (18), funciona das 13h às 17h. A entrada é gratuita e o museu fica na Avenida Sete de Setembro, nº 2195, Corredor da Vitória.
MUSEU DO MAR ALEIXO BELOV
O Museu do Mar Aleixo Belov, no Santo Antônio Além do Carmo, participa da 23ª Semana Nacional de Museus com uma programação cultural e educativa. A agenda inclui palestras, curtas-metragens, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas, abordando temas como gestão museológica, diversidade, tecnologia e preservação cultural. A abertura será no dia 13, com participação da oceanógrafa Larissa Nabuco e da museóloga Alana Silva. A entrada será a meia para todos os visitantes, e as vagas são limitadas mediante inscrição. Visitas mediadas acontecem das 10h às 17h, com agendamento prévio.
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Os secretários de cultura de Feira de Santana e do Estado da Bahia, Cristiano Lôbo e Bruno Monteiro, viralizaram nas redes sociais ao surgirem em uma aula de dança em uma espécie de "esquenta" para a Micareta de Feira.
No vídeo divulgado pelo site Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, os gestores aparecem em uma aula do professor e coreógrafo Luciano Mello ao som da música 'O Verão Bateu em Minha Porta', de Ivete Sangalo, que ganhou o título de música do Carnaval de 2025.
A menos de uma semana para o início do evento, que movimenta a Princesinha do Sertão, os gestores da pasta se encontraram para definir os detalhes da colaboração entre o Governo do Estado e a Prefeitura da cidade para a edição de 2025.
"O Governo do Estado chega com uma série de ações, de serviços, tanto na cultura, como na segurança pública, na saúde, em toda a área da proteção de direitos. Mas conforme combinado entre o governador e o prefeito tudo feito de forma cooperada. O nosso objetivo é fortalecer", informou.
A programação tem início no dia 30 de abril com show de BaianaSystem e Rachel Reis, na Praça Padre Ovídio (Praça da Matriz). Já no circuito Maneca Ferreira, na avenida Presidente Dutra, o desfile tem início no dia 1º de maio com Bell Marques, Psirico, Durval Lelys, Mari Fernandez e mais.
O Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), irá destinar até o final de maio R$ 65,3 milhões para 956 projetos culturais selecionados em 29 editais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).
Os recursos contemplam iniciativas em sete áreas, entre elas: audiovisual, teatro, economia criativa, literatura, preservação de espaços culturais e apoio a manifestações de matriz africana.
A maioria dos projetos (71,3%) está no interior do estado, que receberá R$ 42,7 milhões; Salvador concentra 28,7% das propostas, com R$ 22,6 milhões. Confira a divisão por municípios:
- Salvador: 274 projetos (R$ 22,5 milhões)
- Feira de Santana: 25 projetos (R$ 1,69 milhão)
- Cachoeira: 24 projetos (R$ 1,81 milhão)
- Lauro de Freitas: 20 projetos (R$ 2,14 milhões)
- Ilhéus: 19 projetos (R$ 1,42 milhão)
- Vitória da Conquista: 19 projetos (R$ 872 mil)
Camaçari, Juazeiro, Porto Seguro e Alagoinhas também aparecem com 18 projetos cada.
Outros R$ 5,7 milhões serão direcionados a projetos suplentes, com previsão de convocação e pagamento em agosto. Os dados foram apresentados pelo secretário de Cultura, Bruno Monteiro, durante coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (17), na sede da SecultBA, nos Barris, em Salvador.
Os projetos contemplados deverão ser executados até junho de 2026. Dos 956 projetos selecionados, 648 foram aprovados por meio de cotas, sendo: 59,8% de pessoas negras; 5,7% de indígenas; 2,2% de pessoas com deficiência; outros 308 projetos foram selecionados na ampla concorrência.
Quanto à identidade de gênero, 50,2% dos proponentes são homens cisgêneros, 47% mulheres cisgêneras e 2,1% pessoas trans ou não-binárias. Sobre a autodeclaração racial, 44,5% se declararam pretos, 21% pardos, 11,8% brancos e 5,1% indígenas.
Confira como foi feita a segmentação dos recursos:
- Fomento às artes: R$ 22,2 milhões
- Identidades e saberes: R$ 11,8 milhões
- Política Cultura Viva: R$ 9,8 milhões
- Museus e patrimônio: R$ 8,1 milhões
- Livro, literatura e memória: R$ 7,4 milhões
- Economia criativa e espaços culturais: R$ 3,9 milhões
- Formação: R$ 1,8 milhão
Além dos editais, os recursos da PNAB na Bahia incluem ações de infraestrutura, manutenção e ampliação de equipamentos culturais, e aquisição de bens culturais, totalizando um investimento de R$ 110 milhões nos 27 Territórios de Identidade do estado.
“O resultado dos editais da PNAB consolida uma política de democratização e respeito à diversidade cultural na Bahia”, afirmou o secretário Bruno Monteiro.
A PNAB prevê repasses contínuos até 2027. Na Bahia, o investimento total pode ultrapassar R$ 1,1 bilhão, somando os recursos estaduais e federais.
A prática da vaquejada, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de uma emenda em 14 de março de 2024, como uma atividade esportiva e cultural, tem impulsionado tanto a economia quanto a cultura de diversos municípios da Bahia. A decisão da Corte reforçou a importância da vaquejada ao manter a Emenda Constitucional n.° 96/2017, que inseriu na Constituição o reconhecimento da vaquejada como patrimônio cultural imaterial brasileiro.
A vaquejada consiste em uma disputa na qual os vaqueiros tentam derrubar o boi, puxando o animal pelo rabo. Com regulamentação, critérios de capacitação e saúde dos animais, o esporte tradicional nordestino impulsiona a economia e a cultura em diversos municípios da Bahia.
É o que diz Leonardo Almeida, presidente da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) ao Bahia Notícias. Advogado, o cearense conta que a associação surgiu para lutar pelo reconhecimento da prática cultural nordestina, nos termos jurídicos.
“Na época, o Supremo entendeu que ela [a lei cearense] não poderia subsistir no mundo jurídico nacional e, portanto, a declarou inconstitucional. Foi com esse propósito que, em 2014, nós reativamos a ABVAQ. Ela já existia, mas estava inativa e foi reativada com o propósito exatamente de defender a vaquejada, de criar todo esse arcabouço legislativo, jurídico que hoje protege a vaquejada e que recentemente, o Supremo Tribunal Federal referendou como válido”, explica.
Oficialmente vinculada ao Ministério da Agricultura, a Associação Brasileira de Vaquejada é responsável por regulamentar e capacitar todos os eventos e profissionais da vaquejada pelo Brasil. Nas regras estabelecidas pela organização, o bem-estar e a saúde animal, sejam cavalos ou bois, é um dos principais tópicos.
Com dois grandes circuitos em atividade, o Circuito Valmir Velozo (CVV) e o Campeonato Baiano de Vaquejada (CBV), o esporte atrai competidores de todas as regiões do Brasil, principalmente do Nordeste. Os prêmios chegam a cifras milionárias.
O Circuito Valmir Velozo é atualmente o maior da Bahia, contando com 11 etapas anuais e uma premiação superior a R$ 1 milhão. “O CVV não só democratiza o acesso ao esporte, como também movimenta a economia. Cada etapa gera empregos diretos e indiretos, fomenta o turismo e beneficia o setor de hotelaria, ambulantes e comerciantes locais”, destaca.
Com grandes programações, os valores custam muito caro. Contudo é preciso ter ponderação na desigualdade no estado, como lembra o representante da CBV. "Para mim o modelo de ter presidente é problemático, eu sempre gosto de ressaltar isso. O pessoal me chama de presidente, mas a realidade é que temos que ser mais democráticos aqui na região. Uma realidade de uma corrida não é a maior que a minha de R$ 500 mil. Prefiro dividir o sucesso com a Bahia, a gente tem que unir as coisas do estado e suas particularidades", conclui Rocha.
A REGULAMENTAÇÃO
Com forte teor crítico à prática, entidades e associações pró direitos dos animais questionaram a decisão do STF, embora os participantes e organizadores desses eventos garantam a atividade de forma responsável. É o que diz o presidente da ABVAQ.
“Estamos avançando agora para garantir também a constitucionalidade das leis criadas, que foram aprovadas pelo Congresso Nacional e do nosso próprio regulamento. Porque a partir da existência do regulamento, com regras claras que dizem como é que os animais devem ser tratados, como eles devem ser transportados, número de vezes que eles podem correr, ausência de qualquer ferimento no animal, tudo isso [é importante]”, garante o presidente.
A prática ilegal da vaquejada é crime, quando realizada de modo irregular sem seguir critérios garantidos da ABVAQ. A entidade apura e presta uma denúncia formal ao Ministério Público do estado, como o caso do “Circuito MS dos Amigos” em Barrocas na região sisaleira, que sofreu intervenção por parte do MP-BA. Na ocasião, crimes de falta de preparo técnico e ambiental foram citados na intervenção da promotoria da justiça.
A fim de evitar casos como esse, a ABVAQ, visando prevenir práticas inadequadas, realiza uma atualização em seus regulamentos de fiscalização a cada ano. As diretrizes abrangem aspectos cruciais como a tabela de pontos, o bem-estar animal e a segurança dos participantes, e já estão disponíveis para consulta sua página oficial da associação.
Para o ano de 2025, foram publicados dois regulamentos oficiais distintos. O primeiro é um regulamento geral para eventos, que estabelece diretrizes para garantir contratações técnicas adequadas, além de medidas de prevenção sanitário-ambiental e higiênico-sanitária, e a segurança geral dos eventos. O segundo regulamento é específico para o cuidado e garantia do bem-estar animal, com as práticas fiscalizadas por especialistas nas áreas de zootecnia e medicina veterinária
ESPORTE NORDESTINO
Considerando a importância da agropecuária para o desenvolvimento socioeconômico do país, não é de se estranhar que tantas práticas culturais e esportivas estejam ligadas ao trabalho diário com o gado e outros animais. Tourada, vaquejada, boiada e entre outras práticas se entrelaçam como a representação de um povo.
Especialmente no Nordeste, a habilidade de dominar o gado é uma das principais atribuições de quem trabalha na pecuária do sertão. Em um contexto de caatinga, onde as vegetações são altas, os trabalhadores desenvolvem técnicas para laçar seus bois e controlá-los sem esbarrar em árvores, galhos e pedras altas. Para que essa habilidade se tornasse um esporte não demorou muito, e menos ainda para que se espalhasse pelo país.
“Existe a percepção que a vaquejada só existe no Nordeste. E quando nós fizemos o levantamento para mostrar exatamente a força da vaquejada e esse elemento cultural enraizado no povo brasileiro, nós descobrimos que praticamente todos os estados do Brasil possuem alguma coisa de vaquejada. São Paulo, no estado do Rio de Janeiro, Santa Catarina, nós temos vaquejada Roraima, nós temos vaquejada, Rondônia, Amazonas. Minas Gerais nós temos vaquejada. É algo sensacional porque demonstra que onde o nordestino vai, ele leva a vaquejada com ele”, ressalta.
Ou seja, eventos como o Circuito Valmir Velozo (CVV) e o Campeonato Baiano de Vaquejada (CBV) atraem competidores de todas as regiões do Brasil, pois movimentam milhares de reais em prêmios e geram uma quantidade significativa de empregos diretos e indiretos.
A preparação para essas competições envolve meses de treinamento intensivo e deslocamentos, o que acaba estimulando a economia local e regional de maneira notável. Além do impacto econômico, as vaquejadas são importantes manifestações culturais, reunindo tradições e costumes do sertão nordestino.
Ao Bahia Notícias, os representantes dos principais circuitos falam sobre a evolução da prática. Para o médico veterinário Valmir Velozo, criador do circuito que leva o seu nome, a evolução foi crescente, especialmente durante os últimos 35 anos em que se dedicou ao esporte. A carreira que começou como vaqueiro e atleta, o levou a empreender no nicho.
"Quando comecei a correr vaquejada, não existiam regras. Então, passei a organizar corridas com horários definidos, divisão de categorias e participei da criação das categorias aspirante, amador e profissional, que não existiam antes. Antes, se você quisesse competir, teria que correr contra os profissionais. Isso criava uma desigualdade grande”, Velozo explica.
Diante dessa realidade, Velozo implementou em seus circuitos um sistema de índice técnico, para equilibrar a competição e evitar que fatores financeiros determinassem os resultados:
"Na vaquejada tradicional, quem tem dinheiro leva vantagem, pois pode permanecer como amador ou aspirante por anos, enquanto quem corre para terceiros é obrigado a virar profissional. Isso é injusto. No CVV, nós equilibramos as categorias pelo índice técnico, ou seja, pelo desempenho real do vaqueiro na derrubada de boi. Assim, independentemente da condição financeira, cada atleta compete no nível correspondente às suas habilidades", garante o coordenador.
Enquanto o CVV implementa um novo modelo de competição, o Campeonato Baiano de Vaquejada (CBV) surge como uma iniciativa para fortalecer a organização do esporte no estado. Pedro Rocha, administrador e diretor do CBV, destaca que a competição nasce da necessidade de criar um campeonato unificado.
“Nunca houve um Campeonato Baiano de Vaquejada. Sempre tivemos circuitos particulares. Então, resolvemos chamar os principais parques com credibilidade e estrutura para participar, a maior edição foi desse ano de 2024”, explica.
Ele conta que o CBV também pretende fortalecer a regulamentação do esporte, e assim o faz incorporando a pontuação da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM). “Nos últimos anos, muitos parques baianos abandonaram a regulamentação da ABVAQ. Este ano, decidimos resgatar essa tradição e garantir que os cavalos possam pontuar no ranking nacional”, detalha Rocha.
Um impulso importante é a Vaquejada de Serrinha, considerada a maior do Nordeste em termos culturais — com festas e shows — e esportivos, já que o evento é sediado no maior parte de vaquejada da região: Parque Maria do Carmo. O evento, organizado por Valmir Velozo, chegou a atrair 40 mil pessoas. Este e outros circuitos demostram a profissionalização do esporte na Bahia.
O Ministério da Cultura (MinC), em parceria com o SESI Bahia, lançou a primeira edição do Programa Rouanet da Juventude com participação da Bahia, contemplando pelo menos 30 projetos culturais voltados para a formação de jovens entre 15 e 29 anos.
Nesta primeira edição, cada projeto poderá receber até R$ 200 mil em recursos, fomentando iniciativas nas áreas de artes cênicas, música, artes visuais, audiovisual, humanidades, patrimônio cultural e museus e memória.
O programa tem como foco a capacitação de jovens em vulnerabilidade social, promovendo a inclusão produtiva no setor cultural, e uma das exigências do edital é que, no mínimo, 50% dos projetos incluam agentes culturais, equipes ou público prioritário, como mulheres, pessoas negras, indígenas, quilombolas, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.
Diferente de outros projetos da Lei Rouanet, o Programa Rouanet da Juventude já conta com os recursos garantidos, com apoio da Shell Brasil, que destinou R$ 6 milhões para financiar diretamente os projetos selecionados.
As inscrições para o edital do Programa Rouanet da Juventude podem ser feitas até 30 de abril de 2025 pelo Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (SALIC). A seleção dos projetos ocorrerá ao longo do ano, com execução prevista para 2026.
Os interessados em submeter um projeto no programa ainda contam com o auxílio do SESI Bahia, que promoverá oficinas de treinamento que abordarão desde a concepção da ideia do projeto até sua execução e prestação de contas.
As oficinas, ministradas por um preposto do Minc, acontecerão nos dias 15 e 16 de abril, de forma presencial em Salvador e com a vivo para unidades do SESI em Feira de Santana, Ilhéus, Juazeiro e Vitória da Conquista. Todos os participantes receberão certificados, e as vagas são limitadas.
Para participar das capacitações, os interessados devem se inscrever através do Formulário de Inscrição, que estará disponível até a lotação do espaço.
Aos 72 anos, faleceu neste sábado (16), o ator e diretor teatral baiano Antônio Jorge Victor dos Santos Godi, conhecido como Antonio Godi. O artista baiano ficou conhecido como um dos fundadores do Grupo de Teatro Palmares Iñaron, em 1976, e entre 2007 e 2011, ele foi conselheiro no Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC).
Godi era reconhecido por utilizar o teatro como espaço de críticas e debates para questões étnicas, sociais e culturais. Ao lado de artistas e estudantes negros e negras da Escola de Teatro da UFBA, ele foi um dos pioneiros na efervescência do teatro protagonizado pela negritude em Salvador.
Na área acadêmica, Godi atuou como antropólogo e ensaísta pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Entre os seus feitos estão a fundação do S.A.M.B.A (SócioAntropologia da Música Baiana) e a coordenação do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Contemporaneidade da UEFS.
Construído em 1894, o Paço Municipal de Juazeiro, um patrimônio tombado, passará por uma reforma para preservar sua história e transformá-lo em um espaço cultural dinâmico. O prédio histórico abrigará a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte), a Secretaria da Mulher e Juventude e um centro de informações turísticas.
A reforma vai refazer o casarão, que apresenta infiltrações, rachaduras e comprometimento estrutural, além de adaptá-lo para receber exposições de artistas locais e visitantes. O secretário da Seculte, Targino Gondim, prevê a realização de mostras rotativas a cada três meses, dando oportunidade para diferentes artistas exporem seus trabalhos
"A obra retrata um dos espetáculos mais belos de Juazeiro – o voo sincronizado das andorinhas ao entardecer, um deslumbre para quem observa. Queremos ela de volta, emoldurada e protegida", destaca Gondim ao portal RedeGN.
Informações do RedeGN, parceiro do Bahia Notícias, confirmam que o Paço, localizado no centro da cidade de Juazeiro, pode se tornar um ponto de referência para turistas, oferecendo informações sobre a história e a cultura de Juazeiro. O secretário Gondim destaca a importância de valorizar o patrimônio e preparar o local para receber visitantes.
Dentro da proposta de resgate histórico, a obra "Balé das Andorinhas", do artista plástico Coelhão, será restaurada e devolvida ao prédio. A escultura, que ficava na escadaria do Paço, foi danificada ao longo dos anos e agora será protegida e valorizada. A obra retrata o voo sincronizado das andorinhas ao entardecer, um espetáculo característico de Juazeiro.
Imagem da escultura do Balé das Andorinhas | Foto: Reprodução / Mauricio Dias
O Paço Municipal foi construído pelo intendente Henrique José da Rocha e já abrigou o Fórum e a Câmara Municipal. Sua construção foi concluída em 1934, com barro e cimento de baleia, além de pisos de madeira. Atualmente, o prédio abriga o gabinete do prefeito e setores administrativos, que serão transferidos para um novo espaço, abrindo caminho para a nova vocação do Paço como espaço cultural.
No comando da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) nos últimos dois anos, Pedro Tourinho se despediu da Prefeitura de Salvador neste domingo (29). Em publicação feita nas redes sociais, o secretário deixou seu agradecimento ao prefeito Bruno Reis pelo período em que ficou na pasta.
Agradecer e abraçar. Agradecer por esse ano, por esses anos. Agradecer a Deus e aos Orixás, a todos, a cada uma das pessoas que estiveram comigo nessa jornada, que foi muito muito feliz. Trabalhar pela cultura e por nossa gente é um caminho sem volta, que venha 2025, novos ciclos, novas aspirações. Obrigado Bruno Reis pela aposta, pelo convite, pelo apoio incondicional", escreveu Tourinho em parte da legenda.
A saída dele da Secult foi antecipada pelo Bahia Notícias ainda no início do mês, com o indicativo de retorno de Tourinho para a iniciativa privada. Pouco tempo depois, o próprio prefeito confirmou o encerramento do ciclo do secretário na Secult.
Essa é a primeira vez que Pedro Tourinho fala publicamente sobre a sua saída. Ainda não há definição sobre o nome que deve ocupar seu lugar, já que Bruno Reis ainda não anunciou as mudanças que serão feitas em seu secretariado.
A tradicional Corrida Sagrada retorna no começo em janeiro de 2025, com a largada marcada para as primeiras horas da manhã da quinta-feira (16), em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio. O evento, que abre o calendário oficial das corridas de rua na Bahia, promete reunir cerca de 1,5 mil corredores em um percurso de 6,8 km, com chegada na Colina do Bonfim.
Além de ser uma prova esportiva, a Corrida Sagrada oferece aos participantes a oportunidade de vivenciar a rica cultura da Lavagem do Bonfim, uma das maiores festas religiosas do Brasil. A prova acontece em meio à celebração, permitindo que os corredores mergulhem na atmosfera de fé e sincretismo religioso que marca a data.
Corredores na disputa em meio ao calor da capital baiana | Foto: Divulgação
“O corredor, além de percorrer as ruas históricas de Salvador, também tem a oportunidade de viver toda a festa da Lavagem do Bonfim”, destaca Douglas Cerqueira, diretor da organização do evento. “Nossa expectativa é que, nesta edição, tenhamos um recorde de participantes, com corredores da Bahia e de várias partes do País”, completa.
As inscrições para a Corrida Sagrada já estão abertas e podem ser feitas através do aplicativo da Track&Field. A prova é aberta para atletas a partir de 16 anos e contará com premiação para os cinco primeiros colocados nas categorias masculina e feminina, além de premiação especial para atletas PCD no triciclo.
Corredores em realização da corrida pela cidade | Foto: Divulgação
Para Iully Curvelo, organizadora do evento, a tradição da prova ressalta o envolvimento dos corredores: “É comum muitos participantes fazerem a prova e voltarem no contrafluxo, aproveitando os festejos, com a participação de milhares de fiéis. É um evento esportivo, mas que também envolve muita cultura, além de toda a energia da festa. A gente tem música desde a largada e ao longo de todo o percurso”, diz o organizador.
A Corrida Sagrada é uma realização da Federação Bahiana de Atletismo (FBA) e parceria da Prefeitura de Salvador, através da Empresa Salvador Turismo (Saltur). A prova também conta com o apoio da Dobro Suplementos.
A Escola Criativa Boca de Brasa ICEAFRO Gantois realiza, nesta terça-feira (10), o ‘Boca de Brasa Apresenta - Polo Federação’. O evento, que acontece no Teatro Módulo, às 17h, terá entrada franca e reúne dez projetos selecionados na ‘Bolsa Estímulo Eu Sou Boca de Brasa’.
A noite será marcada pela apresentação dos trabalhos construídos com o aporte técnico-financeiro viabilizado pela ‘Bolsa Estímulo Eu Sou Boca de Brasa’, que além de um valor em dinheiro também ofereceu 16h de mentorias no sentido de profissionalizar as carreiras dos contemplados.
A Escola Criativa liderada pelo ICEAFRO conta com a coordenação artística de Valdineia Soriano, atriz do Bando de Teatro Olodum e a ‘Neuza’ na novela ‘Volta Por Cima’ da Rede Globo. Ela estará presente no Boca de Brasa Apresenta e será a Mestre de Cerimônia do evento.
Farão parte do evento os lançamentos do curta “Amoré”, filme de estreia de Bela Leal, dos clipes de Rose Ratinha com sua Orquestra de Timbal Feminina Performática, do curta-documentário “Costurando com Axé”, de Dyego Santz, do fotolivro “Íròkò”, de Herbert Fernandes, da exposição fotográfica "500 tons” de Rainha Kristina e da leitura dramática do roteiro Se Amam de Qualquer Maneira, de Cristina Leifer.
Também será uma oportunidade de trocas e relatos de experiências sobre eventos culturais territoriais apoiados como: Encanto de São Lázaro no encanto de 20 de Novembro, realizado por Maria de São Lázaro em parceria com as lideranças do bairro e o Grupo de Mulheres do Alto das Pombas (GRUMAP), a performance de dança afro de Nut.Kassia fruto do 1º Congresso de Danças Negras: Vozes dos Palmares; e como resultado do FestNegro temos o projeto Encantando a Quebrado. Um desfile com modelos vestindo as estampas da Serigrafia Quilombista de Pedro Maia encerra a noite com um toque de estilo e cultura.
A Universidade Estadual da Bahia (UNEB) vai inaugurar nesta quinta-feira (05) um Memorial Professor Edivaldo Machado Boaventura, no Campus XIV, em Conceição do Coité. A cerimônia homenageou o escritor, advogado, sociólogo e educador que foi fundamental para a criação da UNEB e seu primeiro reitor, de 1983 a 1984.
O local foi idealizado pela família Boaventura e por professores da UNEB, reúne um rico acervo com livros, documentos, obras de arte e objetos pessoais do homenageado. O espaço busca preservar a memória de Boaventura e oferecer à comunidade acadêmica e ao público a oportunidade de conhecer a trajetória de um dos mais importantes intelectuais baianos.
Edivaldo Boaventura promoveu educação e cultura ao longo da vida, ocupando diversos cargos importantes, como secretário de Educação e Cultura da Bahia e presidente da Academia de Letras da Bahia. Sua visão inovadora e seu compromisso com a formação de cidadãos contribuíram significativamente para o desenvolvimento da educação superior no estado.
Com curadoria dos professores Maurilio Antonio Dias de Sousa e Adriano Eysen, o memorial reunirá títulos da biblioteca particular de Edivaldo Boaventura, assim como obras de arte, condecorações, homenagens, correspondências e livros escritos ou organizados pelo intelectual baiano.
“O Memorial trata-se de uma homenagem a um ser humano que dedicou a sua vida a pensar, sobretudo, a educação e a cultura brasileiras com um olhar crítico e transdisciplinar. Certamente, Boaventura, imbrincado com sua época, transitou pelo aquém e além-mar para imortalizar sonhos, ideais e obras. Portanto, estamos a celebrar a trajetória de um educador prestante que ainda tem muito a nos enriquecer com seus saberes e experiências forjados dentro e fora do universo das academias”, destaca Adriano Eysen.
O acervo do memorial abrange diversas áreas do conhecimento, como Direito, Educação, História e Literatura, refletindo a vasta formação e os múltiplos interesses de Boaventura. Além de livros e documentos, o espaço conta com obras de arte que retratam a trajetória do educador e sua paixão pela cultura baiana.
"Imagina só que loucura essa mistura. Alegria, alegria, é um estado que chamamos Bahia". A afirmação, feita pela ministra Margareth Menezes, durante audiência pública realizada na Comissão de Cultura da Câmara na última quarta-feira (27), pode ser pinçada como um resumo dos múltiplos significados e da importância da Axé Music para a cultura brasileira, aspectos que foram debatidos e destacados no encontro.
A ministra e cantora foi mais uma voz a dar seu depoimento na reunião realizada na Câmara. A audiência contou com a participação de diversos expoentes desse movimento não apenas musical, mas também de resistência contra a opressão e de luta contra o racismo, a desigualdade e a intolerância.
A audiência pública foi requerida pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que é autora do PL 4187/2024, que institui o Dia Nacional da Axé Music, da Compositora e do Compositor Musical Brasileiro. Se a proposta for aprovada nas duas casas do Congresso, a data em homenagem à Axé Music será comemorada no dia 17 de fevereiro.
Foram muitos os depoimentos dados na audiência sobre a história e as inspirações que permitiram a construção de um estilo musical que se impôs, se tornou conhecido em todo o mundo e agora busca reconhecimento, após 40 anos desde que surgiu na Bahia. Resultado da fusão da sonoridade africana dos blocos com outros ritmos, como reggae, samba e rock, a Axé Music recebeu esse nome em 1987, dois anos depois do lançamento da música "Fricote", do cantor e compositor Luiz Caldas, considerado o marco inicial do movimento.
"A Bahia nos dá régua e compasso, como disse Gilberto Gil, pra que gente ter a consciência de quem a gente é, reconhecendo de onde a gente vem, e traçar o nosso futuro independente das diferenças de pensamento, porque o Brasil é essa diversidade, e agente precisa se respeitar dentro desse contexto", disse a ministra Margareth Menezes.
Participaram da audiência, de forma presencial ou via remota, nomes como Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Sarajane, Márcia Short, Robson Moraes (Banda Mel), Rafael Barreto (Banda Jammil), além do presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues. Segundo Carlinhos Brown, os fundadores e propagadores da Axé Music são "Carnaval e responsabilidade 365 dias do ano".
Gerônimo, anunciado pela deputada Lídice com a frase "nessa cidade todo mundo é d´Oxum", também se pronunciou na audiência e ressaltou a importância dos primeiros discos dele para a concretização do axé como movimento musical. Gerônimo, que participou da sessão virtualmente, pediu que as rádios voltem a tocar o gênero.
Sarajane, que também falou por via de vídeo, disse ter se emocionado com a audiência e discursos que destacam a força da Axé Music, e que com a forma como que o estilo se impôs se tornou muito maior e amplo do que o próprio movimento cultural e musical. "Hoje é momeno de muita felicidade, só tenho a agradecer a deputada Lídice, que é maravilhosa, assim como agradecer a nossa ministra da Cultura, que sabe qual é a essência da nossa música. Axé Music é força, é energia, é luz, é alegria", disse Sarajane.
Já Márcia Short falou dos tempos em que vendia acarajé com a mãe, e destacou que quando viu Margareth Menezes cantar, decidiu que seria uma estrela assim como a atual ministra da Cultura. "Criar uma data para a axé music significa afirmar para todo o Brasil a importância que legitime esta cena que colocou a Bahia num lugar de destaque no mundo", disse Márcia.
Também participaram da audiência os Osmar Marrom Martins e Hagamenon Brito, que cunhou o termo Axé Music, assim como Wanda Chase e o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, que afirmou que o governo Jerônimo Rodriges apoia a criação do dia 17 de fevereiro como a data para celebrar o movimento musical. "Queremos que esse movimento seja sempre lembrado, destacado, com a sua importância para nossa formação cultural, da Bahia e do Brasil", disse Monteiro.
Um dos depoimentos mais aplaudidos na audiência foi da cantora e compositora Daniela Mercury, que estava acompanhada da sua esposa, a jornalista Malu Verçosa. Para Daniela, a cultura é responsável pela verdadeira transformação social do país.
"A cultura é um instrumento de combate à desigualdade e reforço da democracia. O Axé Music nasceu da força cultural do nosso povo, conectando música, resistência e inclusão", afirmou Daniela Mercury.
A cantora baiana lembrou que o gênero surgiu logo depois do fim da ditadura militar, em meados da década de 1980, e representou, naquele momento, a expressão de um povo que precisava ter voz. E, de acordo com Daniela, essa revolução aconteceu a partir dos blocos afro de Salvador, em especial o Olodum.
"O Canto da Cidade é um samba reggae do Olodum, cantado com rock misturado, com baixo, com bateria, que a gente ia inventar. Eu, pessoalmente, queria muito ter uma música politizada, porque eu passei 20 anos na ditadura militar, e eu queria falar da felicidade de estar na democracia, eu queria falar dessa alegria possível. Quando eu cantei: Alegria é agora, que é minha e de Pierre, é agora e é amanhã, essa é a minha fala, que declara a revolução, esta arte que arde, de um povo que invade essas ruas de clave-sol e de multidão", colocou Daniela Mercury.
"Bahia é mural anônimo da arte negra flor, Bahia, seu coração me provocou", cantarolou Daniela Mercury ao encerrar sua fala na audiência, ao dizer que Bahia é história e memória.
Exaltação da Axé Music como fenômeno musical e cultural brasileiro, reconhecimento do seu papel de elemento transformador da sociedade e para promoção da diversidade, reconhecimento da importância do movimento para fomentar a economia e a geração de emprego e renda. Esses foram alguns dos aspectos destacados sobre a Axé Music durante audiência pública relizada na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (27).
A audiência foi requerida pela deputada Lídice da Mat (PSB-BA), autora do PL 4187/2024, que institui a data de 17 de fevereiro como o Dia Nacional da Axé Music. A deputada disse que essa data marca o primeiro carnaval após o lançamento da música Fricote, de Luiz Caldas, considerada a precursora do movimento da Axé Music.
Luiz Caldas, conhecido como o pai da Axé Music, teve um papel fundamental nesse movimento, e deu seu depoimento na audiência, por meio de vídeo ao vivo. O cantor falou sobre a música Fricote e o começo desse movimento que ano que vem completa 40 anos.
"Esta canção trouxe a essência sonora de uma música feita na Bahia, ganhando ao passar do tempo do nome de Axé Music. Naquele ano de 1985, quando o LP "Magia" foi lançado, sendo o disco número 1 da Axé Music, o sucesso de Fricote já estava acontecendo pelo Brasil, começando assim uma nova forma de celebrar a alegria com um tipo de música que carrega em si a mistura de vários ritmos, estilos, sentimentos e possibilidades", disse Luiz Caldas.
Na audiência, marcaram presença a cantora Daniela Mercury, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o presidente da Fundação Palmares, João Jorge, o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, assim como deputados, profissionais da música, jornalistas, produtores culturais, entre outros.
"Ao longo dos anos, a Axé Music se estabeleceu como um dos principais pilares da cultura baiana, impulsionando uma indústria fonográfica e um próspero mercado de entretenimento. Grandes artistas, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Gerônimo, Sara Jane, entre tantos outros, ganharam projeção nacional e internacional graças ao sucesso do Axé Music. Atualmente, o movimento contribui significativamente para a economia, o turismo e a visibilidade do estado da Bahia, especialmente durante o Carnaval de Salvador, uma das maiores festas populares do mundo", afirmou a deputada Lídice da Mata.
A importância da Axé Music como fenômeno cultural também foi exaltada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. A ministra disse que para quem vive de arte e cultura, é importante ter a possibilidade de criar um marco de reconhecimento pelo trabalho de muitos, que teria começado bem antes da Axé Music.
"A música baiana tem, dentro da história da Música Popular Brasileira, um lugar muito especial, um lugar de muita representatividade, trazido por tantas cabeças, e a gente vai em Dorival Caymmi, a gente vai em João Gilberto, toda a geração da Tropicália, e vamos falar dos Nvos Bainaos, dos sambistas que vieram antes de nós e que inspiraram a nossa gerçlaão, para hoje podermos festejar a possibilidade de criamos um dia para homenegar a Axé Music", colocou a ministra.
Margareth, que gravou seu primeiro LP em 1987, que vendeu mais de 100 mil cópias por conta do sucesso nacional da música "Faraó", destacou as ações culturais que estão sendo implementadas pelo governo federal, e salientou a força da Axé Music como manifestação artística que reflete as vivências e as lutas do povo negro.
“Eu me sinto muito honrada nesse momento em que estou nesse lugar de ministra da Cultura do Brasil, procurando fazer um trabalho que incorpore uma visão nacional, que saia dessa coisa muito particular que durante muito tempo as políticas culturais eram feitas, para abraçar todo o Brasil, fazer uma política que tenha essa consciência", destacou a ministra.
"A Axé Music é um movimento coletivo, de muitos corações e maneiras de ver a música, muitas manieras de ver as temáticas, a histporia do povo negro que deve ser respeitada, quem não entende isso, o sofrimento que passamos e que temos, com respeito e admiração ao sangue derramado, a história foi construída sobre isso, e a nossa música fala sobre isso também, reflete a história do nosso povo negro. A Bahia é isso, nos dá a régua e compasso, como disse Gilberto Gil”, concluiu Margareth Menezes.
Se dizendo emocionada, a cantora Daniela Mercury relembrou o início de sua carreira, que começou praticamente junto com o início da Axé Music. Segundo Daniela, é inquestionável a contribuição dada pelo movimento para o conjunto da Música Popular Brasileira, e é esse legado e essa história que estariam sendo preservados com a criação do Dia Nacional da Axé Music.
"Eu lembro que os tropicalistas, ao fazer 30 anos já estava nos livros, e o Axé ainda precisa de reconhecimento. Independente de estarmo lutando aqui por um dia em homenagem ao Axé, que é muito bem vindo e agradecemos imensamente essa ideia, eu acho que isso provoca também, nesses 40 anos, um momento de reflexão sobre a memória, sobre a história desse movimento e o quanto temos que escrever sobre ele, gerar documentação sobre ele", afirmou a cantora baiana.
Daniela Mercury disse na Comissão que acredita que a cultura é um instrumento de luta contra a desigualdade. Nesse sentido, de acordo com a cantora, a audiência e o projeto de criação da data contribuem para esse movimento contra a desigualdade, pela coesão social e pelo respeito à Constituição.
"Na Constituição temos direito à cultura, mas esse não é um direito que está efetivao para a grande maioria. De tantos desejos que temos para esse país, que toda a cultura esteja associada à democracia, fortalecendo a democracia. A gente não consegue entender porque colegas nossos artistas não entendem a importância da democracia para a expressão dele. Expressão livre do seu desejo, do seu sonho, do que ele representa dentro da diversidade humana, das suas contribuições intelectuais. Não dá para falar em arte sem liberdade, a liberdade plena, a liberdade efetiva, de trocas, que não sejam tolhidas, que não sejam censuradas, que não sejam determinadas por ninguém", destacou Daniela.
Para Bruno Monteiro, secretário de Cultura da Bahia, as homenagens realizadas pela Câmara dos Deputados são essenciais para preservar a história, impulsionar o presente e renovar o futuro. Para ele, é fundamental lembrar da história.
"A história é construída sobre as referências e os trabalhos daqueles que vieram antes. Esse movimento não é apenas um ritmo musical, mas uma expressão da identidade cultural baiana, que revolucionou o carnaval e projetou a Bahia para o mundo. Valorizar essa história é fortalecer nossa sociedade”, afirmou.
Participando da audiência por vídeo, o cantor, compositor e percussionista Carlinhos Brown, também destacou a dimensão social do Axé Music.
"O Axé Music surgiu como um movimento que trouxe um novo olhar para a produção musical brasileira, transformando o carnaval e a cultura de Salvador e do Brasil”, disse o cantor e instrumentista baiano.
Falaram ainda na audiência a cantora Sara Jane; a jornalista Malu Verçosa Mercury; o presidente da Fundação Palmares, João Jorge; a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA); o cantor Geronimo Duarte; a deputada Benedita da Silva (PT-RJ); o jornalista Hagamenon Britto; a artista Marcia Short; o jornalista Osmar Martins; e o compositor Manno Góes.
Finalizando a programação do Novembro Negro Bahia, o Governo da Bahia, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), anunciou a realização do Ato de Celebração do Novembro Negro Bahia, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), na terça-feira, dia 26 de novembro.
O evento gratuito vai reunir atrações como a banda Didá, com sua batida marcante e protagonismo feminino e sua eterna homenagem ao mestre Neguinho do Samba; os Filhos de Gandhy, tapete branco da paz com seu ijexá; o cantor Dão e sua ginga black da Bahia; o pagodão contemporâneo da banda de Camaçari Afrocidade e o toque vibrante dos tambores ancestrais do Bloco Afro Olodum.
O ingresso poderá ser no Sympla (clique aqui). Além da música, o Ato vai contar com a performance do Bando de Teatro Olodum, um dos mais importantes grupo de teatro negro do país e um espetáculo bem humorado de Sulivã Bispo, com sua personagem Koanza, com misto de irreverência e força.
Para a secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, o Ato será um momento de celebrar a potência da herança cultural afro diaspórica na Bahia. “Neste primeiro Novembro Negro com o dia 20 de novembro como feriado nacional, trouxe ainda mais força e visibilidade para a agenda antirracista na Bahia, estado de grande importante para estas lutas”, disse a Secretária Ângela Guimarães.
A produção do Ato de Celebração do Novembro Negro Bahia é realizado pela Sepromi Bahia com a Secretaria de Turismo (Setur Bahia) e a produtora Brilho Estrelar.
SERVIÇO
O quê: Ato de Celebração do Novembro Negro na Bahia com Didá, Filhos de Gandhy, Koanza, Dão, Bando de Teatro Olodum, Afrocidade e Olodum
Quando: 26 de novembro de 2024 (terça-feira), às 18h
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n – Campo Grande, Salvador – BA)
Ingressos: Gratuito, através do Sympla.
O Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre) escolheu a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, como a mais nova vice-presidente de Cultura. A eleição da nova mesa diretora do colegiado ocorreu na última sexta-feira (8), durante a 13ª edição do evento, em João Pessoa.
Na ocasião, o desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto, presidente do TJ de Santa Catarina, foi eleito presidente do Consepre. Terá como vice o desembargador Raduan Miguel Filho, presidente do TJ de Rondônia.
A mesa diretora é composta, ainda, pelo vice-presidente de Relacionamentos Institucionais, desembargador Alberto Delgado Neto (presidente do TJ-RS); e pelo vice-presidente de Inovação e Tecnologia, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior (presidente do TJ-MG). Todos tomarão posse em janeiro de 2025.
O XIII Encontro do Consepre, sediado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, começou no dia 6 e terminou na sexta, com a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso; e as palestras “O cérebro que julga: o juiz e as neurociências” e “Mulheres na Justiça e na Sociedade”. No encerramento, foi elaborada a Carta de João Pessoa.
No dia anterior, estiveram presentes o Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, e o corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell. Também houve palestras sobre inteligência artificial e conciliação.
No sábado (9), os presidentes dos 26 Tribunais de Justiça presentes fizeram uma reunião preparatória para a próxima edição.
O Consepre visa discutir temas relevantes em comum e alinhar as pautas importantes para o Judiciário brasileiro. Cada edição ocorre em um estado diferente.
A Bahia foi palco para a apresentação da carta com considerações de mais de 120 autoridades que participaram da reunião do Grupo de Trabalho de Cultura do G20, iniciada na última segunda-feira (4), no Centro de Convenções, em Salvador. O encontro, que terminou nesta sexta-feira (8), precede o encerramento da contribuição do Brasil na presidência do G20, que passa à África do Sul a liderança nas próximas semanas.
O governador Jerônimo Rodrigues participou da plenária de fechamento da reunião, acompanhado dos ministros Margareth Menezes, da Cultura; Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e de secretários de Estado. Ministros da Cultura de países como Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, África do Sul, Emirados Árabes, Indonésia e Japão, bem como representantes de mais de 20 organizações internacionais, também estiveram presentes e apresentaram contribuições para os assuntos discutidos nos últimos quatro dias.
“Da cultura desses 20 países, sai um documento, que é a Carta da Bahia, tratando de temas importantes, a exemplo da relação entre a cultura e o meio ambiente, a cultura e uso de tecnologia, o uso da inteligência artificial, inclusive um forte posicionamento dos ministros sobre o uso de deepfake. Mas um ponto muito importante do debate dessa semana é a respeito do patrimônio de cada país. Nós tivemos, recentemente, a devolução do manto sagrado dos Tupinambás. Um já chegou ao Brasil, são 13. A preservação da cultura de cada país engrandece a cultura mundial”, afirmou Jerônimo.
A carta, entregue aos líderes da cúpula do G20, será o documento que vai orientar práticas de políticas culturais no mundo. A ministra da cultura, Margareth Menezes, frisou que o documento, entregue na plenária, é fruto de um longo e cuidadoso processo de articulação e debate das delegações técnicas, que acontecem desde dezembro de 2023.
"Esse documento consagra valores, princípios e diretrizes que vêm sendo discutidos desde o início do nosso grupo e que foram trazidos em linha de continuidade pelas presidências da Arábia Saudita, da Itália, da Indonésia e da Índia. Nos comprometemos com princípios inclusivos, participação social e acessibilidade para o pleno exercício dos direitos culturais”, disse o governador.
O Centro de Convenções de Salvador receberá a partir da próxima segunda-feira (4), os líderes das principais economias globais para debater pautas relacionadas à diversidade e patrimônio cultural, inclusão social, direitos autorais, entre outros eixos temáticos na 4ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho (GT) de Cultura e a Reunião de Ministros de Cultura do G20.
O evento, apoiado pelo Governo do Estado, ocorre simultaneamente ao Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima, que terá abertura no dia 04/11, às 9h, com as presenças das ministras da Cultura, Margareth Menezes, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, governador Jerônimo Rodrigues e secretários estaduais.
Mais de 120 autoridades estão credenciadas para o encontro na capital baiana, incluindo os ministros da Cultura da Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Indonésia, Angola, África do Sul, União Africana, Vice-Ministro adjunto da Rússia, Vice-Ministro do Japão, Vice-Ministro da Coreia do Sul, Vice-Ministro da China, Vice-Ministro de Portugal, e mais de 20 organizações internacionais como UNESCO e UNCTAD.
Durante o G20 serão discutidos quatro eixos temáticos, sendo a Diversidade Cultural e Inclusão Social; Direitos Autorais e Ambiente Digital; Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável e Preservação, Salvaguarda e Promoção do Patrimônio Cultural e da Memória. “Esperamos que o Encontro sirva para projetar a cultura baiana, mas principalmente para sedimentar a Cultura como vetor fundamental do desenvolvimento sustentável e para o fortalecimento das democracias”, afirma o secretário de Cultura, Bruno Monteiro.
Casa Bahia G20
Através das secretarias de estado, o Governo projetará a Bahia com diversas atividades. No Centro de Convenções de Salvador será instalada a Casa Bahia no G20 Cultura Brasil 2024, com apoio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) para comercialização de produtos de 14 Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) e peças do Programa Artesanato da Bahia, entre elas parte da coleção de acessórios “Axé Raízes do Quilombo”, apresentada na passarela da 58ª São Paulo fashion Week, no desfile da marca baiana Meninos Rei.
A coleção é composta de bolsas, chapéus, brincos, colares, pulseiras, mochilas e tops, confeccionados a partir da técnica de trançado com a palha de piaçava, palha da costa e montagem em miçangas. As peças foram produzidas por mulheres da Associação de Artesanato Raízes do Quilombo, do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, sob a coordenação dos estilistas Ceu e Junior Rocha.
Exposições
Também no Centro de Convenções de Salvador será montada a Exposição Frans Krajceberg, com obras e a trajetória do artista plástico e ativista ambiental que, a partir da flora brasileira, criou uma arquitetura da natureza, trazendo a questão ambiental como questão de ordem ética dentro da arte.
Já no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC), ministras e ministros da Cultura de países do G20 visitarão a Exposição Dona Fulô e Outras Joias Negras, que conta a trajetória de riquezas produzidas no Brasil no contexto da diáspora africana.
Sinfonia Terra Brasilis
O concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) com o tema Sinfonia Terra Brasilis marcará o encerramento do G20 da Cultura no dia 08 de novembro, às 19h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. A apresentação contará com a apresentação de vários artistas convidados, mostrando a diversidade das expressões artísticas brasileiras e fazendo um passeio pela riqueza cultural do país.
A reunião do G20 da Cultura, em Salvador, é uma realização do Ministério da Cultura, OEI e Unesco, e parceria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
A Prefeitura de Salvador assinou, nesta sexta-feira (1º), um acordo de cooperação internacional entre Salvador e a República do Benin para a troca de experiências e viabilização de investimentos feitos pelo governo beninense na Casa do Benin, equipamento cultural de intercâmbio gerido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
A assinatura ocorreu durante a abertura da exposição artística Ecos Malês na Casa das Histórias, no Comércio. Na ocasião, o cônsul honorário do Benin na Bahia, Marcelo Sacramento, afirmou que o governo do Benin está disposto a fazer investimentos para equipar a Casa do Benin, de modo que todos os soteropolitanos que a visitam sintam-se motivados a conhecer o Benin.
Foto: Bruno Concha / Secom PMS
“Isso será feito com infraestrutura, modernização, acessibilidade, restaurante, ar-condicionado e uma estrutura que propicie essa experiência, incluindo a participação de artistas beninenses, por exemplo, artistas que trabalham com pintura, artesanato, teatro e música. É essencial que a Casa do Benin seja de fato a expressão do que é o Benin hoje, de toda a sua história e de nossa relação”.
"Esta cooperação internacional representa um marco significativo para Salvador e para a Casa do Benin. Estamos entusiasmados em fortalecer os laços culturais e históricos que nos unem ao Benin. Com os investimentos e a troca de experiências, poderemos revitalizar esse espaço, oferecendo ao público uma imersão autêntica na rica cultura beninense. A modernização da Casa não apenas valoriza nosso patrimônio compartilhado como impulsiona o turismo cultural em nossa cidade", afirmou o presidente da FGM, Fernando Guerreiro.
Marcelo Sacramento lembrou que este ano o presidente da República do Benin, Patrice Talon, e toda a comitiva beninense foi muito bem recebida pelo prefeito e toda a equipe da Prefeitura na casa do Benin, no Centro Histórico.
“Quando nós apontamos na ladeira do Pelourinho e aqueles tambores tocavam os sons jeje do Benin, saudando a comitiva, e nós adentramos na casa do Benin, nós nos sentimos na África. O presidente Patrice Talon, naquele momento, disse do fundo do seu coração: ‘nós somos povos-irmãos e não nos conhecemos’. Aqui chegaram nos séculos 17 e 18 mais de um milhão de negros escravizados. Aqui, o Benin fincou as suas origens, seu DNA, sua religião, a religião de matriz africana, trouxe para cá sua culinária, seus hábitos, sua língua Fon, porque até hoje falamos "garfo", "faca", "copo", isso é Fon, isso é Benin”, recordou.
O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade vinculada à Secretaria de Cultura, anunciou, nesta quarta-feira (23), o investimento de R$ 9 milhões em iniciativas culturais que abrangem áreas como patrimônio material e imaterial, museus, artes visuais e manifestações culturais.
Os editais fazem parte da ação de fomento da Política Nacional Aldir Blanc Bahia (Pnab) e estão com inscrições abertas de 17 de outubro a 15 de novembro no site www.bahiapnab.com.br. Com um investimento distribuído em sete áreas, serão apoiadas diversas iniciativas culturais como a manutenção de espaços, preservação do patrimônio material e imaterial, salvaguarda de bens culturais, entre outros.
“Nossa missão é garantir que tradições, saberes e práticas culturais sejam preservados e transmitidos, através de ações que englobam pesquisa, salvaguarda e difusão. Com essa iniciativa, reafirmamos nosso compromisso com a proteção e promoção do legado cultural do estado, mantendo a história de nossos territórios e comunidades”, afirma o diretor-geral do Ipac, Marcelo Lemos.
Até 2027, o Governo do Estado prevê um investimento de mais de R$ 550 milhões até 2027, para a produção cultural nos 27 territórios de identidade da Bahia.
Para proporcionar uma distribuição mais equilibrada dos recursos entre os municípios do estado, os editais da PNAB Bahia apresentam distribuição territorial que contemplam todos os territórios de identidade. Para cada edital que contemplará entre 7 e 27 projetos será previsto, no mínimo, uma vaga por macroterritório de identidade e cada edital que contemplará a partir de 28 projetos será previsto, no mínimo, uma vaga por território de identidade, além de uma vaga para Salvador.
Todos os editais da Pnab Bahia são constituídos de ações afirmativas com cotas e indutores que estimulam distribuição equitativa dos recursos, com cotas de 50% para pessoas negras, 10% para pessoas indígenas e 5% para pessoas com deficiência. Além disso, os projetos propostos por mulheres, pessoas LGGBTQIAPN+, jovens (até 29 anos), idosos (acima de 60 anos), pessoas em situação de rua e egressos do sistema prisional terão indutores com pontuação diferenciada na avaliação.
Confira a descrição e valor destinado a cada projeto no segmento patrimônio e mais informações no site:www.bahiapnab.com.br.
A Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) encerrou sua 12ª edição no último domingo (20), com um recorde de mais de 100 mil visitantes ao longo dos quatro dias de evento. O evento gerou 100% de ocupação hoteleira em Cachoeira e região, a FLICA fortalece seu papel como um dos principais eventos literários do Brasil.
O evento apresentou uma programação diversificada que incluiu literatura, música, artesanato e gastronomia local, distribuídos em espaços como a Tenda Paraguaçu, Geração Flica, Fliquinha, Casa do Governo, Casa do Patrimônio, Palco Raízes e Ritmos. A FLICA também destacou a participação de estudantes da rede pública de ensino da Bahia, que, acompanhados por seus professores, vieram de diversas cidades do Recôncavo para participar das atividades.
“É uma vivência incrível, sobretudo para os estudantes do interior que não têm oportunidade de vivenciar eventos dessa dimensão, e aqui podem chegar perto de um escritor que está lançando seu livro, ouvir ele falar, é fantástico para eles”, comentou a professora de Linguagens e escritora Ana Patrícia Giffoni.
Estudantes do Colégio Estadual João Cardoso dos Santos aproveitando o evento em Cachoeira | Foto: Divulgação / Diego Silva
A edição deste ano teve como tema “O Mundo da Literatura em Festa” e trouxe discussões literárias e culturais com autores e personalidades brasileiras e internacionais. Entre os destaques, estiveram presentes os humoristas baianos João Pimenta e Matheus Buente, a escritora, jornalista e atriz Thalita Rebouças, a poetisa Elisa Lucinda, a atriz e artista visual trans Liniker, e o escritor angolano Kalaf Epalanga.
Outros nomes de peso incluíram Zezé Mota, Itamar Vieira Jr., Mari Bigio, Renato Moricone, Ricardo Ishmael, Mabel Velloso, Ebomi Cici de Oxalá, Raphael Montes, Stefano Volp, Adelaida Fernandes e Jefferson Tenório.
A coordenadora geral da FLICA, Vanessa Dantas, destacou o impacto econômico positivo do evento, que gerou mais de mil empregos diretos e indiretos e contou com a colaboração de mais de 10 secretarias estaduais. Ela agradeceu aos parceiros e empresas envolvidas na realização da festa literária, atribuindo o sucesso ao apoio dos últimos três governadores da Bahia.
A 12ª edição da FLICA foi organizada pela Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, LDM (livraria oficial do evento), CNA NET (internet oficial do evento), UFRB (CAHL – Centro de Artes, Humanidades e Letras) e contou com o apoio de empresas e instituições como Bracell, ACELEN, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação, Caixa e Governo Federal.
Durante evento em Salvador, nesta quarta-feira (16), o governador Jerônimo Rodrigues anunciou a abertura de 29 editais da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab Bahia) para o incentivo e apoio de mais de mil projetos culturais em todos os 27 Territórios de Identidade da Bahia. Serão investidos R$ 110 milhões no financiamento de projetos, construção, manutenção, ampliação de equipamentos culturais, aquisição de bens e a criação de CEUs de Cultura e Centros Culturais Indígenas.
Os editais da Pnab abrangem sete segmentos: Fomento às Artes, Identidades e Saberes, Formação, Patrimônio, Economia Criativa, Livro, Leitura e Literatura, e Cultura em Toda Bahia. Os agentes culturais baianos podem se inscrever gratuitamente nos editais, que ocorrerão de 17 de outubro a 15 de novembro, pelo site www.bahiapnab.com.br.
Juntos, os editais da Pnab somam um investimento total superior a R$ 500 milhões até 2027. Para 2024, R$ 110 milhões serão direcionados a ações públicas, incluindo editais e chamamentos de fomento direto, bem como a construção, manutenção e ampliação de espaços culturais e aquisição de bens culturais.
Mais de 65% desse investimento (R$ 71 milhões) será destinado ao lançamento dos 29 editais, garantindo suporte à diversidade cultural do estado. “A gente está contemplando todas as riquezas da política cultural da Bahia. A parte do Estado foi feita, que é a de cadastrar no edital e recepcionar o recurso. São R$ 110 milhões do Estado e R$ 110 milhões dos municípios por ano, durante cinco anos. É R$ 1,1 bilhão movimentando a economia só com a Aldir Blanc”, reforçou o governador Jerônimo Rodrigues.
Dentre os projetos contemplados, destacam-se iniciativas para o Movimento Hip-Hop, com editais específicos de premiação e fomento, a premiação de quadrilhas juninas e o apoio à manutenção de espaços culturais periféricos, afro-brasileiros e indígenas. Haverá, também, suporte para blocos e agremiações de matrizes africanas, afoxés e outras entidades culturais com atividades ao longo do ano.
O Festival Baiano de Animação e Games, Animaí!, chega a sua sexta edição e reúne fãs de cinema de animação e entusiastas do crescente mercado de jogos eletrônicos, nesta quarta-feira (16), em Salvador. O evento itinerante, que tem início nesta quarta, vai até sábado (19).
Com programação gratuita, o evento, apoiado pela Prefeitura, se estende até o fim de semana, oferecendo diversas atividades, incluindo workshops, oficinas animadas, seminários, exposições de artistas e mostras competitivas de filmes.
A programação se inicia na Sala de Artes do MAM, das 14h às 18h nesta quarta (16), com um workshop de produção audiovisual ministrado por Nina Novaes, uma das fundadoras da TV Kirimurê e diretora da mostra "Lugar de Mulher é no Cinema". No mesmo dia, ocorre no Cineteatro 2 de Julho, no Irdeb, a cerimônia de abertura seguida por uma apresentação cultural das 21h às 22h.
Na quinta (17) e sexta-feira (18), as atividades se expandem para o Subúrbio 360 e Espaço Boca de Brasa, com oficinas animadas ocorrendo das 9h às 12h e das 13h às 17h, além de uma mostra competitiva de animação das 17h às 18h. No sábado (19), o festival encerra com a conclusão da mesma atividade, das 15h às 18h.
Aline Cléa, idealizadora do festival, destaca que o evento visa fortalecer o mercado na cidade, além de gerar novas oportunidades para produtores e atrair olhares do público na capital baiana. “Queremos colocar Salvador em evidência no cenário brasileiro e mundial. Este ano, buscamos trazer o que há de mais moderno no mundo das animações e games, impulsionando oportunidades de negócios e focando na formação de negócios com publishers de games”, esclarece.
"Em lugares como São Paulo e Rio de Janeiro, o mercado de games já está mais consolidado, mas, aqui, na nossa terra, ainda falta aquele empurrãozinho para desenvolver mais. O Animaí! está mudando isso, trazendo desenvolvedores de fora e mostrando o potencial local. Para mim, o festival é essencial, pois incentiva futuros desenvolvedores e demonstra que é possível trabalhar com games na Bahia", afirma Ernani Rocha, um dos curadores do evento.
Realizado pela primeira vez em 2007, o Animaí! é marco para a animação em Salvador. Tendo ocorrido pela última vez em formato online durante a pandemia, o festival retorna em sua sexta edição. O evento conta com a produção da Vision Films e co-produção da Cine Arts e Mantra Filmes, sendo contemplado pelo edital SalCine, com recursos da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).
A capital baiana recebe a partir do dia 17 de outubro no Cineteatro 2 de Julho, a 9ª edição do Cine Kurumin – Festival de Cinema Indígena. A programação oferecerá por quatro dias uma diversidade de filmes com a temática dos povos indígenas em uma mostra competitiva.
O projeto é um dos primeiros festivais dedicados à exibição e formação de público para o cinema indígena. O festival foi contemplado pelo edital SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.
“Uma janela para as imagens de povos originários, o Cine Kurumin também possibilita o diálogo intercultural com os cineastas indígenas, provocando debates sobre os filmes e as questões indígenas contemporâneas. Esse encontro intercultural cria aproximações com a realidade atual dos mais de 200 povos que vivem no país, somando cerca de 1,7 milhões de pessoas”, afirma Thais Brito, diretora e curadora do Cine Kurumin.
Apoiado nos princípios de autodeterminação e autonomia dos povos indígenas, ética e diálogo intercultural, o festival preza pelo respeito os direitos autorais coletivos e propriedade intelectual indígena.
Na programação, o Cine Kurumin apresenta, além dos filmes selecionados para a Mostra Competitiva, as Mostras Especiais: “Minérios são lascas de céu”, com a presença do realizador Yanomami, Morzaniel Iramari Yanomami, diretor de três filmes exibidos no festival. “Awé - Olhares do Nordeste Indígena”, com produções de povos do Nordeste, que será apresentada pelos curadores, Ziel Karapotó e Bia Pankararu, que estarão no festival. E a Mostra “Katahirine – Constelação Audiovisual das Mulheres Indígenas” que conta com a apresentação da curadora Olinda Muniz, que também realiza um workshop sobre Artes Indígenas na programação.
Outro destaque da programação é o encerramento com Geni Nuñez.
SERVIÇO
9? Cine Kurumin - Festival de Cinema Indígena
Quando: 17 a 20 de outubro de 2024 - Abertura oficial - 17/10, às 16h
Onde: Cineteatro 2 de julho - R. Pedro Gama, 413 E - Federação, Salvador - BA, 40231-000
Quanto: ingressos gratuitos no site Cine Kurumin
A Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria Estadual de Cultura (Secult), promove um curso de teatro para jovens e adultos, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Salvador. A oficina será ministrada pelo ator, contador de histórias e arte educador, Raí Santana.
O curso, que é totalmente gratuito, possui nove aulas, entre outubro e dezembro. As aulas acontecem nos dias 23 e 30 de outubro; 6, 13, 20 e 27 de novembro e 4, 11 e 18 de dezembro, às quartas-feiras, das 14h às 16h. Os interessados devem se inscrever pelo de um formulário (clique aqui) 'Inscrição'. No total, são 30 vagas disponíveis.
As aulas vão acontecer no Espaço Caramuru. O objetivo da oficina é trabalhar a desinibição e a expressão corporal por meio de jogos teatrais e improvisação. Os participantes serão certificados com uma carga horária de 30h.
Serviço
O que: Oficina de teatro na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior – Salvador
Quando: 23 e 30 de outubro - 06, 13, 20 e 27 de novembro- 04, 11 e 18 de dezembro, das 14h às 16h.
Onde: Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, Rua Borges dos Reis, s/n – Rio Vermelho Salvador/BA
Gratuito e com certificação
Na manhã desta terça-feira (8), o Governo do Estado apresentou o Projeto de Lei para a criação da Bahia Filmes, que será a primeira empresa estadual do audiovisual no Brasil. A iniciativa tem como objetivo consolidar a Bahia como um polo estratégico para o audiovisual, promovendo novas oportunidades de desenvolvimento econômico e cultural.
A Bahia Filmes deve promover o desenvolvimento socioeconômico, artístico, cultural, científico, tecnológico e inovativo da atividade audiovisual no estado, que atraiu mais de R$ 160 milhões nos últimos anos. A empresa, no formato de economia mista, tipo de sociedade que reúne capital privado e público, ajudará a fortalecer a identidade do povo baiano através do cinema e audiovisual, reconhecidos internacionalmente.
ESTRUTURA
A estrutura proposta para a empresa inclui 26 servidores, distribuídos entre diretores, assessores e analistas. O investimento necessário para seu funcionamento está orçado em R$ 22 milhões por ano, sendo R$ 7 milhões destinados ao custeio e R$ 15 milhões para investimentos. A empresa buscará captar recursos federais e locais, estimulando o investimento privado através do Fundo Setorial do Audiovisual e de Leis de Incentivo.
Além de prestar serviços ao poder público, a Bahia Filmes colaborará com o setor privado. Sua atuação abrangerá diversas etapas da cadeia produtiva, incluindo captação de recursos externos, distribuição de filmes e operação de salas públicas de cinema, com o objetivo de fortalecer a cultura local e atrair investimentos para o setor audiovisual na Bahia.
ETAPAS
Quando aprovada pela Casa Legislativa baiana e sancionada pelo governador, a Bahia Filmes, vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia, estimulará o investimento privado por meio do Fundo Setorial do Audiovisual e Leis de Incentivo, além de captar recursos na Agência Nacional do Cinema (Ancine). A empresa distribuirá filmes em salas de cinema, canais de TV e streaming em parceria com a iniciativa privada, atuará na operação de salas públicas de cinema, atrairá filmagens de produtoras de fora da Bahia e estruturará novos negócios do audiovisual.
O evento de entrega do PL à Assembléia ocorreu no Centro de Operações e Inteligência, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, e contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, além de autoridades e representantes do setor audiovisual baiano.
“A Bahia sai na frente novamente sendo o primeiro estado a criar uma instituição relacionada com o audiovisual”, ressaltou Jerônimo Rodrigues. Durante o evento, o chefe do executivo baiano ainda pontuou que “o Projeto de Lei é mais uma ferramenta para garantir oportunidade de emprego e marketing cultural”.
De acordo com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a nova iniciativa voltada para busca ampliar o alcance de produções independentes e diversificar o conteúdo disponível. “O nosso objetivo é dar voz e visibilidade a histórias que muitas vezes não chegam ao grande público”, explicou. A proposta já conta com o apoio de diversos profissionais da área, que veem nela uma oportunidade de transformação para o setor.
Para o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, a iniciativa vai dinamizar a economia, fomentando produções audiovisuais e potencializando políticas públicas para o setor. “A Bahia Filmes é um compromisso firmado pelo Governo da Bahia, a partir da escuta da demanda histórica da sociedade civil. Além de ser um catalisador da cadeia produtiva do audiovisual, a empresa vai dar visibilidade à nossa riqueza cultural”, garante.
A 5ª edição da Feira Literária Internacional de Canudos (Flican) homenageará o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro. O evento acontecerá entre os dias 23 e 26 de outubro, com o tema “O Sertão Vai Virar Arte: Viva o Povo Brasileiro, Literatura e Tradições Populares — Viva Canudos!” em Canudos.
João Ubaldo Ribeiro, baiano de Itaparica, legou à literatura brasileira uma obra rica e diversificada, marcada por uma profunda conexão com sua terra natal. Formado em Direito pela UFBA, o autor encontrou na escrita sua verdadeira paixão, retratando com maestria a cultura e a realidade baiana em romances como “Sargento Getúlio” e “Viva o Povo Brasileiro”.
O foco desta V Flican nas histórias e tradições que moldaram a história de Canudos e do Brasil, com uma programação rica em arte, literatura e cultura popular.
“Mais uma vez, esse grande encontro literário reafirma o papel de Canudos como berço cultural, oferecendo uma oportunidade para que o sertão continue a se expressar por meio da arte e da palavra”, destaca o curador da Flican, professor Luiz Paulo Neiva.
A programação acontece no Campus Avançado de Canudos e em pontos históricos da cidade, como o Parque Estadual de Canudos, o Memorial Antônio Conselheiro, o Museu João de Régis, o Museu Manoel Travessa, o Mirante do Conselheiro e o Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC).
Além de mesas de debates com autores, a programação da Flican conta com a realização de oficinas de arte, apresentações de atrações musicais, mostra de filmes, exposições e encenações de peças teatrais.
A 5ª Feira Literária Internacional de Canudos é uma realização da UNEB, com o apoio do Governo da Bahia, da Prefeitura de Canudos e de outras instituições culturais. A programação acontecerá em diversos locais da cidade, incluindo o campus da UNEB e pontos históricos como o Parque Estadual de Canudos.
Entrevistado do Bahia Notícias no Ar, programa da rádio Antena 1 Salvador (100.1 FM), na manhã desta sexta-feira (6), o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, atualizou diversos temas ligados à pasta. Durante o bate-papo com os apresentadores Mauricio Leiro e Rebeca Menezes, o titular da Secult falou sobre a instalação de um novo Centro de Convenções no subsolo da prefeitura e apresentou números em relação aos equipamentos culturais da cidade.
"É uma crescente, no primeiro trimestre de 2023 nós tivemos 40 mil visitantes nos equipamentos da prefeitura. No primeiro trimestre de 2024, nós tivemos 145 mil. Ou seja três vezes mais pessoas vindo visitar os equipamentos da prefeitura", iniciou.
"Além disso o projeto habitacional que é um projeto que a gente conseguiu um grande financiamento com o BID, nós vamos fazer o retrofit de 30 casarões ali na área do Comércio para moradia e pra comércio de uso misto. E o trabalho que estamos fazendo nos últimos meses é abrir um Centro de Convenções no Centro Histórico. Isso também é a grande virada do turismo no centro histórico, é ter um centro de convenções ali, centro de convenções funcionará embaixo da prefeitura. Ali tem uma estação da Coelba que a gente vai tirar e vai fazer o centro de convenções de médio porte. Mas imagina quantas milhares de pessoas vão lá pra eventos corporativos o ano inteiro, as pessoas vão ficar hospedadas no Comércio", acrescentou durante o bate-papo.
DISTRITO DO CENTRO HISTÓRICO
O secretário municipal também ressaltou a criação do "Distrito Cultural do Centro Histórico" e as ações realizadas pela prefeitura na região. De acordo com Tourinho, a violência e sensação de insegurança foi um dos fatores que motivou a decisão.
"Sobre o Centro Histórico, o primeiro trimestre de 2023 foi o pior trimestre da história do Centro Histórico em ocorrência de furtos, roubos e ocorrência policial. Decidimos de uma forma muito corajosa criar o Distrito Cultural do Centro Histórico no sentido de colocar mais esforço nessa estratégia do Centro. Não só esforço financeiro como também esforço estratégico. Primeiro foi a ideia da zeladoria, dobrando as equipes, Limpurb, de iluminação, ordenamento público", disse.
"Segurança foi mais que dobrada, aumentou por dez. Guarda Municipal hoje está praticamente a maior parte dela tá no Centro Histórico. Um mês depois que a gente fez essa atuação, já caiu 80% das ocorrências policiais. Ou seja, já ficou seguro, limpo, iluminado, ordenado e fizemos programação cultural", finalizou.
A abertura de dez editais de fomento à cultura, com investimentos de mais de R$ 18 milhões, foram anunciados pela Prefeitura de Salvador. O valor investido é proveniente do Programa Nacional Aldir Blanc e do orçamento municipal.
Coordenados pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), as iniciativas visam apoiar diversas manifestações artísticas e culturais na cidade. Os editais podem ser acessados no link https://fgm.salvador.ba.gov.br/editais-abertos/.
O primeiro lançado foi o Gregórios - Ano IV, que oferece apoio financeiro a propostas que promovam grupos e coletivos culturais, festivais, feiras e espaços culturais em Salvador. O edital contempla segmentos como audiovisual, artes visuais, circo, dança, literatura, música, teatro, artes de rua, culturas populares, moda, gastronomia, artesanato, cultura LGBTQIAPN+, cultura afro-brasileira e artes integradas. Estão previstos 30 apoios financeiros com valores variando entre R$100 mil e R$300 mil, e as inscrições serão encerradas nesta segunda (15).
Em seguida, foi lançado o edital Salvador Circula, que financia bolsas culturais para a mobilidade e intercâmbio de agentes culturais e grupos artísticos, tanto no Brasil quanto no exterior. Serão investidos R$800 mil para oferecer 50 bolsas em diversas modalidades, com inscrições divididas em duas fases: em julho e em agosto. Os interessados devem se inscrever até quarta-feira (17).
O edital Jaime Sodré - Ano III é outro destaque, voltado para projetos de preservação de bens culturais, como terreiros tombados e outros patrimônios materiais. Serão concedidos 20 apoios financeiros, com valores entre R$50 mil e R$200 mil. As inscrições seguem até o dia 2 de agosto próximo.
O edital Capoeira Viva nas Escolas, com inscrições até o próximo dia 29, apoia mestres e instituições de capoeira com R$ 50 mil por projeto, beneficiando cerca de 5 mil estudantes em 24 escolas públicas municipais. Além disso, a FGM abrirá em breve inscrições para o programa Viva Cultura, que oferece incentivos fiscais de até R$500 mil para projetos culturais, com uma renúncia fiscal potencial de até R$16 milhões.
PRÓXIMOS EDITAIS
A FGM também prepara outros seis editais para 2024, incluindo o Claudete Macedo, que apoia festas populares e celebrações identitárias; Territórios Criativos - Ano II, focado em artes visuais e outras expressões artísticas; Caminhos da Leitura, para fortalecer bibliotecas comunitárias; Escolas Criativas Boca de Brasa, que promove atividades formativas em arte e cultura para jovens; Pontos de Cultura, para entidades que desenvolvem atividades culturais continuadas; e Prêmios Cultura Viva.
O diretor de Patrimônio e Espaços Públicos da FGM, Chicco Assis, destacou a importância das novas iniciativas. "A área da Cultura em Salvador tem vivido um momento de franco aquecimento, seja pela ampliação dos investimentos municipais na criação e manutenção de espaços culturais, ações formativas e editais, seja pelos investimentos federais que potencializam ainda mais ações voltadas para cultura”, contou.
"Dinamização de espaços culturais, fortalecimento de grupos e coletivos culturais, realização de festivais e feiras calendarizados, circulação de artistas e agentes culturais por outras cidades, estados e países, realização de ações de capoeira em escolas municipais, e de preservação, fortalecimento e valorização de patrimônios materiais e terreiros de candomblé, estão entre os objetivos dos editais", acrescentou Assis.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou um investimento de R$ 50 milhões de investimentos em obras no patrimônio histórico cultural da Bahia via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A novidade foi revelada na noite desta segunda-feira (1º), durante ato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.
Em seu discurso, ela detalhou que, além de Salvador, outras cidades baianas como Itaparica, Cachoeira e Maragogipe receberão investimentos para a área, e destacou a restauração do Bembê do Mercado, considerado o maior candomblé de rua do mundo.
“Vamos realizar uma série de obras de restauração e requalificação. Vamos assinar também uma restauração importantíssima que é a do Bembê do Mercado, lá em Santa Amaro. É um patrimônio histórico da cultura afro-brasileira e para nós tem uma simbologia muito grande. Estamos demonstrando assim o compromisso do presidente Lula com a cultura brasileira”, concluiu a ministra.
Durante evento em comemoração aos 126 anos do Cinema Brasileiro e o Dia Nacional do Cinema, o presidente Lula anunciou, nesta quarta-feira (19), o investimento de R$ 1,6 bilhão no setor audiovisual brasileiro, principalmente a produção de filmes e séries nacionais.
Na ocasião, ele também assinou o decreto que regulamenta a cota de tela em cinema. A Lei, sancionada em janeiro deste ano, determina que salas de cinema devem exibir uma cota comercial de obras cinematográficas brasileiras até 31 de dezembro de 2033. A informação é da Agência Brasil.
A Agência Nacional do Cinema, a Ancine, deve ser responsável pela fiscalização do cumprimento da lei, com a exibição dos filmes de forma proporcional durante o ano. A ideia é promover a valorização do cinema nacional. O presidente ressaltou a importância do investimento em cultura.
“Um país que não tem cultura, que não investe nela, na verdade, não se transforma num país. O povo não é povo, é massa de manobra. Porque a cultura politiza e refresca a cabeça das pessoas. Por isso que acreditamos muito na cultura e investimos nela”.
Lula também comentou sobre o tema da regulamentação do setor de streaming, que está em discussão no Congresso e prevê taxação de plataformas digitais. Além disso, cobrou a valorização das produções audiovisuais brasileiras.
Durante a cerimônia, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou o BNDES FSA Audiovisual, linha de crédito que tem como público-alvo empresas de controle nacional.
Ministério da Cultura investe em serviço de streaming gratuito voltado para o audiovisual brasileiro
Sob o comando de Margareth Menezes, o Ministério da Cultura (MinC) irá investir na produção audiovisual brasileira com um projeto inédito de plataforma de streaming gratuito voltado para séries, documentários e filmes nacionais.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, o projeto, idealizado pela Secretaria do Audiovisual (SAV) está em fase de finalização.
A iniciativa visa facilitar o acesso do público as obras culturais, além de fortalecer o cenário nacional e promover novos artistas. Segundo o MinC, o projeto "responde ao compromisso de assegurar o acesso pleno aos direitos culturais" estipulado na Constituição, "reforçado pela Lei 13.006/2014, que incentiva a exibição de produções nacionais nas escolas".
Que tal conhecer um pouco da história do Carnaval, entender sobre a diversidade da música da Bahia, se deliciar com as obras e histórias da vida de Jorge Amado e ainda prestigiar pinturas e fotografias de artistas que por aqui passaram e deixaram legado? Quem quiser conhecer os espaços geridos pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), pode aproveitar o passaporte cultural promocional, em vigor até a quinta-feira (29).
Com valores de inteira R$40 e meia R$20 (benefício estendido para moradores de Salvador mediante comprovação de residência), a iniciativa permite que baianos e turistas visitem os cinco equipamentos que contam um pouco da história da primeira capital do Brasil e de algumas personalidades. São eles: Cidade da Música, Casa do Carnaval, Casa do Rio Vermelho, Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e Espaço Carybé de Artes. O bilhete unificado pode ser adquirido em quaisquer dos equipamentos.
Casa do Carnaval – A Casa do Carnaval da Bahia fica na Praça Ramos de Queirós, s/n – Pelourinho, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves, e fica aberta de terça a domingo, de 10h às 18h (entrada até as 17h). No local, é possível entender o Carnaval desde quando iniciou, com o entrudo, o carnaval de salão, os carros alegóricos e a fóbica de Dodô e Osmar até a transformação com os trios elétricos e o surgimento da axé music.
Cidade da Música – No Casarão de Azulejos Azuis, na Praça Visconde de Cairu, 19, no Comércio, está situado a Cidade da Música da Bahia. O espaço interativo funciona de terça a domingo, de 10h às 18h (entrada até as 17h), e traz a história da produção musical no estado desde o Brasil Império até os dias atuais.
Casa do Rio Vermelho – O memorial está situado na Rua Alagoinhas, 33, no Rio Vermelho. O funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h. Em uma área de 2 mil m² e com perfil interativo, o memorial apresenta mais de 30 horas de vídeos e projeções, além de objetos pessoais e correspondências trocadas entre Jorge Amado e Zélia Gattai, que transmitem um pouco da trajetória do casal de escritores.
Pierre Verger e Carybé – Também estão inclusos no tour o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, situado no Forte Santa Maria, e o Carybé das Artes, no Forte São Diogo, ambos no Porto da Barra. Quem visitar o Espaço Cultural Pierre Verger também pode conhecer o Carybé das Artes, no Forte São Diogo, com pinturas do artista argentino que foi radicado na Bahia. Ambos os espaços culturais funcionam de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na sexta-feira (23), em evento realizado junto a ministra da Cultura, Margareth Menezes, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), o lançamento da Seleção Petrobras Cultural-Novos Eixos, que contará com investimento de R$ 250 milhões.
O edital, voltado para patrocinar projetos culturais em todo o país, tem como proposta valorizar a diversidade regional do Brasil, além de abraçar grupo sub-representados e segmentos étnico-raciais em situação de vulnerabilidade.
"A contrapartida que a Petrobras tem que dar ao povo que tanto fez para que ela fosse criada é investir em coisas que interessam ao povo. Cultura pode não interessar a um negacionista, mas cultura interessa ao povo, tanto quanto interessa um prato de comida", disse o presidente. "Tem que investir muito em cultura, porque ela gera emprego e distribuição de renda. Um país que quer ser rico e soberano, tem que usar todos os mecanismos possíveis para fazer com que a cultura não seja para poucos", afirmou o presidente.
Há previsão de reserva de de 25% das vagas para projetos propostos, liderados, ou que apresentem como tema principal: mulheres, pessoas negras, pessoas oriundas de povos indígenas, comunidades tradicionais (inclusive de terreiros e quilombolas), populações nômades e povos ciganos, grupos LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.
No total, são dez tipos diferentes de ações de patrocínio, que vão contemplar propostas de programação de espaços culturais, espetáculos artísticos, exposições, produção de filmes, manutenção de grupos artísticos, projetos digitais, festivais temáticas diversas, festas regionais e outros.
As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site. O prazo é de 23 de fevereiro a 8 de abril. Os projetos devem estar inscritos ou se inscrever na Lei Rouanet ou Lei do Audiovisual. Isso pode ser depois do resultado do processo seletivo.
Para a ministra da Cultura, o momento é de celebração pela retomada da parceria estratégica com a Petrobras e o potencial dos investimentos para fazer o setor cultural crescer no país. "Temos a oportunidade de reposicionar a cultura como um elemento central para crescimento econômico, combate à desigualdade", disse Margareth.
O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, publicou em um das suas redes sociais na tarde desta segunda (05), a foto de um encontro com grandes personalidades da música, da cultura e da política do nosso Estado.
A reunião aconteceu na noite do domingo (04), e contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da Ministra da Cultura Margareth Menezes e dos cantores Gilberto Gil e Daniela Mercury. Segundo Bruno, o encontro foi marcado por “muito diálogo e troca de experiências entre três gerações da nossa música baiana”.
Ainda segundo o secretário, o encontro serviu para que fossem compartilhadas percepções de mundo e realizadas avaliações do cenário artístico-cultural contemporâneo da Bahia. “É de um valor inestimável poder trocar com esses artistas que têm uma trajetória de vida inteira dedicada à arte e à cultura. O compromisso ético, estético e político que eles devotam a nossa cultura é algo que motiva a todos nós do Governo da Bahia nos mantermos no caminho do diálogo, da construção coletiva e da escuta sensível daqueles que estão na ponta produzindo”.
Através da publicação, o secretário se comprometeu junto com o governador Jerônimo e o vice Geraldo Jr. que também esteve presente em construir políticas comprometidas com a cultura, com os artistas e com o povo baiano, além de garantir integração social, diversidade do fazer artístico-cultural e transformar realidades através da cultura.
“Inclusive, a sensibilidade e a consciência política que têm esses artistas só reafirma a compreensão que temos do poder transformador da cultura, bem como dos seus impactos na sociedade”, escreveu Bruno, agradecendo a presença de todos.
O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu, na tarde desta sexta-feira (12), com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e com o titular da pasta estadual, Bruno Monteiro, para um diálogo sobre parcerias na Bahia, em 2024. Na ocasião, foi apresentado um balanço dos investimentos da Secretaria da Cultura do Estado (Secult-BA) em festivais literários, editais de incentivo, festas populares e em outros projetos realizados no âmbito estadual.
Também no encontro, realizado no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, Bruno Monteiro apresentou o balanço de ações e o andamento de projetos desenvolvidos pela pasta, como a terceira etapa da reforma do Teatro Castro Alves (TCA). Ele ainda destacou o alinhamento da gestão com as políticas federais de incentivo à cultura. “Desde o início do ano de 2023, a perspectiva da Secretaria de Cultura é de integração com o Governo Federal. A ministra também trouxe um panorama do trabalho nacional e traçamos desafios para trabalharmos conjuntamente, com união de nossas inteligências, recursos e esforços”.
Margareth Menezes disse estar animada para as possibilidades de apoio à Bahia e frisou que o ano será de muitas agendas internacionais e de mais recursos para todo Brasil. “Teremos um ano muito forte em relação às questões internacionais, muitos acontecimentos aqui na Bahia. Estamos instalando o Sistema Nacional de Cultura, com verba, com fomento, então é o momento da gente aproveitar esse novo impulso do Brasil”.
Conforme o secretário Bruno, o objetivo é chegar ainda mais longe e garantir a expansão das políticas culturais para todos os territórios de identidade e todos os municípios baianos. “O clima é de muita parceria e muita vontade de trabalhar juntos”, avaliou. Foram pontuados, ainda, apoios fundamentais da Secult-BA às festas que integram o calendário da cultura popular, como a Festa de Santa Bárbara e da Boa Morte, em Cachoeira, Recôncavo baiano. Outro destaque apontado foi a política de gestão cultural, que possibilitou a reabertura de alguns equipamentos públicos, como a Sala de Cinema Walter da Silveira, em Salvador, o Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro e o Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna.
O presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro, se reuniu na tarde de hoje (10), com a ministra da Cultura, a cantora Margareth Menezes, que está em Salvador para participar da tradicional Lavagem do Bonfim que acontece nesta quinta na capital baiana.
Fernando afirmou ao Bahia Notícias que já havia solicitado esta pauta com Margareth para tratar sobre alguns projetos culturais e uma futura parceria entre o governo federal e a prefeitura. “Fizemos uma reunião extraordinária com ela para apresentar o trabalho da Fundação e alinhavar algumas parcerias. Foi um encontro muito produtivo, com a presença também de Maria Marighella, da Funarte e do Presidente do Iphan, Hermano Guanaes, onde discutimos a possibilidade de algumas parcerias futuras entre o governo federal e a prefeitura na área de cultura”, contou.
Segundo Guerreiro, Margareth levou algumas demandas e sugestões, além de dar feedbacks para o início de uma futura parceria. “A gente vai começar a construir essa parceria, principalmente em relação aos Bocas de Brasa, que é um projeto que interessa muito, principalmente por essa descentralização de cultura. Conversamos muito sobre isso, sobre a política cultural, sobre a questão da Lei Paulo Gustavo, da Lei Aldir Blanc, então foi uma conversa muito interessante, principalmente em relação a esse novo momento que a cultura está vivendo, de que os recursos voltaram, que existe uma política cultural progressista, que voltaram a existir recursos. A Funarte se reestruturou, existe uma série de editais, então na verdade foi uma troca, com a possibilidade de parcerias”, disse.
Durante a reunião, foram apresentados a Margareth cerca de 3 a 4 grandes projetos, além de todos os outros já desenvolvidos pela Fundação Gregório de Matos. “Destacamos também a questão de patrimônio, ela ficou muito surpresa quando descobriu que Salvador não tinha lei de patrimônio até a Fundação começar essa nova etapa, com a chegada do prefeito ACM Neto, que foi na minha gestão. Este ano a lei de patrimônio está comemorando 10 anos de implementada em Salvador. Conversamos muito, principalmente com o presidente do Iphan, sobre a possibilidade da gente ampliar as ações de patrimônio no município em parcerias com o governo federal, principalmente envolvendo sustentabilidade”, detalhou Fernando Guerreiro.
Ele finalizou elogiando a receptividade e atenção dispensada ao setor cultural da cidade. “Estou muito surpreso positivamente com a gestão da ministra e de toda a equipe dela. A gente tem trabalhado muito juntos, eu pertenço a um fórum de gestores, já tive algumas reuniões, então acho que vem aí uma parceria muito produtiva, pois acredito no trabalho desta equipe”, concluiu.
O secretário estadual de cultura Bruno Monteiro, e o titular da Secult Salvador, Pedro Tourinho, se encontraram nesta segunda-feira (27) em reunião, para discutirem o Centro Histórico de Salvador e o calendário de verão da capital baiana. O encontro que aconteceu na sede da pasta estadual, no bairro do Barris, reuniu gestores das respectivas pastas e teve o objetivo de realizar alinhamentos para potencializar os movimentos que já estão sendo feitos pelos órgãos nos âmbitos estadual e municipal.
Para o secretário Bruno Monteiro, a reunião foi muito produtiva para as ações que vão ocorrer no Centro Histórico. “Compreendemos que ambas as esferas de poder tem presença nesse território e tudo aquilo que possamos fazer com diálogo, de forma articulada, somando esforços, com certeza traz benefícios para a população de Salvador, da Bahia, para os turistas que visitam a cidade no verão”, destacou.
O secretário Pedro Tourinho considera muito importante o alinhamento entre as esferas públicas a fim de potencializar o trabalho que vem sendo feito na cidade e no Centro Histórico. “Historicamente, cada secretaria tem seu papel e sua atuação na cidade, principalmente nessas datas especiais. Nosso trabalho hoje foi compartilhar informações, falar de planejamento e encontrar pontos em que um esforço conjunto podem trazer mais benefícios para a população”, afirmou.
Representando o Governo do Estado, além do secretário de Cultura Bruno Monteiro, esteve presente o diretor-superintendente da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), Diogo Medrado; a diretora-geral do Instituto do Patrimônio Artístico Cultura (Ipac), Luciana Mandelli; a diretora geral da Fundação Cultura da Bahia (Funceb), Piti Canella; a coordenadora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), Cristiane Taquari; além dos assessores Rafael Manga e Carolina Pereira.
Já pela Secult Municipal, além do secretário Pedro Tourinho, o subsecretário de Cultura e Turismo, Walter Júnior Pinto; a diretora de Cultura, Maylla Pita; e a assessora especial, Lua Leça.
Foi aprovado nesta terça-feira (14), no Plenário do Senado, o PLP 205/2023, que prorroga o prazo de execução dos recursos na Lei Paulo Gustavo para ações emergenciais no setor da cultura, um dos mais afetados pela pandemia da covid-19. O projeto, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), segue agora para ser votado na Câmara dos Deputados.
O PLP 205/2023, que foi relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), estende até o fim de 2024 o prazo para execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo destinados a desenvolvimento de espaço ou atividades culturais. O dinheiro pode ser aplicado em serviços recorrentes, transporte, manutenção, tributos e encargos trabalhistas e sociais, por exemplo.
O senador Humberto Costa destacou, durante a votação em Plenário, que a data limite para execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo imposta pelo decreto nº 11.525, de 11 de maio deste ano, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era o mês de dezembro de 2023. O decreto destinou um total de R$ 3,8 bilhões a ser distribuído aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, para garantir que artistas, produtores e organizadores culturais pudessem retomar a produção cultural.
Como a Lei Paulo Gustavo, sancionada em 2022, foi regulamentada apenas em maio deste ano, há a justificativa de que os entes federativos não tiveram tempo para se adequar às exigências e critérios para a distribuição dos recursos.
“À vista disso, é notório que os estados, municípios e Distrito Federal não tiveram tempo hábil para se adequar aos requisitos - que conferem idoneidade e transparência à execução orçamentária - sobretudo em razão dos trâmites de transição governamental”, argumentou o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso.
O projeto foi aprovado no Plenário com 74 votos contrários, sem votos contrários e abstenções. Segundo o relatório do senador Humberto Costa, a mudança na legislação permite que, no exercício de 2023, as despesas destinadas aos programas de incentivo à permanência de estudantes no ensino médio não sejam contabilizadas nos limites estabelecidos pelo novo arcabouço fiscal.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, é uma das atrações do Festival Liberatum, que acontece em Salvador e reúne nomes como Viola Davis, Taís Araújo e Angela Bassett. Nesta sexta-feira (3), primeiro dia do evento, a chefe da pasta destacou a importância de políticas públicas executadas para o setor e celebrou a geração de oportunidades para os profissionais da área.
“Nós estamos nesse momento, além do processo de recriação do Ministério [da Cultura], já executamos as grandes políticas desse ano, como a Lei Emergencial Paulo Gustavo, que já chegou a todas as cidades do Brasil, onde tivemos a aderência de 98% das cidades do Brasil, e agora também a Política Nacional Aldir Blanc, que vai destinar durante cinco anos R$ 15 bilhões todas cidades para que consigamos ativar esse vetor econômico que a cultura tem e finalmente conseguir trazer uma política que equilibre o fazer cultural, que profissionalize o fazer cultural e traga potência para os profissionais, mas que também dê uma resposta para a sociedade porque toda cidade tem seus representantes, seu grupo cultural, seus artistas, mas que nunca tiveram a oportunidade que terão agora, uma política constante para fortalecer esse setor”, afirmou Menezes.
A Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Matos (FGM), recebe até 2 de outubro as inscrições para o Edital Gregórios ano III. A ação de fomento cultural é uma oportunidade para quem desenvolve projetos artísticos de coletivos, festivais calendarizados, feiras e ações continuadas em espaços culturais. Interessados devem se inscrever através do site (clique aqui).
O Gregórios, de acordo com a FGM contemplará 25 projetos, 16 com verba de R$ 200 mil cada e 9 projetos de R$ 100 mil cada. O investimento total do Gregórios é de R$ 4,1 milhões. Desse total, R$ 2,2 milhões são investimentos oriundos do Governo Federal, via Lei Paulo Gustavo (LPG), e R$ 1,9 milhões são recursos de suplementação, através da Prefeitura de Salvador.
Podem se inscrever para pleitear o Gregórios ano III pessoas físicas (artistas, produtores e representantes de grupos artístico-culturais não formalizados); Microempreendedores Individuais (MEI) certificados para atividades do campo da cultura; e instituições de direito privado com e sem fins lucrativos, com finalidade cultural declarada em contrato social ou estatuto social.
O certame contempla propostas relacionadas a quaisquer segmentos artístico-culturais como artes de rua, artes integradas, artes visuais, circo, cultura da infância, dança, literatura, livro e leitura, música, teatro, dinamização de bibliotecas comunitárias, dinamização de espaços culturais comunitários, moda, gastronomia e artesanato, entre outras.
Além do Gregórios ano III, a Lei Paulo Gustavo contempla outros três editais com recursos da União e suplementação da Prefeitura de Salvador. São eles: Salcine, Territórios Criativos e Salvador Cidade Patrimônio. Todas as ações integram o calendário das Ações de Fomento 2023, que prevê estímulo em sete editais de linguagens e atividades artísticas, totalizando R$ 50 milhões em investimentos.
PLATAFORMA
Artistas e demais profissionais do segmento cultural podem acessar a plataforma Cultura.SSA, ferramenta que reúne um conjunto de mapeamentos, informações e estatísticas da realidade cultural da capital baiana. Ela pode ser acessada por aqui.
A plataforma será responsável pela geração de informações e de estatísticas do cenário cultural, reunidos num banco completo de informações, construído pelas mãos de diversos atores que fomentam a cultura em nossa cidade.
A máxima ‘Quem gosta de antiguidade é museu’ ficou defasada. Pelo menos no que diz respeito aos museus baianos, que, acompanhando os novos tempos, têm passado por um processo de modernização. Esse processo inclui o Guia de Museus Baianos, um catálogo on-line com informações sobre os equipamentos, suas histórias, principais exposições e peças.
O evento faz parte da Primavera dos Museus, que acontece em todo o Brasil até 24 de setembro.
Ao acessar o site guiademuseus.com.br, a partir da próxima segunda-feira (18), o visitante terá acesso às mostras permanentes, bem como uma prévia de algumas das exposições em cartaz, através de um tour virtual.
Foto: Marcelo Maia
O visitante presencial poderá utilizar a ferramenta no local, em formato de audioguia - ouvindo as informações dos acervos em português, inglês, espanhol ou francês -, enquanto passeia pelos ambientes.
Idealizada pelo analista de sistemas Rodrigo Negreiros, a iniciativa inovadora foi desenvolvida por uma equipe formada por profissionais das áreas de tecnologia e museologia.
“Realizamos um levantamento e vimos que existem audioguias e tour virtual em museus de vários países. O diferencial do nosso projeto é que juntamos tudo em uma plataforma só, de maneira simples, de fácil acesso para qualquer um, sem necessidade de baixar diversos aplicativos”, explica Negreiros, coordenador-técnico do Guia de Museus Baianos.
Segundo ele, um dos objetivos da ferramenta é atrair mais pessoas para os museus, não apenas quem já é da área. “A experiência não se finda ao acessar o site de casa. Ao contrário: pretendemos que seja um atrativo para turistas, estudantes, moradores, e, principalmente, para quem nunca esteve em um desses equipamentos, riquíssimos em História, mas que também refletem nosso presente e apontam caminhos para o futuro”.
Foto: Marcelo Maia
Os dados da página serão atualizados à medida que os museus mudarem as exposições. Outras informações não mudam, pois dizem respeito à história de cada uma das instituições.
Por enquanto, estão disponíveis na página, imagens e descritivos de museus baianos administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura do estado da Bahia (Secult-BA). Entre eles: Museu de Arte Moderna da Bahia (Avenida Contorno, Salvador); Museu de Arte da Bahia - MAB (Corredor da Vitória, Salvador); Museu Tempostal (Pelourinho, Salvador); Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica (Pelourinho, Salvador); Museu do Recôncavo (Caboto, Candeias); Centro Cultural Solar Ferrão (Pelourinho, Salvador); Museu Abelardo Rodrigues (Pelourinho, Salvador); Parque Histórico Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu); e Museu do Recolhimento dos Humildes (Santo Amaro).
Outros equipamentos possuem gestão própria: Museu de Arte Sacra - Universidade Federal da Bahia/UFBA (Dois de Julho, Salvador); Museu da Misericórdia (Centro Histórico, Salvador); e Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória, Salvador).
Primavera dos Museus
Contemplado pelo Edital Setorial de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), o Guia de Museus Baianos tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, IPAC e da Secretaria de Cultura da Bahia.
O lançamento será durante a Primavera dos Museus, que acontece de 18 a 24 de setembro em todo o país. A ação anual, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), visa mobilizar as instituições a elaborarem programações especiais sobre um mesmo tema.
Este ano, o evento se volta para a inclusão, com o tema ‘Memórias e democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas’. Na Bahia, o IPAC está preparando os equipamentos para o evento, que seguem funcionando gratuitamente de terça a domingo, das 10h às 18h.
Pola Ribeiro, diretor de Museus do IPAC, vê com entusiasmo o Guia de Museus Baianos: “É muito importante ter iniciativas da sociedade, para que a população se motive a conhecer e visitar os museus. Atualmente, enfrentamos dois desafios: a classe média alta, que gosta muito de ir a museus na Europa, mas não visita os da Bahia; e o restante da população, que se sente sem acesso aos museus, acha que é pago. Então, ao disponibilizar informações sobre os nossos museus, abrimos mais possibilidades de visitação. É muito bom ver o Guia de Museus Baianos como uma ferramenta a mais, em outras línguas. Vamos prestigiar e ampliar essas iniciativas", destaca ele.
Em um trecho da sua live semanal, que foi ao ar na manhã desta terça-feira (18), direto de Bruxelas, na Bélgica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre o sucesso da adesão dos estados e municípios brasileiros à Lei Paulo Gustavo, de incentivo à cultura. Após o encerramento do prazo no último dia 11, o balanço do Ministério da Cultura revelou que todos os estados e o Distrito Federal e 98% (5.467) dos municípios brasileiros se cadastraram para receber os recursos da lei.
Ao todo serão R$ 3,8 bilhões em investimentos em projetos culturais, o maior valor da história. Os recursos são provenientes do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e do Fundo Nacional de Cultura (FNC), que devem ser disponibilizados por meio de editais, prêmios ou chamamentos públicos, até o dia 30 de julho. O presidente Lula, além de comemorar o sucesso da adesão, disse que quem não gosta de cultura é “bobão” e “ignorante”.
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“Quando a Margareth Menezes, ministra da Cultura, me ligou dizendo que 98% dos municípios se inscreveram para receber verbas da nova lei, significa que a cultura voltou e voltou com força total. A atividade cultural é muito forte economicamente, e quem fala que quando o governo coloca dinheiro na cultura o governo está gastando, é um bobão é um mentiroso, é um ignorante, porque dinheiro em cultura significa investimento, geração de emprego, geração de oportunidades. Quem não gosta disso, acha que artista só gasta dinheiro, porque está beijando o outro e etc, para de ser ignorante. Arte é arte. E a gente tem que gostar dela como ela é. O trabalho que os artistas fazem merece ser motivo de respeito do povo brasileiro”, disse Lula.
Todos os nove estados do Nordeste, cinco do Norte (Amazonas, Acre, Pará, Amapá e Roraima); dois do centro-oeste (Mato Grosso do Sul e DF) e dois no Sudeste (Rio e Espírito Santo) tiveram 100% de municípios cadastrados na Lei Paulo Gustavo. Do valor a ser disponibilizado, R$ 2 bilhões serão destinados aos estados e R$ 1,8 bilhão aos municípios.
Na live, na qual Lula foi entrevistado pelo apresentador Marcos Uchôa, o presidente voltou a falar sobre a criação de comitês culturais em todos os estados do País. Promessa feita durante a campanha eleitoral, os comitês, segundo Lula, serão criados para democratizar o acesso à cultura e incentivar a geração de empregos e renda.
“Queremos criar os comitês culturais em cada capital do país, para que a gente valorize a cultura local, para que a gente saia do eixo Rio – São Paulo. Isso que nos estimula a fazer investimentos, nos estimula a criar os comitês culturais. É preciso pensar a cultura também do ponto de vista econômico e financeiro. Quantos empregos gera a cultura? Quantos salários gera a cultura? Qualquer peça de teatro, não é só o artista, é monte de gente trabalhando. Por isso a gente precisa fazer cultura no Brasil inteiro”, afirmou o presidente Lula em sua live direto de Bruxelas, onde participa da terceira cúpula entre e a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
O Ministério da Cultura informou, nesta quarta-feira (12), que 98% dos municípios e a totalidade dos estados enviaram planos de ação no contexto da Lei Paulo Gustavo. O prazo terminou às 23h59 da última quarta (11). As informações são da Agência Brasil.
Por meio dessas inscrições, o governo federal vai repassar recursos diretos para projetos culturais em todo o país. A ministra Margareth Menezes, que participou de um encontro com artistas populares e periféricos no Rio de Janeiro, comemorou os números.
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“É uma grande conquista do setor e de todos os trabalhadores que fazem cultura no Brasil. Porque, fazendo isso, a gente atende a todos. A Lei Paulo Gustavo foi impedida de ser executada duas vezes durante a pandemia, o que deixou os artistas e o setor cultural sem nenhuma assistência. E o ministério existe para atender ao apelo da sociedade”, disse Margareth Menezes.
Estão previstos investimentos de R$ 3,8 bilhões para o setor cultural. Os recursos vão ser obtidos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e do Fundo Nacional de Cultura (FNC). Do valor total, R$ 2 bilhões serão destinados aos estados e R$ 1,8 bilhão aos municípios.
Cerca de 30% já foram repassados. A previsão é que o restante seja encaminhado até o dia 30 deste mês, por meio de editais, prêmios ou chamamentos públicos.
De acordo com a ministra, a preocupação principal é contemplar o máximo possível de regiões do país por meio de políticas públicas. “Queremos chegar a todos os lugares. Isso a gente só vai poder fazer se fortalecermos esse sistema nacional de cultura. Com todos os municípios ligados ao ministério, teremos ações de descentralização do fomento chegando em todas as cidades”, afirmou a ministra.
Ela destacou que. agora foi a Lei Paulo Gustavo e que vem aí a Lei Aldir Blanc, um sistema que continuará alimentando e fomentando as cidades por cinco anos. “Isso permite que nós possamos dar mais continuidade às políticas públicas culturais”, acrescentou.
No início da sessão do Congresso Nacional realizada nesta quarta-feira (12), deputados e senadores aprovaram o PLN 11/2023, que garante a abertura de crédito especial total de R$ 3,1 bilhões, que serão quase todos aplicados para transferências a estados e municípios por conta da Lei Aldir Blanc 2. Uma pequena parte deste crédito atenderá programas e obras dos ministérios da Educação, Justiça, Transportes e Portos e Aeroportos.
Um total de R$ 3 bilhões será destinado a atender o que impõe a Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022, que instituiu a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. A lei terá vigência prevê o repasse a estados e municípios para incentivar o setor cultural, com respeito à diversidade, à democratização e à universalização do acesso à cultura. O dinheiro deverá ser usado para o financiamento de projetos culturais, montagem de cursos, pesquisas e estudos no setor e preservação de patrimônio cultural. A transferência dos recursos estará sob supervisão do Fundo Nacional de Cultura.
De acordo com a Lei Aldir Blanc 2, os R$ 3 bilhões aprovados pelo serão repassados aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, da seguinte forma: 50% aos Estados e ao Distrito Federal, dos quais 20% de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e 80% (oitenta por cento) proporcionalmente à população; e os outros 50% aos municípios, dos quais 20% de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 80% (oitenta por cento) proporcionalmente à população.
O restante da verba aprovada na sessão do Congresso desta quarta está dividido da seguinte forma: para o Ministério dos Transportes serão destinados R$ 83 milhões para obras rodoviárias, construção de pontes e instalação de postos de pesagem; para o Ministério da Justiça, serão R$ 9 milhões para a construção de uma superintendência regional em Minas Gerais; para o Ministério de Portos e Aeroportos serão enviados R$ 460 mil para auxílio-moradia de servidores no exterior; e para a pasta da Educação está garantida a verba de R$ 9 mil para auxílio-moradia de servidores no estado de Sergipe.
Entre as obras que serão contempladas com a verba garantida para o Ministério dos Transportes está a pavimentação do trecho compreendido entre o município de Campo Alegre de Lourdes, no Estado da Bahia, até a divisa com o Piauí. O trecho faz parte da Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek.
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), anunciou nesta terça-feira (11), que todas as 417 cidades da Bahia foram contempladas com a etapa de envio dos documentos para garantir o recebimento dos valores da Lei Paulo Gustavo (LPG). O marco de adesão de 100% dos municípios baianos foi anunciado e celebrado pelo órgão.
A Lei Paulo Gustavo, que gera incentivos e recursos à cultura no Brasil, foi lançada no dia onze de maio em Salvador, junto com a abertura da plataforma Transferegov.
Segundo a Secult estadual, dirigentes municipais e agentes de cultura da Bahia passaram por formações em diferentes territórios da Bahia. A iniciativa contou com apoio da própria SecultBA, do Ministério da Cultura (MinC), do Fórum Estadual de Dirigentes Municipais de Cultura e da União dos Municípios da Bahia (UPB). Mais de 4.495 agentes culturais foram capacitados em 64 atividades que chegaram a 17 territórios de identidade e 189 municípios. Cada formação contou com parceiros locais que iam desde as Prefeituras e as Câmaras Municipais dos municípios, as associações que promovem a cultura, além das colegiadas culturais.
“Nós conquistamos uma marca muito importante para que todos os municípios baianos cadastrassem seu plano de ação no Ministério da Cultura. As últimas semanas foram de muito empenho de nossa equipe da SecultBA, das Secretarias, do Conselho de Cultura, do Fórum Estadual de Dirigentes Municipais de Cultura, do Governo do Estado como um todo para que atingíssemos esse marco. O apoio dos parlamentares, prefeitos, prefeitas, gestores e gestoras municipais foi fundamental. Construímos uma rede muito grande para que tudo desse certo e para que os recursos cheguem de fato a quem precisa, que são os fazedores e fazedoras de cultura que vivem e fazem a cultura acontecer na Bahia”, destacou secretário da Secult, Bruno Monteiro.
Os recursos da Lei para a cultura baiana destinam R$ 148 milhões que serão geridos pelo estado e outros R$ 138 milhões para administração das 417 cidades.
As propostas de editais para o estado já estão em elaboração e o conjunto de editais do Programa Paulo Gustavo Bahia (PPGBA) será lançado pela SecultBA ainda neste mês de julho
A Prefeitura de Salvador divulgou nesta segunda-feira (26), que vai dobrar os repasses à cultura que serão disponibilizados pela Lei Paulo Gustavo (195/2022). O repasse será feito com recursos próprios da gestão municipal. A prefeitura anunciou também que vai implementar uma maior política afirmativa dentre as cidades do país, destinando 50% das verbas a projetos de pessoas negras e 10% para indígenas. No total, serão 60% dos recursos da cultura para negros e indígenas, o que representa a maior proporção do Brasil.
A cidade de Salvador deve receber cerca de R$ 23 milhões do Governo Federal, totalizando um investimento de aproximadamente R$46 milhões no cenário cultural de Salvador. Dados da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador (Secult) mostram que 85% dos projetos de longas baianos foram filmados na capital, que concentra 65% das empresas de audiovisual do estado.
O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, pontuou a importância de reforçar os investimentos, quando possível.
“A Lei Paulo Gustavo é um marco no fomento à cultura, mas editais não resolvem tudo sozinhos. Quem tem condições de complementar o plano, com ações de formação, infraestrutura e suplementando os editais deve fazê-lo. Também é preciso investir do jeito certo, priorizando ações afirmativas que garantam proporcionalidade, reparação e inovação. Salvador irá dobrar os valores da Lei Paulo Gustavo com recursos próprios e dedicar 50% para projetos de pessoas negras e 10% para projetos de indígenas. A cidade mais diversa do Brasil tem de ter também a maior ação afirmativa nesse sentido”, disse.
A prefeitura da capital baiana vai realizar os repasses por meio do SalCine, plano municipal de desenvolvimento do setor audiovisual lançado em maio, que engloba a formação de mão de obra qualificada, captação e oferta de histórias originais e incentivos fiscais para atrair produções estrangeiras, com garantia para que os filmes sejam rodados na cidade. Os editais serão geridos pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), enquanto a capacitação da mão de obra será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec)
O SalCine prevê a criação da Salvador Film Comission, que irá atrair produções e fomentar a criação de festivais na cidade, simplificando todo o processo audiovisual em Salvador, através de um balcão único para liberações, orientações e catálogo de locações. A Salvador Film Comission também irá destacar o grande potencial da cidade para gravar em locações externas e estabelecer estruturas de grande porte para filmagens indoor.
A cidade de Salvador vai investir R$ 15 milhões para compra de acervo e execução de obras pendentes do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). A informação foi anunciada pela prefeitura da cidade, nesta quinta - feira (01). As obras fazem parte da parceria da gestão municipal com a Sociedade Amigos da Cultura Afro- Brasileira (Amafro).
Com as obras, o museu será transformado em um dos maiores centros da cultura afro-diaspórica da América, de acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias. Os investimentos serão destinados para compra do acervo e início da obra.
O termo que garante a reforma foi assinado no Palácio Thomé de Souza e contou com a presença de diferentes autoridades.
“A prefeitura vai atualizar o orçamento para, em seguida, celebrarmos um convênio, onde nós vamos executar as obras, tanto para terminar a primeira etapa do prédio, que já está, digamos, 80% finalizado, como para dar início à segunda etapa de restauro e reforma”, explicou o prefeito Bruno Reis.
“Com isso, a gente poderá ter em Salvador um museu que retrate a história afro. Um museu da negritude, onde a gente resgate a nossa história e possa potencializar a influência da cultura africana na formação do nosso povo. Salvador vai ter um dos melhores museus do mundo da cultura afro", completou.
Segundo a diretora do Muncab, a transformação do museu será um “ganho” para a capital baiana.
“Pensar esse espaço cultural, dinâmico, vivo, conectado com o que tem de mais moderno na cultura afro-diaspórica, com esse viés contemporâneo, é um ganho para a cidade”, disse Cíntia.
De acordo com o secretário de cultura, que também participou do evento, a chegada do museu é a realização de um sonho para a cultura da cidade.
“A gente tem aqui um espaço que já tem uma história, de um museu, um sonho, que não se realizou ainda por várias questões. A prefeitura está totalmente dedicada a somar, para que Cintia, Jamile e a comunidade negra façam deste espaço um ponto de referência da cultura negra no Brasil e no mundo”, apontou Tourinho.
O chefe da Secult, contou ainda que parte da obra do espaço será entregue neste ano com um novo acervo.
“A capital afro tem que ter o melhor museu afro do Brasil. É um museu que vai concentrar não só artistas tradicionais, como também jovens artistas negros do Brasil e estrangeiros”, afirmou.
Para Jamile Coelho, gestora administrativa do museu, o centro cultural é um local de memória, história e difusão da cultura afro no Brasil.
“Representa o resgate dessa memória que, infelizmente, para muitos de nós, foi roubada. É de fundamental importância em Salvador, a cidade mais negra fora do continente africano, a gente estar fazendo essa parceria para poder entregar ao público esse espaço de memória, mas também de difusão e produção da cultura afro-brasileira”, pontuou Jamile.
Cintia Maria e Jamile Coelho assumiram no ano passado a gestão do Muncab, o fundador do museu, José Carlos Capinam, compositor e poeta da Tropicália, hoje é presidente de honra da Amafro.
O Muncab é localizado em dois prédios no Centro Histórico, onde funcionava o antigo Tesouro do Estado da Bahia e o serviço de assistência pública da cidade.
No Dia Internacional dos Museus, comemorado nesta quinta-feira (18), o governador Jerônimo Rodrigues fez uma visita guiada ao Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador, acompanhado do secretário da Cultura, Bruno Monteiro, e outros representantes da cultura baiana. Em meio aos trabalhos expostos por artistas como J. Cunha, Agnaldo Manuel dos Santos, Rubem Valentim e Lina Bo Bardi, os gestores celebraram o anúncio do novo Sistema Estadual de Museus.
O governador Jerônimo Rodrigues falou da importância de fortalecer a prática de visitação aos espaços de memória cultural. “Quero fortalecer a prática de museus em todo o interior do Estado. Vamos inserir a visitação aos museus na programação das escolas de tempo integral, e fortalecer a essa prática não só na capital, mas também no interior”, frisou Jerônimo.
O secretário Bruno Monteiro destacou que o estado tem um acervo que promove a cultura e a identidade do povo baiano. “A Bahia tem um acervo muito amplo e importante, que conta a história, a identidade e a cultura do povo baiano. Queremos, portanto, convidar a população para conhecer esses equipamentos culturais", convocou o secretário.
Polla Ribeiro, novo diretor da Dimus (Diretoria de Museus), explicou que o objetivo do Sistema é promover a movimentação conjunta dos museus da Bahia, que são cerca de 300, com um colaborando com o outro e, assim, poder oferecer um produto cultural mais substancial à sociedade. “Vamos poder formular políticas públicas, pensando nas coleções, nos acervos dos nossos museus. É um processo de construção”, afirmou o titular da Dimus. A mudança no modelo de atuação dos museus estaduais deve integrar ainda mais os equipamentos instalados na capital que gerem a memória cultural baiana. Além de redefinir a curadoria do acervo e perfil dos museus do estado.
Para a artista Júlia Nova, que organizou uma residência artística com outras 19 mulheres no MAM, “é muito importante que os museus sejam lembrados e exaltados, que é onde as histórias são contadas. A arte representa um tempo, um período. Então, a gente tem que valorizar e fazer mais artistas ocuparem esses espaços”, concluiu Júlia.
FUNCIONAMENTO
Durante a 21ª Semana dos Museus, os museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) estão funcionando em horário especial, para que a população possa fazer essa "viagem" pela cultura baiana. Até domingo (21), ficam abertos das 10h às 17h, com ampla programação, que inclui exposições, oficinas, palestras, visitas mediadas, contação de história, dentre outras atividades.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Marcone Amaral
"A partir deste momento acho que iremos falar a mesma língua para que a gente possa em conjunto ajudando o clube".
Disse o deputado estadual Marcone Amaral (PSD) sobre diálogo com o presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, para o avanço da SAF.