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A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (3) o perfil de 115 dos 117 suspeitos mortos durante a operação Contenção, realizada nos Complexos do Alemão e da Penha em 28 de outubro. Dois laudos periciais resultaram em análises inconclusivas.
Conforme a corporação, 95% dos identificados tinham vínculo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). O relatório apresenta nome, apelido, data de nascimento, fotos, histórico criminal e perfis em redes sociais dos mortos.
O levantamento aponta ainda que 59 dos suspeitos possuíam mandados de prisão em aberto e que pelo menos 97 tinham registros criminais relevantes. Entre os 17 sem antecedentes, 12 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico de drogas a partir de publicações em redes sociais, segundo a polícia.
A investigação identificou também a presença de chefes de facções de 11 estados brasileiros. Entre os 62 mortos que tiveram a origem confirmada, 19 eram do Pará, 12 da Bahia, 9 do Amazonas, 9 de Goiás, 4 do Ceará, 3 do Espírito Santo, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 1 do Mato Grosso, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.
Ao menos 60 pessoas morreram e mais de 80 foram presas durante a Operação Contenção, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro (SSP-RJ), nesta terça-feira (28). A ação visa combater a atuação do Comando Vermelho (CV), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A “Contenção” teve início durante a madrugada desta terça e, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara, é a operação mais letal da história do estado. Apesar dos registros divulgados recentemente, a ação, finalizada nesta tarde, ainda possui mais relatos de baleados.
Em resposta à SSP, o tráfico orquestrou, no início da tarde, represálias em várias partes da cidade. Segundo informações do g1, barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais.
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Com os bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5. A PM do estado suspendeu as atividades administrativas e mandou todo o efetivo para a rua.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.
"Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse. Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.
Depois de atender 1,5 mil crianças e adolescentes carentes e enviar dois alunos à Escola Bolshoi, em Santa Catarina, e três ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Projeto Vidançar foi obrigado a deixar o local onde funciona há oito anos no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Sem ajuda financeira, o projeto agora pede ajuda para continuar a atender 200 crianças e jovens da comunidade. A gestora do projeto, Ellen Serra, explica à Agência Brasil que o grupo está sem patrocínio desde janeiro e que o aluguel da sala onde funcionava dobrou. “Nós estávamos no espaço na Nova Brasília havia dois anos. Era um lugar legal, de fácil acesso aos moradores e aos visitantes, bem na entrada da comunidade. Só que a proprietária dobrou o valor do aluguel, de R$ 1,5 mil para R$ 3 mil, inviabilizando a gente de pagar porque estamos sem recurso nenhum”, declara. Segundo Ellen, a situação do projeto é dramática. Eles nem têm recursos para pagar os professores enquanto o novo apoio financeiro não sair. “Conseguimos um apoio da Secretaria Municipal de Cultura, mas só vai começar a entrar em julho”, explica. De acordo com ela, essa ajuda será suficiente para pagar apenas três professores e um funcionário. O projeto negociou um espaço novo, no Centro de Referência da Juventude, que funciona no Alemão. No entanto, ainda é necessário equipar a sala para as atividades de dança. “Nós vamos para lá na terça-feira, vamos começar mesmo sem os equipamentos para não parar as atividades, e a gente vai captar recursos para poder instalar o espelho, as barras, o piso, todo o material necessário para as aulas”, acrescenta. A captação está sendo feita por meio de uma “vaquinha virtual”. O Projeto Vidançar oferece aulas de balé clássico e contemporâneo para a faixa de 4 a 18 anos e de hip hop e dança de rua para crianças e jovens de 6 a 23 anos, além de aulas de teatro.
Harry está no país representando o Reino Unido em uma série de eventos. A presença do jovem no Brasil também se deve a celebração do Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, que comemora 60 anos de reinado.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Queremos redefinir o papel da Guarda Nacional. Se aprovada a PEC, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública neste país".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que pretende criar o Ministério da Segurança Pública caso a PEC enviada pelo governo sobre o tema seja aprovada pelo Congresso. Segundo ele, a mudança faria parte de uma reestruturação do setor e da redefinição do papel da Guarda Nacional.