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Um policial civil foi baleado durante a Operação Despertar, deflagrada na manhã desta quinta-feira (20) para combater conflitos de terras na região de Prado, no Extremo Sul. O homem que efetuou o disparo foi preso na ação. Uma imagem que circula pelas redes sociais mostra o ferimento na altura do abdômen.
O uso do colete à prova de balas minimizou o impacto do disparo, deixando um hematoma no local. Não há mais informações sobre o estado do policial.
Ao Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o delegado Moisés Damasceno confirmou a ocorrência do caso e disse que o autor do disparo vai responder por tentativa de homicídio. Até o momento, pelos menos dez indígenas já foram presos acusados de violência no que chamam de “retomada” de territórios.
A Vara Criminal de Formosa do Rio Preto, no Extremo Oeste baiano, deu sequência ao julgamento de um empresário mineiro acusado de ameaças e destruição de fazendas no município. As audiências ocorrem desde a última segunda-feira (10) e seguem nesta quinta-feira (13). Os casos investigados aconteceram em 2021 e 2022.
Respondem pelos casos os réus Mário Fernando Palmério Assunção, figura central dos crimes; e Adaelton de Souza Alves, espécie de segurança de Mário Fernando, que é proprietário da Canabrava Agropecuária, Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MP-BA), Mário Fernando seria responsável por manter uma milícia privada com objetivo de manter domínios de terra na região.
Nas outivas ouvidas nesta semana, vítimas relataram ameaças e ataques ocorridos em outubro de 2021 quando o grupo de Mário Fernando ameaçou dois prestadores de serviços da empresa Basa Agrícola e um grupo de produtores. Uma imagem que faz parte dos autos do processo mostra a interceptação de um veículo, com homens armados em comportamento de intimidação.
Nos depoimentos, as vítimas relataram que no dia 8 de outubro de 2021 foram arrastadas para fora dos veículos e tiveram armas apontadas para a cabeça. Na denúncia, o MP-BA narra que em uma das abordagens, “Mário Fernando e os demais indivíduos, que estavam armados com pistolas e espingardas cal. 12, deram ordem para que as vítimas descessem do veículo e colocassem as mãos sobre o capô, enquanto ficariam sob as miras das armas. Com o mesmo modus operandi, Mário Fernando ordenou aos seus capangas que revistassem as vítimas e o automóvel em que elas estavam; tendo vociferado, em direção às vítimas, ‘que ele estava ali para matar ou para morrer, e que tinha dinheiro para gastar com bala e munição’”.
No dia seguinte, 9 de outubro, conforme previam as ameaças, o grupo de Mário Fernando invadiu uma fazenda [Vereda do Gado] e provocou uma destruição, ateando fogo em alojamentos, ferramentas e documentos da propriedade. Diz o MP-BA que o próprio empresário mineiro admitiu os danos provocados.
“Convém registrar que quando interrogado perante a Autoridade Policial, o próprio Mário Fernando confessou ter armado os seus funcionários e ter tocado fogo no alojamento e no reservatório de combustível da Fazenda Vereda do Gado”, diz trecho da denúncia.
O MP-BA também denunciou o empresário mineiro por um rastro de destruição ocorrida em abril e junho de 2022, nas fazendas Santa Maria e Tapuio. Ainda conforme a denúncia, Mário Fernando e a milícia em que chefia provocaram uma série de depredações, o que incluiu instalações, ferramentas e veículos incendiados.
Foto: Reprodução / Leitor BN WhatsApp
Um vídeo de um morador mostrou o cenário da fazenda invadida no dia 11 de junho de 2022. O homem que faz o vídeo chega a dizer que fizeram “um arregaço”. Um tanque de água que servia de fornecimento ao local também foi destruído, assim como o curral da fazenda.
Formosa do Rio Preto: Grupo invade fazenda e toca fogo em carro, tratores e casa; vídeo mostra rastro de destruição pic.twitter.com/1GLYNlRM4U
— BN Municípios (@BNMunicipios) June 13, 2022
Nos pedidos emitidos à Justiça, o promotor Alysson Batista da Silva Flizikowski solicitou a cassação do porte de arma do empresário mineiro, além de proibição de contato [mesmo funcionários dele] com as vítimas testemunhas e uma fiança de 500 salários mínimos vigentes [R$ 759 mil atuais].
O promotor também pediu que a Justiça proíba Adaelton de se aproximar das vítimas e testemunhas e não tenha acesso às propriedades que foram alvo das ações relatadas. O processo segue em curso sem data para o veredicto.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.